1) O documento discute os processos de formação de palavras na língua portuguesa, incluindo morfemas, radicais, desinências e vogais temáticas.
2) São descritos processos como derivação prefixal, sufixal, parassintética e regressiva.
3) Composição por justaposição, aglutinação e siglonimização também são abordados, assim como neologismos, estrangeirismos e abreviações.
2. MORFEMAS
Elementos mórficos são divididos
em:
❏ Morfemas lexicais (elemento
pouco variável, que é
responsável pela base do
significado - radical);
❏ Morfemas (desinência)
gramaticais (flexão: gênero,
número, pessoa, modo, tempo).
Morfema é a unidade
mínima dotada de
significado que integra
o vocábulo. Essas
estruturas são partes
constituintes do campo
gramatical e lexical das
palavras.
7. Desinências: elementos que indicam as flexões das
palavras.
○ nominais: indicam gênero e número.
○ verbais: indicam modo, tempo, número e pessoa.
gatos – belas
cantavas – amássemos – partiremos
9. A vogal temática é a vogal que se une ao radical
da palavra. A função desse morfema formador de
palavras é ligar o radical às desinências,
formando assim, o tema.
10. Tema = Radical + Vogal temática
❏ terra = terr + a
❏ canta = cant + a
11. Verbal: de acordo com as conjugações verbais, temos três tipos de vogais
temáticas:
1ª conjugação é o “a”, por exemplo: andar, amar, falar.
2ª conjugação é o “e”, por exemplo: vender, comer, ter.
3ª conjugação é o “i”, por exemplo, sair, partir, dormir.
12. Nominal: presente nos nomes substantivos, elas são classificadas em três
tipos:
A vogal “a”: substantivos terminados em “a”, por exemplo, casa, escola e
sala.
A vogal “o”: substantivos terminados em “o”, por exemplo, prato, copo e
livro.
A vogal “e”: substantivos terminados em “e”, por exemplo, controle, sorte e
pote.
Obs: as palavras terminadas em vogais tônicas não apresentam vogal
temática, por exemplo: café, sofá, picolé, cajá, etc. Elas representam as
formas “atemáticas”. Assim, as vogais temáticas nominais estão
presentes somente nos nomes átonos.
16. SUFIXAL
ocorre com o acréscimo de sufixo ao radical, o que
acarreta alteração semântica e/ou mudança de
classe da palavra primitiva.
É o caso, por exemplo, do
substantivo felicidade e
do advérbio felizmente,
derivados do adjetivo feliz.
DERIVAÇÃO
17. PREFIXAL E SUFIXAL
ocorre com o acréscimo de prefixo e de sufixo.
É o que acontece, por
exemplo, com infelizmente
(in + feliz + mente) e
configuração (con + figura +
ção).
DERIVAÇÃO
18. PARASSINTÉTICA
ocorre quando o prefixo e o sufixo se agregam
concomitantemente à palavra primitiva. Essa
derivação não subsiste à retirada de um dos
afixos. Tarde: entardecer (não
existe entarde nem tardecer)
Verde: esverdeado (não
existe esverde nem
verdeado).
DERIVAÇÃO
19. REGRESSIVA (DEVERBAL)
ocorre com a supressão de um segmento final da
palavra primitiva, que resulta numa redução, uma
vez que a derivada é substantivo proveniente de
verbo.
Os substantivos deverbais
são sempre abstratos
e nomeiam ações.
DERIVAÇÃO
20. Os substantivos deverbais são criados com a substituição da
terminação verbal (-ar, -er, -ir) por uma das três vogais
temáticas nominais (-a, -e, -o):
Estudar: estudo / Perder: perda / Fugir: fuga
21. IMPRÓPRIA
consiste na mudança de classe gramatical a que
uma palavra originalmente pertence.
olho azul (adj.)
o azul dos seus olhos (subst.)
homem alto (adj.)
falar alto (adv.)
DERIVAÇÃO
22. JUSTAPOSIÇÃO
não há trocas ou perdas dos elementos formadores das
palavras, que permanecem apenas unidas, sem
sofrerem alterações na sonoridade, acentuação ou
mesmo na forma da escrita.
Arco-íris
Pontapé
Pé-de-moleque
COMPOSIÇÃO
23. AGLUTINAÇÃO
junção de duas ou mais palavras, também com o objetivo
de formar uma terceira palavra, porém uma delas ou as
duas sofrerão alguma mudança na sua forma, ganhando
ou perdendo letras, fonemas ou morfemas.
EMBORA (Em + boa + hora)
PLANALTO (Plano + alto)
COMPOSIÇÃO
24. T.P.M = Tensão pré-
menstrual
U.F.M.G = Universidade
federal de Minas Gerais
Detran = Departamento de
trânsito
SIGLONIMIZAÇÃO
25. O neologismo ocorre quando não existe, na língua
destino (aquela que realiza a apropriação), um
termo ou expressão que seja equivalente à palavra
estrangeira tomada. Por exemplo, se consideramos
o português como língua destino, é possível afirmar
que não existe uma palavra, nessa língua, que
corresponda ao termo “laser”.
Já o estrangeirismo é um vício de linguagem e
consiste na apropriação desnecessária de um termo
de origem estrangeira. Afinal, se existe uma palavra
equivalente na língua destino, o uso de uma
expressão estrangeira é dispensável. É o que ocorre,
por exemplo, com as palavras performance
(desempenho) e pedigree (linhagem ou raça).
NEOLOGISMO
&
ESTRANGEIRISMO
27. (FGV-RJ) Assinale o item em que há erro quanto à análise da forma verbal
cantávamos:
a) cant- é radical
b) -á- é vogal temática
c) canta- é tema
d) -va- é desinência de pretérito imperfeito do subjuntivo
e) -mos é desinência de 1ª pessoa do plural
VAMOS TENTAR?
28. Alternativa d: -va- é desinência de
pretérito imperfeito do indicativo
VAMOS TENTAR?
29. A palavra anoitecer é formado pelo seguinte processo de formação de
palavras:
a) derivação prefixal
b) derivação sufixal
c) derivação parassintética
d) derivação regressiva
e) derivação imprópria
VAMOS TENTAR?
30. Alternativa c) derivação parassintética.
A palavra anoitecer resulta do acréscimo,
ao mesmo tempo, do prefixo a- e do
sufixo -ecer à palavra primitiva “noite”.
VAMOS TENTAR?
31. (Unifor-2003) A série em que todas as palavras têm o mesmo radical é
a) idoso - idôneo - ídolo
b) doméstico - domicílio - domesticar
c) popular - pluvioso - público
d) senil - semelhante - senhor
VAMOS TENTAR?
32. Alternativa b) doméstico - domicílio - domesticar.
As palavras doméstico, domicílio e domesticar são
formadas a partir da palavra primitiva "domus"
(radical dom-), acrescentando-se sufixos, ou seja,
todas elas são formadas pelo processo de derivação
sufixal.
VAMOS TENTAR?