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ENGENHARIA DE MATERIAIS
Prof. José Nelson
ENGENHARIA DE
MATERIAIS
Professor: Engº Civil José Nelson Vieira da Rocha
E-mail: jose.rocha@doctum.edu.br
Telefone: (33) 99944-8449
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
Prof. José Nelson
OLÁ, EU SEREI SEU PROFESSOR ESTE SEMESTRE
 Engenheiro Civil pelo Instituto Tecnológico de Caratinga;
 Especialista em Estruturas de Concreto e Fundações;
Nome: José Nelson Vieira da Rocha
Cursos: Engenharia Civil /Elétrica Arq. e
Urbanismo
• Professor com ênfase na área de Análise Estrutural e Projetos de Instalações, atuando
principalmente nos seguintes temas: Teoria das Estruturas, Sistemas Estruturais,
Instalações Hidrossanitárias, Instalações Elétricas e Materiais de Construção;
• Desenvolve e executa projetos para AEC elaborados na tecnologia BIM, visando a
compatibilização, planejamento, coordenação e integração buscando economia aos
empreendimentos.
2
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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3
Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS
EMENTA:
Introdução – conceitos básicos – importância da disciplina. Principais propriedades dos
materiais. Normas e Normatização. Aglomerantes – Cales – Gesso – Cimento Portland e
Cimentos especiais. Agregados para argamassas e concretos. Argamassas de cal e gesso.
Concretos – conceituação. Materiais cerâmicos. Materiais metálicos. Vidros. Madeiras.
Polímeros. Materiais Betuminosos.
Plano de Trabalho
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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Plano de Trabalho
Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS
JUSTIFICATIVA:
Engenheiros(as) irão uma vez ou outra se deparar com um problema de projeto que
envolve materiais: A seleção de um material correto entre milhares disponíveis;
Quanto mais familiarizado o engenheiro(a), com as várias características e relações
estrutura-propriedade, assim com as técnicas de processamento dos materiais, mais
capacitado e confiante estará para definir materiais.
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Plano de Trabalho
Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS
OBJETIVOS:
Trabalho em grupo em que cada uma equipe desenvolverá um projeto de pesquisa
sobre o tema “Materiais tecnológicos na área de construção civil”.
METODOLOGIA:
- Desenvolver o projeto de pesquisa, não apenas sobre o aspecto conceitual do
produto, mas incluindo também informações citadas abaixo:
·Processo de fabricação
·Necessidades do mercado
·Análise de custos
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Plano de Trabalho
Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS
CRONOGRAMA:
- Apresentação da proposta e Estruturação das equipes de trabalho
- Definição do tema e elaboração do cronograma de atividades
- Elaboração do projeto
- Orientação do projeto
- Entrega do relatório
- Seminário de apresentações
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7
BIBLIOGRAFIA:
BÁSICA:
PETRUCCI, E. G. R. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Porto Alegre: Globo, 2007.
BERTOLINI, Luca. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. São Paulo: Oficina de textos, 2010.
SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto. GESTÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Cidade: Nome
da Rosa, 2005.
CALLISTER JR, William D, RETHWISCH, David G. CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS – UMA
INTRODUÇÃO. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
BAUER, L.A. Falcão. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1: CONCRETO, MADEIRA, CERÂMICA, METAIS,
PLÁSTICOS, ASFALTO - NOVOS MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL. 5. ed. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2007. v. 1, 471 . p.
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8
BIBLIOGRAFIA:
COMPLEMENTAR:
FREIRE, Wesley Jorge. BERALDO, Antônio Ludovico. TECNOLOGIAS E MATERIAIS ALTERNATIVOS DE
CONSTRUÇÃO. Campinas: UNICAMP, 2003.
SILVA, Moema Ribas. ENGENHARIA DE MATERIAIS. São Paulo: PINI, 1985.
BAUER, L. A. Falcão. ENGENHARIA DE MATERIAIS. Volume I. 5a Edição. Livros Técnicos e Científicos Ed.,
Rio de Janeiro, 2000, 471 p
ADDIS, Bill. EDIFICAÇÃO: 3000 ANOS DE PROJETO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO. Porto Alegre:
Bookman, 2009.
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Metodologia de Avaliação
1ª ETAPA: 09/08 A 05/10: 40 PONTOS
• UMA PROVA ESCRITA (15 PONTOS)
• 25 PONTOS DE ATIVIDADES E TRABALHOS
• 07/10 - Provas de 2ªChamada referente a 1°Etapa de Notas
2ª ETAPA: 06/10 A 09/12: 60 PONTOS
• PROVA ESCRITA (20 PONTOS)
• 40 PONTOS DE ATIVIDADES E TRABALHOS
• 25/11 a 06/12 – Semana de Provas ref.a 2ªEtapa de Notas
9
Plano de Trabalho
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X
Metodologia de Ensino
Convencional
foco: professor
interação / comunicação: fraca
motivação: baixa
linguagem: não atual
Técnicas modernas
foco: aluno
interação / comunicação: alta
motivação: técnicas didáticas
linguagem: dinâmica, plural 10
Dica de vídeo:
Palestra do Prof. Pierluigi Piazzi
“Como Aumentar a Inteligência - Dicas
Para Estudar Com Eficiência”
Plano de Trabalho
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Metodologia de Aprendizado
Compromissos do professor
direcionar o desenvolvimento
aulas motivacionais = ideia do conteúdo
(multimídia & outras = auxiliar)
ouvir dúvidas e sugestões
propor problemas
Resumindo
Responsabilidade do aluno: aprender
Responsabilidade do professor: guiar 11
Compromissos do aluno
aprendizado (provas = secundário)
aprendizado = individual =
LER + RACIOCINAR + EXERCITAR + ESCREVER
participação ativa
retorno = motivação para o professor
LER ESCREVER LER ESCREVER LER ...
Plano de Trabalho
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HÁBITOS DE PESSOAS BEM
SUCEDIDAS
1- Mais livros, menos TV.
2- Encontrar formas de melhorar a si mesmo ao invés de procurar defeitos
nos outros.
3- Descobrir como contribuir com o outro.
4- Perceber que sempre há o que aprender, mesmo que já tenha ouvido
sobre o assunto.
5- Manter o foco/competir consigo mesmo.
6- Saber receber elogios, mas sempre PEDIR por críticas construtivas.
⁠"Sua única limitação é aquela que você impõe em sua própria mente".
Livro: Mais esperto que o Diabo.
"Napoleon Hill"
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7mciUepEris
12
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NÚMERO DE PROTOCOLO QUE DEVERÁ SER APRESENTADO AO PROFESSOR.
✓ TRABALHOS TEM DATA PARA ENTREGA. OS ENTREGUES DEPOIS DA DATA SERÃO
AVALIADOS EM METADE DOS PONTOS.
✓ AVALIAÇÃO DE SEGUNDA CHAMADA TEM UMA DATA ESPECÍFICA QUE DEVERÁ SER
CONFIRMADA COM O PROFº. O QUANTO ANTES. O ALUNO SÓ PODERÁ FAZER A PROVA
COM REQUERIMENTO, POR ESTE MOTIVO DEVE PROCURAR A SECRETARIA COM
ANTECEDÊNCIA.
HUMILDADE PRA ADMITIR QUE NINGUÉM SABE DE TUDO E POR ISSO ESTUDAR NUNCA É
DEMAIS!
“SEJAA MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO” - MAHATMA GANDHI.
DEVERES E BRIGAÇÕES:
✓PARTICIPAÇÃO NAS AULAS (75%);
✓APS (Atividades Práticas Supervisionadas)
CONTAM COMO PRESENÇA. CASO O
ALUNO NÃO CONSEGUIR POSTAR A
ATIVIDADE NA DATA, O ADX GERA UM
13
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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Introdução
14
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1. Visão história dos materiais de
construção
•Figura 1 – Stonehenge (2075 a.C.): monumento megalítico da Idade do Bronze, no
condado de Wiltshire, na Inglaterra. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge).
Historicamente, o desenvolvimento do homem esteve ligado à sua
habilidade em detectar, manipular e aperfeiçoar os materiais disponíveis
para atender suas necessidades de manutenção, proteção, abrigo ou religiosidade
(Figuras 1 e 2).
15
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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1. Visão história dos materiais de
construção
•Figura 2 – Muralha construída pelo Imperador romano Adriano (122 - 130 d.C.) no
nordeste da Inglaterra, com 120 km de extensão.
•(Fonte: www.bbc.co.uk/history/ancient/romans/hadrian_gallery.shtml)
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
Prof. José Nelson
1. Visão história dos materiais de
construção
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Idade
da pedra
Idade
do bronze
Idade
do ferro
Idade
do cobre
Idade
do plástico
Idade
do semicondutor
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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1. Visão história dos materiais de
construção
18
Ciência dos Materiais
James F. Shackelford
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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1. Visão história dos materiais de
construção
Até 1850 – Uso da madeira, tijolo, pedra, concreto e ferro forjado.
19
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1. Visão história dos materiais de
construção
1850 – Desenvolvimento do Aço estrutural e invenção do 1º plástico.
Torre Eiffel 20
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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1. Visão história dos materiais de
construção
1950 – Introdução do PVC na construção civil.
21
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1. Visão história dos materiais de
construção
1980 – Uso intensivo do plástico na construção civil.
22
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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1. Visão história dos materiais de
construção
2000 – Aumento e difusão do uso de eletrônicos.
23
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NOTÍCIAS
24
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/10/cientistascriam-
1-pele-artificial-que-transmite-impulsos-para-o-cerebro.html
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NOTÍCIAS
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A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO
CIVIL E DA ENGENHARIA DE MATERIAIS
Segundo o Instituto Britânico de Engenheiros Civis a Engenharia
(apud Mehta, 1994):
• representa os músculos e os tendões que conectam a
sociedade (pontes, túneis, estradas de rodagem e de ferro,
aeroportos, portos);
• é responsável pela provisão e manutenção de seus
corações e pulmões (água potável, estações de tratamento de
esgoto, instalações de depuração de resíduos);
• é fornecedora da energia necessária para todos os
trabalhos (plataformas marítimas de extração de óleo,
barragens hidroelétricas, usinas nucleares e maremotrizes,
instalações eólicas e todas suas derivações). 26
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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Curva do crescimento
exponencial da população
(Braga et al. , 2006, p. 3).
27
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Curva do crescimento
exponencial da população
(ONU, 2015)
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
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A importância da indústria da construção
civil e dos materiais
• A sociedade acredita que Engenheiros(as) estão aptos a tomar
decisões técnicas corretas, pois as consequências das decisões
equivocadas são conhecidas posteriormente e, algumas vezes,
podem ser devastadoras; a profissão de Engenheiro(a) é de
“confiança pública”, porque a sociedade espera e acredita, a
priori, que estes são providos de competências adequadas para
assumirem as responsabilidades inerentes às suas atividades;
• A evolução do conhecimento teórico e prático, do refinamento
dos modelos de cálculo e projetos, dos métodos e técnicas construtivas é
uma realidade que exige atualização e qualificação permanentes.
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
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30
O que é ciência?
➢Ciência é conhecimento.
➢Então, tudo que o
conhecimento humano abarca
é objeto da ciência?
➢Não.
➢A definição “filosófica” de
ciência é aquela que associa ao
domínio da realidade (das
verdades) do universo.
www.gqportugal.pt/historia-de-uma-obra-de-arte-o-pensador
O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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31
Engenharia não é ciência!
➢ Não fazemos ciência, fazemos tecnologia que é o domínio do
conhecimento técnico e científico e a sua aplicação através de sua
transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e/ou
utilizados para resolver problemas.
➢ Técnica : é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm,
como objetivo, obter um determinado resultado.
➢ Tecnologia é o “encontro da ciência
com a engenharia”.
O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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O que é engenharia então?
➢ Engenharia é aplicação do conhecimento científico, econômico, social e
prático, com o intuito de criar, desenvolver, projetar, construir, manter e
otimizar estruturas, máquinas, equipamentos, aparelhos, sistemas, materiais
e processos.
➢ É um conhecimento datado e o caminho natural de grande parte dele é a
obsolescência.
➢ Desenvolvimento técnico/científico: deve obedecer aos princípios
científicos e éticos.
O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
• É um campo interdisciplinar voltado à invenção de novos
materiais e aperfeiçoamento dos já conhecidos mediante o
desenvolvimento da correlação entre composição microestrutura
síntese e processamento.
Ciência: envolve a investigação das relações entre as estruturas
e as propriedades;
Engenharia: coloca os materiais em ação;
33
Fundamentos da Ciência e
Engenharia dos Materiais
William Callister
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
• Ciência dos materiais:
• Disciplina que envolve a investigação das relações
existentes entre as estruturas e as propriedades dos materiais.
• Engenharia de materiais:
• Projeto ou engenharia de um material, baseados na ciência
dos materiais, para produzir um conjunto predeterminado de
propriedades.
“Ferramentas científicas”:
Registros: artigos científicos e livros
Os trabalhos acadêmicos:
Mestrado
Doutorado
Livre docência
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
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O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA
DE MATERIAIS?
• A principal diferença entre Engenharia de materiais e a Ciência
dos Materiais, é que aciência pretende analisar, compreender e
descobrir propriedades presentes nos diversos materiais já
existentes.
• Já a Engenharia dos Materiais tem o objetivo de construir,
planejar e criar novos e diversos produtos, a partir das
propriedades de diferentes materiais.
• Assim, no primeiro caso, estuda-se as propriedades dos
materiais já existentes; no segundo, cria-se novos materiais a
partir dos conhecimentos obtidos pelo primeiro.
35
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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POR QUE ESTUDAR A
ENGENHARIA DE MATERIAIS?
• A qualidade, durabilidade, custo e nível de acabamento de uma
construção dependem diretamente dos materiais que nela são
empregados. Por isso, é necessário que o responsável técnico de
uma edificação tenha em mente a importância de conhecer as
propriedades e aplicações mais adequadas para cada material.
• O(a) engenheiro(a) deve:
• Saber especificar os materiais que resistam aos esforços
e tensões presentes.
• Conhecer as propriedades, as limitações e a melhor
utilização dos materiais.
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
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POR QUE ESTUDAR A
ENGENHARIA DE MATERIAIS?
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ENGENHARIA DE MATERIAIS
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Materiais: Desafios para a construção
CIB (2000)
• Projeto: escolha de materiais recicláveis/reutilizáveis, de
desmonte fácil, com medidas padronizadas, não tóxicos e
cuja fabricação exija pouca energia;
• Construção: uso de materiais locais e reutilização de peças
aproveitáveis, construção com enfoque modular, rotulagem
dos componentes para facilitar a remoção seletiva e
reciclagem, introdução de padrões de qualidade para
materiais reciclados e uso de manuais de operação e
manutenção;
• Desconstrução: novas técnicas para desconstrução e
demolição para facilitar a reciclagem e reutilização dos
materiais;
• Fabricantes: maior responsabilidade para com seus
produtos, do início ao fim de sua produção. 38
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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39
COMO ESTUDAR OS MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO?
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COMO ESTUDAR OS MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO?
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41
Objetivos do aprofundamento no
estudo dos materiais
➢Melhor compreensão
➢Base científica
➢Desenvolvimento de novos
produtos
➢Avaliação das propriedades
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42
Perguntas fundamentais:
➢O que é propriedade de um
material?
• Resposta de um material a
um estímulo externo.
• Tipos: mecânicas, térmicas,
elétricas, magnéticas, óticas
e químicas (ligadas à
reatividade ou
deteriorativas.
➢O que é característica de um
material?
• Parâmetro ou atributo que
caracteriza um material
➢O que é processamento de
um material?
➢O que é desempenho de um
material?
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Princípio básico
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• Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer
material utilizado na construção de uma edificação, desde a locação
e infraestrutura da obra até a fase de acabamento, passando desde
um simples prego até os mais conhecidos materiais(ex.: o cimento).
a. recursos renováveis: aqueles que, após utilizados, ficam
disponíveis novamente graças aos ciclos naturais, como a água
(ciclo hidrológico), o ar, a biomassa e a energia eólica;
b. recursos não-renováveis: aqueles que, uma vez utilizados, não se
renovam por meios naturais. Podem ser subdivididos em duas
classes:
i. minerais energéticos: combustíveis fósseis (carvão
mineral, petróleo, urânio);
ii. minerais não-energéticos: são minerais como ferro,
calcário, argilas em geral, etc...
DEFINIÇÕES
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Ciclo global dos materiais
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APLICAÇÃO/PERFORMANCE
PROCESSAMENTO
PROPRIEDADE
ESTRUTURA
Adaptado: Ciência e Engenharia dos Materiais –Askelande Phulé
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APLICAÇÃO/DESEMPENHO
Chassis dos automóveis (leve
para economia de
combustível e oferecer
segurança para veículo)
PROCESSAMENTO
O processo de fabricação irá afetar
as propriedades mecânicas? Que
tipo de recobrimento pode ser
utilizado para tornar o aço mais
resistência à corrosão? O aço pode
ser soldado facilmente?
PROPRIEDADE: composição química,
resistência mecânica, peso, propriedade de
absorção de Energia, maleabilidade
(conformabilidade)
ESTRUTURA: análise
macroscópica e microestrutural
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ESTRUTURA
ORDEM DE GRANDEZA
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ESTRUTURAS CRISTALINAS
Muitos materiais - metais, algumas cerâmicas, alguns polímeros ao se solidificarem,
se organizam numa rede geométrica 3D – a rede cristalina.
Estes materiais cristalinos, têm uma estrutura altamente organizada, em
contraposição aos materiais amorfos, nos quais não há ordem de longo alcance.
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Sólidos não cristalinos
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Policristalino
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Análise de estruturas por difração de raios X
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53
Análise de estruturas por difração de raios X
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Carbono
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55
Exemplo de Aplicação de Material Policristalino: Chapas laminadas de aço para
indústria da linha branca –geladeira; fogão; micro-ondas.
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MONOCRISTAL:
arranjo periódico perfeito e repetido de átomos que se estende por toda a amostra
Exemplo de Aplicação de Material
Monocristalino: Paletas de superligas à
base de níquel para turbina de alta-
pressão em turbinas aeronáuticas.
Paletas de superliga à base de
níquel da turbina de alta pressão.
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57
Da estrutura às propriedades
As ligas de Al são relativamente dúcteis, enquanto as de Mg são frágeis –
necessidade de observação da arquitetura em escala atômica ou microscópica.
Ciência dos Materiais
James F. Shackelford
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58
Da estrutura às propriedades
Desenvolvimento de cerâmicas transparentes
Ciência dos Materiais
James F. Shackelford
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59
Propriedades
1.MECÂNICAS
2.ELÉTRICAS
3.TÉRMICAS
4.MAGNÉTICAS
5.ÓTICAS
6.DETERIORAÇÃO
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Propriedades
RELACIONAM A DEFORMAÇÃO À APLICAÇÃO DE UMA CARGA.
Fundamentos da Ciência e
Engenharia dos Materiais
William F. Smith/Javad Hashemi
Exemplos: Módulo de elasticidade, Resistência mecânica
Vista em corte de uma turbina de avião. A seção de
compressão dianteira, que opera a baixas e médias
temperaturas, utiliza geralmente componentes de titânio. A
seção de combustão traseira, porém, opera com altas
temperaturas, requer o uso de superligas de níquel. A
capsula externa está exposta a baixas temperaturas, sendo
satisfatório o emprego de alumínio e compósitos.
Esta fotografia mostra um cubo quente feito a partir
de um material isolante à base de fibra de sílica, o
qual, apenas alguns segundos após ter sido
retirado de um forno quente, pode ser segurado
pelas suas arestas com as mãos nuas. A
condutividade térmica deste material é tão pequena
que a condução do calor do seu interior (T1250C)
para a superfície do material é muito pequena.
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Propriedade Térmica
Fundamentos da Ciência e
Engenharia dos Materiais
William F. Smith/Javad Hashemi
As restrições impostas aos materiais localizados nas regiões do ônibus espacial
que são expostas a temperaturas na faixa de 400 a 1260°C são muito rígidas.
Nestas regiões são utilizadas placas cerâmicas.
Micrografia eletrônica de varredura de uma
placa cerâmica de um ônibus espacial,
onde são mostradas as fibras de sílica que
foram colocadas umas às outras durante
um procedimento de tratamento térmico de
sinterização Material muito poroso e de
baixo peso
Localização dos vários componentes do sistema
de proteção no ônibus espacial
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Propriedade Óptica
Fundamentos da Ciência e
Engenharia dos Materiais
William F. Smith/Javad Hashemi
Transmitância de luz de 3 amostras de óxido de aluminio
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63
Propriedade Deteriorativa
Fundamentos da Ciência e
Engenharia dos Materiais
William F. Smith/Javad Hashemi
Imagem mostra uma barra de aço que foi dobrada até a forma de uma “ferradura”
utilizando-se um conjunto de porca e parafuso. Enquanto a peça ficou imersa em
água do mar, trincas de corrosão sob tensão se formaram ao longo da parte
dobrada, naquelas regiões onde as forças de tração são maiores
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Técnicas de Fabricação de metais
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Microestrutura de um material soldado
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66
SOLIDIFICAÇÃO EM LINGOTE
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67
Conformação Mecânica de Metais e Ligas
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2. Os grupos fundamentais de materiais
são:
68
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2. Os grupos fundamentais de materiais
são:
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2. Os grupos fundamentais de materiais
são:
• Cerâmicas;
• Metais;
70
• Vidros;
• Polímeros;
• Compósitos: união de dois
ou mais materiais distintos com o
objetivo de formar um terceiro
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2.1. Materiais cerâmicos
71
✓ óxidos, nitretos e carbetos;
✓ Leves e duráveis;
✓ Geralmente isolantes de calor e eletricidade;
✓ Mais resistentes a altas temperaturas e à ambientes
severos que metais e polímeros;
✓ São materiais de alta dureza, porém frágeis.
✓ Resistentes à corrosão.
Material de cozinha fabricado de uma
cerâmica vítrea, que oferece boas
propriedades mecânicas e térmicas. O prato
pode suportar um choque térmico, indo
diretamente da chama do fogo para um
bloco de gelo.
A
B
A) Exemplos de materiais desenvolvidos para aplicações avançadas
em motores. Válvulas de motores, assentos de válvulas e pinos de
pistão fabricados em nitreto de silício. B) Possíveis aplicações de
componentes cerâmicos em um motor turbo-diesel.
Ciência dos Materiais
James F. Shackelford
Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais
William F. Smith/Javad Hashemi
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2.1. Materiais cerâmicos
• Rochas:
▪ Rocha ornamental;
▪ Agregados:
o Areia;
o Brita.
72
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2.1. Materiais cerâmicos
▪ Minerais argilosos:
▪ Tijolo;
▪ Telha;
▪ Placa de revestimento;
▪ Louça sanitária.
73
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2.1. Materiais cerâmicos
▪ Compostos:
▪ Concreto;
▪ Argamassa;
▪ Vidro.
74
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2.1. Materiais cerâmicos
▪ Vantagens:
Relativamente baratos quando comparados
com os metais ou com materiais orgânicos;
Duráveis; Resistentes;
▪ Desvantagens:
Frágeis;
Elevado peso.
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2.2. Materiais metálicos
76
✓ Os elétrons não estão ligados a nenhum átomo em
particular e por isso são bons condutores de calor e
eletricidade;
✓ Opacos à luz visível;
✓ Têm aparência lustrosa quando polidos - brilho;
✓ Geralmente são resistentes (propriedade mecânica e
deformáveis (alta plasticidade);
✓ São muito utilizados para aplicações estruturais –
resistente a fratura: alta tenacidade
✓ Sensíveis à corrosão;
Peças metálicas comuns, incluindo várias
molas e garras, são característicos de sua
grande variedade de aplicações.
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2.2. Materiais metálicos
• Extraídos de minérios naturais
▪ Ferro
o Hematita;
▪ Alumínio
o Bauxita;
• Utilizados para resistir a esforços de tração;
• Susceptíveis à corrosão.
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2.3. Polímeros/ Materiais orgânicos
78
✓ Compostos orgânicos baseados em carbono,
hidrogênio e outros elementos não-metálicos;
✓ São constituídos de moléculas muito grandes
(macromoléculas);
✓ Baixa resistência à deformação (podem ser
extremamente flexíveis);
✓ Baixo ponto de fusão;
✓ Reatividade química mais alta;
✓ Baixa densidade, boa razão resistência/peso;
✓ Sensíveis a altas temperaturas;
✓ Em geral, maus condutores de eletricidade;
✓ Podem ser tóxicos quando queimados;
✓ Podem ser divididos em Termoplásticos e
Termofixos;
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• São mais deformáveis e tem menor resistência;
• São muito dúcteis (borrachas);
• Sofrem muito o efeito de altas temperaturas;
• São muito leves;
• Tem baixa condutibilidade térmica.
79
2.3. Polímeros/ Materiais orgânicos
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80
2.4. Compósitos
Ciência dos Materiais
James F. Shackelford
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81
2.4. Compósitos
Adaptado Slide Profa.
Kelly Benini
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3. Classificação dos Materiais
Entre os critérios apresentados por Silva (1985) podemos destacar como
principais a classificação quanto à origem e à função.
✓ Quanto à origem ou modo de obtenção:
• Naturais: são aqueles encontrados na natureza, prontos para
serem utilizados. Em alguns casos precisam de tratamentos
simplificados como uma lavagem ou uma redução de tamanho
para serem utilizados. Como exemplo desse tipo de material,
temos a areia, a pedra e a madeira.
• Artificiais: são os materiais obtidos por processos industriais.
Como exemplo, pode-se citar os tijolos, as telhas e o aço.
• Combinados: são os materiais obtidos pela combinação entre
materiais naturais e artificiais. Concretos e argamassas são
exemplos desse tipo de material.
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3. Classificação dos Materiais
✓Quanto à função onde forem empregados:
• Materiais de vedação: são aqueles que não têm função
estrutural, servindo para isolar e fechar os ambientes nos quais
são empregados, como os tijolos de vedação e os vidros.
• Materiais de proteção: são utilizados para proteger e aumentar a
durabilidade e a vida útil da edificação. Nessa categoria
podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilização.
• Materias com função estrutural: são aqueles que suportam as
cargas e demais esforços atuantes na estrutura. A madeira, o aço
e o concreto são exemplos de materiais utilizados para esse fim.
83
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3. Classificação dos Materiais
Classificação Funcional
Observe que metais, plásticos e cerâmicas aparecem em categorias diferentes.
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
✓ Técnicas:
• Resistência mecânica;
• Trabalhabilidade;
• Durabilidade;
• Higiene e
• Segurança.
✓ Econômicas:
• Fabricação;
• Transporte;
• Aplicação e
• Conservação.
✓ Estéticas:
• Cor;
• Aspecto (textura) e
• Forma (plástica).
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
✓ Condições Técnicas: revelam o desempenho do material na
construção e sua utilização. O material é revelado de boa ou má qualidade
de acordo com sua condição técnica.
• Resistência mecânica: é a propriedade mais importante para os materiais
estruturais. É a capacidade do material, resistir à solicitação de cargas,
o esmagamento. Deve ser o requisito principal na escolha.
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
• Trabalhabilidade: é a condição que o material possui de ser adaptável
(fácil manuseio e aplicação) a obra.
• Durabilidade: é a resistência do material as intempéries, e capacidade de
permanecerem inalterados com o tempo.
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
• Higiene e Segurança: Caracteriza pelo bem estar do usuário, sem agentes
nocivos a saúde humana.
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
✓ Condições Econômicas: quando o material, recebido e
aplicado com o mínimo de custo, porém possui a mesma resistência
que os demais. Esses materiais devem ainda responder os quesitos de
estética e higiene.
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4. Condicões que os materiais da
construção devem satisfazer
✓ Condições Estética: O material utilizado deve proporcionar uma
aparência agradável, beleza e conforto ao ambiente onde for aplicado.
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5. Verificação das condições técnicas
✓ Direta:
✓ Deterioração e
✓ Ruptura
✓ Indireta:
✓ Ensaios de materiais:
✓ Qualidades químicas, físicas e mecânicas;
✓ Coeficiente de segurança;
✓ Verificação de qualidades previstas.
91
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6. NORMALIZAÇÃO
✓ SÃO CRITÉRIOS ESTABELECIDOS ENTRE AS PARTES
INTERESSADAS -TÉCNICOS, ENGENHEIROS, FABRICANTES,
CONSUMIDORES E INSTITUIÇÕES - PARA PADRONIZAR
PRODUTOS, SIMPLIFICAR PROCESSOS PRODUTIVOS E GARANTIR
UM PRODUTO CONFIÁVEL, QUE ATENDA A SUAS NECESSIDADES.
✓ É A ATIVIDADE DO ESTABELECIMENTO DE NORMAS.
• REGULAMENTAÇÃO DA: QUALIDADE, CLASSIFICAÇÃO,
PRODUÇÃO E EMPREGO.
✓ NORMA: É UM DOCUMENTO TÉCNICO QUE DESCREVE
OBJETIVAMENTE UM PADRÃO TÉCNICO ACEITO PELA
SOCIEDADE.
92
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6.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA
NORMA TÉCNICA
1. PADRONIZAÇÃO
✓ PERMITE A INTERCONEXÃO
✓ ESTABELECE PADRÕES DE GRANDEZA
✓ FACILITA ACESSO A MERCADOS
✓ CRIA AMBIENTE COMPETITIVO
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6.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA
NORMA TÉCNICA
2. DEFESA CONTRA A CONCORRÊNCIA DESLEAL
✓ REDUÇÃO DA QUALIDADE PODE LEVAR À
REDUÇÃO DE CUSTO IMPLICANDO EM
PREJUÍZOS PARA A SOCIEDADE.
3. PODE LEVAR A CONSOLIDAÇÃO DE CARTÉIS.
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6.2. IMPORTÂNCIA SOCIAL DA
NORMA TÉCNICA
1. DEFESA DO CONSUMIDOR
✓ ESTABELECE O PADRÃO ACEITO DE DESEMPENHO.
✓ CONSUMIDOR NÃO TEM CONHECIMENTO TÉCNICO.
2. SIMPLIFICAÇÃO DE CONTRATOS
✓ REFERÊNCIA À NT EVITA REPETIR DESCRIÇÃO
3. FACILITA A COMUNICAÇÃO
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6.3. IMPORTÂNCIA TÉCNICA DA
NORMA TÉCNICA
1. ESTABELECE PROCEDIMENTOS PADRÕES
– NÍVEL DE SEGURANÇA
– SOLUÇÕES CONFIÁVEIS
– FACILITA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS
TRABALHOS.
– ELIMINA DESPERDÍCIOS
96
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6.3. IMPORTÂNCIA TÉCNICA DA
NORMA TÉCNICA
2. ESTABELECE PADRÕES DE GRANDEZA E
FORMAS DE MEDIR
– METRO, GRAMA, VOLT, WATT,ETC.
3. SIMPLIFICA A ATIVIDADE TÉCNICA
4. PROTEGE O PROFISSIONAL
97
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6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS
98
O processo de normalização pode ser caracterizado em quatro níveis,
onde cada nível tem um determinado grau de exigência.
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6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS
99
• As associações internacionais dedicam-se à elaboração de normas que são
consideradas válidas para diversos países do mundo.
• Normas internacionais permitem que diferentes países utilizem a mesma
terminologia, a mesma simbologia, os mesmos padrões e procedimentos para
produzir, avaliar e garantir a qualidade dos produtos.
• Por isso, a adoção das normas internacionais, além de exigir melhor
qualificação dos produtos, aperfeiçoa o sistema de “troca”, em vários mercados
• As associações internacionais mais importantes são:
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6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS
100
• As normas elaboradas pelas associações nacionais contam com a
colaboração de técnicos e engenheiros que representam fabricantes,
distribuidores, institutos de pesquisa, entidades profissionais e órgãos do
governo.
• Veja alguns exemplos de associações nacionais de normalização.
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6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS
Em cada país existem organismos cuja função é estabelecer
normas que padronizem as especificações de materiais, de serviços, de
projetos e de ensaios de laboratório.
1. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
2. ASTM – American Society for Testing Materials;
3. ISO – International Organization for Standardization.
101
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6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS
A ABNT - fundada em 1940 - se dedica a elaboração de normas técnicas,
sua difusão e incentivo. Fornece a base para o desenvolvimento
tecnológico Brasileiro. Sua sustentação econômica é viabilizada com
contribuições de sócios e entidades a ela ligadas e vendas de normas, não
recebendo verbas publicas.
Isso não impede que, em campos mais restritos, outras entidades
associadas, particulares ou oficiais, tenham o mesmo objetivo. Como
exemplo, temos:
• ABCP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND;
• IBRACON – INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO;
• ABCRAM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERAMICA
• ABPC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE CAL.
102
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6.5. TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS
103
1. Normas de procedimento (NB): dão as diretrizes para o cálculo e a
execução de obras e serviços e as condições de segurança.
NB 1: Projeto e execução de obras de concreto armado.
2. Especificações (EB): prescrevem padrões de qualidade para os
materiais.
EB 3: Barras de fios de aço destinados à armadura para concreto
armado
3. Métodos de Ensaios (MB): indicam os processos para a formação e o
exame das amostras.
MB 1: Ensaio de compressão de cimento Portland
4. Padronizações (PB): estabelecem tipos e dimensões para os materiais.
PB 1005: Azulejos – Formato e dimensões.
5. Terminologia (TB): estabelecem a nomenclatura técnica.
TB 12: Terminologia das madeiras brasileiras
6. Simbologias (SB): dão as convenções gráficas dos desenhos.
SB 6: Símbolos gráficos da eletricidade – Diagramas elétricos e
eletrônicos em navios
7. Classificações (CB):classificam e dividem conjuntos de elementos
CB 130: Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos
de resistência.
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6.6. COMITÊS BRASILEIROS
104
• CB-01 - Mineração e Metalurgia
• CB-02 - Construção Civil
• CB-03 - Eletricidade (Eletrônica, Eletrotécnica e Iluminação)
• CB-04 – Máquinas e Equipamentos Mecânicos.
• CB-05 -Automotivo (veículos em geral e autopeças)
• CB-06 - Metroferroviário
• CB-07 – Construção Naval
• CB-08 - Aeronáutica e Espaço
• CB-09 – Gases Combustíveis
• CB-10 – Química, Petroquímica e Farmácia.
• CB-11 - Couro, Calçados e Artefatos de couro
• CB-12 – Agricultura, Pecuária e Implementos
• CB-13 – Bebidas
• CB-14 – Informação e Documentação
• CB-15 - Mobiliário
• CB-16 – Transporte e Tráfego
• CB-17 – Têxteis e do Vestuário
• CB-18 – Cimento, Concreto e Agregados
• CB-19 - Refratários
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6.6. COMITÊS BRASILEIROS
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105
• CB-20 – Energia Nuclear
• CB-21 – Computadores e Processamento de Dados
• CB-22 - Impermeabilização
• CB-23 – Embalagens e Acondicionamento
• CB-24 – Segurança contra Incêndio
• CB-25 - Qualidade
• CB-26 – Odonto-Médico-Hospitalar
• CB-27 - Tecnologia Gráfica
• CB-28 – Siderurgia
• CB-29 – Celulose e papel
• CB-30 – Tecnologia alimentar
• CB-31 – Madeira
• CB-32 – Equipamento de proteção individual
• CB-33 – Joalheria, gemas, metais preciosos e bijouteria
• CB-34 – Petróleo
• CB-35 – Alumínio
• CB-36 – Análise clínica e diagnóstico in vitru
• CB-37 – Vidros planos
• CB-38 – Gestão ambiental..........etc.
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6.7. MARCA DE CONFORMIDADE
106
No Brasil, essa marca é cedida pelo INMETRO. O INMETRO, por meio de
laboratórios credenciados, supervisiona o controle de qualidade dos produtos,
antes que cheguem ao mercado consumidor.
Caracteriza-se por um símbolo estampado na embalagem do produto que
garante que o mesmo atende à sua especificação.
• Vantagens comerciais da “Certificação de conformidade”:
• Declarar externamente de forma independente a qualidade dos
produtos e serviços perante os vários mercados;
• Garantir a aceitação internacional dos produtos sem a
necessidade de repetições das avaliações realizadas;
• Aumentar a confiança do consumidor no produto adquirido;
• Destacar o seu produto em relação à concorrência
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6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA
NORMA
107
• A instituição de uma norma é regulamentada pela
NB 0 – Guia para apresentação e regulamentação de
normas técnicas. As normas são elaboradas ou
revisadas por Comissões de Estudo (CE) convocadas
pelos Comitês Brasileiros (CB).
• Dessas comissões fazem parte:
Produtores;
Comerciantes;
Consumidores;
Órgãos Técnicos Profissionais;
Entidades Oficiais; e
Convidados que tratem da matéria.
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6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA
NORMA
108
• Os textos das normas são desenvolvidos em Comissões de Estudos
(ABNT/CE), no âmbito dos ABNT/CB, ONS, ou, quando se justifica e o
assunto é restrito, em CE Especiais Temporárias (ABNT/CEET),
independentes. A participação é aberta a qualquer interessado,
independentemente de ser associado da ABNT.
• O assunto é discutido amplamente pelas Comissões de Estudo dos
Comitês Técnicos, com a participação aberta a qualquer
interessado, independentemente de ser associado à ABNT, até
atingir um consenso, gerando um Projeto de Norma.
• Quando os membros da ABNT/CE atingem o consenso em relação
ao texto, este é encaminhado, como projeto de norma brasileira,
para consulta pública. O anúncio dos projetos que se encontram em
consulta pública consta da página da ABNT.
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6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA
NORMA
109
• Aprovado o texto do projeto de norma brasileira na consulta pública, o
projeto converte-se em norma brasileira (NBR), entrando em vigor 30 dias
após o anúncio da sua publicação, que também é feito na página da ABNT.
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6.8. SISTEMA BRASILEIRO DE
NORMALIZAÇÃO
110
• Ministério da Indústria e Comércio
• SINMETRO: Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - (1973) Formular e executar uma política metrológica de
normalização e de controle de qualidade do produto industrial brasileiro.
• CONMETRO: Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial. Órgão normativo do SINMETRO que formula, coordena e
supervisiona essa política.
• INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade
Industrial, executor dessa política.
A ABNT, que é uma sociedade civil sem fins lucrativos é membro do
CONMETRO e integrante do INMETRO, sendo por este considerada como o Fórum
Nacional de Normalização.
As normas aprovadas no âmbito da ABNT são registradas no INMETRO e
recebem a designação oficial de: NBR - Norma Brasileira Registrada
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6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat
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111
• O PBQP-H é um programa nacional que possui requisitos para um
Sistema de Gestão da Qualidade, baseada na norma ISO 9001 aplicável
somente às empresas do ramo de Construção Civil.
• O Programa se propõe à organizar o setor da construção civil em torno
de duas questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a
modernização produtiva.
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6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat
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112
• Criado em 1998, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, tem como
finalidade difundir os novos conceitos de qualidade, gestão e organização da
produção, indispensáveis à modernização e competitividade das empresas
brasileiras.
• É adequado a empresas de todos os portes que atuam no setor de execução de obras
e elaboração de projetos para empresas publicas e privadas. O certificado PBQP-H
é um pré-requisito exigido por instituições como a Caixa Econômica Federal e
outros bancos para a concessão de financiamentos habitacionais. Alguns governos
estaduais e prefeituras municipais exigem o certificado PBQP-H para a
participação em licitações.
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6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da
Qualidade e Produtividade do Habitat
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113
Principais resultados:
• Mais de 3000 empresas estão ativas no PBQP-H atualmente;
• Redução do índice de não conformidade de Materiais;
• Gera Mais normas ABNT
• Maior qualidade no setor público
• Programas Setoriais de Qualidade de Materiais (PSQs).
Quais as diferenças entre o sistema ISO 9001 e o PBQP-H?
A ISO 9001 é internacional e aplicável a todo tipo de
empresa.
O PBQP-H é nacional e aplicável somente às empresas do
ramo de Construção Civil.
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114
INMETRO. Treinamento básico em gestão da Qualidade. Rio de
Janeiro, 1991.
INSTITUTO EUVALDO LODI. Novo modelo para elaboração de
Normas técnicas no Brasil técnicas no Brasil. Rio de Janeiro, 1993.
(Cadernos IEL, vol.5).
KAISER, Bruno. 10.000 anos de descobertas. 3 a edição. Tradução de
Roberto Luiz F. de Almeida. São Paulo, Melhoramentos, s d.
MINEI, Ciro Y. e PRIZENDT, Benjamin. Normalização para a
Qualidade. São Paulo, SENAI-SP, 1994.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Departamento de Assuntos
Universitários. MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO. Secretaria
Executiva do CONMETRO. Normalização - Histórico e informações.
Brasília, 1978.
SARDELLA, Antonio e MATEUS, Edgar. Dicionário escolar de química.
São Paulo, Ática, 1981.
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6.10. Bibliografia Normalização
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7. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
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115
➢ São as qualidades que caracterizam e distinguem os materiais. Um
determinado material é conhecido e identificado por suas propriedades
e por seu comportamento perante agentes exteriores.
Tomando como base as mudanças que ocorrem nos materiais, essas
propriedades podem ser classificadas em dois grupos:
• Físicas: Podem causar deformação mas não provocam mudança na
composição química do material.
✓ Ex.: Colocar água fervente num copo descartável de plástico.
• Químicas: Causam mudança na composição química do material.
✓ Ex.: Barra de aço exposta ao tempo sofrendo corrosão.
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Resistência
- Tensão de
Ruptura
- Tração
- Escoamento
- Compressão
- Flexão
- Cisalhamento
- Fluência
Conformabilidade
- % alongamento
- % de redução
de área
- Raio de flexão
Resiliência
- Modulo de
elasticidade
- Modulo de
flexão
- Modulo de
cisalhamento
Tenacidade
- Resistência ao
impacto
- Sensibilidade ao
entalhe
- Intensidade da
tensão critica
Durabilidade
- Dureza
- Resistência
ao desgaste
- Resistência a
fadiga
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116
Dentre as propriedades físicas, as mais importantes para estudar os
materiais da construção são as PROPRIEDADES MECÂNICAS, que se
referem à forma como os materiais reagem aos esforços externos,
apresentando deformação ou ruptura.
7. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Ponto de Fusão Plasticidade Maleabilidade Ductilidade Soldabilidade
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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117
• RESISTÊNCIA MECÂNICA
• Resistência mecânica de uma estrutura é a sua capacidade de
suportar as solicitações externas sem que estas venham a lhe
causar deformações plásticas (deformações irreversíveis).
• É a propriedade que possuem os materiais de não se
destruírem sob a ação de cargas. Os materiais empregados nas
estruturas sofrem diversos tipos de solicitações: tração,
compressão, flexão, cisalhamento, torção, choque, etc.
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Existem vários tipos de tensão
Quais são eles?
Tensão= força/área
σ = F/A (N/mm² = MPa)
Tensão x resistência
A resistência é a capacidade do material acomodar tensão
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118
• TENSÃO a que uma peça está sujeita é a carga que esta
peça suporta por unidade de área:
7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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Compressão
Flexão
Cisalhamento
Torção
Torção do componente
Cisalhamento do componente
Flexão do componente
Tendência para esmagar ou
colapsar o componente
Tendência para
separar/romper o
componente
Elástica
Estrutura retorna a sua
forma original quando
se remove a carga
Tração
Plástica
Carga aplicada provoca
uma deformação
permanente
T
e
n
s
ã
o
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119
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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120
• DEFORMAÇÃO
• acompanhando a tensão há sempre uma deformação do
elemento carregado que dependerá das dimensões do
elemento.
• DEFORMAÇÃO UNITÁRIA
ε= ∆L / L
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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121
• Relação tensão x deformação
• Quando se retira a tensão do material são possíveis
dois tipos de comportamento para a deformação:
• O material volta à sua dimensão e forma original,
ou seja, a deformação desaparece quando cessa a
tensão ⇒propriedade de elasticidade
• O material permanece deformado após a retirada da
tensão ⇒propriedade de plasticidade
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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122
• ELASTICIDADE:
A tendência que os corpos apresentam de retornar à
forma primitiva pós a aplicação de um esforço.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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123
• PLASTICIDADE:
É a propriedade de um corpo mudar de
forma de modo irreversível, ao ser submetido a
uma tensão.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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124
Relação tensão x deformação
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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125
• Relação tensão x deformação
Limite de proporcionalidade
A lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite
de proporcionalidade, que é o ponto representado no gráfico a seguir por A’, a
partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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126
• Relação tensão x deformação
Tensão de escoamento:
É a deformação permanente do material sem que haja aumento de carga, mas
com aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga
oscila entre valores muito próximos uns dos outros. O material não segue mais
a lei de Hooke e começa a sofrer deformação plástica (definitiva).
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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127
• Relação tensão x deformação
Limite de Resistência:
Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento causado
pela quebra dos grãos que compõem o material quando deformados a frio. O
material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez
maior para se deformar. Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um
valor máximo num ponto chamado de limite de resistência (B).
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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128
• Relação tensão x deformação
Limite de Ruptura:
Atingindo o ponto B, correspondente à carga máxima durante o ensaio, começa
a redução sensível da secção transversal do corpo de prova, e a carga diminui
até que aconteça sua ruptura total, chamado limite de ruptura (C).
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• Material elasto-plástico:
• Exibe características elásticas sob condições de
baixa tensão e plásticas em níveis de tensão mais
elevados.
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• Material elástico linear:
• Obedece à Lei de Hooke:
σ/ε= E
Onde:
σ = Tensão em Pascal
ε = Deformação específica, (adimensional)
E = Módulo de elasticidade ou Módulo de Young
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• Material perfeitamente plástico:
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• Aço:
• Tração
• Concreto:
• Compressão
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• FLUÊNCIA
• É a deformação com o tempo, resultado de
aplicações prolongadas de tensão.
• Metais submetidos à tensão sob temperaturas
próximas ao ponto de fusão;
• Madeira úmida;
• Materiais fibrosos.
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• MALEABILIDADE OU PLASTICIDADE:
A capacidade que têm os corpos de se adelgaçarem até
formarem lâminas sem, no entanto, se romperem. O elemento
conhecido mais maleável é o ouro, que se pode malear até dez
milésimos de milímetro de espessura.
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• DUCTIBILIDADE:
A capacidade que têm os corpos de se reduzirem a fios
(deformar plasticamente) sem se romperem.
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• EXTENSÃO:
A propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no
espaço. Todo corpo tem extensão. Seu corpo, por exemplo, tem a
extensão do espaço que você ocupa.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• TENACIDADE
• Reflete a capacidade do material absorver energia de impacto. Ou
energia mecânica necessária para levar o material a ruptura.
• Impacto: Carregamento de curta duração (instantânea)
• Pode ser calculada através da área num gráfico TensãoxDeformação do
material, portanto basta integrar a curva que define o material, da origem
até a ruptura.
• Madeira/metais: boa resistência ao impacto.
• Alta tenacidade, não implica em alta
resistência.
• Os materiais cerâmicos por exemplo tem
baixa tenacidade.
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• TENACIDADE
Segundo a tenacidade um mineral pode ser:
• Friável (frágil, quebradiço): Que pode ser quebrado ou reduzido a pó com
facilidade. Ex: calcita, fluorita.
• Maleável: Pode ser transformado facilmente em lâminas, Ex. ouro,
prata, cobre.
• Séctil: Pode ser facilmente cortado com um canivete. Ex ouro, prata,
cobre.
• Dúctil: Pode ser transformado facilmente em fios. Ex. ouro, prata, cobre.
• Flexível: Pode ser dobrado, mas não recupera a forma anterior. Ex: talco,
gipsita.
• Elástica: Pode ser dobrado mas recupera a forma anterior. Ex. micas.
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• RESILIÊNCIA
• Corresponde à capacidade de um metal absorver
energia quando deformado elasticamente e devolvê-
la, quando descarregado do esforço que provocou a
deformação.
• Similar a tenacidade, mas relacionada
à elasticidade:
• Ex.: Borracha, molas.
• A energia é absorvida elasticamente.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
• DUREZA
• Capacidade de um material resistir à penetração.
• É a resistência à deformação plástica permanente;
• É a resistência ao risco ou a capacidade de riscar;
• Dureza é a propriedade característica de um
material sólido, que expressa sua resistência a
deformações permanentes e está diretamente
relacionada com a força de ligação dos átomos.
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• DUREZA
• É a propriedade que possui um material de resistir à
penetração de outro material.
• Escala de dureza de Mohs:
Nº Material Características
1 Talco
Arranha com a unha
2 Gipsita
3 Calcita Arranha com um canivete facilmente
4 Fluorita Arranha com um canivete com leve pressão
5 Apatita Arranha com um canivete com forte pressão
6 Feldspato Risca levemente o vidro . Não é riscado por
uma lâmina de aço
7 Quartzo
Riscam facilmente o vidro
8 Topázio
9 Corindon
10 Diamante
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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DUREZA
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• RESISTÊNCIAAO DESGASTE (ABRASÃO)
• É a capacidade que possui um material de resistir ao desgaste
quando friccionado por outro material mais duro.
Abrasão superficial de placas cerâmicas (PEI)
Classe Resistência à abrasão Material
1 Baixa Poroso
2 Média Semi poroso
3 Média alta Semi gres
4 Alta Gres
5 Altíssima Porcelanato
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• FADIGA
• Rupturas por fadiga de aplicações repetidas de tensão;
• O número de ciclos até a ruptura depende da tensão
aplicada;
• A tensão por fadiga pode ser bem menor do que a tensão de
ruptura normal;
• São raras em construções. É comum em alguns
componentes (Ex.: Dobradiças);
• Pontes e estradas, devem levar em conta o efeito da fadiga.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
• PONTO DE FUSÃO
• Temperatura na qual o metal passa do estado sólido para o
estado líquido.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
• SOLDABILIDADE
• A boa soldabilidade de um aço é associada à pouca
transformação da estrutura cristalina na execução da solda
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7. OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• MASSA:
A quantidade de matéria e é constante para o mesmo
corpo, esteja onde estiver
• PESO:
Definido como a força com que a massa é atraída para
o centro da Terra varia de local para local.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• VOLUME APARENTE DO MATERIAL (Vap)
✓ Volume de água deslocada pelo material supostamente
envolvido por uma membrana impermeável
infinitamente fina.
• VOLUME REAL (Vr)
✓ Volume de água deslocado pelo material.
Vr = Vap-Va
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• VOLUME ABSOLUTO (Vab)
• Volume da parte sólida do material.
• Vab= Vap -Va -Vi
• VOLUME APARENTE DE UM MATERIAL SÓLIDO
GRANULAR - AGREGADO (Vag)
• É o volume ocupado por uma determinada quantidade
de agregado incluindo no volume os vazios entre os
grãos.
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• PESO ESPECÍFICO (ρ)
• Relação entre o peso e o volume do corpo. Como o peso é a força com que a
massa é atraída para o centro da Terra, ele varia conforme o local.
• ρ= P/V (kN/m³, kgf/m³)
• MASSA ESPECÍFICA (γ)
• Relação entre a massa e o volume de um corpo. Como a massa é a
quantidade de matéria, ela é constante para um mesmo corpo, portanto a
massa específica não varia.
• γ= M/V (kg/m³)
• DENSIDADE
• É a relação entre a massa de um corpo e a massa de mesmo volume de água
a 4ºC e no vácuo.
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• MASSA ESPECÍFICAAPARENTE DE AGREGADO (γap)
• É a massa da unidade de volume aparente dos grãos, incluindo no
volume os poros permeáveis e impermeáveis, e excluindo os vazios
entre os grãos.
• γap= M/Vap
• MASSA ESPECÍFICA REAL DE AGREGADO (γr)
• É a massa da unidade de volume real, excluindo deste os vazios
permeáveis e os vazios entre os grãos. Denominamos massa
específica real simplesmente como massa específica.
• γr= M/Vr
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MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• MASSA ESPECÍFICAABSOLUTA DE AGREGADO
• É a massa da unidade de volume absoluto do grão, ou seja, o volume
excluindo os vazios permeáveis, impermeáveis e entre os grãos. É obtida
reduzindo-se o material a pó de modo a eliminar o efeito dos vazios
impermeáveis.
• MASSA UNITÁRIA (δ)
• É a massa da unidade de volume aparente do agregado, isto é, incluindo no
volume os vazios impermeáveis, permeáveis e entre os grãos.
• δ= M/Vag
• Sua importância decorre da necessidade, na dosagem dos concretos, de
transformação de traços em massa para volume e vice-versa.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• POROSIDADE
• Relação entre o volume de vazios e o volume aparente do material
• Porosidade real
• Relaciona-se com o volume total de vazios, ou seja, a soma dos vazios
permeáveis e impermeáveis.
• p(%) = (Va+ Vi)/Vap × 100
= (Vap -Vab)/Vap ×100
• POROSIDADE APARENTE
• Exclui do volume de vazios os poros impermeáveis.
• p(%) = (Va/Vap) × 100
= (Vap-Vr)/Vap × 100
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
ENGENHARIA DE MATERIAIS
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• ABSORÇÃO D’ÁGUA
• Exprime o poder do material em absorver e reter a água em seu
interior:
• a = (MSSS-MS)/MS×100
• EVAPORAÇÃO OU PERDA DE UMIDADE
• É a propriedade que possui um certo material de perder umidade em
certas condições do meio ambiente. O estado de equilíbrio com a
umidade atmosférica é chamado estado seco ao ar.
• PERMEABILIDADE
• Permeabilidade à água é a propriedade que possui um certo
material de permitir a passagem de água em seu interior.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES TÉRMICAS
DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• CONDUTIBILIDADE TÉRMICA:
• A quantidade de calor (Q) que passará através da
parede será:
• Diretamente proporcional:
• À sua área S = b . d (m²);
• à diferença de temperatura ∆t= t2 - t1(ºC);
• ao tempo h.
• E inversamente proporcional à sua espessura e (m):
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• COEFICIENTE DE CONDUTIBILIDADE TÉRMICA:
Material k
Chapa de fibra de madeira 0,07
Tijolo cerâmico 0,7
Concreto 1,10 a 1,30
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• CAPACIDADE TÉRMICA
• É a propriedade que tem um material de absorver e
reter calor;
• A quantidade de calor necessária para passar um
material de massa M de uma temperatura t2a uma
temperatura t1será:
• Q = c .M .∆t (kcal)
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
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• CALOR ESPECÍFICO
• c = Q / (M .∆t) (kcal/[kg .ºC])
Material c
Pedras naturais e artificiais 0,18 a 0,22
Madeira e derivados 0,57 a 0,65
Aço 0,11
• Em construções prediais exige-se que as paredes e
tetos tenham baixa condutibilidade térmica e
elevado calor específico.
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7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
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• RESISTÊNCIAAO FOGO
• É a propriedade que possuem os materiais de suportarem
temperaturas elevadas sem se destruírem;
• Do ponto de vista da incombustibilidade os materiais se
dividem em 3 grupos:
• Incombustíveis:
• não se queimam sob ação do fogo ou altas
temperaturas.
• Difícil combustão:
• sofrem ação do fogo ou altas temperaturas enquanto
duram seus efeitos. Não se inflamam mas destroem-
se ou se calcinam.
• Combustíveis:
• sofrem a ação do fogo mesmo depois de retirada a
fonte de calor
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LABORATÓRIO DE MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO
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• REALIZAR ENSAIOS FÍSICOS E MECÂNICOS DE
ENGENHARIA DE MATERIAIS: METAIS,
CERÂMICAS, ARGAMASSAS, CONCRETOS,
AGLOMERANTES, AGREGADOS, ETC.
• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO.
• RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO
DIAMETRAL
• SLUMP DO CONCRETO
• TRAÇOS DE CONCRETO.
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LABORATÓRIO DE MATERIAIS
DE CONSTRUÇÃO
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• UMIDADE DE AGREGADOS MIÚDOS
• MASSA UNITÁRIA DO AGREGADO
• COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO
MIÚDO
• COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO
GRAÚDO
• DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA EM TORRÕES
NOS AGREGADOS.
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Ensaios Mecânicos
Permitem quantificar as propriedades mecânicas
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O ensaio de tração uniaxial é um dos mais populares ensaios mecânicos.
Fornece informações referentes a resistência e ductilidade do material ensaiado.
Propriedades passiveis de serem utilizadas em projeto
Cp cilindrico
Corpo de prova
cp retangular
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Ensaio de Tração Uniaxial
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A.S.D’Oliveira
Geometria do corpo de prova (dimensões padronizadas)
Colocação de
extensômetro
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Curva tensão- deformação
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Curva Tensão Nominal x Deformação nominal
( metal dúctil )
➢Modulo de elasticidade – medida da rigidez
➢Tensão de escoamento
➢Tensão máxima ou limite de resistência
➢Dutilidade (redução de área; deformação)
➢Coef de encruamento
➢Estricção – estado triaxial de tensões
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d
d
 =
Critério de instabilidade plástica
Quando começa a estricção ?
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Encruamento
- Aumento da tensão necessário para fazer o material escoar devido à própria
deformação plástica que ele experimenta.
- taxa de encruamento como d/d.
- Durante a deformação plástica a frio a densidade de discordâncias aumenta,
podendo passar de 10^6 cm/cm3 para 10^12 cm/cm3.
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Material dutil com alto
coef de encruamento
Material dutil com bx coef de
encruamento Material frágil
Vidros, cerâmicos, FF e
alguns metais
Aços inoxidáveis
e ao carbono
Material com escoamento
descontinuo
Aço de bx
carbono
Ligas de
Aluminio
Material compósito
Fibras de vidro ou de carbono
em matriz polimérica
Comportamento de diferentes materiais sob tração uniaxial
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Ensaio de Compressão
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Compressão é um esforço axial que tende a provocar um
encurtamento ou até o rompimento do corpo submetido a
este esforço. Em ensaios de compressão realizados em
concretos, são produzidos corpos-de-prova com dimensões
padronizadas e são submetidos a uma força axial distribuída de
modo uniforme em toda seção transversal do corpo-de-prova.
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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
◼ Concreto resiste bem à compressão – até 150 MPa;
◼ Resiste mal à tração – 2 a 5% da resistência à compressão;
◼ Resiste mal ao cisalhamento;
◼ Deve ser especificada em todos os projetos – compressão simples;
◼ Em projetos especiais – módulo de elasticidade, tração simples,
desgaste à abrasão e cisalhamento direto.
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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
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RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
◼ Propriedade mais controlada;
◼ Facilidade com que é determinada;
◼ Em geral, relacionada às demais propriedades;
◼ Os corpos de prova, moldados de diferentes fases da mistura, de
um mesmo concreto, têm resultados com distribuição normal,
representada por:
❑ MÉDIA e DESVIO PADRÃO.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1) Askeland, D. R.; Phule, P. P. Ciência e engenharia dos materiais. São
Paulo: CENGAGE, 2008;
2) Callister Jr., W. D. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais. Rio
de Janeiro: LTC Editora, 2006;
3) Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais. Rio de Janeiro: LTC
Editora, 2008;
4) Shackelford, J. E. Ciência dos materiais. São Paulo: Prentice Hall, 2008;
5) Hashemi, J.; Smith, W. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos
Materiais. Porto Alegra, McGrawHill, 2012.
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  • 1. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson ENGENHARIA DE MATERIAIS Professor: Engº Civil José Nelson Vieira da Rocha E-mail: jose.rocha@doctum.edu.br Telefone: (33) 99944-8449 1
  • 2. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson OLÁ, EU SEREI SEU PROFESSOR ESTE SEMESTRE  Engenheiro Civil pelo Instituto Tecnológico de Caratinga;  Especialista em Estruturas de Concreto e Fundações; Nome: José Nelson Vieira da Rocha Cursos: Engenharia Civil /Elétrica Arq. e Urbanismo • Professor com ênfase na área de Análise Estrutural e Projetos de Instalações, atuando principalmente nos seguintes temas: Teoria das Estruturas, Sistemas Estruturais, Instalações Hidrossanitárias, Instalações Elétricas e Materiais de Construção; • Desenvolve e executa projetos para AEC elaborados na tecnologia BIM, visando a compatibilização, planejamento, coordenação e integração buscando economia aos empreendimentos. 2
  • 3. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 3 Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS EMENTA: Introdução – conceitos básicos – importância da disciplina. Principais propriedades dos materiais. Normas e Normatização. Aglomerantes – Cales – Gesso – Cimento Portland e Cimentos especiais. Agregados para argamassas e concretos. Argamassas de cal e gesso. Concretos – conceituação. Materiais cerâmicos. Materiais metálicos. Vidros. Madeiras. Polímeros. Materiais Betuminosos. Plano de Trabalho
  • 4. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4 Plano de Trabalho Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS JUSTIFICATIVA: Engenheiros(as) irão uma vez ou outra se deparar com um problema de projeto que envolve materiais: A seleção de um material correto entre milhares disponíveis; Quanto mais familiarizado o engenheiro(a), com as várias características e relações estrutura-propriedade, assim com as técnicas de processamento dos materiais, mais capacitado e confiante estará para definir materiais.
  • 5. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 5 Plano de Trabalho Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS OBJETIVOS: Trabalho em grupo em que cada uma equipe desenvolverá um projeto de pesquisa sobre o tema “Materiais tecnológicos na área de construção civil”. METODOLOGIA: - Desenvolver o projeto de pesquisa, não apenas sobre o aspecto conceitual do produto, mas incluindo também informações citadas abaixo: ·Processo de fabricação ·Necessidades do mercado ·Análise de custos
  • 6. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6 Plano de Trabalho Disciplina: ENGENHARIA DE MATERIAIS CRONOGRAMA: - Apresentação da proposta e Estruturação das equipes de trabalho - Definição do tema e elaboração do cronograma de atividades - Elaboração do projeto - Orientação do projeto - Entrega do relatório - Seminário de apresentações
  • 7. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7 BIBLIOGRAFIA: BÁSICA: PETRUCCI, E. G. R. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. Porto Alegre: Globo, 2007. BERTOLINI, Luca. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO. São Paulo: Oficina de textos, 2010. SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto. GESTÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Cidade: Nome da Rosa, 2005. CALLISTER JR, William D, RETHWISCH, David G. CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS – UMA INTRODUÇÃO. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. BAUER, L.A. Falcão. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1: CONCRETO, MADEIRA, CERÂMICA, METAIS, PLÁSTICOS, ASFALTO - NOVOS MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL. 5. ed. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. v. 1, 471 . p. Plano de Trabalho
  • 8. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 8 BIBLIOGRAFIA: COMPLEMENTAR: FREIRE, Wesley Jorge. BERALDO, Antônio Ludovico. TECNOLOGIAS E MATERIAIS ALTERNATIVOS DE CONSTRUÇÃO. Campinas: UNICAMP, 2003. SILVA, Moema Ribas. ENGENHARIA DE MATERIAIS. São Paulo: PINI, 1985. BAUER, L. A. Falcão. ENGENHARIA DE MATERIAIS. Volume I. 5a Edição. Livros Técnicos e Científicos Ed., Rio de Janeiro, 2000, 471 p ADDIS, Bill. EDIFICAÇÃO: 3000 ANOS DE PROJETO, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO. Porto Alegre: Bookman, 2009. Plano de Trabalho
  • 9. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Metodologia de Avaliação 1ª ETAPA: 09/08 A 05/10: 40 PONTOS • UMA PROVA ESCRITA (15 PONTOS) • 25 PONTOS DE ATIVIDADES E TRABALHOS • 07/10 - Provas de 2ªChamada referente a 1°Etapa de Notas 2ª ETAPA: 06/10 A 09/12: 60 PONTOS • PROVA ESCRITA (20 PONTOS) • 40 PONTOS DE ATIVIDADES E TRABALHOS • 25/11 a 06/12 – Semana de Provas ref.a 2ªEtapa de Notas 9 Plano de Trabalho
  • 10. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson X Metodologia de Ensino Convencional foco: professor interação / comunicação: fraca motivação: baixa linguagem: não atual Técnicas modernas foco: aluno interação / comunicação: alta motivação: técnicas didáticas linguagem: dinâmica, plural 10 Dica de vídeo: Palestra do Prof. Pierluigi Piazzi “Como Aumentar a Inteligência - Dicas Para Estudar Com Eficiência” Plano de Trabalho
  • 11. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Metodologia de Aprendizado Compromissos do professor direcionar o desenvolvimento aulas motivacionais = ideia do conteúdo (multimídia & outras = auxiliar) ouvir dúvidas e sugestões propor problemas Resumindo Responsabilidade do aluno: aprender Responsabilidade do professor: guiar 11 Compromissos do aluno aprendizado (provas = secundário) aprendizado = individual = LER + RACIOCINAR + EXERCITAR + ESCREVER participação ativa retorno = motivação para o professor LER ESCREVER LER ESCREVER LER ... Plano de Trabalho
  • 12. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson HÁBITOS DE PESSOAS BEM SUCEDIDAS 1- Mais livros, menos TV. 2- Encontrar formas de melhorar a si mesmo ao invés de procurar defeitos nos outros. 3- Descobrir como contribuir com o outro. 4- Perceber que sempre há o que aprender, mesmo que já tenha ouvido sobre o assunto. 5- Manter o foco/competir consigo mesmo. 6- Saber receber elogios, mas sempre PEDIR por críticas construtivas. ⁠"Sua única limitação é aquela que você impõe em sua própria mente". Livro: Mais esperto que o Diabo. "Napoleon Hill" Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7mciUepEris 12
  • 13. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson NÚMERO DE PROTOCOLO QUE DEVERÁ SER APRESENTADO AO PROFESSOR. ✓ TRABALHOS TEM DATA PARA ENTREGA. OS ENTREGUES DEPOIS DA DATA SERÃO AVALIADOS EM METADE DOS PONTOS. ✓ AVALIAÇÃO DE SEGUNDA CHAMADA TEM UMA DATA ESPECÍFICA QUE DEVERÁ SER CONFIRMADA COM O PROFº. O QUANTO ANTES. O ALUNO SÓ PODERÁ FAZER A PROVA COM REQUERIMENTO, POR ESTE MOTIVO DEVE PROCURAR A SECRETARIA COM ANTECEDÊNCIA. HUMILDADE PRA ADMITIR QUE NINGUÉM SABE DE TUDO E POR ISSO ESTUDAR NUNCA É DEMAIS! “SEJAA MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER NO MUNDO” - MAHATMA GANDHI. DEVERES E BRIGAÇÕES: ✓PARTICIPAÇÃO NAS AULAS (75%); ✓APS (Atividades Práticas Supervisionadas) CONTAM COMO PRESENÇA. CASO O ALUNO NÃO CONSEGUIR POSTAR A ATIVIDADE NA DATA, O ADX GERA UM 13
  • 14. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Introdução 14
  • 15. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção •Figura 1 – Stonehenge (2075 a.C.): monumento megalítico da Idade do Bronze, no condado de Wiltshire, na Inglaterra. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge). Historicamente, o desenvolvimento do homem esteve ligado à sua habilidade em detectar, manipular e aperfeiçoar os materiais disponíveis para atender suas necessidades de manutenção, proteção, abrigo ou religiosidade (Figuras 1 e 2). 15
  • 16. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção •Figura 2 – Muralha construída pelo Imperador romano Adriano (122 - 130 d.C.) no nordeste da Inglaterra, com 120 km de extensão. •(Fonte: www.bbc.co.uk/history/ancient/romans/hadrian_gallery.shtml) 16
  • 17. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 17 Idade da pedra Idade do bronze Idade do ferro Idade do cobre Idade do plástico Idade do semicondutor
  • 18. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 18 Ciência dos Materiais James F. Shackelford
  • 19. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção Até 1850 – Uso da madeira, tijolo, pedra, concreto e ferro forjado. 19
  • 20. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 1850 – Desenvolvimento do Aço estrutural e invenção do 1º plástico. Torre Eiffel 20
  • 21. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 1950 – Introdução do PVC na construção civil. 21
  • 22. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 1980 – Uso intensivo do plástico na construção civil. 22
  • 23. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 1. Visão história dos materiais de construção 2000 – Aumento e difusão do uso de eletrônicos. 23
  • 24. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson NOTÍCIAS 24 Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/10/cientistascriam- 1-pele-artificial-que-transmite-impulsos-para-o-cerebro.html
  • 25. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson NOTÍCIAS 25
  • 26. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DA ENGENHARIA DE MATERIAIS Segundo o Instituto Britânico de Engenheiros Civis a Engenharia (apud Mehta, 1994): • representa os músculos e os tendões que conectam a sociedade (pontes, túneis, estradas de rodagem e de ferro, aeroportos, portos); • é responsável pela provisão e manutenção de seus corações e pulmões (água potável, estações de tratamento de esgoto, instalações de depuração de resíduos); • é fornecedora da energia necessária para todos os trabalhos (plataformas marítimas de extração de óleo, barragens hidroelétricas, usinas nucleares e maremotrizes, instalações eólicas e todas suas derivações). 26
  • 27. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Curva do crescimento exponencial da população (Braga et al. , 2006, p. 3). 27
  • 28. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Curva do crescimento exponencial da população (ONU, 2015) 28
  • 29. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson A importância da indústria da construção civil e dos materiais • A sociedade acredita que Engenheiros(as) estão aptos a tomar decisões técnicas corretas, pois as consequências das decisões equivocadas são conhecidas posteriormente e, algumas vezes, podem ser devastadoras; a profissão de Engenheiro(a) é de “confiança pública”, porque a sociedade espera e acredita, a priori, que estes são providos de competências adequadas para assumirem as responsabilidades inerentes às suas atividades; • A evolução do conhecimento teórico e prático, do refinamento dos modelos de cálculo e projetos, dos métodos e técnicas construtivas é uma realidade que exige atualização e qualificação permanentes. 29
  • 30. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 30 O que é ciência? ➢Ciência é conhecimento. ➢Então, tudo que o conhecimento humano abarca é objeto da ciência? ➢Não. ➢A definição “filosófica” de ciência é aquela que associa ao domínio da realidade (das verdades) do universo. www.gqportugal.pt/historia-de-uma-obra-de-arte-o-pensador O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS?
  • 31. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 31 Engenharia não é ciência! ➢ Não fazemos ciência, fazemos tecnologia que é o domínio do conhecimento técnico e científico e a sua aplicação através de sua transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados para resolver problemas. ➢ Técnica : é o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm, como objetivo, obter um determinado resultado. ➢ Tecnologia é o “encontro da ciência com a engenharia”. O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS?
  • 32. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 32 O que é engenharia então? ➢ Engenharia é aplicação do conhecimento científico, econômico, social e prático, com o intuito de criar, desenvolver, projetar, construir, manter e otimizar estruturas, máquinas, equipamentos, aparelhos, sistemas, materiais e processos. ➢ É um conhecimento datado e o caminho natural de grande parte dele é a obsolescência. ➢ Desenvolvimento técnico/científico: deve obedecer aos princípios científicos e éticos. O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS?
  • 33. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS? • É um campo interdisciplinar voltado à invenção de novos materiais e aperfeiçoamento dos já conhecidos mediante o desenvolvimento da correlação entre composição microestrutura síntese e processamento. Ciência: envolve a investigação das relações entre as estruturas e as propriedades; Engenharia: coloca os materiais em ação; 33 Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William Callister
  • 34. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS? • Ciência dos materiais: • Disciplina que envolve a investigação das relações existentes entre as estruturas e as propriedades dos materiais. • Engenharia de materiais: • Projeto ou engenharia de um material, baseados na ciência dos materiais, para produzir um conjunto predeterminado de propriedades. “Ferramentas científicas”: Registros: artigos científicos e livros Os trabalhos acadêmicos: Mestrado Doutorado Livre docência 34
  • 35. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson O QUE É CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS? • A principal diferença entre Engenharia de materiais e a Ciência dos Materiais, é que aciência pretende analisar, compreender e descobrir propriedades presentes nos diversos materiais já existentes. • Já a Engenharia dos Materiais tem o objetivo de construir, planejar e criar novos e diversos produtos, a partir das propriedades de diferentes materiais. • Assim, no primeiro caso, estuda-se as propriedades dos materiais já existentes; no segundo, cria-se novos materiais a partir dos conhecimentos obtidos pelo primeiro. 35
  • 36. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson POR QUE ESTUDAR A ENGENHARIA DE MATERIAIS? • A qualidade, durabilidade, custo e nível de acabamento de uma construção dependem diretamente dos materiais que nela são empregados. Por isso, é necessário que o responsável técnico de uma edificação tenha em mente a importância de conhecer as propriedades e aplicações mais adequadas para cada material. • O(a) engenheiro(a) deve: • Saber especificar os materiais que resistam aos esforços e tensões presentes. • Conhecer as propriedades, as limitações e a melhor utilização dos materiais. 36
  • 37. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson POR QUE ESTUDAR A ENGENHARIA DE MATERIAIS? 37
  • 38. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Materiais: Desafios para a construção CIB (2000) • Projeto: escolha de materiais recicláveis/reutilizáveis, de desmonte fácil, com medidas padronizadas, não tóxicos e cuja fabricação exija pouca energia; • Construção: uso de materiais locais e reutilização de peças aproveitáveis, construção com enfoque modular, rotulagem dos componentes para facilitar a remoção seletiva e reciclagem, introdução de padrões de qualidade para materiais reciclados e uso de manuais de operação e manutenção; • Desconstrução: novas técnicas para desconstrução e demolição para facilitar a reciclagem e reutilização dos materiais; • Fabricantes: maior responsabilidade para com seus produtos, do início ao fim de sua produção. 38
  • 39. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 39 COMO ESTUDAR OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO?
  • 40. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 40 COMO ESTUDAR OS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO?
  • 41. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 41 Objetivos do aprofundamento no estudo dos materiais ➢Melhor compreensão ➢Base científica ➢Desenvolvimento de novos produtos ➢Avaliação das propriedades
  • 42. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 42 Perguntas fundamentais: ➢O que é propriedade de um material? • Resposta de um material a um estímulo externo. • Tipos: mecânicas, térmicas, elétricas, magnéticas, óticas e químicas (ligadas à reatividade ou deteriorativas. ➢O que é característica de um material? • Parâmetro ou atributo que caracteriza um material ➢O que é processamento de um material? ➢O que é desempenho de um material?
  • 43. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 43 Princípio básico
  • 44. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson • Os materiais de construção são definidos como todo e qualquer material utilizado na construção de uma edificação, desde a locação e infraestrutura da obra até a fase de acabamento, passando desde um simples prego até os mais conhecidos materiais(ex.: o cimento). a. recursos renováveis: aqueles que, após utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais, como a água (ciclo hidrológico), o ar, a biomassa e a energia eólica; b. recursos não-renováveis: aqueles que, uma vez utilizados, não se renovam por meios naturais. Podem ser subdivididos em duas classes: i. minerais energéticos: combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, urânio); ii. minerais não-energéticos: são minerais como ferro, calcário, argilas em geral, etc... DEFINIÇÕES 44
  • 45. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Ciclo global dos materiais 45
  • 46. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 46 APLICAÇÃO/PERFORMANCE PROCESSAMENTO PROPRIEDADE ESTRUTURA Adaptado: Ciência e Engenharia dos Materiais –Askelande Phulé
  • 47. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 47 APLICAÇÃO/DESEMPENHO Chassis dos automóveis (leve para economia de combustível e oferecer segurança para veículo) PROCESSAMENTO O processo de fabricação irá afetar as propriedades mecânicas? Que tipo de recobrimento pode ser utilizado para tornar o aço mais resistência à corrosão? O aço pode ser soldado facilmente? PROPRIEDADE: composição química, resistência mecânica, peso, propriedade de absorção de Energia, maleabilidade (conformabilidade) ESTRUTURA: análise macroscópica e microestrutural
  • 48. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 48 ESTRUTURA ORDEM DE GRANDEZA
  • 49. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 49 ESTRUTURAS CRISTALINAS Muitos materiais - metais, algumas cerâmicas, alguns polímeros ao se solidificarem, se organizam numa rede geométrica 3D – a rede cristalina. Estes materiais cristalinos, têm uma estrutura altamente organizada, em contraposição aos materiais amorfos, nos quais não há ordem de longo alcance.
  • 50. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 50 Sólidos não cristalinos
  • 51. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 51 Policristalino
  • 52. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 52 Análise de estruturas por difração de raios X
  • 53. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 53 Análise de estruturas por difração de raios X
  • 54. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 54 Carbono
  • 55. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 55 Exemplo de Aplicação de Material Policristalino: Chapas laminadas de aço para indústria da linha branca –geladeira; fogão; micro-ondas.
  • 56. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 56 MONOCRISTAL: arranjo periódico perfeito e repetido de átomos que se estende por toda a amostra Exemplo de Aplicação de Material Monocristalino: Paletas de superligas à base de níquel para turbina de alta- pressão em turbinas aeronáuticas. Paletas de superliga à base de níquel da turbina de alta pressão.
  • 57. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 57 Da estrutura às propriedades As ligas de Al são relativamente dúcteis, enquanto as de Mg são frágeis – necessidade de observação da arquitetura em escala atômica ou microscópica. Ciência dos Materiais James F. Shackelford
  • 58. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 58 Da estrutura às propriedades Desenvolvimento de cerâmicas transparentes Ciência dos Materiais James F. Shackelford
  • 59. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 59 Propriedades 1.MECÂNICAS 2.ELÉTRICAS 3.TÉRMICAS 4.MAGNÉTICAS 5.ÓTICAS 6.DETERIORAÇÃO
  • 60. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 60 Propriedades RELACIONAM A DEFORMAÇÃO À APLICAÇÃO DE UMA CARGA. Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi Exemplos: Módulo de elasticidade, Resistência mecânica Vista em corte de uma turbina de avião. A seção de compressão dianteira, que opera a baixas e médias temperaturas, utiliza geralmente componentes de titânio. A seção de combustão traseira, porém, opera com altas temperaturas, requer o uso de superligas de níquel. A capsula externa está exposta a baixas temperaturas, sendo satisfatório o emprego de alumínio e compósitos. Esta fotografia mostra um cubo quente feito a partir de um material isolante à base de fibra de sílica, o qual, apenas alguns segundos após ter sido retirado de um forno quente, pode ser segurado pelas suas arestas com as mãos nuas. A condutividade térmica deste material é tão pequena que a condução do calor do seu interior (T1250C) para a superfície do material é muito pequena.
  • 61. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 61 Propriedade Térmica Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi As restrições impostas aos materiais localizados nas regiões do ônibus espacial que são expostas a temperaturas na faixa de 400 a 1260°C são muito rígidas. Nestas regiões são utilizadas placas cerâmicas. Micrografia eletrônica de varredura de uma placa cerâmica de um ônibus espacial, onde são mostradas as fibras de sílica que foram colocadas umas às outras durante um procedimento de tratamento térmico de sinterização Material muito poroso e de baixo peso Localização dos vários componentes do sistema de proteção no ônibus espacial
  • 62. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 62 Propriedade Óptica Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi Transmitância de luz de 3 amostras de óxido de aluminio
  • 63. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 63 Propriedade Deteriorativa Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi Imagem mostra uma barra de aço que foi dobrada até a forma de uma “ferradura” utilizando-se um conjunto de porca e parafuso. Enquanto a peça ficou imersa em água do mar, trincas de corrosão sob tensão se formaram ao longo da parte dobrada, naquelas regiões onde as forças de tração são maiores
  • 64. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 64 Técnicas de Fabricação de metais
  • 65. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 65 Microestrutura de um material soldado
  • 66. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 66 SOLIDIFICAÇÃO EM LINGOTE
  • 67. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Tetraedro da Ciência e Engenharia dos Materiais 67 Conformação Mecânica de Metais e Ligas
  • 68. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2. Os grupos fundamentais de materiais são: 68
  • 69. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2. Os grupos fundamentais de materiais são: 69
  • 70. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2. Os grupos fundamentais de materiais são: • Cerâmicas; • Metais; 70 • Vidros; • Polímeros; • Compósitos: união de dois ou mais materiais distintos com o objetivo de formar um terceiro
  • 71. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.1. Materiais cerâmicos 71 ✓ óxidos, nitretos e carbetos; ✓ Leves e duráveis; ✓ Geralmente isolantes de calor e eletricidade; ✓ Mais resistentes a altas temperaturas e à ambientes severos que metais e polímeros; ✓ São materiais de alta dureza, porém frágeis. ✓ Resistentes à corrosão. Material de cozinha fabricado de uma cerâmica vítrea, que oferece boas propriedades mecânicas e térmicas. O prato pode suportar um choque térmico, indo diretamente da chama do fogo para um bloco de gelo. A B A) Exemplos de materiais desenvolvidos para aplicações avançadas em motores. Válvulas de motores, assentos de válvulas e pinos de pistão fabricados em nitreto de silício. B) Possíveis aplicações de componentes cerâmicos em um motor turbo-diesel. Ciência dos Materiais James F. Shackelford Fundamentos da Ciência e Engenharia dos Materiais William F. Smith/Javad Hashemi
  • 72. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.1. Materiais cerâmicos • Rochas: ▪ Rocha ornamental; ▪ Agregados: o Areia; o Brita. 72
  • 73. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.1. Materiais cerâmicos ▪ Minerais argilosos: ▪ Tijolo; ▪ Telha; ▪ Placa de revestimento; ▪ Louça sanitária. 73
  • 74. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.1. Materiais cerâmicos ▪ Compostos: ▪ Concreto; ▪ Argamassa; ▪ Vidro. 74
  • 75. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.1. Materiais cerâmicos ▪ Vantagens: Relativamente baratos quando comparados com os metais ou com materiais orgânicos; Duráveis; Resistentes; ▪ Desvantagens: Frágeis; Elevado peso. 75
  • 76. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.2. Materiais metálicos 76 ✓ Os elétrons não estão ligados a nenhum átomo em particular e por isso são bons condutores de calor e eletricidade; ✓ Opacos à luz visível; ✓ Têm aparência lustrosa quando polidos - brilho; ✓ Geralmente são resistentes (propriedade mecânica e deformáveis (alta plasticidade); ✓ São muito utilizados para aplicações estruturais – resistente a fratura: alta tenacidade ✓ Sensíveis à corrosão; Peças metálicas comuns, incluindo várias molas e garras, são característicos de sua grande variedade de aplicações.
  • 77. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.2. Materiais metálicos • Extraídos de minérios naturais ▪ Ferro o Hematita; ▪ Alumínio o Bauxita; • Utilizados para resistir a esforços de tração; • Susceptíveis à corrosão. 77
  • 78. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 2.3. Polímeros/ Materiais orgânicos 78 ✓ Compostos orgânicos baseados em carbono, hidrogênio e outros elementos não-metálicos; ✓ São constituídos de moléculas muito grandes (macromoléculas); ✓ Baixa resistência à deformação (podem ser extremamente flexíveis); ✓ Baixo ponto de fusão; ✓ Reatividade química mais alta; ✓ Baixa densidade, boa razão resistência/peso; ✓ Sensíveis a altas temperaturas; ✓ Em geral, maus condutores de eletricidade; ✓ Podem ser tóxicos quando queimados; ✓ Podem ser divididos em Termoplásticos e Termofixos;
  • 79. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson • São mais deformáveis e tem menor resistência; • São muito dúcteis (borrachas); • Sofrem muito o efeito de altas temperaturas; • São muito leves; • Tem baixa condutibilidade térmica. 79 2.3. Polímeros/ Materiais orgânicos
  • 80. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 80 2.4. Compósitos Ciência dos Materiais James F. Shackelford
  • 81. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 81 2.4. Compósitos Adaptado Slide Profa. Kelly Benini
  • 82. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 3. Classificação dos Materiais Entre os critérios apresentados por Silva (1985) podemos destacar como principais a classificação quanto à origem e à função. ✓ Quanto à origem ou modo de obtenção: • Naturais: são aqueles encontrados na natureza, prontos para serem utilizados. Em alguns casos precisam de tratamentos simplificados como uma lavagem ou uma redução de tamanho para serem utilizados. Como exemplo desse tipo de material, temos a areia, a pedra e a madeira. • Artificiais: são os materiais obtidos por processos industriais. Como exemplo, pode-se citar os tijolos, as telhas e o aço. • Combinados: são os materiais obtidos pela combinação entre materiais naturais e artificiais. Concretos e argamassas são exemplos desse tipo de material. 82
  • 83. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 3. Classificação dos Materiais ✓Quanto à função onde forem empregados: • Materiais de vedação: são aqueles que não têm função estrutural, servindo para isolar e fechar os ambientes nos quais são empregados, como os tijolos de vedação e os vidros. • Materiais de proteção: são utilizados para proteger e aumentar a durabilidade e a vida útil da edificação. Nessa categoria podemos citar as tintas e os produtos de impermeabilização. • Materias com função estrutural: são aqueles que suportam as cargas e demais esforços atuantes na estrutura. A madeira, o aço e o concreto são exemplos de materiais utilizados para esse fim. 83
  • 84. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 3. Classificação dos Materiais Classificação Funcional Observe que metais, plásticos e cerâmicas aparecem em categorias diferentes. 84
  • 85. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer ✓ Técnicas: • Resistência mecânica; • Trabalhabilidade; • Durabilidade; • Higiene e • Segurança. ✓ Econômicas: • Fabricação; • Transporte; • Aplicação e • Conservação. ✓ Estéticas: • Cor; • Aspecto (textura) e • Forma (plástica). 85
  • 86. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer ✓ Condições Técnicas: revelam o desempenho do material na construção e sua utilização. O material é revelado de boa ou má qualidade de acordo com sua condição técnica. • Resistência mecânica: é a propriedade mais importante para os materiais estruturais. É a capacidade do material, resistir à solicitação de cargas, o esmagamento. Deve ser o requisito principal na escolha. 86
  • 87. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer • Trabalhabilidade: é a condição que o material possui de ser adaptável (fácil manuseio e aplicação) a obra. • Durabilidade: é a resistência do material as intempéries, e capacidade de permanecerem inalterados com o tempo. 87
  • 88. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer • Higiene e Segurança: Caracteriza pelo bem estar do usuário, sem agentes nocivos a saúde humana. 88
  • 89. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer ✓ Condições Econômicas: quando o material, recebido e aplicado com o mínimo de custo, porém possui a mesma resistência que os demais. Esses materiais devem ainda responder os quesitos de estética e higiene. 89
  • 90. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 4. Condicões que os materiais da construção devem satisfazer ✓ Condições Estética: O material utilizado deve proporcionar uma aparência agradável, beleza e conforto ao ambiente onde for aplicado. 90
  • 91. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 5. Verificação das condições técnicas ✓ Direta: ✓ Deterioração e ✓ Ruptura ✓ Indireta: ✓ Ensaios de materiais: ✓ Qualidades químicas, físicas e mecânicas; ✓ Coeficiente de segurança; ✓ Verificação de qualidades previstas. 91
  • 92. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6. NORMALIZAÇÃO ✓ SÃO CRITÉRIOS ESTABELECIDOS ENTRE AS PARTES INTERESSADAS -TÉCNICOS, ENGENHEIROS, FABRICANTES, CONSUMIDORES E INSTITUIÇÕES - PARA PADRONIZAR PRODUTOS, SIMPLIFICAR PROCESSOS PRODUTIVOS E GARANTIR UM PRODUTO CONFIÁVEL, QUE ATENDA A SUAS NECESSIDADES. ✓ É A ATIVIDADE DO ESTABELECIMENTO DE NORMAS. • REGULAMENTAÇÃO DA: QUALIDADE, CLASSIFICAÇÃO, PRODUÇÃO E EMPREGO. ✓ NORMA: É UM DOCUMENTO TÉCNICO QUE DESCREVE OBJETIVAMENTE UM PADRÃO TÉCNICO ACEITO PELA SOCIEDADE. 92
  • 93. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA NORMA TÉCNICA 1. PADRONIZAÇÃO ✓ PERMITE A INTERCONEXÃO ✓ ESTABELECE PADRÕES DE GRANDEZA ✓ FACILITA ACESSO A MERCADOS ✓ CRIA AMBIENTE COMPETITIVO 93
  • 94. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA NORMA TÉCNICA 2. DEFESA CONTRA A CONCORRÊNCIA DESLEAL ✓ REDUÇÃO DA QUALIDADE PODE LEVAR À REDUÇÃO DE CUSTO IMPLICANDO EM PREJUÍZOS PARA A SOCIEDADE. 3. PODE LEVAR A CONSOLIDAÇÃO DE CARTÉIS. 94
  • 95. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.2. IMPORTÂNCIA SOCIAL DA NORMA TÉCNICA 1. DEFESA DO CONSUMIDOR ✓ ESTABELECE O PADRÃO ACEITO DE DESEMPENHO. ✓ CONSUMIDOR NÃO TEM CONHECIMENTO TÉCNICO. 2. SIMPLIFICAÇÃO DE CONTRATOS ✓ REFERÊNCIA À NT EVITA REPETIR DESCRIÇÃO 3. FACILITA A COMUNICAÇÃO 95
  • 96. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.3. IMPORTÂNCIA TÉCNICA DA NORMA TÉCNICA 1. ESTABELECE PROCEDIMENTOS PADRÕES – NÍVEL DE SEGURANÇA – SOLUÇÕES CONFIÁVEIS – FACILITA A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS TRABALHOS. – ELIMINA DESPERDÍCIOS 96
  • 97. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.3. IMPORTÂNCIA TÉCNICA DA NORMA TÉCNICA 2. ESTABELECE PADRÕES DE GRANDEZA E FORMAS DE MEDIR – METRO, GRAMA, VOLT, WATT,ETC. 3. SIMPLIFICA A ATIVIDADE TÉCNICA 4. PROTEGE O PROFISSIONAL 97
  • 98. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS 98 O processo de normalização pode ser caracterizado em quatro níveis, onde cada nível tem um determinado grau de exigência.
  • 99. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS 99 • As associações internacionais dedicam-se à elaboração de normas que são consideradas válidas para diversos países do mundo. • Normas internacionais permitem que diferentes países utilizem a mesma terminologia, a mesma simbologia, os mesmos padrões e procedimentos para produzir, avaliar e garantir a qualidade dos produtos. • Por isso, a adoção das normas internacionais, além de exigir melhor qualificação dos produtos, aperfeiçoa o sistema de “troca”, em vários mercados • As associações internacionais mais importantes são:
  • 100. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS 100 • As normas elaboradas pelas associações nacionais contam com a colaboração de técnicos e engenheiros que representam fabricantes, distribuidores, institutos de pesquisa, entidades profissionais e órgãos do governo. • Veja alguns exemplos de associações nacionais de normalização.
  • 101. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS Em cada país existem organismos cuja função é estabelecer normas que padronizem as especificações de materiais, de serviços, de projetos e de ensaios de laboratório. 1. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; 2. ASTM – American Society for Testing Materials; 3. ISO – International Organization for Standardization. 101
  • 102. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.4. ENTIDADES NORMALIZADORAS A ABNT - fundada em 1940 - se dedica a elaboração de normas técnicas, sua difusão e incentivo. Fornece a base para o desenvolvimento tecnológico Brasileiro. Sua sustentação econômica é viabilizada com contribuições de sócios e entidades a ela ligadas e vendas de normas, não recebendo verbas publicas. Isso não impede que, em campos mais restritos, outras entidades associadas, particulares ou oficiais, tenham o mesmo objetivo. Como exemplo, temos: • ABCP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND; • IBRACON – INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO; • ABCRAM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERAMICA • ABPC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE CAL. 102
  • 103. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.5. TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS 103 1. Normas de procedimento (NB): dão as diretrizes para o cálculo e a execução de obras e serviços e as condições de segurança. NB 1: Projeto e execução de obras de concreto armado. 2. Especificações (EB): prescrevem padrões de qualidade para os materiais. EB 3: Barras de fios de aço destinados à armadura para concreto armado 3. Métodos de Ensaios (MB): indicam os processos para a formação e o exame das amostras. MB 1: Ensaio de compressão de cimento Portland 4. Padronizações (PB): estabelecem tipos e dimensões para os materiais. PB 1005: Azulejos – Formato e dimensões. 5. Terminologia (TB): estabelecem a nomenclatura técnica. TB 12: Terminologia das madeiras brasileiras 6. Simbologias (SB): dão as convenções gráficas dos desenhos. SB 6: Símbolos gráficos da eletricidade – Diagramas elétricos e eletrônicos em navios 7. Classificações (CB):classificam e dividem conjuntos de elementos CB 130: Concreto para fins estruturais – Classificação por grupos de resistência.
  • 104. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.6. COMITÊS BRASILEIROS 104 • CB-01 - Mineração e Metalurgia • CB-02 - Construção Civil • CB-03 - Eletricidade (Eletrônica, Eletrotécnica e Iluminação) • CB-04 – Máquinas e Equipamentos Mecânicos. • CB-05 -Automotivo (veículos em geral e autopeças) • CB-06 - Metroferroviário • CB-07 – Construção Naval • CB-08 - Aeronáutica e Espaço • CB-09 – Gases Combustíveis • CB-10 – Química, Petroquímica e Farmácia. • CB-11 - Couro, Calçados e Artefatos de couro • CB-12 – Agricultura, Pecuária e Implementos • CB-13 – Bebidas • CB-14 – Informação e Documentação • CB-15 - Mobiliário • CB-16 – Transporte e Tráfego • CB-17 – Têxteis e do Vestuário • CB-18 – Cimento, Concreto e Agregados • CB-19 - Refratários
  • 105. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.6. COMITÊS BRASILEIROS ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 105 • CB-20 – Energia Nuclear • CB-21 – Computadores e Processamento de Dados • CB-22 - Impermeabilização • CB-23 – Embalagens e Acondicionamento • CB-24 – Segurança contra Incêndio • CB-25 - Qualidade • CB-26 – Odonto-Médico-Hospitalar • CB-27 - Tecnologia Gráfica • CB-28 – Siderurgia • CB-29 – Celulose e papel • CB-30 – Tecnologia alimentar • CB-31 – Madeira • CB-32 – Equipamento de proteção individual • CB-33 – Joalheria, gemas, metais preciosos e bijouteria • CB-34 – Petróleo • CB-35 – Alumínio • CB-36 – Análise clínica e diagnóstico in vitru • CB-37 – Vidros planos • CB-38 – Gestão ambiental..........etc.
  • 106. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.7. MARCA DE CONFORMIDADE 106 No Brasil, essa marca é cedida pelo INMETRO. O INMETRO, por meio de laboratórios credenciados, supervisiona o controle de qualidade dos produtos, antes que cheguem ao mercado consumidor. Caracteriza-se por um símbolo estampado na embalagem do produto que garante que o mesmo atende à sua especificação. • Vantagens comerciais da “Certificação de conformidade”: • Declarar externamente de forma independente a qualidade dos produtos e serviços perante os vários mercados; • Garantir a aceitação internacional dos produtos sem a necessidade de repetições das avaliações realizadas; • Aumentar a confiança do consumidor no produto adquirido; • Destacar o seu produto em relação à concorrência
  • 107. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA NORMA 107 • A instituição de uma norma é regulamentada pela NB 0 – Guia para apresentação e regulamentação de normas técnicas. As normas são elaboradas ou revisadas por Comissões de Estudo (CE) convocadas pelos Comitês Brasileiros (CB). • Dessas comissões fazem parte: Produtores; Comerciantes; Consumidores; Órgãos Técnicos Profissionais; Entidades Oficiais; e Convidados que tratem da matéria.
  • 108. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA NORMA 108 • Os textos das normas são desenvolvidos em Comissões de Estudos (ABNT/CE), no âmbito dos ABNT/CB, ONS, ou, quando se justifica e o assunto é restrito, em CE Especiais Temporárias (ABNT/CEET), independentes. A participação é aberta a qualquer interessado, independentemente de ser associado da ABNT. • O assunto é discutido amplamente pelas Comissões de Estudo dos Comitês Técnicos, com a participação aberta a qualquer interessado, independentemente de ser associado à ABNT, até atingir um consenso, gerando um Projeto de Norma. • Quando os membros da ABNT/CE atingem o consenso em relação ao texto, este é encaminhado, como projeto de norma brasileira, para consulta pública. O anúncio dos projetos que se encontram em consulta pública consta da página da ABNT.
  • 109. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.7. ENCAMINHAMENTO DE UMA NORMA 109 • Aprovado o texto do projeto de norma brasileira na consulta pública, o projeto converte-se em norma brasileira (NBR), entrando em vigor 30 dias após o anúncio da sua publicação, que também é feito na página da ABNT.
  • 110. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.8. SISTEMA BRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO 110 • Ministério da Indústria e Comércio • SINMETRO: Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - (1973) Formular e executar uma política metrológica de normalização e de controle de qualidade do produto industrial brasileiro. • CONMETRO: Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Órgão normativo do SINMETRO que formula, coordena e supervisiona essa política. • INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial, executor dessa política. A ABNT, que é uma sociedade civil sem fins lucrativos é membro do CONMETRO e integrante do INMETRO, sendo por este considerada como o Fórum Nacional de Normalização. As normas aprovadas no âmbito da ABNT são registradas no INMETRO e recebem a designação oficial de: NBR - Norma Brasileira Registrada
  • 111. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 111 • O PBQP-H é um programa nacional que possui requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade, baseada na norma ISO 9001 aplicável somente às empresas do ramo de Construção Civil. • O Programa se propõe à organizar o setor da construção civil em torno de duas questões principais: a melhoria da qualidade do habitat e a modernização produtiva.
  • 112. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 112 • Criado em 1998, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, tem como finalidade difundir os novos conceitos de qualidade, gestão e organização da produção, indispensáveis à modernização e competitividade das empresas brasileiras. • É adequado a empresas de todos os portes que atuam no setor de execução de obras e elaboração de projetos para empresas publicas e privadas. O certificado PBQP-H é um pré-requisito exigido por instituições como a Caixa Econômica Federal e outros bancos para a concessão de financiamentos habitacionais. Alguns governos estaduais e prefeituras municipais exigem o certificado PBQP-H para a participação em licitações.
  • 113. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.9. PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 113 Principais resultados: • Mais de 3000 empresas estão ativas no PBQP-H atualmente; • Redução do índice de não conformidade de Materiais; • Gera Mais normas ABNT • Maior qualidade no setor público • Programas Setoriais de Qualidade de Materiais (PSQs). Quais as diferenças entre o sistema ISO 9001 e o PBQP-H? A ISO 9001 é internacional e aplicável a todo tipo de empresa. O PBQP-H é nacional e aplicável somente às empresas do ramo de Construção Civil.
  • 114. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 114 INMETRO. Treinamento básico em gestão da Qualidade. Rio de Janeiro, 1991. INSTITUTO EUVALDO LODI. Novo modelo para elaboração de Normas técnicas no Brasil técnicas no Brasil. Rio de Janeiro, 1993. (Cadernos IEL, vol.5). KAISER, Bruno. 10.000 anos de descobertas. 3 a edição. Tradução de Roberto Luiz F. de Almeida. São Paulo, Melhoramentos, s d. MINEI, Ciro Y. e PRIZENDT, Benjamin. Normalização para a Qualidade. São Paulo, SENAI-SP, 1994. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Departamento de Assuntos Universitários. MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO. Secretaria Executiva do CONMETRO. Normalização - Histórico e informações. Brasília, 1978. SARDELLA, Antonio e MATEUS, Edgar. Dicionário escolar de química. São Paulo, Ática, 1981. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 6.10. Bibliografia Normalização
  • 115. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 115 ➢ São as qualidades que caracterizam e distinguem os materiais. Um determinado material é conhecido e identificado por suas propriedades e por seu comportamento perante agentes exteriores. Tomando como base as mudanças que ocorrem nos materiais, essas propriedades podem ser classificadas em dois grupos: • Físicas: Podem causar deformação mas não provocam mudança na composição química do material. ✓ Ex.: Colocar água fervente num copo descartável de plástico. • Químicas: Causam mudança na composição química do material. ✓ Ex.: Barra de aço exposta ao tempo sofrendo corrosão.
  • 116. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Resistência - Tensão de Ruptura - Tração - Escoamento - Compressão - Flexão - Cisalhamento - Fluência Conformabilidade - % alongamento - % de redução de área - Raio de flexão Resiliência - Modulo de elasticidade - Modulo de flexão - Modulo de cisalhamento Tenacidade - Resistência ao impacto - Sensibilidade ao entalhe - Intensidade da tensão critica Durabilidade - Dureza - Resistência ao desgaste - Resistência a fadiga ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 116 Dentre as propriedades físicas, as mais importantes para estudar os materiais da construção são as PROPRIEDADES MECÂNICAS, que se referem à forma como os materiais reagem aos esforços externos, apresentando deformação ou ruptura. 7. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS Ponto de Fusão Plasticidade Maleabilidade Ductilidade Soldabilidade
  • 117. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 117 • RESISTÊNCIA MECÂNICA • Resistência mecânica de uma estrutura é a sua capacidade de suportar as solicitações externas sem que estas venham a lhe causar deformações plásticas (deformações irreversíveis). • É a propriedade que possuem os materiais de não se destruírem sob a ação de cargas. Os materiais empregados nas estruturas sofrem diversos tipos de solicitações: tração, compressão, flexão, cisalhamento, torção, choque, etc.
  • 118. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Existem vários tipos de tensão Quais são eles? Tensão= força/área σ = F/A (N/mm² = MPa) Tensão x resistência A resistência é a capacidade do material acomodar tensão ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 118 • TENSÃO a que uma peça está sujeita é a carga que esta peça suporta por unidade de área: 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
  • 119. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Compressão Flexão Cisalhamento Torção Torção do componente Cisalhamento do componente Flexão do componente Tendência para esmagar ou colapsar o componente Tendência para separar/romper o componente Elástica Estrutura retorna a sua forma original quando se remove a carga Tração Plástica Carga aplicada provoca uma deformação permanente T e n s ã o ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 119
  • 120. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 120 • DEFORMAÇÃO • acompanhando a tensão há sempre uma deformação do elemento carregado que dependerá das dimensões do elemento. • DEFORMAÇÃO UNITÁRIA ε= ∆L / L
  • 121. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 121 • Relação tensão x deformação • Quando se retira a tensão do material são possíveis dois tipos de comportamento para a deformação: • O material volta à sua dimensão e forma original, ou seja, a deformação desaparece quando cessa a tensão ⇒propriedade de elasticidade • O material permanece deformado após a retirada da tensão ⇒propriedade de plasticidade
  • 122. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 122 • ELASTICIDADE: A tendência que os corpos apresentam de retornar à forma primitiva pós a aplicação de um esforço.
  • 123. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 123 • PLASTICIDADE: É a propriedade de um corpo mudar de forma de modo irreversível, ao ser submetido a uma tensão.
  • 124. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 124 Relação tensão x deformação
  • 125. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 125 • Relação tensão x deformação Limite de proporcionalidade A lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite de proporcionalidade, que é o ponto representado no gráfico a seguir por A’, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada.
  • 126. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 126 • Relação tensão x deformação Tensão de escoamento: É a deformação permanente do material sem que haja aumento de carga, mas com aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga oscila entre valores muito próximos uns dos outros. O material não segue mais a lei de Hooke e começa a sofrer deformação plástica (definitiva).
  • 127. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 127 • Relação tensão x deformação Limite de Resistência: Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento causado pela quebra dos grãos que compõem o material quando deformados a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar. Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto chamado de limite de resistência (B).
  • 128. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 128 • Relação tensão x deformação Limite de Ruptura: Atingindo o ponto B, correspondente à carga máxima durante o ensaio, começa a redução sensível da secção transversal do corpo de prova, e a carga diminui até que aconteça sua ruptura total, chamado limite de ruptura (C).
  • 129. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 129 • Material elasto-plástico: • Exibe características elásticas sob condições de baixa tensão e plásticas em níveis de tensão mais elevados.
  • 130. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 130 • Material elástico linear: • Obedece à Lei de Hooke: σ/ε= E Onde: σ = Tensão em Pascal ε = Deformação específica, (adimensional) E = Módulo de elasticidade ou Módulo de Young
  • 131. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 131 • Material perfeitamente plástico:
  • 132. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 132 • Aço: • Tração • Concreto: • Compressão
  • 133. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 133 • FLUÊNCIA • É a deformação com o tempo, resultado de aplicações prolongadas de tensão. • Metais submetidos à tensão sob temperaturas próximas ao ponto de fusão; • Madeira úmida; • Materiais fibrosos.
  • 134. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 134 • MALEABILIDADE OU PLASTICIDADE: A capacidade que têm os corpos de se adelgaçarem até formarem lâminas sem, no entanto, se romperem. O elemento conhecido mais maleável é o ouro, que se pode malear até dez milésimos de milímetro de espessura.
  • 135. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 135 • DUCTIBILIDADE: A capacidade que têm os corpos de se reduzirem a fios (deformar plasticamente) sem se romperem.
  • 136. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 136 • EXTENSÃO: A propriedade que possuem os corpos de ocupar um lugar no espaço. Todo corpo tem extensão. Seu corpo, por exemplo, tem a extensão do espaço que você ocupa. 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO
  • 137. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 137 • TENACIDADE • Reflete a capacidade do material absorver energia de impacto. Ou energia mecânica necessária para levar o material a ruptura. • Impacto: Carregamento de curta duração (instantânea) • Pode ser calculada através da área num gráfico TensãoxDeformação do material, portanto basta integrar a curva que define o material, da origem até a ruptura. • Madeira/metais: boa resistência ao impacto. • Alta tenacidade, não implica em alta resistência. • Os materiais cerâmicos por exemplo tem baixa tenacidade.
  • 138. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 138 • TENACIDADE Segundo a tenacidade um mineral pode ser: • Friável (frágil, quebradiço): Que pode ser quebrado ou reduzido a pó com facilidade. Ex: calcita, fluorita. • Maleável: Pode ser transformado facilmente em lâminas, Ex. ouro, prata, cobre. • Séctil: Pode ser facilmente cortado com um canivete. Ex ouro, prata, cobre. • Dúctil: Pode ser transformado facilmente em fios. Ex. ouro, prata, cobre. • Flexível: Pode ser dobrado, mas não recupera a forma anterior. Ex: talco, gipsita. • Elástica: Pode ser dobrado mas recupera a forma anterior. Ex. micas.
  • 139. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 139 • RESILIÊNCIA • Corresponde à capacidade de um metal absorver energia quando deformado elasticamente e devolvê- la, quando descarregado do esforço que provocou a deformação. • Similar a tenacidade, mas relacionada à elasticidade: • Ex.: Borracha, molas. • A energia é absorvida elasticamente.
  • 140. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 140 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO • DUREZA • Capacidade de um material resistir à penetração. • É a resistência à deformação plástica permanente; • É a resistência ao risco ou a capacidade de riscar; • Dureza é a propriedade característica de um material sólido, que expressa sua resistência a deformações permanentes e está diretamente relacionada com a força de ligação dos átomos.
  • 141. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 141 • DUREZA • É a propriedade que possui um material de resistir à penetração de outro material. • Escala de dureza de Mohs: Nº Material Características 1 Talco Arranha com a unha 2 Gipsita 3 Calcita Arranha com um canivete facilmente 4 Fluorita Arranha com um canivete com leve pressão 5 Apatita Arranha com um canivete com forte pressão 6 Feldspato Risca levemente o vidro . Não é riscado por uma lâmina de aço 7 Quartzo Riscam facilmente o vidro 8 Topázio 9 Corindon 10 Diamante
  • 142. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 142 DUREZA
  • 143. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 143 • RESISTÊNCIAAO DESGASTE (ABRASÃO) • É a capacidade que possui um material de resistir ao desgaste quando friccionado por outro material mais duro. Abrasão superficial de placas cerâmicas (PEI) Classe Resistência à abrasão Material 1 Baixa Poroso 2 Média Semi poroso 3 Média alta Semi gres 4 Alta Gres 5 Altíssima Porcelanato
  • 144. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 144 • FADIGA • Rupturas por fadiga de aplicações repetidas de tensão; • O número de ciclos até a ruptura depende da tensão aplicada; • A tensão por fadiga pode ser bem menor do que a tensão de ruptura normal; • São raras em construções. É comum em alguns componentes (Ex.: Dobradiças); • Pontes e estradas, devem levar em conta o efeito da fadiga.
  • 145. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 145 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO • PONTO DE FUSÃO • Temperatura na qual o metal passa do estado sólido para o estado líquido.
  • 146. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 146 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO • SOLDABILIDADE • A boa soldabilidade de um aço é associada à pouca transformação da estrutura cristalina na execução da solda
  • 147. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 147 • MASSA: A quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver • PESO: Definido como a força com que a massa é atraída para o centro da Terra varia de local para local.
  • 148. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 148 • VOLUME APARENTE DO MATERIAL (Vap) ✓ Volume de água deslocada pelo material supostamente envolvido por uma membrana impermeável infinitamente fina. • VOLUME REAL (Vr) ✓ Volume de água deslocado pelo material. Vr = Vap-Va
  • 149. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 149 • VOLUME ABSOLUTO (Vab) • Volume da parte sólida do material. • Vab= Vap -Va -Vi • VOLUME APARENTE DE UM MATERIAL SÓLIDO GRANULAR - AGREGADO (Vag) • É o volume ocupado por uma determinada quantidade de agregado incluindo no volume os vazios entre os grãos.
  • 150. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 150 • PESO ESPECÍFICO (ρ) • Relação entre o peso e o volume do corpo. Como o peso é a força com que a massa é atraída para o centro da Terra, ele varia conforme o local. • ρ= P/V (kN/m³, kgf/m³) • MASSA ESPECÍFICA (γ) • Relação entre a massa e o volume de um corpo. Como a massa é a quantidade de matéria, ela é constante para um mesmo corpo, portanto a massa específica não varia. • γ= M/V (kg/m³) • DENSIDADE • É a relação entre a massa de um corpo e a massa de mesmo volume de água a 4ºC e no vácuo.
  • 151. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 151 • MASSA ESPECÍFICAAPARENTE DE AGREGADO (γap) • É a massa da unidade de volume aparente dos grãos, incluindo no volume os poros permeáveis e impermeáveis, e excluindo os vazios entre os grãos. • γap= M/Vap • MASSA ESPECÍFICA REAL DE AGREGADO (γr) • É a massa da unidade de volume real, excluindo deste os vazios permeáveis e os vazios entre os grãos. Denominamos massa específica real simplesmente como massa específica. • γr= M/Vr
  • 152. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 152 • MASSA ESPECÍFICAABSOLUTA DE AGREGADO • É a massa da unidade de volume absoluto do grão, ou seja, o volume excluindo os vazios permeáveis, impermeáveis e entre os grãos. É obtida reduzindo-se o material a pó de modo a eliminar o efeito dos vazios impermeáveis. • MASSA UNITÁRIA (δ) • É a massa da unidade de volume aparente do agregado, isto é, incluindo no volume os vazios impermeáveis, permeáveis e entre os grãos. • δ= M/Vag • Sua importância decorre da necessidade, na dosagem dos concretos, de transformação de traços em massa para volume e vice-versa.
  • 153. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 153 • POROSIDADE • Relação entre o volume de vazios e o volume aparente do material • Porosidade real • Relaciona-se com o volume total de vazios, ou seja, a soma dos vazios permeáveis e impermeáveis. • p(%) = (Va+ Vi)/Vap × 100 = (Vap -Vab)/Vap ×100 • POROSIDADE APARENTE • Exclui do volume de vazios os poros impermeáveis. • p(%) = (Va/Vap) × 100 = (Vap-Vr)/Vap × 100
  • 154. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 154 • ABSORÇÃO D’ÁGUA • Exprime o poder do material em absorver e reter a água em seu interior: • a = (MSSS-MS)/MS×100 • EVAPORAÇÃO OU PERDA DE UMIDADE • É a propriedade que possui um certo material de perder umidade em certas condições do meio ambiente. O estado de equilíbrio com a umidade atmosférica é chamado estado seco ao ar. • PERMEABILIDADE • Permeabilidade à água é a propriedade que possui um certo material de permitir a passagem de água em seu interior.
  • 155. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 155 • CONDUTIBILIDADE TÉRMICA: • A quantidade de calor (Q) que passará através da parede será: • Diretamente proporcional: • À sua área S = b . d (m²); • à diferença de temperatura ∆t= t2 - t1(ºC); • ao tempo h. • E inversamente proporcional à sua espessura e (m):
  • 156. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 156 • COEFICIENTE DE CONDUTIBILIDADE TÉRMICA: Material k Chapa de fibra de madeira 0,07 Tijolo cerâmico 0,7 Concreto 1,10 a 1,30
  • 157. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 157 • CAPACIDADE TÉRMICA • É a propriedade que tem um material de absorver e reter calor; • A quantidade de calor necessária para passar um material de massa M de uma temperatura t2a uma temperatura t1será: • Q = c .M .∆t (kcal)
  • 158. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 158 • CALOR ESPECÍFICO • c = Q / (M .∆t) (kcal/[kg .ºC]) Material c Pedras naturais e artificiais 0,18 a 0,22 Madeira e derivados 0,57 a 0,65 Aço 0,11 • Em construções prediais exige-se que as paredes e tetos tenham baixa condutibilidade térmica e elevado calor específico.
  • 159. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 7. ALGUMAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DA CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 159 • RESISTÊNCIAAO FOGO • É a propriedade que possuem os materiais de suportarem temperaturas elevadas sem se destruírem; • Do ponto de vista da incombustibilidade os materiais se dividem em 3 grupos: • Incombustíveis: • não se queimam sob ação do fogo ou altas temperaturas. • Difícil combustão: • sofrem ação do fogo ou altas temperaturas enquanto duram seus efeitos. Não se inflamam mas destroem- se ou se calcinam. • Combustíveis: • sofrem a ação do fogo mesmo depois de retirada a fonte de calor
  • 160. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson LABORATÓRIO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 160
  • 161. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 161 • REALIZAR ENSAIOS FÍSICOS E MECÂNICOS DE ENGENHARIA DE MATERIAIS: METAIS, CERÂMICAS, ARGAMASSAS, CONCRETOS, AGLOMERANTES, AGREGADOS, ETC. • RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO. • RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL • SLUMP DO CONCRETO • TRAÇOS DE CONCRETO.
  • 162. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 162 • UMIDADE DE AGREGADOS MIÚDOS • MASSA UNITÁRIA DO AGREGADO • COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO MIÚDO • COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO GRAÚDO • DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA EM TORRÕES NOS AGREGADOS.
  • 163. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Ensaios Mecânicos Permitem quantificar as propriedades mecânicas ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 163
  • 164. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson O ensaio de tração uniaxial é um dos mais populares ensaios mecânicos. Fornece informações referentes a resistência e ductilidade do material ensaiado. Propriedades passiveis de serem utilizadas em projeto Cp cilindrico Corpo de prova cp retangular ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 164 Ensaio de Tração Uniaxial
  • 165. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson A.S.D’Oliveira Geometria do corpo de prova (dimensões padronizadas) Colocação de extensômetro ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 96
  • 166. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Curva tensão- deformação ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 166
  • 167. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 167
  • 168. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Curva Tensão Nominal x Deformação nominal ( metal dúctil ) ➢Modulo de elasticidade – medida da rigidez ➢Tensão de escoamento ➢Tensão máxima ou limite de resistência ➢Dutilidade (redução de área; deformação) ➢Coef de encruamento ➢Estricção – estado triaxial de tensões ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 168
  • 169. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson d d  = Critério de instabilidade plástica Quando começa a estricção ? ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 169
  • 170. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Encruamento - Aumento da tensão necessário para fazer o material escoar devido à própria deformação plástica que ele experimenta. - taxa de encruamento como d/d. - Durante a deformação plástica a frio a densidade de discordâncias aumenta, podendo passar de 10^6 cm/cm3 para 10^12 cm/cm3. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 170
  • 171. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Material dutil com alto coef de encruamento Material dutil com bx coef de encruamento Material frágil Vidros, cerâmicos, FF e alguns metais Aços inoxidáveis e ao carbono Material com escoamento descontinuo Aço de bx carbono Ligas de Aluminio Material compósito Fibras de vidro ou de carbono em matriz polimérica Comportamento de diferentes materiais sob tração uniaxial ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 171
  • 172. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson Ensaio de Compressão ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 117 Compressão é um esforço axial que tende a provocar um encurtamento ou até o rompimento do corpo submetido a este esforço. Em ensaios de compressão realizados em concretos, são produzidos corpos-de-prova com dimensões padronizadas e são submetidos a uma força axial distribuída de modo uniforme em toda seção transversal do corpo-de-prova.
  • 173. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ◼ Concreto resiste bem à compressão – até 150 MPa; ◼ Resiste mal à tração – 2 a 5% da resistência à compressão; ◼ Resiste mal ao cisalhamento; ◼ Deve ser especificada em todos os projetos – compressão simples; ◼ Em projetos especiais – módulo de elasticidade, tração simples, desgaste à abrasão e cisalhamento direto. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 173
  • 174. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 174
  • 175. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 175
  • 176. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ◼ Propriedade mais controlada; ◼ Facilidade com que é determinada; ◼ Em geral, relacionada às demais propriedades; ◼ Os corpos de prova, moldados de diferentes fases da mistura, de um mesmo concreto, têm resultados com distribuição normal, representada por: ❑ MÉDIA e DESVIO PADRÃO. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 176
  • 177. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 177
  • 178. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 178 1) Askeland, D. R.; Phule, P. P. Ciência e engenharia dos materiais. São Paulo: CENGAGE, 2008; 2) Callister Jr., W. D. Fundamentos da ciência e engenharia de materiais. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2006; 3) Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2008; 4) Shackelford, J. E. Ciência dos materiais. São Paulo: Prentice Hall, 2008; 5) Hashemi, J.; Smith, W. Fundamentos de Engenharia e Ciência dos Materiais. Porto Alegra, McGrawHill, 2012.
  • 179. ENGENHARIA DE MATERIAIS Prof. José Nelson 179