3. INFORMAÇÕES GERAIS
INFORMAÇÕES GERAIS
Número de países 54
Número de territórios 6
Área - Total 30 221 532
km²
Maior país Argélia (2 381
741 km²)
Menor país Seychelles (455
Km²)
7. • Considerada
o berço da
humanidade
• Fósseis de
cerca de 3
milhões de
anos
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14. O IMPERIALISMO DO
SÉCULO XIX
• Segunda
Revolução
Industrial
• Busca por
matéria-prima
• Busca por
mercado
consumidor
15.
16. A PARTILHA DA ÁFRICA
• Em 1884, na
Conferência de
Berlim, os
europeus
decidiram
repartir entre
si os países
africanos, sem
levar em conta
as diferenças
etnicas e
culturais do
continente.
17.
18.
19. • 54 países
surgiram
artificialmente.
• Grupos
etnoculturais,
muitos rivais,
foram forçados
a coexistir
sobre a mesma
fronteira.
• Os conflitos
entre diferentes
povos
cresceram.
País mais rico: África do Sul País mais pobre: Serra Leoa Cerca de 300 milhões de habitantes do continente africano vivem com menos de 1 dólar por dia .25 entre as 54 nações africanas foram consideradas como tendo os mais baixos níveis de vida do mundo
A África é, de acordo com a maioria dos cientistas, o berço da humanidade. Fósseis de hominídeos com cerca de 3 milhões de anos foram encontrados pelo continente
Grupos de Homo Sapiens sapiens que viviam na África deram origem às diferentes tribos que habitaram o local desde a pré-história até a história escrita. Os povos Bantu e Bérbere são uns dos mais antigos deste continente.
O Egito era uma civilização complexa, constituída de política, cultura, economia e sociedade organizadas. Trata-se do primeiro grande império conhecido pela humanidade.
No período da expansão marítima européia, no século XV, os portugueses tentavam contornar a África para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas e o comércio europeu foi estendido para essas áreas.
O contato com os europeus provocou drásticas mudanças nas culturas e nas sociedades africanas O comércio europeus provocou uma onda de colonizações que dura até os dias atuais em algumas regiões da África.
Muitos povos e culturas foram dizimados e substituídos pela cultura europeia. A escravidão, que para os africanos era um hábito predominantemente cultural, passou a exercer um importante caráter comercial. Os africanos passaram a ser levados á força para outros continentes, onde eram utilizados como mão-de-obra escrava.
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.
As grandes potências industrializadas da Europa (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica, entre outros) dominaram política, econômica e culturalmente a África e a Ásia, tornando-se verdadeiros impérios, mas provocando profundas consequências para esses continentes.
Por muitas décadas entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, a história do continente africano ficou encoberta por violências, físicas e culturais, praticadas pelos europeus.
Após a Conferência de Berlim, 53 países surgiram artificialmente, juntando diversos grupos etnoculturais, muitos deles rivais, que foram forçados a coexistir sobre a mesma fronteira. Tal fato acentuou os conflitos tribais no continente, situação que se perpetua até hoje.
O argumento utilizado pelas nações europeias girava em torno da ideia de civilizar um continente pouco desenvolvido. Levar o progresso e a modernidade e melhorar as condições sociais e culturais de um povo atrasado.
Mas se o neocolonialismo levou progresso e desenvolvimento aos povos colonizados como alguns insistem em afirmar, por que ainda hoje a África possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano(IDH), o maior Índice de Pobreza Humana e o menor PIB per capita do mundo? Por que ainda tem as maiores taxas de natalidade, subnutrição, analfabetismo, mortalidade, mortalidade infantil e crescimento demográfico? Não bastasse isso, o continente está assolado por epidemias, principalmente de HIV, e pela fome.
Após a Segunda Guerra Mundial, com o enfraquecimento das potências europeias e o novo contexto da Guerra-Fria, os países africanos inicaram as lutas pela independênciaA participação nas duas grandes guerras fez surgir entre os africanos um forte sentimento nacionalista, que vai motivar as lutas pela independência.
No decorrer dos movimentos anti-coloniais, vários chefes de Estado, representantes desse novo grupo, decidiram se reunir na chamada Conferência de Bandung, em 1955. Em outras questões, essa reunião tinha como objetivo maior discutir quais seriam as medidas comuns a serem tomadas no sentido de preservar a soberania das nações recém-formadas e a criação de medidas de cooperação mútua. Paralelamente, seus participantes abraçaram o combate ao racismo e apoiaram todas as lutas de caráter anticolonial.
Além de apresentar alguns “membros” do Terceiro Mundo para a comunidade internacional, a Conferência foi de grande importância para que a ONU exigisse das nações européias o reconhecimento da autonomia política desses novos Estados.
Saldo deixado pelos europeus após o processo de descolonização foi um panorama de profunda pobreza, disputas política e territoriais que levam milhares de pessoas a morte todos os anos e um continente que clama por socorro e compreensão.