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CONSTRUÇÕES E
ELETRIFICAÇÃO
RURAL
Madeira
Um dos materiais mais empregados na construção.
Na escolha da madeira de boa qualidade deve-se observar
que ela seja seca, desempenada e sem furos.
• Madeiras de Lei: Peroba do campo, Peroba rosa, Aroeira,
Cedro, Canela, Angico, Andiroba, Faveiro, Cabriúva,
Frejó, GonçaloAlves, Quartã, Ipê, Jacaré, Eucalipto e etc.
• Madeiras Brancas: a de maior emprego é o Pinho,
Jequitibá Branco e Rosa, Caxeta, Jenipapo etc.
Jatobá
Resistente à umidade e
ao apodrecimento,
sendo completamente
impermeável.
Durabilidade: Em
contato com o solo,
apresentou vida média
inferior a 9 anos.
Aplicações internas
• Vigas
• Caibros
• Tesouras
• Portas
• Janelas
• Rodapés
• Forros
• Móveis
preço médio por metro
quadrado: 95,00
Peroba-Rosa
É uma madeira
nobre, pois é muito
resistente e
apresenta um
acabamento fino
Moderada resistência aos
cupins e com baixa a
moderada resistência aos
fungos apodrecedores.
Seu principal diferencial é a
cor rosada bem prevalente.
DURABILIDADE : 6 Anos
Aplicações internas
• Tesouras
• Vigas
• Caibros
• Batentes
• Janelas
• Portas
• Móveis
Preço médio: RS 1.1000
por metro quadrado
Madeira considerada
com moderada
durabilidade aos fungos
apodrecedores e cupins
e com baixa
durabilidade aos fungos
de podridão mole e
cupins-de-solo.
Eucalipto
Principais aplicações do
Eucalipto
•Aplicações externas
• Andaimes
• Pontaletes
• Postes
• Vigas
Aplicações internas
• Ripas
• Cordões
• Guarnições
• Rodapés
• Forros
• Tacos
• Móveis
Durabilidade: 6 anos
Goiabão
é um tipo de madeira
pesada e que costuma
ser aplicada em
elementos estruturais
(como no sistema de
encaixe) internos ou até
mesmo em
portas, janelas e
batentes.
Durabilidade: Madeira
suscetível à ação de
fungos e cupins.
Principais aplicações
do Goiabão
•Aplicações externas
• Não indicado
Aplicações internas
• Vigas
• Caibros
• Portas
• Janelas
• Painéis
• Forros
• Lambris
• Tacos
• Móveis
Preço médio 110,00
Pinus
A nomenclatura empregada pelas madereiras para as seções
comerciais serradas são as seguintes:
NOMES CENTÍMETROS POLEGADAS
Cauçoeira (viga) 7,5 x 23,5 cm 3” x 9”
Perna (vigota) 7,5 x 16 cm 3” x 6”
1/2 cauçoeira (1/2
vigota)
7,5 x 12 cm 3” x 1½ ”
Caibro 7,5 x 7,5 cm 3” x 3”
Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1” x 3”
Ripa 1,5 x 5,5 cm ½” x 2”
Tábuas 2,5 x 30 cm 1” x 12”
Tábuas 2,5 x 23 cm 1” x 9”
Tábuas 2,5 x 15 cm 1” x 6”
Conservação da Madeira
Existem vários processos para a conservação das madeiras
desde os mais simples aos que requerem instalações especiais
como estufas apropriadas, etc..
Em construções rurais, os processos mais utilizados são os
seguintes:
a) – Pintura com piche ou creosoto que é uma proteção
bastante eficiente principalmente se os mesmos são aquecidos
antes de serem usados. É muito usado para moirões de cercas e
posteação.
a) – Pintura a base de outros
produtos químicos como o
“carbolíneo” obtido da
destilação do carvão e o
conhecido zarcão à base de
sais de chumbo:
c) – Queima superficial, consiste em queimar superficialmente a
madeira na parte que se deseja proteger, tornando-a mais compacta
e menos permeável;
d) – Envenenamento da Madeira, empregado principalmente na
parte que fica em contato com o solo. Um tratamento bem eficaz
consiste em impregnar a madeira com sais de cobre e
posteriormente pintá-la. O método consiste no seguinte: os moirões
são mergulhados até a altura de 0,40 a 0,50 m num depósito não
metálico, contendo uma solução de cobre (10 kg de sulfato de
cobre em 50 litros de água). Após 10 a 15 dias, são retiradas e,
depois de secas, são pintadas até a altura que se deseja com uma
mistura de 3 quilos de alcatrão e 1 quilo de gesso
Como preservativo de madeira, está sendo muito
usado o pentaclorofenol para esteios de construção e
moirões de cercas, na base de 96 quilos por metro cúbico
de madeira. O pentaclorofenol é dissolvido numa
pequena quantidade de óleo Diesel a quente. Depois
adiciona-se o restante do óleo a frio até obter-se no final
uma solução a 5% de pentaclorofenol.
Outros produtos industriais
• Ferro: É o metal mais empregado nas construções desde o
prego à estruturas de concreto armado. O ferro industrial é
uma liga em que entra o carbono e, em casos especiais, outros
metais tais como: silício, cromo, vanádio e níquel.
Os vergalhões utilizados
na construção são fabricados
de aço que é uma liga de
ferro e carbono. Neste tipo de
aço o carbono entra na
proporção de 0,30 a 0,40%,
resultando o aço doce.
No quadro abaixo encontra-se a bitola (diâmetro) dos vergalhões de
ferro encontrados no comércio com os respectivos pesos por metro.
DIÂMETRO PESO
Polegadas mm Gramas/metro
3/16 4,76 140
¼ 6,35 249
5/16 7,94 388
3/8 9,52 560
½ 12,70 995
5/8 15,87 1.553
¾ 19,05 2.240
7/8 22,22 3.045
1 25,40 3.980
No peso é permitido variação entre + ou – 6%
Cimento Amianto
ou fibrocimento
• Os produtos de cimento-
amianto têm aplicação cada
vez mais difundida,
encontrando-se no mercado
marcas conhecidas como
“Eternit”, “Brasilit”, “Civilit”,
“Tecno”, “Sano”, etc..
• Os principais são os seguintes: Telhas
nas espessuras de 6,8 e 10 mm, calhas,
condutores, caixas-d’água (50 a 1000
litros) e caixas de descarga.
• As telhas, lisas ou onduladas, apresentam
algumas vantagens em relação às telhas de
cerâmica como exigir madeiramento do
telhado mais simples, portanto menor peso,
daí o seu emprego muito comum em
galpões, depósitos, fábricas, etc. São,
entretanto, menos isolantes e de coloração
mais difícil.
No comércio as chapas de cimento-amianto são encontradas,
conforme catálogo das fábricas, nas seguintes dimensões:
COMPRIMENTO PESO
Total Útil Total Útil Kg
0,915 0,775 0,869 0,685 11,3
1,220 1,080 1,159 0,955 15,0
1,530 1,390 1,453 1,230 18,8
1,830 1,690 1,738 1,495 22,6
2,130 1,990 2,023 1,761 26,4
2,440 2,300 2,318 2,035 30,1
Largura total: 0,950 Largura Útil: 0,885
Plásticos
Um dos materiais que permitem
uma diversificação cada vez maior na
substituição de produtos
tradicionalmente fabricados de metais
destinados às instalações elétricas,
hidráulicas e outros fins. Instalações de
água e também de esgotos, as
tubulações e conexões de plásticos, do
tipo PVC, “Tigre”, etc., são muito
usadas.
As canalizações desse material
são bem mais fáceis de serem
trabalhadas, havendo, maior
rapidez nos serviços, e não
sofrem ações corrosivas.
Entretanto é material que tem
pouca resistência aos choques
e não pode ser utilizado em
abastecimento de água e gás.
Técnicas de Construção
As construções rurais devem ser executadas com
simplicidade e economia visando ao funcionamento
desejável dentro da técnica. A elaboração do projeto, por
mais simples que seja, requer conhecimentos de assuntos
ligados à área agronômica e veterinária tais como: criação
de animais, armazenamento e conservação de produtos
agropecuários, indústrias rurais, saneamento, etc..
O alicerce é a base que sustenta a casa, dá solidez e
transmite para o terreno toda carga (peso) da casa
(paredes, lajes, telhados,etc.). Um alicerce bem feito
evita o surgimento de trincas nas paredes, evita o
surgimento de umidade na parte de baixo das paredes.
PLANEJAMENTO
Nunca comece a execução de uma fundação no
período de chuvas, que na maior parte do Brasil ocorre
entre os meses de novembro e abril. Planeje sempre
começar a construir no mês de abril, isto é, depois que
passou o período das chuvas e procure chegar ao telhado
antes do mês de novembro, quando começam de novo as
chuvas.
LIMPEZA DO TERRENO
Remova toda e qualquer vegetação da área que será
ocupada pela casa.
Não basta tirar apenas o mato que está em cima do
terreno. É necessário tirar as raízes e , conforme o caso,
tirar também a terra vegetal que tenha muitas folhas,
galhos e raízes.
Além da parte que fica para fora da terra, devem ser
removidas as raízes pois as raízes irão apodrecer com o
tempo, criar um oco e o terreno vai ceder.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ESCAVAÇÃO DAS VALAS
Realize a escavação do terreno abaixando o nível do
terreno até a cota em que vai ficar a casa.
Não use essa terra escavada para aterro pois é uma terra
ruim, cheia de lixo, entulho, galhos e folhas, portanto,
uma terra péssima para fazer aterros.
Não faça o aterro ainda, pois o alicerce precisa ser
apoiado em terreno firme. JAMAIS APOIE O
ALICERCE EM CIMADEATERRO.
Quando o alicerce fica apoiado sobre aterro a casa sofre
recalques e aparece muitas trincas colocando a vida das
pessoas em risco. Veja na próxima página o que NÃO
DEVE SER FEITO.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ALICERCE SOBRE ATERRO
Nunca apóie o alicerce de uma casa sobre um aterro.
Todo e qualquer terreno precisa de um tempo muito
longo (pelo menos 4 anos) para adensar totalmente.
Uma casa construída sobre aterro vai ficar toda trincada
e essas trincas (que decorrem de recalques) não tem
solução.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
LOCAÇAO DA OBRA
 Locação da obra é quando "locamos", isto é,
localizamos a posição exata onde vai ficar as partes da
casa, isto é, o alicerce, as paredes, as portas, etc.
 Agente consegue fazer a locação usando cavaletes:
 Cavaletes são sarrafos largos que pregamos sobre 2
pontaletes bem fincados no terreno.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
USO DO CAVALETE
 O cavalete é composto de um sarrafo largo que é
pregado sobre 2 pontaletes ou caibros firmemente
fincados no chão.
O sarrafo deve ser pregado bem na horizontal (para isso
use um nível de bolha) para que as medidas da casa
possam ser marcas no cavalete.
 Você deve confeccionar um cavalete em cada
extremidade dos alinhamentos da casa.
Cavalete
Deixar uma boa distância entre o cavalete e a valeta que
vai ser aberta para o alicerce. Esse espaço é necessário
para a movimentação da terra que será retirada de dentro
da valeta.
Usando uma trena de boa qualidade marque com um lápis
de carpinteiro todos os alinhamentos (do alicerce, das
paredes, janelas, portas, etc.) Em cada marca enfiar um
prego.
O prego é onde você irá esticar o barbante (ou fio de
nylon).
NÃO SEJA PREGUIÇOSO pois os preguiçosos irão
pagar um preço alto na hora de colocar os azulejos e
pisos cerâmicos pois medidas fora do padrão vai te
obrigar a cortar a placa, seja do azulejo ou da cerâmica,
em tiras bem fininhas difíceis de cortar. De preferência,
escolha como medida da largura dos ambientes um
número que seja múltipolo da largura da placa de
cerâmica.
Outro cuidado importante:
 Faça os cantos em ÂNGULO RETO. Use o
ESQUADRO.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ESQUADRO DE BARBANTE
 Pegue um barbante que não estique muito.
Faça uma montagem como a da figura, tomando o
cuidado de deixaras distâncias indicadas (ou seja, 3, 4 e 5
metros) entre um nó e outro. CAPRICHE.
 O canto formado pelo lado de 3 metros com o lado de 4
metros terá um ângulo RETO, isto é, um ângulo de 90
graus.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
PLANEJAMENTO DO ALICERCE
• Visualize bem todas as etapas e os componentes da fundação do
tipo alicerce.
LARGURA DOS ALICERCES
 As paredes externas da casa devem ter a largura de 1
Tijolo.As internas podem ser de 1/2 Tijolo.
Os alicerces devem ser sempre mais largos que a parede
que fica em cima dele.
Então o alicerce das paredes internas deverá ser de 1
Tijolo. O alicerce das paredes externas deve ser de 1 e
1/2 Tijolo se o terreno for firme e seco. Para terrenos
firmes e úmidos deve ser usado o alicerce de 2 Tijolos.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ABERTURA DAS VALAS
 As camadas superficiais do terreno contém muitos
materiais nocivos para as fundações como folhas, galhos
e raízes.
Vá escavando até encontrar terra homogênea, firme, sem
raízes, sem caminhos de formigas, sem formigueiro. Esta
será a cota de assentamento do alicerce.
As laterais da vala devem ficar ligeiramente inclinadas
para facilitar o trabalho posterior de reaterro e para que
esse reaterro fique bem compactado.
Se o reaterro não ficar bem compactados, com o tempo,
irão se formar espaços ocos por debaixo do piso.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
APILOAMENTO
Apiloar é bater com o soquete como se fazia
antigamente com o pilão.
Como auxílio de um SOQUETE apiloe bem o fundo da
vala.
Confeccione vários soquetes e chame o cunhado
(preguiçoso), o compadre (sempre solicito) e o vizinho
(interesseiro) para ajudar. Dê um soquete para cada um e
fale para bater forte no fundo da vala.Veja como
construir um soquete bom e bem barato.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
LASTRO DE CONCRETO MAGRO
 O alicerce não pode ficar em contato direto com a terra do fundo
da vala
 Prepare um Concreto Magro no traço 1:5:10
 Cimento Portland1 saco (50 kg), Areia Média10 latas (de 20 litros),
Brita Nº 2, (14 latas)
 Espalhe o concreto no fundo da vala deixando uma espessura
média de 4 centímetros. Esse será o lastro de concreto magro.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ALVENARIA DO ALICERCE
 Levante a alvenaria do alicerce. Suba até a cota da fundação.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
CAMISAS
 As instalações subterrâneas (que ficam debaixo da terra) como
esgoto, águas pluviais (da chuva) e, conforme o caso, até telefonia
e eletricidade que passam pelo alicerce devem ter uma
independência entre o alicerce e a tubulação. Em outras palavras,
não deve haver contato rígido entre qualquer tipo de tubulação e o
alicerce.
 Um tubo, por exemplo de esgoto, não pode ficar fixo na alvenaria
do alicerce pois podem ocorrer seccionamentos do tubo surgindo
trincas e consequentemente vazamentos.
 Nunca chumbar tubos, principalmente de plástico, diretamente na
alvenaria:
 EVITARATODO CUSTO:
 Eles não se entendem e um dia o tubo vai trincar e começar a
vazar.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
 FAÇA O CORRETO:
 O correto é passar o tubo de esgoto por dentro de uma camisa.
 O que é uma CAMISA?
 É um outro tubo, de maior diâmetro que vai deixar o tubo de esgoto
passar solto por dentro, sem tocar na alvenaria.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
FINAL DO ALICERCE
 Veja como vai ficar os alicerces depois de prontos.
 Lembre-se sempre que os alicerces devem ficam assentados
(apoiados) sempre em terreno firme, nunca sobre aterros.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
REATERRO
 Para tampar a vala utilize TERRA BOA, de preferência argila
vermelha (Terra Roxa), limpa, sem folhas, sem galhos e sem
sujeiras.
 Lance camadas de no máximo 15 centímetros e soque bem com o
soquete.
 Não seja preguiçoso como alguns que lançam toda a terra e dão
uma pisada com o próprio pé. Isso é serviço de porco.
 É importante que o reaterro fique bem socado para evitar que no
futuro se formem ocos debaixo do piso.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
TÉRMINO DO REATERRO
 Veja como vai ficar depois que terminar o reaterro das valas e o
aterro da parte interna da casa.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
IMPERMEABILIZAÇÃO
 Esta é uma etapa IMPORTANTÍSSIMA da obra.
 Se você se descuidar nessa etapa vai ter uma casa doentia, úmida e
abafada por causa da umidade que irá subir do subsolo por dentro
das paredes.
 Então, se você quer uma casa sêca, saudável e gostosa de morar,
capriche na confecção da impermeabilização do alicerce.
 Aplique em cima e também nas laterais (dentro e fora) uma
argamassa preparada:
Argamassa Impermeabilizante
 Argamassa Impermeabilizante 1:3
 Cimento Portland 9 kg, Areia Média 21 litros Impermeabilizante,
270 gramas
 NOTA: A medida do impermeabilizante, é meramente ilustrativa
pois os produtos impermeabilizantes fornecidos pelos diversos
fabricantes possuem propriedades próprias e deve-se seguir,
RIGOROSAMENTE, a dosagem indicada na embalagem do
impermeabilizante.
 Aplicar uma camada de no mínimo 3 centímetros.
 IMPORTANTE: Não basta revestir somente a parte de cima do
alicerce. É necessário revestir as 2 laterais descendo até cobrir pelo
menos 2 fiadas de tijolos.
 ESPERE SECAR BEM.
 Depois de totalmente seco, aplicar 3 demãos de um
impermeabilizante líquido à base de betume (pixe).
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
ALVENARIA
 Além de impermeabilizar o topo do alicerce é necessário
impermeabilizar ao menos as 2 primeiras fiadas da alvenaria das
paredes.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
CONTRA-PISO
 Espere o revestimento impermeabilizando
totalmente seco.
do alicerce ficar
 Depois disso já se pode realizar o aterro interno.
 Apiloe bem o aterro interno para que no futuro não venha a se
formar ocos sob (debaixo) do piso.
 Depois disso confeccionar o contra-piso. Para o contra-piso pode
se usar a mesma argamassa que foi usada para o lastro do alicerce.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
CONTRA-PISO PRONTO
 Veja como ficou a obra com os reaterros e o contra-piso pronto.
Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
Outros tipos de fundações
Os exemplos aqui apresentados são meramente
ilustrativos e não podem ser utilizados na prática. A
definição do tipo de fundação só pode ser realizada por
profissionais habilitados e registrados no CREA -
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia. Os exemplos apresentados servem para os
estudantes, terem uma idéia da variedade de tipos de
fundações.
FUNDAÇÃO TIPO BALDRAME
O baldrame é o tipo mais comum de fundação. Constitui-
se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto
simples ou armado construída diretamente no solo,
dentro de uma pequena vala. É mais empregada em casos
de cargas leves como residência construídas sobre solo
firme.
VIGA DE BALDRAME
Tem a função de
distribuir a carga das
paredes e do teto
para a fundação. Ela
garante que não
ocorra o surgimento
de trincas nas
paredes, umidade e
outros problemas
que comprometam a
segurança dos
moradores.
ROTEIRO
Para confecção de um bom alicerce:
ROTEIRO
para confecção de um bom alicerce:
1 - Os alicerces em alvenaria só podem ser empregados
para casas térreas e em terreno firme. Se o terreno não
for muito firme, isto é, for formado por barro muito
úmido ou argila mole ou solos com presença de água, o
alicerce deve ser feito com vigas baldrames de concreto
armado.
2 - Não trabalhe em dias chuvosos.
A fundação vai ficar uma porcaria e vai trazer
problemas de trincas e infiltração de umidade para o
resto da vida.
3 - Abrir uma vala da largura um pouco maior que a
largura do alicerce.As paredes internas da casa serão de
1/2 tijolo. Então o alicerce deve ter pelo menos 1 tijolo
de largura. Se o terreno não for bem firme, o alicerce
deve ser mais largo, isto é, ter 1 e 1/2 tijolo de largura.
As paredes externas da cas serão de 1 tijolo. Então o
alicerce deve ter 1 e 1/2 tijolo de largura. Se o terreno
não for bem firme, o alicerce deve ser mais largo, isto é,
ter 2 tijolos de largura.
4 - A vala não pode ter menos que 40 centímetros de
profundidade. Normalmente, os terrenos naturais
apresentam, na camada superficial, muitas raízes de
plantas e de árvores. Esta camada não serve para
assentar o alicerce. Aprofundar até encontrar terreno
firme sem raízes. Em terrenos aterrados não é possível o
emprego de fundação direta.
5 - Em terrenos inclinados, o alicerce segura a casa, não
ela "escorregar". Aprofundar a vala até
deixando
encontrar
inclinados,
terreno bem firme. Em terrenos
empregar estacas na fundação.
bastante
Aprenda
medir a DECLIVIDADE do terreno:
COMO MEDIR A DECLIVIDADE DO TERRENO
1 - Escolher 2 pontos quaisquer no terreno, por exemplo
pontosAe B da figura acima.
2 - No ponto mais baixo, cravar um pontalete. Se não
tiver pontalete, serve caibro, sarrafo ou outro material
que seja firme.
3 - Com o auxílio de uma mangueira de água, transportar
o nível do ponto B para o ponto A, fazendo uma marca
no pontalete.
4 - Medir a distância horizontal entre A e B. No caso do
exemplo acima, a distância horizontal medida foi de L =
13,40 metros.
5 - Medir a distância vertical entre o chão e a marca feita
no pontalete. No caso do exemplo acima, a distância
vertical medida foi de 74 centímetros ou 0,74 metros.
6 - Dividir a distância vertical pela horizontal e
multiplicar o resultado por 100:
D = V / H * 100 = 0,74 / 13,40 * 100 = 5,52 %.
A declividade do terreno do exemplo acima é de 5,52
porcento.
6 - Até 10% de declividade e sendo o terreno bem firme,
você pode pensar em fundação direta.
7 - Para terrenos com mais de 10% de declividade, a
fundação não pode ser direta mas sim profunda e ainda
sobre estacas. Algumas das estacas deverão ser
inclinadas para segurar a casa contra o escorregamento.
A profundidade das estacas deve ser tal que atinja a
camada firme do terreno.
8 - Para terrenos com mais de 20% de declividade há
risco de escorregamento entre as camadas geológicas do
subsolo. Nestes casos não há nada que consiga segurar a
casa contra o escorregamento, pois o próprio terreno tem
a tendência de escorregar. Neste caso a casa não poderá
ser construída neste local.
9 - Examinar o fundo da vala. A terra deve apresentar-se
firme, sem manchas e homogênea. Caso haja ninhos de
formiga, remover e aprofundar um pouco mais a vala.
10 - Apiloar o fundo da vala com um soquete.Você
mesmo poderá confeccionar um soquete, usando uma
lata de tinta, tipo galão, cheia de concreto e com um cabo
de vassoura infincada.
11 - Aplicar uma camada de concreto magro de cerca de
5 centímetros. O concreto magro é feito de cimento,
areia, brita e água. Não vai ferro, só o concreto.
12 - Levantar a alvenaria do alicerce até a cota final. A
cota do piso interno deve sempre ser mais alta que a cota
do piso externo. O ideal é em torno de 17 centímetros (1
degrau de altura).
13 - Fazer a impermeabilização do alicerce conforme
figura acima, aplicando uma camada de massa
impermeabilizante em cima e nas laterais do alicerce.
Esperar secar bem. É essa camada de impermeabilizante
que vai impedir a subida da umidade do solo pelas
paredes.
14 - Depois que a camada de impermeabilização secou
bem, aplicar duas demãos de impermeabilizante
betuminoso. (Exemplo: o produto chamado NEUTROL
fabricado pela Otto Baumgart). Aplicar seguindo as
recomendações do fabricante do produto. Esperar secar
bem.
15 - Fazer o reaterro do terreno, no lado de dentro e no
lado de fora.
16 - Confeccionar o aterro interno. Usar terra de boa
qualidade, sem mato e madeira. Entre uma terra fina e
uma grossa, prefira a terra grossa. Se possível, misture
um pouco de areia grossa, pedrisco, brica ou seixo
rolado. Nivele na altura da camada de impermeabilização
do alicerce. Soque tudo muito bem.
17 - Confeccionar a alvenaria da parede da casa. Nas
duas primeiras fiadas da alvenaria da parede, empregar
argassa de assentamento com adição de
(Exemplo: produto chamado
Baumgart). Essas
impermeabilizante.
VEDACIT da Otto
impermeabilizante é que vão impedir a subida
camadas de
da
umidade pelas paredes. Em dias de chuva é comum os
respingos da chuva encontrarem uma fresta para se
infiltrar na parede.
18 - Depois de cobrir a casa você pode confeccionar o
contrapiso interno da casa. Veja no desenho acima, a
posição exata do contrapiso. Não faça como muitos que
colocam o contrapiso na mesma altura que a camada de
impermeabilização. ISSO VAI DAR MUITO
PROBLEMA:
FUNDAÇÃO TIPO SAPATA
A sapata é preferida onde o baldrame não é recomendado,
quer pelo peso do prédio ou pela baixa resistência do
solo. A sapata é um bloco de concreto armado construído
diretamente sobre o solo dentro de uma escavação. Isto
acontece quando o peso da casa é grande (como em
sobrados) ou quando a casa é construída em terrenos
fracos. Neste caso deverá ser adotada a sapata como
fundação. A sapata pode ser do tipo SAPATA CORRIDA
ou SAPA
TA SIMPLES.
A sapata corrida é contínua, isto é, percorre todo o
comprimento da parede. A vantagem no custo da sapata
corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e
não necessita de vigas e pilares para a sustenção do peso
da parede e do telhado, porém vale ressaltar que a
alvenaria deve ser toda com tijolo maciço, com
amarrações entre as paredes em "L" e "T", com forro de
gesso, estuque ou lambril, em caso de vãos pequenos
podendo até utilizar laje pré.
SAPATA SIMPLES
A desvantagem no custo da sapata simples em
comparação a sapata corrida, é que ela necessita de
baldrames, vigas e pilares (colunas) para fazer a
distribuição e a concentração do peso das paredes, laje e
telhado, porem é o tipo de fundação que proporciona
maior resistência em casos de moradias com mais de um
pavimento (sobrados).
FUNDAÇÕES POR ESTACAS
Perfuração:
A perfuratriz rotativa ou roto-percussiva é posicionada,
verificando-se a verticalidade e/ou ângulo de inclinação
de acordo com a característica da estaca e projeto. O tubo
de revestimento é centrado no piquete de locação da
estaca.
A perfuração em solo é executada com a descida do tubo
de revestimento, em cuja extremidade é acoplada a coroa
de perfuração adequada às características do solo, com
auxílio de circulação de água ou ar comprimido, injetada
no seu interior, até à profundidade prevista no projeto.
A profundidade de perfuração é medida somando as
medidas dos tubos de perfurações e verificando o
comprimento perfurado, utilizando-se a composição de
tubos de injeção, que são introduzidos no interior do tubo
de revestimento, até à cota de fundo da perfuração.
Caso, durante a perfuração, atinja-se o topo rochoso,
matações, concreto, etc, deverá ser usada sapata ou coroa
diamantada, acoplada ao barrilete amostrador, interno à
composição de tubos de revestimento, de maneira a
retirar-se o testemunho da rocha.
Porém, podem ser usados, também, martelos pneumáticos
ou hidráulicos, perfurando por sistema roto-percussivo,
trabalhando no interior do tubo de revestimento, até
atingir à cota de projeto.
Colocação da Armadura:
Concluída a perfuração da estaca, executa-se a limpeza
interna do tubo de revestimento, utilizando a composição
de tubo de injeção descendo até a cota inferior da estaca.
Esta limpeza estará concluída quando a água de retorno
não apresentar traços de material transportado.
A armadura é colocada até à profundidade alcançada
durante a perfuração, apoiando-se no fundo do furo. A
armadura pode ser constituída por uma ou mais barras
montadas em feixe ou em gaiolas, tubos metálicos ou
ainda uma mescla destas alternativas, conforme
especificado pelo projetista.
Injeção de Argamassa:
 Desce-se no interior do tubo de perfuração um tubo de injeção até
ao fundo do furo, através deste tubo injeta-se argamassa de cimento
e areia por meio de bomba injetora, de baixo para cima, expulsando
toda a água de circulação contida no interior do tubo de
revestimento. A injeção é interrompida apenas quando a argamassa
emergente sair limpa, sem sinais de contaminação de lama ou solo.
 Estando o tubo de perfuração totalmente preenchido com
argamassa, inicia-se a extração do revestimento por ação coaxial ao
eixo da estaca, complementando-se o volume da argamassa por
gravidade, sempre que houver abatimento da mesma no interior do
tubo. Durante a extração, aplica-se ar comprimido sob pressão
moderada, controlando-se para evitar deformações excessivas no
terreno, garantindo a integridade do fuste e também a perfeita
aderência da estaca com o terreno.
Para estacas raiz com tubos metálicos perdidos, não
haverá a necessidade de injeção de ar comprimido, pois
o suporte de contato são as próprias camisas, não
havendo deformação. O preenchimento de argamassa
deve ocorrer sempre até à superfície do terreno.
A argamassa deve seguir a seguinte
especificação:
• Consumo de cimento ≥ 600Kg por m³- Cimento CP II
classe 32;
• Resistência característica = fck mínimo = 20 MPa;
• Areia: areia média lavada;
O traço para a argamassa deve ser: 1 saco de cimento
(50kg) + 84 litros de areia + 25 litros de água.
Tipos de Fundações por Estacas
As estacas podem ser:
Estacas Cravadas em concreto armado, aço ou madeira.
Estacas Moldadas de concreto com ou sem tubo
moldador.
Micro-Estacas ou Mini-Estacas
Fundações com Estacas Cravadas
• As fundações por estacas cravadas Pré-
fabricadas são em regra geral, fabricadas no
estaleiro da obra. A cravação de estacas não é
aconselhável em zonas urbanas devido ao ruído e
às vibrações. A energia de cravação tem que ser
adequada para que não sejam danificadas as
estacas ou o solo.
Vantagens: As condições de fabrico das estacas
permitem garantir os recobrimentos logo é difícil a
corrosão das armaduras. A estaca não é afectada pela
água subterrânea durante a presa. Antes da cravação
pode-se controlar e garantir a qualidade do concreto
armado.
Desvantagens: Uma
utilização deste
das principais desvantagens da
tipo de estacas é que
causam movimentos no solo durante a cravação. As
estacas podem ficar destruídas normalmente na parte
superior. Causam ruídos e vibrações incómodas em zonas
urbanas.
Fundações com Estacas Moldadas
Em primeiro lugar executa-se o furo através do trado
caso os terrenos tenham consistência suficiente, se não
recorre-se à cravação de um tubo moldador (solução
utilizada em terrenos com água corrente). O movimento
de retirada do tubo não pode ser muito rápido para que
não deixe desprotegido o concreto fresco, mas também
não pode ser muito lento para que o concreto armado
não ganhe presa às paredes do tubo.
Vantagens: Uma das principais vantagens das
fundações por estacas moldadas é que a sua execução
não origina ruído ou vibrações no solo, pelo que podem
ser utilizadas em zonas urbanas. As condições do solo
são pouco afectadas. A retirada de terreno permite ter um
controlo sobre as características dos terrenos
atravessados e atingidos.
Desvantagens: Um dos principais problemas na
utilização deste tipo de fundações por estacas é que não é
possível controlar a qualidade final do concreto. Não
existem garantias da existência ou não de defeitos ao
longo da superfície lateral das estacas. Possibilita desvios
da verticalidade e arrastamento do concreto durante a
presa.
Fundações com Micro-Estacas
As fundações com micro-estacas são de pequeno
diâmetro, oscilam entre quinze a vinte centímetros, é
necessário a utilização de equipamento mais ligeiro para
a sua execução. São muito utilizadas em engenharia
para reforço de fundações existentes.
Estacas de Madeira
As estacas de madeira nada mais são do que troncos
de árvore (os mais retos possíveis) cravados no solo
com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos
leves. Antes da difusão da utilização do concreto, elas
eram empregadas quando a camada de apoio às
fundações se encontrava em profundidades grandes.
Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, aroeira,
ipê e guarantã. A madeira tem duração praticamente
ilimitada quando mantida permanentemente submersa.
Entretanto, quando submetida à variação de nível d’água
apodrece por ação de fungos aeróbios que se
desenvolvem no ambiente água-ar.
Por isso, a durabilidade das estacas de madeira está
condicionada a privá-la de um desses fatores; como no
solo é praticamente impossível obter um meio
completamente seco, o fator a eliminar é o ar. Entre as
atuais obras brasileiras com fundações em estacas de
madeira pode-se citar o Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, construído em 1905.
As estacas de madeira enquadram-se na categoria das estacas
de deslocamento, caracterizadas por sua introdução no
terreno através de processo que não promova a retirada de
solo. A cravação das estacas pode ser feita por percussão,
prensagem ou vibração, e a escolha do equipamento deve ser
feita de acordo com o tipo, dimensão da estaca,
características
características
do solo, condições de vizinhança,
do projeto e peculiaridades do local. A
cravação por percussão é o processo mais utilizado,
utilizando-se para tanto pilões de queda-livre ou automáticos.
Estacas escavadas
Na ocorrência de cargas elevadas, em obras de vulto N
tal que justifique a mobilização do equipamento, o tipo
de estaqueamento correntemente mais adequado é o de
estacas de grande diâmetro moldadas “in loco”, com
perfuração mecânica a rotação, e eventual emprego de
lama bentonítica.
 A lama bentonítica trata-se de um material tixotrópico que em dispersão muda
seu estado físico por efeito da agitação (em repouso é gelatinosa com ação
antiinfiltrante; agitada fluidifica-se). Seu efeito estabilizante é eficaz quando a
pressão hidrostática da lama no interior da escavação é superior à exercida
externamente pelo lençol e a granulometria do terreno é tal que possa impedir
a dispersão da lama.
 A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma pressão que impede o
desmoronamento formando uma película impermeável denominada “cake”, a
qual dispensa o uso de revestimentos.
O uso desse tipo de estacas tem se difundido largamente
pela facilidade e rapidez de execução e pela
adaptabilidade a diversos tipos de terreno, bem como o
seu imediato conhecimento visual. As estacas de grande
diâmetro executadas por perfuração a rotação podem ser
feitas junto a construções existentes, devido à total
ausência de vibração, podendo atingir profundidades de
até 70 metros
Convém ainda lembrar que as estacas escavadas de
grande diâmetro podem ser executadas em presença de
lâmina d’água, o que ocorre em obras marítimas e em
construção de pontes. Nesse caso, a escavação mecânica
e a concretagem submersa são precedidas da cravação de
camisa metálica por intermédio, em geral, de martelo
vibratório. Os equipamentos, quando necessários, serão
montados em plataforma flutuante (barcaças de convés
chato). As camisas metálicas poderão ser perdidas ou
recuperadas.
Paredes diafragma
A parede diafragma consiste em se realizar, no subsolo, um
muro vertical de profundidades e espessuras variáveis,
constituídos de painéis elementares alternados ou sucessivos,
e aptos a absorver cargas axiais, empuxos horizontais e
momentos fletores.
A parede poderá ter função estática ou de interceptação
hidráulica, podendo ser constituída de concreto simples ou
armado, pré-moldada ou de coulis, conforme o escopo a que
se destinar.
Utilizada inicialmente na construção de “cut-off” de
barragens para interceptação de fluxos de infiltração, passou
a ser aplicada na solução de grande número de problemas.
Parede diafragma pré-moldada
As paredes diafragma pré-moldadas são constituídas por
uma série de elementos em concreto armado, preparados
em usina ou no próprio canteiro. Esses painéis são
dimensionados e armados para responder às solicitações a
que serão submetidos.
Parede diafragma plástica
A parede diafragma plástica é uma barreira vertical
escavada com a utilização de “coulis” (mistura de
cimento, bentonita e água), com o objetivo de reduzir a
percolação horizontal da água. Para melhorar sua
eficiência, a parede deve penetrar na camada de solo
impermeável subjacente.
• Especificação da Betonita Sódica: Espessante mineral
ecologicamente correto, derivado de Bentonita vulcânica
composta por Silicato de Alumínio Hidratado sem
adição de produto químico, possuindo as características
de Inchamento, Viscosidade e Tixotropia que permite a
formação de ESPESSANTES
Consistentes e Estáveis que
V
olumosos,
originam
Viscosos,
produtos
resistentes e duráveis.
Estacas barrete
Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, o
tipo de estaqueamento que também pode ser utilizado é o
de estacas tipo barrete, que são estacas de secção
retangular derivadas de um ou mais painéis de parede
diafragma e utilizados como elementos portantes de
fundações em substituição às estacas de grande diâmetro.
Suas vantagens são:
conhecimento imediato e real de todas as camadas
atravessadas;
ausência de vibração;
gradual adaptação da estaca às condições físicas do
terreno, com sensível incremento do atributo lateral;
possibilidade de atingir grandes profundidades (até 70
metros);
possibilidade de executar a estaca em praticamente todos
os tipos de terreno, com nível de água ou não, e
atravessar matações com a aplicação de ferramentas
especiais (hidrofresa);
redução no volume de concreto nos blocos de
coroamento.
Estacas hélice contínua
O uso das estacas hélice contínua existe há vários
anos e a sua origem foi nos Estados Unidos. Além
da execução da estaca, o equipamento de hélice
contínua pode ser usado ainda para:
- Execução de pré-furos para implantação de
perfis metálicos ou estacas pré-moldadas em
terrenos resistentes, onde a simples cravação
poderia danificar a cabeça das estacas;
- Constituir uma cortina com estacas espaçadas e
concreto projetado entre elas.
Em função do torque dos equipamentos ter aumentado
significativamente nos últimos anos, tem sido possível
executar estacas de maiores diâmetro e bem mais
profundas, além de se poder perfurar terrenos cada vez
mais resistentes.
Uma das mais importantes características da estaca hélice
contínua é que não produz vibrações, por isso é muito
usada em centros urbanos e nas áreas que possuem
equipamentos sensíveis.
Instrumentação / Controle de qualidade
• Sem dúvida um aspecto importante na execução
de estacas hélice contínua é a possibilidade de se
monitorar toda a execução garantindo assim o
controle da perfeita execução e qualidade da
estaca.
• O advento da instrumentação confiável tem
aumentado a compreensão da técnica de
execução dessas estacas e trazido, assim, mais
confiança ao método.
Estacas raiz
As "estacas-raiz" (pali radice, root pile) são estacas
escavadas de pequeno diâmetro, concretadas “in situ”
com injeção, e estão sendo utilizadas, nos últimos anos,
de maneira sempre mais freqüente.
As estacas raiz se constituem, de fato, num dos processos
mais difundidos no campo das obras de reforço de
fundações, consolidação de taludes e de fundações
normais ou de tipo especial, em presença também, e
sobretudo, de terrenos particularmente difíceis, por
exemplo, com presença de matacões e rocha.
As principais características típicas da estaca e que
permitem de fato resolver com sucesso a maior parte dos
problemas ligados com reforço de fundações e
consolidação de terrenos são:
Alta capacidade de carga com recalques muito reduzidos;
Possibilidade de execução em área restritas e alturas limitadas;
Perturbação mínima do ambiente circunstante;
Podem ser executadas em qualquer tipo de terreno e em
direções especiais;
Podem ser executadas com utilização a compressão ou a tração.
Melhoramento de solos
Nas últimas décadas é cada vez maior a quantidade de
projetos de engenharia civil construídos sobre espessas
camadas de solo mole. Nestas condições, se faz
necessária a utilização de métodos de melhoramento de
solo com o objetivo de aumentar a sua capacidade de
carga e de minimizar os efeitos de recalques absolutos,
trazendo grandes diferenciais à construção.
Vibrocompactação
Recomendado para solos granulares ou ligeiramente
coesivos, como pedregulhos e areias, é geralmente
considerada uma técnica ideal para suportar cargas
elevadas.
No entanto, estes solos em seu estado natural são
caracterizados
extremamente
por um estado de compactação
não uniforme. Sobrecarregá-los com
cargas estruturais pode levar a grandes recalques
diferenciais, que resultariam em danos estruturais.
Por aplicação da técnica de Vibrocompactação é possível
transformar as camadas do solo de forma rápida e
economica, deixando-o com ótimas características de
suporte de carga.
Colunas de brita
Em solos coesivos, suas as partículas não podem ser
reorganizadas por impulsos de vibração por
vibrocompactação. Porém um aumento considerável na
capacidade de carga pode ser alcançado nestes solos pelo
processo de colunas de brita.
Através dessa técnica, colunas de brita são construídas
por um vibrador de profundidade especialmente adaptado
e equipado para esse processo.
As colunas de brita têm maior resistência ao cisalhamento
e rigidez em comparação ao solo circundante. Ao mesmo
tempo, o solo circundante fornece apoio lateral para as
colunas de brita e, assim, cria-se a interação coluna-solo.
Drenos verticiais fibroquímicos
Os drenos verticais ou fibroquímicos são utilizados para
terrenos argilosos moles e pouco permeáveis. Tornam
possível a eliminação rápida de água do solo,
ocasionando uma grande redução no tempo que seria
necessário para um pré-adensamento e,
consequentemente, aceleração de recalques.
O sucesso de um projeto de aceleração de recalque feito
com a utilização de drenos verticais (fibroquímicos ou
não) depende de uma análise bem feita - de campo e
laboratório - das propriedades do solo a ser melhorado.
Mistura de solo in situ (CSM)
• A técnica de Mistura de solo in situ, também conhecida
como Cutter Soil Mixing (CSM), teve seu princípio
tecnológico originado nos EUA, onde em 1954 um
misturador com uma rosca sem fim foi utilizado para
misturar o cimento com o terreno, porém, esta
tecnologia no seu formato atual foi desenvolvida na
Suécia e no Japão. (Geofluid, 2009).
O processo Cutter Soil Mixing (CSM) consiste na
construção de um painel impermeável in situ, de
geometria muito parecida à de uma parede diafragma.
Porém, diferentemente do processo de execução de
paredes diafragmas ou de outras estruturas subterrâneas,
o solo não é retirado da cava, portanto, nos casos de
remediação de solos contaminados, o mesmo é tratado
através da mistura com cimento Portland e/ ou outras
substâncias químicas. Evita-se, assim, o transporte para
aterros e disposição final em locais especiais.
Objetivos
Quebra da estrutura do solo;
Mistura da calda com a matriz do solo;
Criação de uma estrutura homogênea solo-calda.
Aplicações
Construção de cut-off de barragens;
Paredes de contenção;
Encapsulamento in situ de áreas contaminadas;
Contenção de estruturas vizinhas.
Hidrofresa
• Parede diafragma é uma solução comum praticada na
engenharia, quer seja em obras civis ou hidráulicas. A
solução convencional de execução de paredes
diafragmas é muito limitada em sua aplicação para
escavação em rocha. Nesse caso, a solução muitas vezes
é feita tradicionalmente com o uso de trepanação, que
tem grandes limitações e dificuldades executivas, e,
portanto, uma produção muito baixa.
Vantagens
Sistema usado para escavação até 120m de profundidade;
A qualidade das juntas entre painéis é muito melhorada em
função da superposição que se cria no momento da escavação
do painel secundário;
Permite escavar rocha acima de 100 MPa.
Aplicações
Cut-off - barreira impermeável;
Paredes diafragma para contenção;
Elementos isolados como fundação (barretes).
Tirantes
• Tirante são elementos de ancoragem que nos permitem
transferir, por tração, para o interior do maciço, esforços
de uma superfície, através de cabos ou monobarras de
aço. Os tirantes são agrupados em três tipos: de barra, de
fios e de cordoalha.
Suas principais aplicações são:
Contenção de taludes em solo e rocha;
Sustentação de paredes para escavação profunda;
Ancoragem de lajes para combater a subpressão;
Fixação de estruturas especiais, quer em solo ou rocha.

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Construções rurais: materiais e técnicas

  • 2. Madeira Um dos materiais mais empregados na construção. Na escolha da madeira de boa qualidade deve-se observar que ela seja seca, desempenada e sem furos. • Madeiras de Lei: Peroba do campo, Peroba rosa, Aroeira, Cedro, Canela, Angico, Andiroba, Faveiro, Cabriúva, Frejó, GonçaloAlves, Quartã, Ipê, Jacaré, Eucalipto e etc. • Madeiras Brancas: a de maior emprego é o Pinho, Jequitibá Branco e Rosa, Caxeta, Jenipapo etc.
  • 3. Jatobá Resistente à umidade e ao apodrecimento, sendo completamente impermeável. Durabilidade: Em contato com o solo, apresentou vida média inferior a 9 anos.
  • 4. Aplicações internas • Vigas • Caibros • Tesouras • Portas • Janelas • Rodapés • Forros • Móveis preço médio por metro quadrado: 95,00
  • 5. Peroba-Rosa É uma madeira nobre, pois é muito resistente e apresenta um acabamento fino Moderada resistência aos cupins e com baixa a moderada resistência aos fungos apodrecedores. Seu principal diferencial é a cor rosada bem prevalente.
  • 6. DURABILIDADE : 6 Anos Aplicações internas • Tesouras • Vigas • Caibros • Batentes • Janelas • Portas • Móveis Preço médio: RS 1.1000 por metro quadrado
  • 7. Madeira considerada com moderada durabilidade aos fungos apodrecedores e cupins e com baixa durabilidade aos fungos de podridão mole e cupins-de-solo. Eucalipto
  • 8. Principais aplicações do Eucalipto •Aplicações externas • Andaimes • Pontaletes • Postes • Vigas Aplicações internas • Ripas • Cordões • Guarnições • Rodapés • Forros • Tacos • Móveis Durabilidade: 6 anos
  • 9. Goiabão é um tipo de madeira pesada e que costuma ser aplicada em elementos estruturais (como no sistema de encaixe) internos ou até mesmo em portas, janelas e batentes.
  • 10. Durabilidade: Madeira suscetível à ação de fungos e cupins. Principais aplicações do Goiabão •Aplicações externas • Não indicado Aplicações internas • Vigas • Caibros • Portas • Janelas • Painéis • Forros • Lambris • Tacos • Móveis Preço médio 110,00
  • 11. Pinus
  • 12. A nomenclatura empregada pelas madereiras para as seções comerciais serradas são as seguintes: NOMES CENTÍMETROS POLEGADAS Cauçoeira (viga) 7,5 x 23,5 cm 3” x 9” Perna (vigota) 7,5 x 16 cm 3” x 6” 1/2 cauçoeira (1/2 vigota) 7,5 x 12 cm 3” x 1½ ” Caibro 7,5 x 7,5 cm 3” x 3” Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1” x 3” Ripa 1,5 x 5,5 cm ½” x 2” Tábuas 2,5 x 30 cm 1” x 12” Tábuas 2,5 x 23 cm 1” x 9” Tábuas 2,5 x 15 cm 1” x 6”
  • 13.
  • 14. Conservação da Madeira Existem vários processos para a conservação das madeiras desde os mais simples aos que requerem instalações especiais como estufas apropriadas, etc.. Em construções rurais, os processos mais utilizados são os seguintes: a) – Pintura com piche ou creosoto que é uma proteção bastante eficiente principalmente se os mesmos são aquecidos antes de serem usados. É muito usado para moirões de cercas e posteação.
  • 15. a) – Pintura a base de outros produtos químicos como o “carbolíneo” obtido da destilação do carvão e o conhecido zarcão à base de sais de chumbo:
  • 16. c) – Queima superficial, consiste em queimar superficialmente a madeira na parte que se deseja proteger, tornando-a mais compacta e menos permeável; d) – Envenenamento da Madeira, empregado principalmente na parte que fica em contato com o solo. Um tratamento bem eficaz consiste em impregnar a madeira com sais de cobre e posteriormente pintá-la. O método consiste no seguinte: os moirões são mergulhados até a altura de 0,40 a 0,50 m num depósito não metálico, contendo uma solução de cobre (10 kg de sulfato de cobre em 50 litros de água). Após 10 a 15 dias, são retiradas e, depois de secas, são pintadas até a altura que se deseja com uma mistura de 3 quilos de alcatrão e 1 quilo de gesso
  • 17. Como preservativo de madeira, está sendo muito usado o pentaclorofenol para esteios de construção e moirões de cercas, na base de 96 quilos por metro cúbico de madeira. O pentaclorofenol é dissolvido numa pequena quantidade de óleo Diesel a quente. Depois adiciona-se o restante do óleo a frio até obter-se no final uma solução a 5% de pentaclorofenol.
  • 18.
  • 19. Outros produtos industriais • Ferro: É o metal mais empregado nas construções desde o prego à estruturas de concreto armado. O ferro industrial é uma liga em que entra o carbono e, em casos especiais, outros metais tais como: silício, cromo, vanádio e níquel.
  • 20. Os vergalhões utilizados na construção são fabricados de aço que é uma liga de ferro e carbono. Neste tipo de aço o carbono entra na proporção de 0,30 a 0,40%, resultando o aço doce.
  • 21. No quadro abaixo encontra-se a bitola (diâmetro) dos vergalhões de ferro encontrados no comércio com os respectivos pesos por metro. DIÂMETRO PESO Polegadas mm Gramas/metro 3/16 4,76 140 ¼ 6,35 249 5/16 7,94 388 3/8 9,52 560 ½ 12,70 995 5/8 15,87 1.553 ¾ 19,05 2.240 7/8 22,22 3.045 1 25,40 3.980 No peso é permitido variação entre + ou – 6%
  • 22.
  • 23. Cimento Amianto ou fibrocimento • Os produtos de cimento- amianto têm aplicação cada vez mais difundida, encontrando-se no mercado marcas conhecidas como “Eternit”, “Brasilit”, “Civilit”, “Tecno”, “Sano”, etc..
  • 24. • Os principais são os seguintes: Telhas nas espessuras de 6,8 e 10 mm, calhas, condutores, caixas-d’água (50 a 1000 litros) e caixas de descarga. • As telhas, lisas ou onduladas, apresentam algumas vantagens em relação às telhas de cerâmica como exigir madeiramento do telhado mais simples, portanto menor peso, daí o seu emprego muito comum em galpões, depósitos, fábricas, etc. São, entretanto, menos isolantes e de coloração mais difícil.
  • 25. No comércio as chapas de cimento-amianto são encontradas, conforme catálogo das fábricas, nas seguintes dimensões: COMPRIMENTO PESO Total Útil Total Útil Kg 0,915 0,775 0,869 0,685 11,3 1,220 1,080 1,159 0,955 15,0 1,530 1,390 1,453 1,230 18,8 1,830 1,690 1,738 1,495 22,6 2,130 1,990 2,023 1,761 26,4 2,440 2,300 2,318 2,035 30,1 Largura total: 0,950 Largura Útil: 0,885
  • 26. Plásticos Um dos materiais que permitem uma diversificação cada vez maior na substituição de produtos tradicionalmente fabricados de metais destinados às instalações elétricas, hidráulicas e outros fins. Instalações de água e também de esgotos, as tubulações e conexões de plásticos, do tipo PVC, “Tigre”, etc., são muito usadas.
  • 27. As canalizações desse material são bem mais fáceis de serem trabalhadas, havendo, maior rapidez nos serviços, e não sofrem ações corrosivas. Entretanto é material que tem pouca resistência aos choques e não pode ser utilizado em abastecimento de água e gás.
  • 28.
  • 29. Técnicas de Construção As construções rurais devem ser executadas com simplicidade e economia visando ao funcionamento desejável dentro da técnica. A elaboração do projeto, por mais simples que seja, requer conhecimentos de assuntos ligados à área agronômica e veterinária tais como: criação de animais, armazenamento e conservação de produtos agropecuários, indústrias rurais, saneamento, etc..
  • 30. O alicerce é a base que sustenta a casa, dá solidez e transmite para o terreno toda carga (peso) da casa (paredes, lajes, telhados,etc.). Um alicerce bem feito evita o surgimento de trincas nas paredes, evita o surgimento de umidade na parte de baixo das paredes.
  • 31. PLANEJAMENTO Nunca comece a execução de uma fundação no período de chuvas, que na maior parte do Brasil ocorre entre os meses de novembro e abril. Planeje sempre começar a construir no mês de abril, isto é, depois que passou o período das chuvas e procure chegar ao telhado antes do mês de novembro, quando começam de novo as chuvas.
  • 32. LIMPEZA DO TERRENO Remova toda e qualquer vegetação da área que será ocupada pela casa. Não basta tirar apenas o mato que está em cima do terreno. É necessário tirar as raízes e , conforme o caso, tirar também a terra vegetal que tenha muitas folhas, galhos e raízes. Além da parte que fica para fora da terra, devem ser removidas as raízes pois as raízes irão apodrecer com o tempo, criar um oco e o terreno vai ceder.
  • 34. ESCAVAÇÃO DAS VALAS Realize a escavação do terreno abaixando o nível do terreno até a cota em que vai ficar a casa. Não use essa terra escavada para aterro pois é uma terra ruim, cheia de lixo, entulho, galhos e folhas, portanto, uma terra péssima para fazer aterros. Não faça o aterro ainda, pois o alicerce precisa ser apoiado em terreno firme. JAMAIS APOIE O ALICERCE EM CIMADEATERRO. Quando o alicerce fica apoiado sobre aterro a casa sofre recalques e aparece muitas trincas colocando a vida das pessoas em risco. Veja na próxima página o que NÃO DEVE SER FEITO.
  • 36. ALICERCE SOBRE ATERRO Nunca apóie o alicerce de uma casa sobre um aterro. Todo e qualquer terreno precisa de um tempo muito longo (pelo menos 4 anos) para adensar totalmente. Uma casa construída sobre aterro vai ficar toda trincada e essas trincas (que decorrem de recalques) não tem solução.
  • 38. LOCAÇAO DA OBRA  Locação da obra é quando "locamos", isto é, localizamos a posição exata onde vai ficar as partes da casa, isto é, o alicerce, as paredes, as portas, etc.  Agente consegue fazer a locação usando cavaletes:  Cavaletes são sarrafos largos que pregamos sobre 2 pontaletes bem fincados no terreno.
  • 40. USO DO CAVALETE  O cavalete é composto de um sarrafo largo que é pregado sobre 2 pontaletes ou caibros firmemente fincados no chão. O sarrafo deve ser pregado bem na horizontal (para isso use um nível de bolha) para que as medidas da casa possam ser marcas no cavalete.  Você deve confeccionar um cavalete em cada extremidade dos alinhamentos da casa.
  • 42. Deixar uma boa distância entre o cavalete e a valeta que vai ser aberta para o alicerce. Esse espaço é necessário para a movimentação da terra que será retirada de dentro da valeta. Usando uma trena de boa qualidade marque com um lápis de carpinteiro todos os alinhamentos (do alicerce, das paredes, janelas, portas, etc.) Em cada marca enfiar um prego. O prego é onde você irá esticar o barbante (ou fio de nylon).
  • 43. NÃO SEJA PREGUIÇOSO pois os preguiçosos irão pagar um preço alto na hora de colocar os azulejos e pisos cerâmicos pois medidas fora do padrão vai te obrigar a cortar a placa, seja do azulejo ou da cerâmica, em tiras bem fininhas difíceis de cortar. De preferência, escolha como medida da largura dos ambientes um número que seja múltipolo da largura da placa de cerâmica. Outro cuidado importante:  Faça os cantos em ÂNGULO RETO. Use o ESQUADRO.
  • 45. ESQUADRO DE BARBANTE  Pegue um barbante que não estique muito. Faça uma montagem como a da figura, tomando o cuidado de deixaras distâncias indicadas (ou seja, 3, 4 e 5 metros) entre um nó e outro. CAPRICHE.  O canto formado pelo lado de 3 metros com o lado de 4 metros terá um ângulo RETO, isto é, um ângulo de 90 graus.
  • 47. PLANEJAMENTO DO ALICERCE • Visualize bem todas as etapas e os componentes da fundação do tipo alicerce.
  • 48. LARGURA DOS ALICERCES  As paredes externas da casa devem ter a largura de 1 Tijolo.As internas podem ser de 1/2 Tijolo. Os alicerces devem ser sempre mais largos que a parede que fica em cima dele. Então o alicerce das paredes internas deverá ser de 1 Tijolo. O alicerce das paredes externas deve ser de 1 e 1/2 Tijolo se o terreno for firme e seco. Para terrenos firmes e úmidos deve ser usado o alicerce de 2 Tijolos.
  • 50. ABERTURA DAS VALAS  As camadas superficiais do terreno contém muitos materiais nocivos para as fundações como folhas, galhos e raízes. Vá escavando até encontrar terra homogênea, firme, sem raízes, sem caminhos de formigas, sem formigueiro. Esta será a cota de assentamento do alicerce.
  • 51. As laterais da vala devem ficar ligeiramente inclinadas para facilitar o trabalho posterior de reaterro e para que esse reaterro fique bem compactado. Se o reaterro não ficar bem compactados, com o tempo, irão se formar espaços ocos por debaixo do piso.
  • 53. APILOAMENTO Apiloar é bater com o soquete como se fazia antigamente com o pilão. Como auxílio de um SOQUETE apiloe bem o fundo da vala. Confeccione vários soquetes e chame o cunhado (preguiçoso), o compadre (sempre solicito) e o vizinho (interesseiro) para ajudar. Dê um soquete para cada um e fale para bater forte no fundo da vala.Veja como construir um soquete bom e bem barato.
  • 55. LASTRO DE CONCRETO MAGRO  O alicerce não pode ficar em contato direto com a terra do fundo da vala  Prepare um Concreto Magro no traço 1:5:10  Cimento Portland1 saco (50 kg), Areia Média10 latas (de 20 litros), Brita Nº 2, (14 latas)  Espalhe o concreto no fundo da vala deixando uma espessura média de 4 centímetros. Esse será o lastro de concreto magro.
  • 57. ALVENARIA DO ALICERCE  Levante a alvenaria do alicerce. Suba até a cota da fundação. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 58. CAMISAS  As instalações subterrâneas (que ficam debaixo da terra) como esgoto, águas pluviais (da chuva) e, conforme o caso, até telefonia e eletricidade que passam pelo alicerce devem ter uma independência entre o alicerce e a tubulação. Em outras palavras, não deve haver contato rígido entre qualquer tipo de tubulação e o alicerce.  Um tubo, por exemplo de esgoto, não pode ficar fixo na alvenaria do alicerce pois podem ocorrer seccionamentos do tubo surgindo trincas e consequentemente vazamentos.
  • 59.  Nunca chumbar tubos, principalmente de plástico, diretamente na alvenaria:  EVITARATODO CUSTO:  Eles não se entendem e um dia o tubo vai trincar e começar a vazar. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 60.  FAÇA O CORRETO:  O correto é passar o tubo de esgoto por dentro de uma camisa.  O que é uma CAMISA?  É um outro tubo, de maior diâmetro que vai deixar o tubo de esgoto passar solto por dentro, sem tocar na alvenaria. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 61. FINAL DO ALICERCE  Veja como vai ficar os alicerces depois de prontos.  Lembre-se sempre que os alicerces devem ficam assentados (apoiados) sempre em terreno firme, nunca sobre aterros. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 62. REATERRO  Para tampar a vala utilize TERRA BOA, de preferência argila vermelha (Terra Roxa), limpa, sem folhas, sem galhos e sem sujeiras.  Lance camadas de no máximo 15 centímetros e soque bem com o soquete.  Não seja preguiçoso como alguns que lançam toda a terra e dão uma pisada com o próprio pé. Isso é serviço de porco.  É importante que o reaterro fique bem socado para evitar que no futuro se formem ocos debaixo do piso.
  • 64. TÉRMINO DO REATERRO  Veja como vai ficar depois que terminar o reaterro das valas e o aterro da parte interna da casa. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 65. IMPERMEABILIZAÇÃO  Esta é uma etapa IMPORTANTÍSSIMA da obra.  Se você se descuidar nessa etapa vai ter uma casa doentia, úmida e abafada por causa da umidade que irá subir do subsolo por dentro das paredes.  Então, se você quer uma casa sêca, saudável e gostosa de morar, capriche na confecção da impermeabilização do alicerce.  Aplique em cima e também nas laterais (dentro e fora) uma argamassa preparada:
  • 66. Argamassa Impermeabilizante  Argamassa Impermeabilizante 1:3  Cimento Portland 9 kg, Areia Média 21 litros Impermeabilizante, 270 gramas  NOTA: A medida do impermeabilizante, é meramente ilustrativa pois os produtos impermeabilizantes fornecidos pelos diversos fabricantes possuem propriedades próprias e deve-se seguir, RIGOROSAMENTE, a dosagem indicada na embalagem do impermeabilizante.  Aplicar uma camada de no mínimo 3 centímetros.  IMPORTANTE: Não basta revestir somente a parte de cima do alicerce. É necessário revestir as 2 laterais descendo até cobrir pelo menos 2 fiadas de tijolos.  ESPERE SECAR BEM.  Depois de totalmente seco, aplicar 3 demãos de um impermeabilizante líquido à base de betume (pixe).
  • 68. ALVENARIA  Além de impermeabilizar o topo do alicerce é necessário impermeabilizar ao menos as 2 primeiras fiadas da alvenaria das paredes. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 69. CONTRA-PISO  Espere o revestimento impermeabilizando totalmente seco. do alicerce ficar  Depois disso já se pode realizar o aterro interno.  Apiloe bem o aterro interno para que no futuro não venha a se formar ocos sob (debaixo) do piso.  Depois disso confeccionar o contra-piso. Para o contra-piso pode se usar a mesma argamassa que foi usada para o lastro do alicerce.
  • 71. CONTRA-PISO PRONTO  Veja como ficou a obra com os reaterros e o contra-piso pronto. Fonte: ET-10RMWfundaçõesfpp02.htm em 24/12/2006
  • 72. Outros tipos de fundações Os exemplos aqui apresentados são meramente ilustrativos e não podem ser utilizados na prática. A definição do tipo de fundação só pode ser realizada por profissionais habilitados e registrados no CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Os exemplos apresentados servem para os estudantes, terem uma idéia da variedade de tipos de fundações.
  • 73. FUNDAÇÃO TIPO BALDRAME O baldrame é o tipo mais comum de fundação. Constitui- se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada em casos de cargas leves como residência construídas sobre solo firme.
  • 74. VIGA DE BALDRAME Tem a função de distribuir a carga das paredes e do teto para a fundação. Ela garante que não ocorra o surgimento de trincas nas paredes, umidade e outros problemas que comprometam a segurança dos moradores.
  • 75. ROTEIRO Para confecção de um bom alicerce:
  • 76. ROTEIRO para confecção de um bom alicerce: 1 - Os alicerces em alvenaria só podem ser empregados para casas térreas e em terreno firme. Se o terreno não for muito firme, isto é, for formado por barro muito úmido ou argila mole ou solos com presença de água, o alicerce deve ser feito com vigas baldrames de concreto armado. 2 - Não trabalhe em dias chuvosos. A fundação vai ficar uma porcaria e vai trazer problemas de trincas e infiltração de umidade para o resto da vida.
  • 77. 3 - Abrir uma vala da largura um pouco maior que a largura do alicerce.As paredes internas da casa serão de 1/2 tijolo. Então o alicerce deve ter pelo menos 1 tijolo de largura. Se o terreno não for bem firme, o alicerce deve ser mais largo, isto é, ter 1 e 1/2 tijolo de largura. As paredes externas da cas serão de 1 tijolo. Então o alicerce deve ter 1 e 1/2 tijolo de largura. Se o terreno não for bem firme, o alicerce deve ser mais largo, isto é, ter 2 tijolos de largura.
  • 78. 4 - A vala não pode ter menos que 40 centímetros de profundidade. Normalmente, os terrenos naturais apresentam, na camada superficial, muitas raízes de plantas e de árvores. Esta camada não serve para assentar o alicerce. Aprofundar até encontrar terreno firme sem raízes. Em terrenos aterrados não é possível o emprego de fundação direta. 5 - Em terrenos inclinados, o alicerce segura a casa, não ela "escorregar". Aprofundar a vala até deixando encontrar inclinados, terreno bem firme. Em terrenos empregar estacas na fundação. bastante Aprenda medir a DECLIVIDADE do terreno:
  • 79.
  • 80. COMO MEDIR A DECLIVIDADE DO TERRENO 1 - Escolher 2 pontos quaisquer no terreno, por exemplo pontosAe B da figura acima. 2 - No ponto mais baixo, cravar um pontalete. Se não tiver pontalete, serve caibro, sarrafo ou outro material que seja firme. 3 - Com o auxílio de uma mangueira de água, transportar o nível do ponto B para o ponto A, fazendo uma marca no pontalete. 4 - Medir a distância horizontal entre A e B. No caso do exemplo acima, a distância horizontal medida foi de L = 13,40 metros.
  • 81. 5 - Medir a distância vertical entre o chão e a marca feita no pontalete. No caso do exemplo acima, a distância vertical medida foi de 74 centímetros ou 0,74 metros. 6 - Dividir a distância vertical pela horizontal e multiplicar o resultado por 100: D = V / H * 100 = 0,74 / 13,40 * 100 = 5,52 %. A declividade do terreno do exemplo acima é de 5,52 porcento.
  • 82. 6 - Até 10% de declividade e sendo o terreno bem firme, você pode pensar em fundação direta. 7 - Para terrenos com mais de 10% de declividade, a fundação não pode ser direta mas sim profunda e ainda sobre estacas. Algumas das estacas deverão ser inclinadas para segurar a casa contra o escorregamento. A profundidade das estacas deve ser tal que atinja a camada firme do terreno.
  • 83.
  • 84. 8 - Para terrenos com mais de 20% de declividade há risco de escorregamento entre as camadas geológicas do subsolo. Nestes casos não há nada que consiga segurar a casa contra o escorregamento, pois o próprio terreno tem a tendência de escorregar. Neste caso a casa não poderá ser construída neste local.
  • 85.
  • 86. 9 - Examinar o fundo da vala. A terra deve apresentar-se firme, sem manchas e homogênea. Caso haja ninhos de formiga, remover e aprofundar um pouco mais a vala. 10 - Apiloar o fundo da vala com um soquete.Você mesmo poderá confeccionar um soquete, usando uma lata de tinta, tipo galão, cheia de concreto e com um cabo de vassoura infincada. 11 - Aplicar uma camada de concreto magro de cerca de 5 centímetros. O concreto magro é feito de cimento, areia, brita e água. Não vai ferro, só o concreto. 12 - Levantar a alvenaria do alicerce até a cota final. A cota do piso interno deve sempre ser mais alta que a cota do piso externo. O ideal é em torno de 17 centímetros (1 degrau de altura).
  • 87. 13 - Fazer a impermeabilização do alicerce conforme figura acima, aplicando uma camada de massa impermeabilizante em cima e nas laterais do alicerce. Esperar secar bem. É essa camada de impermeabilizante que vai impedir a subida da umidade do solo pelas paredes. 14 - Depois que a camada de impermeabilização secou bem, aplicar duas demãos de impermeabilizante betuminoso. (Exemplo: o produto chamado NEUTROL fabricado pela Otto Baumgart). Aplicar seguindo as recomendações do fabricante do produto. Esperar secar bem. 15 - Fazer o reaterro do terreno, no lado de dentro e no lado de fora.
  • 88. 16 - Confeccionar o aterro interno. Usar terra de boa qualidade, sem mato e madeira. Entre uma terra fina e uma grossa, prefira a terra grossa. Se possível, misture um pouco de areia grossa, pedrisco, brica ou seixo rolado. Nivele na altura da camada de impermeabilização do alicerce. Soque tudo muito bem. 17 - Confeccionar a alvenaria da parede da casa. Nas duas primeiras fiadas da alvenaria da parede, empregar argassa de assentamento com adição de (Exemplo: produto chamado Baumgart). Essas impermeabilizante. VEDACIT da Otto impermeabilizante é que vão impedir a subida camadas de da umidade pelas paredes. Em dias de chuva é comum os respingos da chuva encontrarem uma fresta para se infiltrar na parede.
  • 89. 18 - Depois de cobrir a casa você pode confeccionar o contrapiso interno da casa. Veja no desenho acima, a posição exata do contrapiso. Não faça como muitos que colocam o contrapiso na mesma altura que a camada de impermeabilização. ISSO VAI DAR MUITO PROBLEMA:
  • 90. FUNDAÇÃO TIPO SAPATA A sapata é preferida onde o baldrame não é recomendado, quer pelo peso do prédio ou pela baixa resistência do solo. A sapata é um bloco de concreto armado construído diretamente sobre o solo dentro de uma escavação. Isto acontece quando o peso da casa é grande (como em sobrados) ou quando a casa é construída em terrenos fracos. Neste caso deverá ser adotada a sapata como fundação. A sapata pode ser do tipo SAPATA CORRIDA ou SAPA TA SIMPLES.
  • 91.
  • 92. A sapata corrida é contínua, isto é, percorre todo o comprimento da parede. A vantagem no custo da sapata corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e não necessita de vigas e pilares para a sustenção do peso da parede e do telhado, porém vale ressaltar que a alvenaria deve ser toda com tijolo maciço, com amarrações entre as paredes em "L" e "T", com forro de gesso, estuque ou lambril, em caso de vãos pequenos podendo até utilizar laje pré.
  • 93. SAPATA SIMPLES A desvantagem no custo da sapata simples em comparação a sapata corrida, é que ela necessita de baldrames, vigas e pilares (colunas) para fazer a distribuição e a concentração do peso das paredes, laje e telhado, porem é o tipo de fundação que proporciona maior resistência em casos de moradias com mais de um pavimento (sobrados).
  • 94.
  • 95. FUNDAÇÕES POR ESTACAS Perfuração: A perfuratriz rotativa ou roto-percussiva é posicionada, verificando-se a verticalidade e/ou ângulo de inclinação de acordo com a característica da estaca e projeto. O tubo de revestimento é centrado no piquete de locação da estaca. A perfuração em solo é executada com a descida do tubo de revestimento, em cuja extremidade é acoplada a coroa de perfuração adequada às características do solo, com auxílio de circulação de água ou ar comprimido, injetada no seu interior, até à profundidade prevista no projeto.
  • 96.
  • 97. A profundidade de perfuração é medida somando as medidas dos tubos de perfurações e verificando o comprimento perfurado, utilizando-se a composição de tubos de injeção, que são introduzidos no interior do tubo de revestimento, até à cota de fundo da perfuração. Caso, durante a perfuração, atinja-se o topo rochoso, matações, concreto, etc, deverá ser usada sapata ou coroa diamantada, acoplada ao barrilete amostrador, interno à composição de tubos de revestimento, de maneira a retirar-se o testemunho da rocha. Porém, podem ser usados, também, martelos pneumáticos ou hidráulicos, perfurando por sistema roto-percussivo, trabalhando no interior do tubo de revestimento, até atingir à cota de projeto.
  • 98. Colocação da Armadura: Concluída a perfuração da estaca, executa-se a limpeza interna do tubo de revestimento, utilizando a composição de tubo de injeção descendo até a cota inferior da estaca. Esta limpeza estará concluída quando a água de retorno não apresentar traços de material transportado. A armadura é colocada até à profundidade alcançada durante a perfuração, apoiando-se no fundo do furo. A armadura pode ser constituída por uma ou mais barras montadas em feixe ou em gaiolas, tubos metálicos ou ainda uma mescla destas alternativas, conforme especificado pelo projetista.
  • 99.
  • 100. Injeção de Argamassa:  Desce-se no interior do tubo de perfuração um tubo de injeção até ao fundo do furo, através deste tubo injeta-se argamassa de cimento e areia por meio de bomba injetora, de baixo para cima, expulsando toda a água de circulação contida no interior do tubo de revestimento. A injeção é interrompida apenas quando a argamassa emergente sair limpa, sem sinais de contaminação de lama ou solo.  Estando o tubo de perfuração totalmente preenchido com argamassa, inicia-se a extração do revestimento por ação coaxial ao eixo da estaca, complementando-se o volume da argamassa por gravidade, sempre que houver abatimento da mesma no interior do tubo. Durante a extração, aplica-se ar comprimido sob pressão moderada, controlando-se para evitar deformações excessivas no terreno, garantindo a integridade do fuste e também a perfeita aderência da estaca com o terreno.
  • 101. Para estacas raiz com tubos metálicos perdidos, não haverá a necessidade de injeção de ar comprimido, pois o suporte de contato são as próprias camisas, não havendo deformação. O preenchimento de argamassa deve ocorrer sempre até à superfície do terreno.
  • 102. A argamassa deve seguir a seguinte especificação: • Consumo de cimento ≥ 600Kg por m³- Cimento CP II classe 32; • Resistência característica = fck mínimo = 20 MPa; • Areia: areia média lavada; O traço para a argamassa deve ser: 1 saco de cimento (50kg) + 84 litros de areia + 25 litros de água.
  • 103. Tipos de Fundações por Estacas As estacas podem ser: Estacas Cravadas em concreto armado, aço ou madeira. Estacas Moldadas de concreto com ou sem tubo moldador. Micro-Estacas ou Mini-Estacas
  • 104. Fundações com Estacas Cravadas • As fundações por estacas cravadas Pré- fabricadas são em regra geral, fabricadas no estaleiro da obra. A cravação de estacas não é aconselhável em zonas urbanas devido ao ruído e às vibrações. A energia de cravação tem que ser adequada para que não sejam danificadas as estacas ou o solo.
  • 105.
  • 106. Vantagens: As condições de fabrico das estacas permitem garantir os recobrimentos logo é difícil a corrosão das armaduras. A estaca não é afectada pela água subterrânea durante a presa. Antes da cravação pode-se controlar e garantir a qualidade do concreto armado. Desvantagens: Uma utilização deste das principais desvantagens da tipo de estacas é que causam movimentos no solo durante a cravação. As estacas podem ficar destruídas normalmente na parte superior. Causam ruídos e vibrações incómodas em zonas urbanas.
  • 107. Fundações com Estacas Moldadas Em primeiro lugar executa-se o furo através do trado caso os terrenos tenham consistência suficiente, se não recorre-se à cravação de um tubo moldador (solução utilizada em terrenos com água corrente). O movimento de retirada do tubo não pode ser muito rápido para que não deixe desprotegido o concreto fresco, mas também não pode ser muito lento para que o concreto armado não ganhe presa às paredes do tubo.
  • 108. Vantagens: Uma das principais vantagens das fundações por estacas moldadas é que a sua execução não origina ruído ou vibrações no solo, pelo que podem ser utilizadas em zonas urbanas. As condições do solo são pouco afectadas. A retirada de terreno permite ter um controlo sobre as características dos terrenos atravessados e atingidos. Desvantagens: Um dos principais problemas na utilização deste tipo de fundações por estacas é que não é possível controlar a qualidade final do concreto. Não existem garantias da existência ou não de defeitos ao longo da superfície lateral das estacas. Possibilita desvios da verticalidade e arrastamento do concreto durante a presa.
  • 109. Fundações com Micro-Estacas As fundações com micro-estacas são de pequeno diâmetro, oscilam entre quinze a vinte centímetros, é necessário a utilização de equipamento mais ligeiro para a sua execução. São muito utilizadas em engenharia para reforço de fundações existentes.
  • 110. Estacas de Madeira As estacas de madeira nada mais são do que troncos de árvore (os mais retos possíveis) cravados no solo com bate-estacas de pequenas dimensões e martelos leves. Antes da difusão da utilização do concreto, elas eram empregadas quando a camada de apoio às fundações se encontrava em profundidades grandes.
  • 111.
  • 112. Os tipos de madeira mais usados são eucalipto, aroeira, ipê e guarantã. A madeira tem duração praticamente ilimitada quando mantida permanentemente submersa. Entretanto, quando submetida à variação de nível d’água apodrece por ação de fungos aeróbios que se desenvolvem no ambiente água-ar. Por isso, a durabilidade das estacas de madeira está condicionada a privá-la de um desses fatores; como no solo é praticamente impossível obter um meio completamente seco, o fator a eliminar é o ar. Entre as atuais obras brasileiras com fundações em estacas de madeira pode-se citar o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, construído em 1905.
  • 113.
  • 114. As estacas de madeira enquadram-se na categoria das estacas de deslocamento, caracterizadas por sua introdução no terreno através de processo que não promova a retirada de solo. A cravação das estacas pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração, e a escolha do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo, dimensão da estaca, características características do solo, condições de vizinhança, do projeto e peculiaridades do local. A cravação por percussão é o processo mais utilizado, utilizando-se para tanto pilões de queda-livre ou automáticos.
  • 115. Estacas escavadas Na ocorrência de cargas elevadas, em obras de vulto N tal que justifique a mobilização do equipamento, o tipo de estaqueamento correntemente mais adequado é o de estacas de grande diâmetro moldadas “in loco”, com perfuração mecânica a rotação, e eventual emprego de lama bentonítica.  A lama bentonítica trata-se de um material tixotrópico que em dispersão muda seu estado físico por efeito da agitação (em repouso é gelatinosa com ação antiinfiltrante; agitada fluidifica-se). Seu efeito estabilizante é eficaz quando a pressão hidrostática da lama no interior da escavação é superior à exercida externamente pelo lençol e a granulometria do terreno é tal que possa impedir a dispersão da lama.  A coluna de lama exerce sobre as paredes da vala uma pressão que impede o desmoronamento formando uma película impermeável denominada “cake”, a qual dispensa o uso de revestimentos.
  • 116. O uso desse tipo de estacas tem se difundido largamente pela facilidade e rapidez de execução e pela adaptabilidade a diversos tipos de terreno, bem como o seu imediato conhecimento visual. As estacas de grande diâmetro executadas por perfuração a rotação podem ser feitas junto a construções existentes, devido à total ausência de vibração, podendo atingir profundidades de até 70 metros
  • 117. Convém ainda lembrar que as estacas escavadas de grande diâmetro podem ser executadas em presença de lâmina d’água, o que ocorre em obras marítimas e em construção de pontes. Nesse caso, a escavação mecânica e a concretagem submersa são precedidas da cravação de camisa metálica por intermédio, em geral, de martelo vibratório. Os equipamentos, quando necessários, serão montados em plataforma flutuante (barcaças de convés chato). As camisas metálicas poderão ser perdidas ou recuperadas.
  • 118.
  • 119. Paredes diafragma A parede diafragma consiste em se realizar, no subsolo, um muro vertical de profundidades e espessuras variáveis, constituídos de painéis elementares alternados ou sucessivos, e aptos a absorver cargas axiais, empuxos horizontais e momentos fletores. A parede poderá ter função estática ou de interceptação hidráulica, podendo ser constituída de concreto simples ou armado, pré-moldada ou de coulis, conforme o escopo a que se destinar. Utilizada inicialmente na construção de “cut-off” de barragens para interceptação de fluxos de infiltração, passou a ser aplicada na solução de grande número de problemas.
  • 120.
  • 121. Parede diafragma pré-moldada As paredes diafragma pré-moldadas são constituídas por uma série de elementos em concreto armado, preparados em usina ou no próprio canteiro. Esses painéis são dimensionados e armados para responder às solicitações a que serão submetidos.
  • 122.
  • 123. Parede diafragma plástica A parede diafragma plástica é uma barreira vertical escavada com a utilização de “coulis” (mistura de cimento, bentonita e água), com o objetivo de reduzir a percolação horizontal da água. Para melhorar sua eficiência, a parede deve penetrar na camada de solo impermeável subjacente.
  • 124. • Especificação da Betonita Sódica: Espessante mineral ecologicamente correto, derivado de Bentonita vulcânica composta por Silicato de Alumínio Hidratado sem adição de produto químico, possuindo as características de Inchamento, Viscosidade e Tixotropia que permite a formação de ESPESSANTES Consistentes e Estáveis que V olumosos, originam Viscosos, produtos resistentes e duráveis.
  • 125. Estacas barrete Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, o tipo de estaqueamento que também pode ser utilizado é o de estacas tipo barrete, que são estacas de secção retangular derivadas de um ou mais painéis de parede diafragma e utilizados como elementos portantes de fundações em substituição às estacas de grande diâmetro.
  • 126. Suas vantagens são: conhecimento imediato e real de todas as camadas atravessadas; ausência de vibração; gradual adaptação da estaca às condições físicas do terreno, com sensível incremento do atributo lateral; possibilidade de atingir grandes profundidades (até 70 metros); possibilidade de executar a estaca em praticamente todos os tipos de terreno, com nível de água ou não, e atravessar matações com a aplicação de ferramentas especiais (hidrofresa); redução no volume de concreto nos blocos de coroamento.
  • 127.
  • 128. Estacas hélice contínua O uso das estacas hélice contínua existe há vários anos e a sua origem foi nos Estados Unidos. Além da execução da estaca, o equipamento de hélice contínua pode ser usado ainda para: - Execução de pré-furos para implantação de perfis metálicos ou estacas pré-moldadas em terrenos resistentes, onde a simples cravação poderia danificar a cabeça das estacas; - Constituir uma cortina com estacas espaçadas e concreto projetado entre elas.
  • 129. Em função do torque dos equipamentos ter aumentado significativamente nos últimos anos, tem sido possível executar estacas de maiores diâmetro e bem mais profundas, além de se poder perfurar terrenos cada vez mais resistentes. Uma das mais importantes características da estaca hélice contínua é que não produz vibrações, por isso é muito usada em centros urbanos e nas áreas que possuem equipamentos sensíveis.
  • 130. Instrumentação / Controle de qualidade • Sem dúvida um aspecto importante na execução de estacas hélice contínua é a possibilidade de se monitorar toda a execução garantindo assim o controle da perfeita execução e qualidade da estaca. • O advento da instrumentação confiável tem aumentado a compreensão da técnica de execução dessas estacas e trazido, assim, mais confiança ao método.
  • 131.
  • 132. Estacas raiz As "estacas-raiz" (pali radice, root pile) são estacas escavadas de pequeno diâmetro, concretadas “in situ” com injeção, e estão sendo utilizadas, nos últimos anos, de maneira sempre mais freqüente. As estacas raiz se constituem, de fato, num dos processos mais difundidos no campo das obras de reforço de fundações, consolidação de taludes e de fundações normais ou de tipo especial, em presença também, e sobretudo, de terrenos particularmente difíceis, por exemplo, com presença de matacões e rocha.
  • 133. As principais características típicas da estaca e que permitem de fato resolver com sucesso a maior parte dos problemas ligados com reforço de fundações e consolidação de terrenos são: Alta capacidade de carga com recalques muito reduzidos; Possibilidade de execução em área restritas e alturas limitadas; Perturbação mínima do ambiente circunstante; Podem ser executadas em qualquer tipo de terreno e em direções especiais; Podem ser executadas com utilização a compressão ou a tração.
  • 134.
  • 135. Melhoramento de solos Nas últimas décadas é cada vez maior a quantidade de projetos de engenharia civil construídos sobre espessas camadas de solo mole. Nestas condições, se faz necessária a utilização de métodos de melhoramento de solo com o objetivo de aumentar a sua capacidade de carga e de minimizar os efeitos de recalques absolutos, trazendo grandes diferenciais à construção.
  • 136. Vibrocompactação Recomendado para solos granulares ou ligeiramente coesivos, como pedregulhos e areias, é geralmente considerada uma técnica ideal para suportar cargas elevadas. No entanto, estes solos em seu estado natural são caracterizados extremamente por um estado de compactação não uniforme. Sobrecarregá-los com cargas estruturais pode levar a grandes recalques diferenciais, que resultariam em danos estruturais. Por aplicação da técnica de Vibrocompactação é possível transformar as camadas do solo de forma rápida e economica, deixando-o com ótimas características de suporte de carga.
  • 137.
  • 138. Colunas de brita Em solos coesivos, suas as partículas não podem ser reorganizadas por impulsos de vibração por vibrocompactação. Porém um aumento considerável na capacidade de carga pode ser alcançado nestes solos pelo processo de colunas de brita. Através dessa técnica, colunas de brita são construídas por um vibrador de profundidade especialmente adaptado e equipado para esse processo. As colunas de brita têm maior resistência ao cisalhamento e rigidez em comparação ao solo circundante. Ao mesmo tempo, o solo circundante fornece apoio lateral para as colunas de brita e, assim, cria-se a interação coluna-solo.
  • 139.
  • 140. Drenos verticiais fibroquímicos Os drenos verticais ou fibroquímicos são utilizados para terrenos argilosos moles e pouco permeáveis. Tornam possível a eliminação rápida de água do solo, ocasionando uma grande redução no tempo que seria necessário para um pré-adensamento e, consequentemente, aceleração de recalques. O sucesso de um projeto de aceleração de recalque feito com a utilização de drenos verticais (fibroquímicos ou não) depende de uma análise bem feita - de campo e laboratório - das propriedades do solo a ser melhorado.
  • 141.
  • 142. Mistura de solo in situ (CSM) • A técnica de Mistura de solo in situ, também conhecida como Cutter Soil Mixing (CSM), teve seu princípio tecnológico originado nos EUA, onde em 1954 um misturador com uma rosca sem fim foi utilizado para misturar o cimento com o terreno, porém, esta tecnologia no seu formato atual foi desenvolvida na Suécia e no Japão. (Geofluid, 2009).
  • 143. O processo Cutter Soil Mixing (CSM) consiste na construção de um painel impermeável in situ, de geometria muito parecida à de uma parede diafragma. Porém, diferentemente do processo de execução de paredes diafragmas ou de outras estruturas subterrâneas, o solo não é retirado da cava, portanto, nos casos de remediação de solos contaminados, o mesmo é tratado através da mistura com cimento Portland e/ ou outras substâncias químicas. Evita-se, assim, o transporte para aterros e disposição final em locais especiais.
  • 144. Objetivos Quebra da estrutura do solo; Mistura da calda com a matriz do solo; Criação de uma estrutura homogênea solo-calda. Aplicações Construção de cut-off de barragens; Paredes de contenção; Encapsulamento in situ de áreas contaminadas; Contenção de estruturas vizinhas.
  • 145.
  • 146. Hidrofresa • Parede diafragma é uma solução comum praticada na engenharia, quer seja em obras civis ou hidráulicas. A solução convencional de execução de paredes diafragmas é muito limitada em sua aplicação para escavação em rocha. Nesse caso, a solução muitas vezes é feita tradicionalmente com o uso de trepanação, que tem grandes limitações e dificuldades executivas, e, portanto, uma produção muito baixa.
  • 147. Vantagens Sistema usado para escavação até 120m de profundidade; A qualidade das juntas entre painéis é muito melhorada em função da superposição que se cria no momento da escavação do painel secundário; Permite escavar rocha acima de 100 MPa. Aplicações Cut-off - barreira impermeável; Paredes diafragma para contenção; Elementos isolados como fundação (barretes).
  • 148.
  • 149. Tirantes • Tirante são elementos de ancoragem que nos permitem transferir, por tração, para o interior do maciço, esforços de uma superfície, através de cabos ou monobarras de aço. Os tirantes são agrupados em três tipos: de barra, de fios e de cordoalha.
  • 150. Suas principais aplicações são: Contenção de taludes em solo e rocha; Sustentação de paredes para escavação profunda; Ancoragem de lajes para combater a subpressão; Fixação de estruturas especiais, quer em solo ou rocha.