O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
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1. A Filosofia
A origem da filosofia
Alan Ricardo de Sousa Araújo
A FILOSOFIA
De acordo com as
DCN
Adaptado por
Alan Ricardo de Sousa Araújo
A origem
Marilena Chaui
2. A palavra filosofia
A palavra filosofia é grega. É composta por
duas outras: philo (philo) e sophia (sophia).
Philo (philo) deriva-se de philia (philia), que significa
amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais.
Sophia (sophia) quer dizer sabedoria e dela vem a
palavra sophos (sophos), sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria,
amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo
saber, deseja saber.
3. A palavra filosofia
A filosofia indica um estado de espírito, o da
pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento,
o estima, o procura e o respeita.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos
(que viveu no século V antes de Cristo) a
invenção da palavra filosofia.
O filósofo, segundo Pitágoras, referindo-se aos
jogos olímpicos, não é um mercador do
conhecimento, nem um “atleta intelectual” é,
sim, alguém movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações,
a vida; em resumo, pelo desejo do saber.
4. A verdade
A verdade não pertence a ninguém, ela é
o que buscamos e que está diante de nós
para ser contemplada e vista, se tivermos
olhos (do espírito) para vê-la.
5. A filosofia é grega
A filosofia, entendida como aspiração ao
conhecimento racional, lógico e sistemático da
realidade natural e humana, da origem e causas do
mundo e de suas transformações, da origem e
causas das ações humanas e do próprio
pensamento, é um fato tipicamente grego.
Quando se diz que a filosofia é um fato grego, o
que se quer dizer é que ela possui certas
características, apresenta certas formas de pensar
e de exprimir os pensamentos, estabelecer certas
concepções sobre o que sejam a realidade, o
pensamento, a ação, as técnicas, que são
completamente diferentes das características
desenvolvidas por outros povos e outras cultuas.
6. Sabedoria
O pensamento chinês toma duas características
(feminino = Yin e masculino = Yang) existentes em
alguns seres (os animais e os humanos e considera
que o Universo inteiro é feito da oposição entre
qualidades atribuídas a dois sexos diferentes, de
sorte que o mundo é organizado pelo princípio da
sexualidade animal ou humana.
Outras sabedorias: hindu, japonesa, árabe, persa,
hebraica, dos africanos e índios.
7. Filosofia
O pensamento de Pitágoras, por sua vez, apanha a
Natureza numa generalidade muito mais ampla do
que a sexualidade própria a alguns seres da
Natureza, e faz distinção entre as qualidade
sensoriais que nos aparecem e a estrutura invisível
da Natureza, que, para ele, é de tipo matemático e
alcançada apenas pelo intelecto, ou inteligência.
Em outras palavras, filosofia é um modo de pensar
e exprimir os pensamentos que surgiu
especificamente com os gregos e que, por razões
históricas e políticas, tornou-se, depois, o modo de
pensar e de se exprimir predominantemente da
chamada cultura européia ocidental e de suas
colônias.
8. Sabedoria / Filosofia
São diferentes. Os indícios que temos nos
levam a dizer que existe uma sabedoria
chinesa, uma sabedoria hindu, uma sabedoria
dos índios, mas não há uma filosofia chinesa,
filosofia hindu ou filosofia indígena.
Através da filosofia, os gregos instituíram para o
Ocidente europeu as bases e os princípios
fundamentais do que chamamos razão,
racionalidade, ciência, ética, política, técnica,
arte.
9. O legado da filosofia grega para o
Ocidente europeu
Por causa da colonização européia das
Américas, nós também fazemos parte –
ainda que de modo inferiorizado e
colonizado – do Ocidente europeu e assim
também somos herdeiros do legado que a
filosofia agrega deixou para o pensamento
ocidental europeu.
10. Principais contribuições do
pensamento ocidental
Desse legado, podemos destacar como principais
contribuições as seguintes: a idéia de que a Natureza
opera obedecendo a leis e princípios necessários e
universais, isto é, os mesmos em toda parte e em todos
os tempos (Lei da gravidade universal de todos os corpos
da natureza – do filósofo inglês Isaac Newton, séc. XVII;
as leis geométricas do triângulo etc.)
A idéia de que a as leis necessárias e universais da
Natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso
pensamento.
A idéia de que nosso pensamento também opera
obedecendo as leis, regras e normas universais e
necessárias, segundo as quais podemos distinguir o
verdadeiro do falso
11. Outras idéias a partir do ocidente
A idéia de que as práticas humanas, isto é, a
ação moral, a política, as técnicas e as artes
dependem da vontade livre, da deliberação e da
discussão, da nossa escolha passional (ou
emocional) ou racional, de nossas preferências,
segundo certos valores e padrões, que foram
estabelecidos pelos próprios seres humanos e
não por imposições misteriosas e
incompreensíveis, que lhes teriam sido feitas
por forças secretas, invisíveis, sejam elas
divinas ou naturais, e impossíveis de serem
conhecidas.
12. Outras idéias a partir do ocidente
A idéia de que os acontecimentos naturais
e humanos são necessários, porque
obedecem a leis naturais ou da natureza
humana, mas também podem ser
contingentes ou acidentais, quando
dependem das escolhas e deliberação
dos homens, em condições determinadas.
Há uma diferença fundamental entre o
necessário e o contingente (acidente).
13. O ser humano cria valores
A idéia de que os seres humanos, por
Natureza, aspiram ao conhecimento
verdadeiro, à felicidade, à justiça, isto é,
que os seres humanos não vivem nem
agem cegamente, mas criam valores
pelos quais dão sentido às suas vidas e
às suas ações.
14. A filosofia e a verdade
A filosofia surge quando se descobriu que a
verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso, que precisasse ser
revelado por divindades a alguns escolhidos,
mas que, ao contrário, podia ser conhecida por
todos, através da razão, que é a mesma em
todos; quando se descobriu que tal
conhecimento depende do uso correto da razão
ou do pensamento e que, além de a verdade
pode ser conhecida por todos, podia, pelo
mesmo motivo, ser ensinada ou transmitida a
todos.
15. O nascimento da Filosofia
Os historiadores da filosofia dizem que ela
possui data e local de nascimento: final do
século VII e início do século VI antes de Cristo,
nas colônias gregas da Ásia Menor
(particularmente as que formavam uma região
denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o
primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
Além de possuir data e local de nascimento e de
possuir seu primeiro autor, a filosofia também
possui um conteúdo preciso ao nascer: é uma
cosmologia.
16. A cosmologia
A palavra cosmologia é composta de duas
outras: cosmos, que significa mundo ordenado e
organização, e logia, que vem da palavra logos,
que significa pensamento racional, discurso
racional, conhecimento.
Assim, a filosofia nasce como conhecimento
racional da ordem do mundo ou da Natureza,
donde cosmologia.
17. Mito e filosofia
A filosofia nasceu realizando uma transformação gradual sobre
os mitos gregos ou nasceu por uma ruptura radical com os
mitos.
Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa
(origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos
animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da
saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho,
das raças, das guerras, do poder etc.
A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos:
do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para
outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear,
designar). Para os gregos era um discurso proferido para os
ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque
confiam naquele que narra. É baseado em autoridades
baseados no testemunho ocular ou por meio ou de
acontecimentos narrados por terceiros.
O mito são narrativas incontestáveis e inquestionáveis, pois
pode vir dos deuses.
18. Exemplos de mitos
O mito, entre muitos outros, narra a origem do mundo e de
tudo o que nele existe. Vejamos três maneiras:
Encontrando uma rivalidade ou uma aliança entre os deuses que
faz surgir alguma coisa no mundo (Homero, na Ilíada,
narraTróiaXGrécia).
Encontrando as recompensas ou os castigos que os deuses dão a
quem lhes obedece ou a quem lhes desobedece, respectivamente
(o titã, Prometeu, mais amigo dos homens do que dos deuses;
Pandora e as desgraças humanas).
Encontrando o pai e a mãe das coisas e dos seres, isto é, tudo o
que existe decorre de relações sexuais entre forças divinas
pessoais. Essas relações geram os demais deuses: os titãs (seres
semihumanos e semidivinos), os heróis (filhos de um deus com uma
humana ou de uma deusa com um humano, as qualidades etc.
19. Cosmogonias e teogonias
A palavra gonia vem duas palavras gregas: do
verbo gennao (engendrar, gerar, fazer nascer e
crescer) e do substantivo genos (nascimento,
gênese, descendência, gênero, espécie). Gonia,
portanto, quer dizer: geração, nascimento a
partir da concepção sexual e do parto.
O mundo (cosmos) foi formado a partir de forças
geradoras (pai e mãe) divinas.
Teogonia é uma palavra composta de gonia e
theos, que, em grego, significa: as coisas
divinas, os seres divinos, os deuses. A teogonia
é, portanto, a narrativa da origem dos deuses, a
partir de seus pais e antepassados.
20. Ruptura com as cosmogonias e
teogonias
A filosofia nasce de uma ruptura radical com os
mitos:
A primeira ruptura deu-se nos fins do século XIX e
começo do século XX, quando reinava um grande
otimismo sobre os poderes científicos e capacidades
técnicas do homem. Temos a explicação científica da
realidade.
A segunda, foi dada a partir de meados do século XX,
quando os estudos dos antropólogos e dos
historiadores mostraram a importância dos mitos na
organização social e cultural das sociedades e como
os mitos estão profundamente entranhados nos modos
de pensar e de sentir de uma sociedade. A filosofia
surgiu, em grande parte, do interior dos mitos, como
uma racionalização deles.
21. Diferenças entre filosofia e mito
Podemos apontar três como as mais
importantes:
O mito pretendia narrar como as coisas eram
ou tinham sido no passado imemorial,
longínquo e fabuloso, voltando-se para o que
era antes que tudo existisse tal como existe
no presente. A filosofia, por sua vez, se
preocupa em explicar como e porque, no
passado, no presente e no futuro (isto é, na
totalidade do tempo), as coisas são como
são.
22. Diferenças entre filosofia e mito
O mito narrava a origem através de
genealogias e rivalidades ou alianças entre
forças divinas sobrenaturais e
personalizadas, enquanto a filosofia, ao
contrário, explica a produção natural das
coisas por elementos e causas naturais e
impessoais. O mito falava em Urano, Ponto e
Gaia; a filosofia fala em Céu, mar e terra.
23. Diferenças entre filosofia e mito
O mito não se importava com contradições,
com o fabuloso e o incompreensível, não só
porque esses eram traços próprios da narrativa
mítica, como também porque a confiança e a
crença no mito vinham da autoridade religiosa
do narrador. A filosofia, por seu turno, não
admite contradições, fabulação e coisas
incompreensíveis, mas exige que a explicação
seja coerente, lógica e racional; além disso, a
autoridade da explicação não vem da pessoa
do filósofo, mas da razão, que é a mesma em
todos os seres humanos.
24. Condições históricas para o
surgimento da filosofia
Quais as condições materiais, isto é,
econômicas, sociais, políticas e históricas que
permitiram o surgimento da filosofia?
Vejamos algumas das principais condições
históricas para o surgimento da filosofia na
Grécia:
As viagens marítimas;
A invenção do calendário;
A invenção da moeda;
O surgimento da vida urbana;
A invenção da escrita alfabética;
A invenção da política.
25. Principais características da
filosofia nascente
O pensamento filosófico em seu nascimento
tinha como traços principais:
Tendência à racionalidade, isto é, a razão e somente
a razão, com seus princípios e regras, é o critério de
explicação de alguma coisa;
Tendência a oferecer respostas conclusivas para os
problemas, isto é, colocando um problema, sua
solução é submetida à análise, à crítica, à discussão
e à demonstração, nunca sendo aceita como uma
verdade, se não for provado racionalmente que é
verdadeira;
26. Outras características
Exigência de que o pensamento apresente suas regras de
funcionamento, isto é, o filósofo é aquele que justifica suas idéias
provando que segue regras universais do pensamento (LNC,
LTE,LID).
Recusa de explicações preestabelecidas e, portanto, exigência de
que, para cada problema, seja investigada e encontrada a solução
própria exigida por ele;
Tendência à generalização, isto é, mostrar que uma explicação
tem validade para muitas coisas diferentes porque, sob a variação
percebida pelos órgãos de nosso sentido, o pensamento descobre
semelhança. e identidades. O pensamento generaliza porque
abstrai (isto é, separa e reúne os traços semelhantes), ou seja,
realiza uma síntese. Ex.: a água por causas naturais diferentes
(nos estados líquido, sólido, gasoso/ condensação, liquefação,
evaporação)
O contrário também ocorre. Muitas vezes nossos órgãos dos
sentidos nos fazem perceber coisas diferentes como se fossem a
mesma coisa, e o pensamento demonstrará que se trata de uma
coisa diferente sob a aparência da semelhança.
27. Campos de investigação da
filosofia
A história da Grécia costuma ser dividida pelos
historiadores em quatro grandes fases ou
épocas:
1 – a da Grécia homérica, correspondente aos 400
anos narrados pelo poeta Homero, em seus dois
grandes poemas, Ilíada e Odisséia;
2 – a da Grécia arcaica ou dos sete sábios, do século
VII ao s éculo V antes de Cristo, quando os gregos
criam cidades como Atenas, Esparta, Tebas, Megara,
Samos, etc., onde predomina a economia urbana,
baseada no artesanato e no comércio;
28. Campos de investigação da
filosofia
3 - A da Grécia clássica, nos séculos V e IV
antes de Cristo, quando a democracia se
desenvolve, a vida intelectual e artística entra
no apogeu e Atenas domina a Grécia com
seu império comercial e militar;
4 – e, finalmente, a época helenística, a partir
do final do século IV antes de Cristo, quando
a Grécia passa para o período do império de
Alexandre da Macedônia e, depois, para as
mãos do Império Romano, terminando a
história de sua existência independente.
29. Os quatro grandes períodos da
filosofia grega
Os períodos da filosofia não correspondem
exatamente a essas épocas, já que ela não existe
na Grécia homérica e só aparece nos meados da
Grécia arcaica.
Vejamos os quatro grandes períodos da filosofia
grega, nos quais seu conteúdo muda e se
enriquece:
1 = Período pré-socrático ou cosmológico, do final do
século VII ao final do século V a.C., quando a filosofia
se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e
as causas das transformações na Natureza.
30. Os quatro grandes períodos da
filosofia grega
2 – Período socrático ou antropológico, do final do
século V e todo o século IV a.C., quando a filosofia
investiga as questões humanas, isto é, a ética, a
política e as técnicas (em grego, ântropos quer dizer
homem; por isso o período recebeu o nome de
antropológico).;
3 – Período sistemático, do final do século IV ao final
do século III a. C., quando a filosofia busca reunir e
sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a
cosmologia e a antropologia, interessando-se
sobretudo em mostrar que tudo pode ser objeto do
conhecimento filosófico, desde que as leis do
pensamento e de suas demonstrações estejam
firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da
verdade e da ciência.
31. Os quatro grandes períodos da
filosofia grega
4 – Período helenístico ou greco-romano, do
final do século III a. C. até o século VI depois
de Cristo. Nesse longo período, que já
alcança Roma e o pensamento dos primeiros
padres da Igreja, a filosofia se ocupa
sobretudo com as questões da ética, do
conhecimento humano e das relações entre o
homem e a Natureza e de ambos com Deus.
32. Quadro geral – Período
cosmológico
1 – OS FÍSICOS TALES (625-558 a.C.) => A ÁGUA
= Materialismo jônico
= Qual é o princípio ANAXÍMENES (588-528 a.C.) => O AR
Material da natureza? = Água
ANAXÍMANDRO (610-548 a.C.) => O ÁPEIRON = Terra
= Fogo
= Ar
2 – PITÁGORAS (570 – 490 a.C.) = Metempsicose
= Panteísmo matemático. = A realidade é Desordem
= Qual é a substância = Os números são entidades
Imaterial originária? = Os números são regidos pelo UNO
33. Quadro geral – Período
cosmológico
= ZENON (séc. V a.C.) => O ser é imóvel
3 – A] OS ELEATAS
= O que é o Ser? = XENÓFANES (576-480 a. C.) => O ser é uno
(Idealismo)
= PARMÊNIDES (540-450 a.C.) => O ser é uno
CONCLUSÕES - Nada muda, tudo é sempre igual (ESTABILIDADE)
B] HERÁCLITO => Tudo muda, na Permanece (mudança – transformação)
= Materialismo - “Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio”
4 – EMPÉDOCLES => Síntese de Heráclito X Eleatas
5 – ATOMISTAS (Teoria dos átomos) => Demócrito (Átomos)
=> Anaxágoras (Homeomerias = pequenas
partículas/ inteligência organizada => Nóus – causa organizadora de tudo.
34. O Período Antropológico e Clássico
1 – O período Pré-socrático: desde o
berço da filosofia, em Mileto, (séc. VI a.C.)
até Sócrates.
Buscam o princípio constitutivo do
Universo. São Chamados de Físicos.
Abrange também o movimento sofista na
estruturação da “pólis” grega.
Procura o princípio da identidade e da
contradição. O que é o ser?
35. O período Clássico
SÓCRATES (469-399 a.C.) – a preocupação
com o homem e com o significado da existência
humana.
O que é o conhecimento?
A busca do diálogo, a ironia e a maiêutica como
métodos.
O perfil do filósofo – político.
O exercício da ironia, a crítica das tradições, dos
usos e costumes, do próprio regime
democrático grego decretam sua morte por “não
acreditar nos deuses e corromper a juventude”.
36. O período Clássico
PLATÃO (428-347 a. C.) – o dualismo grego é
sacralizado: o sensível e o espiritual, o bem e o
mal, a unidade e a pluralidade.
O mundo das sombras e o mundo das idéias. O
mito da caverna, o Bem Supremo.
A pólis exige a Justiça.
A “paidéia” prepara o cidadão para a “pólis”.
O filósofo é o mediador entre o sábio e o
ignorante.
37. O período Clássico
ARISTÓTELES (384-322 a. C.) – Historiador e
sistematizador de todo o pensamento grego
anterior.
É criador da Lógica Formal e sistematizador das
Ciências no Organon (Física, Matemática.
Lógica, Metafísica, Psicologia, Antropologia,
Ética, Política etc.).
É tido como o maior dos filósofos gregos e um
dos maiores da história da filosofia universal.
Marca o apogeu da filosofia grega.
38. Período Decadente
É composto por várias escolas que surgem com
a desintegração do império helenista, a ruína da
“pólis” grega e o poderio crescente dos
romanos.
Entre estas escolas destacamos:
O Helenismo.
O Ceticismo.
O Epicurismo.
O Estoicismo.
Os Cínicos.
O Neoplatonismo,
39. Período Decadente
O Helenismo – a expansão do “modus
vivendi” grego imposto ao resto do mundo
conhecido, através da conquista de
Alexandre Magno (séculos III e II a. C.).
Uma nova compreensão de mundo, mais
universalista e etnocêntrica, provocando
profundas crises e transformações.
Os romanos irão na esteira do império
helênico
40. Período Decadente
O Ceticismo – prega a indiferença teórica e
prática.
O ideal do sábio será a completa e absoluta
imperturbabilidade, o despojamento total e o
domínio das “paixões internas” até atingir a
“ataraxia” (tranqüilidade de espírito/ ausência de
paixão ou ação/ indiferença).
Os céticos desenvolvem um sentido de
relativização de tudo, tanto para com os usos e
costumes, a moral, como para o próprio
conhecimento.
41. Período Decadente
O Epicurismo – Epicuro (séc. II a. C.) prega o ateísmo, o
universalismo (o ideal do homem sem pátria) e o
individualismo, mas de uma maneira ainda mais explícita
que os Céticos.
Não há deuses nem verdades pelas quais se deva viver ou
morrer.
O ateísmo e a descrença é, para ele, condição para a
felicidade humana. O que deve fazer o homem, segundo
Epicuro? Fugir de...todo sofrimento, paixão e perturbação
(phátos). Procura da “ataraxia pessoal” (Eudaimonia).
O homem deve viver para buscar o prazer (hedoné = prazer
= não libertinagem/ racional/ contemplação absoluta/ a
serenidade e a fuga de todo sofrimento).
Para ter prazer é preciso “fugir da política e da religião que
só provam ilusões e sofrimento”. Cultiva a amizade (philia)
42. Período Decadente
Os estóicos (Zeno de Cítio) – radicalizam as
características do epicurismo. Todos os homens podem
ser sábios desde que dediquem-se às virtudes.
O principal meio de se conseguir a imperturbabilidade é
viver de acordo com a natureza e a Razão. Despreza,
pois, os prazeres em geral, porque muitos males
decorrem deles.
Elimina as paixões boas ou más (causadoras de
sofrimento.
O estóico deve aceitar com impassibilidade o seu destino.
O sábio estóico deve abandonar a família, a condição
social, pátria, raça etc. Deveria ser cidadão do cosmos.
Foi retomado em Roma por Sêneca e por Marco Aurélio,
imperador e filósofo.
43. Período Decadente
Os cínicos (Kyniros, de Kynos = cão)–
Sentimento de descrédito e pessimismo, próprio
de épocas de crise. Este período evoca o
episódio de Diógenes Laércio que anda pelas
ruas da cidade procurando, de vela acesa na
mão e durante o dia, “um Homem”, numa atitude
ferozmente crítica que demonstra a decadência
do ideal grego de Homem: guerreiro, atleta ou
legislador.
Indiferença às convenções, tradições etc.
44. Período Decadente
O Neoplatonismo – o cidadão grego e depois o romano procuravam
numa interioridade abstrata o refúgio e a compreensão ou satisfação
daquilo que a realidade já não lhe proporciona.
Espírito universalista – uso da língua Koiné – Produz sincretismo de
povos e culturas.
Surgem diversas seitas místico-filosóficas das quais destacamos o
Peoplatonismo.
Plotino prega a libertação do corpo, propõe o ideal do Bem Supremo
como objeto de Amor e o Uno (Nous) como demiurgo do Universo.
O objetivo da “alma humana” é fundir-se a este “deus filosófico” pela
contemplação e êxtase.
Para Plotino, que será depois assimilado por Santo Agostinho, a filosofia
já não ´pe mais uma pesquisa sobre o mundo (pré-socráticos) ou sobre
o homem e a “pólis” (Sócrates); nem ainda uma prática cívico-política
(Aristóteles), mas sim a aceitação de uma realidade divina e providente,
da qual todos fomos gerados por emanação.
Deste monismo emanacionista grego ao monoteísmo semita, ao deus
Pai e Providente é uma faísca.
45. Período decadente
“Repensando a filosofia platônica o
Neoplatonismo arremata o pensamento
grego, dominando a filosofia patrística e
medieval, até o séc. XIII d.C. quando sua
influência é substituída por Aristóteles...”.
(Mirador, p. 4.614).
46. A filosofia grega
“A filosofia grega não é apenas um período ou
uma época no desenvolvimento de um processo
histórico. É a origem e a matriz de toda a
filosofia e de todo o desenvolvimento ulterior do
pensamento europeu.
Descobrindo a razão, o “Logos”, com a essência
do mundo e do homem os gregos criaram as
categorias que contribuíram para o advento da
Ciência e da técnica, e a conseqüente
universalização do espírito ocidental.” (Mirador,
p. 4.614).
47. A filosofia romana
É um conjunto de escolas e seitas filosóficas no
período de transição do paganismo ao
cristianismo.
Seu elemento é a “Koiné” que realiza o
sincretismo grego – romano – judaico – oriental.
Destacamos:
o estoicismo – ascese cívica e política;
O epicurismo = a busca da ataraxia (tranqüilidade de
espírito/ ausência de paixão ou ação) e da aponia
(ausência de dor);
Neoplatonismo – Cícero e Sêneca;
A filosofia do Direito.
48. A Filosofia Medieval
Muitas datas são arroladas como marcos
iniciais da Idade Média.
A variedade de opiniões na diversidade
dos estudos e critérios de análise histórica
credencia a afirmação de que os períodos
históricos são idades de transição, sem
“princípios” ou “fim”, mas tempos
especiais de modificações progressivas e
excepcionalmente rápidos e significativos.
49. A Filosofia Medieval
As idades se sucedem em feixes de relações
causais e conseqüentes; na submersão gradual da
civilização antiga e na emergência da sociedade
medieval há toda uma rede de contraste e inter-
relações de valores, instituições e conceitos que
justificam e legitimam novas práticas.
As considerações analíticas sobre os diversos
níveis institucionais levam a datas diversas, pois
as considerações históricas podem partir do
religioso, do político ou econômico, visto que todos
os campos sociais sofrem metamorfoses e
inovações.
50. A Filosofia Medieval
O período medieval é considerado como a
“fundação” do Ocidente e sem uma análise
profunda de suas raízes e rupturas não se
entende o confuso tempo moderno ou mesmo
contemporâneo.
Conceitos modernos como a igualdade perante a
lei, as responsabilidades pessoais e o próprio
conceito de indivíduo no corpo social não podem
ser entendidos sem raízes na Idade Média.
Carrol Bark vai nos dizer: “A Idade Média é o
canteiro das tradições modernas, o período da
história em que tantas idéias deitaram as
primeiras raízes num solo muito rochoso.
51. A Filosofia Medieval
Podemos considerar como princípio do processo
medieval a gestação de várias idéias, instituições
básicas, valores e modo de vida subseqüente ao
declínio de Roma no Ocidente.
Muitos pontos de vista diferentes consideram a Idade
Média como um amontoado de realidades diversas: o
renascimento, o racionalismo iluminista, o romantismo.
Tais considerações privilegiam determinados pontos de
vista na sua análise, resultando em recomposição
histórica parciais.
A Idade Média deve ser encarada e estudada de
maneira mais global e sempre aberta.
52. A Filosofia Medieval
Não se deve menosprezar a história
teológica da Idade Média. Carrol Bark diz:
“A teologia não só influencia sobre
questões de economia, educação,
organização eclesiástica, arte, mas
desempenha ainda um papel decisivo na
política interna e externa”.
53. A Filosofia Medieval - cronologia
Século II/V – IX – Patrística.
Formação: Séc. IX – XII – Escolástica.
Apogeu: Séc. XII – XIII.
Decadência: séc. XIV – XVIII.
O acontecimento histórico característico é a
fundação no império Carolíngio das “Scholas”,
controladas pela Igreja, que assumem a tradição
aristotélica.
É o apogeu da Escolástica com a figura singular de
Santo Tomás de Aquino.
Teocentrismo absoluto. Subjacente ao tomismo cria-
se uma corrente realista de análise do mundo.
54. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
A época moderna é considerada aquela
marcada pelo triunfo do projeto novo de
sociedade, capitaneado pela burguesia
em suas diversas etapas, trazendo
consigo uma visão científica, crítica,
antropocêntrica e racional do universo, do
homem e da sociedade.
55. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
A filosofia moderna é o triunfo das concepções aburguesas
em oposição à filosofia doutrinária e dogmática do fim da
Idade Média.
A estrutura medieval era explicada e justificada pela
teologia, produzida pelos clérigos como legitimadora da
ordem social hierárquica sagrada e fixista.
A filosofia fora reduzida à função de “serva da teologia”
circunscrita à função especulativa de descrição do mundo e
contemplação racional das verdades da fé.
Mas a burguesia surge das contradições medievais e usa a
filosofia precisamente como ruptura com o mundo
medieval.
56. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
Entende-se a filosofia que se inicia com René
Descartes no começo do século XVII e se
prolonga até o final do século XIX, coincidindo
com a destruição do mundo medieval, com sua
crise teológica, crise científica e crise política e
social, prefiguradas no Renascimento.
A todo este fenômeno damos o nome de
“Revolução Antropocêntrica”.
Em contraste com a filosofia medieval, religiosa,
dogmática, clerical, a filosofia moderna é
profana, crítica, leiga, procurando pensar não
por princípios de autoridade, mas conforme a
razão e ciência, baseados na racionalidade.
57. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
As linhas da Filosofia Moderna:
O Racionalismo Cartesiano – René Descartes
(1596-1650). “Penso, logo existo”.
O Empirismo Inglês (John Locke (1632-1704.
“Existo, daí eu sei que penso”.
O Idealismo Alemão – Immanuel Kant ((1770-
1831)
58. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
Ainda na tradição da filosofia moderna
destacamos:
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
Ludwig Feuerbach (1804-1872).
Karl Marx (1818-1883).
Auguste Comte (1798-1857).
Friedrich Engels (1820-1895).
Friedrich Nietzsche (1844-1900).
Sören Kierkegaard (1813-1855).
59. A Época Moderna – a ruptura
filosófica
Seria uma arbitrariedade reunir tais
filósofos em determinadas escolas
filosóficas.
Cada um destes representa uma linha
nova, sistema novo, para riqueza da
história da filosofia.
Com estes pensadores se lançaram as
bases do mundo contemporâneo, sem
esquecer as condições que os
produziram.