Antologia - A Minha Jornada me Fortaleceu

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por sistemas gráficos. A violação dos direitos é punível como
crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão
e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (art. 101 a 110
da Lei 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direitos Autorais).

Amanda Lima * Gercimar Martins
Organizadores
A Minha Jornada
me fortaleceu
1ª. Edição
Goiânia - GO
Antologias Brasil
2023

Copyright © Antologias Brasil 2023
Todos os direitos reservados
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer
meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos.
A violação dos direitos é punível como crime (art. 184 e
parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e
multa, busca e apreensão e indenizações diversas (art.
101 a 110 da Lei 9.610, de 19/02/1998, Lei dos Direi-
tos Autorais).
Capa, Projeto Gráfico e Editoração
Antologias Brasil
Editor responsável
Gercimar Martins
Publicação
Digital
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A minha jornada me fortaleceu. / Org. Amanda
Lima; Gercimar Martins. – Goiânia, GO: Antologias
Brasil, 2023. 1ª Edição.
98 p. : il. ; 21 cm [ DIGITAL ]
ISBN: 978-65-84517-46-2
1. Literatura Brasileira - Coletânea. 2. Poesia
I. Título.
CDU: B869-1
Índice para catálogo sistemático:
Poesias brasileiras – Literatura B869.1
Literatura brasileira – Coletânea B869.8
© 2023
Proibida a reprodução total ou parcial nos termos da lei.
Versão Digital.

Sumário
PREFÁCIO .............................................................................. 6
ALCINA MARIA SILVA AZEVEDO ............................................ 9
AMANDA LIMA......................................................................... 11
ANA LINS ................................................................................. 14
CARLA MAGALHÃES............................................................... 16
CÉLIA MARIA LEITE .............................................................. 19
CLAUDIA LUSTOSA ................................................................. 21
DANIELA ARFELLI .................................................................. 23
DÉBORA AVELINA FELIPE..................................................... 26
DIVANI MEDEIROS ................................................................. 28
ELAINE DOS SANTOS.............................................................. 32
ERLANI MARIA DE ANDRADE ............................................... 37
GERCIMAR MARTINS ............................................................. 40
GIH LEVY KOCH..................................................................... 42
JOSÉ PIERRE PINTO DE BITENCOURT................................ 44
LUCAS MELLO PIONER (LUCANO DA BÉTICA).................... 48
LUCÉLIA SANTOS.................................................................... 50
LUCIMAR RODRIGUES............................................................ 55
MARIA ANTONIETA GONZAGA TEIXEIRA............................ 58
MAURA LUZA FRAZÃO ........................................................... 60
NARI HUGEN ........................................................................... 66
NATIVIDADE SILVA................................................................. 72
NAUZA LUZA MARTINS - LUA DE VÊNUS ............................ 75
ODY DMITRI CHURKIN .......................................................... 77
RAFADARONCO....................................................................... 79
ROBERTA PEREIRA ................................................................ 82
SIMONE DE JESUS.................................................................. 85
SÔNIA FALCÃO........................................................................ 88
THANARA DYAS ...................................................................... 91
VÂNIA LÚCIA MALTA COSTA CATUNDA .............................. 93
ZÉLIA OLIVEIRA...................................................................... 96

Antologias Brasil
~ 6 ~
PREFÁCIO
Nas páginas deste livro, desvela-se uma jor-
nada de superação, resiliência e empoderamento
protagonizada por poetas extraordinários que,
comum a muitos, descobriram a força interior que
os impulsiona a percorrer caminhos de autodes-
coberta e empoderamento. Esta obra é um tributo
a todos os poetas comuns que se veem diante de
desafios cotidianos e que, com coragem e deter-
minação, escrevem a própria história com tintas
de perseverança.
A caminhada da vida é um intrincado labi-
rinto de experiências, e o relato desses poetas é
uma carta de navegação inspiradora para outros
que trilham seus próprios percursos. Cada capí-
tulo traz uma história única, uma vivência real, e
com cada uma delas mergulhamos nas profunde-
zas da alma, compreendendo como as lutas diá-
rias moldam seus espíritos e transformam suas
jornadas em lições valiosas para o mundo.
Embora não sejam figuras públicas ou cele-
bridades, esses poetas são verdadeiros heróis,
cujas vidas contêm lições de sabedoria capazes de
impactar corações e mentes. São histórias que
ecoam as vozes daqueles que muitas vezes foram

A Minha Jornada me fortaleceu
Amanda Lima * Gercimar Martins * Organizadores
~ 7 ~
silenciados, mas que encontraram sua voz interi-
or e fizeram dela um brado de mudança.
Esta obra é um convite para mergulhar nas
narrativas pessoais dos protagonistas que enfren-
taram adversidades, desafios e, muitas vezes, en-
frentaram a invisibilidade. Cada trajetória revela
que a força não é medida apenas pelos grandes
feitos, mas sim pelos pequenos passos dados, pe-
las escolhas corajosas e pelo amor próprio que
nutrem dia após dia.
Ao longo das páginas que se seguem, teste-
munharemos como a união desses poetas é o te-
cido que fortalece as tramas de suas vidas, tecen-
do uma rede de apoio que supera os obstáculos
da jornada. A irmandade se revela como uma fon-
te poderosa de inspiração, estendendo as mãos
umas às outras e erguendo-se em uníssono, não
para competir, mas para compartilhar sabedoria,
apoiar-se mutuamente e celebrar suas vitórias.
Ao ler as histórias destes poetas, compreen-
deremos que a busca de si mesmo é uma viagem
sem fim, repleta de descobertas que nunca ces-
sam. As adversidades não são empecilhos, mas
combustível para o crescimento pessoal, e o ca-
minho nem sempre é linear, mas é justamente a
complexidade de suas histórias que as torna au-
tênticas e genuínas.
Que a leitura destas páginas seja uma jor-
nada inspiradora, capaz de acender a chama da
resiliência e do autodescobrimento em cada leitor.
Que as histórias sirvam como um farol, ilumi-
nando os recantos escuros e desconhecidos de
nossas próprias vidas, nos impulsionando a abra-

Antologias Brasil
~ 8 ~
çar nossa força interior e encontrar a coragem
para enfrentar os desafios com um sorriso nos
lábios e determinação no coração.
Como amigo pessoal do Editor Gercimar
Martins do Grupo Editorial IGM, posso testemu-
nhar as oportunidades que ele tem empreendido
para transformar pessoas comuns em escritores
que podem com preço bom e qualidade, realizar o
sonho de muitos que é o de publicar um livro.
Que este livro seja uma ode à beleza dos es-
critores, à sua força inata e à capacidade de jun-
tos, transformar o mundo ao seu redor. Neste
oceano de narrativas, encontraremos não apenas
a jornada de algumas pessoas, mas também a
nossa, refletida em cada página. Porque somos
todos protagonistas de nossas próprias histórias
e, juntos, somos a sinfonia da mudança.
Gilson Azevedo
Professor e Escritor

~ 9 ~
Campinas - SP
Alcina Maria Silva Azevedo
A autora é paulista, reside em Campinas-SP, des-
de 1986. Livros publicados: Os Descasados, Ed.
Livro Pronto; Um Conto de Preto Babão; e Além
do nosso mundo, Ed. Costelas Felinas. Colabora-
dora da Plataforma Facetubes. Coautora em vá-
rias Antologias poéticas. Ganhadora de vários
prêmios e títulos e troféus. Destaque Literário
2021/Ed. Mágico de Oz.

Antologias Brasil
~ 10 ~
Meu troféu é a minha história
Alcina Maria Silva Azevedo
Meu troféu é a minha história
Minhas lutas me dão glória
Dificuldades surgem sempre
São sementes germinadas
Trazendo em cada momento
Uma vitória vencida
Na jornada desta vida.

~ 11 ~
Quirinópolis - GO
Amanda Lima
ORGANIZADORA
Poeta entusiasta, Escorpiana, Goiana, aspirante a
escrita literária (romancista), escreve poemas
desde seus 18 anos. Coautora em 7 Antologias
Literárias. Membro da AILB (Academia Internaci-
onal de Literatura Brasileira) e Poetas del Mundo
(Chile). Trilheira e apaixonada por esportes de
aventura, Trilhas e Rapel é o seu hobby nos mo-
mentos de descanso. Espaço Literário: amandali-
ma.poeta.in / Instagram: @amanda.poeta

Antologias Brasil
~ 12 ~
Desculpe...
Amanda Lima
Quando paro e olho para trás
Sou obrigada a ti pedir desculpas
Você tinha tantos sonhos, tantos planos. Você
queria um amor de conto de fadas, um emprego de
novela, uma família de comercial de margarina.
Mas a vida não é assim tão bela.
E minhas escolhas te impedia de viver o que você
tanto sonhou.
Então é isso, desculpa a mim mesmo, aquela me-
nina de sete anos que via o mundo como arco-íris
Hoje eu não vivi o que sonho, mas sou mais forte
que eu imaginei que seria
E não, não tenho o emprego dos sonhos, não tive
e não vou ter um príncipe e nem a família de co-
mercial de margarina.

~ 13 ~
Hoje não sou mais uma menina, sou uma mulher
Eu mesmo corro atrás do que eu quero, tento to-
dos os dias ter orgulho, sabendo que nem sempre
isso vai acontecer porque eu ainda sonho com o
nosso mundo de arco-íris.
Sabendo que a vida é preto e branco
Desculpa por não ter conseguido tornar nosso
sonho realizado.

Antologias Brasil
~ 14 ~
Mauá - SP
Ana Lins
Tenho três livros de Poesias, várias partições em
antologias poéticas.

~ 15 ~
Caminhada da poesia
Ana Lins
A minha jornada me fortaleceu,
Caminhos tortuosos eu percorri,
A cada desafio, mais eu cresci,
E assim, minha essência se construiu.
Com passos firmes, avancei sem temer,
Na trilha incerta, aprendi a persistir,
Das quedas, eu soube me erguer,
E meus sonhos, jamais deixei de perseguir.
A cada experiência, uma lição,
As cicatrizes contam minha história,
Nas batalhas, eu descobri a razão,
De lutar com coragem e ter memória.
A minha jornada me fortaleceu,
E hoje sou a soma do que vivi,
Com gratidão, meu ser floresceu,
E acredito que posso ir mais além,
aqui estou, eu sigo em ti.

Antologias Brasil
~ 16 ~
Hortolândia - SP
Carla Magalhães
PÓS-GRADUADA: Pós-Graduação e Especializa-
ção em Pedagogia do Movimento, Gestão de Qua-
lidade de Vida, Escola pública: relações com o
saber que afetam projetos de vida e trabalho e
extensão em Gestão de Formação Continuada
para professores Multiplicadores para Educação
de Pessoas Jovens e Adultas.

~ 17 ~
Ensinando e Aprendendo
com Experiências
Carla Magalhães
Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Ao desejamos
essas palavras queremos que nossa jornada seja
fortalecida com tudo que possa vir ocorrer. Atra-
vés desta autonarrativa descrevo uma breve apre-
sentação sobre aspectos da minha jornada de vi-
da, sobre como eu aprendi a ser quem sou, hoje...
Sou filha de uma mulher trabalhadora e de
movimentos sociais Dona Enalva, Sou mãe de
três filhos: Sabrina, Samantha e Luís Augusto,
estou na área da educação desde 1994, ensinan-
do e aprendendo com experiências:
1) Minha Infância;
2) A Faculdade de Pedagogia;
3) Minha Formação Escolar;
4) Minha vida na educação como trabalho;
5) Conflitos;

Antologias Brasil
~ 18 ~
6) Barreiras;
7) Dificuldades;
8) Conquistas;
9) Percepção sobre a escola;
10)Como eu aprendo a ser quem sou;
Tenho um desejo enorme de aprender e mul-
tiplicar o que aprendi para aprender novamente,
“EDUCAR NÃO É SÓ MOSTRAR CAMINHOS,
EDUCAR É CAMINHOS JUNTOS”

~ 19 ~
Fortaleza - CE
Célia Maria Leite
Nasceu aos 20.07.1952, cearense de Quixeramo-
bim, Ceará, Brasil. Psicóloga com ênfase em onco-
logia. Escritora e Pesquisadora. Coautora de mais
de 70 livros. Autora de 04 livros. Sócia Efetiva da
AJEB-CE e de academias nacionais e internacio-
nais. Recebeu a Comenda Dom Pedro II. Classifi-
cada em 06 concursos.

Antologias Brasil
~ 20 ~
Sou Ar
Célia Maria Leite
A jornada
Na meninice brincamos
Sopramos bolinhas de sabão
O ar generosamente as espalha
Livres a rodopiar longe
Das mãozinhas inocentes.
Vento leva a vida
Em caminhos,
Veredas tortuosas
Entre acertos e enganos.
Nas memórias do coração colecionou…
vidas amigas.
Na jornada
Vou em busca de um viver.
Alegro-me ao chegar no topo
Da maturidade com a cesta
Cheia de boas sementes…
Da montanha a contemplar
O tempo… vidas.
Na imensa plenitude
Abro a cesta e começou a soprar
As sementes ali guardadas.
As sementes voaram… se vão,
Elas querem germinar.
Sinto um buliço nos cabelos,
Deixo o vento me levar... voar
A jornada foi cumprida!

~ 21 ~
Senador La Rocque - MA
Claudia Lustosa
Francisca Claudia Nascimento Lustosa, professo-
ra da rede pública de ensino de João Lisboa-Ma e
SenadorLa Rocque-Ma. Licenciada em Matemáti-
ca desde 2011 pela UFSC, Universidade Federal
de Santa Catarina. Amante das artes e da litera-
tura, esteve em cartaz com duas peças teatrais no
Teatro Ferreira Gullart em Imperatriz -Ma.

Antologias Brasil
~ 22 ~
Uma mulher de armadura
Claudia Lustosa
Entre o cair das sombras e o alvorecer do dia
Lá estava ela, de pé, com sua armadura
Um velho machado sobre os ombros
E um côfo de palhas de babaçú
Tecidos pelas mãos de seu pai, que como ela
Não conhecia a sinuosa dança das letras.
O macete de mororó sobre o coco vergado
No amolado corte do maquinário do sertão
Ecoava uma canção fustigada e triste
Entre as elegantes palmeiras do cerrado
Que deixavam cair seus pêndulos amarelados
Para dar vida a muitas vidas.
Ao fim da tarde, o sol por trás das mangueiras
Anunciava a melhor hora do dia
Lá vinha ela, pele escura e queimada
Olhos turvos e semblante abatido pela labuta.
Dentro do côfo, gongos para o jantar
A noite fria e estrelada estava por vir.
Em seus braços, adormeceria segura e feliz
Sentindo o cheiro de azeite
Entranhado em seus longos e pretos cabelos
Enquanto ouviria suas desritimadas canções.

~ 23 ~
Teodoro Sampaio - SP
Daniela Arfelli
Mora em Teodoro Sampaio - SP. É mestra em Le-
tras. Tem licenciatura em Letras e Pedagogia. Par-
ticipa da Associação de Escritores e Ilustradores
de Teodoro Sampaio – AEITS. Escreveu o livro: O
Poder da Família – A arte de Viver e Conviver, em
coautoria com sua irmã gêmea Denise, em 2014.

Antologias Brasil
~ 24 ~
Vida roda - Roda vida
Daniela Arfelli
Na minha infância de quatro anos
Aprendi com dor e sofrimento
O que é querer ter e não ter.
Vida roda,
Roda vida.
Na manhã de junho,
A visita da madrinha
Minha irmã gêmea recebeu
E, para surpresa minha
Apenas um único vestido ela deu.
Dor e alegria emergiram simultaneamente
E a cada rodada do vestido
Que minha irmã dava,
O choro não cessava
Quanto mais rodadas,
Mais grito eu exalava.

~ 25 ~
Ao ver as ro-da-das do vestido
Eu aprendi a entender as rodadas da vida
Vida roda, roda vida,
Vida roda, roda vida,
Aprendi, desde pequena, a necessidade do perdão
Que os adultos não compreendem
Os sonhos que vem do coração.
E nas rodadas do vestido
Aprendi as rodadas da vida
A cada vida roda, roda vida
Lembro-me da minha mãe dizendo:
“Há sempre solução
Para cada problema em questão”.

Antologias Brasil
~ 26 ~
Brasília - DF
Débora Avelina Felipe
Cristã, mulher periférica, graduou-se pedagoga e
exerce sua profissão como orientadora educacio-
nal e, como professora-formadora, na Secretaria
de Estado de Educação no Distrito Federal. Pós
graduada em diversas temáticas educacionais. É
escritora literária e acadêmica, possuindo várias
publicações de capítulos, poemas, contos, crôni-
cas e livros.

~ 27 ~
Meus passos…
Débora Avelina Felipe
Ando.
Ando, por ais e cais,
Ando só.
Ando por estradas nuas
Passos que me levam à lua
Outra: solitária e só.
Ando para saciar o intelecto
Para concretizar o concreto
Ando pelo prazer de andar.
Sei que ando:
Ando pelo desejo de amar...
Só: ando...

Antologias Brasil
~ 28 ~
Natal - RN
Divani Medeiros
Natural de Várzea/PB, graduada em História,
pós-graduada em Processos Educacionais/UFRN;
Educação do Campo/IFRN; Didática da Educação
Integrada ao EJA. Atualmente Assessora Pedagó-
gica na Secretaria de Estado da Educação e da
Cultura, Do Esporte e do Lazer - Natal/RN.

~ 29 ~
Relatos de vivências e
aprendizados
Divani Medeiros
Abrindo a janela da existência, fiz uma reflexão.
Como aprendi, com os alunos, ao longo da minha
vida profissional.
Aqueles que, com peraltices, me questionavam.
Estudantes, ávidos por conhecimentos, impressi-
onavam.
Iniciei minha carreira profissional ainda jovem,
com muita empolgação.
Trajetória longa, com percalços e, na bagagem,
desafios.
O tempo passou e muitos alunos se tornaram
profissionais nas várias áreas do conhecimento.
Isso me possibilita perceber o quanto foi valioso
mediar tais conhecimentos.
Hoje, após trinta e quatro anos de educação, sinto
satisfação.
Cada rosto que encontro ao longo da estrada da
vida, recordo com gratidão,
o quanto aprendi com suas vivências.
Turmas heterogêneas que ramificaram aprendi-
zados e no baú da memória, ficaram registrados.

Antologias Brasil
~ 30 ~
Professor: semeia a semente
para florescer na mente
Divani Medeiros
Uma reflexão sobre a minha vida profissional
me faz entender que, ao longo dos trinta e quatro
anos de profissão, ser professora exigia coragem e
dedicação.
Mesmo com os percalços da vida e a não valo-
rização no início da trajetória, o giz nunca me dei-
xou na mão. Fez parte da minha história e memó-
ria. São anos de luta, resistência, conquistas e
aprendizados.
Com o passar do tempo, percebi que o curso
de Magistério foi um terreno fértil, como um jardim
com flores e espinhos, onde as flores brotavam co-
nhecimento, e os espinhos, fortalecimento. Na ja-
nela do saber, de cada instituição onde lecionei,
novos saberes e reflexões encontrei. Cheguei à
Universidade, lembrei das flores e dos espinhos e
continuei o caminho.

~ 31 ~
No percurso fiz algumas especializações que
me propiciaram revigoramento e um novo flores-
cer. Hoje reflito em minhas memórias e trajetórias
como consegui sobreviver diante de tantas mudan-
ças e inovações. Ponho-me a pensar como é com-
plexo ser professora a mais de três décadas e con-
tinuar na lida. Os paradigmas da educação que
enfrentei servem para mostrar o quão é importante
não desistir e sempre lutar, para que as novas ge-
rações tenham uma educação de qualidade e con-
sigam construir novos saberes e aprendizados com
perseverança e tenacidade.

Antologias Brasil
~ 32 ~
Restinga Seca - RS
Elaine dos Santos
De Restinga Seca/RS. Filha de Mario Cardoso dos
Santos e Vilda Kilian dos Santos (in memoriam).
Graduada em Letras, Mestre e Doutora em Estu-
dos Literários, pela Universidade Federal de Santa
Maria. Atuou como docente no ensino médio, gra-
duação e pós-graduação. É revisora de textos
acadêmicos. Cronista, com participação em diver-
sas antologias.

~ 33 ~
E há quem sonhe ser
adulto
Elaine dos Santos
Enfrentamentos, frustrações, tristezas. Do-
enças, mortes. Quem, ao chegar aos 60 anos, co-
mo eu, não tem histórias para contar?
Quando criança, queria muito ser adulta.
Quando adolescente, já havia revisto esse desejo.
Intuía que, com a passagem do tempo, não teria
mais os meus pais, o meu lar (desde 13 ou 14
anos, já firmara um compromisso comigo: não me
casar, não ter filhos. Egoísmo? Talvez).
Aos 24 anos de idade, perdi a minha mãe em
38 dias. Quis ser forte, não chorei. Dois anos de-
pois, faleceu a minha avó. Quis ser forte, não
chorei. Dois anos depois, o meu pai encontrou
uma companheira e disseram que eu deveria ser
forte, ele tinha direito a refazer a sua vida, passei
a morar sozinha. Quis ser forte, não chorei. Aos
30 anos, portanto, passados seis anos após a

Antologias Brasil
~ 34 ~
morte da minha mãe, eu chorei por quase dois
dias, tive uma crise hipertensiva e, quando procu-
rei o médico, ele disse: “Estava na hora de fazer o
teu luto”. Ah, pois é! Finalmente, alguém dizia
que eu tinha direito a sentir dor, tristeza, solidão,
medo, eu tinha direito a fazer luto pelas pessoas
que haviam falecido e pelo afastamento do meu
pai – que foi um tanto traumático.
Regressei à faculdade, cursei Letras, fiz mes-
trado em Literatura – dois cursos que me garanti-
ram aprender muito sobre ser humano, sobre in-
terpretação do que dizem seres humanos e perso-
nagens literários (ou vice-versa), trabalhei. Aliás,
o exercício da docência foi um caso ímpar: como
dizia uma das minhas professoras da graduação,
sou uma pata choca, daquelas que coloca todos
os patinhos embaixo do braço e “salvei vidas”,
empoderei pessoas.
Em escola ou na universidade, enfrentamos
a morte de professores, de alunos, de pais de alu-
nos, de irmãos de alunos e eu fui presença para
ensinar aos meus alunos, que ninguém precisa
“ser forte”, como costumam nos dizer diante do
passamento de alguém, disse-lhes que é preciso
chorar, fazer o luto, reclamar, revoltar-se.

~ 35 ~
Soube, anos depois, quando, em um aciden-
te de moto, faleceu um adolescente, que um dos
meus ex-alunos, irmão do rapaz morto, teria dito
que eu fora a única pessoa que lhe disse uma pa-
lavra de conforto: “Chora”.
Exatamente 24 anos depois da morte da mi-
nha mãe, eu estava diante do meu pai quando os
seus olhos perderam o viço da vida. Durante qua-
se cinco anos, ele enfrentara as graves sequelas
de um AVC e eu estivera com ele, fiz tudo que me
foi possível para dar-lhe qualidade de vida, en-
quanto familiares e alguns conhecidos diziam-me
que o colocasse em uma instituição para idosos.
Ele era meu pai, cuidou de mim. Cabia-me cuidar
dele. Chorei, fiz o meu luto, mas pus a minha ca-
beça no travesseiro com extrema tranquilidade,
cumprira – no caso da minha mãe e do meu pai –
o que entendia ser o meu papel como filha, guar-
dada as experiências de vida e as condições fi-
nanceiras.
Entendi que os jovens que cruzavam o meu
caminho precisavam – desde sempre –, nas mi-
nhas aulas de Literatura, conversarem sobre mor-
te e luto, e o fiz.
Durante a pandemia de Covid-19, em que
me recolhera por rigorosa orientação médica, o

Antologias Brasil
~ 36 ~
meu telefone e os aplicativos de mensagens foram
o contato com o mundo, incluindo ex-alunos que
enfrentaram a gravidade da doença em seus cor-
pos e de seus familiares, mas que viram avós,
pais, mães, irmãos sucumbirem. Uma ex-aluna,
grávida, precisou deixar o seu lar para encami-
nhar a documentação para o funeral da mãe e ela
me disse aquilo que, com certa frequência, eu
repito: “e pensar que, tantas vezes, almejamos ser
adultos”.
A minha jornada, de perdas e ganhos, como
é feita a jornada de todos nós, ensinou-me a im-
portância dos sentimentos vividos a seu tempo e
a relevância de não escamotearmos as nossas
dores. Como teria dito a jornalista Glória Maria,
nós vivemos as nossas vidas, ninguém vive por
nós, porque ninguém morre por nós.

~ 37 ~
Pedro II - PI
Erlani Maria de Andrade
Brasileira, nascida na cidade de Pedro II PI e resi-
dente na mesma. Graduada em Serviço Social
pela Faculdade Unopar, polo Pedro II. Há anos
apaixonada por poesia e atualmente desenvolve o
primeiro livro de poemas, em formato e-book, que
pretende lançar ainda em 2023.

Antologias Brasil
~ 38 ~
Caixa das lembranças
Erlani Maria de Andrade
Entrei na caixa das lembranças
Para reviver minha trajetória
Comecei pela infância
com seus dissabores e alegrias.
Amava ir à praça no Dia das Crianças
e ganhar lembrancinhas.
Depois veio o ensino médio,
foram três anos que passaram rapidamente.
Provas, sonhos e bagunças eram frequentes.
Vivi quatro anos na faculdade de Serviço Social.
Dias de aprendizado que jamais esquecerei.
Infelizmente, depois desse período
sobrevivi a dias terríveis
Que mudaram minha vida do avesso.
Que me fizeram entender que em parte,
já não serei mais a mesma.
Contudo ainda assim uma luz resplandeceu
Mostrando que a vida tem valor.
Foi a poesia, posso dizer, que me salvou
Em versos me inspirou a prosseguir.

~ 39 ~
Não desistir de mim.
Agora entendo que por mais que a vida dura
possa ser...
Sempre haverá um lindo e novo amanhecer
Para quem não desiste de acreditar.

Antologias Brasil
~ 40 ~
Goiânia - GO
Gercimar Martins
ORGANIZADOR
Natural de Rio Verde – GO (1993), Gercimar Mar-
tins é Poeta, Escritor, Professor Universitário,
Administrador, Mestre em Educação pela UFU,
autor de 5 livros de poemas e amante da Literatu-
ra. Membro da ALUBRA, AHBLA, AIL, AILB, AIS-
LA, CBJE, FEBACLA, AILAP, LITERARTE, NAIS-
LA, Movimiento Poetas del Mundo e, Membro
Fundador da ACLEMOD - Associação Cultural,
Literária e Educacional Mãos e Olhares Diferen-
tes. Instagram: @gercimar.poeta

~ 41 ~
Na Origem
Gercimar Martins
Na vida, é sempre importante,
Mesmo que em dificuldades ou conquistas
Jamais esquecemos a nossa origem...

Antologias Brasil
~ 42 ~
Curitiba - PR
Gih Levy Koch
Mãe, esposa e amiga. Nascida e criada na capital
paranaense, Curitiba. Aos 41 anos me encon-
trando na escrita, um hobby desde jovem, onde
pratico o gosth writer, mas sempre com o sonho
de tornar isso profissão. Agora trabalhando em
uma obra individual. E Com o apoio da família e
alguns amigos escritores, este sonho está se reali-
zando.

~ 43 ~
Você partiu
Gih Levy Koch
Você partiu e a tempestade que era minha alma,
está mais calma.
Chegou a hora de tentar seguir, me refazer.
Os dias ainda parecem ser iguais nas batalhas
desse meu coração teimoso, que insiste em ficar
na espreita das minhas fraquezas e angústias.
Ainda tenho uma força, quem sabe maior do que
penso. Em que posso domar esse sentimento.
Mesmo com a alma esmagada e dilacerada, sinto
que não sou mais eu.
Quando partiu, me deixou afogada na tristeza e
sua lembrança permanece na memória do tempo.
Me sinto frágil e forte ao mesmo tempo.
Sou sempre a mesma, mas não serei a mesma
para sempre.
Preciso deixar o passado no lugar onde ele tem
que ficar.
Talvez alguns gestos fiquem guardados por toda
uma vida, mas seguirei sem compreender.
Se o amor nos deixa "bobos"
Ou apenas nos devolve a sensação boa de viver!

Antologias Brasil
~ 44 ~
Porto Alegre - RA
José Pierre Pinto de Bitencourt
O autor nasceu em 1958, em Porto Alegre, no ex-
tremo sul do Brasil. É casado, pai e avô. Advoga-
do, atualmente aposentado, escreve por prazer
nas horas vagas.

~ 45 ~
Sob Velhos Cinamomos
José Pierre Pinto de Bitencourt
Cresci em um bairro do subúrbio da capital.
Na rua mais suburbana do bairro, em um daque-
les casarios de casas iguais, com portas iguais,
janelas iguais e pessoas iguais.
As fachadas das casas eram coladas umas
às outras, formando, para quem olhasse de fora,
um extenso paredão de portas e janelas idênticas,
que davam para a rua.
Cada casa tinha uma porta e uma jane-
la, que abriam diretamente para a rua. Não havia
pátio na frente das casas, apenas a calçada. Mas,
por trás da fachada contínua, tinham um peque-
no corredor lateral, que separava uma casa da
outra e um amplo pátio no fundo do terreno de
cada uma delas.
Era a rua mais polonesa da cidade e nós
éramos os únicos moradores dali que não tinham
descendência polaca. Mas isso parecia não fazer a

Antologias Brasil
~ 46 ~
menor diferença, todos os vizinhos se conheciam
e se reconheciam.
As crianças brincavam juntas e os adultos
ajudavam a cuidar das crianças uns dos outros.
Era o tempo das conversas nas janelas, do mate
compartilhado, do jogo de bola no meio da rua,
das portas e janelas sem grades, das cadeiras na
calçada.
E uma das lembranças mais vivas que trago
desse tempo era a imensa quantidade de bom dia,
boa tarde, boa noite, que eu ouvia todos os dias.
Todos se cumprimentavam, com um sorriso no
rosto e um olhar cordial. Aquela coisa antiga do
olho no olho, da cortesia e do respeito.
Cumprimentar uns aos outros, estabelecen-
do contato e desejando um bom dia, era a forma
de demonstrar que essa pessoa era reconhecida
como parte da gente.
Esse pequeno gesto fazia com que nos cons-
cientizássemos de como era bom sermos humil-
des, honestos, generosos e humanos acima de
tudo, embora ainda não soubéssemos disso, nós,
a criançada daquele tempo.
Tudo, é claro, acontecia num ritmo mais va-
garoso do que nos dias de hoje e a proximidade

~ 47 ~
das pessoas era maior, nas estreitas calçadas da
rua calma e sombreada de cinamomos, tão anti-
gos quanto o calçamento de paralelepípedos, já
gastos pelo pisoteio de muitas gerações. E essa
proximidade e essa lentidão facilitava a que as
pessoas pudessem reconhecer os rostos nas cal-
çadas e serem reconhecidas também.
Hoje os tempos são outros, é outro o ritmo
dos deslocamentos, outras são as pessoas. Nem
sei se ainda existe o casario que me viu crescer
ou se os velhos cinamomos ainda estão de pé.
O certo é que aqueles bom dia, boa tarde e
boa noite continuam até hoje comigo, guardados
na memória e no fundo da minha alma. E com-
partilhá-los com todas as pessoas que cruzam o
meu caminho é a forma que tenho de retribuir o
bem que eles me têm feito durante todos esses
anos.

Antologias Brasil
~ 48 ~
São José - SC
Lucas Mello Pioner (Lucano da Bética)
Médico e escritor. Publica textos em variados pe-
riódicos, tanto acadêmicos quanto leigos. Autor
de obras literárias em prosa (crônicas, contos e
causos) e também em verso (poesias livres e es-
truturadas), com o pseudônimo de Lucano da Bé-
tica. Participou de 57 Antologias como Autor e 02
como Organizador. Prefaciador. Instagram:
@lucanopoeta.

~ 49 ~
Jamais Desistir!!!
Lucas Mello Pioner (Lucano da Bética)
Valei-me minha Nossa Senhora,
E livrai-me de tanto quebranto.
Intercedei por mim nessa hora,
Com a ajuda de tudo que é santo.
Eu bem sei que falhei e não nego,
Pois dos pecados da carne abusei.
Mas, se a culpa, sozinho, eu carrego,
Metade é daquela com quem casei.
O "na saúde e na doença" foi rasgado,
E a morte nos separou ainda em vida.
Duas filhas, porém, são o nosso legado,
E toda mágoa será, por fim, absorvida.
Se engana quem acha que não deu certo,
Já que enquanto durou o amor foi eterno.
É momento de manter amigos por perto,
E riscar alguns nomes do meu caderno.
Caminhos diferentes tratarei de percorrer,
Novos destinos requerem novel trajetória.
Nada mais entre os dedos me vai escorrer,
No final da jornada encontrarei a vitória.

Antologias Brasil
~ 50 ~
Brumado- BA
Lucélia Santos
Escritora, poetisa, cronista, contista e antologista.
Graduanda em Educação Inclusiva. Autora dos
livros " O amor vai te abraçar e " Minha Infância
em poesia ". É coautora em diversas antologias
poéticas e prefaciadora de alguns livros. Publica
seus escritos também no Instagram
@poetisafalandodeamor

~ 51 ~
Está em suas mãos
Lucélia Santos
Ainda que estejamos em meio a uma tem-
pestade, podemos lutar para que tudo fique bem
novamente.
Sem deixar nos abater, podemos acreditar
em nós mesmos, que somos capazes e fortes o
suficiente para enfrentar os desafios da vida com
a cabeça erguida e correr atrás do nosso objetivo.
Sabendo que nada que é bom conseguimos, pre-
cisamos dar o nosso melhor nessa caminhada
desafiadora.
Os tombos que a vida nos dá, usamos como
uma lição, como um aprendizado para situações
posteriores.
Baixar a cabeça e demonstrar fraqueza, só
dificulta que realizemos os nossos sonhos.
Busque sempre sua melhor versão. Ao se
conhecer, verá que é bem mais forte do que ima-
gina e que nada pode o deter.
Se fortaleça! Seu sonho existe para ser reali-
zado por você. Não fique parado imaginando como
seria, lute para ver acontecer.

Antologias Brasil
~ 52 ~
Às vezes, no final do dia, tudo parece ter da-
do errado, daí enxergamos que foi uma pausa,
para voltarmos e procurarmos algo bem melhor.
Algumas tempestades vêm para clarear o nosso
caminho. Jamais desista de subir os degraus que
restam, é lá que está o que tanto procura.
Todas as adversidades podem ser supera-
das, acredite! Se cair, levante-se quantas vezes for
preciso, foi assim que aprendemos a andar de
bicicleta.
Tenha certeza de que tudo vai passar, as
provações sempre terminam.
Ser resiliente, não quer dizer que não vai do-
er, mudaremos o nosso percurso, terminamos de
subir os degraus, mas, às vezes, sofrendo ainda.
Não é uma tarefa fácil, mas, cada mudança
é um degrau acima, e aos poucos a dor vai fican-
do mais leve e chegará o dia em que essa dor su-
mirá de vez.
Enquanto isso nos fortalecemos, e por não
desistir, nossos sonhos e objetivos vão se concre-
tizando sem perder tempo.
A resiliência é um grito de revolta, mostra-
mos que o impossível não existe, e que nada pode
nos derrotar.
A escolha está em nossas mãos. Se vamos
baixar a guarda e desistir, ou levantar a cabeça,
não aceitar, e ir à luta! As suas realizações estão
em suas mãos.

~ 53 ~
Não vamos desistir
Lucélia Santos
Nós já remamos até aqui, foi uma longa via-
gem, cheia de obstáculos, noites frias, tempesta-
des, risco de morte, sede... o barco quase afun-
dou.
E onde estamos? Estamos aqui, estamos vi-
vos! Porque não desistimos. Estamos mais fortes,
porque aprendemos a usar as provações para su-
bir, ao invés de regredir. Somos fortes! Lutadores!
Vencedores!
Nesta longa viagem, nesta corrida pela vida,
chegamos até aqui.
O nosso maior inimigo, são os nossos pen-
samentos negativos, são as barreiras que criamos
na nossa mente, o muro que criamos na frente
dos nossos sonhos, e de tanto nos permitir pen-
sar assim, acabamos acreditando, e isso pode nos
paralisar, nos impedir de realizar grandes coisas.
Precisamos vencer cada batalha em nossa
vida, dando uma resposta positiva para cada pen-
samento negativo que tivermos. Se não conse-
guirmos algo ainda, vamos tentar até conseguir.

Antologias Brasil
~ 54 ~
Conseguimos fazer muitas coisas pelos ou-
tros, mas, e por nós? Onde fica o nosso amor
próprio? O nosso valor?
As tempestades não duram para sempre,
elas passam, e continuamos remando. E todo
mundo passa por dores ao batalhar, se não fizer-
mos por nós, ninguém fará.
Temos um poder dentro de nós, mais forte
do que imaginamos.
Não desistamos dos nossos sonhos, do que
nos deixará felizes e completos. Somos vencedo-
res, sobreviventes de uma pandemia.
Somos gratos! Sejamos gratos!
Vamos levantar todos os dias e repetir que
somos capazes, que somos vencedores, que va-
mos conseguir, repita todos os dias tudo o que
gostaria de ouvir sobre você, porque quem precisa
acreditar na nossa essência primeiro somos nós.
Todos os dias passamos por dores físicas ou
emocionais, mas, aguentamos firmes, pois vamos
virar essa página sempre, sem procrastinar, sem
desistir.
E quando aparecer um muro na nossa fren-
te, vamos tirar tijolo por tijolo, com nossas pró-
prias mãos.

~ 55 ~
Brasília - DF
Lucimar Rodrigues
Nasceu em Brasília, em 20/6/1960. Servidora
pública. Formada em Ciências Contábeis pela
AEUDF, com pós-graduação em Revisão de Textos
e Educação Inclusiva; Publicou em 2011, o Livro
"Eu e Meus Nós". Membro fundadora da Acade-
mia Cruzeirense de Letras, cadeira nº 4, patrono
Clarice Lispector.

Antologias Brasil
~ 56 ~
Confissão
Lucimar Rodrigues
Na fila dos penitentes,
Sigo lentamente
Em busca do perdão!
Rebusco meus pecados adormecidos,
Guardados, silenciados
Na fila dos penitentes.
Penso, medito, reflito,
Faço meu ato de contrição.
Na fila dos penitentes
Espero paciente pela minha vez.
Minha vida, meus afetos,
Meus crimes e castigos
Desfilam rapidamente
Caem no meu colo,
Saltam aos meus olhos
Na fila dos penitentes.
Num instante sou criança, jovem, adúltera, ado-
lescente
Uma senhora, na fila dos penitentes.

~ 57 ~
Cercada, à distância,
de outros tantos pensativos penitentes
Circunspectos, arrependidos, contritos...
Pecado!
Perdão!
A culpa, a reparação?
Sigo, mansamente,
Na fila dos penitentes,
Sou a próxima, me exaspero,
Pânico, me desespero!
Qual será minha penitência?

Antologias Brasil
~ 58 ~
Castro - PR
Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
Professora. Escritora. Artista Plástica e Poeta. Oi-
to livros publicados e participação em mais de
cem Antologias poéticas. Participação em Exposi-
ções no Brasil, Espanha, Portugal, Chile, Argenti-
na, Colômbia organizadas pela Yapó Arte e pelo
Curador Carlos Zemek.

~ 59 ~
Distância!
Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
O amor não conhece barreiras
O amor ultrapassa a linha do horizonte
O amor tange as estrelas
O amor atravessa o oceano.
O meu amor por ti
É maior do que o infinito
Sabemos que
“um oceano nos separa”.
Estamos distantes… E que distância!
Próximos em pensamentos.
A distância não nos separa
Porque nos amamos.
Nosso amor é regado todas as manhãs
E abençoado todas as noites
Com os desejos de gratidão pela vida
E as juras de amor eterno.

Antologias Brasil
~ 60 ~
São Luís - MA
Maura Luza Frazão
É de Monção-MA. Pedagoga/Psicopedagoga. Pro-
fessora da rede pública - MA. Membro Efetiva e
Perpétua da AMCLAM. Membro da FEBLACA;
ACLAJOL; AZL; AISLA; AILAB e FOCUS Brasil
Ney York; AILAP; SCLMA; AMEI; ABPS - Livros:
Nuances de Uma Essência; Revisitando Memórias
em Prosa & Versos; Poeticidade Latente. Coautora
em 150 Antologias.

~ 61 ~
Reflexões
Maura Luza Frazão
O tempo foi passando...
E passando...
E com ele as mudanças foram
acontecendo
De menina a mulher
De namorada a esposa
De filha a mãe
E por dentro?
Será que tudo mudou?
E o tempo foi passando
Muitos planos foram traçados
Sonhos realizados
Alegrias infinitas
E muitas lágrimas também
E o melhor de tudo...
De cada momento vivido
A alegria de compartilhá-los
Com meus entes queridos!

Antologias Brasil
~ 62 ~
E a cada novo tempo...
Precisei me reinventar
A dona de casa cedendo lugar
A profissional competente e compromissada
Com um pé no presente, o corpo e coração
Vislumbrando o futuro!
Assim, o tempo foi meu parceiro, amigo
Por me permitir
Alçar voos antes inimagináveis
Sempre ao lado
Daqueles que me são mais caros!

~ 63 ~
Reveses
Maura Luza Frazão
Sempre optei por viver
Não apenas em existir
E diante das adversidades
Quase sempre me sobressair
Quando à frente de obstáculos
Melhores resultados atingir
Sempre me divertindo com prazer e alegria
Reconstruindo meu caminho
Com as pedrinhas que encontro por aí
E assim seguindo em frente
Sem deixar a peteca cair
Sabendo que a vida é mais gostosa
Quando não nos deixamos abater.
Por isso viva e se deixe viver!
Ame e se deixe amar!
E faça dos revezes da vida
Um motivo para você se orgulhar!

Antologias Brasil
~ 64 ~
Saindo do casulo
Maura Luza Frazão
Permaneci no casulo tempo ideal
Sem pressa, sem precipitações
Abracei meus projetos, aspirações.
Fiel aos meus princípios
Muitas vezes precisei retroceder
Alguns obstáculos, quedas, tropeços
Levantei, alcei voo mais forte, completa.
Aparando arestas, blindando espaços
Fechando frestas
Seguindo em frente, singrando mares
Descortinando horizontes
Mesmo quando ventos fortes
Mudavam meu rumo
Desviando-me do meu norte.
Desbravando caminhos
Fortalecendo meus laços
Abraços, carinhos
Sempre alerta, preparada para a luta.

~ 65 ~
Desmistificando meus medos
Saindo inteira do casulo
Que por muitas luas
Foi meu parceiro de sonhos, segredos.

Antologias Brasil
~ 66 ~
São José - SC
Nari Hugen
Nascido em 05/09/1976, natural de Rancho
Queimado/SC, faz residência no município de
São José/SC. Sou casado com e tenho um filho.
Exerço a função de mestre de obras, sou escritor
e poeta com dois livros solo, O Íntimo de uma So-
lidão e Crônicas de um Sorriso. Sou coautor em
antologias, selos, haicais, e revistas de diferentes
editoras.

~ 67 ~
Gênesis da minha vida!
Nari Hugen
Fui privilegiado a abrir meus olhos e vislumbrar
esse mundo,
Ao sair do ventre de minha mãe que me concebeu,
Contemplando um mundo ardiloso,
Que desde o prefácio da minha história,
Eu...
Ainda um recém-nascido,
Fui confundido,
Com os super-heróis dos quadrinhos;
Era inverno, ano de muita geada,
Todas as manhãs gélidas,
Não vou verberar,
Pela exata hora do dia,
Vou fazer uso de verbos, e suas adjacências,
Para historiar a gênesis da minha vida,
E tão pouco o que me fez forte,
Tão forte que me vislumbra,

Antologias Brasil
~ 68 ~
Não esqueço de um dia,
Em uma manhã, de inverno fria,
E eu com doze anos...
Ou ainda próximo, vivenciando os onze,
Porque nato do mês de setembro,
Nos meados antes da primavera,
Talvez o último dia de geada do ano,
Na pacata localidade do Rio Scharf,
Um ponto perdido de Rancho Queimado.
Meu pai,
Tinha o costume de semear a batata inglesa,
Em cinco de setembro,
Data certa para ficar na memória,
Uma descrita na agenda de hoje,
E ao brotar da terra não ser morta pela geada,
O dia de meu aniversário,
Para antes do Natal ser colhida;
Antes mesmo de ser estudante,
tinha meus afazeres na roça,
Com a criação e todo trabalho do estábulo,
E minha ida a escola era feita a pé,
Pela estrada geral do Rio das Antas,
Na seca, poeira...
E em dias de chuva, lama...
Com meu chinelo havaiana,
Com os pés encarrancados;

~ 69 ~
Não havia na época acesso a calçado fechado,
Na moda estava o famoso kichute e a conga,
E ainda era típico o uso de tamancos,
Talvez o uso com meias feitas daqueles sacos...
Que vinha cereais nos atacados da época;
Como as estradas em sua maioria
tinha capim pelo corredor,
Muitas vezes o tamanco era abandonado na sarjeta,
Para ser pego na volta,
Porque a umidade o fazia ficar escorregadio,
Impossibilitando caminhar, se seguia descalço;
E como o dia anterior havia sido de chuva,
E ao crepúsculo já havia cessado o vento sul,
E varrido todas as nuvens,
Deixando o chamejar das estrelas pelo céu,
As poças da água ao longo da estrada,
No amanhecer congelaram,
Devido à baixa temperatura;
E eu com toda minha inocência de menino,
Matuto do interior,
Tomei de uma lasca de gelo,
E em minhas mãos,
O carreguei por uns três quilômetros até a escola,
Os dedos doíam e estavam avermelhados,
Praticamente com hipotermia;

Antologias Brasil
~ 70 ~
Com a chegada da professora,
Os outros colegas comentaram com ela da minha
travessura,
Que logo veio verificar...
E pasma acendeu fogo no fogão,
Para que eu esquentasse minhas mãos;
Lembro que estava com dor de cabeça,
Talvez consequência da minha arte,
Logo estavam aquecidas minhas mãos,
E criança logo esquece,
Diferente de ser adulto que até a saudade dói;
Muito cedo, antes mesmo de saber o que era escola,
Eu tinha meu aprendizado da vida
ao lado da minha família,
Enxada desgastada do meu pai,
com um cabo mais curto,
Era meu lápis,
E a terra cheia de capim,
O pergaminho a apagar as ervas daninhas,
E deixar a plantação;
Hoje escrevo e tendo não apagar
porque vem do coração,
A carpir, a plantar a semear,
Era do nascer do sol ao poente,

~ 71 ~
Quando dourado subia as montanhas a leste,
Sua luz,
Porque ele majestoso,
ao oeste em um vermelho ardil,
E na escuridão, ouvia o som do milho na cuia,
A sacudir os grãos a chamar os bichos,
Que vinham do pasto, para seus estábulos;
À luz de lamparina, no cheiro da querosene,
Paiol de telha côncava, minha alma dilacerada,
E por fim, da vida nada entendia,
A dimensão e o progresso,
Estava eu longe de entender,
Tudo era medo mútuo para comigo;
Hoje estou eu aqui vestido de minha humildade,
a verberar...
Reconheço a árdua passagem, pela terra tão fértil
que me esculpiu pela sola do pé!

Antologias Brasil
~ 72 ~
João Lisboa - MA
Natividade Silva
Professora, socióloga, ativista social e mestra em
Ciências Sociais. Atualmente é presidente da
Academia de Ciências, Letras e Artes de João Lis-
boa-MA.

~ 73 ~
Eu, inquietude
Natividade Silva
Nasci da árvore chamada Joana,
Seu lema sempre foi a coragem.
Por isso, eu como galho
dessa Mulher Vida, tornei-me
broto nascido em data especial.
Oito de setembro, festa da Natividade
De Nossa Senhora.
Meu nome, você já deve imaginar.
Maria Natividade, que chegou pra animar
o mundo de modo singular,
trazendo na sua carga ancestral
o sabor e dessabor de ser
menina, preta, maranhense
e de olhar plural.
Na minha árvore vida tive muitos jardineiros
Cada um, deixou seus cortes, afagos, e
Uma escrita de resistência e inquietude na
menina adolescente a mulher persistente.
Sou inquietude, no olhar e no pensar.

Antologias Brasil
~ 74 ~
Desistência e renúncia no meu trilhar
O meu hoje é fruto de todas as experiências
ruins e boas no caminhar.
não sei se sou forte,
o que bem sei
é que nunca estive sozinha,
disso não posso duvidar.
Tenho poucas e boas amizades.
Que enfeitam minha vida
mesmo sem eu chamar.
A minha bandeira
é a esperança do
Abraçar o mundo
E a minha amada mãe sempre honrar.

~ 75 ~
Brasília - DF
Nauza Luza Martins - Lua de Vênus
Nasceu em Monção/MA, reside em Brasília/DF.
Obras publicadas: Jogo de Palavras/17, Interlú-
dio Poético/20, Chiado Books; Despertar da En-
luarada/23, Versejar. Coautora em 140 Antologi-
as. Organizadora de dez Antologias Poéticas.
Membro de várias Academias Literárias e Entida-
des culturais. Detentora de Prêmios, Comendas e
Títulos diversos.

Antologias Brasil
~ 76 ~
Caminhada
Nauza Luza Martins - Lua de Vênus
Meu caminho sempre foi árduo
Troquei de estrada, segui direções
Cavei em pedras, construí passagens
Em veredas escuras, inóspitas...
Encontrei anjos que me guardaram
Fadas e duendes que me encantaram
Demônios que em alerta me deixaram
Nessa caminhada longa e fascinante.
Onde havia espinhos,
Fiz barreiras de calmaria
No asfalto, plantei rosas
Na lama ...procurei firmeza
Na sombra, me deitei
Viajei em delírios oníricos
Onde melífluos beijos de amor
Me acordaram para um caminho
De infinitas possibilidades
E inefáveis ternuras.
Sigo meu caminho com a aura da alegria...
Meu trunfo mágico para viver bem a vida.

~ 77 ~
Campina Grande do Sul - PR
Ody Dmitri Churkin
Mestre em Educação, Professor Pedagogo e Filó-
sofo, escritor, poeta, palestrante e pesquisador. A
literatura e a poesia são constantes companhias,
elo entre a inovação e a afetividade. Colecionador
de palavras e sotaques, amigo da intuição e da
inspiração que fazem morada aqui na querida
Campina Grande do Sul - PR.
odyfilosofia@gmail.com

Antologias Brasil
~ 78 ~
Vamos
Ody Dmitri Churkin
A vida é uma caminhada,
Senda de apegos e percepções distintas,
Uma jornada repleta de inquietudes e surpresas,
Tantas incertezas, buscas indefiníveis e inexplicáveis,
Ao olhar para trás, quantas recordações,
tantas lembranças,
Que se transformaram em cicatrizes,
lágrimas e experiências,
Marcas, rastros, legados, pegadas,
sorrisos e gargalhadas.
O presente, ....Gerúndio? Depois de tanto caminhar,
Entendimento, .... uma dádiva? Um Presente fortuito e
Efêmero,
O “Momento”, Tantas vezes desperdiçado,
despercebido,
Preterido, tantas vezes dito, Se foi...Lamento.
Viva, vives, vivas
Em direção ao Futuro...
Mais uma caminhada? Que seja repleta de esperanças,
Que as oportunidades não sejam desperdiçadas,
Que as perdas e paixões sejam encontradas,
Novas miradas e moradas,
Novas Jornadas, Vivo,
Caminho...

~ 79 ~
RafaDaronco
Há pouco mais de cinco meses escrevendo tem se
dedicado muito aos textos, leituras e com partici-
pações em Antologias das mais diversas se revela
como um poeta atual, versátil e ao mesmo tempo
muito emotivo e introspectivo.

Antologias Brasil
~ 80 ~
Como eu escrevo?
RafaDaronco
No bar me pergunta um amigo
“-Como eu escrevo?
Respondo:
“-Ao luto.”
Eu escrevo à dor e ao momento
Mas também escrevo na rua
Escrevo no banho
Escrevo ao relento
Escrevo quando durmo
Escrevo quando acordo
Quando no espelho olho
Quando eu transbordo
E quando eu nem almejo
Escrevo quando algo vejo
Quando fraquejo
Quando forte eu me sinto
Sem ausência e
sem pranto.
Escrevo no almoço
Na janta

~ 81 ~
Na madrugada.
Escrevo no papel
No celular
Nas paredes e
em qualquer lugar.
Escrevo quando desafiado sou,
Metido fico,
Talvez sou.
Se falarem que eu não consigo,
Para mim é combustível.
Escrevo quando for compatível.
Quando me entrego escrevo quase que em transe…
Os textos dançam comigo
E como numa valsa de 15 anos
Espero que eu nunca esqueça.
Que isso fique para sempre comigo
Com meus amigos
E se for positivo
Que fique com aqueles que eu,
Talvez,
Nem vou conhecer!

Antologias Brasil
~ 82 ~
Brumado - BA
Roberta Pereira
É Baiana, Historiadora, Especialista em Tradu-
ção, Interpretação e Docência em Libras, Especia-
lista em Educação Profissional Tecnológica Inclu-
siva e Escritora. É coautora em diversas antologi-
as, é autora do livro “Verdades de um Coração
Ferido” e também é colunista da Editora Valleti
Books.

~ 83 ~
Lágrimas Brilhantes
Roberta Pereira
Hoje o dia está cinza, e as lágrimas brilhantes
caem ao chão iluminando o caminho...
Como pétalas de rosas vermelhas, meu rosto co-
rado tenta não externar a dor que sente...
Mas a cada passo que dou, fica cada vez mais
difícil mostrar apenas a beleza das rosas.
Assim, olho para o céu estrelado a noite e penso
na imensidão do meu sorriso por contemplar ta-
manha beleza.
Assim, as lágrimas brilhantes começam a secar e
a rosa a desabrochar, deixando um cheiro doce
no ar por onde quer que ela vá.

Antologias Brasil
~ 84 ~
Para de fingir
Roberta Pereira
Para de fingir que está tudo bem...
Para de fingir que não sente dor...
Para de fingir que está feliz o tempo todo...
Esta, é apenas a utopia que querem nos vender!
No entanto, não somos obrigados a comprar essa
positividade tóxica!
Dê espaço para que você floresça e apareça,
mesmo que esteja com o coração cheio de dor...
Pois saiba que a felicidade não está na ausência
do sofrimento, mas, ela está na caminhada pela
estrada da vida.

~ 85 ~
Salvador - BA
Simone de Jesus
Pedagoga e Pós Graduada em Gestão Escolar,
Psicopedagoga, Especialista em Alfabetização e
Letramento, Especialista em Educação Infantil,
Contadora de histórias, Brincante, Palestrante em
Mediação de Leitura Escritora, Poetisa e Acadê-
mica pela Academia de Belas Artes do Rio Grande
do Sul

Antologias Brasil
~ 86 ~
As Pedras pelo Caminho
Simone de Jesus
A caminhada da vida
Começa na fecundação
Na correria desenfreada
Na competição
Para começar a VIVER
Já precisa começar a lutar
Pois, muitos ali
Já serão excluídos
E o que conseguir a vitória de nascer
E se tornar um ser
Logo vai entender
Que vai precisar
Lutar para sobreviver
Entre caídas e levantadas
Pedras e tropeços
Pelo caminho
Momentos sofridos, doloridos
Derrotas, perdas
Que às vezes temos de passar
É diante, desses problemas

~ 87 ~
Escorregões, sacrifícios
E até humilhações
Que aprendemos
E nos fortalecemos
Aumentando nossa coragem
Fé e determinação
Para não desistir e ficar no chão
Levantar e se erguer
Olhar para frente
E seguir
Caminhando sempre
E construindo com as pedras
Um lindo palácio
Forte
É a lição deixada para a nossa vida
Então.
Sigamos firmes
Confiantes
Caminhando
Sem olhar para o chão.

Antologias Brasil
~ 88 ~
São Miguel dos Campos - AL
Sônia Falcão
Baiana, radicada em São M. dos Campos- AL.
Graduada em Letras: Português / Inglês / Litera-
tura. Pós-graduada em Língua Inglesa, Gestão,
Coordenação Pedagógica e Psicopedagogia Insti-
tucional. Autora do livro "Através do Espetáculo
Nossa Saga Começou: Por Trás da Cortina nem
tudo é magia". Membro da Academia Internacio-
nal de Literatura Brasileira.

~ 89 ~
A jornada de uma guerreira
Sônia Falcão
Na vastidão da estrada que percorri,
Minha jornada se fez e me fortaleci.
Como uma semente, plantei meus sonhos,
Cultivei esperança nos caminhos tristonhos.
Metáfora viva de uma vida em movimento.
Na mochila, a história de anos compartilhados,
percorri trilhas incertas,
Mas aprendi que o amor está em todos os enredos.
No silêncio das palavras um eufemismo encontrei,
Nas entrelinhas das linhas,
Encontrei o meu valor,
Superando desafios, rompendo a dor.
Antítese de sombras e luzes encontrei em meu trajeto,
.
Sou uma guerreira de histórias,
Uma viajante do tempo,
Ergo-me com orgulho,
Pois minha jornada me fortaleceu.

Antologias Brasil
~ 90 ~
Renascer
Sônia Falcão
No fundo do meu ser,
Há um anseio por renascer.
Deixar para trás o que foi,
E abraçar um novo amanhecer.
Como a semente que cai na terra,
E é coberta pelo chão,
Eu também quero me entregar,
À transformação como uma borboleta saindo do
casulo.
Quero abrir minhas asas,
E voar em direção ao sol,
Quero sentir o vento em meu rosto,
E me entregar a um novo desafio.
Renascer é um processo,
Que envolve dor e beleza.
Mas é necessário para crescer,
E encontrar nossa verdadeira grandeza.
Então, eu fecho meus olhos,
E respiro fundo o ar.
Deixo a vida me transformar,
E renascer para o novo começar.

~ 91 ~
Quirinópolis - GO
Thanara Dyas
AUTORA CONVIDADA
Tatuadora, leonina e amante da arte escreve po-
emas desde os 12 anos, em 2006 ganhou em 1º
lugar como escritora e atriz no festival de poesia
encenada de Quirinópolis, sua cidade natal. Apai-
xonada e praticante de esportes radicais, slackli-
ne e skate são os seus prediletos com seus filhos,
Samantha Vitória e Kaio Fellipe, sua melhor obra-
prima.

Antologias Brasil
~ 92 ~
Sina
Thanara Dyas
Meu canto todo encanto
Se fez pranto no desencanto
Meu choro e todo alvoroço
Senti no osso todo esboço
Minha cantiga tão antiga
Me fez fustiga e leio instiga
Diante do cair me fiz resistir
E tão pouco agir, assim infligir
Pouco medo, acordo bem cedo
Sem enredo um pouco azedo
Chamo natureza hora avareza
Vejo clareza, sinto a pureza
Tão pouco termino e determino
Seu olhar contamino, intensamente ilumino
Talvez ao cessar meu cantar
Ao todo caminhar me sinto alegrar
Cada erro e desespero
Sem exagero assim ligeiro
Me fiz forte com um pouco de sorte
Não se importe, talvez te conforte
Torno última minha estima
Em pouca rima se fez sereníssima.

~ 93 ~
Brasília - DF
Vânia Lúcia Malta Costa Catunda
É natural de Maceió - Alagoas, filha de José Ino-
cêncio Leão Costa (em memória) e de Maria Cleu-
da Malta Costa. Casada com Júlio César Catun-
da, sem filhos. Servidora Pública da Secretaria de
Saúde do DF. Publicou seu primeiro Livro O
OLHAR DA VIDA. Tem participações em várias
Antologias físicas e em e-books.

Antologias Brasil
~ 94 ~
Trajetória do meu viver
Vânia Lúcia Malta Costa Catunda
No silêncio, a minha alma embala
Em ritmo de profundo sonho.
Que faz uma sinopse da pessoa que sou
E da minha trajetória de vida.
De repente, um grito do silêncio ecoa.
Desperta a mim e a minh’alma.
Assustada observo ao redor.
É um aviso de que estou viva.
A propósito, vou relembrando do sonho.
Nele me mostrou quando eu criança, jovem,
Mulher nova e mais madura e uma sensação
De que estou envelhecendo.
Deu destaque nas batalhas que enfrentei, como
Ser aprovada na faculdade de Medicina, que no tempo
era só para os ricos.
Mostrou partes dos seis longos anos
estudando com dificuldade,
mas com o incentivo integral
E importante dos meus pais.
Ainda os três anos de pós-graduação e depois,
as provas
complicadas e a concorrência ferrenha dos
Concursos Públicos.

~ 95 ~
Por fim, a aprovação na cidade distante de onde
nasci.
Quão sofrível etapa!! longe dos familiares!!
O sonho acabou e eu continuo a narração para
complementá-lo
E dar um desfecho elegante.
Minha vida foi uma sequencia de momentos de
dores, de tristezas,
De perdas, a mais dolorosa a do meu pai, logo
após minha formatura.
Houveram momentos bons (confesso sinceramente).
E o que mais me agrada é que desde muito tempo
Priorizei ajudar a minha mãe viúva,
os meus irmãos e cônjuge.
Sigo esperançosa e com fé,
na certeza de que ventos
Bondosos soprem em minha direção.
Que Deus seja misericordioso comigo.
E se realmente existe sorte,
que me visite constantemente.
Até aqui, tudo que sobrevivi me fortaleceu.

Antologias Brasil
~ 96 ~
Caxias - MA
Zélia Oliveira
É de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os
6 anos. Pós-Graduada em Língua Portuguesa,
pelo CESC/UEMA. Professora da rede pública
municipal e estadual. É amante da poesia, gosta
de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida.
Publica no Recanto das Letras, participou de vá-
rias antologias e coletâneas. Inspira-se no cotidi-
ano.

~ 97 ~
Aprendizado
Zélia Oliveira
A vida é um misto de emoção,
Às vezes, calmaria, outras furacão,
Dias tranquilos, ora tumultuados,
Mas em todos há um aprendizado.
Aprende-se a lidar com a incompreensão,
Com a ingratidão,
Aprende-se a enfrentar o desamor
E resistir a tamanha dor.
As feridas são profundas,
Porém, a vida faz suturas,
Driblando as amarguras...
Ao errar, deve-se refletir e aprender,
Evitar incorrer no mesmo proceder
Para novamente não sofrer.
Se a jornada será agradável ou enfadonha,
Na maioria das vezes depende de você,
Pois você escolhe a rota, faz o percurso
E decide como quer viver.

Antologias Brasil
~ 98 ~
Este livro foi elaborado pela Antologias
Brasil de Goiânia, GO, em papel Avena
80g, fonte Bookman Old Style.
Publicação no formato digital.

Antologia - A Minha Jornada me Fortaleceu

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