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Quando algo em casa está
a perturbar uma criança.
As crianças necessitam que as suas famílias lhes proporcionem um lar
seguro e carinhoso, no qual possam crescer, aprender e brincar.
Estas são algumas das formas como um/a companheiro/a pode
magoar o/a outro/a:
¬ Fazendo com que se sinta mal, menosprezando, chamando nomes
ofensivos e envergonhando.
¬ Obrigando a fazer algo que não deseja, ameaçando com castigos.
¬ Atemorizando com olhares, ações, batendo nas coisas e nos animais
de estimação.
¬ Utilizando as crianças para magoar e controlar o seu comporta-
mento.
¬ Fingindo que não estão a ocorrer abusos ou culpar o a/o compa-
nheira/o abusada/o.
¬ Controlando tudo o que possa fazer, mantendo-a/o afastada/o da
família e amigos/as.
¬ Impedindo que a/o companheira/o possa conseguir um trabalho
ou que administre o dinheiro.
¬ Dando pontapés, palmadas ou batendo na/o companheira/o.
Com frequência, as pessoas adultas pensam que as crianças não
sabem que o abuso e a violência estão a ocorrer. Mas as crianças
sabem muito mais sobre o que se está a passar do que os/as adultos/
as imaginam. Elas podem escutar ou ver os acontecimentos atemorizadores.
Outras vezes, sabem que algo de errado está a acontecer pois vêm a
preocupação no rosto do pai ou da mãe, ou as feridas no seu corpo, ou
que as coisas em casa estão fora de ordem ou partidas.
A criança pode expressar sentimentos de mal-estar, recusando-se a estar
com os entes queridos, agarrando-se à mãe ou ao pai ou demonstrando
o seu mal-estar nas brincadeiras e nos desenhos.
Ajuda muito escutar cuidadosamente as preocupações da criança e
deixar quesaiba que você está a fazer todos os possíveis para mantê-la
em segurança. Ela poderá sentir-se melhor se souber que há pessoas
a ajudar a família.
Como saber se uma criança
está em dificuldades.
¬ Mal-estar físico (dor de cabeça, dor de barriga).
¬ Ansiedade com a separação (além do que seria normal para a
idade da criança).
¬ Dificuldade em dormir (medo de adormecer).
¬ Crescente comportamento agressivo e sentimentos de raiva
(infligir maus tratos físicos a si própria ou aos outros).
¬ Preocupação constante sobre um possível perigo.
¬ Aparente perda de competências anteriormente adquiridas
(uso da casa de banho, nomes das cores).
¬ Tristeza que perdura por vários dias.
¬ Afastamento dos outros e das atividades.
¬ Falta de interesse ou sentimento sobre qualquer coisa.
¬ Preocupação excessiva sobre a segurança dos entes queridos
(necessidade de ver os irmãos durante o dia, perguntar constante-
mente pela mãe).
¬ Problemas de concentração, dificuldade em escolher ou
concluir uma atividade ou tarefa.
¬ Alto nível de atividade, agitação física constante.
¬ Brincadeiras e desenhos recorrentes sobre o tema da
violência.
Estas são algumas das dificuldades que o/a seu/sua filho/a pode
manifestar em casa, na creche, na escola ou noutros lugares quando
vê, ouve ou se apercebe de violência. Uma criança pode manifestar os
mesmos problemas por muitas razões (p.ex.: morte de um dos pais).
Se o seu filho ou filha tem algum destes problemas, uma das causas
pode ser a violência em casa.
Algumas maneiras de apoiar
o seu filho.
¬ Falar, brincar ou fazer desenhos sobre os acontecimentos
assustadores.
¬ Evite fingir que nada se passa.
¬ Explique, em poucas palavras e de forma que ele/a
entenda, o que se passou.
¬ Diga ao seu filho ou filha que o que se passou não é
culpa dele/a.
¬ Crie segurança em torno do/a seu/sua filho/a, com
horários regulares para dormir, comer, fazer a sesta e
brincar.
¬ Mostre-lhe, diariamente, que o/a ama.
¬ Faça coisas divertidas com ele/ela.
¬ Diga-lhe coisas agradáveis acerca do comportamento
dele/dela.
¬ Impeça o comportamento agressivo do seu filho ou filha
(magoando verbal ou fisicamente outras pessoas). Diga-lhe
que magoar os outros não está certo.
¬ Ensine-lhe formas pacíficas de resolver problemas e elo-
gie-o/a quando as puser em prática.
¬ Exclua programas televisivos e jogos violentos.
¬ Ensine-lhe como tratar as outras pessoas com respeito.
¬ Seja firme e justo/a mesmo quando estiver zangado/a.
Abril, mês da prevenção dos maus tratos na infância
Adaptado de “Manual para a Educação de Infância”, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género

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Sinais de abuso infantil

  • 1. Quando algo em casa está a perturbar uma criança. As crianças necessitam que as suas famílias lhes proporcionem um lar seguro e carinhoso, no qual possam crescer, aprender e brincar. Estas são algumas das formas como um/a companheiro/a pode magoar o/a outro/a: ¬ Fazendo com que se sinta mal, menosprezando, chamando nomes ofensivos e envergonhando. ¬ Obrigando a fazer algo que não deseja, ameaçando com castigos. ¬ Atemorizando com olhares, ações, batendo nas coisas e nos animais de estimação. ¬ Utilizando as crianças para magoar e controlar o seu comporta- mento. ¬ Fingindo que não estão a ocorrer abusos ou culpar o a/o compa- nheira/o abusada/o. ¬ Controlando tudo o que possa fazer, mantendo-a/o afastada/o da família e amigos/as. ¬ Impedindo que a/o companheira/o possa conseguir um trabalho ou que administre o dinheiro. ¬ Dando pontapés, palmadas ou batendo na/o companheira/o. Com frequência, as pessoas adultas pensam que as crianças não sabem que o abuso e a violência estão a ocorrer. Mas as crianças sabem muito mais sobre o que se está a passar do que os/as adultos/ as imaginam. Elas podem escutar ou ver os acontecimentos atemorizadores. Outras vezes, sabem que algo de errado está a acontecer pois vêm a preocupação no rosto do pai ou da mãe, ou as feridas no seu corpo, ou que as coisas em casa estão fora de ordem ou partidas. A criança pode expressar sentimentos de mal-estar, recusando-se a estar com os entes queridos, agarrando-se à mãe ou ao pai ou demonstrando o seu mal-estar nas brincadeiras e nos desenhos. Ajuda muito escutar cuidadosamente as preocupações da criança e deixar quesaiba que você está a fazer todos os possíveis para mantê-la em segurança. Ela poderá sentir-se melhor se souber que há pessoas a ajudar a família. Como saber se uma criança está em dificuldades. ¬ Mal-estar físico (dor de cabeça, dor de barriga). ¬ Ansiedade com a separação (além do que seria normal para a idade da criança). ¬ Dificuldade em dormir (medo de adormecer). ¬ Crescente comportamento agressivo e sentimentos de raiva (infligir maus tratos físicos a si própria ou aos outros). ¬ Preocupação constante sobre um possível perigo. ¬ Aparente perda de competências anteriormente adquiridas (uso da casa de banho, nomes das cores). ¬ Tristeza que perdura por vários dias. ¬ Afastamento dos outros e das atividades. ¬ Falta de interesse ou sentimento sobre qualquer coisa. ¬ Preocupação excessiva sobre a segurança dos entes queridos (necessidade de ver os irmãos durante o dia, perguntar constante- mente pela mãe). ¬ Problemas de concentração, dificuldade em escolher ou concluir uma atividade ou tarefa. ¬ Alto nível de atividade, agitação física constante. ¬ Brincadeiras e desenhos recorrentes sobre o tema da violência. Estas são algumas das dificuldades que o/a seu/sua filho/a pode manifestar em casa, na creche, na escola ou noutros lugares quando vê, ouve ou se apercebe de violência. Uma criança pode manifestar os mesmos problemas por muitas razões (p.ex.: morte de um dos pais). Se o seu filho ou filha tem algum destes problemas, uma das causas pode ser a violência em casa. Algumas maneiras de apoiar o seu filho. ¬ Falar, brincar ou fazer desenhos sobre os acontecimentos assustadores. ¬ Evite fingir que nada se passa. ¬ Explique, em poucas palavras e de forma que ele/a entenda, o que se passou. ¬ Diga ao seu filho ou filha que o que se passou não é culpa dele/a. ¬ Crie segurança em torno do/a seu/sua filho/a, com horários regulares para dormir, comer, fazer a sesta e brincar. ¬ Mostre-lhe, diariamente, que o/a ama. ¬ Faça coisas divertidas com ele/ela. ¬ Diga-lhe coisas agradáveis acerca do comportamento dele/dela. ¬ Impeça o comportamento agressivo do seu filho ou filha (magoando verbal ou fisicamente outras pessoas). Diga-lhe que magoar os outros não está certo. ¬ Ensine-lhe formas pacíficas de resolver problemas e elo- gie-o/a quando as puser em prática. ¬ Exclua programas televisivos e jogos violentos. ¬ Ensine-lhe como tratar as outras pessoas com respeito. ¬ Seja firme e justo/a mesmo quando estiver zangado/a. Abril, mês da prevenção dos maus tratos na infância Adaptado de “Manual para a Educação de Infância”, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género