1. International Quality Improvement
Collaborative (IQIC) for Congenital Heart
Surgery in Developing World Countries
Boston Children’s Hospital
Harvard Medical School
Tradução e Adaptação: Hospital da Criança e Maternidade de São
José do Rio Preto, SP, Brasil
Apoio: Children’s HeartLink – Minneapolis, MN, USA
2016
3. Definir as infecções associadas aos cuidados
de saúde
Rever a forma como ocorrem as infecções
Avaliar a importância da higiene das mãos
Objetivos
4. Discutir estratégias para criar uma cultura de
higiene das mãos
Discutir novas tendências na higiene do
paciente:
Tomando banho
Higiene de mãos dos familiares
Desenvolvimento de um programa de
promoção de saúde bucal
5. O que é uma infecção associada
aos cuidados em saúde ?
Definida como uma condição resultante de
uma reação adversa a um agente infeccioso ou a
sua toxina
A infecção não presente ou incubada no
momento de admissão hospitalar
Principal causa de morte e ou incapacidade em
todo o mundo, custando bilhões de dólares
6. No México
São a terceira principal causa de morte de
toda a população e os custos destas infecções
representam 70% de todo o orçamento do
Ministério da Saúde
World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006
7. No Brasil e na Indonésia
Mais da metade das internações de pacientes
neonatais evolui com Infecções associada aos
Cuidados em Saúde, com taxas de mortalidade
variando de 12% a 52%
World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006
8. Nos Estados Unidos
Um estudo mostrou que, entre os anos de
1998 e 2006, a sepse e pneumonia associadas
aos cuidados em saúde:
aumentaram os custos com saúde em mais de 8
bilhões dólares
causaram mais de 48.000 mortes
Eber et al. Archives of Internal Medicine 2010
9. Nos Estados Unidos
As taxas de mortalidade foram maiores para
os pacientes que desenvolveram septicemia e
pneumonia após cirurgia
Eber et al. Archives of Internal Medicine 2010
10. Melhora na qualidade
Programas que têm por objetivos:
Educação
Higiene das mãos
Inserção de instrumentos estéreis
Gerenciamento de dispositivos invasivos
Resultados destes programas:
Infecção associada a assistência à saúde = Erro médico
11. O que é necessário para ocorrer
uma infecção ?
3 elementos básicos:
um agente infeccioso
uma pessoa suscetível
um modo de transmissão
12. Paciente susceptível
Fatores do hospedeiro
Intervenções médicas:
Cateteres venosos centrais
Ventilação mecânica
Nutrição parenteral
Grohskopf et al: Journal of Pediatrics, 2002
13. Modo de transmissão
5 modos de transmissão mais conhecidos:
Contato
Gotículas
Aerossóis
Veículos comuns
Vetor
14. Contato
Contato direto: pessoa
infectada diretamente para
uma outra pessoa
Contato indireto: mãos contaminadas de
profissionais da saúde, equipamentos
hospitalares e ambiente hospitalar
15. Locais em um quarto de paciente que ainda estão contaminados com enterococcus resistente
à vancomicina depois de cuidar de um paciente com este patógeno
Contato
16. Equipamentos e vestimenta
Limpar estetoscópios entre pacientes
Outros possíveis focos de transmissão:
telefones/celulares
teclados
jalecos
adornos
18. Aerossóis
Partículas contendo agentes infecciosos que
são pequenos o bastante para serem levados nas
correntes de ar ou partículas de poeira
19. Veículo comum
Um agente infeccioso é disseminado por fonte
comum contaminada tais como comida, água ou
medicamentos. Por exemplo: Salmonela
As medicações em bolsa ou frascos devem
preferencialmente possuir apenas uma
entrada e chegar prontas da farmácia
custos elevados para implementar
grandes benefícios posteriores
20. Vetor
Uma doença é transmitida aos humanos por
um animal ou um inseto tais como raiva, malária
ou dengue
21. Prevenindo a transmissão de
infecções
A intervenção número 1 para prevenir a
disseminação de agentes infecciosos em
ambientes hospitalares é a
CUIDADOSA HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS por todos os
profissionais da saúde
22. Higienização das mãos
Estima-se que 80% da transmissão de agentes
infecciosos em hospitais ocorra pelas mãos dos
profissionais de saúde
23. Higienização das mãos
Foi demonstrado por diversos estudos que a
adesão à higiene das mãos entre médicos,
enfermeiros e outros
profissionais da saúde
é baixa em todo mundo
com proporção de 36
a 48%
World Health Organization Global Patient Safety Challenge 2006
24. Higienização das mãos
Barreiras na adesão à higiene das mãos:
Protocolos para higienização das mãos não estão
claros
Conhecimento limitado sobre prevenção de
infecção
Produtos não disponíveis ou distantes do paciente
Produtos que causam irritação / alergia na pele
Ocupados demais
Esquecimento
25. Higienização das mãos
Higiene das mãos significa: Limpar as suas
mãos, usando sabonete antisséptico e água limpa
ou álcool gel
27. Higienização das mãos
Sabonete e água devem ser usados quando:
Mãos estão visivelmente sujas
Paciente tem Clostridium difficile ou outra
infecção causada por bactéria com formação de
esporos
Antes de comer
Após usar o banheiro
29. Intervenção #1: Higiene das
mãos
Lembrar-se de fazer a higiene das mãos:
após tocarem um sítio contaminado e antes de
tocar um sítio limpo de um mesmo paciente
antes e depois:
mudanças de fraldas
mudanças de curativos
cuidado com ostomias
sucção com tubo endotraqueal
higiene oral
ao retornar aos cuidados do paciente depois de
tocar em outros equimamentos
30. Higienização das mãos
Outros aspectos sobre a higiene das mãos:
seque as mãos antes de contato com paciente
use hidratante hospitalar para mãos
evite produtos com diversos usos: sabonete em
barra, toalhas para mãos
mantenha unhas curtas: menos que 0,2 cm de
comprimento
nenhuma unha artificial
nada abaixo dos cotovelos: mangas curtas, sem
anel, pulseiras ou relógios
31. Higienização das mãos
Uso de luvas:
não substitui a necessidade de higiene das mãos
trocar as luvas entre pacientes
usar luvas em contato com sangue, outros fluídos
corpóreos, mucosas, quebra de pele e curativos
não reutilizar as luvas
32. O papel da equipe de prevenção
e controle de infecções
Experts
Parceiros com a UTI para:
Orientar
Educar
Treinar
33. Determinar se infecção hospitalar relacionado
a dispositivo invasivo de acordo com o CDC
1 membro da CCIH para cada 100 leitos
O papel da equipe de prevenção
e controle de infecções
34. Enfermeiro da CCIH nas
unidades de cuidados intensivos
Desenvolver um programa eficaz de segurança
do paciente e prevenção de infecção exige
tempo
Orientar colaboradores
Identificar áreas de melhoria, implementar e
desenvolver estratégias para sanar os
problemas
35. Enfermeiro da CCIH nas
unidades de cuidados intensivos
Constante atenção aos problemas detectados:
intervenções imediatas
Coleta de dados em tempo real
É um vigia interno, alguém que conhece a
equipe, os pacientes, os procedimentos e a
cultura da unidade
36. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
Formar uma equipe multidisciplinar para
higiene das mãos e incluir:
Médicos e equipe de enfermagem
Especialistas no controle de infecção
Liderança no hospital
Outros profissionais do hospital
Pais e pacientes
37. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
Dar um nome ao programa de higiene das mãos
Envolver o pessoal do hospital
Identificar modelos para os
papéis
38. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
Avaliar as barreiras para adesão à higiene das
mãos
Identificar áreas para serem melhoradas:
fornecer produtos para higiene das mãos
produtos para higiene das mãos disponíveis no
“ponto do cuidado”
preferência por produtos
39. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 1
Instruir a higiene das mãos
Educar o pessoal para observar a prática de
higiene das mãos
40. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 2
Educação:
educar o pessoal sobre porque a higiene das mãos é
importante e quando é necessária
fornecer treinamento para novos profissionais e
retreinamentos anuais
educar pacientes e suas famílias
estimular profissionais a relatar quando higiene
das mãos não é realizada.
41. Criando uma cultura para
higiene das mãos – Estágio 2
Observar a prática e compartilhar resultados:
coletar dados de base após instrução dos
profissionais
monitorar a prática de higiene das mãos
divulgar resultados da prática em áreas visíveis
divulgar lembretes por todo o hospital
43. Higiene das mãos
Fato divertido
Cantar “Parabéns a você”
ou música do “ABCdário”
enquanto lava as mãos pode
certificar que você lavou e
esfregou as mãos por 15
segundos.
44. Higiene das mãos em família
Pôsteres de conscientização
em diversas áreas do hospital
Utilizar diversos idiomas
45. Higiene das mãos em família
A equipe de enfermagem orienta os familiares
a beira leito em até 48 horas de internação
Os pais são encorajados a lembrar a equipe
para higienizar as mãos antes de tocar na
criança
46. Higiene das mãos - Paciente
Pelo menos 2x / dia
México: Lavagem de mãos com álcool gel antes
da desinfecção de pele para punção periférica
47. Novas iniciativas em higiene das
mãos
Banho:
desinfetar as bacias após o uso, pois as mesmas
ficam frequentemente contaminadas
não guardar pertences de outros pacientes nas
bacias para evitar a contaminação cruzada
considerar o uso de lenços umedecidos
48. Higiene oral:
escovar dentes e gengiva com pasta e água estéril
a cada 6 horas
Novas iniciativas em higiene das
mãos
49. Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
Designar líderes e formar uma equipe:
médicos e enfermagem
experts da comissão de controle e prevenção de
infecção
liderança hospitalar
outros profissionais do hospital
pacientes e responsáveis
50. Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
Coletar dados de base
Escolher a estatística adequada
Avaliar o conhecimento da equipe
Avaliar o conhecimento dos pais
Identificar as barreiras para melhoria das
práticas
51. Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
Estabelecer metas e expectativas
Começar por pequenas mudanças
Avaliar o progresso frequentemente
52. Fazer mudanças no programa se algo não
estiver funcionando
Valorizar boa prática
Celebrar o sucesso
Criando uma cultura para
higiene das mãos - Resumo
53. Pesquisas e atualizações
Websites com materiais sobre hygiene das
mãos:
World Health Organization
http://www.who.int/gpsc/en/
Centers for Disease Control and Prevention
http://www.cdc.gov/handhygiene/
Prevenindo Infecções Associadas à Assistência à Saúde ....... Como criar uma Cultura para prevenção de Infecção.
O objetivo deste módulo é:
Focar na importância da higiene das mãos para prevenir a disseminação de infecções. A higiene das mãos é a base de todos os programas para prevenção de todas as infecções.
Discutir novas práticas de higiene do paciente.
Discutir como introduzir um programa de higiene oral para a vida do paciente com cardiopatia congênita.
Depois do treinamento, os participantes terão uma compreensão das infecções associadas aos cuidados à saúde e sua prevenção.
Os objetivos desta aula são:
Definir as infecções associadas aos cuidados de saúde
Rever a forma como ocorrem as infecções
Avaliar a importância da higiene das mãos
Discutir estratégias para criar uma cultura de higiene das mãos.
Discutir novas tendências na higiene do paciente:
Tomando banho
Higiene de mãos dos familiares
Desenvolvimento de um programa de promoção de saúde bucal.
Uma infecção associada com Cuidado à Saúde é definida pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos como uma condição resultante de uma reação adversa por um agente ou sua toxina.
Não deverá haver evidência de que a infecção estava presente ou incubada na hora da admissão ao hospital a menos que a infecção seja relacionada com admissão ou procedimento recente tal como uma infecção no sítio cirúrgico.
Estas infecções são a maior causa de morte e deficiência em todo mundo e custam bilhões de dólares.
Em países como o México, as infecções são a terceira principal causa de morte de toda a população e os custos destas infecções representam 70% de todo o orçamento do Ministério da Saúde.
No Brasil e na Indonésia mais da metade das internações de pacientes neonatais evolui com Infecções associada aos Cuidados em Saúde, com taxas de mortalidade variando de 12% a 52%.
Nos Estados Unidos um estudo sobre orçamento clínico e econômico de infecções associadas à saúde mostraram que sepse e pneumonia acrescentaram mais de 8 bilhões de dólar no custo da saúde e causaram mais de 48000 mortes.
As taxas de mortalidade foram as maiores para pacientes que desenvolveram sepse e pneumonia depois da cirurgia.
Nos últimos 10 anos, programas para melhora na qualidade objetivando a educação do pessoal sobre higiene das mãos, inserção de instrumentos esterilizados e melhora no manejo de instrumentos invasivos tem demonstrado a redução no cuidado à saúde associada com taxas de infecção.
Estes programas provaram tanto sucesso que as infecções associadas ao cuidado à saúde são agora consideradas um ERRO médico.
Muitos programas do governo e companhias de seguros privados nos EUA e Europa não estão reembolsando hospitais pelos custos relacionados às infecções.
Há 3 elementos básicos necessários para ocorrer uma infecção:
Primeiro, deve haver um agente infeccioso tal como bactéria, parasita, vírus ou fungo. Fontes de agentes infecciosos incluem humanos, animais e o meio ambiente.
Segundo, uma pessoa deve estar susceptível aos agentes infecciosos.
Terceiro, o modo de transmissão é a maneira que o agente infeccioso chega à pessoa susceptível. O modo de transmissão é o elemento chave na quebra do ciclo infeccioso. A maioria das práticas de prevenção de infecções são indicadas para a atingir esse elemento.
Recém-nascidos têm o sistema imune imaturo e pacientes cardiopatas têm outras condições tais como asplenia ou síndrome de Di George que aumentam o risco de infecção.
As três intervenções mais comuns que aumentam o risco de infecções associadas à assistência a saúde nos pacientes pediátricos são:
O uso de cateteres venosos centrais, ventilação mecânica e nutrição parenteral.
Além destes, o a abertura prolongada do esterno e exposição a transfusões de sangue adicionam risco para o desenvolvimento de infecções.
Há 5 modos de transmissão de agentes infecciosos mais conhecidos:
Contato, gotículas, aerossóis, veículo comum e vetor.
Os modos de transmissão variam de acordo com o tipo de agente infeccioso e alguns podem ser transmitidos por mais de uma via.
Contato é o modo de transmissão mais comum e é dividido em 2 categorias: direto e indireto.
Contato direto envolve a transferência de agentes infecciosos de uma pessoa infectada diretamente para uma outra pessoa.
Contato indireto envolve a transferência de um agente infeccioso por meio de um objeto intermediário contaminado ou uma pessoa.
As mãos contaminadas de profissionais da saúde são importantes contribuidores para a transmissão no contato indireto.
A transmissão por contato indireto pode também ocorrer quando equipamentos ou o ambiente não estão limpos adequadamente entre a troca de pacientes no mesmo leito.
A ilustração mostra os locais em um quarto de um paciente que ainda estão contaminados com enterococcus resistente à vancomicina (VRE) depois de cuidar de um paciente com este patógeno.
Como pode ver, as superfícies mais tocadas, rapidamente se tornam contaminadas pela flora do paciente.
Agentes infecciosos podem ser disseminados quando médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde não limpam suas mãos ao deixar o quarto do paciente.
Equipamentos pessoais, profissionais e vestuário também podem espalhar agentes infecciosos quando em contato com o paciente.
Deve-se disponibilizar swabs de álcool 70% em cada quarto para que os profissionais limpem seus estetoscópios ao examinar pacientes diferentes.
Há muitos estudos que demonstram telefones, teclados e roupas como potenciais focos de infecção.
Os equipamentos devem ser limpos a cada começo de plantão e telefone celulares pessoais não são autorizados dentro da UTI.
Vestuário também podem disseminar patógenos. Profissionais da saúde devem usar uniforme limpo todos os dias. Jalecos devem ser lavados com frequência.
A transmissão por gotículas ocorre quando gotículas respiratórias carregando agentes infecciosos são impulsionadas a curta distância por meio de: tosse, espirro ou sucção endotraqueal.
Estes agentes podem causar infecções quando entram no nariz, nos olhos ou na boca de uma pessoa susceptível.
Não é necessário contato próximo com a pessoa doente.
São exemplos de doenças transmitidas por gotículas a influenza, a coqueluche e a meningococcemia.
A transmissão pelo ar ocorre quando partículas minúsculas que contem agentes infecciosos permanecem suspensas no ar por um logo período de tempo. Estas partículas podem ser levadas por longas distâncias nas correntes de ar.
Infecções ocorrem quando as partículas são inaladas por pessoas susceptíveis.
Não é necessário um contato próximo com a pessoa doente.
São exemplos a varicela, a caxumba e a tuberculose.
A transmissão por meio de um veículo comum ocorre quando um agente infeccioso é disseminado por fonte comum contaminada tais como comida, água ou medicamentos. Por exemplo a salmonelose.
As medicações em bolsa ou frascos devem preferencialmente possuir apenas uma entrada e quando possível chegarem já preparadas da farmácia.
Esta é uma rotina cara para ser implementada, porém com grandes benefícios posteriores.
A transmissão por meio de um vetor ocorre quando uma doença é transmitida aos humanos por um animal ou um inseto, tais como a raiva, a malária ou a dengue.
A intervenção número 1 para prevenir a disseminação de agentes infecciosos em ambientes hospitalares é a cuidadosa higienização das mãos pelos médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde.
Estima-se que 80% da transmissão de agentes infecciosos em hospitais ocorra por meio das mãos dos profissionais de saúde.
Agentes infecciosos podem sobreviver nas mãos por períodos que variam de alguns minutos até mais de uma hora.
Isto demonstra claramente a necessidade de uma cuidadosa higiene das mãos.
No entanto, diversos estudos demonstraram que a adesão à higiene das mãos entre médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde é baixa ao redor de todo mundo, variando de 36 a 48%.
Quando médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde são questionados sobre o por que não lavam as mãos, eles frequentemente respondem:
As orientações para higienização das mãos não são claras.
Existe falta de orientação sobre a importância da higiene das mãos ou não sabem quando fazer a higiene das mãos.
Produtos de higiene das mãos ou pias estão localizados em áreas distantes dos cuidados ao paciente.
Não gostam dos produtos devido ao odor, alergias ou irritação na pele.
Estão ocupados demais ou o paciente está grave demais para eles pararem para fazer a higiene das mãos.
Ou, até mesmo, se esquecem de fazer a higiene adequada das mãos.
Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem focado na melhora de seus programas sobre a higiene das mãos para reduzir infecções associadas aos cuidados da saúde.
Higiene das mãos significa limpar as suas mãos, usando sabonete antisséptico e água limpa ou álcool gel.
A adesão à higienização das mãos não apenas protege o paciente; protege os médicos, os enfermeiros e demais profissionais da saúde.
Por mais de 15 anos a OMS tem recomendado o uso de álcool gel como forma primária da higiene das mãos em ambientes hospitalares.
O álcool gel tem demonstrado ser capaz de remover organismos mais efetivamente, requer menos tempo e causar menos irritação na pele do que com sabonete e água.
Sabonete e água devem ser usados quando:
As mãos estiverem visivelmente sujas.
O paciente possuir Clostridium difficile ou outra infecção causada por bactéria com formação de esporos, tal como anthrax.
Antes de comer.
Após usar o banheiro.
Este pôster da OMS mostra os 5 momentos para higiene das mãos
Número 1: antes do contato com o paciente.
Número 2: antes de uma tarefa asséptica tais como trocar um curativo ou manusear um cateter.
Número 3: depois de exposição a fluídos corpóreos.
Número 4: depois do contato com o paciente.
E número 5: depois de contato com as imediações do paciente.
Médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde deveriam se lembrar de fazer a higiene das mãos quando se movimentam de um sítio de corpo contaminado para um sítio de corpo limpo.
Também devem realizar a higienização das mãos, antes e depois:
Das mudanças de fraldas.
Das trocas de curativos.
Do cuidado com ostomias.
Da aspiração de tubo endotraqueal.
E da higiene oral.
Médicos e enfermeiros sempre se esquecem de que após se afastarem do paciente e realizarem outras tarefas, devem limpar suas mãos antes de tocar novamente no paciente.
Outros aspectos sobre a higiene das mãos incluem:
Secar as mãos antes de contato com paciente.
Usar hidratante hospitalar para mãos.
Evitar produtos que não sejam de uso único como sabonete em barra ou toalhas de tecido.
Manter as unhas curtas (menos do que 0,2 cm de comprimento).
Evitar uso de unha artificial.
Não utilizar NADA abaixo dos cotovelos (mangas curtas, anéis, pulseiras relógios).
As luvas não dão proteção completa contra contaminação das mãos. Por isso, o uso de luvas não substitui a necessidade de higiene de mãos.
Pode haver contaminação no momento da colocação e ou da remoção das luvas, por isso, a higiene de mãos é necessária antes e após o uso das mesmas.
Sempre troque as luvas entre um paciente e outro, e após contato com outros equipamentos ou com o ambiente.
Devem ser trocadas as luvas e realizada a higiene de mãos depois de procedimento contaminado (como troca de curativo) antes de tocar o paciente novamente.
Luvas devem ser utilizadas em apenas um procedimento, e depois trocadas.
Se possível, NUNCA reutilizar luvas.
Todo hospital deve ter um departamento de controle e prevenção de infecção e esses profissionais devem ser membros de um comitê formado para diminuir infecções.
Eles podem oferecer conselhos de expertise baseados nas mais recentes práticas de prevenção de infecção e o que fazer para evitar a disseminação de infecções que já ocorreram.
Eles podem fazer educação de profissionais, e se alguma unidade decidir implementar a posição de enfermeira de controle de infecção de unidade, serão eles que vão orientar este enfermeiro.
A parceria entre a equipe de controle de infecção e o enfermeiro de controle de infecção da unidade é muito importante, pois trabalham juntos diariamente.
No Boston Children`s Hospital, o departamento de controle de infecção tem a palavra final sobre quais infecções foram causadas por dispositivos invasivos seguindo as normas definidas pelo CDC.
A associação de profissionais de controle de infecção recomenda que um hospital deve ter um profissional de controle de infecção pra cada 100 leitos.
Além disso, o Boston Children`s Hospital implementou a posição de uma enfermeira de prevenção de infecção em todas as unidades de cuidados intensivos. Estes enfermeiros seniors são uma parceria com um membro do Departamento de Prevenção e Controle de infecção hospitalar.
As vantagens da implementação deste cargo são que os enfermeiros de prevenção de infecção das unidades podem dar toda a sua atenção para a unidade , todos os dias, sendo assim, a equipe de controle de infecção hospitalar tem tempo para cuidar do restante do hospital e todos as outras unidades.
Educação dos profissionais, implementação de bundles e realização de auditorias, na prática são muito demorados e mais trabalho pode ser realizado em um tempo mais curto com uma enfermeira de controle de infecção por unidade.
Deve existir uma constante atenção aos problemas detectados intervenções imediatas.
Realizar coleta de dados em tempo real.
O enfermeiro é um vigia interno que conhece a equipe, os pacientes, os procedimentos e a cultura da unidade.
Esta parte final da apresentação focará sobre a criação de uma cultura para higiene das mãos:
Iniciativas para reduzir infecções e melhorar a segurança do paciente são importantes mas mudanças na prática é tarefa difícil!
Manter o entusiasmo e os resultados é mais difícil ainda.
Formar uma equipe vai promover a aceitação da mudança na prática por todos os membros da equipe.
Membros da equipe devem incluir: médicos e equipe de enfermagem, especialistas no controle de infecção, liderança no hospital, e outro pessoal do hospital.
Sempre envolver especialistas; eles direcionarão mudanças na prática para intervenções baseadas em evidência.
Considerar o envolvimento de pais e pacientes.
Divirta-se com o programa de higiene das mãos.
Tenha um “nome para o conteúdo do programa”.
Ofereça um prêmio para o slogan vencedor.
Faça pôsteres para promover o programa ou peça para que os pacientes façam estes para seus quartos.
Este é pôster do programa no Boston Children`s Hospital intitulado “clube de mãos limpas“.
Há muitos modelos na internet que podem ser copiados e ou usados como base para poupar dinheiro.
Envolva os profissionais do hospital em diferentes aspectos no design de pôsteres para o programa, observe e faça sessões de feedback.
Identifique os líderes das unidades para criar o exemplo e promover o programa
Avalie as barreiras para adesão à higiene das mãos, com o objetivo de identificar as áreas para serem melhoradas.
O hospital fornece produtos para higiene das mãos?
Os Produtos para higiene das mãos estão disponíveis no “local do cuidado”
A OMS recomenda que haja 1 pia para cada 10 leitos com pelo menos sabão e toalhas para cada pia e produto em álcool gel para cada leito.
Os profissionais gostam dos produtos? Eles devem participar da escolha e avaliação dos produtos.
Os profissionais da prevenção de infecção devem instruir sobre a higiene das mãos e também os profissionais que irão observar a prática de higiene das mãos.
Os profissionais da prevenção de infecção devem instruir sobre a higiene das mãos, e também os profissionais que irão observar a prática de higiene das mãos.
Educação será o maior fator de sucesso !
Devem ocorrer:
Orientação sobre porque a higiene das mãos é importante e quando se faz necessária.
Treinamento dos novos profissionais, e retreinamentos anuais para os funcionários mais “antigos”.
Educação dos pacientes e familiares sobre a importância da higiene das mãos, e também orientá-los a cobrar os profissionais da saúde quanto a realização da mesma.
Estimulação dos profissionais a relatar quando a higiene das mãos não é realizada, não para criar desavenças, mas sim com o objetivo de crescimento.
A OMS fornece muitos materiais educacionais no seu WEBSITE.
Depois do pessoal ter sido instruído para observar a prática de higiene das mãos, colete os dados de base da prática na área de trabalho deles.
Continue a monitorar a prática de higiene das mãos regularmente.
A divulgação dos resultados em diversos locais vai assegurar que os profissionais, pacientes e suas famílias vão perceber as informações.
Use lembretes pelo hospital tais como pôsteres e boletins para promover a higiene das mãos.
O Boston Children`s Hospital recentemente modificou a forma de realizar a auditoria de higiene das mãos, para ajudar a identificar quais especialidades foram melhores ou menos comprometidas com a higiene de mãos.
Mensalmente esses resultados são divulgados na UTI e também enviados aos líderes de equipes.
Uma maneira simples e divertida de certificar-se de que lavou suas mãos de maneira adequada, é realizar esse procedimento e ao mesmo tempo cantar “Parabéns a você” ou música do ABCDário.
Isso irá garantir que você lavou e esfregou as mãos por 15 segundos.
Este é um tipo de lembrete para divulgar no hospital.
Outra nova iniciativa que recentemente foi implementada no Boston Children`s Hospital foi um programa para melhorar a higiene de mãos dos acompanhantes e familiares, que foi desenvolvido pela UTI Neonatal e adotado por todas as outras UTI`s.
Pais e familiares precisam ser informados sobre a importância da higiene de mãos quando a criança está hospitalizada.
Foram fixados cartazes sobre a importância da higiene de mãos em todas as salas de espera, locais de descanso dos pais e locais de refeições dos acompanhantes.
Estes pôsteres estão disponíveis em 9 línguas.
A enfermagem deve revisar informações sobre higiene de mãos com os familiares dentro de 48 horas da internação do paciente.
O Boston Children`s Hospital temos uma ficha de orientação familiar disponível em 9 línguas.
A enfermagem irá revisar essa ficha com os pais, especialmente importante com as famílias que nãos sabem ler, e demonstrar como é realizada a lavagem de mãos tanto com a água e sabão como com álcool em gel.
A parte mais importante deste programa, no entanto, é encorajar os pais a lembrar os profissionais da saúde a higienizar as mãos antes de tocar na criança.
Alguns pais acham isso desconfortável, mas com o apoio da equipe, eles se sentem mais confortáveis em cobrar.
As mãos do paciente devem ser limpas pelo menos 2 vezes ao dia e conforme necessário.
Os pais são ensinados a fazer isso como parte do cuidado da criança, mas a enfermagem deve fazer isso na ausência dos pais.
Em uma visita recente do IQIC no México, eles foi apurado que é realizada a higienização das mãos do paciente com álcool em gel antes da assepsia da pele para punção venosa periférica.
Essa ideia é maravilhosa, uma vez que as mãos são mais colonizadas com patógenos do que as demais partes do corpo.
Muitos estudos mostram que as bacias de banho são frequentemente contaminadas com patógenos como estafilococcus resistentes a Meticilina e E coli.
Se houver necessidade de continuar a usar as bacias de banho, elas deverão ser desinfetadas a cada uso com produtos / lenços umedecidos, ou soluções com álcool ou alvejante.
Não guardar pertences de outros pacientes na bacia de banho pois poderá haver contaminação cruzada.
Muitos centros nos EUA estão utilizando lenços umedecidos, que são mantidas aquecidos.
Na UTI do Boston Children`s Hospital são utilizados, diariamente, lenços umedecidos com clorexidina para todos os pacientes maiores que 2 meses de idade com cateteres centrais.
Acerca da higiene oral, deve ser realizada escovação de dentes e gengivas com pasta e água estéril a cada 6 horas.
Em resumo:
Para conseguir uma mudança de cultura deve-se:
Designar líderes e formar uma equipe que deve ser composta por médicos, equipe de enfermagem, experts da comissão de controle e prevenção de infecção.
Podem e devem ser agregadas lideranças do hospital, para definir a missão do hospital e apoio (recursos financeiros).
Incluir outros profissionais do hospital como fisioterapeutas, nutricionistas, dentistas, assistentes sociais e funcionários da limpeza.
E não esquecer dos pacientes e responsáveis, que têm um papel importante neste processo, e também serão os mais afetados com a mudança das nossas práticas.
Devem ser:
Coletados os dados de base.
Escolhida a estatística adequada.
Avaliados os conhecimentos da equipe multiprofissional e dos pais.
Identificadas as barreiras para melhoria das práticas.
Seja claro com as metas e expectativas.
Comece com pequenas mudanças e frequentemente avalie o progresso.
Não tenha medo de fazer mudanças se algo não estiver funcionando.
Valorize as boa práticas: reconhecer os médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que sempre aderem às expectativas de higiene das mãos.
E finalmente....... Celebre o sucesso!
Estes são 2 recursos para materiais informativos de higiene de mãos. Um da OMS e outro do CDC.
Lembre-se: “A prevenção de infecções está em suas mãos”