O documento discute infecções associadas aos cuidados de saúde, definindo-as como condições resultantes de agentes infecciosos ou suas toxinas que não estavam presentes ou incubadas no momento da admissão hospitalar. Ele enfatiza a importância da higiene das mãos para prevenir a transmissão de infecções, já que estima-se que 80% das transmissões ocorrem por meio das mãos do pessoal de saúde. O documento também revisa os prazos de uso de dispositivos hospitalares e os três elementos necessários para ocorrência de
3. Objetivos
Definir as infecções associadas aos
cuidados de saúde
Rever a forma como ocorrem as infecções
Avaliar a importância da higiene das mãos
Rever o prazo de uso dos dispositivos
hospitalares
4. O que é uma infecção associada
aos cuidados em saúde ?
Definida como uma condição resultante de
uma reação adversa a um agente infeccioso ou a
sua toxina
A infecção não presente ou incubada no
momento de admissão hospitalar
Principal causa de morte e ou incapacidade
em todo o mundo, custando bilhões de dólares
5. O que é necessário para ocorrer
uma infecção ?
3 elementos básicos:
um agente infeccioso
uma pessoa suscetível
um modo de transmissão
7. Modo de transmissão
5 modos de transmissão mais conhecidos:
Contato
Gotículas
Aerossóis
Veículos comuns
Vetor
8. Contato
Contato direto: pessoa
infectada diretamente para
uma outra pessoa
Contato indireto: mãos
contaminadas de profissionais da
saúde, equipamentos hospitalares e
ambiente hospitalar
9. Equipamentos e vestimenta
Limpar estetoscópios entre pacientes
Outros possíveis focos de transmissão:
telefones/celulares
teclados
jalecos
adornos
11. Aerossóis
Partículas contendo agentes infecciosos que
são pequenos o bastante para serem levados
nas correntes de ar ou partículas de poeira
12. Veículo comum
Um agente infeccioso é disseminado por
fonte comum contaminada tais como comida,
água ou medicamentos. Por exemplo: Salmonela
Outros meios de disseminação:
Esteto
Esfigmo
Jalecos
13. Vetor
Uma doença é transmitida aos humanos
por um animal ou um inseto tais como
raiva, malária ou dengue
14. Prevenindo a transmissão de
infecções
A intervenção número 1 para prevenir a
disseminação de agentes infecciosos em
ambientes hospitalares é a
CUIDADOSA HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS por todos os
profissionais da saúde
15. Higienização das mãos
Estima-se que 80% da transmissão de
agentes infecciosos em hospitais ocorra
pelas mãos dos profissionais de saúde
16. Higienização das mãos
Foi demonstrado por diversos estudos que a
adesão à higiene das mãos entre médicos,
enfermeiros e outros profissionais da saúde
é baixa em todo mundo com proporção de 36
a 48%
17. Higienização das mãos
Barreiras na adesão à higiene das mãos:
Protocolos para higienização das mãos não estão
claros
Conhecimento limitado sobre prevenção de
infecção
Produtos não disponíveis ou distantes do paciente
Produtos que causam irritação / alergia na pele
Ocupados demais
Esquecimento
18. Higienização das mãos
Sabonete e água devem ser usados
quando:
Mãos estão visivelmente sujas
Paciente tem Clostridium difficile ou outra
infecção causada por bactéria com formação
de esporos
Antes de comer
Após usar o banheiro
20. Higienização das mãos
Uso de luvas:
não substitui a necessidade de higiene das
mãos
trocar as luvas entre pacientes
usar luvas em contato com sangue, outros
fluídos corpóreos, mucosas, quebra de pele e
curativos
não reutilizar as luvas
21. Desinfecção de Artigos
Hospitalares
Desinfecção: é o processo aplicado
a um artigo ou superfície que visa a
eliminação de microrganismos,
exceto esporos, das superfícies
fixas de equipamentos e mobílias
utilizadas em assistência à saúde.
22. Esterilização
Esterilização: é o processo que
utiliza agentes químicos ou físicos
para destruir todas as formas de
vida microbiana, sendo aplicada
especificamente a objetos
inanimados
30. Sonda Enteral
Por serem resistentes podem permanecer no paciente por
longo tempo (5 meses ou mais), sendo necessária
a troca somente quando apresentarem problemas como
ruptura, obstrução ou mal funcionamento.
Notas do Editor
Prevenindo Infecções Associadas à Assistência à Saúde ....... Como criar uma Cultura para prevenção de Infecção.
O objetivo deste módulo é:
Focar na importância da higiene das mãos para prevenir a disseminação de infecções. A higiene das mãos é a base de todos os programas para prevenção de todas as infecções.
Discutir novas práticas de higiene do paciente.
Discutir como introduzir um programa de higiene oral para a vida do paciente com cardiopatia congênita.
Depois do treinamento, os participantes terão uma compreensão das infecções associadas aos cuidados à saúde e sua prevenção.
Os objetivos desta aula são:
Definir as infecções associadas aos cuidados de saúde
Rever a forma como ocorrem as infecções
Avaliar a importância da higiene das mãos
Uma infecção associada com Cuidado à Saúde é definida pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos como uma condição resultante de uma reação adversa por um agente ou sua toxina.
Não deverá haver evidência de que a infecção estava presente ou incubada na hora da admissão ao hospital a menos que a infecção seja relacionada com admissão ou procedimento recente tal como uma infecção no sítio cirúrgico.
Estas infecções são a maior causa de morte e deficiência em todo mundo e custam bilhões de dólares.
Há 3 elementos básicos necessários para ocorrer uma infecção:
Primeiro, deve haver um agente infeccioso tal como bactéria, parasita, vírus ou fungo. Fontes de agentes infecciosos incluem humanos, animais e o meio ambiente.
Segundo, uma pessoa deve estar susceptível aos agentes infecciosos.
Terceiro, o modo de transmissão é a maneira que o agente infeccioso chega à pessoa susceptível. O modo de transmissão é o elemento chave na quebra do ciclo infeccioso. A maioria das práticas de prevenção de infecções são indicadas para a atingir esse elemento.
Recém-nascidos têm o sistema imune imaturo e pacientes cardiopatas têm outras condições tais como asplenia ou síndrome de Di George que aumentam o risco de infecção.
As três intervenções mais comuns que aumentam o risco de infecções associadas à assistência a saúde nos pacientes pediátricos são:
O uso de cateteres venosos centrais, ventilação mecânica e nutrição parenteral.
Além destes, o a abertura prolongada do esterno e exposição a transfusões de sangue adicionam risco para o desenvolvimento de infecções.
Há 5 modos de transmissão de agentes infecciosos mais conhecidos:
Contato, gotículas, aerossóis, veículo comum e vetor.
Os modos de transmissão variam de acordo com o tipo de agente infeccioso e alguns podem ser transmitidos por mais de uma via.
Contato é o modo de transmissão mais comum e é dividido em 2 categorias: direto e indireto.
Contato direto envolve a transferência de agentes infecciosos de uma pessoa infectada diretamente para uma outra pessoa.
Contato indireto envolve a transferência de um agente infeccioso por meio de um objeto intermediário contaminado ou uma pessoa.
As mãos contaminadas de profissionais da saúde são importantes contribuidores para a transmissão no contato indireto.
Equipamentos pessoais, profissionais e vestuário também podem espalhar agentes infecciosos quando em contato com o paciente.
Deve-se disponibilizar swabs de álcool 70% em cada quarto para que os profissionais limpem seus estetoscópios ao examinar pacientes diferentes.
Há muitos estudos que demonstram telefones, teclados e roupas como potenciais focos de infecção.
Os equipamentos devem ser limpos a cada começo de plantão e telefone celulares pessoais não são autorizados dentro da UTI.
Vestuário também podem disseminar patógenos. Profissionais da saúde devem usar uniforme limpo todos os dias. Jalecos devem ser lavados com frequência.
A transmissão por gotículas ocorre quando gotículas respiratórias carregando agentes infecciosos são impulsionadas a curta distância por meio de: tosse, espirro ou sucção endotraqueal.
Estes agentes podem causar infecções quando entram no nariz, nos olhos ou na boca de uma pessoa susceptível.
Não é necessário contato próximo com a pessoa doente.
São exemplos de doenças transmitidas por gotículas a influenza, a coqueluche e a meningococcemia.
A transmissão pelo ar ocorre quando partículas minúsculas que contem agentes infecciosos permanecem suspensas no ar por um logo período de tempo. Estas partículas podem ser levadas por longas distâncias nas correntes de ar.
Infecções ocorrem quando as partículas são inaladas por pessoas susceptíveis.
Não é necessário um contato próximo com a pessoa doente.
São exemplos a varicela, a caxumba e a tuberculose.
A transmissão por meio de um veículo comum ocorre quando um agente infeccioso é disseminado por fonte comum contaminada tais como comida, água ou medicamentos. Por exemplo a salmonelose.
As medicações em bolsa ou frascos devem preferencialmente possuir apenas uma entrada e quando possível chegarem já preparadas da farmácia.
Esta é uma rotina cara para ser implementada, porém com grandes benefícios posteriores.
A transmissão por meio de um vetor ocorre quando uma doença é transmitida aos humanos por um animal ou um inseto, tais como a raiva, a malária ou a dengue.
A intervenção número 1 para prevenir a disseminação de agentes infecciosos em ambientes hospitalares é a cuidadosa higienização das mãos pelos médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde.
Estima-se que 80% da transmissão de agentes infecciosos em hospitais ocorra por meio das mãos dos profissionais de saúde.
Agentes infecciosos podem sobreviver nas mãos por períodos que variam de alguns minutos até mais de uma hora.
Isto demonstra claramente a necessidade de uma cuidadosa higiene das mãos.
No entanto, diversos estudos demonstraram que a adesão à higiene das mãos entre médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde é baixa ao redor de todo mundo, variando de 36 a 48%.
Quando médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde são questionados sobre o por que não lavam as mãos, eles frequentemente respondem:
As orientações para higienização das mãos não são claras.
Existe falta de orientação sobre a importância da higiene das mãos ou não sabem quando fazer a higiene das mãos.
Produtos de higiene das mãos ou pias estão localizados em áreas distantes dos cuidados ao paciente.
Não gostam dos produtos devido ao odor, alergias ou irritação na pele.
Estão ocupados demais ou o paciente está grave demais para eles pararem para fazer a higiene das mãos.
Ou, até mesmo, se esquecem de fazer a higiene adequada das mãos.
Sabonete e água devem ser usados quando:
As mãos estiverem visivelmente sujas.
O paciente possuir Clostridium difficile ou outra infecção causada por bactéria com formação de esporos, tal como anthrax.
Antes de comer.
Após usar o banheiro.
Este pôster da OMS mostra os 5 momentos para higiene das mãos
Número 1: antes do contato com o paciente.
Número 2: antes de uma tarefa asséptica tais como trocar um curativo ou manusear um cateter.
Número 3: depois de exposição a fluídos corpóreos.
Número 4: depois do contato com o paciente.
E número 5: depois de contato com as imediações do paciente.
As luvas não dão proteção completa contra contaminação das mãos. Por isso, o uso de luvas não substitui a necessidade de higiene de mãos.
Pode haver contaminação no momento da colocação e ou da remoção das luvas, por isso, a higiene de mãos é necessária antes e após o uso das mesmas.
Sempre troque as luvas entre um paciente e outro, e após contato com outros equipamentos ou com o ambiente.
Devem ser trocadas as luvas e realizada a higiene de mãos depois de procedimento contaminado (como troca de curativo) antes de tocar o paciente novamente.
Luvas devem ser utilizadas em apenas um procedimento, e depois trocadas.
Se possível, NUNCA reutilizar luvas.
Além disso, o Boston Children`s Hospital implementou a posição de uma enfermeira de prevenção de infecção em todas as unidades de cuidados intensivos. Estes enfermeiros seniors são uma parceria com um membro do Departamento de Prevenção e Controle de infecção hospitalar.
As vantagens da implementação deste cargo são que os enfermeiros de prevenção de infecção das unidades podem dar toda a sua atenção para a unidade , todos os dias, sendo assim, a equipe de controle de infecção hospitalar tem tempo para cuidar do restante do hospital e todos as outras unidades.
Educação dos profissionais, implementação de bundles e realização de auditorias, na prática são muito demorados e mais trabalho pode ser realizado em um tempo mais curto com uma enfermeira de controle de infecção por unidade.
Deve existir uma constante atenção aos problemas detectados intervenções imediatas.
Realizar coleta de dados em tempo real.
O enfermeiro é um vigia interno que conhece a equipe, os pacientes, os procedimentos e a cultura da unidade.
Esta parte final da apresentação focará sobre a criação de uma cultura para higiene das mãos:
Iniciativas para reduzir infecções e melhorar a segurança do paciente são importantes mas mudanças na prática é tarefa difícil!
Manter o entusiasmo e os resultados é mais difícil ainda.
Formar uma equipe vai promover a aceitação da mudança na prática por todos os membros da equipe.
Membros da equipe devem incluir: médicos e equipe de enfermagem, especialistas no controle de infecção, liderança no hospital, e outro pessoal do hospital.
Sempre envolver especialistas; eles direcionarão mudanças na prática para intervenções baseadas em evidência.
Considerar o envolvimento de pais e pacientes.
Esta parte final da apresentação focará sobre a criação de uma cultura para higiene das mãos:
Iniciativas para reduzir infecções e melhorar a segurança do paciente são importantes mas mudanças na prática é tarefa difícil!
Manter o entusiasmo e os resultados é mais difícil ainda.
Formar uma equipe vai promover a aceitação da mudança na prática por todos os membros da equipe.
Membros da equipe devem incluir: médicos e equipe de enfermagem, especialistas no controle de infecção, liderança no hospital, e outro pessoal do hospital.
Sempre envolver especialistas; eles direcionarão mudanças na prática para intervenções baseadas em evidência.
Considerar o envolvimento de pais e pacientes.
Divirta-se com o programa de higiene das mãos.
Tenha um “nome para o conteúdo do programa”.
Ofereça um prêmio para o slogan vencedor.
Faça pôsteres para promover o programa ou peça para que os pacientes façam estes para seus quartos.
Este é pôster do programa no Boston Children`s Hospital intitulado “clube de mãos limpas“.
Há muitos modelos na internet que podem ser copiados e ou usados como base para poupar dinheiro.
Envolva os profissionais do hospital em diferentes aspectos no design de pôsteres para o programa, observe e faça sessões de feedback.
Identifique os líderes das unidades para criar o exemplo e promover o programa
Avalie as barreiras para adesão à higiene das mãos, com o objetivo de identificar as áreas para serem melhoradas.
O hospital fornece produtos para higiene das mãos?
Os Produtos para higiene das mãos estão disponíveis no “local do cuidado”
A OMS recomenda que haja 1 pia para cada 10 leitos com pelo menos sabão e toalhas para cada pia e produto em álcool gel para cada leito.
Os profissionais gostam dos produtos? Eles devem participar da escolha e avaliação dos produtos.
Os profissionais da prevenção de infecção devem instruir sobre a higiene das mãos e também os profissionais que irão observar a prática de higiene das mãos.
Os profissionais da prevenção de infecção devem instruir sobre a higiene das mãos, e também os profissionais que irão observar a prática de higiene das mãos.
Educação será o maior fator de sucesso !
Devem ocorrer:
Orientação sobre porque a higiene das mãos é importante e quando se faz necessária.
Treinamento dos novos profissionais, e retreinamentos anuais para os funcionários mais “antigos”.
Educação dos pacientes e familiares sobre a importância da higiene das mãos, e também orientá-los a cobrar os profissionais da saúde quanto a realização da mesma.
Estimulação dos profissionais a relatar quando a higiene das mãos não é realizada, não para criar desavenças, mas sim com o objetivo de crescimento.
A OMS fornece muitos materiais educacionais no seu WEBSITE.
Depois do pessoal ter sido instruído para observar a prática de higiene das mãos, colete os dados de base da prática na área de trabalho deles.
Continue a monitorar a prática de higiene das mãos regularmente.
A divulgação dos resultados em diversos locais vai assegurar que os profissionais, pacientes e suas famílias vão perceber as informações.
Use lembretes pelo hospital tais como pôsteres e boletins para promover a higiene das mãos.
Depois do pessoal ter sido instruído para observar a prática de higiene das mãos, colete os dados de base da prática na área de trabalho deles.
Continue a monitorar a prática de higiene das mãos regularmente.
A divulgação dos resultados em diversos locais vai assegurar que os profissionais, pacientes e suas famílias vão perceber as informações.
Use lembretes pelo hospital tais como pôsteres e boletins para promover a higiene das mãos.