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ESCOLA ESTADUAL HELENA GUERRA – CONTAGEM/MG
ATIVIDADE: Representações cartográficas, escalas e projeções
PROFESSOR: Andressa DISCIPLINA: Geografia
ESTUDANTE:
ANO: 2022 TURMA: 1º ENSINO MÉDIO DATA: Março/2022
Representações cartográficas, escalas e projeções
Evolução Tecnológica
O mapa é uma das mais antigas formas gráficas de comunicação, precedendo a própria escrita. Em um mapa, os
elementos que compõem o espaço geográfico são representados por pontos, linhas, texturas, cores e textos, ou seja,
são usados símbolos próprios da Cartografia. Além das coordenadas geográficas ou alfanuméricas (localização) e da
indicação do norte (orientação), que vimos no capítulo anterior, um mapa precisa ter:
• título, que nos informa quais são os fenômenos representados;
• legenda, que nos mostra o significado dos símbolos utilizados;
• escala, que indica a proporção entre a representação e a realidade e permite calcular as distâncias no terreno a partir
de medidas feitas no mapa. aprimoramento dos satélites e dos computadores permitiu grandes avanços nas técnicas de
coleta, processamento, armazenamento e representação de informações da superfície terrestre, causando grande
impacto nos processos de elaboração de mapas e nos conceitos da Cartografia. tipos de produtos cartográficos
Os mapas podem ser classificados em topográficos (ou de base) e temáticos. Num mapa topográfico, procura-se
representar a superfície terrestre o mais próximo possível da realidade, dentro das limitações impostas pela escala
pequena. Já numa carta topográfica, feita em escala média ou grande, há mais precisão entre a representação e a
realidade.
Representação do Relevo em carta topográfica
As curvas de nível (ou isoípsas) são linhas que unem os
pontos do relevo que têm a mesma altitude. Traçadas na
carta, permitem a visualização da declividade (inclinação)
do relevo. Quanto maior a declividade, mais próximas as
curvas de nível aparecem representadas; quanto menor a
declividade, maior o afastamento entre elas.
A maior ou menor declividade do relevo torna os solos
mais ou menos suscetíveis à erosão ou a
escorregamentos; facilita ou dificulta a construção de
cidades, rodovias, ferrovias ou oleodutos; favorece ou
não a instalação de fábricas ou a mecanização agrícola.
Como você percebeu, a topografia interfere na ocupação
do espaço geográfico.
Representações em escala pequena mostram áreas muito extensas, com poucos detalhes, e são geralmente chamadas
de mapas; já representações em escala grande ou média mostram áreas menores, porém com maior grau de
detalhamento, e são chamadas de cartas. Representações em escalas muito grandes e com alto grau de detalhamento
são chamadas de plantas.
Globo – representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais
de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa.
Mapa (características):
• representação plana;
• geralmente em escala pequena;
• área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), [limites] político-administrativos;
• destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.
A partir dessas características pode-se generalizar o conceito: “Mapa é a representação no plano, normalmente em
escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma
figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos temáticos,
culturais e ilustrativos.”
Carta (características):
• representação plana;
• escala média ou grande;
• desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
• limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e
localização de pontos, áreas e detalhes.
Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar: “Carta é a representação no plano, em escala
média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em
folhas delimitadas por linhas convencionais – paralelos e meridianos – com a finalidade de possibilitar a avaliação de
pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.”
Planta – a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito limitada e a escala é
grande, consequentemente o número de detalhes é bem maior. “Carta que representa uma área de extensão
suficientemente restrita para que a sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em consequência, a
escala possa ser considerada constante.”
IBGE. Noções básicas de Cartografia. Rio de Janeiro, 1999. p. 21. (Manuais técnicos em Geociências; 8).
________________________________________________________________________________________________
Projeções cartográficas
Uma projeção cartográfica é o resultado de um conjunto de operações que permite representar no plano, tendo como
referência paralelos e meridianos, os fenômenos que estão dispostos na superfície esférica. Quando vista do espaço
sideral, a Terra parece ser uma esfera perfeita, mas nosso planeta apresenta uma superfície irregular e é
levemente achatado nos polos. Por profissionais que produzem mapas fazem seus cálculos utilizando uma elipse, que
ao girar em torno de seu eixo menor forma um volume, o elipsoide de revolução. Segundo o IBGE, “o elipsoide é a
superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem subsídios para a elaboração de uma cartográfica”.
Ao fazerem a transferência de informações do elipsoide para o plano, os cartógrafos se deparam com um problema
insolúvel: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum tipo de distorção nas áreas, nas formas ou nas
distâncias da superfície terrestre. Só não há distorção perceptível em representações de escala suficientemente grande,
como é o caso das plantas, nas quais não é necessário considerar a curvatura da Terra. As projeções podem ser
classificadas em conformes, equivalentes, equidistantes ou afiláticas, dependendo das propriedades geométricas
presentes na relação globo terrestre/mapa-múndi. Além disso, podem ser agrupadas em três categorias principais,
dependendo da figura geométrica empregada em sua construção: cilíndricas (as mais comuns), cônicas ou azimutais
(também chamadas de planas).
Na projeção cônica, o globo parece estar envolvido por
um cone de papel no qual são projetados os paralelos e
os meridianos.
Observe que na projeção cilíndrica o globo terrestre
parece estar envolvido por um cilindro de papel no qual
são projetados os paralelos e os meridianos.
Na projeção azimutal ou plana, a terra parece ser
tangenciada em qualquer ponto por um pedaço de papel
no qual são projetados os paralelos e os meridianos.
Quando o globo é tangenciado num dos pólos, dizemos
que se trata de uma projeção polar.
Projeção conforme é aquela na qual os ângulos
são idênticos aos do globo, seja em um mapa-múndi, seja
em um regional. Nesse tipo de projeção, as formas
terrestres (continentes e ilhas) são representadas sem
distorção, porém com alteração do tamanho de suas
áreas. Apenas nas proximidades do centro de projeção,
que neste caso é o equador, é que se verifica distorção
mínima. Quanto maior o afastamento a partir dessa linha
imaginária, maior é a distorção. Por essa razão, quando
se utiliza esse tipo de projeção, geralmente só são
reproduzidos os territórios situados até 80º de latitude.
A mais conhecida projeção conforme é a de Mercator,
cartógrafo e matemático belga cujo nome verdadeiro era
Gerhard Kremer (1512-1594). Em 1569, Mercator abriu
novas perspectivas para a Cartografia,
ao construir uma projeção cilíndrica conforme que
imortalizou seu codinome No mapa-múndi de Mercator a
Europa aparece numa posição central, superior e, por se
situar em altas latitudes, proporcionalmente maior do que
é na realidade. Acabou se transformando no principal
representante da visão eurocêntrica do mundo. Durante
séculos, foi uma das projeções mais usadas na
elaboração de planisférios, e, apesar do surgimento
posterior de muitas outras, ainda hoje é bastante usada.
Equivalentes: Num mapa-múndi ou regional com projeção
equivalente as áreas mantêm-se proporcionalmente
idênticas às do globo terrestre, embora as formas estejam
deformadas em comparação com a realidade. Um
exemplo desse tipo de projeção é o mapa--múndi de
Peters, elaborado pelo historiador e cartógrafo alemão
Arno Peters (1916-2002) e publicado pela primeira vez
em 1973. Embora essa projeção não tenha rompido
completamente com a visão eurocêntrica, acabou dando
destaque aos países de baixa latitude, cujas áreas ficam
relativamente diminuídas na projeção de Mercator. Essa
representação do mundo atendeu aos anseios dos
Estados que se tornaram independentes após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945) e que nessa época eram
considerados subdesenvolvidos. Tentando afirmar- se
como nações autônomas, muitos desses países viram na
projeção de Peters a materialização cartográfica de suas
aspirações: receberem das demais nações o mesmo
tratamento dado aos Estados desenvolvidos.
Quando invertida em relação à convenção cartográfica
dominante, mostrando o sul na parte superior, como
chegou a ser impressa em alguns lugares, a projeção
passa a representar o planeta da perspectiva dos países
em desenvolvimento, que em grande parte estão situados
ao sul das regiões mais desenvolvidas. O mapa-múndi de
Hobo-Dyer, outra projeção equivalente, também
representa o mundo de forma “invertida”, com o sul no
topo, como se pode ver a seguir.
Esse mapa-múndi é uma Projeção de Hobo-Dyer
projeção cilíndrica equivalente, semelhante à de
Peters, foi criado em 2002 para mostrar uma visão
alternativa do mundo, centrada na África e mostra o sul
em destaque.
Equidistantes: Nos mapas-múndi com projeção azimutal
ou plana equidistante, a representação das distâncias
entre as regiões é precisa. Elaborada pelo astrônomo e
filósofo francês Guillaume Postel (1510-1581) e publicada
no ano de sua morte, adota como centro da projeção um
ponto qualquer do planeta para que seja possível medir a
distância entre esse ponto e qualquer outro. Por isso esse
tipo de projeção é utilizado especialmente para definir
rotas aéreas ou marítimas.
A projeção equidistante mais comum é centrada em um
dos polos, geralmente o polo norte, como no mapa ao
lado, mas, como foi dito, pode ter como centro qualquer
ponto da superfície terrestre. No centro da projeção,
pode-se situar a capital de um país, uma base aérea, a
sede de uma empresa transnacional, etc. Entretanto, ela
apresenta enormes distorções nas áreas e nas formas
dos continentes, que aumentam com o afastamento do
ponto central. Na projeção azimutal equidistante as
distâncias só são precisas se traçadas radialmente do
centro – no caso desta, o polo norte – até um ponto
qualquer do mapa. Projeção plana centrada em
Brasília-df.
Afiláticas: Atualmente é comum a utilização de projeções
com menores índices de distorção para o mapeamento do
planeta, como a de Robinson . Essa projeção afilática não
preserva nenhuma das propriedades de conformidade,
equivalência ou equidistância, mas em compensação não
distorce o planeta de forma tão acentuada como as
projeções que vimos anteriormente; por isso, tem sido
uma das mais utilizadas para mostrar o mundo em atlas
escolares e mapas de divulgação.
Mapas temáticos e gráficos
Os mapas podem, entretanto, mostrar mais do que a localização dos fenômenos no espaço e sua proporção. Também
podem representar, em diferentes escalas geográficas, sua diversidade:
• qualitativa: responde à pergunta “o quê?” e representa os diferentes elementos cartografados – cidades, rios,
mineração, indústrias, climas, cultivos, transportes, etc. – em diversos tipos de mapas;
• quantitativa: elucida a dúvida sobre “quanto?” e indica, por exemplo, o número da população urbana e o tamanho das
cidades, a quantidade de chuva mensal, o total da produção industrial, entre outros, permitindo a comparação entre
territórios diferentes;
• de classificação: registra a ordenação e a hierarquização de um fenômeno num determinado território, por exemplo, a
ordem das cidades no mapa que mostra a hierarquia urbana brasileira – metrópole
global, metrópole nacional, metrópole regional, centro regional –, ou a ordem das altitudes do relevo no mapa físico do
Brasil;
• dinâmica: mostra a variação de um fenômeno ao longo do tempo e sua movimentação no espaço geográfico: o fluxo de
população no território brasileiro, o fluxo de mercadorias no comércio internacional, entre outros.
A anamorfose geográfica é uma forma de representação cartográfica na qual os limites, aqui dados pelas Unidades da
Federação, são distorcidos para estabelecer uma relação proporcional entre a área e a quantidade de dados de
interesse da geografia.
Disponível em
<https://www.agb.org.br/covid19/2020/08/08/anamorfose-geografica-da-covid-19-no-brasil/#:~:text=A%20anamorfose%20geogr%C3%A1fica%20%C3
%A9%20uma,dados%20de%20interesse%20da%20geografia.> Acesso em 10 de mar. de 2022

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  • 1. ESCOLA ESTADUAL HELENA GUERRA – CONTAGEM/MG ATIVIDADE: Representações cartográficas, escalas e projeções PROFESSOR: Andressa DISCIPLINA: Geografia ESTUDANTE: ANO: 2022 TURMA: 1º ENSINO MÉDIO DATA: Março/2022 Representações cartográficas, escalas e projeções Evolução Tecnológica O mapa é uma das mais antigas formas gráficas de comunicação, precedendo a própria escrita. Em um mapa, os elementos que compõem o espaço geográfico são representados por pontos, linhas, texturas, cores e textos, ou seja, são usados símbolos próprios da Cartografia. Além das coordenadas geográficas ou alfanuméricas (localização) e da indicação do norte (orientação), que vimos no capítulo anterior, um mapa precisa ter: • título, que nos informa quais são os fenômenos representados; • legenda, que nos mostra o significado dos símbolos utilizados; • escala, que indica a proporção entre a representação e a realidade e permite calcular as distâncias no terreno a partir de medidas feitas no mapa. aprimoramento dos satélites e dos computadores permitiu grandes avanços nas técnicas de coleta, processamento, armazenamento e representação de informações da superfície terrestre, causando grande impacto nos processos de elaboração de mapas e nos conceitos da Cartografia. tipos de produtos cartográficos Os mapas podem ser classificados em topográficos (ou de base) e temáticos. Num mapa topográfico, procura-se representar a superfície terrestre o mais próximo possível da realidade, dentro das limitações impostas pela escala pequena. Já numa carta topográfica, feita em escala média ou grande, há mais precisão entre a representação e a realidade. Representação do Relevo em carta topográfica As curvas de nível (ou isoípsas) são linhas que unem os pontos do relevo que têm a mesma altitude. Traçadas na carta, permitem a visualização da declividade (inclinação) do relevo. Quanto maior a declividade, mais próximas as curvas de nível aparecem representadas; quanto menor a declividade, maior o afastamento entre elas. A maior ou menor declividade do relevo torna os solos mais ou menos suscetíveis à erosão ou a escorregamentos; facilita ou dificulta a construção de cidades, rodovias, ferrovias ou oleodutos; favorece ou não a instalação de fábricas ou a mecanização agrícola. Como você percebeu, a topografia interfere na ocupação do espaço geográfico. Representações em escala pequena mostram áreas muito extensas, com poucos detalhes, e são geralmente chamadas de mapas; já representações em escala grande ou média mostram áreas menores, porém com maior grau de detalhamento, e são chamadas de cartas. Representações em escalas muito grandes e com alto grau de detalhamento são chamadas de plantas. Globo – representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa. Mapa (características): • representação plana; • geralmente em escala pequena; • área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), [limites] político-administrativos; • destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos. A partir dessas características pode-se generalizar o conceito: “Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos temáticos, culturais e ilustrativos.” Carta (características): • representação plana; • escala média ou grande;
  • 2. • desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática; • limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes. Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar: “Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais – paralelos e meridianos – com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.” Planta – a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o número de detalhes é bem maior. “Carta que representa uma área de extensão suficientemente restrita para que a sua curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em consequência, a escala possa ser considerada constante.” IBGE. Noções básicas de Cartografia. Rio de Janeiro, 1999. p. 21. (Manuais técnicos em Geociências; 8). ________________________________________________________________________________________________ Projeções cartográficas Uma projeção cartográfica é o resultado de um conjunto de operações que permite representar no plano, tendo como referência paralelos e meridianos, os fenômenos que estão dispostos na superfície esférica. Quando vista do espaço sideral, a Terra parece ser uma esfera perfeita, mas nosso planeta apresenta uma superfície irregular e é levemente achatado nos polos. Por profissionais que produzem mapas fazem seus cálculos utilizando uma elipse, que ao girar em torno de seu eixo menor forma um volume, o elipsoide de revolução. Segundo o IBGE, “o elipsoide é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem subsídios para a elaboração de uma cartográfica”. Ao fazerem a transferência de informações do elipsoide para o plano, os cartógrafos se deparam com um problema insolúvel: qualquer que seja a projeção adotada, sempre haverá algum tipo de distorção nas áreas, nas formas ou nas distâncias da superfície terrestre. Só não há distorção perceptível em representações de escala suficientemente grande, como é o caso das plantas, nas quais não é necessário considerar a curvatura da Terra. As projeções podem ser classificadas em conformes, equivalentes, equidistantes ou afiláticas, dependendo das propriedades geométricas presentes na relação globo terrestre/mapa-múndi. Além disso, podem ser agrupadas em três categorias principais, dependendo da figura geométrica empregada em sua construção: cilíndricas (as mais comuns), cônicas ou azimutais (também chamadas de planas). Na projeção cônica, o globo parece estar envolvido por um cone de papel no qual são projetados os paralelos e os meridianos. Observe que na projeção cilíndrica o globo terrestre parece estar envolvido por um cilindro de papel no qual são projetados os paralelos e os meridianos. Na projeção azimutal ou plana, a terra parece ser tangenciada em qualquer ponto por um pedaço de papel no qual são projetados os paralelos e os meridianos. Quando o globo é tangenciado num dos pólos, dizemos que se trata de uma projeção polar. Projeção conforme é aquela na qual os ângulos são idênticos aos do globo, seja em um mapa-múndi, seja em um regional. Nesse tipo de projeção, as formas terrestres (continentes e ilhas) são representadas sem distorção, porém com alteração do tamanho de suas áreas. Apenas nas proximidades do centro de projeção, que neste caso é o equador, é que se verifica distorção mínima. Quanto maior o afastamento a partir dessa linha imaginária, maior é a distorção. Por essa razão, quando se utiliza esse tipo de projeção, geralmente só são reproduzidos os territórios situados até 80º de latitude. A mais conhecida projeção conforme é a de Mercator, cartógrafo e matemático belga cujo nome verdadeiro era Gerhard Kremer (1512-1594). Em 1569, Mercator abriu novas perspectivas para a Cartografia,
  • 3. ao construir uma projeção cilíndrica conforme que imortalizou seu codinome No mapa-múndi de Mercator a Europa aparece numa posição central, superior e, por se situar em altas latitudes, proporcionalmente maior do que é na realidade. Acabou se transformando no principal representante da visão eurocêntrica do mundo. Durante séculos, foi uma das projeções mais usadas na elaboração de planisférios, e, apesar do surgimento posterior de muitas outras, ainda hoje é bastante usada. Equivalentes: Num mapa-múndi ou regional com projeção equivalente as áreas mantêm-se proporcionalmente idênticas às do globo terrestre, embora as formas estejam deformadas em comparação com a realidade. Um exemplo desse tipo de projeção é o mapa--múndi de Peters, elaborado pelo historiador e cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) e publicado pela primeira vez em 1973. Embora essa projeção não tenha rompido completamente com a visão eurocêntrica, acabou dando destaque aos países de baixa latitude, cujas áreas ficam relativamente diminuídas na projeção de Mercator. Essa representação do mundo atendeu aos anseios dos Estados que se tornaram independentes após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e que nessa época eram considerados subdesenvolvidos. Tentando afirmar- se como nações autônomas, muitos desses países viram na projeção de Peters a materialização cartográfica de suas aspirações: receberem das demais nações o mesmo tratamento dado aos Estados desenvolvidos. Quando invertida em relação à convenção cartográfica dominante, mostrando o sul na parte superior, como chegou a ser impressa em alguns lugares, a projeção passa a representar o planeta da perspectiva dos países em desenvolvimento, que em grande parte estão situados ao sul das regiões mais desenvolvidas. O mapa-múndi de Hobo-Dyer, outra projeção equivalente, também representa o mundo de forma “invertida”, com o sul no topo, como se pode ver a seguir. Esse mapa-múndi é uma Projeção de Hobo-Dyer projeção cilíndrica equivalente, semelhante à de Peters, foi criado em 2002 para mostrar uma visão alternativa do mundo, centrada na África e mostra o sul em destaque. Equidistantes: Nos mapas-múndi com projeção azimutal ou plana equidistante, a representação das distâncias entre as regiões é precisa. Elaborada pelo astrônomo e filósofo francês Guillaume Postel (1510-1581) e publicada no ano de sua morte, adota como centro da projeção um ponto qualquer do planeta para que seja possível medir a distância entre esse ponto e qualquer outro. Por isso esse tipo de projeção é utilizado especialmente para definir rotas aéreas ou marítimas. A projeção equidistante mais comum é centrada em um dos polos, geralmente o polo norte, como no mapa ao
  • 4. lado, mas, como foi dito, pode ter como centro qualquer ponto da superfície terrestre. No centro da projeção, pode-se situar a capital de um país, uma base aérea, a sede de uma empresa transnacional, etc. Entretanto, ela apresenta enormes distorções nas áreas e nas formas dos continentes, que aumentam com o afastamento do ponto central. Na projeção azimutal equidistante as distâncias só são precisas se traçadas radialmente do centro – no caso desta, o polo norte – até um ponto qualquer do mapa. Projeção plana centrada em Brasília-df. Afiláticas: Atualmente é comum a utilização de projeções com menores índices de distorção para o mapeamento do planeta, como a de Robinson . Essa projeção afilática não preserva nenhuma das propriedades de conformidade, equivalência ou equidistância, mas em compensação não distorce o planeta de forma tão acentuada como as projeções que vimos anteriormente; por isso, tem sido uma das mais utilizadas para mostrar o mundo em atlas escolares e mapas de divulgação. Mapas temáticos e gráficos Os mapas podem, entretanto, mostrar mais do que a localização dos fenômenos no espaço e sua proporção. Também podem representar, em diferentes escalas geográficas, sua diversidade: • qualitativa: responde à pergunta “o quê?” e representa os diferentes elementos cartografados – cidades, rios, mineração, indústrias, climas, cultivos, transportes, etc. – em diversos tipos de mapas; • quantitativa: elucida a dúvida sobre “quanto?” e indica, por exemplo, o número da população urbana e o tamanho das cidades, a quantidade de chuva mensal, o total da produção industrial, entre outros, permitindo a comparação entre territórios diferentes; • de classificação: registra a ordenação e a hierarquização de um fenômeno num determinado território, por exemplo, a ordem das cidades no mapa que mostra a hierarquia urbana brasileira – metrópole global, metrópole nacional, metrópole regional, centro regional –, ou a ordem das altitudes do relevo no mapa físico do Brasil; • dinâmica: mostra a variação de um fenômeno ao longo do tempo e sua movimentação no espaço geográfico: o fluxo de população no território brasileiro, o fluxo de mercadorias no comércio internacional, entre outros. A anamorfose geográfica é uma forma de representação cartográfica na qual os limites, aqui dados pelas Unidades da Federação, são distorcidos para estabelecer uma relação proporcional entre a área e a quantidade de dados de interesse da geografia. Disponível em <https://www.agb.org.br/covid19/2020/08/08/anamorfose-geografica-da-covid-19-no-brasil/#:~:text=A%20anamorfose%20geogr%C3%A1fica%20%C3 %A9%20uma,dados%20de%20interesse%20da%20geografia.> Acesso em 10 de mar. de 2022