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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE HUMANIDADES – CH
UNIDADE ACADÊMICA DE GEOGRAFIA – UAG
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE GEOGRAFIA EM REDE/NÚCLEO DA UFCG
DISCIPLINA: EPISTEMOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
PROFESSORES: PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS E SERGIO LUIZ MALTA DE AZEVEDO
ESTUDANTES: JOEL SANTOS. LUIZ GUSTAVO, RODRIGO E TIAGO
A GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA E A
FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA
PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS
CAMPINA GRANDE/PB, 20 de abril de 2023
PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS
 Possui graduação em Licenciatura
Plena em Geografia pela
Universidade Estadual da Paraíba
(1996), mestrado em Geografia
pela Universidade Federal de
Pernambuco (2003) e doutorado
em Geografia pela Universidade
Federal de Pernambuco (2010).
 Atualmente é Professor da
Universidade Federal de Campina
Grande.
 OBJETIVO
ANALISAR O PAPEL EDUCATIVO DA GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA NA
FORMAÇÃO PARAA CIDADANIA NO BRASIL
EDUCAÇÃO, GEOGRAFIA ESCOLAR E FORMAÇÃO PARA CIDADANIA
Callai (1998), ao levantar os porquês de se estudar Geografia, afirmou
que há três razões que devem ser consideradas, quais sejam: conhecer
o mundo e obter informações; analisar, conhecer e explicar o espaço
produzido pela sociedade, as causas que lhe deram origem; e por
último, algo que não se refere ao conteúdo em si, mas ao objetivo
maior que dá conta de todo o mais, a formação cidadã. (FARIAS,
2020, pg. 14);
INSTRUMENTALIZAR O ALUNO
CONSTRUIR A SUA CIDADANIA
OBJETIVO DA ESCOLA
A GEOGRAFIA TEM UM
PAPEL SIGNIFICATIVO
Geografia Escolar Critica
 A Geografia Escolar Crítica pode colaborar para uma leitura geográfica;
 Consciência da realidade;
 Condição para ação política;
 Capaz de superar o modelo vigente;
 Contribui para a resistência e a militância política de professores e alunos
contra o status quo de uma sociedade exploradora.
Educação fundamentada
nos princípios da práxis
Educação geográfica
QUANTOS HABITANTES NO BRASIL SÃO CIDADÃOS?
QUANTOS NEM SABEM QUE NÃO SÃO?
CIDADANIA
CONCEPÇÕES DE CIDADANIA E A
GEOGRAFIA ESCOLAR
CIDADANIA
• Para Cavalcante (2008), a cidadania é o
exercício do direito a ter direitos e,
cidadão, portanto, é aquele que a exerce
ativa e democratamente, inclusive, criando
e ampliando direitos.
• Conforme argumenta Santos (2002b), [...] a
cidadania pressupõe o indivíduo no lugar.
Passa, portanto, pela compreensão do território
usado onde ela se materializa ou não.
(FARIAS, 2020, pg. 15);
CIDADANIA
ABSTRATA
X
CIDADANIA
CONCRETA
A NOÇÃO DE CIDADANIA SE INCREVE
NA HISTÓRIA
 Superação da
Sociedade Feudal e a
emergência da
Sociedade Capitalista;
 O cidadão nasce na
concepção de uma
sociedade burguesa;
 A noção de cidadania foi
se definindo ao sabor
dos embates sociais
que marcaram a
sociedade capitalista;
 No Brasil, a garantia e
extensão dos direitos
políticos dependem da
consolidação de
regimes democráticos;
 A constituição dos
sistemas escolares
nacionais foi parte do
projeto burguês na
criação dos Estados
nacionais;
A NOÇÃO DE CIDADANIA SE INCREVE
NA HISTÓRIA
 Os Sistemas escolares e a escolarização da
população se afirmaram ao longo do século XIX,
momento de consolidação do Estado Nacional e do
Capitalismo, sob a hegemonia da burguesia;
 Por trás do caráter cívico dado ao ensino de cada
país, era objetivo da classe burguesa perpetuar,
através dos sistemas educativos nacionais a estrutura
das relações de classe.
EDUCAÇÃO NACIONAL “UNIVERSAL” E DEOLOGIA PATRIOTA “NACIONALISTA”
CIDADÃO PATRIOTA
 A educação assumia um importante papel na
construção da cidadania como qualidade de membro;
 Formação de uma unidade comum entre os sujeitos;
 Construção de uma identidade;
 Os espaços escolares praticavam o culto aos símbolos
nacionais;
 Unificação da língua;
 Geografia Escolar foi matéria relevante;
CIDADÃO PATRIOTA NO BRASIL
 Governo imperial;
 Estado Novo e do Varguismo (1930);
 Industrialização, modernização e integração do
território;
 Criação de vários organismo (IBGE, CNG, UFRJ, USP)
 Educação baseada numa pedagogia tradicional;
 Leis Orgânicas (1930) reformas de Campanema;
CIDADÃO PATRIOTA NO BRASIL
 Para se formar o cidadão patriota brasileiro, a Geografia
Escolar fortemente amparada pelo possibilismo
geográfico oriundo da França, assumiu, “a ideologia do
nacionalismo patriótico em sua prática pedagógica”.
 Essa geografia serviu e serve para mascarar a
realidade, os problemas enfrentados pela sociedade.
 Contribuiu para a manutenção da ordem vigente;
 Os Planos de Metas de JK (1956-1961) não fizeram
parte a edificação da cidadania.
CIDADÃO PRODUTIVO
 Jango e a tentativa de reformas (1961-1964);
 Ditadura militar (1964-1985);
 Segundo Frigotto e Ciavata (2003, p. 50) o cidadão
produtivo, corresponde ao “trabalhador que faz, produz mais
rapidamente, tem qualidade e é mais competente”, ao mesmo
tempo em que deve ser desprovido de historicidade, da
consciência de classe e do conhecimento de viver em uma
sociedade concreta baseada na exploração do seu trabalho;
 A educação assumiu um papel de extrema relevância para a
formação desse tipo de cidadão (mão de obra barata,
consciência política entorpecida pelo nacionalismo patriótico
alienado).
 Acordo entre o MEC e a USAIDA formularam a Lei 5.692/71 que
passa a atender as anseios da ditadura militar:
 Assumiu a tendência tecnicista (Skinner/modeladora do
comportamento);
 Nesse modelo educacional, as Ciências Humanas foram
secundarizadas;
 Na estrutura universitária brasileira foi introduzido o paradigma
neopositivista da ciência geográfica (Geografia Pragmática, Geografia
Quantitativa ou Nova Geografia). Nesse sentido, as universidades
tiveram que se adequar aos interesses do planejamento estatal e
empresarial utilizando os órgãos do Estado, como IBGE e a SUDENE;
 Na geografia escolar, esse paradigma não se traduziu diretamente em
uma variante pedagógica, mas foram utilizados temas, conceitos,
instrumentos de síntese e organização de dados, formas de
regionalização. Ademais esses elementos foram introduzidos em uma
disciplina esvaziada e reduzida, descritiva, objetiva, neutra, dual,
voltada a memorização.
 Segundo a lei 5.692/71 coube a escola formar cidadão produtivo,
necessário ao projeto de modernização pela via da industrialização;
 O modelo de educação tecnicista voltado para atender aos projeto de
formação do cidadão produtivo impactou na estrutura do currículo e,
por conseguinte, na geografia escolar.
 Surgimento da disciplina denominada de Estudos Sociais;
 Carga horária reduzida para abrir espaço às matérias Educação Moral
e Cívica e OSPB;
 A partir do 2º ano do Ensino Médio, o aluno poderia optar pela
formação técnica para concluir esse etapa de ensino;
 A inserção do Brasil no contexto da Guerra Fria:
 Supressão das liberdades civis e políticos que inibiram qualquer conquista dos
direitos sociais pelos trabalhadores brasileiros.
 Agravaram a concentração de riqueza e as injustiças sociais já existentes entre
as pessoas, lugares e regiões, corroborando para o aumento da massa
empobrecida e o aprofundamento das desigualdade socioespaciais;
 Esse contexto, contribuiu para a elaboração do cidadão mutilado e, por
conseguinte, da cidadania amputada, com Santos define (2002b);
 Ao adotarem o modelo tecnicista, deram forma a um ensino unilateral, dual e
excludente. Funcionando com uma barreira ao cesso do filho do trabalhador a
uma formação integral, universal e omnilateral. Nesse sentido, prejudicando a
construção da sua consciência política, crítica e transformadora sobre a sua
realidade.
Concepções de cidadania e a Geografia Escolar
 A partir de 1974: crise internacional do petróleo
 Movimentos sociais e mobilização
 Compreensão de que os sistemas escolares não só reproduziam a sociedade,
mas também poderiam ser o locus para a contestação das suas hierarquias
sociais e, portanto, para a sua transformação.
 Compreensão freiriana de uma educação libertadora e conscientizadora.
 Reorganização política dos docentes - contestações ao modelo pedagógico
pragmático e reprodutivista da Lei 5.692/71
 Enfoque da filosofia da práxis ou como um ato político.
 Emergência das tendências pedagógicas histórico-sociais, críticas ou culturais
e libertadoras na prática curricular.
 No campo da Geografia - insatisfação com as perspectivas teóricas vigente.
 Perspectivas críticas (preocupadas com os dilemas da sociedade e fazer do
saber geográfico um dos instrumentos para superá-los).
 Movimento de renovação do pensamento geográfico
 Pensadores da Escola de Frankfurt, dos anarquistas (Réclus e Kropotkin), de
Michel Foucault, de Marx e dos marxistas não dogmáticos, como Gramsci.
 os livros Geografia isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra, do
francês Yves Lacoste; Marxismo e Geografia, do italiano Máximo Quaini, e
Por uma geografia nova, do brasileiro Milton Santos.
 A Geografia assume o compromisso político de superação das injustiças
sociais.
 Abertura para movimentos sociais, com a finalidade de contribuir para a
construção ou ampliação dos direitos civis e sociais (compromisso com a
edificação do cidadão integral).
 Os postulados da Geografia Crítica se constituíram e se constituem na
criticidade e no engajamento.
 Constituição cidadã de 1988 e os entraves para se concretizar nas práticas
pedagógicas dos professores.
 Resistência e rejeição aos novos conteúdos e as suas novas formas de abordá-
los.
 Kaercher: a Geografia Escolar como um pastel de vento e que, por isso, o gato
come a Geografia Crítica.
 armadilhas que inibiram a Geografia Escolar Crítica de aproveitar as
possibilidades históricas para contribuir com a formação da criticidade do
educando a partir da análise/síntese espacial, fundamental às lutas políticas
inerentes à cidadania real, integral, irrestrita e concreta.
 A partir da década de 1990 dificuldade das perspectivas de correção dos
desvios da Geografia Crítica Escolar;
 Chauí - transformação de direito social em serviço que se compra e vende no
mercado.
 Educação brasileira foi modificada para contemplar os ditames do mercado.
 emergiram os paradigmas pós-modernos, pós-estruturalistas e pós-críticos, que
buscaram extirpar, interditar ou imobilizar as teorias críticas no campo do
pensamento.
 Passou-se a refutar a totalidade em processo de totalização empírica.
 Enveredaram para análises mais finas e de pequenos recortes espaço-temporais,
deram ênfase as questões mais ligadas às subjetividades, identidades e
diversidades humanas, consequentemente, ficaram menos atentas às
contradições sociais das sociedades capitalistas concretas.
 Impactos nas propostas: LDB (Lei 9.396/1996), os sistemas nacionais de
avaliação padronizadas, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) etc.
 Por se enquadrarem na concepção de educação nos moldes neoliberais, foram
retomadas as perspectivas pedagógicas pragmáticas coincidentes com a ideia de
educação como formadora do capital humano e com a concepção social
neoliberal: neotecnicismo, pedagogia das competências, neoescolanovismo,
neoconstrutivismo e pedagogia corporativa (SAVIANI, 2013).
 Os governos de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores (2002-2016)
 Impeachment.
 realinhamento do Brasil ao neoliberalismo radical e aprofundamento da
sua transformação em espaço nacional da economia internacional.
 Reforma da LDB (Lei 9.396/1996), com a Lei 13.415/2017, que reforça o
caráter da educação voltada para a formação do cidadão produtivo e
consumidor.
 Formação profissional como um dos itinerários do currículo;
 Geografia e a História, não aparecem como matérias obrigatórias.
 Consequências:
 Prejuízo a formação humanista dos filhos dos trabalhadores;
 Desigualdade de oportunidades na educação;
 BNCC de Geografia - ecletismo da sua fundamentação teórica-metodológico.
 Não esclarece as condições do trabalho alienado que estão no cerne dessa
produção/reprodução
 impacto na formação do professor, na concepção de Geografia que a escola
deve assumir, no livro didático e outros materiais de apoio, as formas de
avaliar.
 Emergência da extrema direita ao poder - extirpação dos direitos dos
trabalhadores e de direitos sociais da população.
 EDUCAÇÃO PARAA CIDADANIA PLENA E A GEOGRAFIA
 Objetivar a emancipação e libertação humanas / Integral, universal e
omnilateral;
 Aprender geograficamente o mundo, o contexto no espaço social;
 Uma leitura consciente e crítica do seu objeto de estudo: o espaço geográfico
(FARIAS, 2007 e 2014);
 Construção do saber geográfico crítico deve permitir as relações das crianças e
jovens da classe trabalhadora com o mundo, mediadas pela prática
transformadora desse mundo;
 Relação a proposta do PCN e BNCC
 Procedimentos metodológicos: observar, descrever, analisar, sintetizar,
compreender, explicar, e representar cartograficamente os espaços;
 “A ideia de cidadania está ligada à ideia de indivíduo forte, que se diferencia da
ideia do sujeito [produtor]/consumidor fraco, débil, até mesmo debiloide”
(SANTOS apud PEREZ, 2001, PP.111-112);
 Fomentar a ruptura com a lógica do capital neoliberal, propondo constantemente
novos meios de formação para uma cidadania plena, para a contribuição da
transformação social, e fundamentação na filosofia da práxis.
Referência
 FARIAS, Paulo Sérgio Cunha. A GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA E A
FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA. Revista GeoSertões, [S.l.], v. 5, n.
10, p. 12-39, mar. 2021. ISSN 2525-5703. Disponível em:
<https://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/geosertoes/article/view/1649>
. Acesso em: 12 abr. 2023.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE HUMANIDADES – CH UNIDADE ACADÊMICA DE GEOGRAFIA – UAG MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE GEOGRAFIA EM REDE/NÚCLEO DA UFCG DISCIPLINA: EPISTEMOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA PROFESSORES: PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS E SERGIO LUIZ MALTA DE AZEVEDO ESTUDANTES: JOEL SANTOS. LUIZ GUSTAVO, RODRIGO E TIAGO A GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA E A FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS CAMPINA GRANDE/PB, 20 de abril de 2023
  • 2. PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS  Possui graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba (1996), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2003) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2010).  Atualmente é Professor da Universidade Federal de Campina Grande.
  • 3.  OBJETIVO ANALISAR O PAPEL EDUCATIVO DA GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA NA FORMAÇÃO PARAA CIDADANIA NO BRASIL EDUCAÇÃO, GEOGRAFIA ESCOLAR E FORMAÇÃO PARA CIDADANIA Callai (1998), ao levantar os porquês de se estudar Geografia, afirmou que há três razões que devem ser consideradas, quais sejam: conhecer o mundo e obter informações; analisar, conhecer e explicar o espaço produzido pela sociedade, as causas que lhe deram origem; e por último, algo que não se refere ao conteúdo em si, mas ao objetivo maior que dá conta de todo o mais, a formação cidadã. (FARIAS, 2020, pg. 14);
  • 4. INSTRUMENTALIZAR O ALUNO CONSTRUIR A SUA CIDADANIA OBJETIVO DA ESCOLA A GEOGRAFIA TEM UM PAPEL SIGNIFICATIVO
  • 5. Geografia Escolar Critica  A Geografia Escolar Crítica pode colaborar para uma leitura geográfica;  Consciência da realidade;  Condição para ação política;  Capaz de superar o modelo vigente;  Contribui para a resistência e a militância política de professores e alunos contra o status quo de uma sociedade exploradora. Educação fundamentada nos princípios da práxis Educação geográfica
  • 6. QUANTOS HABITANTES NO BRASIL SÃO CIDADÃOS? QUANTOS NEM SABEM QUE NÃO SÃO? CIDADANIA
  • 7. CONCEPÇÕES DE CIDADANIA E A GEOGRAFIA ESCOLAR CIDADANIA • Para Cavalcante (2008), a cidadania é o exercício do direito a ter direitos e, cidadão, portanto, é aquele que a exerce ativa e democratamente, inclusive, criando e ampliando direitos. • Conforme argumenta Santos (2002b), [...] a cidadania pressupõe o indivíduo no lugar. Passa, portanto, pela compreensão do território usado onde ela se materializa ou não. (FARIAS, 2020, pg. 15); CIDADANIA ABSTRATA X CIDADANIA CONCRETA
  • 8. A NOÇÃO DE CIDADANIA SE INCREVE NA HISTÓRIA  Superação da Sociedade Feudal e a emergência da Sociedade Capitalista;  O cidadão nasce na concepção de uma sociedade burguesa;  A noção de cidadania foi se definindo ao sabor dos embates sociais que marcaram a sociedade capitalista;  No Brasil, a garantia e extensão dos direitos políticos dependem da consolidação de regimes democráticos;  A constituição dos sistemas escolares nacionais foi parte do projeto burguês na criação dos Estados nacionais;
  • 9. A NOÇÃO DE CIDADANIA SE INCREVE NA HISTÓRIA  Os Sistemas escolares e a escolarização da população se afirmaram ao longo do século XIX, momento de consolidação do Estado Nacional e do Capitalismo, sob a hegemonia da burguesia;  Por trás do caráter cívico dado ao ensino de cada país, era objetivo da classe burguesa perpetuar, através dos sistemas educativos nacionais a estrutura das relações de classe. EDUCAÇÃO NACIONAL “UNIVERSAL” E DEOLOGIA PATRIOTA “NACIONALISTA”
  • 10. CIDADÃO PATRIOTA  A educação assumia um importante papel na construção da cidadania como qualidade de membro;  Formação de uma unidade comum entre os sujeitos;  Construção de uma identidade;  Os espaços escolares praticavam o culto aos símbolos nacionais;  Unificação da língua;  Geografia Escolar foi matéria relevante;
  • 11. CIDADÃO PATRIOTA NO BRASIL  Governo imperial;  Estado Novo e do Varguismo (1930);  Industrialização, modernização e integração do território;  Criação de vários organismo (IBGE, CNG, UFRJ, USP)  Educação baseada numa pedagogia tradicional;  Leis Orgânicas (1930) reformas de Campanema;
  • 12. CIDADÃO PATRIOTA NO BRASIL  Para se formar o cidadão patriota brasileiro, a Geografia Escolar fortemente amparada pelo possibilismo geográfico oriundo da França, assumiu, “a ideologia do nacionalismo patriótico em sua prática pedagógica”.  Essa geografia serviu e serve para mascarar a realidade, os problemas enfrentados pela sociedade.  Contribuiu para a manutenção da ordem vigente;  Os Planos de Metas de JK (1956-1961) não fizeram parte a edificação da cidadania.
  • 13. CIDADÃO PRODUTIVO  Jango e a tentativa de reformas (1961-1964);  Ditadura militar (1964-1985);  Segundo Frigotto e Ciavata (2003, p. 50) o cidadão produtivo, corresponde ao “trabalhador que faz, produz mais rapidamente, tem qualidade e é mais competente”, ao mesmo tempo em que deve ser desprovido de historicidade, da consciência de classe e do conhecimento de viver em uma sociedade concreta baseada na exploração do seu trabalho;  A educação assumiu um papel de extrema relevância para a formação desse tipo de cidadão (mão de obra barata, consciência política entorpecida pelo nacionalismo patriótico alienado).
  • 14.  Acordo entre o MEC e a USAIDA formularam a Lei 5.692/71 que passa a atender as anseios da ditadura militar:  Assumiu a tendência tecnicista (Skinner/modeladora do comportamento);  Nesse modelo educacional, as Ciências Humanas foram secundarizadas;  Na estrutura universitária brasileira foi introduzido o paradigma neopositivista da ciência geográfica (Geografia Pragmática, Geografia Quantitativa ou Nova Geografia). Nesse sentido, as universidades tiveram que se adequar aos interesses do planejamento estatal e empresarial utilizando os órgãos do Estado, como IBGE e a SUDENE;  Na geografia escolar, esse paradigma não se traduziu diretamente em uma variante pedagógica, mas foram utilizados temas, conceitos, instrumentos de síntese e organização de dados, formas de regionalização. Ademais esses elementos foram introduzidos em uma disciplina esvaziada e reduzida, descritiva, objetiva, neutra, dual, voltada a memorização.
  • 15.  Segundo a lei 5.692/71 coube a escola formar cidadão produtivo, necessário ao projeto de modernização pela via da industrialização;  O modelo de educação tecnicista voltado para atender aos projeto de formação do cidadão produtivo impactou na estrutura do currículo e, por conseguinte, na geografia escolar.  Surgimento da disciplina denominada de Estudos Sociais;  Carga horária reduzida para abrir espaço às matérias Educação Moral e Cívica e OSPB;  A partir do 2º ano do Ensino Médio, o aluno poderia optar pela formação técnica para concluir esse etapa de ensino;
  • 16.  A inserção do Brasil no contexto da Guerra Fria:  Supressão das liberdades civis e políticos que inibiram qualquer conquista dos direitos sociais pelos trabalhadores brasileiros.  Agravaram a concentração de riqueza e as injustiças sociais já existentes entre as pessoas, lugares e regiões, corroborando para o aumento da massa empobrecida e o aprofundamento das desigualdade socioespaciais;  Esse contexto, contribuiu para a elaboração do cidadão mutilado e, por conseguinte, da cidadania amputada, com Santos define (2002b);  Ao adotarem o modelo tecnicista, deram forma a um ensino unilateral, dual e excludente. Funcionando com uma barreira ao cesso do filho do trabalhador a uma formação integral, universal e omnilateral. Nesse sentido, prejudicando a construção da sua consciência política, crítica e transformadora sobre a sua realidade.
  • 17. Concepções de cidadania e a Geografia Escolar  A partir de 1974: crise internacional do petróleo  Movimentos sociais e mobilização  Compreensão de que os sistemas escolares não só reproduziam a sociedade, mas também poderiam ser o locus para a contestação das suas hierarquias sociais e, portanto, para a sua transformação.  Compreensão freiriana de uma educação libertadora e conscientizadora.  Reorganização política dos docentes - contestações ao modelo pedagógico pragmático e reprodutivista da Lei 5.692/71  Enfoque da filosofia da práxis ou como um ato político.  Emergência das tendências pedagógicas histórico-sociais, críticas ou culturais e libertadoras na prática curricular.
  • 18.  No campo da Geografia - insatisfação com as perspectivas teóricas vigente.  Perspectivas críticas (preocupadas com os dilemas da sociedade e fazer do saber geográfico um dos instrumentos para superá-los).  Movimento de renovação do pensamento geográfico  Pensadores da Escola de Frankfurt, dos anarquistas (Réclus e Kropotkin), de Michel Foucault, de Marx e dos marxistas não dogmáticos, como Gramsci.  os livros Geografia isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra, do francês Yves Lacoste; Marxismo e Geografia, do italiano Máximo Quaini, e Por uma geografia nova, do brasileiro Milton Santos.  A Geografia assume o compromisso político de superação das injustiças sociais.  Abertura para movimentos sociais, com a finalidade de contribuir para a construção ou ampliação dos direitos civis e sociais (compromisso com a edificação do cidadão integral).
  • 19.  Os postulados da Geografia Crítica se constituíram e se constituem na criticidade e no engajamento.  Constituição cidadã de 1988 e os entraves para se concretizar nas práticas pedagógicas dos professores.  Resistência e rejeição aos novos conteúdos e as suas novas formas de abordá- los.  Kaercher: a Geografia Escolar como um pastel de vento e que, por isso, o gato come a Geografia Crítica.  armadilhas que inibiram a Geografia Escolar Crítica de aproveitar as possibilidades históricas para contribuir com a formação da criticidade do educando a partir da análise/síntese espacial, fundamental às lutas políticas inerentes à cidadania real, integral, irrestrita e concreta.
  • 20.  A partir da década de 1990 dificuldade das perspectivas de correção dos desvios da Geografia Crítica Escolar;  Chauí - transformação de direito social em serviço que se compra e vende no mercado.  Educação brasileira foi modificada para contemplar os ditames do mercado.  emergiram os paradigmas pós-modernos, pós-estruturalistas e pós-críticos, que buscaram extirpar, interditar ou imobilizar as teorias críticas no campo do pensamento.  Passou-se a refutar a totalidade em processo de totalização empírica.  Enveredaram para análises mais finas e de pequenos recortes espaço-temporais, deram ênfase as questões mais ligadas às subjetividades, identidades e diversidades humanas, consequentemente, ficaram menos atentas às contradições sociais das sociedades capitalistas concretas.
  • 21.  Impactos nas propostas: LDB (Lei 9.396/1996), os sistemas nacionais de avaliação padronizadas, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) etc.  Por se enquadrarem na concepção de educação nos moldes neoliberais, foram retomadas as perspectivas pedagógicas pragmáticas coincidentes com a ideia de educação como formadora do capital humano e com a concepção social neoliberal: neotecnicismo, pedagogia das competências, neoescolanovismo, neoconstrutivismo e pedagogia corporativa (SAVIANI, 2013).  Os governos de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores (2002-2016)  Impeachment.  realinhamento do Brasil ao neoliberalismo radical e aprofundamento da sua transformação em espaço nacional da economia internacional.  Reforma da LDB (Lei 9.396/1996), com a Lei 13.415/2017, que reforça o caráter da educação voltada para a formação do cidadão produtivo e consumidor.  Formação profissional como um dos itinerários do currículo;  Geografia e a História, não aparecem como matérias obrigatórias.
  • 22.  Consequências:  Prejuízo a formação humanista dos filhos dos trabalhadores;  Desigualdade de oportunidades na educação;  BNCC de Geografia - ecletismo da sua fundamentação teórica-metodológico.  Não esclarece as condições do trabalho alienado que estão no cerne dessa produção/reprodução  impacto na formação do professor, na concepção de Geografia que a escola deve assumir, no livro didático e outros materiais de apoio, as formas de avaliar.  Emergência da extrema direita ao poder - extirpação dos direitos dos trabalhadores e de direitos sociais da população.
  • 23.  EDUCAÇÃO PARAA CIDADANIA PLENA E A GEOGRAFIA  Objetivar a emancipação e libertação humanas / Integral, universal e omnilateral;  Aprender geograficamente o mundo, o contexto no espaço social;  Uma leitura consciente e crítica do seu objeto de estudo: o espaço geográfico (FARIAS, 2007 e 2014);  Construção do saber geográfico crítico deve permitir as relações das crianças e jovens da classe trabalhadora com o mundo, mediadas pela prática transformadora desse mundo;  Relação a proposta do PCN e BNCC  Procedimentos metodológicos: observar, descrever, analisar, sintetizar, compreender, explicar, e representar cartograficamente os espaços;  “A ideia de cidadania está ligada à ideia de indivíduo forte, que se diferencia da ideia do sujeito [produtor]/consumidor fraco, débil, até mesmo debiloide” (SANTOS apud PEREZ, 2001, PP.111-112);  Fomentar a ruptura com a lógica do capital neoliberal, propondo constantemente novos meios de formação para uma cidadania plena, para a contribuição da transformação social, e fundamentação na filosofia da práxis.
  • 24. Referência  FARIAS, Paulo Sérgio Cunha. A GEOGRAFIA ESCOLAR CRÍTICA E A FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA. Revista GeoSertões, [S.l.], v. 5, n. 10, p. 12-39, mar. 2021. ISSN 2525-5703. Disponível em: <https://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/geosertoes/article/view/1649> . Acesso em: 12 abr. 2023.