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Klaus-Dieter Budras · Patrick H. McCarthy ·Wolfgang Fricke ·
Renate Richter ·Aaron Horowitz · Rolf Berg
Anatomia
TEXTO EATLAS
o Cão
Sª
edição
Anatomia do Cão
TEXTO EATLAS
Anatomia do Cão
TEXTO EATLAS
Sª edição
Prof. Klaus-Dieter Budras
lnstitute ofVeterinary Anatomy
Free University of Berlin
Prof. Patrick H. McCarthy
Dept. ofVeterinary Anatomy, Universityof Sydney
Prof. Aaron Horowitz
Prof. Rolf Berg
Oept. of Structure and Function
School ofVeterinary Medicine
Ross University, St. Kitts, West lndies
Ilustradores científicos
Wolfgang Fricke
Renate Richter
Colaboradores
Prof. Dr. Christoph Mülling, Dr.Anita Wünsche e Dr. Sven Reese
Contribuições para aanatomiaclínica efuncional
Dr. Sven Reese, Dr. Klaus Gerlach e Prof. Klaus-Dieter Budras
~
Manole
Introdução à técnica radiográfica ediagnóstico por ultrassom
Prof. Cordula Poulsen Nautrup
Introdução à tomografia computadorizada
Dr. Claudia Noller
Outros colaboradores da edição original:
Prof. Dr. Hermann Bragulla, SchoolofVeterinary Medicine,
Louisiana State University, Baton Rouge, USA
Dr. Klaus Gerlach Ph.D., Tierãntliche Praxis, Berlin
TA Claudia Herrmann, Institui für Veterinãr-Anatomie,
Freie Universitãt Berlin
Dr. Ruth Hirschberg, Institui für Veterin,ir-Anatomie,
Freie Universitãt Berlin
Prof. Dr. Dr. h.c. Horst E. Kõnig, Institui für Anatomie,
Veterinãrmedizinische Universitãt Wien
Prof. Dr. Dr. h. c. Hans-Georg Liebich, Institui für Tieranatomie,
Ludwig-Maximilians-Universitãt München
Prof. Dr. Christoph Mülling, Faculty ofVeterinary Medicine,
University ofCalgary
Dr. Claudia Nõller, Institui für Veterinãr-Anatomie,
Freie Universitãt Berlin
Prof. Cordula Poulsen Nautrup, Institui für Tieranatomie,
Ludwig-Maximilians-Universitãt München
Dr. Sven Reese Ph.D., Institui für Tieranatomie, Ludwig-Maximilians-
-Universitãt München
Dr. Anita Wünsche, Institui für Veterinãr-Anatomie,
Freie Universitat Berlin
Prof. Dr. Paul Simoens, Faculteit Diergeneskunde, Gent, Belgium
Colaboração editorial:
Dr. Silke Buda, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin
índice remissivo:
Thilo Voges, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin
O índice de colaboradores mais antigos, bem como das fontes de ilus-
trações, radiografias e fotografias, pode ser obtido na edição anterior.
Título do original em inglês: Anatomy ofthe Dog - s••edition
Copyright © 2010 Schlütersche Verlagsgesellschaft mbH & Co. KG,
Hans-Bõckler-Allee 7, 30173 Hannover
Este livro contempla as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portu-
guesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
11-14103
Anatomia do cão : texto e atlas / Klaus-Dieter
Budras...[et ai.] ; ilustradores científicos
Wolfang Fricke, Renate Richter ; revisores
cientificos José Roberto Kfoury Junior e Paula de
Carvalho Papa; 1traduzido por Fabiana
Buassaly Leistner). - - 5. ed. -- Barueri, SP: Manole,
2012.
Outros autores: Patrick H. McCarthy, Aaron
Horowitz, Rolf Berg
Título original: Anatomy ofthe dog.
Vários colaboradores.
ISBN 978-85-204-3189-4
1. Cães - Anatomia 2. Cães - Anatomia - Atlas
1. Budras, Klaus-Dieter. II. McCarthy, Patrick H..
lll. Horowitz, Aaron. IV. Berg, Rolf. V. Fricke,
Wolfgang. VI. Richter, Renate.
CDD-636.7089100222
lndices para catálogo sistemático:
1. Cães : Anatomia : Atlas 636.7089100222
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida,
por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores.
t proibida a reprodução por xerox.
A Editora Manole é fil iada à ABDR - Associação Brasileira de
Direitos Reprográficos.
Edição brasileira - 2012
Direitos em língua portuguesa adquiridos pela:
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06460-120 - Barueri - SP - Brasil
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www.manole.com.br
info@manole.com.br
1mpresso no Brasil
Printed in Brazil
Colaboradores da edição brasileira:
Tradução: Ora. Fabiana Buassaly Leistner
Médica veterinária e tradutora
Revisão científica:
Prof. Dr. José Roberto Kfoury Junior
Graduaç.'io em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)
Mestrado em Patologia Animal pela Tokyo University of Marine Science
and Technology - Japão
Doutorado em Imunologia pela Tokyo University of Marine Science
and Technology- Japão
Pós-Doutorado pela Justus Liebig Universitãt lnstitute for Veterinary
Anatomy Giessen - Alemanha
Professor Doutor do Setor de Anatomia, Departamento de Cirurgia da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de
São Paulo (USP)
Profa. Ora. Paula de Carvalho Papa
Graduaçào em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP)
.Mestrado em Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (USP)
Doutorado em Medicina Veterinária pela Universitãt Giessen - Alemanha
Pós-Doutorado pela Tierãntliche Hochschtde Hannover e pela
Justus-Liebig Universitãt Giessen - Alemanha
Sabático no Institut für Veterinãranatomie, VetSuisse Facultai, Universitãt
Zürich - Suíça
Professora Associada do Setor de Anatomia, Departamento de Cirurgia da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de
São Paulo (USP)
Diagramação: JLG Editoração Gráfica
Capa: Rafael Zemantauskas
Sumário
Introdução à anatomia.
Anatomia topográfica:
Capitulo l: Superfície corporal e esqueleto axial
1. Divisão do corpo animal .
2. Pele (tegumento comum) . . . ...... . . . ....... . .
3. Glândulas cutâneas, modificações da pele, órgãos terminais dos dedos
4. Coluna vertebral e tórax .. . . ...... . . . ....... . . . . . . .
5. Articulações da coluna vertebral e do tórax; articulações atlantoccipital e atlantoaxial (A. vlüNSCHE e K.-D. BuDRAS)
Capitulo 2: Região do pescoço e do tórax (região cervical e torácica)
1. Músculos cutâneos e nervos cutâneos do pescoço e da parede torácica
2. Músculos extrínsecos dorsais dos membros .
3. Músculos extrínsecos ventrais dos membros
4. Nervos, vasos e órgãos viscerais do pescoço .
Capítulo 3: Membro torácico
1. Esqueleto do membro torácico . . .... . . .. ...... . . . . . ....... ... ..... .
2. Veias mediais do membro torácico; músculos mediais do ombro e do braço com sua inervação
3. Veias laterais do membro torácico; músculos laterais do ombro e do braço com sua inervaç.'o .
4. Músculos do antebrnço e sua inervação . .... ...... . . ... .... .
5. Vasos e nervos do membro torácico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
6. Estruturas sinoviais do membro torácico (A. W'üNSCHE e K.-D. BuDRAS) ..
Capítulo 4: Parede torácica e abdominal
1. Músculos da coluna vertebral, ligamento nucal e nervos cutâneos lombares.
2. Músculos respiratórios . . . . . . . ...... .. . . .... . . . . . .... .
3. Parede corporal, prepúcio e glândulas mamárias (mamas). . . . . . .... .
4. Músculos abdominais, bainha do músculo reto do abdome, tendão pré-púbico.
5. Região inguinal, espaço inguinal (canal inguinal), lacunas neuromusculares e vasculares.
Capítulo 5: Cavidade torácica
1. Pulmões, bifurcação da traqueia e brônquios (C. MüLLING e K.-D. BuoRAs) .. ... . . ...... ... ... .
2. Vasos sanguíneos, nervos e sistema linfático dos pulmões; arco aórtico, linfonodos da cavidade tonícica, timo.
3. Cavidade torácica, pleura e veias da cavidade torácica (C. MüLLING e K.-D. BuoRAS) . . . . ...
4. Coração, superfície do coração, parede cardíaca e relações no interior do coração . . . •. .
5. Coração, vasos coronários, valvas cardíacas, sistema de condução cardíaca .
6. Sistema nervoso autônomo .
Capítulo 6: Cavidade abdominal
1. Topografia dos órgãos abdominais e relações do peritônio..
2. Cavidade peritonial, linfonodos do estômago e do intestino, cisterna do quilo e baço .
3. Estômago e intestino delgado, pâncreas . . . . .....
4. Intestino grosso, vasos sanguíneos do estômago e do intestino . ......... . . . . .
5. Fígado e vesícula biliar (H. BRAGULLA e K.-D. BuoRAs) .. . . ... . . ..... . . . . .
6. Sistema nervoso autônomo, aorta abdominal, veia cava caudal, músculos sublombares e plexo lombar .
Capítulo 7: Órgãos urinários e genitais, pelve
1. Órgãos urinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2. Bexiga urinária e relações peritoniais dos órgãos genitais
3. Órgãos genitais femininos . . . . . ....... . . . .. .
4. Órgãos genitais masculinos, sistema linfático da região lombar e pélvica .
5. Artérias, veias e nervos da cavidade pélvica, glândulas adrenais..
6. Diafragma da pelve, fossa isquiorretal; artérias, veias e nervos associados .
7. Musculatura lisa do diafragma da pelve e do cíngulo ósseo da pelve .
Capítulo 8: Membro pélvico
1. Esqueleto do membro pélvico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ... ... .
2. Músculos da articulação do quadril e sua inervação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... ... .
3. Veia safena medial, nervo obturador, nervo femoral, músculos mediais da coxa, espaço femoral (canal femoral).
4. Veia safena lateral, nervo fibular (peroneal) comum e nervo tibial; músculos crurais (da perna) e músculo poplíteo.
5. Artérias com vasos e nervos acompanhantes do membro pélvico.
6. Estruturas sinoviais do membro pélvico (S. REESE e K.-D. BuoRAS)
Capítulo 9: Cabeça
1. Crânio, incluindo o aparelho hióideo.
2. Crânio, seios paranasais . . . . . ....
3. Sistema linf.ítico, veias superficiais da cabeça, nervo facial (VII)
4. Músculos da face e da mandíbula . ..... . . ... . . .... .
5. Músculos internos (profundos) da mastigação, nervo trigêmeo (V), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular (V3)
6. Aparelho lacrimal, nervo óptico (li), nervo oftálmico (V1), nervos e músculos do olho, e nariz externo.. .... .
7. Nariz, laringe, cavidade oral e faringe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8. Músculos da faringe, nervos cranianos do grupo vago (IX, X, XI), sistema nervoso autônomo da cabeça, artérias da cabeça, meato acústico externo.
9. Língua, músculos da língua, nervo hipoglosso (XII), glândulas salivares e dentição
10. Articulações da cabeça (S. REESE e K.-D. BuoRAS) .
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V
VI
Capítulo 10: Sistema nervoso central
1. Medula espinal e meninges . . . . . . . .. .. . .
2. Cérebro e seus revestimentos meníngeos. . . ..... . .
3. Cérebro (telencéfalo), tronco encefálico e sistema límbico.
4. Rinencéfalo, locais de emergência dos nervos cranianos e irrigação do encéfalo
5. Veias cerebrais, seios da dura-máter, ventrículos cerebrais e plexos coroides
Capítulo l l: Órgãos dos sentidos
1. Olho (P. SIM0ENS e K.-O. BUDRAS). . . . . . . . . . . ..... . .. .
2. Orelha (H. KÕNIG e K.-O. BuDRAS). . . . . . . . . . ... ..... . .
3. Órgãos olfatórios e gustativos (qtúmicos); sensibilidade superficial, profunda e visceral.
Anatomia especial
1. Miologia . . . . . . .. ..... . .
2. Linfologia . . . . ... ..... . .
3. Nervos cranianos (C. HERRMANN e K.-O. 8UORAS).
Anatomia geral
1. Osteologia: ossificação membranosa e condral; crescimento dos ossos em comprimento e diâmetro.
2. Osteologia: estrutura e forma do osso e cartilagem ... .
3. Artrologia: conexões dos ossos e forma das articulações . .
4. Miologia: miologia geral .. ....... ..... ..... .
5. Miologia: musculatura esquelética e suas estruturas acessórias
6. Sistema nervoso. . . . . . . . . . . . . . .
7. Sistema endócrino ..... ..... . . ..... .
8. Sistema cardiovascular (R. HmsCH8ERG)
9. Sistema linfático (H.-G. LIEBICH e K.-O. BuDRAS)
10. Glândulas, membranas mucosas e serosas .
Introdução aos princípios físicos etécnicos dos diagnósticos radiográficos e ultrassonográficos (C. PouLSEN NAUTRUP) .
Introdução à tomografia computadorizada (C. NõLLER) .
Contribuições para a anatomia clínica e funcional
Referências bibliográficas .
Índice remissivo. . . . . . .
Como utilizar este livro:
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Os quadros apresentados no início das páginas de texto abordam a anatomia topográfica e fornecem informações sobre a dissecç.'io das áreas mostradas nas
figuras. Tais informações podem também ser utilizadas como instruções resumidas de dissecção. O destaque em negrito de termos de estrutur-dS anatômicas é
empregado para dar ênfase e, quando esses termos são acompanhados por números, significa que sào representados na página adjacente de ilustração, nos quais
são identificados pelo mesmo número. Os números na margem das páginas de texto referem-se à "anatomia clínica e funcional''. Os números na parte de anato•
mia clínica dizem respeito à página correspondente na anatomia topográfica; p. ex., '8.2' refere-se à parte numerada '2' na página 8. As abreviaturas dos termos
anatômicosestão de acordo com a Nômina Anatômica Veterinária (2005). Outras abreviaturas são explicadasao longo do texto, bem como nos títulos e legendas
para as ilustrações. Algumas abreviaturas que não costumam ser empregadas estão listadas aqui:
Os nervos cranianos são designados por algarismos romanos {1-Xll).
Nervos espinais:
n - Nervo espinal
nd - Ramo dorsal do nervo espinal
ndl - Ramo dorsolateral
ndm - Ramo dorsomedial
nv - Ramo ventral
nvl - Ramo ventrolateral
nvm - Ramo ventromedial
nC - Nervo cervical (p. ex., nCI - nervo cervical I)
nCy - Nervo coccígeo sacrocaudal
nL - Nervo lombar
nS - Nervo sacra)
nT - Nervo torácico
Vértebras:
vC - Vértebra cervical (p. ex., vC3 - vértebra cervical Ili)
vL - Vértebra lombar
vS - Vértebra sacra!
vT - Vértebra torácica
Prefácio da quinta edição
A presente edição revisada e ampliada foi publicada em um momento de mu-
danças, caracterizado pela nomeação de novas cadeiras de anatomia na Ale-
manha. A tendência à dinamização do tempo no ensino da anatomia existe
há muito tempo, o que em certo grau parece ser aceitável e inevitável para a
elaboração de novos temas educativos. Como essa tendência parece assumir
grandes proporções atualmente, há o risco de renúncia parcial ou até mesmo
total da dissecção do corpo animal, que desde a época de Leonardo da Vin-
ci tem sido considerada um método muito eficiente e essencial para o apro-
fundamento do aprendizado. Não pretendemos compensar a deficiência nos
exercícios práticos por meio de nossos desenhos anatômicos, mas esse aspecto
negativo decerto será amenizado. Especialmente na fase inicial do currículo
acadêmico, nossas figuras realistas na seção de atlas do nosso livro têm o valor
indiscutível de fornecer a base essencial para a compreensão de representações
esquemáticas e esboços muito utilizados. Para a dissecção e a reprodução pic-
tórica, o procedimento topográfico-anatômico oferece a enorme vantagem de
que assuntos abrangentes podem ser transmitidos de forma concisa em uma
realidade natural. Para o clínico veterinário, os modelos topográficos são apro-
priados para orientação em procedimentos cirúrgicos.
O enfoque da tomografia computadorizada, que graças à Ora. Nõller foi inte-
grada na edição atual, tem o objetivo de proteger um campo atraente de ativi-
dade para a anatomia. Arevelação da estrutura normal por meio da tomografia
computadorizada e a apresentação de casos clínico-funcionais oferecem uma
base sólida para o desenvolvimento ea aplicação dos procedimentos para ob-
tenção de imagens no currículo clínico e mais tarde na prática da medicina
veterinária.
Os autores
Prefácio da primeira edição alemã (resumido)
Anatomia do Cão - Texto e Atlas foi concebido tanto como um compêndio
quanto como um guia introdutório à dissecção anatômica topográfica, sendo
ideal para o ensino. O material de anatomia foi preparado a partir de um ponto
de vista topográfico com a separação em sistemas. Para isso, as áreas de osteo-
logia, miologia, angiologia, neurologia e esplancnologia das diferentes partes
do corpo foram abordadas em sequência - considerando sua relação recíproca
entre si - e demonstradas por modelos topográficos coloridos com diagramas
esquemáticos complementares. Os métodos de apresentaçáo enfatizam as rela-
ções topográficas entre os vasos e nervos considerados, com ênfase no acordo
da nomenclatura. Nesse sentido, a preocupação quanto à multiplicidade, am-
plitude e complexidade do material deve ser minimizada. A didática escolhida
aqui, que inter-relaciona conteúdo, ilustração e descrição, oferece a vantagem
de ser capaz de lidar com conceitos fundamentais em um espaço menor.
O presente livro oferece aos estudantes um material ilustrativo claramente
organi1,ado e um material suplementar resumido para estudo e uso em sala
de aula, bem como um auxilio para revisáo, especialmente no preparo para
exames. Para o clínico veterinário, este livro está disposto como uma fonte de
rápida consulta, além de refrescar a memória e aprofundar o que foi previa-
mente aprendido. A amplitude, a divisão e a sequência do material estão de
acordo com a dissecção topográfica ensinada aos estudantes da Free University
ofBerlin como programa de aula em seu primeiro semestre acadêmico. Com o
alicerce estabelecido, o estudo subsequente de anatomia comparada e clinica-
mente aplicada torna-se contínuo. A anatomia topográfica é o fundamento e o
segredo para compreender a medicina associada, sendo de especial valor para
o cirurg.ião e o patologista.
O Prof. Fritz Preuss introduziu a anatomia topográfica do corpo inteiro do ani-
mal em Berlin1, mas suas instruções sobre dissecção direcionaram o método de
ensino para a redução e o reposicionamento drásticos dos exercícios de dissec-
ção. O método bem-sucedido e exato de dissecção com o curto tempo dispo-
nível impõe altas exigências sobre os estudantes e requer um apoio amplo dos
instrutores. Com seu caráter fiel à recriaç.'io natural das áreas de dissecçáo com
texto de acompanhamento, o presente atlas também deve servir para essa fina -
lidade. As instruções para dissecção da preparação ilustrada e as orientações à
pessoa responsável pela execução da tarefa foram inseridas no início da parte
descrita. As estruturas a serem dissecadas são particularmente enfatizadas no
texto em negrito. Por conta das limitações de espaço, as variações anatômicas
receberam menos atenção. A Nômina Anatômica Veterinária (Holzhausen,
Viena 1973) foi utili1A1da, o que também se manteve na parte principal do li-
vro para as abreviaturas aplicadas. Além disso, no material escrito, apenas as
vértebras e os ramos nervosos foram abreviados (p. ex., YL 1 para a primeira
vértebra lombar; nl 1vi para o ramo ventrolateral do primeiro nervo lombar).
Nas legendas das figuras e nas composições de tabelas, também em virtude de
limitações de espaço, algumas abreviaturas não muito usuais tiveram de ser
adotadas. As sugestões e os anseios dos estudantes, por exemplo em relação às
tabelas sobre miologia especial, foram amplamente considerados.
As dissecções obtidas a partir da coleção anatômica do Departament ofAna-
tomy, Histology and Embriology (Institute for Veterinary Anatomy, Histology
and Embryology) da Free University of Berlin serviram como modelos para as
figuras. Essas amostras foram preparadas pela equipe técnica do departamen-
to, composta pelo Sr. Seifert, o Sr. Oressel e o Sr. Schneider.
Os autores
Vll
Introdução à anatomia
O termo anatomia origina-se da palavra grega anatemnein, que significa dis-
secar, separar. O importante anatomista Hyrtl também discorreu sistematica-
mente sobre a arte da dissecção. O significado originalé verdadeiro até os dias
de hoje, embora o termo tenha ganhado um significado mais amplo. A anato-
mia moderna não está limitada à mera descrição, mas enfatiza as inter-relações
entre a forma e a função, bem como a aplicação do conhecimento anatõmico
na clínica. Dessa forma, o estudante adquire atualmente grande parte de seu
conhecimento por meio da dissecção do corpo do animal no laboratório, onde
ele desvenda a "verdade nua e crua''. Essa prática também serve para obter a
destreza necessária, que mais tarde, na vida profissional, principalmente na
cirurgia, terá imensurável valor. Além disso, dificilmente existirão limites para
a investigação realizada em uma dissecção entusiasmada. Até mesmo a melhor
coleção anatômica de dissecções notáveisde demonstração não pode substituir
o trabalho prático no laboratório, mas sem dúvida pode torná-lo mais fáci1
e eficiente. O estudo minucioso de preparações anatômicas é indispensável,
assim como o uso diligente de livros e atlas. Todos esses auxílios são mais re-
levantes do que nunca, pois há muito menos tempo disponível para o trabafüo
prático no laboratório do que antigamente. Foi inevitável encurtar o tempo de
ensino dedicado à anatomia em favor de disciplinas mais recentes.
O estudo anatômico é, ao contrário de qualquer outra disciplina básica, impor-
tante no aprendizado da linguagem médica, a terminologia. Muitos termos
utilizados para doenças e métodos terapêuticos têm sua origem em termos
anatômicos. Pesquisas e descrições ao longo dos séculos trouxeram uma abun-
dância imprevista e inesperada de sinônimos. A função da comissão de no-
menclatura internacional tem sido de diluir a imensidão de termos e publicar
uma lista reconhecida de termos oficiais com sinônimos úteis.
Em sua totalidade, a anatomia é subdividida em anatomia macroscópica, mi-
croscópica e evolutiva. Contudo, as áreas da anatomia fluem em conjunto sem
fronteiras, formando uma unidade - um ponto de vista constante e convin-
centemente defendido pelo importante anatomista veterinário de Berlim e,
antes disso, titular do nosso departamento, Prof. Preuss. A área mais antiga e
mais abrangente é a anatomia macroscópica, muitas vezes equiparada à termi-
nologia anatômica. Quando o ofüo nu e a lente manual de dissecção, que são
os acessórios para observação na anatomia macroscópica, não são mais sufi-
cientes, passa-se para a área de anatomia microscópica (histologia e citologia),
para a qual o microscópio serve corno acessório. O limite entre a anatomia
macroscópica e microscópica também recebe o nome de mesoscopia, que está
crescendo e.ada vez mais em termos de importância. Esta última área lida com
o mesmo material e tem os mesmos objetivos; apenas a técnica é diferente. A
terceira área, a embriologia, está envolvida com a ontogênese (desenvolvimen-
to do indivíduo) antes e depois do nascimento e, além dos métodos embrioló-
gicos, também aplica métodos macroscópicos, microscópicos e mesoscópicos.
Assim como as demais disciplinas, a anatomia macroscópica pode ser apresenta-
da a partir de diferentes pontos de vista, com ênfase em áreas especiais de maior
dificuldade. Ao fazer isso, os fatos básicos, é claro, permanecem inalterados.
A anatomia sistemática descritiva descreve o corpo do animal com todas as
suas partescomo sistemas de estruturas e sistemas de órgãos, estritamente divi-
didos entre si e, portanto, sem atenção à sua interdependência natural. Descri-
ções amplas tratam de muitos detalhes e permitem, algumas vezes, que o foco
em algo importanteseja negligenciado;apesar disso, tais descriçõesconstituem
um pré-requisito necessário para os outros tipos subsequentes de observações
para as quais a anatomia descritiva tem conduzido.
A anatomia sistemática pode ser subdividida posteriormente em anatomia ge-
ral e especial.
A anatonúa geral trata de fatos que geralmente são válidos para todo o sistema
de estruturas ou o sistema ele órgãos.
A anatomia especial fornece dados especiais para esses sistemas de estruturas
e órgãos que incluem as estruturas individuais, como um osso.
A anatomia comparada enfati1..a as correlações, similaridades e variações
anatômicas entre as espécies animais e os seres hun1anos. As comparações ele
anatomia entre as espécies individuais são muito frequentemente informativas
e úteis para homologia e para determinar a função da estrutura anatômica.
Goethe já utilizava princípios da anatomia comparada e descobriu o osso in-
cisivo dos seres humanos. Esse osso aparece regularmente em nossos animais
domésticos e somente de vez em quando em seres humanos. Em seu estudo do
crânio humano, Goethe encontrou uma amostra com um osso incisivo desen-
volvido. Foi por meio da comparação com o crânio animal que ele foi capaz de
identificar o osso e estabelecer sua homologia.
A anatomia topográfica enfatiza as várias relações de posição das estruturas
anatômicas e salienta as áreas de aplicação para a clínica médica. A relação de
estruturas anatômicas é analisada passo a passo e, ao fazer isso, todo o plano
estrutural do corpo é levado em consideração.
A anatomia aplicada é direcionada em termos clínicos e enfatiza a relação de
estruturas anatômicas, permitindo a determinação ou a explicação de trata-
mentos ou doenças de animais. Nesse sentido, não apenas a cooperação e o
interesse interdisciplinares pela profissão da veterinária são promovidos, mas
também o aprendizado de anatomia se torna mais fácil.
Aanatomia do cão vivo é indubitavelmente uma parte importante da anatomia
como um todo, pois apresenta o corpo em sua condiç.'io natural. Nesse sentido,
as conclusões e os ajustes significativos pela inevitável desvantagem tornam-se
imperativos nos assuntos remanescentes da anatomia como um todo, que obri-
gatoriamente deve tolerar as alterações pós-morte, como variações na cor, con-
sistência e natureza, bem como as mudanças artificiais resultantes da fixaç.'io. A
anatomia do cão vivo não pode receber atenção especial aqui por inúmeras ra-
zões. Esse tipo de anatomia é menos apropriado parase transformarem um livro,
mas pode ser oferecido aos estudantes de forma mais eficiente e bem-sucedida
em um exercício sob a instrução de um anatomista clinicamente experiente.
A anatomia radiográfica e a sonografia estão diretamente conectadas à clí-
nica. No ensino da anatomia, as primeiras experiências são obtidas na análise
de radiografias do corpo normal do animal. Essa experiência será utilizada e
consideravelmente complementada na área associada total de estudo. As apre-
sentações de alterações anormais ou até mesmo patológicas devem despertar o
interesse e consequentemente adicionar o "tempero" ao ensino de anatomia.
O atlas de anatonúa apresentado aqui está adaptado em uma escala especial
para combinar e coordenar de modo significativo os diferentes métodos de
apresentação da anatomia e a maneira de visualizá-la. A parte textual pode ser
apresentada de uma forma muito concisa, já que as diferentes circunstâncias
anatômicas podem ser interpretadas e excluídas de tempos em tempos da ilus-
traç.'o colorida adjacente. Além disso, uma boa ilustração topográfica colorida
apresenta uma introdução ideal para a dissecção topográfica, que então é com-
plementada apenas por breves comentários. Além disso, os requisitos da anato-
mia veterinária comparada são levados em conta nesse atlas na medida em que
o corpo canino simplesmente estruturado (a partir de muitos pontos de vista)
é apresentado como a "pedra angular". Com base nesse conhecimento, a ana-
tomia mais complexa (a partir de muitos pontos de vista) dos demais animais
domésticos pode ser compreendida pelo aspecto da anatomia comparada.
A arte e a anatomia, com suas inter-relações mútuas, nos causam forte im-
pressão a cada visita a um museu. O artista é inspirado pela beleza do corpo,
e os professores e estudantes de anatomia apreciam e se beneficiam do talento
e do detalhe meticuloso da apresentaç.'io artística. As pretensões artísticas de
Leonardo da Vinci foram dotadas de talento e genialidade, pois seus desenhos
anatômicos abundantes vieram depois de estudos básicos de anatomia. Aristó-
teles publicou entre outras coisas uma descrição anatômica de inversão sexual
senil no pássaro, bem como do casco de cavalo em relação à laminite. Em seu
trabalho A lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, Rembrandt imortalizou a
fasci nação pela anatomia. Os notáveis da história mundial como Aristóteles,
Leonardo da Vinci e Goethe deram provas de seu entusiasmo pela anatomia
com ilustrações anatômicas, descrições e resultados de pesquisas. O desen-
volvimento da arte educativa e a introdução de modelos em cera plástica na
Alemanha foram creditados a Goethe, que se inspirou durante sua jornada à
Itália, especialmente em Florença. Goethe falou sobre as qualidades dos mo-
delos em cera, que são equivalentes a ilustrações benfeitas fiéis à natureza, em
seu romance Os Anos de Viagem de Will,elm Meister: "se você admitir que a
maioria dos médicos e cirurgiões retém em suas mentes apenas uma impressão
geral do corpo humano dissecado e acreditar que isso satisfaça o propósito, tais
modelos certamente serão suficientes para refrescar a memória aos poucos das
imagens que vão sendo esquecidas e conservar ativamente apenas o necessá-
rio''. Sua mente investigativa influenciou Goethe que, com sua descoberta do
osso incisivo humano, sentiu uma "alegria indescritíver
1
2
Anatomia topográfica
Capítulo 1: Superfície corporal e esqueleto axial
1. Divisão do corpo animal
a) SuBDIVISÂD DO CORPO
As linhas e os planos longitudinais do corpo são úleis para a orientação do
corpo propriamente dito e da superfície corporal. As linhas medianas dorsal
(a) e ventral (b) conslituem as linhas medianas dorsal e ventral do corpo, res-
peclivamente.
O plano mediano (A) corresponde ao plano existente entre as duas linhas
mencionadas. Ele divide o corpo em metades direita e esquerda. Os planos
sagitais (paramedianos) (B) são planos adjacentes situados paralela e lateral-
menle ao plano mediano. Tais planos dividem o corpo no senlido longitudinal,
mas em partes desiguais. Os planos transversos (C) consistem em planos que
dividem o corpo no sentido transversal, sendo perpendict~ares aos planos me-
diano e sagilal. Os planos dorsais (D) siluam-se paralelamente à superflcie
dorsal do corpo. Esses planos dividem o corpo perpendicularmente aos planos
longitudinal (planos mediano e paramediano) e transverso. Nessa projeção,
aparecem duas faces corporais simétricas; por essa razão, os planos dorsais
também recebem o nome de planos bilaterais.
b) TERMOS QUE DESCREVEM A DIREÇÃO E AS RElAÇÕES TOPOGRÁFICAS DE ÓRGÃOS de-
rivam-se parcialmente de partes do corpo, por exemplo em direção à cauda
(caudal - e}, parcialmente de pontos de referência da superfície corporal, por
exemplo, paralelo ao plano mediano (sagital - d) ou nomeiam-se em relação a
órgãos ocos, como externo ou interno. Além disso, empregam-se termos como
esquerdo e direito, curto e longo ou profundo e superficial, longitudinal ou
transverso, bem como laterale em direç.'io ao plano mediano. O termo cranial
(e), em direção à cabeça, não pode ser aplicado na região cefálica. Nesse caso,
utiliza-se o termo rostral (f, em direção à ponta do nariz). O termo dorsal (g)
relaciona-se às 'cosias' ou ao dorso do corpo. Também pode ser utilizado com
R EGIÕES DO CORPO
Regiões do crânio Regiões do dorso
relação às partes proximais dos membros; no entanto, esse termo tem signifi-
cado diferente nas extremidades dos membros. O termo ventral, em direção
ao ventre, pode ser usado nas partes proximais, mas não na parte livre dos
membros. Os termos proximal (i, em direç.'io à extremidade fixa) e distal (m,
em direção à extremidade livre) estão relacionados ao eixo do corpo (coluna
vertebral e medula espinal com a origem dos nervos espinais). Nos membros,
a partir do carpo distalmente, emprega-se o termo palmar (1, a superfície das
mãos que eslá voltada para o sentido caudal na postura normal em estação};
já a partir do tarso distalmente (m, a superfície dos pés que está voltada para
o sentido caudal na postura nom1al em estação), usa-se o termo plantar. O
termo dorsal é utilizado de modo semelhante no membro 1or.lcico a partir
do carpo e no membro pélvico a partir do tarso, ambos no sentido distal. Esse
termo refere-se à superfície das mãos e dos pés, que se encontra em posição
cranial na postura normalem es1ação do animal. Termos como abaxial (n, dis-
tante do eixo) e axial (o, em direção ao eixo) estão relacionados ao eixo central
da mão ou do pé, onde o eixo fica entre o terceiro e o quarto dedos. Em frente
(anterior), atr.ls (posterior), acima (superior) e embaixo (inferior) são termos
frequenlemente utilizados na analomia humana, referindo-se ao corpo huma-
no na postura ereta (vertical) normal. Para evitar uma compreensão equivo-
cada, esses termos não são aplicados ao corpo quadrúpede do animal. O uso
desses lermos na analomia veterinária fica restrito a certas áreas da cabeça, por
exemplo pálpebras superior e inferior, superfícies anterior e posterior do olho.
c) PARTES DO CORPO E REGIÕES CORPORAIS subdividem o corpo, inclusive sua super-
fície. São partes do corpo: cabeça e tronco com pescoço, garupa e cauda, bem
como os membros. As regiões do corpo dividem a superfície corporal e podem
ser subdivididas em subregiões. No último caso, elas aparecem destacadas na
tabela a seguir.
Regiões do membro torácico
1 Região fron1al
2 Região parietal
3 Região occipital
4 Região temporal
5 Região auricttlar
23 Região vertebral lorácica
23' Região interescapular
24 Região lombar
41 Região da articulação do ombro
42 Região das axilas
42' Fossa axilar
Regiões da face
6 Região nasal
6' Região nasal dorsal
6" Região nasal lateral
6"' Região da narina
7 Região oral
7' Região labial superior
7" Região labial inferior
8 Região mentual
9 Reg.ião orbital
9' palpebral superior
9" palpebral inferior
1O Região zigomática
11 Região infraorbital
12 Região da articulação temporomandibular
13 Região massetérica
14 Região bucal
15 Região maxilar
16 Região mandibular
17 Região intermandibular
Regiões do pescoço
18 Região cervical dorsal
19 Região cervical lateral
20 Região parotídea
21 Região faringea
22 Região cervical venlral
22' Região laríngea
22" Região traqueal
Regiões peitorais
25 Região pré-esternal
26 Região esternal
27 Região escapular
28 Região costal
29 Região cardíaca
Regiões do abdome
30 Região abdominal cranial
30' Região hipocondríaca
30" Região xifoide
31 Região abdominal média
31' Região abdominal lateral
31" Fossa paralombar
3 1"' Região umbilical
32 Região abdominal caudal
32' Região inguinal
32" Regiões púbica e prepucial
Regiões pélvicas
33 Região sacra!
34 Região glútea
35 Região do túber da coxa
36 Fossa isquiorretal
37 Região do túber isquiático
38 Região caudal (região da cauda)
38' Região da raiz da cauda
39 Região perineal
39' Região anal
39" Região urogenital
40 Região escrotal
43 Região do braço
44 Região do tríceps
45 Região do cotovelo
46 Região do olécrano
47 Região do antebraço
48 Região do carpo
49 Região do metacarpo
50 Região falãngica (região dos dedos, região
digital)
Regiões do membro pélvico
51 Região da articulação do quadril
52 Região da coxa
53 Região genual (região do joelho,
região da a1ticulação femorotibiopatelar)
53' Região patelar
54 Região poplítea
55 Região crural (região da perna)
56 Região do tarso
57 Região calcânea
58 Região do metatarso
59 Região falângica (região dos dedos,
região digital)
Regiões corporais e termos de local e direção, em relação às partes do corpo indicadas
(vista craniolateral)
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(vista lateral)
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(vista ventral)
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3
2. Pele (tegumento comum)
1 a) A PELE forma a superfície externa do corpo, consistindo em duas camadas:
1. uma camada epitelial designada epiderme e II. outra camada de tecido con-
juntivo nomeada derme ou cório. A derme repousa sobre uma camada subja-
cente de tecido conjuntivo, a camada subcutânea ou subcutâneo (Tela subwtâ-
11ea). A última consiste em uma parte gordurosa, o pa11ículo adiposo, e outra
parte fibrosa de sustentação que, juntas, constituem a fáscia superficial.
1. A epiderme (1) é constituída de epitélio escamoso estratificado, cornificado
(queratinizado) em sua superfície. Aespessura e o grau de queratinizaçâo de-
pendem do estresse mec.'lnico ao qual essa camada está sujeita. A epiderme é
composta de uma camada profunda, ainda viva (estrato germinativo = cama-
da basal, - 27), que, por divisão mitótica, supre a reposição celular, uma cama-
da espinhosa (26), uma camada em processo de cornificaç.'io e morte celular
(estrato granuloso, - 25), bem como camadas de células cornificadas, estrato
2 lúcido (24) eestrato cómeo (23). Além das células epidérmicas, há melanóci-
tos, macrófagos intradénnicos (células de Langerhans) ecélulas táteis epitelioi-
des (corpúsculos táteis de Merkel), especialmente no estrato germinativo.
O 'corno'• consiste na epiderme cornificada, sendo de qualidade variada nas
diferentes regiões do corpo. Nos coxins e em outras regiões da pele, existe cor-
no mole. O corno duro éencontrado nas unhas ou garras. Na pele e nos coxins,
as células cornificadas são eliminadas como escamas em virtude da aderência
reduzida dos materiais de revestimento da membrana. Ao mesmo tempo, em
função da boa aderência como massa sólida, o como das garras ou unhas
continua sendo restaurado por crescimento distal cônico. Acélula córnea indi-
vidual da garra ou unha é nitidamente mais dura que a da pele. Em áreas onde
se forma o corno mole, a epiderme exibe um estrato granuloso entre o estrato
espinhoso eas camadascornificadas. O estrato granuloso éassim chamado por
causa dos grânulos de querato-hialina nele contidos. As proteínas existentes no
interior dessa camada de células revestem e 'unem' os filamentos de queratina.
Em cada loc.11, observa-se a ocorrência adicional de estrato lúcido. Esse estrato
consiste em células jovens, ainda não diferenciadas, em processo de cornifi-
caçâo, cujo citoplasma aparece um tanto transparente quando examinado ao
microscópio - daí o nome estrato lúcido. Nas áreas de formação do corno duro,
essas camadas não estão presentes, de modo que as células do estrato espinho-
so sofrem cornificação direta sem intervir nos estratos granuloso e lúcido.
A função da epiderme consiste na reposição de células cornificadas como
proteção contra radiação (pigmentos responsáveis pela absorç.'io de radiação;
ver histologia), perda e entrada de água no corpo e penetração de parasitas,
bem como para proteção contra trauma. Em caso de lesão traumática à pele,
a cicatrização é promovida pelo revestimento da derme exposta por células
epidérmic.1s o mais rápido possível.
3 II. Aderme ou cório (6) consiste em un1a camada papilar (2) fina frouxamente
disposta, na qual se assentam as papilas em depressões correspondentes da epi-
derme, e uma camada reticular densa (7). Acamada papilar contém, sobretudo,
fibrilas colágenas frouxamente arranjadas. Acamada reticularé composta de um
plexo de fibras colágenas espessas não distensíveis com direção predominante
de trajeto. Fibras elásticas estão presentes em ambas as camadas e servem para
restaurar a textura típica do tecido após lacerações ou outras distorções da pele
(com referência às células encontradas aqui, especialmente fibrócitos, fibroblas-
tos, mastócitos, plasmócitos, macrófagos e células pigmentares, ver histologia).
4 O subcutâneo (10) (1ela subcutânea) consiste principalmenteem tecidosconjun-
tivo frouxo e adiposo. Esse tecido subcutâneo é penetrado por cordões de tecido
conjuntivo que fixam a peleà f.scia ou ao periósteo subjacente. O panículo adipo-
so corresponde à camada de tecido adiposo existentedentro do subcutâneo.
4
Do ponto de vista funcional, o subcutâneo com seu tecido adiposo subcu-
tâneo serve não só como tecido amortecedor (ou seja, para absorção de im-
pacto), mas também para armazenamento de calorias e água, bem como para
termorregulação. Já o tecido conjuntivo frouxo subcutâneo funciona como
camada deslizante. Nos locais onde não há subcutâneo (lábios, bochechas e
pálpebras), essa função de deslizamento é inexistente e a musculatura estriada
termina aqui diretamente na derme.
A irrigação (aporte sanguíneo) da pele é conferida por artérias e veias mais ca-
librosas do subcutâneo que, em virtude da mobilidade da pele, apresentam cur-
so tortuoso. Tais vasos emitem ramos à derme que, nesse local, formam duas
redes. A rede arterial da derme (9) está localizada no limite com o subcutâ-
neo, enquanto a rede subpapilar (3) fica entre as camadas papilar e reticular,
emitindo alças capilares subepidérmicas para o corpo papilar. Os plexos venosos
correspondentes possuem localização comparável. Um plexo vascular subfascial
adicional re(me o aporte sanguíneo do subcutâneo. O fluxo sanguú1eo pode ser
interrompido por anastomoses arteriovenosas (4), evitando com isso o leito
capilar e, desse modo, a vascularização da pele é regulada. A camada papilar é
* N.R.C.: No Brasil, nãose usa adenominação ''corno"para este fim.O termo mais adequa4
do seria queratina. zona queratinizada, camada queratinizada, dependendo do sentido
da frase. O uso do mesmo poderia trazer confusão com o anexo tegumentar ''corno'•
(presente nos ruminantes).
particularmente bem suprida com sangue. Esses vasos dilatam-se a fim de des-
prendercalore contraem-se para conservar a temperatura docorpo. Nesse senti-
do, eles funcionam comoas glândulas sudoríferas na termorregulação. Os plexos
venosos também funcionam como localde armazenamento do sangue.
O suprimento linfático é feito por redes capilares linfáticas que começam na
subepiderme e guarnecem os folículos pilosos eas glândulas cutâneas.
A inervação é realizada por neurônios sensitivos e simpáticos (plexos nervosos
simpáticos inervam os vasos sanguíneos, servindo para regular a pressão arterial
e atuar na termorregulação). A pele pode ser considerada o maior órgão senso-
rial do corpo. Inúmeras terminações nervosas (16) ecorpúsculos terminais (p.
ex., corpúsculos táteis de Meissner, - 17, corpúsculos lamelares de Vater-Pa-
cini, - 22) servem como receptores de estímulos sensoriais. Em c.1so de perda de
suas bainhas de mielina, as terminações nervosas livres penetram na epide1me
em locaisespecíficos do corpo eservem para mediar asensação de dor.
b) Os PELOS cobrem quase toda a superfície do corpo, exceto o plano nasal, o
ânus, os lábios vulvares e os coxins palmoplantares. Os pelos são estruturas
filiformes cornificadas formadas pela pele. O pelo ésubdividido em haste (15),
que se projeta além da superfície da pele, raiz (21), orientada no sentido obli-
quo dentro da derme e dotada de uma parte expandida em sua extremidade
proximal, o bulbo piloso (8). A raiz e o bulbo pilosos encontram-se em uma
bainha radicular epitelial dividida (bainha radicular epitelial). A parte externa
da bainha é contínua com aepidermesuperficial. Sua parte interna sofre corni-
ficação acima da abertura da glândula sebácea (18) eserá eliminada. A bainha
radicular de tecido conjuntivo (bainha radicular dérmica) é contínua com o
tecido conjuntivo circtmjacente. As bainhas radiculares epidérmica e dérmica,
juntamente com o bulbo do pelo, constituem o folículo piloso. São partes do
pelo: medula (12),córtex (13) e cutícula pilosa superficial (14), que consis-
te em células cornificadas tipo escamas finas e, semelhantemente à medula, é
utilizada para identificação forense de espécies e procedimentos individuais
de diagnóstico. O músculo eretor do pelo (5) termina abaixo da abertura da
glândula sebácea, aderindo-se obliquamente à bainha dérmica da raiz do pelo.
A contração desse músculo resulta em ereção do pelo (nos seres humanos,
isso provoca o fenômeno de 'arrepio'). Acontração do músculo eretor do pelo
envolve as glândulas sebáceas e, ao eriçar o pelo, aun1enta o espaço de ar entre
os pelos e a superfície cutânea para isolamento térmico.
A cobertur a pilosa (pelagem) depende da raça, sendo caracterizada pelo ar•
ranjo dos pelos (individualmente ou em grupo), pelasdiferentes partes de cada
tipo de pelo (pelos principais, pelos protetores, pelos lanosos), bem como pela
densidade, comprimento e cor dos pelos. Há basicamente três tipos de pelo:
O pelo 'principal' é longo, rígido e levemente curvo. É independente de outros 5
pelos e, no cão, sua ocorrência é rara. Os pelos protetores são mais curtos que o
pelo principal, arqueados próximo à extremidade e espessados. Ambos os tipos
de pelo, principal e protetor, formam a cobertura pilosa (pelagem). O terceiro
e mais curto tipo de pelo é o pelo lanoso - muito fino, flexível e leve ou intensa-
mente ondulado em seu trajeto. Os pelos protetores e lanosos seguem juntos em
um feLxe ou tufo a partir de um folículo piloso composto; nesse caso, um único
pelo protetor é circundado por seis a doze pelos lanosos que o acompanham.
Os pelos lanosos (1 1) predominam na pelagem do filhote canino. Na maioria 5
das raças caninas, esses pelos situam-se sob a cobertura pilosa e apenas em
algumas raças, como Puli e Comodoro, projetam-se acima dessa cobertura e
formam uma 'cobertura lanosa' superficial.
Os seios pilosos ou pelos táteis (19) são formas especiais notavelmente longas
de pelo ao redor da abertura da boca (Rima oral). Para receber estímulos táteis, a
raiz do pelo éenvolvida por seio venoso (20),contatado por inúmeras termina-
ções nervosas sensoriais. Devido à notável ação de alavanca desse pelo longo, até
mesmo os estímulos táteis mais finos resultam em estimulação desse receptor.
O comprimento dos pelos varia consideravelmente e depende da raça. Nos an-
cestrais do cão, que viviam na selva, os pelos mais longos s<'o encontrados no
dorso e os mais curtos no ventre e na cabeça. No entanto, esse padrão é basica-
mente perdido com a domesticação. No membro selvagem da família Canidae,
a espessura dos pelos aumenta em direç.'io ao ventre (espessura em torno de 0,1
mm). A cor do pelo é influenciada pelo conteúdo de melanina das células cor-
nificadas, bem como pelas bolhas de ar inter e intracelulares, especialmente das
células medulares.
A direção dos pelos caracteriza a pelagem. A parte da pelagem onde os pelos
têm uma direção uniforme échamada Flumina pilorum, ou seja, fluxo dos pe-
los. Em um vórtice, os pelos estão dispostos de forma divergente ou convergen-
te com relação a um ponto central. Pelo cruzamento das linhas convergentes
dos pelos, formam-se os entrecruzamentos ('cruzamentos') pilosos.
Tegumento comum
Legenda:
a Alça capilar intrapapilar
b Glândula sudorífera apócrina
c Fibra elástica
d Fibra colágena
e Adipócito unilocular
f Bainha radicular dérmica
g Bainha radicular epitelial
h Papila pilosa
(
1 Epiderme
l
2 Camada papilar- - - - - - - -( ·
4 Anastomoses arteriovenosas- -
6 Derme [cório]
7 Camada reticular - - - - - -
g Rede arterial e plexo
venoso da derme
1
Epidenne do coxim dos dedos
- - - - - - - - - - - - - - - - - - 11 Pelos lanosos
Epiderme
- - 23 Estrato córneo · - - - -
- - 24 Estrato lúcido
- - 25 Estrato granuloso
- - 26 Camada espinhosa - -
27 Estrato germinativo
~-- 12 Medula do pelo
,,,--1-13 Córtex do pelo
14 Cutícula pilosa
Haste do pelo
- 16 Terminações nervosas
- 17 Corpúsculo tátil de
Meissner
Glândula sebácea
19 Pelo tátil - - - - - - -
,J+...,11-44- 20 Seio venoso do
folículo
21 Raiz do pelo
Corpúsculos
lamelares de
Vater-Pacini
Epiderme da parede da unha ou garra
5
3. Glândulas cutâneas, modificações da pele, órgãos terminais dos dedos
a) As GLÂNDULAS CU
TÂNEAS compreendem as glândulas sebáceas e sudoríferas,
bem como a glândula mamária, que é uma glândula sudorífera modificada.
1. As glândulas sebáceas (ver p. 4) desembocam nos folículos pilosos e estão
presentes em alguns locais do corpo, independentemente da presença de pe-
los, como na transição da pele com as membranas mucosas cutâneas (lábios,
ânus). As glândulas sebáceas são lobulares. As células periféricas apresentam
alta taxa de mitose, enquanto as células-filhas são impulsionadas centralmente
para o lume da glândula. Nesse local, as células aumentadas em processo de
envelhecimento sofrem ruptura (secreção holócrina) e o sebo liberado atinge o
lume da glândula. Essa secreção passa através de um dueto secretório curto até
o lume do folículo piloso e, consequentemente, para a pele. O sebo torna a pele
macia e elástica, conferindo brilho natural aos pelos.
li. As glândulas sudoríferas são classificadas como glândulas merócrinas
(écrinas) e apócrinas (glândulas odoríferas). Essa classificação foi feita com
base na suposta secreção apócrina das glândulas odoríferas (apócrinas);contu-
do, isso não foi subsequentemente comprovado. Ambos os tipos de glândulas
sudoríferas secretam de acordo com a forma merócrina (écrina) de secreção
(ver histología).
As glândulas sudoríferas merócrinas costumam ser glândulas espiraladas, não
ramificadas, tubulares.Tais glândulas ocorrem nocãoapenas noscoxinsdos mem-
bros (ver adiante; alguns autores consideram que essas glândulas sejam glândulas
sudoríferas apócrinas). Em seres humanos, as glândulas sudoríferas merócrinas
(écrinas) reaisestão presentes em grandesáreas da superfície cutânea.
Glândulas sudoríferas apócrinas ou glândulas odoríferas (ver p. 4) estão
presentessobre áreas amplas da superfície cutânea, mas são comparativamente
subdesenvolvidas. Essas glândulas tubulares costumam desembocar no folí-
culo piloso. A secreção espessa dessas glândulas exibe reação alcalina, sendo
responsável pelo odor de cada espécie. No homem, as glândulas são bem de-
senvolvidas, mas limitadas a algumas regiões do corpo: ânus, vulva, axila.
Ili. Ocorrem modificações especiais da pele, como as glândulas do meato
acústico externo, as glândulas circum-anais, as glândulas do seio paranal ('saco
anal') e as glândulas do órgão dorsal da cauda, as glândulas das pálpebras e as
glândulas mamárias.
2 As glândulas ceruminosas do meato acústico externo são principalmente
glândulas sebáceas com menos glândulas sudoríferas apócrinas. A secreção
castanha e oleosa dessas glândulas ceruminosas recebe o nome de cerume.
3 As glândulas circum-anais circundam o ânus na região de pele glabrn ou
quase glabra (sem pelo) da área cutânea anal. No câo, estamos lidando com
glândulas sebáceas modificadas; em outrosanimais domésticos, com glândulas
sudoríferas apócrinas modificadas. As glândulas individuais superficialmente
localizadas desembocam nos folículos pilosos. As glândulas profundas tam-
bém são denominadas glândulas hepatoides, já que suas células secretórias se
parecem com os hepatócitos. As glândulas circum-anais carecem de dueto se-
cretório e sua função é incerta.
4 As glândulas da parede do seio paranal (ver anatomia clínico-funcional,
56.5) são glândulas sudoríferas apócrínas e glândulas sebáceas. O seio paranal
é comumente denominado 'saco anal'.
5 O órgão caudal dorsal (cauda) é composto de glândulas sebáceas e apócrinas,
sendo descrito de forma mais detalhada na anatomia clínico-funcional (6.5).
Glândulas das pálpebras estão descritas na seção de anatomia clínico-funcio-
nal (ver também 118.1).
Glândula mamária; ver p. 32.
b) MoD1
F1cAçõEs DA PELEreferem-se ao plano nasal e aos coxins palmoplantares:
coxim do carpo, coxim do metacarpo/metatarso, coxins dos dedos.
1. Dependendo da raça, o plano nasal (ver p. 98) varia de despigmentado
até intensamente pigmentado. A derme forma papilas distintas. A epiderme
é notavelmente fina, mas sua camada cornificada superficial (estrato córneo)
consiste em um 'corno' duro (epiderme cornificada dura) que exibe padrão po-
ligonal. O padrão da superfície é individualmente específico e, por essa ra1A'io,
serve para identificar cada animal. No plano nasal, não há glândulas sebáceas.
Dessa forma, o nariz do cão se mantém úmido pelo líquido lacrimal (ver p. 98)
e pela secreção da glândula nasal lateral, locafüada profundamente no recesso
maxilar da cavidade nasal. A evaporação do líquido reduz a temperatura do
plano nasal, que normalmente se apresenta frio à palpaç.'io.
6 li. São coxins do cão: coxins dos dedos (14) no nível das articulações inter-
falângicas distais, o coxim do metacarpo (13) ou metatarso no nível das arti-
culações metacarpofalângicas e metatarsofalângicas e o coxim do car po (12)
laterodistal ao osso do carpo. O subcutâneo espesso dos coxins possui grande
quantidade de tecido adiposo e contém glândulas sudoríferas. Esse tecido sub-
cutâneo é dividido em compartimentos, por meio da irradiação de filamen-
6
tos de fibras colágenas e elásticas; além disso, os coxins ficam muito sensíveis
(dolorosos) se intumescidos (inchados) por pressão tecidual elevada quando
inflamados. Os filamentos de tecido conjuntivo irradiam-se a partir da derme
do coxim para o subcutâneo e fixam o coxim à fáscia subjacente e ao esqueleto.
Bandas de tecido conjuntivo bem-desenvolvido (toros - 15) estão presentes
nos coxins do metacarpo e metatarso. Essas bandas fixam os coxins proximal-
mente aos ossos do metacarpo ou metatarso, respectivamente. A derme possui
feixes de tecido conjuntivo muito firmes e forma um corpo papilar muito alto
com papilas cônicas. A epiderme do coxim exibe até 2 mm de espessura e for-
ma depressões correspondentes no corno mole (epiderme cornificada mole).
Os coxins são ricamente supridos por vasos sanguíneos e linfáticos, bem como
por nervos.
Pele do coxim
Legenda:
a Tecido subcutâneo do coxim
[coxim dos dedos):
b Retináculos
c Panículo adiposo
d Denne [cório) do coxim
e Epiderme do coxim
Glândula sudorífera merócrina
c) O ÓRGÃO TERMINAL oos DEDOS corresponde à extremidade óssea do dedo
guarnecido por cútis (pele) altamente modificada. Exceto pelo coxim dos de-
dos, não há tecido subcutâneo. A derme é desenvolvida na forma de papilas,
vilos ou lâminas ou apresenta superfície lisa. A superfície interna da epiderme
tem configuração correspondente: depressões que assentam as papilas e os vi-
los, masestreitam os sulcos adaptados às lâminas; ou superficie Lisa onde entra
em contato com a superfície lisa da derme.
A epiderme cornificada da garra ou unha (ungukula) tem forma cônica e 7
supre o processo unguicular(l l). Do mesmo modo, a derme e a epiderme são
diferenciadas em termos segmentares como unha no ser humano e casco no
cavalo. Tanto a derme como a epiderme são adaptadas entre si, como a patriz
(carimbo= derme) à matriz (impress.'io = epiderme).
A base da crista unguicular óssea está revestida por wna proeminência da pele,
o vale da unha (7). A lâmina externa do vale é provida de pelos; a lamela inter-
na desprovida de pelos écomparável ao limbo (cório do limbo) do cavalo. Essa
lamela forma um corno mole (eponíquio, - l) sobre a epide1me cornificada
dura da garra. O eponíquio corresponde ao cório do limbo do cavalo e, assim
como esse cório, sofre desgaste bem proximal à extremidade distal da garra.
(No dedo humano, o eponíquio mole [cutícula) é removido na manicure.)
Na profundidade do sulco w1guicular, há uma prega que corresponde à parte
coronária do casco equino. A derme dess.1 prega sustenta papilas (10). A epider-
me de revestimento produz um corno tubular que, como um mesoníquio (2),
guarnece uma parte considerável da garra. Dorsalmente ao processo unguicular,
há uma tumefação dorsal lisa da derme (dorso dérmico - 8), que é específica
ao órgão terminal dos dedos do cão e que, de acordo com nossas investigações,
não é comparável à parte coronária do casco equino. Na epiderme que a reveste,
forma-se o corno dorsal da parede (hiponíquio dorsal, - 3). Na região lateral
do processo unguicular há lamelas, as lamelas dérmicas (9), além de lamelas
epidérmicas não cornificadas correspondentes, que formam o corno lateral da
parede (hiponíquio lateral, - 4), que por sua vez se encontra disposto em cama-
das sobrepostas e forma o revestimento interno do corno cónico da garra.
Na face palmar (plantar) do processo unguicular existe a parte solear onde a
dermesustenta vilos distintos. Nesse local forma-se o cornosolcar tubular (5),
cujas células sofrem considerável descamação.
Em torno da extremidade do processo unguicular, há um corno terminal mole
(hiponíquio terminal, - 6) que preenche a parte distal do corno cônico da
garra e, consequentemente, serve como um corno de 'preenchimento'.
Garra ou unha e coxim dos dedos
Epiderme:
1 Eponíquio - - - - - - - - - - - - - - - - - •
2 Mesoniquio - - - - - - - - - - -
4 Hiponiquio lateral
. ,
, , , , - - - - - - 6 Hiponiquio terminal
5 Corno solear
I
8 Dorso dérmico - - - f'-+:-~~-
(secção transversaQ
(vista palmar)
Coxim dos dedos
Legenda:
11 Processo unguicular
12 Coxim do carpo
13 Coxim do metacarpo
14 Coxins dos dedos
15 Trato do coxim
do metatarso
Coxim do metatarso
Tecido subcutâneo do coxim:
16 Retináculos
17 Panícula adiposo (coxim adiposo) (ver p. 19, 81 , 83)
7
4. Coluna vertebral e tórax
As vértebras são estudadas individualmente e no esqueleto montado para obter um panorama geral da curvatura normal em forma de S, com
suas lordoses (convexidades ventrais) e cifoses (concavidades ventrais). A partir de uma visão forense, é dada atenção especial à identificação
de cada vértebra, motivo pelo qual se faz a comparação dos diferentes segmentos da coluna vertebral.
a) A COLUNA VERTEBRAL envolve e protege a medula espinal, tendo a função de
sustentação no que diz respeito à estática e dinâmica do corpo do animal. Para
isso, a estabilidade é garantida pelas vértebras individuais, e a elasticidade e a
flexibilidade, pelas sínfises intervertebrais e pelas articulações vertebrais.
A coluna vertebralconsiste em sete vértebras cervicais (vC l•7), treze torácicas
(vT 1-13), sete lombares (vL 1-7), três sacrais (vS 1-3) que se fundem para for-
mar o sacro, e cerca de vinte vértebras caudais (coccígeas) (vCy 1-20).
2 1. As vértebras (ver ilustração) possuem três componentes básicos: o corpo e
suas partes, arco e processos, que são modificados de formas distintas, de acor-
do com as necessidades funcionais da região em particular.
3 O corpovertebral (1) possuiuma crista ventral (2) (distinta na região da colu-
na vertebral cervical), além de extremidades cranial (3) e caudal (4). Nas vér-
tebras torácicas, as fóveas costais caudal (5) e cranial (6) formam uma faceta
4 articular comum para a cabeça da costela (ver adiante). O forame vertebral (7)
refere-se ao espaço delimitado pelo corpo e arco. O canal vertebral é formado
pelos forames vertebrais seriados e pelos tecidos moles que se estendem entre
os arcos e corpos vertebrais adjacentes. O corpo vertebral contém a medula
espinhal com sua cauda equina.
5 O arco vertebral (8) é composto de um pedículo (basal) e uma lâmina acha-
tada (dorsal). Os forames intervertebrais (9) são delimitados pelas incisuras
vertebrais cranial (10) e caudal (11) da vértebra do mesmo segmento e do
anterior. Exceto pelo primeiro nervo cervical (ver adiante), esses forames cons-
tituem passagens para os nervos espinais.
Dos processos das vértebras, o processo espinhoso (12) é mais distinto (a
primeira vértebra cervical e as vértebras caudais são exceções). Os proces-
sos transversos (13) são bem desenvolvidos nas vértebras cervicais e lomba-
res. Nas vértebras torácicas, esses processos possuem uma fóvea costal (14),
que sustenta uma faceta articular para o tubérculo costal (ver adiante). Da
primeira à sexta vértebra cervical, há forames transversos (IS) na base dos
processos transversos, que em conjunto formam o canal transverso; esse ca-
6 nal, por sua vez, conduz a artéria, a veia e o nervo vertebrais. Os processos
articulares craniais (16) e os processos articulares caudais (17) formam
articulações sinoviais entre as vértebras. Um processo costal (18) está pre-
sente nas vértebras cervicais III a VI como a extremidade ventrocranial do
processo transverso, que bifurca nessa região. Na coluna vertebral lombar,
as extremidades dos processos transversos representam processos costais
que são resquicios das costelas, mas podem desenvolver e formar 'costelas'
lombares. Um processo acessório (19) é inexistente ou pouco desenvolvido
na parte caudal da coluna vertebral lombar. Na região lombar cranial, esse
processo é desenvolvido como um processo independente. Na transição da
coluna vertebral torácica, esse processo passa no contorno caudal do pro-
cesso transverso e não permanece mais de forma independente. O processo
mamilar (20) das vértebras lombares é expresso no processo articular cranial
(processo mamiloarticular) e muda sua posiç.'o na transiç.'o com a coluna
vertebral torácica, passando pelo processo transverso, na verdade no contor-
7 no cranial desse processo. Os processos hemais (21) são desenvolvidos a par·
tir da vértebra caudal IV e gradativamente se tornam indistintos no sentido
caudal. Na vértebra caudal IV à VII ou VIII, esses processos podem se unir e
formar um arco hemal (22).
8
Os espaços interarqueados são dorsais e, durante a vida, fechados pelos liga•
mentos interarqueados.O espaço lombossacral (23) eo espaço sacrococcígeo
(sacrocaudal) (24) são particularmente amplos e de importância na realização
de anestesia epidural. O espaço atlantoccipital é adequado para punção no es-
paço subaracnoidal, que é preenchido pelo liquido cerebrospinal.
Há características peculiares nas vértebras cervicais a seguir: a vértebra cer-
vical 1(atlas, - 25) tem um processo lateral de superfície ampla (26), também
designado como a asa do atlas. A incisura alar (27) (forame alar de outros
mamíferos domésticos) é cranial na inserção da asa do atlas à massa lateral (ver
adiante), sendo ocupada pelo ramo ventral do primeiro nervo cervical. Con-
trário aos outros nervos espinais, o primeiro nervo cervical não deixa o canal
vertebral por um forame intervertebral, mas sim pelo forame vertebral lateral
(28). O forame vertebraldo atlas também é diferente, pois está delimitado dor-
salmente por um arco dorsal (29) e ventralmente por um arco ventral (30). Os
dois arcos são unidos lateralmente pelo osso nomeado como a massa lateral.
O atlas é a única vértebra que possui um arco ventral (30) no lugar do corpo.
Isso se deve ao desvio caudal de uma grande parte do primórdio embrionário
de seu corpo vertebral para formar o dente do áxis. Por essa razão, a vértebra
cervical li, o áxis (31), contém em seu dente (32) a parte deslocada do corpo
do atlas. A última vértebra cervical difere da outra vértebra cervical por seu
grande processo espinhoso, por sua fóvea costal caudal para as primeiras cos-
telas e pela ausência do forame transverso.
Vértebra lombar
(vista cranial) (vista caudal)
-------12---------
,..---20 ----
---16 -----
Pedículo •--------·2----------1
II. O sacro é formado pela fusão das três vértebras sacrais. Lateralmente, esse
os.~o sustenta a asa do sacro (33), cuja superfície auricular (34) forma uma
articulação sinovialcom a face auricular do ílio. A cristasacra! mediana (35) é
formada por uma fusão incompleta dos processos espinhosos. Asextremidades
laterais dos processos (transversos) laterais fundidos formam a crista sacra!
lateral (36). A crista sacra! intermediária (37) origina-se do arranjo sequen-
cial dos processos mamiloarticulares fundidos. O promontório (38) forma o
contorno cranioventral do osso sacro e faz parte da linha terminal limitante da
entrada pélvica. A partir do canal vertebral, os nervos sacrais ingressam nos
forames intervertebrais e deixam a coluna vertebral depois de se dividirem em
ramos dorsal e ventral que emergem dos forames sacrais dorsal (39) e ventral
(40), respectivamente, procedentes de cada forame intervertebral.
b) Das 13 COSTELAS, a primeira até a nona são costelas esternais (41), ligadasao
esterno por articulação sinovial. As costelas X a XII são as livremente móveis,
costelas asternais 'respiratórias' (42). Pela sobreposição das partes cartilagí-
neas das costelas asternais, forma-se um arco costal em ambos os lados do cor-
po. A última costela não participa com regularidade da formação do arco, pois
costuma terminar livremente na musculatura da parede abdominal como uma
costela 'flutuante' (43). Costelas, esterno e coluna vertebral torácica formam
o tórax, cuja entrada está delimitada pelo primeiro par de costelas, e a saída,
pelos arcos costais. A parte dorsal da costela é óssea (osso da costela, - 44).
A cabeça (45) da costela apoia facetas articulares (46) cranial e caudal. As
duas facetas articulares são separadas por uma crista grosseira que, em gr.mde
parte das costelas, está indiretamente em contato com o disco intervertebral
por meio do ligamento intercapital (ver ilustração, p. 11). Um colo da costela
(47) indistinto une a cabeça ao corpo da costela (48). O tubérculo costal (49)
localizado em posição dorsoproximal sustenta uma superfície articular (50)
para articulação com a fóvea costaldo processo transverso. O ângulo da coste-
la (51) é apenas indistintamente identificável. A cartilagemcostal (52) começ.1
na junção costocondral e, levemente distal a isso, há uma nítida curvatura, o
joelho da costela (53) que, em outros mamíferos domésticos, se encontra na
área da junção costocondral.
c) O ESTERNO é composto de manúbrio (54), corpo do esterno (55) com suas
seis estemebras (56) e processo xifoide (57); esse processo, por sua vez, é
formado por tecido ósseo cranialmente, mas cartilagíneo caudalmente. O pri-
meiro par de costelas articula-se com o manúbrio, o segundo na sincondrose
que une o manúbrio ao corpo do esterno, o terceiro ao sétimo nas próximas
sincondroses esternais, e o oitavo ao nono conjuntamente na sincondrose que
liga o corpo ao processo xifoide.
Coluna vertebral e ossos do tórax
Vértebras cervicais vC,_,
Vértebras torácicas vT,_
,3
Vértebras lombares vL,.,
Vértebras sacrais vs,..
Vértebras coccigeas vCy1_,
0
Corpo vertebral (1)
Crista ventral (2)
Extremidade cranial (3)
Extremidade caudal (4)
Fóvea costal caudal (5)
Fóvea costal cranial (6)
Canal vertebral (7)
Arco vertebral (8)
Forama intervertebral (9)
lncisura vertebral cranial (1O)
lncisura vertebral caudal (11)
Processo espinhoso (12)
Processo transverso (13)
Fóvea costal (14)
Forame transverso (15)
Processo articular cranial (16)
Processo articular caudal (17)
Processo costal (18)
Processo acessório (19)
Processo mamilar (20)
Processo hemal (21)
Arco hemal (22)
Espaço interarqueado
Espaço lombossacral (23)
Espaço sacrococcígeo (24)
Atlas vC, (25)
Processo transverso [asa] (26)
lncisura alar (27)
Forame vertebral lateral (28)
Arco dorsal (29)
Arco ventral (30)
Áxis (31)
Dente (32)
Osso sacro vS,_
3
Asa do sacro (33)
Superfície auricular (34)
Crista sacral mediana (35)
Crista sacral lateral (36)
Crista sacral intermediária (37)
Promontório (38)
Forame sacral dorsal (39)
Forame sacral ventral (40)
Costelas
(vista caudal)
50
1
48 •
(vista lateraQ
20
vl1
(vista lateral)
(vista dorsal)
A5
4
9
10
11-~~
12
13
14
Costelas esternais (41)
Costelas asternais (42)
Costela flutuante (43)
Costela óssea (44) (vista ventral)
Cabeça da costela (45)
Facetas articulares da cabeça da costela (46)
Colo da costela (47)
Corpo da costela (48)
Tubérculo da costela (49)
Superfície articular do tubérculo da costela (50)
Ângulo da costela (51)
Cartilagem costal (52)
Joelho da costela (53)
Esterno
Manúbrio do esterno (54)
Corpo do esterno (55)
Esternebras (56)
Processo xffoide (57)
~;p--1 3 ~;<YS
13
(vista cranial) ~ ~
21
-vT11
- vl1
9
2
5. Articulações da coluna vertebral e do tórax; articulações atlantoccipital e atlantoaxial
a) ARTICULAÇÕES
Nome Ossos participantes Forma/ Função Comentários
Composição
I. Articulação Côndilos do occipitale Articulação elíptica, Gínglimo (a1ticulação Cavidades articulares direita e esquerda
atlantoccipital fóveas articulares craniais articulação simples tipo dobradiça), flexão comtmicam-se ventralmente.
do atlas dorsal e ventral
II. Articulação Fóvea do dente e fossa arti- Articulação trocóidea, Rotação axial da cabeça A articulação atlantoaxial comunica-se
atlantoaxial cular caudal do atlas, dente articulação simples no pescoço, 'meneio' da com a atlantoccipital.
e superfície articular ventral cabeça
do dente
III. Articulações dos Processos articulares de Articulações planas Articulações deslizantes Considerável mobilidade na região cer-
processos articulares vértebras adjacentes vical, diminuindo nas regiões torácica e
lombar.
IV. Articulação da cabeça Superfície articular da cabe- Articulação esferóidea, Gínglimo que, junta- Asuperficie articular convexa da cabeça
da costela (articulação ça da costela e fóvea costal articulação composta mente com as vértebras, da costela é formada por duas facetas
costovertebral) caudal da vértebra mais torna possível a variação articulares. A depressão articular é for-
cranial e fóvea costal cranial do volume torácico na macia pelas fóveas costais dos dois corpos
da vértebra mais caudal com respiração vertebrais e pela fibrocartilagem interposta
a qual a cabeça da costela se da sínfise intervertebral. As duas a três úl-
articula limas costelas articulam-se apenas com a
fóvea costal cranial da vértebra de mesmo
número (a mais caudal).
V. Articulação do Superfície articular do tubér- Articulação plana, Gínglimo Nas últimas costelas, a articulação costa-
tubérculo da culo costal e a fóvea costal articulação simples transversa aproxima-se e então se funde
costela (articulação do processo transverso da com a articulação costovertebral.
costotransversa) vértebra de mesmo número
(a mais caudal)
VI. Articulação Extremidades cartilagíneas Articulação condilar, Gínglimo A primeira costela articula-se com o ma-
esternocostal da primeira à oitava costela articulação simples núbrio do esterno. A nona costela (última
e o esterno esternal) não está ligada ao esterno por
articulação sinovial. mas sim por tecido
fibroso.
VII. Sincondrose Osso e cartilagem costais Sincondrose Quase rígida e imóvel No período pós-natal, pode ocorrer o
costocondral desenvolvimento de uma articulação ver-
dadeira a partir de uma sincondrose.
VIII. Sincondroses Manúbrio do esterno, ester- Sincondrose Progressivamente rígida Das sincondroses esternais, as sincon-
esternais nebras do corpo do esterno, e imóvel droses manubrioesternais e xifoesternais
processo xifoide recebem nomenclaturas peculiares.
IX. Sínfise intervertebral Corpos das vértebras adja- Disco intervertebral Leve mobilidade Os discos na região intervertebral do sacro
(articulações entre os centes, começando com o sem um espaço ossificam no segundo ano de vida.
corpos das vértebras áxis e incluindo as vértebras
adjacentes) caudais
X. Articulação Ver articulações do membro
sacroilíaca pélvico.
b) L IGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL
Três ligamentos estendem-se sobre áreas mais longas da coluna vertebral. Liga-
mentos curtos formam pontes sobre o espaço entre cada vértebra.
A membrana atlantoccipital ventral constitui um reforço ventral da cápsula
articular, enquanto o ligamento lateral corresponde a um reforço lateraldessa
cápsula.
O ligamento longitudinal ventral fica aderido ventralmente aos corpos ver-
3 tebrais e aos discos intervertebrais. Esse Ligamento estende-se desde a segunda
vértebra cervical até o sacro.
Na articulação atlantoaxial, o dente fica preso junto ao assoalho do canal ver-
tebral e ao osso occipital pelo ligamento apical do dente, ligamento transver-
so do atlas e ligamentos alares. O Ligamento transverso do atlas é sustentado
pela bolsa sinovial, ficando aderido às duas faces do atlas. No caso de ruptu-
ra desses ligamentos ou fratura do dente após acidentes automobilisticos ou
estrangulamento, pode ocorrer dano à medula espinal com paralisia e morte
como consequências. A membrana atlantoaxial dorsal elástica estende-se
desde a projeção cranial da espinha do áxis até o arco dorsal do atlas.
10
O ligamento longitudinal dorsal situa-se no assoalho do canal vertebral e
adere-se na margem dorsal do disco intervertebral. Esse ligamento estende-se
desde o áxis até a primeira vértebra caudal.
O ligamento nucal (ver p. 29) no cão consiste apenas no funículo nucal elás-
tico pareado. Esse ligamento faz ponte sobre a coluna vertebral cervical desde
a extremidade caudal do processo espinhoso do áxis, estendendo-se até o pro-
cesso espinhoso da primeira vértebra torácica. Nesse local, o ligamento nucal é
sucedido pelo ligamento supraespinal com perda de elasticidade, aderindo-se
ao processo espinhoso de todas as vértebras até a terceira vértebra sacra!.
Os ligamentos amarelos estendem-se como Ligamentos elásticos curtos de um
arco vertebrala outroe, com isso, fecham osespaços interarqueadosdorsalmente.
Os ligamentos interespinhosos estão ausentes. O músculo interespinal re-
pousa entre os processos espinhosos das vértebras adjacentes.
C) LIGAMENTOS DAS ARTICULAÇÕES ATLANTOCCIPITAL, ATLANTOAXIAL E DO TÓRAX
Na articulação atlantoccipital. a membrana atlantoccipital dorsal reforça a
cápsula articular eforma ponte sobre o espaço atlantoccipital (acesso à cisterna
cerebelomedular para retirada de líquido cerebrospinalcom fins diagnósticos).
As articulações entre os processos articulares das vértebras carecem de li-
gamentos. A cápsula articular está firmemente aderida ou é mais frouxa, de
acordo com o grau de movimento, e influencia a direção do movimento, que
depende da posição das superfícies articulares.
Na articulação da cabeça da costela, o ligamento intra-articular dessa ca-
beça une as cabeças costais de ambos os lados e repousa sobre o disco inter-
vertebral. Esse ligamento também é conhecido como ligamento intercapital,
mas está ausente no primeiro e nos dois últimos pares de costelas. O ligamento
radiado da cabeça da costela está presente como fortalecimento da cápsula
articular.
Nas articulações costotransversas, a cápsula articular é reforçada pelo liga-
mento costotransverso.
Articulações da coluna vertebral e do tórax
(vista dorsal)
- - - - - Lig. transverso do atlas
Articulações atlantoccipital e atlantoaxial
(vista caudolateral) (vista cranial) (vista craniolateraQ
Articulação do processo articular
(vista lateral)
Manúbrio--
esternal
Articulação esternocostal - - - - -
/
/
_.,.,
/
/
/
Articulações esternocostais e sincondroses estemais
Legenda:
A Lig. longitudinal dorsal
B Processo articular cranial
B' Processo articular caudal
Disco intervertebral:
C Núcleo pulposo
D Anel fibroso
Lig. supraespinal - - - - - -
Articulações do - - - - - - - - ,.---,,.
processo articular
~
vT2 , )~ i»,---1v.iÊ
~
Articulação da - - - 1::
cabeça da costela
Extremidade - - - - •
cranial
Articulações costovertebrais
(vista caudolateral)
- - Sincondrose costocondral
Sínfise intervertebral
E Lig. radiado da cabeça da costela
F Lig. intra-articular da cabeça da costela
G Fóvea costal cranial
(ver p. 9, 89, 91)
H Lig. oostotransverso
1 Lig. estemocostal radiado
J Lig. longitudinal ventral
11
12
Capítulo 2: Região do pescoço e do tórax (região cervical e torácica)
1. Músculos cutâneos e nervos cutâneos do pescoço e da parede torácica
Para demonstrar os músculos c utâ neos, realiza-se uma incisão longitudinal através da pele no lado esquerdo do corpo. A incisã o deve estender--
-se desde a base da orelha no nível médio da escápula até a extremidade ventral da última costela . Ao se fazer isso, os músculos cutâneos
devem ser preservados. Nas extremidades da incisão na base da orelha e na altura da última costela, efetua-se uma secção transversal através
da pele, que então é rebatida em d ireção às linhas medianas dorsal e ventral. As veias jugular externa e omobraquial, de localização superficial,
são examinadas em primeiro lugar a fim de evitar dano não intencional aos vasos e o manchar do local de d issecção pelo sangue coagulado.
a) Os Músc ulos CUTÂNEOS terminam na pele com as fibras tendíneas mais finas e,
com isso, propiciam o movimento da pele para, por exemplo, repelir insetos.
O músculo cutâneo do tronco (4) converge o trajeto de sua fibra para a fossa
axilar e a linha alba ventromediana, sendo penetrado por nervos cutâneos fi.
nos. A inervação motora desse músculo cutâneo do tronco é feita pelo nervo
torácico lateral (5), cujos ramos podem ser observados através da metade ven-
tral desse músculo fino.
O platisma (2) podeservisto desdesua origem na linha mediana dorsalaté a mar-
gem entre a cabeça e o pescoço, onde é sucedido pelo músculo cutâneo da face.
A inervação do platisma cervical (3) origina-se do nervo auricular caudal
do sétimo nervo craniano (nervo facial). Essa inervação segue profundamente
em direção ao músculo em um trajeto paramediano dorsal. O nervo pode ser
identificado afastando-se os feixes grossos de fibras do músculo.
O músculo esfínctersuperficial do pescoço (1) tem posição ventral no pesco-
ço com fibras transversas que estão intimamente ligadas à pele.
Para demonstrar os nervos cutâneos cervicais, secciona-se a origem linear dorsal do platisma e rebate-se o músculo cranialmente até a secção
transversal cranial da pele. Para demonstrar os nervos cutâneos torácicos, secciona-se o músculo cutâneo do tronco ao longo da secção trans-
versal caudal da pele no nível da última costela, bem como na margem caudal do músculo triceps braquial, e rebate-se esse músculo cutâneo
ventralmente em d ireção à linha alba. Nas regiões torácica e abdominal ventrais, sem exceção, as aponeuroses do músculo obliquo externo do
abdome (34) devem ser preservadas.
b) Os NERVOS CUTÂNEOS inervam a pele e são predominantemente sensitivos
(também contêm fibras autônomas); tais nervos constituem as partes dos ner-
vos espinais visíveis no subcutâneo. Os nervos espinais (p. ex., nC4) dividem--
•Se em sua emergência, a partir do forame intervertebral, em ramo dorsal (d)
e ramo ventral (v) que, por sua vez, dividem-se ainda em ramo medial (dm
ou, respectivamente, vm) e ramo lateral (dl ou, respectivamente, vi). Exceto
pela região cervical dorsal, os ramos mediais de localização profunda contêm
fibras predominantemente motoras, enquanto os ramos laterais são compostos
sobretudo por fibras sensitivas para a inervação da pele. Dos oito nervos cervi-
cais, apenas o nC1atravessa o forame vertebral lateral do atlas. Os nervos cer-
vicais (do segundo ao sétimo) deixam o canal vertebral cranialmenteà vértebra
de mesmo número, mas o oitavo nervo cervical emerge em posição caudal à
sétima vértebra cervical. O primeiro nervo cervical não chega à pele do pesco-
ço com seu ramo dorsomedial (nC Jdm). O nervo occipital maior (nC 2dm)
segue profundamente em direção ao músculo cervicoauricular superficial até
a região occipital. Os ramos seguintes nC 3dm até nC 6dm são geralmente du-
plos. Os dois últimos, nC 7dm e nC Sdm, são pequenos e não costumam atin-
gir a pele, mas terminam na espessa camada muscular. A inervação da região
cervicalcutânea dorsal por ramos-dm é diferente do arranjo em outras regiões
do corpo onde a pele é inervada por ramos laterais e a musculatura por ramos
mediais. A diferença é clara quando se comparam os locais de emergência dos
nervos cutâneos nas regiões cervicale torácica dorsais.
1. Os ramos cutâneos dorsais dos nervos cervicais alcançam a linha media-
na dorsal na companhia de vasos sanguíneos cutâneos e são formados por
ramos-dm.
II. Os ramos cutâneos dorsais dos nervos torácicos emergem em posição
dorsal e paramediana, ocupando a área da largura de um palmo; ou seja, tais
ramossão mais laterais e regularmente formados por ramos-d!. Além disso, es-
ses ramos são acompanhados por vasos sanguíneos cutâneos. Os treze nervos
torácicos deixam o canal vertebralcaudalmente à vértebra de mesmo número,
dividindo-se em ramos ventral e dorsal. O ramo ventral passa como nervo in-
tercostal ventralmente entre as costelas, emitindo o ramo-vi (cutâneo proximal
ou lateral) praticamente na metade do espaço intercostal e o outro ramo-vi
(cutâneo distal ou ventral) na extremidade ventral desse espaço.
III. Os ramos cutâneos ventrais dos nervos cervicais estão arranjados em
uma fileira ventrolateral e são formados por ramos-vi (nC 2vl até nC Svl). Os
ramos nC 2v até nC Sv comunicam-se entre si, formando um plexo cervical
na profundidade da musculatura. O nervo cutâneo ventral de C2 segue com
seu nervo auricular magno (11) até a base da orelha e com seu nervo cervical
transverso (12) até a região ventral do pescoço e a parte caudal do espaço
mandibular. Os ramos ventrais de C6 à T2 unem-se para formar o plexo bra-
quial com suas partes principais (ver p. 19); é a partirdesse plexo que os nervos
do plexo do membro torácico se originam.
IV. Os ramos cutâneos laterais dos nervos torácicos são formados pelos ra-
mos-vi proximais (ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais) menciona-
dos anteriormente.
V. Os ramos cutâneos ventrais dos nervos torácicos são formados pelos ra-
mos-vi distais (ramos cutâneos ventrais dos nervos intercostais). Esses nervos
são muito pequenos.
2. Músculos extrínsecos dorsais dos membros
Para a dissecção, é necessário o conhecimento dos ossos do cíngulo peitora l (escapular) (ver p. 17). Durante a dissecção, os músculos cleido-
cervical e trapézio são seccionados ao longo do trajeto do ramo dorsal do nervo acessório (nervo craniano XI) e rebatidos para qualquer dos
lados. Depois disso, a divisão do nervo acessório em ramos dorsal longo e ventral curto pode ser demonstrada.
A origem dos músculos ou, respectivamente, de sua inserção no crânio e nas
regiões cervicais/torácicas da coluna vertebral, das costelas e do esterno (cole-
tivamente conhecidos como tronco), bem como no membro torácico, é deci-
siva para sua designação como músculos tronco-membro (ou seja, músculos
de ligação do tronco ao membro). Como esses músculos se inserem na parte
do cíngttlo escapular, também é justificávelchamá-los de músculos do cíngulo
escapular, como sinônimo. Desses músculos, o serrátil ventral confere a prin-
cipal junção sinsarcótica entre o tronco eo membro, sendosua área de rotação
encontrada no meio da face serrata da escápula.
O músculo trapézio seoriginacom suas duas partes (segundo Donatetai., 1967,
três partes) na linha mediana dorsal acima dos processos espinhosos das vérte-
bras cervicais e torácicas. A parte torácica (7) desse músculo termina na direç,'o
cranioventral do terço dorsal da espinha da escápula. A parte cervical (6) se in-
sere após um trajetocaudoventralnos dois terçosdorsais da espinha da escápula.
Apesar das diferentes direções do trajeto de suas fibras, ambas as partes atuam
como projetores do membro. Isso ocorre porque a parte torácica se insere dor-
salmente e a parte cervical ventralmente à área de rotação da junçãosinsarcótica
tronco-membro. De acordo com a nomenclatura sugerida por Donat et ai., 1967,
o músculo cleidocervical (15) é considerado como uma terceira parte (parte
clavicular) do músculo trapézio. Esse músculo segue seu trajeto entre a intersec-
ção clavicular (16) e a linha mediana dorsal do pescoço. O ramo dorsal do ner-
vo acessório (13), que inerva esse músculo,surge entre o músculo deidocervical
e a parte cervical do músculo trapézio no ápice de um triângulo delimitado por
músculos, e ainda pode ser acompanhado no local onde se inicia a t,Jnseção do
músculo trapézio (ver as instruções sobre dissecção).
O músculo omotransversário (14) segue seu trajeto, como seu próprio nome
sugere, entre o acrômio e ombro e o processo transverso (asa) do atlas. Inerva-
ção: nC 4vm. Profundamente à superfície dorsomedial do músculo omotrans-
versário, há o linfonodo cervical superficial, que deve ser preservado.
O músculo grande dorsal (8) origina-se da ampla fáscia toracolombar (9) e
termina principalmente na tuberosidade redonda maior pelo tendão comum
com o músculo redondo maior. O músculo grande dorsal tem inserções na
fáscia braquial, bem como nas cristas dos tubérculos maior e menor do úmero,
onde forma um arco axilar amplo. O nervo toracodorsal e os vasos toracodor-
sais (ver p. 19) se inserem na face medial do músculo.
O mí,sculo romboide (10) é coberto pelo músculo trapézio e consiste em m.
romboide da cabeça (nC vm), m . romboide do pescoço (nC vm) e m. rom-
boide do tórax (nT vm). Esses músculos surgem na crista nucal e na linha
mediana dorsal. mas terminam na cartilagem escapttlar. Função: fixar, elevar e
retrair o membro torácico; ao se abaixar o pescoço, o músculo romboide serve
para elevá-lo.
. ai e peitoral
·o
~es cerv1c
Regi
Legenda:
V jugular ext~rna
a V. omobraqu,al. . (C '
b . ·1
ar acessaria 61
N ax, . 1
~ v.'axilobraqu,a
v cefálica . .
1
do n. radial
rf'cial do pescoço
1 M. esfíncter supe ,
1
1
1
e · uperf1c1a . . .
1
Ramo s . . superf1c1a1s
Cervicais
A ev. lar) )
g (r~mo pré-es~6~ais (ramo cutâneo
h A. e~- tor(~~~os cutãn_eos)
N. a~1lar stobraquia,s
Nn. ,nterco
11
12 N. cervical
transverso
13 Ramo dorsal-:- -
do n. acessor,o
t ansversário
14 M. orno r
15 M. cleidocervical - - -
cção clavicular- -
16 lnterse
Legenda:
dibular
k Glândula_
mans superficiais
erv1
ca1 ·s
1 Lnn. e ·cicos latera, utãneo)
e n tora (ramo e
m A., v. . •cicas internas
A ev. tora
n ·Ts vi (distal) . ( amos cutâneos)
o !.e v. intercosta,s r
Legenda:
.d mastóideo
17 M. esternocle, o
18 Esterno
M deltoide:
. rte clavicular
19 Pa leidobraquial)
(m. c .
1
Parte acrom,a
20 P te escapular
21 ar .
22 M. braquial dial do carpo
23
M. extensor::ido m. tríceps
24 Cabeça la~ega do m. tríceps
25 Cabeça lo
1
1
1 tãneo do tronco
4 M. cu
7 Parte torácica
1
1
1
·ia mamária)
26 Teto (pap, -hióideo e
Mm esterno
27 ·rnotireóideo
este t·doauricular
28 M. paro , .
29 M. esplê~,o trai do pescoço
30 M. serrát1I ven
M supraesp,nal
31 M. intraespinal o
32 . iterai profund bdome
33 M. pe. externo do a
34 M. obllquo
(vista lateral)
(ver p. 15)
13
3. Músculos extrínsecos ventrais dos membros
Durante a dissecção, os músculos peitorais superficial e profundo são transeccionados em uma área da largura de um dedo, lateralmente à linha
mediana ventral. Com isso, sua inervação pelos nervos peitorais cranial e caudal pode ser observada.
A função dos músculos tronco-membro consiste no movimento da cabeça,
da coluna vertebral e do membro torácico, bem como na suspensão do tronco
pelos membros torácicos. Os músculos mais ventraisatuam mais na suspensão
do tronco e, portanto, são ricos em intersecções tenclíneas; por outro lado, os
músculos mais dorsais são mais funcionais no movimento do membro e a sus-
pensão do membro torácico é uma fu nção acessória.
Com a parte clavicular do músculo deltoide (cleidobraquial), os músculos
peitorais superficiais formam o sulco peitoral lateral. No cão, a veia cefálica
ocupa apenas a parte mais medial do sulco pois, nesse nível, não passa na par-
te principal do sulco, mas sim mediaimente ao músculo peitoral superficial e
profundamente ao cleidobraquial. O largo músculo peitoral transverso (14)
assume origem linear a partir do manúbrio e da parte cranial do corpo do
esterno. O músculo peitoral descendente (15) mais superficial origina-seape-
nas do manúbrio. As duas partes do peitoral superficial terminam na crista do
tubérculo maior do úmero.
A porção principal do músculo peitoral profundo (17) forma a base da
porção acessória (16), estreita, localizada lateralmente. O músculo peitoral
profundo tem sua origem a partir do manúbrio e do corpo do esterno, mas
termina nos tubérculos maior e menor. A porção acessória se insere na fáscia
braquial. Os nervos responsáveis pela inervação do peitoral profundo podem
ser observados na superfície da secção.
O músculo serrátil ventral (31) é subdividido no músculo serrátil ventral do
pescoço (nCvm) e no músculo serrátil ventral do tórax (nervo torácico longo
- 30). Os dois se fundem na área da entrada torácica. Esses músculos se origi-
nam dos processos transversos das vértebras cervicais ou, respectivamente, das
costelas e se inserem conjuntamente nas faces serratas da escápula.
O músculoesternocleidomastóideo (ramo ventral do nervo acessório) consiste
em três músculos individuais: os músculos cleidomastóideo (5) e esternomas-
tóideo (3) se fundem cranialmente, enquanto os músculos esternomastóideo
e esternoccipital (4) se fundem caudalmente. A superfície lateral do músculo
esternocleidomastóideo forma o sulco jugular para a veia jugular externa. A
inervação feita pelo ramo ventral do nervo acessório segue até a face profunda
dos músculosesternomastóideo e esternoccipital,caudalmente à glândula man-
dibular. Nesse local, o ramo ventral (ver p. 13) se posiciona entre os músculos
esternomastóideo e esternoccipital, que formam um músculo contínuo e po-
dem serseparadosapenas artificialmente. O nervo acessório se divide no ramo
dorsal previamente identificado, que secomunica com nC 2, e no ramo ventral
curto, cujos três ramos terminam depois de um curto trajeto nos músculos in-
dividuais que, juntos, compreendem o esternocleidomastóideo.
O músculo deltoide possui partes escapular, acromiale clavicular; a parte cla-
vicular também é designada como músculo cleidobraquial (13), porque se
estende desde a intersecção clavicular até o úmero, o osso do braço. As partes
escapulare acromial do músculo deltoidesão inervadas pelo nervo axilar, um
ramo do plexo braquial. O múSClUO cleidobraquial é inervado pelo nervo axilar
acessório ou braquiocefálico (nC6 - 12), o ramo mais cranial do plexo bra-
quial. Esse nervo penetra na superfície profunda do cleidobraquial à distância
dedois dedos distais à intersecçãoclavicular.O termo músculo braquiocefálico
écoletivo para um músculo contínuo que, nos mamíferos domésticos, é forma -
do por partes dos músculos deltoide e esternocleidomastóideo, bem como pelo
cleidocervical. As três partes têm inserção na intersecção clavicular e consistem
no cleidobraquial, no cleidomastóideo e no cleidocervical. O cleidobraquial
se estende desde o úmero até a intersecção clavicular. A intersecção clavicular
é uma camada fina de tecido conjuntivo que cruza o músculo braquiocefálico
cranialmente ao ombro; em sua extremidade medial, essa intersecção contém
uma pequena cartilagem e frequentemente um pequeno osso visível ao exame
radiográfico. A intersecção une as fibras do cleidobrJquial em sua face distal.
as fibras do cleidocervical e do cleidomastóideo em sua face proximal. além de
ser uma partição completa entre as fibras musculares de inserção. O cleidomas-
tóideo se origina da intersecção clavicular e se une ao esternomastóideo (ver
anteriormente) até se inserir no processo mastoide do osso temporal. O clei-
docervical surge da intersecç.'io clavicular superficialmente ao cleidomastóideo.
A partir da intersecção, o cleidocervical se estende no sentido craniodorsal até
a fenda fibrosa mediana do pescoço que une os músculos direito e esquerdo
dorsalmente. O termo músculo cleidocefálico é aplicado aos músculos cleido-
mastóideo e cleidocervical juntos; portanto, o braquiocefálico pode ser descrito
como um músculo que consiste no cleidobraquial e no cleidocefálico.
O músculo esterno-hióideo (nC lvm - 7) e o músculo esternotireóideo (nC 2
1vm - 2) não pertencem à musculatura do tronco-membro, mas aos músculos
hióideos longos. Os músculos esterno-hióideos direito e esquerdo entram em
contato entre si na linha mediana ventral do pescoço. O músculo esternoti-
reóideo encontra-se lateralmente adjacente.
4. Nervos, vasos e órgãos viscerais do pescoço
O sulco jugular e a veia jugular externa foram dissecados. Para demonstrar estruturas da região cervical ventral, os músculos esterno-hióideos
são separados na linha mediana e transeccionados conjuntamente com os músculos esternotireóideos.
1 a) Como as veias subclávia e jugular interna, a VEIA JUGULARE.XTERNA (8) se ori-
gina da veia braquiocefálica no nível da entrada torácica. Na sequência caudo-
cranial, a veia jugular externa dá origem às veias cefálica, cervical superficiale
omobraquial. Depois se divide na margem caudal da glândula mandibular em
um ramo dorsal, a veia maxilar (19), e em um ramo ventral, a veia linguofa-
cial (18). Em sua união com a veia jugular externa, a veia cefálica (l l) situa-se
na parte medial do sulco peitoral lateral e se une à jugular externa imediata-
mente cranial à entrada torácica. A veia cervical superficial (10) é satélite à
parte extratorácica da artéria de mesmo nome; essa veia se une à jugular exter-
na próximo à raiz do pescoço, em geral imediatamente oposta à veia cefálica.
A veia omobraquial (9) segue superficialmente sobre os músculos deltoide e
cleidocervical, estendendo-se entre a veia axilobraquial e a jugular externa. A
veia axilobraquial segue seu trajeto dorsalmente desde a cefálica ao longo da
margem lateral do músculo cleidobraqlúal, depois se aprofw1da até o músculo
deltoide e se une à veia circunflexa caudal do úmero (ver p. 21).
b) Das ESTRUTURAS N
EUR0VASCULARE
S DA RE
GIÃ
OCERVICAL VEN
TRAL, a veia jugular
interna (22) segue seu trajeto ao longo da margem dorsolateral da traqueia e
emite ramos para o cérebro, a glândula tireoide, a laringe e a faringe. As artérias
carótidas comuns esquerda e direita originam-se, no nível da entrada torácica,
do tronco braquiocefálico arterial (ver p. 49). A artéria carótida comum (24)
segue cranialmente na margem dorsolateral da traqueia e envia ramos para a
glândula tireoide, a laringe e a faringe. O tronco vagossimpático (23) é um
nervo grande que repousa dorsalmente à artéria carótida comum. Esse nervo
conduz fibras nervosas simpáticas desde o tronco simpático toracolombar até
a cabeç.1 (ver p. 49). Os componentes parassimpáticos do nervo vago (ner-
vo craniano X) partem da cabeça predominantemente até as cavidades cor-
porais. Após sua separação do tronco simpático, o nervo vago emite o nervo
laríngeo recorrente (ver p. 49) no interior da cavidade torácica e, depois disso,
contém fibras nervosas parassimpáticas e sensitivas, e talvez fibras motoras es-
2 queléticas para o esôfago. O nervo laríngeo recorrente (26), com suas fibras
motoras esqueléticas, autônomas e sensitivas, curva-se e passa cranialmente
no pescoço. O nervo laríngeo recorrente repousa dentro do tecido conjuntivo
lateralmente na traqueia, que, como o esôfago, recebe ramos dele. O nervo
laríngeo recorrente é facilmente encontrado à medida que segue dorsalmente
à glândula tireoide; sua parte terminal corresponde ao nervo laríngeo caudal,
14
que inerva partes da laringe.
c) Do SISTEMA L1NF
AT1
co, apenas os troncos linfáticos e os linfonodos são consi-
derados aqui. O tronco linfático (jugular) traqueal representa o grande tronco
linfático pareado do pescoço. Esse tronco começa como a drenagem eferente
do linfonodo retrofaríngeo medial, recebe vasos aferentes dos Jinfonodos cer-
vicais superficial e profundo, e ainda desemboca no ângulo venoso formado
pela confluência das veias jugltlares interna e externa. Em sua terminação, o
tronco linfático traqueal esquerdo (28) se une ao dueto torácico (29), que
conduz a linfa proveniente das cavidades corporais. O linfonodo retrofarín-
geo medial (l ) situa-se na inserção cranial do músculo esternotireóideo. Esse
linfonodo recebe sua linfa a partir da cabeça. O linfonodo cervical superfi- 3
cial (27) se localiza profundamente ao músculo omotransversário, entre ele e
o serrátil ventral. Os vasos aferentes desse linfonodo passam pela área cervical
superficial, bem como pelo tronco, pela cabeça e pelo membro torácico. Os
linfonodos cervicais profundos ficam próximos àtraqueia e consistem em gru-
pos inconstantes, cranial, médio e caudal. Os aferentes desses linfonodos são
provenientes de seus arredores imediatos no pescoço.
d) As ESTRUTURAS v1scERAJS ceRvtCAIS incluem o esôfago e a traqueia, além das
glândulas tireoide e paratireoide. A parte cervical do esôfago (25) situa-se em 4
posição dorsal à traqueia no meio do pescoço e dorsolateral (à esquerda) na en-
trada do tórax. A coloração avermelhada do esôfago deve-se ao revestin1ento
externo de músculo estriado. Esse músculo estriado do tipo visceral é inerva-
do pelo nervo vago. A traqueia (6) consiste em anéis cartilagíneos incompletos 5
em formato de C, que são fechados por uma parte membranosa contendo fei-
xes transversos de músculo (liso) traqueal. Os anéis cartilagíneos incompletos e
suas partes membranosas complementares estão ligados entre si por ligamentos
anulares. O lume traqueal é mantido aberto por anéis cartilagíneos incompletos
que são reforçados por tecido fibroelástico. A tensão assim criada possibilita as
alterações no comprin1ento da traqueia com os processos de respiração e deglu-
tição, e é responsável pela secção transversal arredondada típica da traqueia, a
qual pode sofrer estreitamento por contração do músculo traqueal. A glândula 6
tireoide (21) localizada na extremidade cranial da traqueia possui lobos esquer-
do e direito, que, algumas vezes, podem estar unidos por delgado istmo ventral.
Os pares bilaterais das glândulas paratireoides (20) repousam sobre a glândula 7
tireoide como glândulas pálidas e arredondadas, com diâmetro de aproximada-
mente 3 milímetros. Essas glândulas paratireoides se localizam nas superficiais
laterale medial da tireoide ou no parênquima tireoidiano.
Regiões cervical e peitoral
(vista ventral)
Ln. retrofaríngeo medial - - - - - - - - - - •
2 M. esternotireóideo- - - - - - - - - - - - - -
M. esternocleidomastóideo:
3 M. esternomastóideo- - - - - - - - - - - -
4 M. esternoccipital - - - - - - - - - - - - -
5 M. cleidomastóideo- - - - - - - - - - - - -
6 Traqueia- - - - - - - - - - - - - - - - - •
7 M. esterno-hióideo- - - - - - - - - - - -
8 V. jugular externa- - - - - - - - - - - - ·
~
9 V. omobraquial- - - - - - - - - - - - -
1O V. cervical superficial- - - - - - - - ·
11 V. cefálica- - - - - - - - - - - ·
12 N. axilar acessório (Cs) - -
13
M. deltoide:
Mm. peitorais
superficiais:
14 M. peitoral transverso
15 M. peitoral
descendente
Mm. peitorais
profundos:
16 Porção acessória
17 Porção principal - - - - - - - -
Legenda:
32 M. tiro-hióideo
33 M. cricotireóideo
34 M. cleidocervical
35 M. longo da cabeça
36 Intersecção clavicular
37 Sulco peitoral lateral
38 M. escaleno dorsal
39
40
41
42
43
44
M. escaleno médio
M. reto do tórax
M. reto do abdome
M. supraespinal
M. subescapular
M. oblíquo externo
do abdome
---19 V. maxilar
· - - - - 20 Glândula paratireoide
- - - - - 21 Glândula tireoide
- - - - - 22 V. jugular interna
- - - - - 23 Tronco vagossimpático
(ver p. 13)
a Glândula parótida g Lnn. cervicais profundos
b Glândula mandibular h N. frênico
c Arco hióideo V. braquiocefálica
d V. facial j V. subclávia
e A. tireoide cranial k A. e v. axilares
f V. tireoide caudal 1 Nn. intercostobraquiais
15
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  • 4.
  • 5. Anatomia do Cão TEXTO EATLAS Sª edição Prof. Klaus-Dieter Budras lnstitute ofVeterinary Anatomy Free University of Berlin Prof. Patrick H. McCarthy Dept. ofVeterinary Anatomy, Universityof Sydney Prof. Aaron Horowitz Prof. Rolf Berg Oept. of Structure and Function School ofVeterinary Medicine Ross University, St. Kitts, West lndies Ilustradores científicos Wolfgang Fricke Renate Richter Colaboradores Prof. Dr. Christoph Mülling, Dr.Anita Wünsche e Dr. Sven Reese Contribuições para aanatomiaclínica efuncional Dr. Sven Reese, Dr. Klaus Gerlach e Prof. Klaus-Dieter Budras ~ Manole Introdução à técnica radiográfica ediagnóstico por ultrassom Prof. Cordula Poulsen Nautrup Introdução à tomografia computadorizada Dr. Claudia Noller
  • 6. Outros colaboradores da edição original: Prof. Dr. Hermann Bragulla, SchoolofVeterinary Medicine, Louisiana State University, Baton Rouge, USA Dr. Klaus Gerlach Ph.D., Tierãntliche Praxis, Berlin TA Claudia Herrmann, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin Dr. Ruth Hirschberg, Institui für Veterin,ir-Anatomie, Freie Universitãt Berlin Prof. Dr. Dr. h.c. Horst E. Kõnig, Institui für Anatomie, Veterinãrmedizinische Universitãt Wien Prof. Dr. Dr. h. c. Hans-Georg Liebich, Institui für Tieranatomie, Ludwig-Maximilians-Universitãt München Prof. Dr. Christoph Mülling, Faculty ofVeterinary Medicine, University ofCalgary Dr. Claudia Nõller, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin Prof. Cordula Poulsen Nautrup, Institui für Tieranatomie, Ludwig-Maximilians-Universitãt München Dr. Sven Reese Ph.D., Institui für Tieranatomie, Ludwig-Maximilians- -Universitãt München Dr. Anita Wünsche, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitat Berlin Prof. Dr. Paul Simoens, Faculteit Diergeneskunde, Gent, Belgium Colaboração editorial: Dr. Silke Buda, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin índice remissivo: Thilo Voges, Institui für Veterinãr-Anatomie, Freie Universitãt Berlin O índice de colaboradores mais antigos, bem como das fontes de ilus- trações, radiografias e fotografias, pode ser obtido na edição anterior. Título do original em inglês: Anatomy ofthe Dog - s••edition Copyright © 2010 Schlütersche Verlagsgesellschaft mbH & Co. KG, Hans-Bõckler-Allee 7, 30173 Hannover Este livro contempla as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portu- guesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 11-14103 Anatomia do cão : texto e atlas / Klaus-Dieter Budras...[et ai.] ; ilustradores científicos Wolfang Fricke, Renate Richter ; revisores cientificos José Roberto Kfoury Junior e Paula de Carvalho Papa; 1traduzido por Fabiana Buassaly Leistner). - - 5. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2012. Outros autores: Patrick H. McCarthy, Aaron Horowitz, Rolf Berg Título original: Anatomy ofthe dog. Vários colaboradores. ISBN 978-85-204-3189-4 1. Cães - Anatomia 2. Cães - Anatomia - Atlas 1. Budras, Klaus-Dieter. II. McCarthy, Patrick H.. lll. Horowitz, Aaron. IV. Berg, Rolf. V. Fricke, Wolfgang. VI. Richter, Renate. CDD-636.7089100222 lndices para catálogo sistemático: 1. Cães : Anatomia : Atlas 636.7089100222 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores. t proibida a reprodução por xerox. A Editora Manole é fil iada à ABDR - Associação Brasileira de Direitos Reprográficos. Edição brasileira - 2012 Direitos em língua portuguesa adquiridos pela: Editora Manole Ltda. Av. Ceei, 672 - Tamboré 06460-120 - Barueri - SP - Brasil Fone: (li) 4196-6000 Fax: (li) 4196-6021 www.manole.com.br info@manole.com.br 1mpresso no Brasil Printed in Brazil Colaboradores da edição brasileira: Tradução: Ora. Fabiana Buassaly Leistner Médica veterinária e tradutora Revisão científica: Prof. Dr. José Roberto Kfoury Junior Graduaç.'io em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP) Mestrado em Patologia Animal pela Tokyo University of Marine Science and Technology - Japão Doutorado em Imunologia pela Tokyo University of Marine Science and Technology- Japão Pós-Doutorado pela Justus Liebig Universitãt lnstitute for Veterinary Anatomy Giessen - Alemanha Professor Doutor do Setor de Anatomia, Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) Profa. Ora. Paula de Carvalho Papa Graduaçào em Medicina Veterinária pela Universidade de São Paulo (USP) .Mestrado em Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (USP) Doutorado em Medicina Veterinária pela Universitãt Giessen - Alemanha Pós-Doutorado pela Tierãntliche Hochschtde Hannover e pela Justus-Liebig Universitãt Giessen - Alemanha Sabático no Institut für Veterinãranatomie, VetSuisse Facultai, Universitãt Zürich - Suíça Professora Associada do Setor de Anatomia, Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) Diagramação: JLG Editoração Gráfica Capa: Rafael Zemantauskas
  • 7. Sumário Introdução à anatomia. Anatomia topográfica: Capitulo l: Superfície corporal e esqueleto axial 1. Divisão do corpo animal . 2. Pele (tegumento comum) . . . ...... . . . ....... . . 3. Glândulas cutâneas, modificações da pele, órgãos terminais dos dedos 4. Coluna vertebral e tórax .. . . ...... . . . ....... . . . . . . . 5. Articulações da coluna vertebral e do tórax; articulações atlantoccipital e atlantoaxial (A. vlüNSCHE e K.-D. BuDRAS) Capitulo 2: Região do pescoço e do tórax (região cervical e torácica) 1. Músculos cutâneos e nervos cutâneos do pescoço e da parede torácica 2. Músculos extrínsecos dorsais dos membros . 3. Músculos extrínsecos ventrais dos membros 4. Nervos, vasos e órgãos viscerais do pescoço . Capítulo 3: Membro torácico 1. Esqueleto do membro torácico . . .... . . .. ...... . . . . . ....... ... ..... . 2. Veias mediais do membro torácico; músculos mediais do ombro e do braço com sua inervação 3. Veias laterais do membro torácico; músculos laterais do ombro e do braço com sua inervaç.'o . 4. Músculos do antebrnço e sua inervação . .... ...... . . ... .... . 5. Vasos e nervos do membro torácico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. Estruturas sinoviais do membro torácico (A. W'üNSCHE e K.-D. BuDRAS) .. Capítulo 4: Parede torácica e abdominal 1. Músculos da coluna vertebral, ligamento nucal e nervos cutâneos lombares. 2. Músculos respiratórios . . . . . . . ...... .. . . .... . . . . . .... . 3. Parede corporal, prepúcio e glândulas mamárias (mamas). . . . . . .... . 4. Músculos abdominais, bainha do músculo reto do abdome, tendão pré-púbico. 5. Região inguinal, espaço inguinal (canal inguinal), lacunas neuromusculares e vasculares. Capítulo 5: Cavidade torácica 1. Pulmões, bifurcação da traqueia e brônquios (C. MüLLING e K.-D. BuoRAs) .. ... . . ...... ... ... . 2. Vasos sanguíneos, nervos e sistema linfático dos pulmões; arco aórtico, linfonodos da cavidade tonícica, timo. 3. Cavidade torácica, pleura e veias da cavidade torácica (C. MüLLING e K.-D. BuoRAS) . . . . ... 4. Coração, superfície do coração, parede cardíaca e relações no interior do coração . . . •. . 5. Coração, vasos coronários, valvas cardíacas, sistema de condução cardíaca . 6. Sistema nervoso autônomo . Capítulo 6: Cavidade abdominal 1. Topografia dos órgãos abdominais e relações do peritônio.. 2. Cavidade peritonial, linfonodos do estômago e do intestino, cisterna do quilo e baço . 3. Estômago e intestino delgado, pâncreas . . . . ..... 4. Intestino grosso, vasos sanguíneos do estômago e do intestino . ......... . . . . . 5. Fígado e vesícula biliar (H. BRAGULLA e K.-D. BuoRAs) .. . . ... . . ..... . . . . . 6. Sistema nervoso autônomo, aorta abdominal, veia cava caudal, músculos sublombares e plexo lombar . Capítulo 7: Órgãos urinários e genitais, pelve 1. Órgãos urinários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. Bexiga urinária e relações peritoniais dos órgãos genitais 3. Órgãos genitais femininos . . . . . ....... . . . .. . 4. Órgãos genitais masculinos, sistema linfático da região lombar e pélvica . 5. Artérias, veias e nervos da cavidade pélvica, glândulas adrenais.. 6. Diafragma da pelve, fossa isquiorretal; artérias, veias e nervos associados . 7. Musculatura lisa do diafragma da pelve e do cíngulo ósseo da pelve . Capítulo 8: Membro pélvico 1. Esqueleto do membro pélvico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ... ... . 2. Músculos da articulação do quadril e sua inervação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... ... . 3. Veia safena medial, nervo obturador, nervo femoral, músculos mediais da coxa, espaço femoral (canal femoral). 4. Veia safena lateral, nervo fibular (peroneal) comum e nervo tibial; músculos crurais (da perna) e músculo poplíteo. 5. Artérias com vasos e nervos acompanhantes do membro pélvico. 6. Estruturas sinoviais do membro pélvico (S. REESE e K.-D. BuoRAS) Capítulo 9: Cabeça 1. Crânio, incluindo o aparelho hióideo. 2. Crânio, seios paranasais . . . . . .... 3. Sistema linf.ítico, veias superficiais da cabeça, nervo facial (VII) 4. Músculos da face e da mandíbula . ..... . . ... . . .... . 5. Músculos internos (profundos) da mastigação, nervo trigêmeo (V), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular (V3) 6. Aparelho lacrimal, nervo óptico (li), nervo oftálmico (V1), nervos e músculos do olho, e nariz externo.. .... . 7. Nariz, laringe, cavidade oral e faringe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8. Músculos da faringe, nervos cranianos do grupo vago (IX, X, XI), sistema nervoso autônomo da cabeça, artérias da cabeça, meato acústico externo. 9. Língua, músculos da língua, nervo hipoglosso (XII), glândulas salivares e dentição 10. Articulações da cabeça (S. REESE e K.-D. BuoRAS) . 1 2 4 6 8 10 12 12 14 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 6S 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 . 100 . 102 . 104 . 106 V
  • 8. VI Capítulo 10: Sistema nervoso central 1. Medula espinal e meninges . . . . . . . .. .. . . 2. Cérebro e seus revestimentos meníngeos. . . ..... . . 3. Cérebro (telencéfalo), tronco encefálico e sistema límbico. 4. Rinencéfalo, locais de emergência dos nervos cranianos e irrigação do encéfalo 5. Veias cerebrais, seios da dura-máter, ventrículos cerebrais e plexos coroides Capítulo l l: Órgãos dos sentidos 1. Olho (P. SIM0ENS e K.-O. BUDRAS). . . . . . . . . . . ..... . .. . 2. Orelha (H. KÕNIG e K.-O. BuDRAS). . . . . . . . . . ... ..... . . 3. Órgãos olfatórios e gustativos (qtúmicos); sensibilidade superficial, profunda e visceral. Anatomia especial 1. Miologia . . . . . . .. ..... . . 2. Linfologia . . . . ... ..... . . 3. Nervos cranianos (C. HERRMANN e K.-O. 8UORAS). Anatomia geral 1. Osteologia: ossificação membranosa e condral; crescimento dos ossos em comprimento e diâmetro. 2. Osteologia: estrutura e forma do osso e cartilagem ... . 3. Artrologia: conexões dos ossos e forma das articulações . . 4. Miologia: miologia geral .. ....... ..... ..... . 5. Miologia: musculatura esquelética e suas estruturas acessórias 6. Sistema nervoso. . . . . . . . . . . . . . . 7. Sistema endócrino ..... ..... . . ..... . 8. Sistema cardiovascular (R. HmsCH8ERG) 9. Sistema linfático (H.-G. LIEBICH e K.-O. BuDRAS) 10. Glândulas, membranas mucosas e serosas . Introdução aos princípios físicos etécnicos dos diagnósticos radiográficos e ultrassonográficos (C. PouLSEN NAUTRUP) . Introdução à tomografia computadorizada (C. NõLLER) . Contribuições para a anatomia clínica e funcional Referências bibliográficas . Índice remissivo. . . . . . . Como utilizar este livro: 108 110 112 . 114 . 116 118 120 122 . 124 . 134 . 136 140 142 144 146 148 150 152 154 156 158 160 176 180 . 212 . 213 Os quadros apresentados no início das páginas de texto abordam a anatomia topográfica e fornecem informações sobre a dissecç.'io das áreas mostradas nas figuras. Tais informações podem também ser utilizadas como instruções resumidas de dissecção. O destaque em negrito de termos de estrutur-dS anatômicas é empregado para dar ênfase e, quando esses termos são acompanhados por números, significa que sào representados na página adjacente de ilustração, nos quais são identificados pelo mesmo número. Os números na margem das páginas de texto referem-se à "anatomia clínica e funcional''. Os números na parte de anato• mia clínica dizem respeito à página correspondente na anatomia topográfica; p. ex., '8.2' refere-se à parte numerada '2' na página 8. As abreviaturas dos termos anatômicosestão de acordo com a Nômina Anatômica Veterinária (2005). Outras abreviaturas são explicadasao longo do texto, bem como nos títulos e legendas para as ilustrações. Algumas abreviaturas que não costumam ser empregadas estão listadas aqui: Os nervos cranianos são designados por algarismos romanos {1-Xll). Nervos espinais: n - Nervo espinal nd - Ramo dorsal do nervo espinal ndl - Ramo dorsolateral ndm - Ramo dorsomedial nv - Ramo ventral nvl - Ramo ventrolateral nvm - Ramo ventromedial nC - Nervo cervical (p. ex., nCI - nervo cervical I) nCy - Nervo coccígeo sacrocaudal nL - Nervo lombar nS - Nervo sacra) nT - Nervo torácico Vértebras: vC - Vértebra cervical (p. ex., vC3 - vértebra cervical Ili) vL - Vértebra lombar vS - Vértebra sacra! vT - Vértebra torácica
  • 9. Prefácio da quinta edição A presente edição revisada e ampliada foi publicada em um momento de mu- danças, caracterizado pela nomeação de novas cadeiras de anatomia na Ale- manha. A tendência à dinamização do tempo no ensino da anatomia existe há muito tempo, o que em certo grau parece ser aceitável e inevitável para a elaboração de novos temas educativos. Como essa tendência parece assumir grandes proporções atualmente, há o risco de renúncia parcial ou até mesmo total da dissecção do corpo animal, que desde a época de Leonardo da Vin- ci tem sido considerada um método muito eficiente e essencial para o apro- fundamento do aprendizado. Não pretendemos compensar a deficiência nos exercícios práticos por meio de nossos desenhos anatômicos, mas esse aspecto negativo decerto será amenizado. Especialmente na fase inicial do currículo acadêmico, nossas figuras realistas na seção de atlas do nosso livro têm o valor indiscutível de fornecer a base essencial para a compreensão de representações esquemáticas e esboços muito utilizados. Para a dissecção e a reprodução pic- tórica, o procedimento topográfico-anatômico oferece a enorme vantagem de que assuntos abrangentes podem ser transmitidos de forma concisa em uma realidade natural. Para o clínico veterinário, os modelos topográficos são apro- priados para orientação em procedimentos cirúrgicos. O enfoque da tomografia computadorizada, que graças à Ora. Nõller foi inte- grada na edição atual, tem o objetivo de proteger um campo atraente de ativi- dade para a anatomia. Arevelação da estrutura normal por meio da tomografia computadorizada e a apresentação de casos clínico-funcionais oferecem uma base sólida para o desenvolvimento ea aplicação dos procedimentos para ob- tenção de imagens no currículo clínico e mais tarde na prática da medicina veterinária. Os autores Prefácio da primeira edição alemã (resumido) Anatomia do Cão - Texto e Atlas foi concebido tanto como um compêndio quanto como um guia introdutório à dissecção anatômica topográfica, sendo ideal para o ensino. O material de anatomia foi preparado a partir de um ponto de vista topográfico com a separação em sistemas. Para isso, as áreas de osteo- logia, miologia, angiologia, neurologia e esplancnologia das diferentes partes do corpo foram abordadas em sequência - considerando sua relação recíproca entre si - e demonstradas por modelos topográficos coloridos com diagramas esquemáticos complementares. Os métodos de apresentaçáo enfatizam as rela- ções topográficas entre os vasos e nervos considerados, com ênfase no acordo da nomenclatura. Nesse sentido, a preocupação quanto à multiplicidade, am- plitude e complexidade do material deve ser minimizada. A didática escolhida aqui, que inter-relaciona conteúdo, ilustração e descrição, oferece a vantagem de ser capaz de lidar com conceitos fundamentais em um espaço menor. O presente livro oferece aos estudantes um material ilustrativo claramente organi1,ado e um material suplementar resumido para estudo e uso em sala de aula, bem como um auxilio para revisáo, especialmente no preparo para exames. Para o clínico veterinário, este livro está disposto como uma fonte de rápida consulta, além de refrescar a memória e aprofundar o que foi previa- mente aprendido. A amplitude, a divisão e a sequência do material estão de acordo com a dissecção topográfica ensinada aos estudantes da Free University ofBerlin como programa de aula em seu primeiro semestre acadêmico. Com o alicerce estabelecido, o estudo subsequente de anatomia comparada e clinica- mente aplicada torna-se contínuo. A anatomia topográfica é o fundamento e o segredo para compreender a medicina associada, sendo de especial valor para o cirurg.ião e o patologista. O Prof. Fritz Preuss introduziu a anatomia topográfica do corpo inteiro do ani- mal em Berlin1, mas suas instruções sobre dissecção direcionaram o método de ensino para a redução e o reposicionamento drásticos dos exercícios de dissec- ção. O método bem-sucedido e exato de dissecção com o curto tempo dispo- nível impõe altas exigências sobre os estudantes e requer um apoio amplo dos instrutores. Com seu caráter fiel à recriaç.'io natural das áreas de dissecçáo com texto de acompanhamento, o presente atlas também deve servir para essa fina - lidade. As instruções para dissecção da preparação ilustrada e as orientações à pessoa responsável pela execução da tarefa foram inseridas no início da parte descrita. As estruturas a serem dissecadas são particularmente enfatizadas no texto em negrito. Por conta das limitações de espaço, as variações anatômicas receberam menos atenção. A Nômina Anatômica Veterinária (Holzhausen, Viena 1973) foi utili1A1da, o que também se manteve na parte principal do li- vro para as abreviaturas aplicadas. Além disso, no material escrito, apenas as vértebras e os ramos nervosos foram abreviados (p. ex., YL 1 para a primeira vértebra lombar; nl 1vi para o ramo ventrolateral do primeiro nervo lombar). Nas legendas das figuras e nas composições de tabelas, também em virtude de limitações de espaço, algumas abreviaturas não muito usuais tiveram de ser adotadas. As sugestões e os anseios dos estudantes, por exemplo em relação às tabelas sobre miologia especial, foram amplamente considerados. As dissecções obtidas a partir da coleção anatômica do Departament ofAna- tomy, Histology and Embriology (Institute for Veterinary Anatomy, Histology and Embryology) da Free University of Berlin serviram como modelos para as figuras. Essas amostras foram preparadas pela equipe técnica do departamen- to, composta pelo Sr. Seifert, o Sr. Oressel e o Sr. Schneider. Os autores Vll
  • 10.
  • 11. Introdução à anatomia O termo anatomia origina-se da palavra grega anatemnein, que significa dis- secar, separar. O importante anatomista Hyrtl também discorreu sistematica- mente sobre a arte da dissecção. O significado originalé verdadeiro até os dias de hoje, embora o termo tenha ganhado um significado mais amplo. A anato- mia moderna não está limitada à mera descrição, mas enfatiza as inter-relações entre a forma e a função, bem como a aplicação do conhecimento anatõmico na clínica. Dessa forma, o estudante adquire atualmente grande parte de seu conhecimento por meio da dissecção do corpo do animal no laboratório, onde ele desvenda a "verdade nua e crua''. Essa prática também serve para obter a destreza necessária, que mais tarde, na vida profissional, principalmente na cirurgia, terá imensurável valor. Além disso, dificilmente existirão limites para a investigação realizada em uma dissecção entusiasmada. Até mesmo a melhor coleção anatômica de dissecções notáveisde demonstração não pode substituir o trabalho prático no laboratório, mas sem dúvida pode torná-lo mais fáci1 e eficiente. O estudo minucioso de preparações anatômicas é indispensável, assim como o uso diligente de livros e atlas. Todos esses auxílios são mais re- levantes do que nunca, pois há muito menos tempo disponível para o trabafüo prático no laboratório do que antigamente. Foi inevitável encurtar o tempo de ensino dedicado à anatomia em favor de disciplinas mais recentes. O estudo anatômico é, ao contrário de qualquer outra disciplina básica, impor- tante no aprendizado da linguagem médica, a terminologia. Muitos termos utilizados para doenças e métodos terapêuticos têm sua origem em termos anatômicos. Pesquisas e descrições ao longo dos séculos trouxeram uma abun- dância imprevista e inesperada de sinônimos. A função da comissão de no- menclatura internacional tem sido de diluir a imensidão de termos e publicar uma lista reconhecida de termos oficiais com sinônimos úteis. Em sua totalidade, a anatomia é subdividida em anatomia macroscópica, mi- croscópica e evolutiva. Contudo, as áreas da anatomia fluem em conjunto sem fronteiras, formando uma unidade - um ponto de vista constante e convin- centemente defendido pelo importante anatomista veterinário de Berlim e, antes disso, titular do nosso departamento, Prof. Preuss. A área mais antiga e mais abrangente é a anatomia macroscópica, muitas vezes equiparada à termi- nologia anatômica. Quando o ofüo nu e a lente manual de dissecção, que são os acessórios para observação na anatomia macroscópica, não são mais sufi- cientes, passa-se para a área de anatomia microscópica (histologia e citologia), para a qual o microscópio serve corno acessório. O limite entre a anatomia macroscópica e microscópica também recebe o nome de mesoscopia, que está crescendo e.ada vez mais em termos de importância. Esta última área lida com o mesmo material e tem os mesmos objetivos; apenas a técnica é diferente. A terceira área, a embriologia, está envolvida com a ontogênese (desenvolvimen- to do indivíduo) antes e depois do nascimento e, além dos métodos embrioló- gicos, também aplica métodos macroscópicos, microscópicos e mesoscópicos. Assim como as demais disciplinas, a anatomia macroscópica pode ser apresenta- da a partir de diferentes pontos de vista, com ênfase em áreas especiais de maior dificuldade. Ao fazer isso, os fatos básicos, é claro, permanecem inalterados. A anatomia sistemática descritiva descreve o corpo do animal com todas as suas partescomo sistemas de estruturas e sistemas de órgãos, estritamente divi- didos entre si e, portanto, sem atenção à sua interdependência natural. Descri- ções amplas tratam de muitos detalhes e permitem, algumas vezes, que o foco em algo importanteseja negligenciado;apesar disso, tais descriçõesconstituem um pré-requisito necessário para os outros tipos subsequentes de observações para as quais a anatomia descritiva tem conduzido. A anatomia sistemática pode ser subdividida posteriormente em anatomia ge- ral e especial. A anatonúa geral trata de fatos que geralmente são válidos para todo o sistema de estruturas ou o sistema ele órgãos. A anatomia especial fornece dados especiais para esses sistemas de estruturas e órgãos que incluem as estruturas individuais, como um osso. A anatomia comparada enfati1..a as correlações, similaridades e variações anatômicas entre as espécies animais e os seres hun1anos. As comparações ele anatomia entre as espécies individuais são muito frequentemente informativas e úteis para homologia e para determinar a função da estrutura anatômica. Goethe já utilizava princípios da anatomia comparada e descobriu o osso in- cisivo dos seres humanos. Esse osso aparece regularmente em nossos animais domésticos e somente de vez em quando em seres humanos. Em seu estudo do crânio humano, Goethe encontrou uma amostra com um osso incisivo desen- volvido. Foi por meio da comparação com o crânio animal que ele foi capaz de identificar o osso e estabelecer sua homologia. A anatomia topográfica enfatiza as várias relações de posição das estruturas anatômicas e salienta as áreas de aplicação para a clínica médica. A relação de estruturas anatômicas é analisada passo a passo e, ao fazer isso, todo o plano estrutural do corpo é levado em consideração. A anatomia aplicada é direcionada em termos clínicos e enfatiza a relação de estruturas anatômicas, permitindo a determinação ou a explicação de trata- mentos ou doenças de animais. Nesse sentido, não apenas a cooperação e o interesse interdisciplinares pela profissão da veterinária são promovidos, mas também o aprendizado de anatomia se torna mais fácil. Aanatomia do cão vivo é indubitavelmente uma parte importante da anatomia como um todo, pois apresenta o corpo em sua condiç.'io natural. Nesse sentido, as conclusões e os ajustes significativos pela inevitável desvantagem tornam-se imperativos nos assuntos remanescentes da anatomia como um todo, que obri- gatoriamente deve tolerar as alterações pós-morte, como variações na cor, con- sistência e natureza, bem como as mudanças artificiais resultantes da fixaç.'io. A anatomia do cão vivo não pode receber atenção especial aqui por inúmeras ra- zões. Esse tipo de anatomia é menos apropriado parase transformarem um livro, mas pode ser oferecido aos estudantes de forma mais eficiente e bem-sucedida em um exercício sob a instrução de um anatomista clinicamente experiente. A anatomia radiográfica e a sonografia estão diretamente conectadas à clí- nica. No ensino da anatomia, as primeiras experiências são obtidas na análise de radiografias do corpo normal do animal. Essa experiência será utilizada e consideravelmente complementada na área associada total de estudo. As apre- sentações de alterações anormais ou até mesmo patológicas devem despertar o interesse e consequentemente adicionar o "tempero" ao ensino de anatomia. O atlas de anatonúa apresentado aqui está adaptado em uma escala especial para combinar e coordenar de modo significativo os diferentes métodos de apresentação da anatomia e a maneira de visualizá-la. A parte textual pode ser apresentada de uma forma muito concisa, já que as diferentes circunstâncias anatômicas podem ser interpretadas e excluídas de tempos em tempos da ilus- traç.'o colorida adjacente. Além disso, uma boa ilustração topográfica colorida apresenta uma introdução ideal para a dissecção topográfica, que então é com- plementada apenas por breves comentários. Além disso, os requisitos da anato- mia veterinária comparada são levados em conta nesse atlas na medida em que o corpo canino simplesmente estruturado (a partir de muitos pontos de vista) é apresentado como a "pedra angular". Com base nesse conhecimento, a ana- tomia mais complexa (a partir de muitos pontos de vista) dos demais animais domésticos pode ser compreendida pelo aspecto da anatomia comparada. A arte e a anatomia, com suas inter-relações mútuas, nos causam forte im- pressão a cada visita a um museu. O artista é inspirado pela beleza do corpo, e os professores e estudantes de anatomia apreciam e se beneficiam do talento e do detalhe meticuloso da apresentaç.'io artística. As pretensões artísticas de Leonardo da Vinci foram dotadas de talento e genialidade, pois seus desenhos anatômicos abundantes vieram depois de estudos básicos de anatomia. Aristó- teles publicou entre outras coisas uma descrição anatômica de inversão sexual senil no pássaro, bem como do casco de cavalo em relação à laminite. Em seu trabalho A lição de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp, Rembrandt imortalizou a fasci nação pela anatomia. Os notáveis da história mundial como Aristóteles, Leonardo da Vinci e Goethe deram provas de seu entusiasmo pela anatomia com ilustrações anatômicas, descrições e resultados de pesquisas. O desen- volvimento da arte educativa e a introdução de modelos em cera plástica na Alemanha foram creditados a Goethe, que se inspirou durante sua jornada à Itália, especialmente em Florença. Goethe falou sobre as qualidades dos mo- delos em cera, que são equivalentes a ilustrações benfeitas fiéis à natureza, em seu romance Os Anos de Viagem de Will,elm Meister: "se você admitir que a maioria dos médicos e cirurgiões retém em suas mentes apenas uma impressão geral do corpo humano dissecado e acreditar que isso satisfaça o propósito, tais modelos certamente serão suficientes para refrescar a memória aos poucos das imagens que vão sendo esquecidas e conservar ativamente apenas o necessá- rio''. Sua mente investigativa influenciou Goethe que, com sua descoberta do osso incisivo humano, sentiu uma "alegria indescritíver 1
  • 12. 2 Anatomia topográfica Capítulo 1: Superfície corporal e esqueleto axial 1. Divisão do corpo animal a) SuBDIVISÂD DO CORPO As linhas e os planos longitudinais do corpo são úleis para a orientação do corpo propriamente dito e da superfície corporal. As linhas medianas dorsal (a) e ventral (b) conslituem as linhas medianas dorsal e ventral do corpo, res- peclivamente. O plano mediano (A) corresponde ao plano existente entre as duas linhas mencionadas. Ele divide o corpo em metades direita e esquerda. Os planos sagitais (paramedianos) (B) são planos adjacentes situados paralela e lateral- menle ao plano mediano. Tais planos dividem o corpo no senlido longitudinal, mas em partes desiguais. Os planos transversos (C) consistem em planos que dividem o corpo no sentido transversal, sendo perpendict~ares aos planos me- diano e sagilal. Os planos dorsais (D) siluam-se paralelamente à superflcie dorsal do corpo. Esses planos dividem o corpo perpendicularmente aos planos longitudinal (planos mediano e paramediano) e transverso. Nessa projeção, aparecem duas faces corporais simétricas; por essa razão, os planos dorsais também recebem o nome de planos bilaterais. b) TERMOS QUE DESCREVEM A DIREÇÃO E AS RElAÇÕES TOPOGRÁFICAS DE ÓRGÃOS de- rivam-se parcialmente de partes do corpo, por exemplo em direção à cauda (caudal - e}, parcialmente de pontos de referência da superfície corporal, por exemplo, paralelo ao plano mediano (sagital - d) ou nomeiam-se em relação a órgãos ocos, como externo ou interno. Além disso, empregam-se termos como esquerdo e direito, curto e longo ou profundo e superficial, longitudinal ou transverso, bem como laterale em direç.'io ao plano mediano. O termo cranial (e), em direção à cabeça, não pode ser aplicado na região cefálica. Nesse caso, utiliza-se o termo rostral (f, em direção à ponta do nariz). O termo dorsal (g) relaciona-se às 'cosias' ou ao dorso do corpo. Também pode ser utilizado com R EGIÕES DO CORPO Regiões do crânio Regiões do dorso relação às partes proximais dos membros; no entanto, esse termo tem signifi- cado diferente nas extremidades dos membros. O termo ventral, em direção ao ventre, pode ser usado nas partes proximais, mas não na parte livre dos membros. Os termos proximal (i, em direç.'io à extremidade fixa) e distal (m, em direção à extremidade livre) estão relacionados ao eixo do corpo (coluna vertebral e medula espinal com a origem dos nervos espinais). Nos membros, a partir do carpo distalmente, emprega-se o termo palmar (1, a superfície das mãos que eslá voltada para o sentido caudal na postura normal em estação}; já a partir do tarso distalmente (m, a superfície dos pés que está voltada para o sentido caudal na postura nom1al em estação), usa-se o termo plantar. O termo dorsal é utilizado de modo semelhante no membro 1or.lcico a partir do carpo e no membro pélvico a partir do tarso, ambos no sentido distal. Esse termo refere-se à superfície das mãos e dos pés, que se encontra em posição cranial na postura normalem es1ação do animal. Termos como abaxial (n, dis- tante do eixo) e axial (o, em direção ao eixo) estão relacionados ao eixo central da mão ou do pé, onde o eixo fica entre o terceiro e o quarto dedos. Em frente (anterior), atr.ls (posterior), acima (superior) e embaixo (inferior) são termos frequenlemente utilizados na analomia humana, referindo-se ao corpo huma- no na postura ereta (vertical) normal. Para evitar uma compreensão equivo- cada, esses termos não são aplicados ao corpo quadrúpede do animal. O uso desses lermos na analomia veterinária fica restrito a certas áreas da cabeça, por exemplo pálpebras superior e inferior, superfícies anterior e posterior do olho. c) PARTES DO CORPO E REGIÕES CORPORAIS subdividem o corpo, inclusive sua super- fície. São partes do corpo: cabeça e tronco com pescoço, garupa e cauda, bem como os membros. As regiões do corpo dividem a superfície corporal e podem ser subdivididas em subregiões. No último caso, elas aparecem destacadas na tabela a seguir. Regiões do membro torácico 1 Região fron1al 2 Região parietal 3 Região occipital 4 Região temporal 5 Região auricttlar 23 Região vertebral lorácica 23' Região interescapular 24 Região lombar 41 Região da articulação do ombro 42 Região das axilas 42' Fossa axilar Regiões da face 6 Região nasal 6' Região nasal dorsal 6" Região nasal lateral 6"' Região da narina 7 Região oral 7' Região labial superior 7" Região labial inferior 8 Região mentual 9 Reg.ião orbital 9' palpebral superior 9" palpebral inferior 1O Região zigomática 11 Região infraorbital 12 Região da articulação temporomandibular 13 Região massetérica 14 Região bucal 15 Região maxilar 16 Região mandibular 17 Região intermandibular Regiões do pescoço 18 Região cervical dorsal 19 Região cervical lateral 20 Região parotídea 21 Região faringea 22 Região cervical venlral 22' Região laríngea 22" Região traqueal Regiões peitorais 25 Região pré-esternal 26 Região esternal 27 Região escapular 28 Região costal 29 Região cardíaca Regiões do abdome 30 Região abdominal cranial 30' Região hipocondríaca 30" Região xifoide 31 Região abdominal média 31' Região abdominal lateral 31" Fossa paralombar 3 1"' Região umbilical 32 Região abdominal caudal 32' Região inguinal 32" Regiões púbica e prepucial Regiões pélvicas 33 Região sacra! 34 Região glútea 35 Região do túber da coxa 36 Fossa isquiorretal 37 Região do túber isquiático 38 Região caudal (região da cauda) 38' Região da raiz da cauda 39 Região perineal 39' Região anal 39" Região urogenital 40 Região escrotal 43 Região do braço 44 Região do tríceps 45 Região do cotovelo 46 Região do olécrano 47 Região do antebraço 48 Região do carpo 49 Região do metacarpo 50 Região falãngica (região dos dedos, região digital) Regiões do membro pélvico 51 Região da articulação do quadril 52 Região da coxa 53 Região genual (região do joelho, região da a1ticulação femorotibiopatelar) 53' Região patelar 54 Região poplítea 55 Região crural (região da perna) 56 Região do tarso 57 Região calcânea 58 Região do metatarso 59 Região falângica (região dos dedos, região digital)
  • 13. Regiões corporais e termos de local e direção, em relação às partes do corpo indicadas (vista craniolateral) a .... / / 19 ! 27 ! (vista lateral) 23 g 28 . /.. ' ~ - ~4 t· 41 ./ _..r r. " 26 "'· 43 r 26 !!§ i Is irn 1 1 48 la9 m n-o o-n Eixo (vista ventral) Diafragma •• . --- • 30' 1 28 ~ _; .· ., . ·-·" .---·- ........-·,. 2ê • 29 •• 30" 30 31"' • •• • • • • • •• •• 2,:;,~ ./ ~ - - - ••• ~ e • ..- 53' ' - - ------~----·-·--. @2 ' 42 ~ ,~ • ... 31 ' 7 ' ( ' . ' ' . . .......,--.__ili ' •.'/. )__---- .r ~ ~~ ) . 51 52 ,,. e ------- g $~ '-..:_";; 3
  • 14. 2. Pele (tegumento comum) 1 a) A PELE forma a superfície externa do corpo, consistindo em duas camadas: 1. uma camada epitelial designada epiderme e II. outra camada de tecido con- juntivo nomeada derme ou cório. A derme repousa sobre uma camada subja- cente de tecido conjuntivo, a camada subcutânea ou subcutâneo (Tela subwtâ- 11ea). A última consiste em uma parte gordurosa, o pa11ículo adiposo, e outra parte fibrosa de sustentação que, juntas, constituem a fáscia superficial. 1. A epiderme (1) é constituída de epitélio escamoso estratificado, cornificado (queratinizado) em sua superfície. Aespessura e o grau de queratinizaçâo de- pendem do estresse mec.'lnico ao qual essa camada está sujeita. A epiderme é composta de uma camada profunda, ainda viva (estrato germinativo = cama- da basal, - 27), que, por divisão mitótica, supre a reposição celular, uma cama- da espinhosa (26), uma camada em processo de cornificaç.'io e morte celular (estrato granuloso, - 25), bem como camadas de células cornificadas, estrato 2 lúcido (24) eestrato cómeo (23). Além das células epidérmicas, há melanóci- tos, macrófagos intradénnicos (células de Langerhans) ecélulas táteis epitelioi- des (corpúsculos táteis de Merkel), especialmente no estrato germinativo. O 'corno'• consiste na epiderme cornificada, sendo de qualidade variada nas diferentes regiões do corpo. Nos coxins e em outras regiões da pele, existe cor- no mole. O corno duro éencontrado nas unhas ou garras. Na pele e nos coxins, as células cornificadas são eliminadas como escamas em virtude da aderência reduzida dos materiais de revestimento da membrana. Ao mesmo tempo, em função da boa aderência como massa sólida, o como das garras ou unhas continua sendo restaurado por crescimento distal cônico. Acélula córnea indi- vidual da garra ou unha é nitidamente mais dura que a da pele. Em áreas onde se forma o corno mole, a epiderme exibe um estrato granuloso entre o estrato espinhoso eas camadascornificadas. O estrato granuloso éassim chamado por causa dos grânulos de querato-hialina nele contidos. As proteínas existentes no interior dessa camada de células revestem e 'unem' os filamentos de queratina. Em cada loc.11, observa-se a ocorrência adicional de estrato lúcido. Esse estrato consiste em células jovens, ainda não diferenciadas, em processo de cornifi- caçâo, cujo citoplasma aparece um tanto transparente quando examinado ao microscópio - daí o nome estrato lúcido. Nas áreas de formação do corno duro, essas camadas não estão presentes, de modo que as células do estrato espinho- so sofrem cornificação direta sem intervir nos estratos granuloso e lúcido. A função da epiderme consiste na reposição de células cornificadas como proteção contra radiação (pigmentos responsáveis pela absorç.'io de radiação; ver histologia), perda e entrada de água no corpo e penetração de parasitas, bem como para proteção contra trauma. Em caso de lesão traumática à pele, a cicatrização é promovida pelo revestimento da derme exposta por células epidérmic.1s o mais rápido possível. 3 II. Aderme ou cório (6) consiste em un1a camada papilar (2) fina frouxamente disposta, na qual se assentam as papilas em depressões correspondentes da epi- derme, e uma camada reticular densa (7). Acamada papilar contém, sobretudo, fibrilas colágenas frouxamente arranjadas. Acamada reticularé composta de um plexo de fibras colágenas espessas não distensíveis com direção predominante de trajeto. Fibras elásticas estão presentes em ambas as camadas e servem para restaurar a textura típica do tecido após lacerações ou outras distorções da pele (com referência às células encontradas aqui, especialmente fibrócitos, fibroblas- tos, mastócitos, plasmócitos, macrófagos e células pigmentares, ver histologia). 4 O subcutâneo (10) (1ela subcutânea) consiste principalmenteem tecidosconjun- tivo frouxo e adiposo. Esse tecido subcutâneo é penetrado por cordões de tecido conjuntivo que fixam a peleà f.scia ou ao periósteo subjacente. O panículo adipo- so corresponde à camada de tecido adiposo existentedentro do subcutâneo. 4 Do ponto de vista funcional, o subcutâneo com seu tecido adiposo subcu- tâneo serve não só como tecido amortecedor (ou seja, para absorção de im- pacto), mas também para armazenamento de calorias e água, bem como para termorregulação. Já o tecido conjuntivo frouxo subcutâneo funciona como camada deslizante. Nos locais onde não há subcutâneo (lábios, bochechas e pálpebras), essa função de deslizamento é inexistente e a musculatura estriada termina aqui diretamente na derme. A irrigação (aporte sanguíneo) da pele é conferida por artérias e veias mais ca- librosas do subcutâneo que, em virtude da mobilidade da pele, apresentam cur- so tortuoso. Tais vasos emitem ramos à derme que, nesse local, formam duas redes. A rede arterial da derme (9) está localizada no limite com o subcutâ- neo, enquanto a rede subpapilar (3) fica entre as camadas papilar e reticular, emitindo alças capilares subepidérmicas para o corpo papilar. Os plexos venosos correspondentes possuem localização comparável. Um plexo vascular subfascial adicional re(me o aporte sanguíneo do subcutâneo. O fluxo sanguú1eo pode ser interrompido por anastomoses arteriovenosas (4), evitando com isso o leito capilar e, desse modo, a vascularização da pele é regulada. A camada papilar é * N.R.C.: No Brasil, nãose usa adenominação ''corno"para este fim.O termo mais adequa4 do seria queratina. zona queratinizada, camada queratinizada, dependendo do sentido da frase. O uso do mesmo poderia trazer confusão com o anexo tegumentar ''corno'• (presente nos ruminantes). particularmente bem suprida com sangue. Esses vasos dilatam-se a fim de des- prendercalore contraem-se para conservar a temperatura docorpo. Nesse senti- do, eles funcionam comoas glândulas sudoríferas na termorregulação. Os plexos venosos também funcionam como localde armazenamento do sangue. O suprimento linfático é feito por redes capilares linfáticas que começam na subepiderme e guarnecem os folículos pilosos eas glândulas cutâneas. A inervação é realizada por neurônios sensitivos e simpáticos (plexos nervosos simpáticos inervam os vasos sanguíneos, servindo para regular a pressão arterial e atuar na termorregulação). A pele pode ser considerada o maior órgão senso- rial do corpo. Inúmeras terminações nervosas (16) ecorpúsculos terminais (p. ex., corpúsculos táteis de Meissner, - 17, corpúsculos lamelares de Vater-Pa- cini, - 22) servem como receptores de estímulos sensoriais. Em c.1so de perda de suas bainhas de mielina, as terminações nervosas livres penetram na epide1me em locaisespecíficos do corpo eservem para mediar asensação de dor. b) Os PELOS cobrem quase toda a superfície do corpo, exceto o plano nasal, o ânus, os lábios vulvares e os coxins palmoplantares. Os pelos são estruturas filiformes cornificadas formadas pela pele. O pelo ésubdividido em haste (15), que se projeta além da superfície da pele, raiz (21), orientada no sentido obli- quo dentro da derme e dotada de uma parte expandida em sua extremidade proximal, o bulbo piloso (8). A raiz e o bulbo pilosos encontram-se em uma bainha radicular epitelial dividida (bainha radicular epitelial). A parte externa da bainha é contínua com aepidermesuperficial. Sua parte interna sofre corni- ficação acima da abertura da glândula sebácea (18) eserá eliminada. A bainha radicular de tecido conjuntivo (bainha radicular dérmica) é contínua com o tecido conjuntivo circtmjacente. As bainhas radiculares epidérmica e dérmica, juntamente com o bulbo do pelo, constituem o folículo piloso. São partes do pelo: medula (12),córtex (13) e cutícula pilosa superficial (14), que consis- te em células cornificadas tipo escamas finas e, semelhantemente à medula, é utilizada para identificação forense de espécies e procedimentos individuais de diagnóstico. O músculo eretor do pelo (5) termina abaixo da abertura da glândula sebácea, aderindo-se obliquamente à bainha dérmica da raiz do pelo. A contração desse músculo resulta em ereção do pelo (nos seres humanos, isso provoca o fenômeno de 'arrepio'). Acontração do músculo eretor do pelo envolve as glândulas sebáceas e, ao eriçar o pelo, aun1enta o espaço de ar entre os pelos e a superfície cutânea para isolamento térmico. A cobertur a pilosa (pelagem) depende da raça, sendo caracterizada pelo ar• ranjo dos pelos (individualmente ou em grupo), pelasdiferentes partes de cada tipo de pelo (pelos principais, pelos protetores, pelos lanosos), bem como pela densidade, comprimento e cor dos pelos. Há basicamente três tipos de pelo: O pelo 'principal' é longo, rígido e levemente curvo. É independente de outros 5 pelos e, no cão, sua ocorrência é rara. Os pelos protetores são mais curtos que o pelo principal, arqueados próximo à extremidade e espessados. Ambos os tipos de pelo, principal e protetor, formam a cobertura pilosa (pelagem). O terceiro e mais curto tipo de pelo é o pelo lanoso - muito fino, flexível e leve ou intensa- mente ondulado em seu trajeto. Os pelos protetores e lanosos seguem juntos em um feLxe ou tufo a partir de um folículo piloso composto; nesse caso, um único pelo protetor é circundado por seis a doze pelos lanosos que o acompanham. Os pelos lanosos (1 1) predominam na pelagem do filhote canino. Na maioria 5 das raças caninas, esses pelos situam-se sob a cobertura pilosa e apenas em algumas raças, como Puli e Comodoro, projetam-se acima dessa cobertura e formam uma 'cobertura lanosa' superficial. Os seios pilosos ou pelos táteis (19) são formas especiais notavelmente longas de pelo ao redor da abertura da boca (Rima oral). Para receber estímulos táteis, a raiz do pelo éenvolvida por seio venoso (20),contatado por inúmeras termina- ções nervosas sensoriais. Devido à notável ação de alavanca desse pelo longo, até mesmo os estímulos táteis mais finos resultam em estimulação desse receptor. O comprimento dos pelos varia consideravelmente e depende da raça. Nos an- cestrais do cão, que viviam na selva, os pelos mais longos s<'o encontrados no dorso e os mais curtos no ventre e na cabeça. No entanto, esse padrão é basica- mente perdido com a domesticação. No membro selvagem da família Canidae, a espessura dos pelos aumenta em direç.'io ao ventre (espessura em torno de 0,1 mm). A cor do pelo é influenciada pelo conteúdo de melanina das células cor- nificadas, bem como pelas bolhas de ar inter e intracelulares, especialmente das células medulares. A direção dos pelos caracteriza a pelagem. A parte da pelagem onde os pelos têm uma direção uniforme échamada Flumina pilorum, ou seja, fluxo dos pe- los. Em um vórtice, os pelos estão dispostos de forma divergente ou convergen- te com relação a um ponto central. Pelo cruzamento das linhas convergentes dos pelos, formam-se os entrecruzamentos ('cruzamentos') pilosos.
  • 15. Tegumento comum Legenda: a Alça capilar intrapapilar b Glândula sudorífera apócrina c Fibra elástica d Fibra colágena e Adipócito unilocular f Bainha radicular dérmica g Bainha radicular epitelial h Papila pilosa ( 1 Epiderme l 2 Camada papilar- - - - - - - -( · 4 Anastomoses arteriovenosas- - 6 Derme [cório] 7 Camada reticular - - - - - - g Rede arterial e plexo venoso da derme 1 Epidenne do coxim dos dedos - - - - - - - - - - - - - - - - - - 11 Pelos lanosos Epiderme - - 23 Estrato córneo · - - - - - - 24 Estrato lúcido - - 25 Estrato granuloso - - 26 Camada espinhosa - - 27 Estrato germinativo ~-- 12 Medula do pelo ,,,--1-13 Córtex do pelo 14 Cutícula pilosa Haste do pelo - 16 Terminações nervosas - 17 Corpúsculo tátil de Meissner Glândula sebácea 19 Pelo tátil - - - - - - - ,J+...,11-44- 20 Seio venoso do folículo 21 Raiz do pelo Corpúsculos lamelares de Vater-Pacini Epiderme da parede da unha ou garra 5
  • 16. 3. Glândulas cutâneas, modificações da pele, órgãos terminais dos dedos a) As GLÂNDULAS CU TÂNEAS compreendem as glândulas sebáceas e sudoríferas, bem como a glândula mamária, que é uma glândula sudorífera modificada. 1. As glândulas sebáceas (ver p. 4) desembocam nos folículos pilosos e estão presentes em alguns locais do corpo, independentemente da presença de pe- los, como na transição da pele com as membranas mucosas cutâneas (lábios, ânus). As glândulas sebáceas são lobulares. As células periféricas apresentam alta taxa de mitose, enquanto as células-filhas são impulsionadas centralmente para o lume da glândula. Nesse local, as células aumentadas em processo de envelhecimento sofrem ruptura (secreção holócrina) e o sebo liberado atinge o lume da glândula. Essa secreção passa através de um dueto secretório curto até o lume do folículo piloso e, consequentemente, para a pele. O sebo torna a pele macia e elástica, conferindo brilho natural aos pelos. li. As glândulas sudoríferas são classificadas como glândulas merócrinas (écrinas) e apócrinas (glândulas odoríferas). Essa classificação foi feita com base na suposta secreção apócrina das glândulas odoríferas (apócrinas);contu- do, isso não foi subsequentemente comprovado. Ambos os tipos de glândulas sudoríferas secretam de acordo com a forma merócrina (écrina) de secreção (ver histología). As glândulas sudoríferas merócrinas costumam ser glândulas espiraladas, não ramificadas, tubulares.Tais glândulas ocorrem nocãoapenas noscoxinsdos mem- bros (ver adiante; alguns autores consideram que essas glândulas sejam glândulas sudoríferas apócrinas). Em seres humanos, as glândulas sudoríferas merócrinas (écrinas) reaisestão presentes em grandesáreas da superfície cutânea. Glândulas sudoríferas apócrinas ou glândulas odoríferas (ver p. 4) estão presentessobre áreas amplas da superfície cutânea, mas são comparativamente subdesenvolvidas. Essas glândulas tubulares costumam desembocar no folí- culo piloso. A secreção espessa dessas glândulas exibe reação alcalina, sendo responsável pelo odor de cada espécie. No homem, as glândulas são bem de- senvolvidas, mas limitadas a algumas regiões do corpo: ânus, vulva, axila. Ili. Ocorrem modificações especiais da pele, como as glândulas do meato acústico externo, as glândulas circum-anais, as glândulas do seio paranal ('saco anal') e as glândulas do órgão dorsal da cauda, as glândulas das pálpebras e as glândulas mamárias. 2 As glândulas ceruminosas do meato acústico externo são principalmente glândulas sebáceas com menos glândulas sudoríferas apócrinas. A secreção castanha e oleosa dessas glândulas ceruminosas recebe o nome de cerume. 3 As glândulas circum-anais circundam o ânus na região de pele glabrn ou quase glabra (sem pelo) da área cutânea anal. No câo, estamos lidando com glândulas sebáceas modificadas; em outrosanimais domésticos, com glândulas sudoríferas apócrinas modificadas. As glândulas individuais superficialmente localizadas desembocam nos folículos pilosos. As glândulas profundas tam- bém são denominadas glândulas hepatoides, já que suas células secretórias se parecem com os hepatócitos. As glândulas circum-anais carecem de dueto se- cretório e sua função é incerta. 4 As glândulas da parede do seio paranal (ver anatomia clínico-funcional, 56.5) são glândulas sudoríferas apócrínas e glândulas sebáceas. O seio paranal é comumente denominado 'saco anal'. 5 O órgão caudal dorsal (cauda) é composto de glândulas sebáceas e apócrinas, sendo descrito de forma mais detalhada na anatomia clínico-funcional (6.5). Glândulas das pálpebras estão descritas na seção de anatomia clínico-funcio- nal (ver também 118.1). Glândula mamária; ver p. 32. b) MoD1 F1cAçõEs DA PELEreferem-se ao plano nasal e aos coxins palmoplantares: coxim do carpo, coxim do metacarpo/metatarso, coxins dos dedos. 1. Dependendo da raça, o plano nasal (ver p. 98) varia de despigmentado até intensamente pigmentado. A derme forma papilas distintas. A epiderme é notavelmente fina, mas sua camada cornificada superficial (estrato córneo) consiste em um 'corno' duro (epiderme cornificada dura) que exibe padrão po- ligonal. O padrão da superfície é individualmente específico e, por essa ra1A'io, serve para identificar cada animal. No plano nasal, não há glândulas sebáceas. Dessa forma, o nariz do cão se mantém úmido pelo líquido lacrimal (ver p. 98) e pela secreção da glândula nasal lateral, locafüada profundamente no recesso maxilar da cavidade nasal. A evaporação do líquido reduz a temperatura do plano nasal, que normalmente se apresenta frio à palpaç.'io. 6 li. São coxins do cão: coxins dos dedos (14) no nível das articulações inter- falângicas distais, o coxim do metacarpo (13) ou metatarso no nível das arti- culações metacarpofalângicas e metatarsofalângicas e o coxim do car po (12) laterodistal ao osso do carpo. O subcutâneo espesso dos coxins possui grande quantidade de tecido adiposo e contém glândulas sudoríferas. Esse tecido sub- cutâneo é dividido em compartimentos, por meio da irradiação de filamen- 6 tos de fibras colágenas e elásticas; além disso, os coxins ficam muito sensíveis (dolorosos) se intumescidos (inchados) por pressão tecidual elevada quando inflamados. Os filamentos de tecido conjuntivo irradiam-se a partir da derme do coxim para o subcutâneo e fixam o coxim à fáscia subjacente e ao esqueleto. Bandas de tecido conjuntivo bem-desenvolvido (toros - 15) estão presentes nos coxins do metacarpo e metatarso. Essas bandas fixam os coxins proximal- mente aos ossos do metacarpo ou metatarso, respectivamente. A derme possui feixes de tecido conjuntivo muito firmes e forma um corpo papilar muito alto com papilas cônicas. A epiderme do coxim exibe até 2 mm de espessura e for- ma depressões correspondentes no corno mole (epiderme cornificada mole). Os coxins são ricamente supridos por vasos sanguíneos e linfáticos, bem como por nervos. Pele do coxim Legenda: a Tecido subcutâneo do coxim [coxim dos dedos): b Retináculos c Panículo adiposo d Denne [cório) do coxim e Epiderme do coxim Glândula sudorífera merócrina c) O ÓRGÃO TERMINAL oos DEDOS corresponde à extremidade óssea do dedo guarnecido por cútis (pele) altamente modificada. Exceto pelo coxim dos de- dos, não há tecido subcutâneo. A derme é desenvolvida na forma de papilas, vilos ou lâminas ou apresenta superfície lisa. A superfície interna da epiderme tem configuração correspondente: depressões que assentam as papilas e os vi- los, masestreitam os sulcos adaptados às lâminas; ou superficie Lisa onde entra em contato com a superfície lisa da derme. A epiderme cornificada da garra ou unha (ungukula) tem forma cônica e 7 supre o processo unguicular(l l). Do mesmo modo, a derme e a epiderme são diferenciadas em termos segmentares como unha no ser humano e casco no cavalo. Tanto a derme como a epiderme são adaptadas entre si, como a patriz (carimbo= derme) à matriz (impress.'io = epiderme). A base da crista unguicular óssea está revestida por wna proeminência da pele, o vale da unha (7). A lâmina externa do vale é provida de pelos; a lamela inter- na desprovida de pelos écomparável ao limbo (cório do limbo) do cavalo. Essa lamela forma um corno mole (eponíquio, - l) sobre a epide1me cornificada dura da garra. O eponíquio corresponde ao cório do limbo do cavalo e, assim como esse cório, sofre desgaste bem proximal à extremidade distal da garra. (No dedo humano, o eponíquio mole [cutícula) é removido na manicure.) Na profundidade do sulco w1guicular, há uma prega que corresponde à parte coronária do casco equino. A derme dess.1 prega sustenta papilas (10). A epider- me de revestimento produz um corno tubular que, como um mesoníquio (2), guarnece uma parte considerável da garra. Dorsalmente ao processo unguicular, há uma tumefação dorsal lisa da derme (dorso dérmico - 8), que é específica ao órgão terminal dos dedos do cão e que, de acordo com nossas investigações, não é comparável à parte coronária do casco equino. Na epiderme que a reveste, forma-se o corno dorsal da parede (hiponíquio dorsal, - 3). Na região lateral do processo unguicular há lamelas, as lamelas dérmicas (9), além de lamelas epidérmicas não cornificadas correspondentes, que formam o corno lateral da parede (hiponíquio lateral, - 4), que por sua vez se encontra disposto em cama- das sobrepostas e forma o revestimento interno do corno cónico da garra. Na face palmar (plantar) do processo unguicular existe a parte solear onde a dermesustenta vilos distintos. Nesse local forma-se o cornosolcar tubular (5), cujas células sofrem considerável descamação. Em torno da extremidade do processo unguicular, há um corno terminal mole (hiponíquio terminal, - 6) que preenche a parte distal do corno cônico da garra e, consequentemente, serve como um corno de 'preenchimento'.
  • 17. Garra ou unha e coxim dos dedos Epiderme: 1 Eponíquio - - - - - - - - - - - - - - - - - • 2 Mesoniquio - - - - - - - - - - - 4 Hiponiquio lateral . , , , , , - - - - - - 6 Hiponiquio terminal 5 Corno solear I 8 Dorso dérmico - - - f'-+:-~~- (secção transversaQ (vista palmar) Coxim dos dedos Legenda: 11 Processo unguicular 12 Coxim do carpo 13 Coxim do metacarpo 14 Coxins dos dedos 15 Trato do coxim do metatarso Coxim do metatarso Tecido subcutâneo do coxim: 16 Retináculos 17 Panícula adiposo (coxim adiposo) (ver p. 19, 81 , 83) 7
  • 18. 4. Coluna vertebral e tórax As vértebras são estudadas individualmente e no esqueleto montado para obter um panorama geral da curvatura normal em forma de S, com suas lordoses (convexidades ventrais) e cifoses (concavidades ventrais). A partir de uma visão forense, é dada atenção especial à identificação de cada vértebra, motivo pelo qual se faz a comparação dos diferentes segmentos da coluna vertebral. a) A COLUNA VERTEBRAL envolve e protege a medula espinal, tendo a função de sustentação no que diz respeito à estática e dinâmica do corpo do animal. Para isso, a estabilidade é garantida pelas vértebras individuais, e a elasticidade e a flexibilidade, pelas sínfises intervertebrais e pelas articulações vertebrais. A coluna vertebralconsiste em sete vértebras cervicais (vC l•7), treze torácicas (vT 1-13), sete lombares (vL 1-7), três sacrais (vS 1-3) que se fundem para for- mar o sacro, e cerca de vinte vértebras caudais (coccígeas) (vCy 1-20). 2 1. As vértebras (ver ilustração) possuem três componentes básicos: o corpo e suas partes, arco e processos, que são modificados de formas distintas, de acor- do com as necessidades funcionais da região em particular. 3 O corpovertebral (1) possuiuma crista ventral (2) (distinta na região da colu- na vertebral cervical), além de extremidades cranial (3) e caudal (4). Nas vér- tebras torácicas, as fóveas costais caudal (5) e cranial (6) formam uma faceta 4 articular comum para a cabeça da costela (ver adiante). O forame vertebral (7) refere-se ao espaço delimitado pelo corpo e arco. O canal vertebral é formado pelos forames vertebrais seriados e pelos tecidos moles que se estendem entre os arcos e corpos vertebrais adjacentes. O corpo vertebral contém a medula espinhal com sua cauda equina. 5 O arco vertebral (8) é composto de um pedículo (basal) e uma lâmina acha- tada (dorsal). Os forames intervertebrais (9) são delimitados pelas incisuras vertebrais cranial (10) e caudal (11) da vértebra do mesmo segmento e do anterior. Exceto pelo primeiro nervo cervical (ver adiante), esses forames cons- tituem passagens para os nervos espinais. Dos processos das vértebras, o processo espinhoso (12) é mais distinto (a primeira vértebra cervical e as vértebras caudais são exceções). Os proces- sos transversos (13) são bem desenvolvidos nas vértebras cervicais e lomba- res. Nas vértebras torácicas, esses processos possuem uma fóvea costal (14), que sustenta uma faceta articular para o tubérculo costal (ver adiante). Da primeira à sexta vértebra cervical, há forames transversos (IS) na base dos processos transversos, que em conjunto formam o canal transverso; esse ca- 6 nal, por sua vez, conduz a artéria, a veia e o nervo vertebrais. Os processos articulares craniais (16) e os processos articulares caudais (17) formam articulações sinoviais entre as vértebras. Um processo costal (18) está pre- sente nas vértebras cervicais III a VI como a extremidade ventrocranial do processo transverso, que bifurca nessa região. Na coluna vertebral lombar, as extremidades dos processos transversos representam processos costais que são resquicios das costelas, mas podem desenvolver e formar 'costelas' lombares. Um processo acessório (19) é inexistente ou pouco desenvolvido na parte caudal da coluna vertebral lombar. Na região lombar cranial, esse processo é desenvolvido como um processo independente. Na transição da coluna vertebral torácica, esse processo passa no contorno caudal do pro- cesso transverso e não permanece mais de forma independente. O processo mamilar (20) das vértebras lombares é expresso no processo articular cranial (processo mamiloarticular) e muda sua posiç.'o na transiç.'o com a coluna vertebral torácica, passando pelo processo transverso, na verdade no contor- 7 no cranial desse processo. Os processos hemais (21) são desenvolvidos a par· tir da vértebra caudal IV e gradativamente se tornam indistintos no sentido caudal. Na vértebra caudal IV à VII ou VIII, esses processos podem se unir e formar um arco hemal (22). 8 Os espaços interarqueados são dorsais e, durante a vida, fechados pelos liga• mentos interarqueados.O espaço lombossacral (23) eo espaço sacrococcígeo (sacrocaudal) (24) são particularmente amplos e de importância na realização de anestesia epidural. O espaço atlantoccipital é adequado para punção no es- paço subaracnoidal, que é preenchido pelo liquido cerebrospinal. Há características peculiares nas vértebras cervicais a seguir: a vértebra cer- vical 1(atlas, - 25) tem um processo lateral de superfície ampla (26), também designado como a asa do atlas. A incisura alar (27) (forame alar de outros mamíferos domésticos) é cranial na inserção da asa do atlas à massa lateral (ver adiante), sendo ocupada pelo ramo ventral do primeiro nervo cervical. Con- trário aos outros nervos espinais, o primeiro nervo cervical não deixa o canal vertebral por um forame intervertebral, mas sim pelo forame vertebral lateral (28). O forame vertebraldo atlas também é diferente, pois está delimitado dor- salmente por um arco dorsal (29) e ventralmente por um arco ventral (30). Os dois arcos são unidos lateralmente pelo osso nomeado como a massa lateral. O atlas é a única vértebra que possui um arco ventral (30) no lugar do corpo. Isso se deve ao desvio caudal de uma grande parte do primórdio embrionário de seu corpo vertebral para formar o dente do áxis. Por essa razão, a vértebra cervical li, o áxis (31), contém em seu dente (32) a parte deslocada do corpo do atlas. A última vértebra cervical difere da outra vértebra cervical por seu grande processo espinhoso, por sua fóvea costal caudal para as primeiras cos- telas e pela ausência do forame transverso. Vértebra lombar (vista cranial) (vista caudal) -------12--------- ,..---20 ---- ---16 ----- Pedículo •--------·2----------1 II. O sacro é formado pela fusão das três vértebras sacrais. Lateralmente, esse os.~o sustenta a asa do sacro (33), cuja superfície auricular (34) forma uma articulação sinovialcom a face auricular do ílio. A cristasacra! mediana (35) é formada por uma fusão incompleta dos processos espinhosos. Asextremidades laterais dos processos (transversos) laterais fundidos formam a crista sacra! lateral (36). A crista sacra! intermediária (37) origina-se do arranjo sequen- cial dos processos mamiloarticulares fundidos. O promontório (38) forma o contorno cranioventral do osso sacro e faz parte da linha terminal limitante da entrada pélvica. A partir do canal vertebral, os nervos sacrais ingressam nos forames intervertebrais e deixam a coluna vertebral depois de se dividirem em ramos dorsal e ventral que emergem dos forames sacrais dorsal (39) e ventral (40), respectivamente, procedentes de cada forame intervertebral. b) Das 13 COSTELAS, a primeira até a nona são costelas esternais (41), ligadasao esterno por articulação sinovial. As costelas X a XII são as livremente móveis, costelas asternais 'respiratórias' (42). Pela sobreposição das partes cartilagí- neas das costelas asternais, forma-se um arco costal em ambos os lados do cor- po. A última costela não participa com regularidade da formação do arco, pois costuma terminar livremente na musculatura da parede abdominal como uma costela 'flutuante' (43). Costelas, esterno e coluna vertebral torácica formam o tórax, cuja entrada está delimitada pelo primeiro par de costelas, e a saída, pelos arcos costais. A parte dorsal da costela é óssea (osso da costela, - 44). A cabeça (45) da costela apoia facetas articulares (46) cranial e caudal. As duas facetas articulares são separadas por uma crista grosseira que, em gr.mde parte das costelas, está indiretamente em contato com o disco intervertebral por meio do ligamento intercapital (ver ilustração, p. 11). Um colo da costela (47) indistinto une a cabeça ao corpo da costela (48). O tubérculo costal (49) localizado em posição dorsoproximal sustenta uma superfície articular (50) para articulação com a fóvea costaldo processo transverso. O ângulo da coste- la (51) é apenas indistintamente identificável. A cartilagemcostal (52) começ.1 na junção costocondral e, levemente distal a isso, há uma nítida curvatura, o joelho da costela (53) que, em outros mamíferos domésticos, se encontra na área da junção costocondral. c) O ESTERNO é composto de manúbrio (54), corpo do esterno (55) com suas seis estemebras (56) e processo xifoide (57); esse processo, por sua vez, é formado por tecido ósseo cranialmente, mas cartilagíneo caudalmente. O pri- meiro par de costelas articula-se com o manúbrio, o segundo na sincondrose que une o manúbrio ao corpo do esterno, o terceiro ao sétimo nas próximas sincondroses esternais, e o oitavo ao nono conjuntamente na sincondrose que liga o corpo ao processo xifoide.
  • 19. Coluna vertebral e ossos do tórax Vértebras cervicais vC,_, Vértebras torácicas vT,_ ,3 Vértebras lombares vL,., Vértebras sacrais vs,.. Vértebras coccigeas vCy1_, 0 Corpo vertebral (1) Crista ventral (2) Extremidade cranial (3) Extremidade caudal (4) Fóvea costal caudal (5) Fóvea costal cranial (6) Canal vertebral (7) Arco vertebral (8) Forama intervertebral (9) lncisura vertebral cranial (1O) lncisura vertebral caudal (11) Processo espinhoso (12) Processo transverso (13) Fóvea costal (14) Forame transverso (15) Processo articular cranial (16) Processo articular caudal (17) Processo costal (18) Processo acessório (19) Processo mamilar (20) Processo hemal (21) Arco hemal (22) Espaço interarqueado Espaço lombossacral (23) Espaço sacrococcígeo (24) Atlas vC, (25) Processo transverso [asa] (26) lncisura alar (27) Forame vertebral lateral (28) Arco dorsal (29) Arco ventral (30) Áxis (31) Dente (32) Osso sacro vS,_ 3 Asa do sacro (33) Superfície auricular (34) Crista sacral mediana (35) Crista sacral lateral (36) Crista sacral intermediária (37) Promontório (38) Forame sacral dorsal (39) Forame sacral ventral (40) Costelas (vista caudal) 50 1 48 • (vista lateraQ 20 vl1 (vista lateral) (vista dorsal) A5 4 9 10 11-~~ 12 13 14 Costelas esternais (41) Costelas asternais (42) Costela flutuante (43) Costela óssea (44) (vista ventral) Cabeça da costela (45) Facetas articulares da cabeça da costela (46) Colo da costela (47) Corpo da costela (48) Tubérculo da costela (49) Superfície articular do tubérculo da costela (50) Ângulo da costela (51) Cartilagem costal (52) Joelho da costela (53) Esterno Manúbrio do esterno (54) Corpo do esterno (55) Esternebras (56) Processo xffoide (57) ~;p--1 3 ~;<YS 13 (vista cranial) ~ ~ 21 -vT11 - vl1 9
  • 20. 2 5. Articulações da coluna vertebral e do tórax; articulações atlantoccipital e atlantoaxial a) ARTICULAÇÕES Nome Ossos participantes Forma/ Função Comentários Composição I. Articulação Côndilos do occipitale Articulação elíptica, Gínglimo (a1ticulação Cavidades articulares direita e esquerda atlantoccipital fóveas articulares craniais articulação simples tipo dobradiça), flexão comtmicam-se ventralmente. do atlas dorsal e ventral II. Articulação Fóvea do dente e fossa arti- Articulação trocóidea, Rotação axial da cabeça A articulação atlantoaxial comunica-se atlantoaxial cular caudal do atlas, dente articulação simples no pescoço, 'meneio' da com a atlantoccipital. e superfície articular ventral cabeça do dente III. Articulações dos Processos articulares de Articulações planas Articulações deslizantes Considerável mobilidade na região cer- processos articulares vértebras adjacentes vical, diminuindo nas regiões torácica e lombar. IV. Articulação da cabeça Superfície articular da cabe- Articulação esferóidea, Gínglimo que, junta- Asuperficie articular convexa da cabeça da costela (articulação ça da costela e fóvea costal articulação composta mente com as vértebras, da costela é formada por duas facetas costovertebral) caudal da vértebra mais torna possível a variação articulares. A depressão articular é for- cranial e fóvea costal cranial do volume torácico na macia pelas fóveas costais dos dois corpos da vértebra mais caudal com respiração vertebrais e pela fibrocartilagem interposta a qual a cabeça da costela se da sínfise intervertebral. As duas a três úl- articula limas costelas articulam-se apenas com a fóvea costal cranial da vértebra de mesmo número (a mais caudal). V. Articulação do Superfície articular do tubér- Articulação plana, Gínglimo Nas últimas costelas, a articulação costa- tubérculo da culo costal e a fóvea costal articulação simples transversa aproxima-se e então se funde costela (articulação do processo transverso da com a articulação costovertebral. costotransversa) vértebra de mesmo número (a mais caudal) VI. Articulação Extremidades cartilagíneas Articulação condilar, Gínglimo A primeira costela articula-se com o ma- esternocostal da primeira à oitava costela articulação simples núbrio do esterno. A nona costela (última e o esterno esternal) não está ligada ao esterno por articulação sinovial. mas sim por tecido fibroso. VII. Sincondrose Osso e cartilagem costais Sincondrose Quase rígida e imóvel No período pós-natal, pode ocorrer o costocondral desenvolvimento de uma articulação ver- dadeira a partir de uma sincondrose. VIII. Sincondroses Manúbrio do esterno, ester- Sincondrose Progressivamente rígida Das sincondroses esternais, as sincon- esternais nebras do corpo do esterno, e imóvel droses manubrioesternais e xifoesternais processo xifoide recebem nomenclaturas peculiares. IX. Sínfise intervertebral Corpos das vértebras adja- Disco intervertebral Leve mobilidade Os discos na região intervertebral do sacro (articulações entre os centes, começando com o sem um espaço ossificam no segundo ano de vida. corpos das vértebras áxis e incluindo as vértebras adjacentes) caudais X. Articulação Ver articulações do membro sacroilíaca pélvico. b) L IGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL Três ligamentos estendem-se sobre áreas mais longas da coluna vertebral. Liga- mentos curtos formam pontes sobre o espaço entre cada vértebra. A membrana atlantoccipital ventral constitui um reforço ventral da cápsula articular, enquanto o ligamento lateral corresponde a um reforço lateraldessa cápsula. O ligamento longitudinal ventral fica aderido ventralmente aos corpos ver- 3 tebrais e aos discos intervertebrais. Esse Ligamento estende-se desde a segunda vértebra cervical até o sacro. Na articulação atlantoaxial, o dente fica preso junto ao assoalho do canal ver- tebral e ao osso occipital pelo ligamento apical do dente, ligamento transver- so do atlas e ligamentos alares. O Ligamento transverso do atlas é sustentado pela bolsa sinovial, ficando aderido às duas faces do atlas. No caso de ruptu- ra desses ligamentos ou fratura do dente após acidentes automobilisticos ou estrangulamento, pode ocorrer dano à medula espinal com paralisia e morte como consequências. A membrana atlantoaxial dorsal elástica estende-se desde a projeção cranial da espinha do áxis até o arco dorsal do atlas. 10 O ligamento longitudinal dorsal situa-se no assoalho do canal vertebral e adere-se na margem dorsal do disco intervertebral. Esse ligamento estende-se desde o áxis até a primeira vértebra caudal. O ligamento nucal (ver p. 29) no cão consiste apenas no funículo nucal elás- tico pareado. Esse ligamento faz ponte sobre a coluna vertebral cervical desde a extremidade caudal do processo espinhoso do áxis, estendendo-se até o pro- cesso espinhoso da primeira vértebra torácica. Nesse local, o ligamento nucal é sucedido pelo ligamento supraespinal com perda de elasticidade, aderindo-se ao processo espinhoso de todas as vértebras até a terceira vértebra sacra!. Os ligamentos amarelos estendem-se como Ligamentos elásticos curtos de um arco vertebrala outroe, com isso, fecham osespaços interarqueadosdorsalmente. Os ligamentos interespinhosos estão ausentes. O músculo interespinal re- pousa entre os processos espinhosos das vértebras adjacentes. C) LIGAMENTOS DAS ARTICULAÇÕES ATLANTOCCIPITAL, ATLANTOAXIAL E DO TÓRAX Na articulação atlantoccipital. a membrana atlantoccipital dorsal reforça a cápsula articular eforma ponte sobre o espaço atlantoccipital (acesso à cisterna cerebelomedular para retirada de líquido cerebrospinalcom fins diagnósticos). As articulações entre os processos articulares das vértebras carecem de li- gamentos. A cápsula articular está firmemente aderida ou é mais frouxa, de acordo com o grau de movimento, e influencia a direção do movimento, que depende da posição das superfícies articulares. Na articulação da cabeça da costela, o ligamento intra-articular dessa ca- beça une as cabeças costais de ambos os lados e repousa sobre o disco inter- vertebral. Esse ligamento também é conhecido como ligamento intercapital, mas está ausente no primeiro e nos dois últimos pares de costelas. O ligamento radiado da cabeça da costela está presente como fortalecimento da cápsula articular. Nas articulações costotransversas, a cápsula articular é reforçada pelo liga- mento costotransverso.
  • 21. Articulações da coluna vertebral e do tórax (vista dorsal) - - - - - Lig. transverso do atlas Articulações atlantoccipital e atlantoaxial (vista caudolateral) (vista cranial) (vista craniolateraQ Articulação do processo articular (vista lateral) Manúbrio-- esternal Articulação esternocostal - - - - - / / _.,., / / / Articulações esternocostais e sincondroses estemais Legenda: A Lig. longitudinal dorsal B Processo articular cranial B' Processo articular caudal Disco intervertebral: C Núcleo pulposo D Anel fibroso Lig. supraespinal - - - - - - Articulações do - - - - - - - - ,.---,,. processo articular ~ vT2 , )~ i»,---1v.iÊ ~ Articulação da - - - 1:: cabeça da costela Extremidade - - - - • cranial Articulações costovertebrais (vista caudolateral) - - Sincondrose costocondral Sínfise intervertebral E Lig. radiado da cabeça da costela F Lig. intra-articular da cabeça da costela G Fóvea costal cranial (ver p. 9, 89, 91) H Lig. oostotransverso 1 Lig. estemocostal radiado J Lig. longitudinal ventral 11
  • 22. 12 Capítulo 2: Região do pescoço e do tórax (região cervical e torácica) 1. Músculos cutâneos e nervos cutâneos do pescoço e da parede torácica Para demonstrar os músculos c utâ neos, realiza-se uma incisão longitudinal através da pele no lado esquerdo do corpo. A incisã o deve estender-- -se desde a base da orelha no nível médio da escápula até a extremidade ventral da última costela . Ao se fazer isso, os músculos cutâneos devem ser preservados. Nas extremidades da incisão na base da orelha e na altura da última costela, efetua-se uma secção transversal através da pele, que então é rebatida em d ireção às linhas medianas dorsal e ventral. As veias jugular externa e omobraquial, de localização superficial, são examinadas em primeiro lugar a fim de evitar dano não intencional aos vasos e o manchar do local de d issecção pelo sangue coagulado. a) Os Músc ulos CUTÂNEOS terminam na pele com as fibras tendíneas mais finas e, com isso, propiciam o movimento da pele para, por exemplo, repelir insetos. O músculo cutâneo do tronco (4) converge o trajeto de sua fibra para a fossa axilar e a linha alba ventromediana, sendo penetrado por nervos cutâneos fi. nos. A inervação motora desse músculo cutâneo do tronco é feita pelo nervo torácico lateral (5), cujos ramos podem ser observados através da metade ven- tral desse músculo fino. O platisma (2) podeservisto desdesua origem na linha mediana dorsalaté a mar- gem entre a cabeça e o pescoço, onde é sucedido pelo músculo cutâneo da face. A inervação do platisma cervical (3) origina-se do nervo auricular caudal do sétimo nervo craniano (nervo facial). Essa inervação segue profundamente em direção ao músculo em um trajeto paramediano dorsal. O nervo pode ser identificado afastando-se os feixes grossos de fibras do músculo. O músculo esfínctersuperficial do pescoço (1) tem posição ventral no pesco- ço com fibras transversas que estão intimamente ligadas à pele. Para demonstrar os nervos cutâneos cervicais, secciona-se a origem linear dorsal do platisma e rebate-se o músculo cranialmente até a secção transversal cranial da pele. Para demonstrar os nervos cutâneos torácicos, secciona-se o músculo cutâneo do tronco ao longo da secção trans- versal caudal da pele no nível da última costela, bem como na margem caudal do músculo triceps braquial, e rebate-se esse músculo cutâneo ventralmente em d ireção à linha alba. Nas regiões torácica e abdominal ventrais, sem exceção, as aponeuroses do músculo obliquo externo do abdome (34) devem ser preservadas. b) Os NERVOS CUTÂNEOS inervam a pele e são predominantemente sensitivos (também contêm fibras autônomas); tais nervos constituem as partes dos ner- vos espinais visíveis no subcutâneo. Os nervos espinais (p. ex., nC4) dividem-- •Se em sua emergência, a partir do forame intervertebral, em ramo dorsal (d) e ramo ventral (v) que, por sua vez, dividem-se ainda em ramo medial (dm ou, respectivamente, vm) e ramo lateral (dl ou, respectivamente, vi). Exceto pela região cervical dorsal, os ramos mediais de localização profunda contêm fibras predominantemente motoras, enquanto os ramos laterais são compostos sobretudo por fibras sensitivas para a inervação da pele. Dos oito nervos cervi- cais, apenas o nC1atravessa o forame vertebral lateral do atlas. Os nervos cer- vicais (do segundo ao sétimo) deixam o canal vertebral cranialmenteà vértebra de mesmo número, mas o oitavo nervo cervical emerge em posição caudal à sétima vértebra cervical. O primeiro nervo cervical não chega à pele do pesco- ço com seu ramo dorsomedial (nC Jdm). O nervo occipital maior (nC 2dm) segue profundamente em direção ao músculo cervicoauricular superficial até a região occipital. Os ramos seguintes nC 3dm até nC 6dm são geralmente du- plos. Os dois últimos, nC 7dm e nC Sdm, são pequenos e não costumam atin- gir a pele, mas terminam na espessa camada muscular. A inervação da região cervicalcutânea dorsal por ramos-dm é diferente do arranjo em outras regiões do corpo onde a pele é inervada por ramos laterais e a musculatura por ramos mediais. A diferença é clara quando se comparam os locais de emergência dos nervos cutâneos nas regiões cervicale torácica dorsais. 1. Os ramos cutâneos dorsais dos nervos cervicais alcançam a linha media- na dorsal na companhia de vasos sanguíneos cutâneos e são formados por ramos-dm. II. Os ramos cutâneos dorsais dos nervos torácicos emergem em posição dorsal e paramediana, ocupando a área da largura de um palmo; ou seja, tais ramossão mais laterais e regularmente formados por ramos-d!. Além disso, es- ses ramos são acompanhados por vasos sanguíneos cutâneos. Os treze nervos torácicos deixam o canal vertebralcaudalmente à vértebra de mesmo número, dividindo-se em ramos ventral e dorsal. O ramo ventral passa como nervo in- tercostal ventralmente entre as costelas, emitindo o ramo-vi (cutâneo proximal ou lateral) praticamente na metade do espaço intercostal e o outro ramo-vi (cutâneo distal ou ventral) na extremidade ventral desse espaço. III. Os ramos cutâneos ventrais dos nervos cervicais estão arranjados em uma fileira ventrolateral e são formados por ramos-vi (nC 2vl até nC Svl). Os ramos nC 2v até nC Sv comunicam-se entre si, formando um plexo cervical na profundidade da musculatura. O nervo cutâneo ventral de C2 segue com seu nervo auricular magno (11) até a base da orelha e com seu nervo cervical transverso (12) até a região ventral do pescoço e a parte caudal do espaço mandibular. Os ramos ventrais de C6 à T2 unem-se para formar o plexo bra- quial com suas partes principais (ver p. 19); é a partirdesse plexo que os nervos do plexo do membro torácico se originam. IV. Os ramos cutâneos laterais dos nervos torácicos são formados pelos ra- mos-vi proximais (ramos cutâneos laterais dos nervos intercostais) menciona- dos anteriormente. V. Os ramos cutâneos ventrais dos nervos torácicos são formados pelos ra- mos-vi distais (ramos cutâneos ventrais dos nervos intercostais). Esses nervos são muito pequenos. 2. Músculos extrínsecos dorsais dos membros Para a dissecção, é necessário o conhecimento dos ossos do cíngulo peitora l (escapular) (ver p. 17). Durante a dissecção, os músculos cleido- cervical e trapézio são seccionados ao longo do trajeto do ramo dorsal do nervo acessório (nervo craniano XI) e rebatidos para qualquer dos lados. Depois disso, a divisão do nervo acessório em ramos dorsal longo e ventral curto pode ser demonstrada. A origem dos músculos ou, respectivamente, de sua inserção no crânio e nas regiões cervicais/torácicas da coluna vertebral, das costelas e do esterno (cole- tivamente conhecidos como tronco), bem como no membro torácico, é deci- siva para sua designação como músculos tronco-membro (ou seja, músculos de ligação do tronco ao membro). Como esses músculos se inserem na parte do cíngttlo escapular, também é justificávelchamá-los de músculos do cíngulo escapular, como sinônimo. Desses músculos, o serrátil ventral confere a prin- cipal junção sinsarcótica entre o tronco eo membro, sendosua área de rotação encontrada no meio da face serrata da escápula. O músculo trapézio seoriginacom suas duas partes (segundo Donatetai., 1967, três partes) na linha mediana dorsal acima dos processos espinhosos das vérte- bras cervicais e torácicas. A parte torácica (7) desse músculo termina na direç,'o cranioventral do terço dorsal da espinha da escápula. A parte cervical (6) se in- sere após um trajetocaudoventralnos dois terçosdorsais da espinha da escápula. Apesar das diferentes direções do trajeto de suas fibras, ambas as partes atuam como projetores do membro. Isso ocorre porque a parte torácica se insere dor- salmente e a parte cervical ventralmente à área de rotação da junçãosinsarcótica tronco-membro. De acordo com a nomenclatura sugerida por Donat et ai., 1967, o músculo cleidocervical (15) é considerado como uma terceira parte (parte clavicular) do músculo trapézio. Esse músculo segue seu trajeto entre a intersec- ção clavicular (16) e a linha mediana dorsal do pescoço. O ramo dorsal do ner- vo acessório (13), que inerva esse músculo,surge entre o músculo deidocervical e a parte cervical do músculo trapézio no ápice de um triângulo delimitado por músculos, e ainda pode ser acompanhado no local onde se inicia a t,Jnseção do músculo trapézio (ver as instruções sobre dissecção). O músculo omotransversário (14) segue seu trajeto, como seu próprio nome sugere, entre o acrômio e ombro e o processo transverso (asa) do atlas. Inerva- ção: nC 4vm. Profundamente à superfície dorsomedial do músculo omotrans- versário, há o linfonodo cervical superficial, que deve ser preservado. O músculo grande dorsal (8) origina-se da ampla fáscia toracolombar (9) e termina principalmente na tuberosidade redonda maior pelo tendão comum com o músculo redondo maior. O músculo grande dorsal tem inserções na fáscia braquial, bem como nas cristas dos tubérculos maior e menor do úmero, onde forma um arco axilar amplo. O nervo toracodorsal e os vasos toracodor- sais (ver p. 19) se inserem na face medial do músculo. O mí,sculo romboide (10) é coberto pelo músculo trapézio e consiste em m. romboide da cabeça (nC vm), m . romboide do pescoço (nC vm) e m. rom- boide do tórax (nT vm). Esses músculos surgem na crista nucal e na linha mediana dorsal. mas terminam na cartilagem escapttlar. Função: fixar, elevar e retrair o membro torácico; ao se abaixar o pescoço, o músculo romboide serve para elevá-lo.
  • 23. . ai e peitoral ·o ~es cerv1c Regi Legenda: V jugular ext~rna a V. omobraqu,al. . (C ' b . ·1 ar acessaria 61 N ax, . 1 ~ v.'axilobraqu,a v cefálica . . 1 do n. radial rf'cial do pescoço 1 M. esfíncter supe , 1 1 1 e · uperf1c1a . . . 1 Ramo s . . superf1c1a1s Cervicais A ev. lar) ) g (r~mo pré-es~6~ais (ramo cutâneo h A. e~- tor(~~~os cutãn_eos) N. a~1lar stobraquia,s Nn. ,nterco 11 12 N. cervical transverso 13 Ramo dorsal-:- - do n. acessor,o t ansversário 14 M. orno r 15 M. cleidocervical - - - cção clavicular- - 16 lnterse Legenda: dibular k Glândula_ mans superficiais erv1 ca1 ·s 1 Lnn. e ·cicos latera, utãneo) e n tora (ramo e m A., v. . •cicas internas A ev. tora n ·Ts vi (distal) . ( amos cutâneos) o !.e v. intercosta,s r Legenda: .d mastóideo 17 M. esternocle, o 18 Esterno M deltoide: . rte clavicular 19 Pa leidobraquial) (m. c . 1 Parte acrom,a 20 P te escapular 21 ar . 22 M. braquial dial do carpo 23 M. extensor::ido m. tríceps 24 Cabeça la~ega do m. tríceps 25 Cabeça lo 1 1 1 tãneo do tronco 4 M. cu 7 Parte torácica 1 1 1 ·ia mamária) 26 Teto (pap, -hióideo e Mm esterno 27 ·rnotireóideo este t·doauricular 28 M. paro , . 29 M. esplê~,o trai do pescoço 30 M. serrát1I ven M supraesp,nal 31 M. intraespinal o 32 . iterai profund bdome 33 M. pe. externo do a 34 M. obllquo (vista lateral) (ver p. 15) 13
  • 24. 3. Músculos extrínsecos ventrais dos membros Durante a dissecção, os músculos peitorais superficial e profundo são transeccionados em uma área da largura de um dedo, lateralmente à linha mediana ventral. Com isso, sua inervação pelos nervos peitorais cranial e caudal pode ser observada. A função dos músculos tronco-membro consiste no movimento da cabeça, da coluna vertebral e do membro torácico, bem como na suspensão do tronco pelos membros torácicos. Os músculos mais ventraisatuam mais na suspensão do tronco e, portanto, são ricos em intersecções tenclíneas; por outro lado, os músculos mais dorsais são mais funcionais no movimento do membro e a sus- pensão do membro torácico é uma fu nção acessória. Com a parte clavicular do músculo deltoide (cleidobraquial), os músculos peitorais superficiais formam o sulco peitoral lateral. No cão, a veia cefálica ocupa apenas a parte mais medial do sulco pois, nesse nível, não passa na par- te principal do sulco, mas sim mediaimente ao músculo peitoral superficial e profundamente ao cleidobraquial. O largo músculo peitoral transverso (14) assume origem linear a partir do manúbrio e da parte cranial do corpo do esterno. O músculo peitoral descendente (15) mais superficial origina-seape- nas do manúbrio. As duas partes do peitoral superficial terminam na crista do tubérculo maior do úmero. A porção principal do músculo peitoral profundo (17) forma a base da porção acessória (16), estreita, localizada lateralmente. O músculo peitoral profundo tem sua origem a partir do manúbrio e do corpo do esterno, mas termina nos tubérculos maior e menor. A porção acessória se insere na fáscia braquial. Os nervos responsáveis pela inervação do peitoral profundo podem ser observados na superfície da secção. O músculo serrátil ventral (31) é subdividido no músculo serrátil ventral do pescoço (nCvm) e no músculo serrátil ventral do tórax (nervo torácico longo - 30). Os dois se fundem na área da entrada torácica. Esses músculos se origi- nam dos processos transversos das vértebras cervicais ou, respectivamente, das costelas e se inserem conjuntamente nas faces serratas da escápula. O músculoesternocleidomastóideo (ramo ventral do nervo acessório) consiste em três músculos individuais: os músculos cleidomastóideo (5) e esternomas- tóideo (3) se fundem cranialmente, enquanto os músculos esternomastóideo e esternoccipital (4) se fundem caudalmente. A superfície lateral do músculo esternocleidomastóideo forma o sulco jugular para a veia jugular externa. A inervação feita pelo ramo ventral do nervo acessório segue até a face profunda dos músculosesternomastóideo e esternoccipital,caudalmente à glândula man- dibular. Nesse local, o ramo ventral (ver p. 13) se posiciona entre os músculos esternomastóideo e esternoccipital, que formam um músculo contínuo e po- dem serseparadosapenas artificialmente. O nervo acessório se divide no ramo dorsal previamente identificado, que secomunica com nC 2, e no ramo ventral curto, cujos três ramos terminam depois de um curto trajeto nos músculos in- dividuais que, juntos, compreendem o esternocleidomastóideo. O músculo deltoide possui partes escapular, acromiale clavicular; a parte cla- vicular também é designada como músculo cleidobraquial (13), porque se estende desde a intersecção clavicular até o úmero, o osso do braço. As partes escapulare acromial do músculo deltoidesão inervadas pelo nervo axilar, um ramo do plexo braquial. O múSClUO cleidobraquial é inervado pelo nervo axilar acessório ou braquiocefálico (nC6 - 12), o ramo mais cranial do plexo bra- quial. Esse nervo penetra na superfície profunda do cleidobraquial à distância dedois dedos distais à intersecçãoclavicular.O termo músculo braquiocefálico écoletivo para um músculo contínuo que, nos mamíferos domésticos, é forma - do por partes dos músculos deltoide e esternocleidomastóideo, bem como pelo cleidocervical. As três partes têm inserção na intersecção clavicular e consistem no cleidobraquial, no cleidomastóideo e no cleidocervical. O cleidobraquial se estende desde o úmero até a intersecção clavicular. A intersecção clavicular é uma camada fina de tecido conjuntivo que cruza o músculo braquiocefálico cranialmente ao ombro; em sua extremidade medial, essa intersecção contém uma pequena cartilagem e frequentemente um pequeno osso visível ao exame radiográfico. A intersecção une as fibras do cleidobrJquial em sua face distal. as fibras do cleidocervical e do cleidomastóideo em sua face proximal. além de ser uma partição completa entre as fibras musculares de inserção. O cleidomas- tóideo se origina da intersecção clavicular e se une ao esternomastóideo (ver anteriormente) até se inserir no processo mastoide do osso temporal. O clei- docervical surge da intersecç.'io clavicular superficialmente ao cleidomastóideo. A partir da intersecção, o cleidocervical se estende no sentido craniodorsal até a fenda fibrosa mediana do pescoço que une os músculos direito e esquerdo dorsalmente. O termo músculo cleidocefálico é aplicado aos músculos cleido- mastóideo e cleidocervical juntos; portanto, o braquiocefálico pode ser descrito como um músculo que consiste no cleidobraquial e no cleidocefálico. O músculo esterno-hióideo (nC lvm - 7) e o músculo esternotireóideo (nC 2 1vm - 2) não pertencem à musculatura do tronco-membro, mas aos músculos hióideos longos. Os músculos esterno-hióideos direito e esquerdo entram em contato entre si na linha mediana ventral do pescoço. O músculo esternoti- reóideo encontra-se lateralmente adjacente. 4. Nervos, vasos e órgãos viscerais do pescoço O sulco jugular e a veia jugular externa foram dissecados. Para demonstrar estruturas da região cervical ventral, os músculos esterno-hióideos são separados na linha mediana e transeccionados conjuntamente com os músculos esternotireóideos. 1 a) Como as veias subclávia e jugular interna, a VEIA JUGULARE.XTERNA (8) se ori- gina da veia braquiocefálica no nível da entrada torácica. Na sequência caudo- cranial, a veia jugular externa dá origem às veias cefálica, cervical superficiale omobraquial. Depois se divide na margem caudal da glândula mandibular em um ramo dorsal, a veia maxilar (19), e em um ramo ventral, a veia linguofa- cial (18). Em sua união com a veia jugular externa, a veia cefálica (l l) situa-se na parte medial do sulco peitoral lateral e se une à jugular externa imediata- mente cranial à entrada torácica. A veia cervical superficial (10) é satélite à parte extratorácica da artéria de mesmo nome; essa veia se une à jugular exter- na próximo à raiz do pescoço, em geral imediatamente oposta à veia cefálica. A veia omobraquial (9) segue superficialmente sobre os músculos deltoide e cleidocervical, estendendo-se entre a veia axilobraquial e a jugular externa. A veia axilobraquial segue seu trajeto dorsalmente desde a cefálica ao longo da margem lateral do músculo cleidobraqlúal, depois se aprofw1da até o músculo deltoide e se une à veia circunflexa caudal do úmero (ver p. 21). b) Das ESTRUTURAS N EUR0VASCULARE S DA RE GIÃ OCERVICAL VEN TRAL, a veia jugular interna (22) segue seu trajeto ao longo da margem dorsolateral da traqueia e emite ramos para o cérebro, a glândula tireoide, a laringe e a faringe. As artérias carótidas comuns esquerda e direita originam-se, no nível da entrada torácica, do tronco braquiocefálico arterial (ver p. 49). A artéria carótida comum (24) segue cranialmente na margem dorsolateral da traqueia e envia ramos para a glândula tireoide, a laringe e a faringe. O tronco vagossimpático (23) é um nervo grande que repousa dorsalmente à artéria carótida comum. Esse nervo conduz fibras nervosas simpáticas desde o tronco simpático toracolombar até a cabeç.1 (ver p. 49). Os componentes parassimpáticos do nervo vago (ner- vo craniano X) partem da cabeça predominantemente até as cavidades cor- porais. Após sua separação do tronco simpático, o nervo vago emite o nervo laríngeo recorrente (ver p. 49) no interior da cavidade torácica e, depois disso, contém fibras nervosas parassimpáticas e sensitivas, e talvez fibras motoras es- 2 queléticas para o esôfago. O nervo laríngeo recorrente (26), com suas fibras motoras esqueléticas, autônomas e sensitivas, curva-se e passa cranialmente no pescoço. O nervo laríngeo recorrente repousa dentro do tecido conjuntivo lateralmente na traqueia, que, como o esôfago, recebe ramos dele. O nervo laríngeo recorrente é facilmente encontrado à medida que segue dorsalmente à glândula tireoide; sua parte terminal corresponde ao nervo laríngeo caudal, 14 que inerva partes da laringe. c) Do SISTEMA L1NF AT1 co, apenas os troncos linfáticos e os linfonodos são consi- derados aqui. O tronco linfático (jugular) traqueal representa o grande tronco linfático pareado do pescoço. Esse tronco começa como a drenagem eferente do linfonodo retrofaríngeo medial, recebe vasos aferentes dos Jinfonodos cer- vicais superficial e profundo, e ainda desemboca no ângulo venoso formado pela confluência das veias jugltlares interna e externa. Em sua terminação, o tronco linfático traqueal esquerdo (28) se une ao dueto torácico (29), que conduz a linfa proveniente das cavidades corporais. O linfonodo retrofarín- geo medial (l ) situa-se na inserção cranial do músculo esternotireóideo. Esse linfonodo recebe sua linfa a partir da cabeça. O linfonodo cervical superfi- 3 cial (27) se localiza profundamente ao músculo omotransversário, entre ele e o serrátil ventral. Os vasos aferentes desse linfonodo passam pela área cervical superficial, bem como pelo tronco, pela cabeça e pelo membro torácico. Os linfonodos cervicais profundos ficam próximos àtraqueia e consistem em gru- pos inconstantes, cranial, médio e caudal. Os aferentes desses linfonodos são provenientes de seus arredores imediatos no pescoço. d) As ESTRUTURAS v1scERAJS ceRvtCAIS incluem o esôfago e a traqueia, além das glândulas tireoide e paratireoide. A parte cervical do esôfago (25) situa-se em 4 posição dorsal à traqueia no meio do pescoço e dorsolateral (à esquerda) na en- trada do tórax. A coloração avermelhada do esôfago deve-se ao revestin1ento externo de músculo estriado. Esse músculo estriado do tipo visceral é inerva- do pelo nervo vago. A traqueia (6) consiste em anéis cartilagíneos incompletos 5 em formato de C, que são fechados por uma parte membranosa contendo fei- xes transversos de músculo (liso) traqueal. Os anéis cartilagíneos incompletos e suas partes membranosas complementares estão ligados entre si por ligamentos anulares. O lume traqueal é mantido aberto por anéis cartilagíneos incompletos que são reforçados por tecido fibroelástico. A tensão assim criada possibilita as alterações no comprin1ento da traqueia com os processos de respiração e deglu- tição, e é responsável pela secção transversal arredondada típica da traqueia, a qual pode sofrer estreitamento por contração do músculo traqueal. A glândula 6 tireoide (21) localizada na extremidade cranial da traqueia possui lobos esquer- do e direito, que, algumas vezes, podem estar unidos por delgado istmo ventral. Os pares bilaterais das glândulas paratireoides (20) repousam sobre a glândula 7 tireoide como glândulas pálidas e arredondadas, com diâmetro de aproximada- mente 3 milímetros. Essas glândulas paratireoides se localizam nas superficiais laterale medial da tireoide ou no parênquima tireoidiano.
  • 25. Regiões cervical e peitoral (vista ventral) Ln. retrofaríngeo medial - - - - - - - - - - • 2 M. esternotireóideo- - - - - - - - - - - - - - M. esternocleidomastóideo: 3 M. esternomastóideo- - - - - - - - - - - - 4 M. esternoccipital - - - - - - - - - - - - - 5 M. cleidomastóideo- - - - - - - - - - - - - 6 Traqueia- - - - - - - - - - - - - - - - - • 7 M. esterno-hióideo- - - - - - - - - - - - 8 V. jugular externa- - - - - - - - - - - - · ~ 9 V. omobraquial- - - - - - - - - - - - - 1O V. cervical superficial- - - - - - - - · 11 V. cefálica- - - - - - - - - - - · 12 N. axilar acessório (Cs) - - 13 M. deltoide: Mm. peitorais superficiais: 14 M. peitoral transverso 15 M. peitoral descendente Mm. peitorais profundos: 16 Porção acessória 17 Porção principal - - - - - - - - Legenda: 32 M. tiro-hióideo 33 M. cricotireóideo 34 M. cleidocervical 35 M. longo da cabeça 36 Intersecção clavicular 37 Sulco peitoral lateral 38 M. escaleno dorsal 39 40 41 42 43 44 M. escaleno médio M. reto do tórax M. reto do abdome M. supraespinal M. subescapular M. oblíquo externo do abdome ---19 V. maxilar · - - - - 20 Glândula paratireoide - - - - - 21 Glândula tireoide - - - - - 22 V. jugular interna - - - - - 23 Tronco vagossimpático (ver p. 13) a Glândula parótida g Lnn. cervicais profundos b Glândula mandibular h N. frênico c Arco hióideo V. braquiocefálica d V. facial j V. subclávia e A. tireoide cranial k A. e v. axilares f V. tireoide caudal 1 Nn. intercostobraquiais 15