SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
O Brasil conquistou abriga uma das sete maravilhas do mundo
contemporâneo: o Cristo Redentor. Esse conhecido cartão postal foi concebido há quase
um século e marca uma interessante época de nossa história. De fato, a ideia de se
construir um Cristo na capital do país (na época, Rio de Janeiro) já era conhecida desde
o século XIX, em 1859, quando o padre Pierre-Marie Bos fez a sugestão para a princesa
Isabel, que fosse construído um monumento religioso no cimo do morro do Corcovado,
que com os seus 710 metros de altura era um mirante privilegiado sobre a cidade do Rio
de Janeiro.
A princesa Isabel mostrou-se receptiva mas o primeiro apoio oficial só veio a
concretizar-se após 1912, quando o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde abraçou
definitivamente a ideia, como prova de que a Igreja estava do lado do povo brasileiro.
O projeto só veio a retomar fôlego no começo da década de 1920, quando as
comemorações pelo centenário da independência brasileira se aproximavam. Após a
realização de uma grande assembleia, para se decidir o local para a edificação do
monumento. Em disputa estavam o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo
António. O vencedor foi o Corcovado, pela sua maior dimensão e posição geográfica, que
facilitava os acessos. Depois disso, um grande abaixo-assinado conseguiu fazer com que
o presidente Epitácio Pessoa liberasse o início das obras.
O custo desse empreendimento, em valores atuais, foi de aproximadamente nove
milhões de reais. Através de intensas campanhas de arrecadação, um dos mais conhecidos
pontos turísticos do mundo foi ganhando forma. Além da contribuição financeira,
devemos destacar que a execução do Cristo Redentor também contou com o esforço de
vários trabalhadores voluntários e projetistas entusiasmados com esta grande realização.
Um primeiro projeto, concebido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa, imaginava
a construção de um Cristo carregando
uma cruz e portando um globo em uma
de suas mãos. Contudo, a ideia de se
fazer o messias com seus braços
abertos, concebida por Carlos Oswald,
foi a aprovada pela população carioca.
Após a concepção de todos os
moldes de gesso, a estrutura feita foi
executada a partir do uso de concreto
sobre tela de aço. A pedra-sabão reveste
toda a parte externa do Cristo, já que o
material – mesmo sendo extremamente
frágil – consegue resistir às intempéries
provocadas pela variação do tempo e da
temperatura. Os moldes foram
encomendados ao escultor francês
Maxmillien Paul Landowski, que concebeu cada uma das partes da estátua na Europa.
Para transportar todo aquele material, os construtores reuniam todas as peças na
Igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Para chegar ao Corcovado, as
placas de gesso eram transportadas pelos vagões do trem que cortava a Estrada de Ferro
do Corcovado, construída em 1884, e pioneiramente movida através da utilização da
energia elétrica. O mosaico de pedra-sabão colocado na superfície foi resultado do
trabalho de várias donas de casa que talhavam pequenas peças de formato triangular.
De forma um tanto irônica, a obra do
Cristo Redentor não foi inaugurada pelas
autoridades oligárquicas que predominavam
no período da concepção do projeto. No dia 12
de outubro de 1931, o líder da Revolução de
1930, Getúlio Dornelles Vargas, acionou o
sistema de iluminação inaugural. Inicialmente,
a intenção era acionar as luzes por meio de um
sistema telegráfico sem fio, mas o mau tempo
não permitiu que tal ideia fosse colocada em
prática. Durante 10 anos decorreu uma
campanha para arrecadar fundos para a
execução da obra, a qual teve o seu início em
1926 e demorou cinco anos a ser terminada. A
inauguração do monumento foi marcada para o
dia 12 de Outubro de 1931, um dia que se
apresentou com mau tempo o que impediu que
se desfrutasse da visão espectacular do
monumento. Apesar disso estiveram presentes
o chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas
e o cardeal Dom Sebastião Leme, que deu a
bênção.
A estátua tem 38 metros de altura e pesa 1145 toneladas. Como obra que combina
engenharia, arquitectura e escultura, adicionada aos factos de que as condições de
construção estavam longe de ser as ideais e que não houve nenhum acidente mortal
durante a sua edificação, fizeram Levy qualifica-la de “obra hercúlea, guiada por mãos
divinas”.
Curiosidades:
– O monumento é totalmente brasileiro, pois o projeto foi criado, construído e
financiado por brasileiros.
– O material escolhido para revestir a estátua foi a pedra-sabão. Apesar de ser um
material que se pode riscar com uma unha, é extremamente resistente ao tempo e não se
deforma com as variações de temperatura.
– Portugal possui uma escultura similar junto à foz do Rio Tejo, na sua margem
sul, na cidade de Almada. O monumento, virado para Lisboa, foi inaugurado a 17 de maio
de 1959 e constitui o melhor miradouro da capital portuguesa. Designado por Cristo-Rei,
é uma das mais altas construções de Portugal, com 110 metros de altura, incluído o
pedestal, sendo que a estátua possui 28 metros.
Curiosidade historica cristo redentor primeira republica

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Curiosidade historica cristo redentor primeira republica

Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvens
Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvensRio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvens
Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvensLuiz Dias
 
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à Independência
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à IndependênciaSérie Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à Independência
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à IndependênciaMima Badan
 
Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioEd de Souza
 
O Terramoto de 1755
O Terramoto de 1755O Terramoto de 1755
O Terramoto de 1755gueste568b3
 
Monumentos de São Paulo - monumento à independência
Monumentos de São Paulo - monumento à independênciaMonumentos de São Paulo - monumento à independência
Monumentos de São Paulo - monumento à independênciaMarcos Judice
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotosIsabelPereira2010
 
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64Valter Gomes
 
Cp dr4 estátua da liberdade
Cp dr4 estátua da liberdadeCp dr4 estátua da liberdade
Cp dr4 estátua da liberdadeJose Simoes
 
As 7 maravilhas do mundo
As 7 maravilhas do mundoAs 7 maravilhas do mundo
As 7 maravilhas do mundoNAPNE
 
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNOMARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNOCristiane Seibt
 
Igreja nossa senhora do carmo da antiga sé
Igreja nossa   senhora do carmo da antiga séIgreja nossa   senhora do carmo da antiga sé
Igreja nossa senhora do carmo da antiga séJoão Victor Nobile
 
A Arte ao Longo dos Secúlos
A Arte ao Longo dos SecúlosA Arte ao Longo dos Secúlos
A Arte ao Longo dos SecúlosCristiano Freitas
 

Semelhante a Curiosidade historica cristo redentor primeira republica (20)

Zona sul 3
Zona sul 3Zona sul 3
Zona sul 3
 
Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvens
Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvensRio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvens
Rio de Janeiro - Cristo Redentor entre as nuvens
 
Cinelândia
CinelândiaCinelândia
Cinelândia
 
Entre as nuvens
Entre as nuvensEntre as nuvens
Entre as nuvens
 
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à Independência
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à IndependênciaSérie Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à Independência
Série Monumentos de São Paulo - Nº 3 - Monumento à Independência
 
Museus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rioMuseus, monumentos e construções históricas do rio
Museus, monumentos e construções históricas do rio
 
O Terramoto de 1755
O Terramoto de 1755O Terramoto de 1755
O Terramoto de 1755
 
Monumentos de São Paulo - monumento à independência
Monumentos de São Paulo - monumento à independênciaMonumentos de São Paulo - monumento à independência
Monumentos de São Paulo - monumento à independência
 
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
Visita de estudo   ribeira do porto com fotosVisita de estudo   ribeira do porto com fotos
Visita de estudo ribeira do porto com fotos
 
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 64
 
Metrô 3
Metrô 3Metrô 3
Metrô 3
 
Cp dr4 estátua da liberdade
Cp dr4 estátua da liberdadeCp dr4 estátua da liberdade
Cp dr4 estátua da liberdade
 
As 7 maravilhas do mundo
As 7 maravilhas do mundoAs 7 maravilhas do mundo
As 7 maravilhas do mundo
 
Entre as nuvens
Entre as nuvensEntre as nuvens
Entre as nuvens
 
Museu da Inconfidência
Museu da InconfidênciaMuseu da Inconfidência
Museu da Inconfidência
 
Powwer pont
Powwer pontPowwer pont
Powwer pont
 
Powwer pont
Powwer pontPowwer pont
Powwer pont
 
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNOMARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
 
Igreja nossa senhora do carmo da antiga sé
Igreja nossa   senhora do carmo da antiga séIgreja nossa   senhora do carmo da antiga sé
Igreja nossa senhora do carmo da antiga sé
 
A Arte ao Longo dos Secúlos
A Arte ao Longo dos SecúlosA Arte ao Longo dos Secúlos
A Arte ao Longo dos Secúlos
 

Último

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxkellyneamaral
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 

Último (20)

Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docxBloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
Bloco de português com artigo de opinião 8º A, B 3.docx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 

Curiosidade historica cristo redentor primeira republica

  • 1. O Brasil conquistou abriga uma das sete maravilhas do mundo contemporâneo: o Cristo Redentor. Esse conhecido cartão postal foi concebido há quase um século e marca uma interessante época de nossa história. De fato, a ideia de se construir um Cristo na capital do país (na época, Rio de Janeiro) já era conhecida desde o século XIX, em 1859, quando o padre Pierre-Marie Bos fez a sugestão para a princesa Isabel, que fosse construído um monumento religioso no cimo do morro do Corcovado, que com os seus 710 metros de altura era um mirante privilegiado sobre a cidade do Rio de Janeiro. A princesa Isabel mostrou-se receptiva mas o primeiro apoio oficial só veio a concretizar-se após 1912, quando o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde abraçou definitivamente a ideia, como prova de que a Igreja estava do lado do povo brasileiro. O projeto só veio a retomar fôlego no começo da década de 1920, quando as comemorações pelo centenário da independência brasileira se aproximavam. Após a realização de uma grande assembleia, para se decidir o local para a edificação do monumento. Em disputa estavam o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo António. O vencedor foi o Corcovado, pela sua maior dimensão e posição geográfica, que facilitava os acessos. Depois disso, um grande abaixo-assinado conseguiu fazer com que o presidente Epitácio Pessoa liberasse o início das obras. O custo desse empreendimento, em valores atuais, foi de aproximadamente nove milhões de reais. Através de intensas campanhas de arrecadação, um dos mais conhecidos pontos turísticos do mundo foi ganhando forma. Além da contribuição financeira, devemos destacar que a execução do Cristo Redentor também contou com o esforço de vários trabalhadores voluntários e projetistas entusiasmados com esta grande realização. Um primeiro projeto, concebido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa, imaginava a construção de um Cristo carregando uma cruz e portando um globo em uma de suas mãos. Contudo, a ideia de se fazer o messias com seus braços abertos, concebida por Carlos Oswald, foi a aprovada pela população carioca. Após a concepção de todos os moldes de gesso, a estrutura feita foi executada a partir do uso de concreto sobre tela de aço. A pedra-sabão reveste toda a parte externa do Cristo, já que o material – mesmo sendo extremamente frágil – consegue resistir às intempéries provocadas pela variação do tempo e da temperatura. Os moldes foram encomendados ao escultor francês
  • 2. Maxmillien Paul Landowski, que concebeu cada uma das partes da estátua na Europa. Para transportar todo aquele material, os construtores reuniam todas as peças na Igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Para chegar ao Corcovado, as placas de gesso eram transportadas pelos vagões do trem que cortava a Estrada de Ferro do Corcovado, construída em 1884, e pioneiramente movida através da utilização da energia elétrica. O mosaico de pedra-sabão colocado na superfície foi resultado do trabalho de várias donas de casa que talhavam pequenas peças de formato triangular. De forma um tanto irônica, a obra do Cristo Redentor não foi inaugurada pelas autoridades oligárquicas que predominavam no período da concepção do projeto. No dia 12 de outubro de 1931, o líder da Revolução de 1930, Getúlio Dornelles Vargas, acionou o sistema de iluminação inaugural. Inicialmente, a intenção era acionar as luzes por meio de um sistema telegráfico sem fio, mas o mau tempo não permitiu que tal ideia fosse colocada em prática. Durante 10 anos decorreu uma campanha para arrecadar fundos para a execução da obra, a qual teve o seu início em 1926 e demorou cinco anos a ser terminada. A inauguração do monumento foi marcada para o dia 12 de Outubro de 1931, um dia que se apresentou com mau tempo o que impediu que se desfrutasse da visão espectacular do monumento. Apesar disso estiveram presentes o chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas e o cardeal Dom Sebastião Leme, que deu a bênção. A estátua tem 38 metros de altura e pesa 1145 toneladas. Como obra que combina engenharia, arquitectura e escultura, adicionada aos factos de que as condições de construção estavam longe de ser as ideais e que não houve nenhum acidente mortal durante a sua edificação, fizeram Levy qualifica-la de “obra hercúlea, guiada por mãos divinas”. Curiosidades: – O monumento é totalmente brasileiro, pois o projeto foi criado, construído e financiado por brasileiros. – O material escolhido para revestir a estátua foi a pedra-sabão. Apesar de ser um material que se pode riscar com uma unha, é extremamente resistente ao tempo e não se deforma com as variações de temperatura. – Portugal possui uma escultura similar junto à foz do Rio Tejo, na sua margem sul, na cidade de Almada. O monumento, virado para Lisboa, foi inaugurado a 17 de maio de 1959 e constitui o melhor miradouro da capital portuguesa. Designado por Cristo-Rei, é uma das mais altas construções de Portugal, com 110 metros de altura, incluído o pedestal, sendo que a estátua possui 28 metros.