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Ettore Ximenes   Nascimento: Palermo, 11 de abril de 1855 Falecimento: Roma, 20 de dezembro de 1926  Foi um escultor italiano especializado em obras de inspiração religiosa e mitológica. Foi autor de inúmeras obras na Itália, Estados Unidos e Argentina.  Entre 1919 e 1926 residiu em São Paulo, onde trabalhou com o arquiteto Manfredo Manfredi no  “Monumento à Independência”.   Na capital paulista teve vários discípulos, como o escultor Luís Morrone.
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Para celebrar o  Centenário da Independência do Brasil , previu-se a construção de um monumento às margens do  riacho Ipiranga , local onde  Dom Pedro I  teria proclamado a  Independência em 1822 . A  Prefeitura de São Paulo  cedeu o terreno, enquanto o governo do Estado se responsabilizou pela construção, para a qual contribuíram os governos dos demais estados brasileiros.
Um concurso internacional de maquetes foi aberto em 1918. Vinte e dois projetos foram inscritos. A comissão julgadora foi presidida pelo  Presidente do Estado de São Paulo, Altino Arantes  (1916 – 1920). A comissão se reuniu em 1920 e as maquetes concorrentes foram expostas ao público no  Palácio das Indústrias , logo despertando criticas e debates. Os projetos não diferiam muito entre si, fato observado pelo historiador  Affonso Taunay :  “...cabe-me a impressão de que estes autores têm aqueles projetos em reserva para, mudando-lhes o rótulo, e os nomes dos personagens, aproveitá-los aqui e acolá...”  Palácio das Indústrias
O projeto de  Nicolla Rollo  tinha a simpatia da população. As discussões se acirraram quando se anunciou o vencedor:  o italiano  Ettore Ximenes. Monteiro Lobato  comentou:  “Rollo teve a votação unânime da cidade de São Paulo com exceção apenas de quatro pessoas que, por coincidência, formavam a Comissão Julgadora”.   Mário de Andrade  criticou duramente o projeto escolhido:  "O ilustre Sr. Ximenes, que de longe veio, infelicitará a colina do Ipiranga com o seu colossal centro-de-mesa de porcelana de Sévres".   As críticas giravam em torno da ausência de fatos e nomes relacionados com a  Independência do Brasil . A solução encontrada para minimizar o problema foi introduzir alterações no projeto de  Ximenes , que concordou com algumas delas.  José Wasth Rodrigues  foi o responsável pela concepção de quadros em relevo, grupos escultóricos e estátuas.
A construção monumental em granito e bronze se apresenta disposta em estágios alternados, ligados por degraus que a circundam desde a base.  Ainda inacabado (seria concluído quatro anos depois), o monumento foi o centro das comemorações pelo  Centenário da Independência  em  São Paulo , inaugurado com grande pompa no dia  7 de setembro de 1922 .
Na face frontal do monumento, encontram-se estátuas sedestres do  Padre Diogo Antonio Feijó ,  “ prócer da Independência e deputado às cortes de Lisboa”
e de  José Bonifácio de Andrada e Silva ,  “ o patriarca da Independência”;
na face posterior, estão as estátuas de  Hipólito José da Costa ,  “ o jornalista da Independência - fundou e redigiu o  ‘Correio Brasiliense’  em Londres”
e  Joaquim Gonçalves Ledo ,  “ chefe do  movimento da  Independência no  Rio de Janeiro ”.
Na face frontal do monumento, um grande baixo relevo em bronze reproduz o quadro  “Independência do Brasil” , de  Pedro Américo .
Uma mulher aparece em primeiro plano, com um estandarte e uma lança nas mãos, sobre uma biga puxada por dois cavalos e seguida pelo povo – uma alegoria à  Liberdade , muito comum à época.
Relevos esculpidos no granito representam embarcações do tipo viking, figuras greco-romanas, armaduras, flâmulas, lanças e águias, locomotivas, engrenagens e trilhos.
Na lateral esquerda do monumento, um grupo escultórico em bronze representa  “Os Inconfidentes Mineiros de 1889” , tendo logo abaixo um quadro em bronze ilustrando a  “entrada de Dom Pedro na rua do Carmo em São Paulo na tarde de 7 de setembro de 1822”.
Na lateral direita,  outro grupo  escultórico em bronze  representa “ Os Revolucionários  Pernambucanos de  1817” .
Abaixo, um quadro em bronze ilustra o “ Combate de Pirajá - campanha da Independência para a libertação da Bahia - episódio do Corneta Luís Lopes”.   Enquanto os grupos escultóricos abordam as tentativas de independência, os relevos tratam de sua consolidação.
Para reforçar ainda mais o significado daquele local como o do nascimento da nação brasileira, projetou-se a construção de uma cripta no interior do monumento, que funcionaria como  Capela Imperial .  Nela repousariam, definitivamente, os despojos do  primeiro Imperador  e de  Dona Leopoldina, Imperatriz do Brasil .  A cripta foi inaugurada em  1952 , considerada, ainda, um cenotáfio – um túmulo vazio –, uma vez que os despojos do Imperador e de sua esposa não se encontravam ali.
Posicionada na  parte frontal do  Monumento à Independência , voltada para o  riacho Ipiranga , a pira do chamado  "Altar da Pátria"  foi acesa, simbolizando o amor incondicional à Pátria.
Somente dois anos depois, os despojos da  Imperatriz Leopoldina  foram transladados do  Convento de Santo Antonio , no  Rio de Janeiro , sob os cuidados do  Instituto Histórico e Geográfico . A cerimônia integrou as comemorações do  IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo . Da  Catedral da Sé , o ataúde foi levado ao  Ipiranga  seguido por grande cortejo. Houve quem argumentasse que não era necessário perturbar o repouso eterno da  Família Real , mas prevaleceu a idéia de reafirmar a sacralização do  Altar da Pátria .
Os despojos de  Dom Pedro I , por sua vez, foram transladados do  Convento de São Vicente de Fora , na cidade do  Porto, Portugal , em 1972, como parte das comemorações do  Sesquicentenário da Independência , em solenidade transmitida para todo o país via satélite.
Em 1982,  também os restos mortais de  Dona Amélia de Beauharnais ,  esposa de  Dom Pedro I   em segundas núpcias e  Imperatriz do Brasil ,  foram transladados de  Lisboa   para a  Capela .
O  Monumento à Independência  também abriga em seu interior, desde 2001, um espaço de exposições administrado pela  Divisão de Iconografia e Museus do Departamento do Patrimônio Histórico.
FONTE:  Seção Técnica de Levantamentos e Pesquisa Divisão de Preservação - DPH PESQUISA e FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Sampa (Caetano Veloso) Execução: Pedrinho Mattar IMAGENS: Google (Repasse com os devidos créditos) www.mimabadan.blogspot.com www.slideshare.net/mimabadan

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Monumento Ipiranga- história do local da Independência

  • 1.
  • 2.  
  • 3. Ettore Ximenes Nascimento: Palermo, 11 de abril de 1855 Falecimento: Roma, 20 de dezembro de 1926 Foi um escultor italiano especializado em obras de inspiração religiosa e mitológica. Foi autor de inúmeras obras na Itália, Estados Unidos e Argentina. Entre 1919 e 1926 residiu em São Paulo, onde trabalhou com o arquiteto Manfredo Manfredi no “Monumento à Independência”. Na capital paulista teve vários discípulos, como o escultor Luís Morrone.
  • 4.
  • 5. Para celebrar o Centenário da Independência do Brasil , previu-se a construção de um monumento às margens do riacho Ipiranga , local onde Dom Pedro I teria proclamado a Independência em 1822 . A Prefeitura de São Paulo cedeu o terreno, enquanto o governo do Estado se responsabilizou pela construção, para a qual contribuíram os governos dos demais estados brasileiros.
  • 6. Um concurso internacional de maquetes foi aberto em 1918. Vinte e dois projetos foram inscritos. A comissão julgadora foi presidida pelo Presidente do Estado de São Paulo, Altino Arantes (1916 – 1920). A comissão se reuniu em 1920 e as maquetes concorrentes foram expostas ao público no Palácio das Indústrias , logo despertando criticas e debates. Os projetos não diferiam muito entre si, fato observado pelo historiador Affonso Taunay : “...cabe-me a impressão de que estes autores têm aqueles projetos em reserva para, mudando-lhes o rótulo, e os nomes dos personagens, aproveitá-los aqui e acolá...” Palácio das Indústrias
  • 7. O projeto de Nicolla Rollo tinha a simpatia da população. As discussões se acirraram quando se anunciou o vencedor: o italiano Ettore Ximenes. Monteiro Lobato comentou: “Rollo teve a votação unânime da cidade de São Paulo com exceção apenas de quatro pessoas que, por coincidência, formavam a Comissão Julgadora”. Mário de Andrade criticou duramente o projeto escolhido: "O ilustre Sr. Ximenes, que de longe veio, infelicitará a colina do Ipiranga com o seu colossal centro-de-mesa de porcelana de Sévres". As críticas giravam em torno da ausência de fatos e nomes relacionados com a Independência do Brasil . A solução encontrada para minimizar o problema foi introduzir alterações no projeto de Ximenes , que concordou com algumas delas. José Wasth Rodrigues foi o responsável pela concepção de quadros em relevo, grupos escultóricos e estátuas.
  • 8. A construção monumental em granito e bronze se apresenta disposta em estágios alternados, ligados por degraus que a circundam desde a base. Ainda inacabado (seria concluído quatro anos depois), o monumento foi o centro das comemorações pelo Centenário da Independência em São Paulo , inaugurado com grande pompa no dia 7 de setembro de 1922 .
  • 9. Na face frontal do monumento, encontram-se estátuas sedestres do Padre Diogo Antonio Feijó , “ prócer da Independência e deputado às cortes de Lisboa”
  • 10. e de José Bonifácio de Andrada e Silva , “ o patriarca da Independência”;
  • 11. na face posterior, estão as estátuas de Hipólito José da Costa , “ o jornalista da Independência - fundou e redigiu o ‘Correio Brasiliense’ em Londres”
  • 12. e Joaquim Gonçalves Ledo , “ chefe do movimento da Independência no Rio de Janeiro ”.
  • 13. Na face frontal do monumento, um grande baixo relevo em bronze reproduz o quadro “Independência do Brasil” , de Pedro Américo .
  • 14. Uma mulher aparece em primeiro plano, com um estandarte e uma lança nas mãos, sobre uma biga puxada por dois cavalos e seguida pelo povo – uma alegoria à Liberdade , muito comum à época.
  • 15. Relevos esculpidos no granito representam embarcações do tipo viking, figuras greco-romanas, armaduras, flâmulas, lanças e águias, locomotivas, engrenagens e trilhos.
  • 16. Na lateral esquerda do monumento, um grupo escultórico em bronze representa “Os Inconfidentes Mineiros de 1889” , tendo logo abaixo um quadro em bronze ilustrando a “entrada de Dom Pedro na rua do Carmo em São Paulo na tarde de 7 de setembro de 1822”.
  • 17. Na lateral direita, outro grupo escultórico em bronze representa “ Os Revolucionários Pernambucanos de 1817” .
  • 18. Abaixo, um quadro em bronze ilustra o “ Combate de Pirajá - campanha da Independência para a libertação da Bahia - episódio do Corneta Luís Lopes”. Enquanto os grupos escultóricos abordam as tentativas de independência, os relevos tratam de sua consolidação.
  • 19. Para reforçar ainda mais o significado daquele local como o do nascimento da nação brasileira, projetou-se a construção de uma cripta no interior do monumento, que funcionaria como Capela Imperial . Nela repousariam, definitivamente, os despojos do primeiro Imperador e de Dona Leopoldina, Imperatriz do Brasil . A cripta foi inaugurada em 1952 , considerada, ainda, um cenotáfio – um túmulo vazio –, uma vez que os despojos do Imperador e de sua esposa não se encontravam ali.
  • 20. Posicionada na parte frontal do Monumento à Independência , voltada para o riacho Ipiranga , a pira do chamado "Altar da Pátria" foi acesa, simbolizando o amor incondicional à Pátria.
  • 21. Somente dois anos depois, os despojos da Imperatriz Leopoldina foram transladados do Convento de Santo Antonio , no Rio de Janeiro , sob os cuidados do Instituto Histórico e Geográfico . A cerimônia integrou as comemorações do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo . Da Catedral da Sé , o ataúde foi levado ao Ipiranga seguido por grande cortejo. Houve quem argumentasse que não era necessário perturbar o repouso eterno da Família Real , mas prevaleceu a idéia de reafirmar a sacralização do Altar da Pátria .
  • 22. Os despojos de Dom Pedro I , por sua vez, foram transladados do Convento de São Vicente de Fora , na cidade do Porto, Portugal , em 1972, como parte das comemorações do Sesquicentenário da Independência , em solenidade transmitida para todo o país via satélite.
  • 23. Em 1982, também os restos mortais de Dona Amélia de Beauharnais , esposa de Dom Pedro I em segundas núpcias e Imperatriz do Brasil , foram transladados de Lisboa para a Capela .
  • 24. O Monumento à Independência também abriga em seu interior, desde 2001, um espaço de exposições administrado pela Divisão de Iconografia e Museus do Departamento do Patrimônio Histórico.
  • 25. FONTE: Seção Técnica de Levantamentos e Pesquisa Divisão de Preservação - DPH PESQUISA e FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Sampa (Caetano Veloso) Execução: Pedrinho Mattar IMAGENS: Google (Repasse com os devidos créditos) www.mimabadan.blogspot.com www.slideshare.net/mimabadan