1. Ética, humanização e relações interpessoais hoje em dia, na sociedade em que vivemos é
cada vez mais imprescindível ao profissional a versatilidade no ambiente de trabalho, que saiba
fazer de tudo um pouco em sua área, além disso, ele também tem que dominar um ou mais
idiomas. Esses pontos podem ser eliminatórios em uma entrevista de emprego ou concurso.
Mas as empresas profissionais e verdadeiramente preocupadas com o seu crescimento,
apesar de terem como critério para contratações esses pontos já citados, não perdem a visão
em no seu valor ético e moral. A ética, a humanização e relacionamento interpessoal também
devem ser metas a serem alcançados tanto pelo profissional interessado na vaga oferecida,
quanto ao empregador, já que as empresas dão mais destaque a esses detalhes que fazem
toda diferença no desenvolvimento da empresa. Em contraponto, também existem muitas
empresas, que desenfreadas com o desenvolvimento de novas tecnologias e com interesse em
estar em primeiro lugar na indústria cultural, esquecem de que estão lhe dando com seres
humanos. Ter respeito pelo trabalhador, que também é responsável pelo lucro da empresa,
enquanto pessoa, lhe concedendo dignidade e reconhecimento de seu trabalho, é
humanização. Pensar assim traz resultados bastante positivos. “Possuir uma gestão
organizacional que garanta a participação em ideias e sugestões de todos os colaboradores e
clientes, visando atacar as causas e não permitindo efeito algum. Procurar criar um modelo de
administração, independente do mercado, a fim de garantir uma economia paralela interna que
objetive crescimento e fortalecimento do elo entre os seus colaboradores e os compromissos
com os objetivos da empresa, resultando no atendimento da necessidade do cliente.” (ROMÃO,
2002) A capacidade de implantar a humanidade em sua empresa resulta também na relação
interpessoal, que nada mais é do que saber trabalhar em grupo, ouvir o outro levando em
consideração o que se é proposto, por mais que se diferencie do ponto de vista individual.
COSTA (2002, p.21) concorda com isso e afirma que “os elementos formais (estrutura
administrativa) e informais (relacionamento humano, que emerge das experiências do dia-a-
dia) integram-se para produzir o padrão real de relacionamento humano na organização: como
o trabalho é verdadeiramente executado e quais as regras comportamentais implícitas que
governam os contatos entre as pessoas – esta é a estrutura de contatos e comunicações
humanas a partir da qual os problemas de política de pessoal e de tomada de decisões podem
ser compreendidos e tratados pelos administradores.” E quando a preocupação com a
satisfação e felicidade coletiva do grupo, independente de cargo ou nível dentro da empresa,
se faz presente a ética passa a existir no ambiente profissional. A empresa que não adota o
conceito de ética em suas relações tanto dentro da empresa com seus empregados, quanto
com os seus clientes, está praticamente assinando o atestado de óbito. “A empresa que busca
somente os resultados ou as vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a largo prazo é
uma necessidade de sobrevivência e neste aspecto a ética constitui um fator importante para
os ganhos. Por si só, a ética não é condição para um bom negócio, mas o propicia.” (ZOBOLI,
2002, p.8) E os clientes não são mais tão passivos, eles criticam e exige das empresas um
comportamento mais ético. O acesso a informação, facilitado pelas novas tecnologias,
permitiram aos consumidores conhecer os seus deveres e principalmente os seus direitos. Fica
claro à importância da humanização, da ética e dos relacionamentos interpessoais no âmbito
profissional. Esses três pontos devem ser levados em consideração não só ao que diz respeito
aos consumidores, público-alvo da indústria social, mas também aos trabalhadores.