O documento analisa a qualidade conceitual da Educação Ambiental Empresarial no Brasil (EAEB). Ele propõe indicadores para avaliar se a EAEB descrita em fontes públicas está alinhada com os conceitos da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis preconizados pelo Programa Nacional de Educação Ambiental. A análise encontrou que cerca de 60% dos indicadores sugeridos para a EAEB nas fontes estudadas eram inadequados ou não estavam claros, indicando uma prática deficiente de educação ambiental nas empresas.
1. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
Educação Ambiental Empresarial no Brasil: uma análise exploratória
sobre sua qualidade conceitual.
Alexandre de Gusmão Pedrini1 & Nina Beatriz Bastos Pelliccione2,3
1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (também da Comissão Nacional de Energia Nuclear)
e-mail: pedrini@uerj.br/apedrini@cnen.gov.br
2 - Fundação Municipal de Saúde de Niterói, e-mail: biobia01@yahoo.com.br
3 - Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PGCA) Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ
e-mail: pgca@vm.uff.br
Resumo – A Educação Ambiental Empresarial no Brasil (EAEB) é atividade recente. Incentivada pelo Programa Nacional de
Educação Ambiental (ProNEA) sua qualidade é desconhecida. Foi construída uma proposta para identificá-la, sendo seu
referencial teórico a Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS) prevista pelo Tratado de Educação Ambiental
para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS). Esse tratado está sendo adotado pelas políticas públicas de
vários países como o Brasil, sendo o arcabouço conceitual a base do ProNEA. Foram selecionados seis Indicadores de
Qualidade Conceitual (IQC) da EASS, possíveis de serem identificados na sua prática devendo a EAEB ser: a) emancipatória;
b) transformadora; c) participativa; d) abrangente; e) permanente; f) contextualizadora. As fontes de informação foram a
literatura impressa e páginas virtuais das empresas estudadas e de acesso público. Cerca de 60% dos IQC foram considerados
inadequados ou não informados, evidenciando uma prática de EAEB deficiente, sugerindo um processo equivocado e de
qualidade suspeita. Dificuldades para a caracterização dos IQC nas fontes: a) inexperiência dos redatores dos trabalhos,
essencialmente de eventos em EA; b) segredo pedagógico das empresas de consultoria em EAEB; c) conteúdo temático mal
explicitado; d) omissão intencional de maus resultados; e) uso excessivo de “chavões”; f) segredo empresarial.
Palavras-Chave: Ambiente, Brasil, Educação, Empresa, Qualidade.
Environmental Education in Brazilian Companies: an exploratory analysis on the quality of its concepts.
Abstract – The Environmental Education in Brazilian Companies (EAEB) is a recent activity. Incentivated by the National
Program of Environmental Education (ProNEA) its quality remains unknown. A proposal has been elaborated to identify this
quality using as theoretical fundamentals the Environmental Education for Sustainable Societies (EESS) proposed by the
Treatise on Environmental Education for Sustainable Societies and Global Responsability (TEASS). This treatise is being
adopted by public politics of several countries including Brazil, and is the guiding concept basis of ProNEA. Six Quality
Concpt Indicators (IQC) of EESS have been selected, that can be identified by practice. Thus EAEB must: a) emancipate; b)
transform; c) induce participation; d) be broad; e) permanent; and f) into the context. Data were obtained from printed literature
and from homepages of studied companies and of public domain. Most of IQC’s (c.a. 60%) were considered inadequates or
were not available, thus showing deficient EAEB practice, suggesting an erroneous education process, of doubtful quality.
Difficulties to characterize IQC in the information sources were due to: a) lack of experience of work redaction, mainly in EE
events; b) pedagogic secrets of the consulting companies in EAEB; c) thematic content baldy explained; d) intentional omission
of the bad results; e) excessive use of leitmotiv’s; and f) company confidential informations.
Key-Words: Environmental, Brazil, Education, Company, Quality.
Education Environnementale dans les Entreprises Brésiliennes : une analyse exploratoire de la qualité des concepts.
Résumé – L’Education Environnementale dans les Entreprises Brésiliennes (EAEB) est une activité récente. Incentivée par le
Programe National d’Education Environnementale (ProNEA) sa qualité est méconnue. Une proposition a été élaborée pour
identifier cette qualité em utilisant comme fondement théorique l’Education Environnementale pour les Sociétés Soustenables
(EASS) prévue dans le Traîté de l’Education Environnementale pour les Sociétés Soustenables et la Responsabilité Mondiale
(TEASS). Ce traîté commence à être adopté pour les politiques publiques de divers pays comme le Brésil, étant en plus l’épine
dorsale des concepts de base du ProNEA. On a sélectionné seis Indicateurs de Qualité de Concepts (IQC) de la EASS, qui
peuvent être identifiés dans la pratique. La EAEB doit être: a) emancipatrice; b) transformatrice; c) participative; d) ample; e)
permanente; f) contextualizatrice. Les sources d’information furent la litérature écrite et les pages virtuelles des entreprise à
l’étude et les sites d’accès publique. La majorité (près de 60%) des IQC ont été considérés inadéquats ou non informés, ce qui
révèle une pratique déficiente de l’EAEB et qui sugère un processus erroné, de qualité doûteuse. Les difficultés pour
caractérizer les IQC aux sources furent: a) l’inexpérience des rédacteurs des travaux, surtout de rencontre vouéss à de
l’Education Environnementale; b) le secret pédagogique des entreprises de consulting en EAEB; c) le contenu thémátique mal
explicité; d) l’omission intencionnelle des résultats négatifs; e) l’usage excessif de mots d’ordre; f) le secret de l’entreprise.
Mots-clés: Environnement, Brésil, Education, Entreprises, Qualité.
Preprint 1
2. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
1. INTRODUÇÃO ambiental das empresas. Esse trabalho tem como
objetivo principal propor como verificar se a Educação
A Educação Ambiental (EA) se insurgiu num Ambiental Empresarial do Brasil (EAEB) descrita oem
contexto planetário de crise socioambiental. Ela surge fontes públicas possuem qualidade conceitual.
como alternativa ou complemento a ações fiscaliza-
doras governamentais com o fim de bloquear a 1.1 A Educação Ambiental no Contexto Empresa-
destruição do planeta. Apesar de sua importância como rial Brasileiro
política pública, no Brasil, com a criação da Política Há cerca de cinco milhões de empresas registra-
Nacional de Educação Ambiental (PNEA), em 1995, das no Brasil, sendo que parte expressiva delas são
mesmo com suas contradições, (PEDRINI, 2004) sua potencialmente poluidoras. Mas, apesar de sua imensa
dimensão conceitual tem sido aperfeiçoada desde seu responsabilidade ambiental, segundo Maimon (2003)
aparecimento. A EA até o final do século passado as empresas ainda apresentam questões pendentes,
ainda estava imersa numa confusão conceitual e várias como: a) distinguir metodologicamente a retórica da
propostas estavam em litígio (cf. REIGOTA, 1999; empresa que afirma que implementa sua responsabili-
GUIMARÃES, 2000; LAYRARGUES, 2000; PEDRI- dade ambiental com suas verdadeiras práticas; b)
NI e DE-PAULA, 2002). Assim, pesquisas nessa área compatibilizar a dinâmica de expansão da produção
são importantes, pois se a EA tiver uma conceituação empresarial e de sua venda e a racionalização plane-
equivocada ou ultrapassada suas derivadas atividades/ tária de consumo e utilização das matérias primas
ações poderão ser confusas ou ineficazes, desperdi- mundiais; c) redistribuir, em termos globalizantes, os
çando dinheiro e tempo dos educadores/educandos/ custos ambientais num mundo onde o desenvolvi-
financiadores. mento econômico e social é desigual e onde a
Como contribuição prática aos projetos públicos capacitação empresarial de resposta às questões
em EA no contexto brasileiro Pedrini et al. (2004) ambientais é igualmente variada. Essas questões são
estudaram um projeto desenvolvido numa unidade de realmente muito preocupantes, pois confirmam as
conservação na cidade do Rio de Janeiro, tendo como preocupações de Layrargues (2000) que estudou o
referencial teórico-conceitual a Declaração de Tbilisi. discurso ambiental de uma parcela do empresariado
Seus pressupostos conceituais eram, na ocasião, o refe- brasileiro, mostrando suas incoerências conceituais.
rencial de excelência para aferir qualidade conceitual Portanto, pode-se inferir que ela poderá ter qualidade
nas práticas de EA planetária (GUIMARÃES, 2000). conceitual equivocada se não aderir aos conceitos da
Concluíram que nem todos os indicadores de qualidade EASS adotada pelo ProNEA (2005).
conceitual adotados atendiam ao conceito de EA e A EAEB emergiu em meio a preocupações
sugeriam medidas para atingir esse fim. empresariais, face a respostas demandadas por órgãos
Mas, esse cuidado conceitual deve abranger do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA).
todas as áreas onde a EA tem sido praticada como no Muitas vezes ela tem sido designada erroneamente a
setor empresarial. O Programa Nacional de Educação atividades curtas de treinamento ambiental regular do
Ambiental (ProNEA, versão 2004), segundo BRASIL público interno das empresas ou a ações fragmentadas,
(2005), cuja construção foi levada aos principais efêmeras e desarticuladas para o público do seu
recantos do Brasil e a cerca de 900 educadores é o entorno na forma de: hortas, reciclagem, desfiles,
documento de referência oficial do governo federal caminhadas em trilhas, ações que muitas vezes são
para a implementação da PNEA no Brasil. Ele adota a apenas sensibilizações, ou seja, parte de uma proposta
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis em EA. Em outras vezes as ações são encaradas como
(EASS) constante do Tratado de Educação Ambiental respostas a Termos de Ajustes de Conduta (TAC)
para Sociedades Sustentáveis (TEASS). As caracterís- devido a incidentes, acidentes ambientais ou para a
ticas paradigmáticas da EASS podem ser conhecidas certificação ambiental como a busca pela ISO 14001.
no trabalho de Meira e Sato (2005) quando essa foi Em geral, esses treinamentos são de eficácia/
apresentada em contraposição a Educação Ambiental efetividade conceitual e metodológica questionáveis
para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) que por ausência de referencial teórico-prático conceitual e
oprime países como o Brasil (cf. MEIRA e SATO, metodológico desde sua concepção até a avaliação
2005; PEDRINI e BRITO, 2006). final da atividade.
Assim, torna-se fundamental verificar se as prá- Teoricamente, pode-se supor que a EAEB é
ticas de EA empresariais aderem ao conceito da EASS desenvolvida, essencialmente, no bojo dos processos
e, logo, ao ProNEA, e, portanto, se desenvolvem ativi- de gestão ambiental, tanto para a economia de custos
dades consoantes com uma EA de qualidade, capaz de (AZEVEDO, 2003) como para a obtenção certificada
cumprir seus fins tanto legais como da política da ISO 14001 (SEIFFERT, 2006). Adams (2005) em
2 Preprint
3. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
seu trabalho sobre a EA no contexto produtivo, O construto qualidade é de difícil delimitação de
arrolando 16 empresas brasileiras certificadas com a seus contornos, porém seu conceito está sempre
ISO 14001 verificou que a EAEB não apresentou: a) associado a excelência. Demo (1994) em seu livro
referencial teórico-metodológico nas práticas; b) baixo sobre avaliação qualitativa apresenta algumas
criticismo; c) baixa reflexão nos atos pedagógicos. reflexões importantes para o presente trabalho visto
Sugere, assim, uma EAEB identificada apenas para a que a avaliação da qualidade conceitual pode ser
busca de certificações e prêmios, que nada mais são melhor entendida sob esse prisma. Segundo o autor a
que estratégias de marketing empresarial. realidade social possui dimensões qualitativas, apesar
Braga (1995) apresentou uma tipologia das de, em geral, buscarmos construtos quantitativos para
empresas em relação aos programas de EAEB, sendo determinarmos a qualidade. Isso se deve ao fato de que
elas: a) conservacionistas quando serve para desviar a o tratamento quantitativo pode ser testado, verificado,
atenção de impactos ambientais causados pela em- experimentado e mensurado (portanto facilmente gene-
presa, isto é, alcançar a maquiagem verde, subproduto ralizável, mas, sabemos que os entes de nossa natureza
do marketing empresarial e que revela despreocupação planetária são singulares e assim, não devemos nem
com o meio ambiente por parte da empresa; b) podemos somá-los, determinarmos médias e desvios
legalista quando é realizada com o fim de sensibilizar padrões). Assim, a visão de qualidade será mais
o público externo e a empresa apenas atende a legis- adequada para a percepção desse mundo.
lação socioambiental que a pressiona; c) estratégica A sociedade clama sempre por qualidade e
quando é objeto de preocupação da empresa, mas com sempre a buscamos em nossa vida cotidiana. Apesar da
o fim de buscar certificações, aumentar a produtivi- dificuldade de se avaliar a qualidade em qualquer
dade e melhorar sua imagem pública e, por terem atividade ou produto humano, a ciência continua,
clientes internacionais, têm que adotar uma postura pesquisando modos de determinar qualidade. No con-
pró-ativa, prevenindo a poluição, essencialmente para texto empresarial existem certificações de qualidade
o público interno. Outras tipologias são possíveis como a ISO 9001. Porém, não há preocupação em se
como a proposta por Ribeiro (não publicado) em que buscar, explicitamente, qualidade na EA, tanto pelo
classifica empresas que adotam EAEB que buscam Sistema de Gestão Ambiental como no de Gestão da
certificações como: a) empresa consciente que realiza Qualidade.
EA além do que é necessário para a certificação, A busca pela qualidade na Educação Ambiental
mostrando uma política ambiental avançada; b) empre- não é particularidade do cenário brasileiro. No
sa estratégica em que realiza ações sociais, mas apenas contexto da EA internacional, Hart e Kool (1999) con-
para atender conformidades de certificação; c) empresa tribuíram com um trabalho que se tornou emblemático
míope que não realiza nenhuma ação social. Como no debate da qualidade na EA. Incentivaram a
visto, percebe-se que as tipologias se complementam e comunidade de educadores a aumentar o processo de
mostram que há muito que se investigar no campo. reflexão no assunto, tanto para a certificação como
No campo acadêmico há poucos trabalhos para o estabelecimento de critérios de avaliação da
reflexivos sobre a Educação para a Gestão Ambiental qualidade da EA, exortando os educadores ambientais
Brasileira (EGAB). Layrargues (2000) formulou a expandirem ampla e permanentemente esse debate.
extenso trabalho sobre a EGAB, que se tornou No contexto da educação brasileira há relatos de
emblemático no contexto brasileiro. Nele, apresenta trabalhos de avaliação da qualidade em educação que
limites e contradições da EGAB, expondo a mais poderiam ser deslocados e recontextualizados para a
preocupante delas: a visão antropocêntrica que busca a EA, face à inexistência de trabalhos no campo. Um
qualidade de vida do Homem e não de seu ecossistema desses trabalhos é o de Leste e Vittorio (1996) que
e, assim, excluindo a visão biocêntrica. Nessa buscou identificar os fatores que determinariam a qua-
perspectiva, a qualidade de vida humana pode ser lidade de um serviço prestado no âmbito da Educação.
incluída sem prejuízo da qualidade dos ecossistemas Foram selecionados programas de pós-graduação e de
planetários. No campo de órgãos reguladores e pesquisa em Economia de quatro diferentes entidades
fiscalizadores destaca-se o trabalho de Quintas, Gomes e, que possuíam o mesmo conceito de qualidade
e Uema (2005) que apresentaram um marco conceitual determinado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
e metodológico para a prática da EA no licenciamento Pessoal de Nível Superior (CAPES). Afirmaram,
de empresas, que são os pressupostos conceituais de também, que a mensuração de qualidade no contexto
Tbilisi usados como base para o TEASS. de serviços é bem mais complexa do que em bens,
essas baseadas em percepções de clientes. Concluíram
1.2 A Questão da Qualidade na Educação Ambien- pela necessidade de ser implantado nos cursos um
tal: uma breve reflexão. Programa de Melhoria da Qualidade nos programas
Preprint 3
4. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
(serviços) de pós-graduação, o que também pode ser Está sendo considerado de qualidade o conceito
expandido para a EA. de EA do ProNEA, ou seja, do TEASS. Foi feito um
Na EA sempre se alardeia sobre a necessidade amplo levantamento bibliográfico sobre EAEB, bus-
de ter a qualidade como sinônimo de valor agregado. cando publicações de acesso público à população leiga
A qualidade, segundo Ohayon (1974) não deve se e científica até meados do ano de 2006 e, depois suas
referir apenas à qualidade do produto, mas à qualidade páginas corporativas na Internet, visando a atualização
da concepção, ou seja, à qualidade do conceito do das informações. Foi feito contato prévio com algumas
produto. Mas, métodos com critérios claros e devida- empresas na busca de documentação sobre EAEB, mas
mente fundamentados sobre como se aferir esse tipo de sequer obtivemos resposta. Tal comportamento já tinha
qualidade são raros, tanto no contexto internacional sido obtido por Vieira (2004) quando solicitou a cerca
como no Brasil. A existência de qualidade conceitual, de 400 empresas apoio para sua pesquisa e nenhuma
e, portanto, do restante do processo que deriva de sua empresa sequer a respondeu. Assim optamos por
concepção desponta como questão fundamental tanto informações de acesso público. Os nomes das empre-
na educação como na EA. Desse modo, o tema precisa sas e de suas páginas na Internet foram omitido, pois
ser investigado como problema de pesquisa, pois no desejou-se, tão somente, conhecer o fenômeno concei-
Plano Decenal de Educação (brasileira), segundo Va- tual do seu discurso público, porém sem jamais inferir
lente (2001), há a necessidade de aplicar uma educação sobre a qualidade do processo de EA nas empresas
com qualidade nas suas diferentes dimensões (como a sem um trabalho aprofundado, variando as estratégias
EA). Assim, a comunidade de educadores ambientais metodológicas mais contextuais como entrevistas e
deve contribuir para a criação de critérios e métodos observação participante. Os trabalhos fonte para o
para aferir se as atividades de EAEB apresentam Quadro II foram: Thamm (1997); Bicudo (1998);
qualidade, iniciando-se pelo seu conceito, possibilitan- Lima, Serrão, Mello e Melo (1999); Mello, Serrão,
do estabelecer metas, objetivos e métodos coerentes. Lima, Bicudo, Guerra e Silva (1999); .Camargo,
Na Rede Brasileira de Educação Ambiental Nascimento e Manzatti (2000); Marcante (2000);
(REBEA) há um Grupo de Trabalho (GT) sobre EA e Carvalho, Danciguer e Macarini (2001); Azevedo
empresa, reunindo colegas que atuam nesse contexto (2003); Danciguer (2003); Finimundi e Pasquali
no país. Munhoz (2006) apresentou conclusões desse (2004); Fritzen e Molon (2004); Vieira (2004); Ribeiro
GT, sendo que foi dada forte ênfase a necessidade de (2005); Lima et al. (2006) e Manzatti et al. (2006).
se definir melhores critérios de qualidade para os Foram selecionados e descritos indicadores
serviços de EAEB, o que subentende qualidade mínimos de qualidade conceitual derivados dos
conceitual. princípios norteadores do que deve conceituar uma EA
No campo governamental o IBAMA/RS, de qualidade e que podem ser identificados através de
segundo Mähler e Agnello (2006), vem promovendo ações relatadas teoricamente. Dos princípios do
vistorias em empresas gaúchas sujeitas a licenciamento TEASS (DIAS, 2001) seis indicadores foram usados
ambiental. Uma das premissas do seu importante como categoria de análise, sendo propostos para
trabalho é o de dar qualidade aos programas de EAEB, representar uma proposta de qualidade conceitual da
dialogando com os empresários. Nesse diálogo perma- EASS para a EAEB. Os indicadores e sua descrição
nente buscam entre outras demandas criar procedi- estão relacionados no Quadro I.
mentos que possibilitem às empresas alcançarem a O Quadro II foi formulado para verificar se os
concepção de EA constantes do ProNEA. Esse relato é indicadores estavam contemplados nas atividades
encorajador, pois deverá implementar uma busca dos empresariais descritas nas fontes de informação
empresários em dar qualidade conceitual a EAEB. obtidas. Foram incluídos a) resumos expandidos; b)
Enfim, o presente trabalho não pretende ser trabalhos completos de eventos; c) artigos de
exaustivo nem arrolar ou promover uma problemati- periódicos; d) dissertações de mestrado; e) publicações
zação completa, mas, tão somente, mostrar a importân- em geral; f) páginas na Internet acessadas em
cia da EAEB ter qualidade conceitual. Além disso, 05.09.2006.
propor uma estratégia metodológica qualitativa útil e Foi adotada a Análise de Conteúdo, segundo
prática de identificação da qualidade conceitual das Bardin (1987), para se coletar as informações dos
práticas de EAEB para uso por tomadores de decisão documentos (publicações e páginas corporativas digi-
tanto governamentais como empresariais, tendo por tais de EAEB). Foi respeitada a liberdade dos autores
base documentos de acesso público, tanto impressos quanto à escolha de variadas estratégias metodológicas
como digitais. adotadas para suas realizar atividades, em função das
características e limitações contextuais das empresas.
2. METODOLOGIA As informações são relativas a empresas potencial-
4 Preprint
5. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
Quadro I. Indicadores de Qualidade Conceitual (IQC) e sua descrição
(não há hierarquização na relação dos seis indicadores).
IQC Descrição do indicador
Capaz de possibilitar indivíduo/coletividade a adquirirem conhecimento,
1. EA emancipatória valores, habilidades, experiências e a determinação para o cidadão
resolver problemas ambientais;
Capaz de possibilitar a mudança de atitudes para o desenvolvimento de
2. EA transformadora
sociedades sustentáveis;
3. EA participativa Capaz de estimular a participação em mobilizações coletivas;
Capaz de envolver a totalidade dos grupos sociais (públicos internos e
4. EA abrangente
externos);
5. EA permanente Capaz de ser uma atividade continuada
Capaz de agir diretamente na realidade da coletividade e por ela alcançar
6. EA contextualizadora
a dimensão planetária.
Quadro II. Indicadores de Qualidade Conceitual (IQC) da EASS em Atividades de Educação
Ambiental Empresarial Brasileira, disponíveis em fontes de informação de acesso público
(literatura publicada e páginas corporativas na Internet) e sua adequabilidade conceitual.
Indicadores de Qualidade Conceitual
Relatos sobre práticas de Educação
Ambiental Empresarial do Brasil 1 2 3 4 5 6
Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad
1. Industria de Alumínio X X X X X X
2. Industria Siderúrgica (1) X X X X X X
3. Industria Açucareira X X X X X X
4.Industria Petroquímica X X X X X X
5. Industria de Produtos de Consumo X X X X X X
6. Industria de Petróleo (1) X X X X X X
7. Industria Siderúrgica (2) X X X X X X
8. Industria de Petróleo (2) X X X X X X
9. Industria Florestal X X X X X X
10. Industria de Fundição X X X X X X
11. Industria de Celulose e Papel X X X X X X
12. Industria de Cimento X X X X X X
13. Industria de Transporte de Petróleo X X X X X X
Total 1 7 5 5 4 4 7 3 3 1 5 7 2 3 8 4 7 2
Legenda: Ni: Não Informado; In: Qualidade Inadequada; Ad: Qualidade Adequada.
mente poluidoras, sendo excluídas empresas de ensino presente pesquisa que buscou identificar e analisar as
ou bancárias, por exemplo, que também foram muito informações recuperadas do caos informacional em
restritas. A análise detalhada por cada empresa consta que vive a sociedade pós-moderna, tanto no meio
dos protocolos da presente pesquisa. digital como impresso.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O Quadro II apresenta os Indicadores de
Qualidade Conceitual (IQC) da EASS em Atividades
São poucas as informações sobre EAEB disponí- de Educação Ambiental Empresarial e sua adequa-
veis publicamente. Mas, estas possibilitaram realizar a bilidade conceitual.
Preprint 5
6. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
Quadro III. Resultados mais freqüentes dos Indicadores de Qualidade Conceitual (IQC) de EAEB
empresas potencialmente poluidoras incluídas nesse estudo.
IQC Comentários sobre os resultados encontrados
Maioria absoluta inadequada pois não apresentou pretensão de buscar novos
1. EA emancipatória hábitos, atitudes e posturas para solução de problemas socioambientais no
seu contexto.
Maioria absoluta não informada ou inadequada o que é grave, pois mudar
2. EA transformadora hábitos e condutas é um pressuposto essencial, reforçando que as atividades
foram essencialmente sensibilizadoras, portanto insuficientes.
Maioria absoluta não informada o que é igualmente preocupante, pois uma das
3. EA participativa
formas de se reivindicar socialmente é forjar mobilizações coletivas.
A empresa atuava apenas ora com seus funcionários ora só com a comunidade
do entorno. Em geral, a EA para o público interno foi treinamento
4. EA abrangente
corporativo com baixa carga horária e com o público externo, apenas visitas,
palestras e atividades festivas.
Maioria absoluta adequada o que sugere que as empresas entendem que a EA
5. EA permanente
tem que ser continuada
Maioria absoluta inadequada, pois a maioria das práticas geralmente apresentou
6. EA contextualizadora atividades relacionadas ao cotidiano, porém sem fazer a conexão com o
planeta.
Os resultados apresentados no Quadro II mos- de Conceitual de EAEB nas empresas potencialmente
tram maioria absoluta (63% dos IQC), de conceitos poluidoras incluídas nesse estudo.
não informados ou inadequados. No primeiro caso O Quadro II mostrou que apenas o IQC referente
poderiam ser motivados por: a) conteúdo dos trabalhos a EA permanente foi adequado e assim ainda há muito
mal explicitados; b) preferência dos autores em apolo- o que se aperfeiçoar conceitualmente para que a EAEB
gizar “chavões”; c) omissão proposital de resultados tenha qualidade conceitual e assim seja verdadeira-
ruins; d) priorização em mostrar as estratégias mente uma EASS.
metodológicas em detrimento de apresentar seus
resultados; d) informações serem segredo empresarial; As atividades que poderiam evidenciar se os
e) os autores inexperientes em redação científica IQC foram contemplados variaram muito metodologi-
(relatos confusos). No segundo caso, poderia ser pela camente. Os trabalhos relataram diferentes estratégias
falta de referencial teórico metodológico como Adams metodológicas, em suas atividades, primando por
(2005) sugeriu no seu trabalho ou descuido/ ações lúdicas como jogos, danças, teatralização, etc.
desinteresse empresarial ou incapacidade técnica (por Essas estratégias mantêm os interessados animados,
exemplo: Termos de Referência Inadequados) política mas sua avaliação de desempenho é muito complexa.
(por exemplo: inabilidade de negociação entre os Dentre os trabalhos vale ressaltar uma metodologia
atores envolvidos) dos órgãos ambientais. original intitulada “Modelo de 5 fases” (RIBEIRO,
No entanto, 37 % dos IQC foram adequados na 2005) que foi detalhadamente descrita e aplicada na
sua qualidade conceitual, sendo que basicamente isso empresa açucareira Corona de São Paulo. Ela se baseia
ocorreu em duas empresas cuja empresa consultora em essencialmente em emoções, dentre elas o Amor, senti-
EAEB foi a mesma, mostrando que já é possível se mento este, muito propagado na Educação, mas pouco
alcançar qualidade conceitual da EA no Brasil. Porém, aplicada e relatada no seio tanto empresarial como
seria interessante que os órgãos ambientais fiscalizas- acadêmico da Educação Ambiental. Outra observação
sem as consultoras, exigindo delas, talvez, uma na análise das fontes, foi a adoção indiscriminada de
certificação de qualidade em EA, visando haver um termos que possuem variadas concepções, segundo a
mínimo de qualidade nessas empresas que vendem corrente psicológica, pedagógica ou epistemológica
seus serviços a empresas potencialmente poluidoras.. seguida, como capacitar, educar, comunicar, treinar,
No Quadro III são apresentados comentários dos etc foram utilizados sem menção ao seu referencial
resultados mais freqüentes dos Indicadores de Qualida- teórico, podendo ter significados diferentes.
6 Preprint
7. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
4. CONCLUSÃO e RECOMENDAÇÕES considerada, pois atualmente consiste apenas em: a)
competências; b) treinamento; c) conscientização.
Para se conhecer adequadamente as atividades Também é necessária a definição de uma carga horária
em EAEB, é necessária a realização de estudos de mínima (40 h/aula) para os cursos tal como está sendo
casos aprofundados, por empresa, abrangendo uma apresentado pelo IBAMA para licenciamento de em-
triangulação de estratégias metodológicas, priorizando presas (o Grupo de Trabalho em EA Empresarial da
uma confrontação entre discurso e prática empresarial Rede Brasileira de Educação Ambiental –REBEA-
(análise documental/entrevista x observação partici- deve participar dessa reformulação).
pante, por exemplo). Um periódico apresentando casos, exitosos ou
As dificuldades metodológicas no planejamento, não, e com fundamentação teórica, mas sem engessa-
execução e avaliação da EAEB podem ser minimi- mento metodológico deveria ser criado para difundir e
zadas por um urgente aperfeiçoamento profissional dos debater as experiências acumuladas nessa área. Igual-
educadores ambientais empresariais tanto em metodo- mente os eventos com anais de trabalhos completos,
logia científica como na teoria/prática conceitual do deveriam ser estimulados pelos governos, possibili-
ProNEA e da EASS. tando que a gama de interessados na EAEB (empre-
A baixa qualidade conceitual da EAEB não deve sários, educadores, estudantes, governos, movimentos
ser atribuída apenas ao consultor externo da EAEB, ecológicos, parlamentares, etc) possam participar e
pois, na maioria das vezes ele é contratado para avaliar coletivamente os impactos da EAEB na
exercer um trabalho, do qual, não pode aperfeiçoar melhoria da qualidade ambiental brasileira.
(por exemplo, nem sempre a empresa quer realizar EA
abrangendo os públicos internos e externos, concomi- 5. REFERÊNCIAS
tantemente); assim deveria haver Termos de Refe-
rência com uma base conceitual minimamente ADAMS BG. 2005. Um olhar pedagógico sobre a
padronizada e identificada com o ProNEA. A impres- Educação Ambiental nas empresas. Monografia de
são é a de que há empresas tão-somente interessadas Bacharelado em Pedagogia, Centro Universitário
em ficarem livres da exigência de EA imposta pelo Feevale, Novo Hamburgo, 72p.
órgão ambiental. Uma EA emancipatória jamais será AZEVEDO AA 2003. Avaliando um Programa de
realizada por exclusiva pressão e sem prévia Educação Ambiental em uma empresa do setor
negociação entre as partes envolvidas. siderúrgico: características e possibilidades desse
A maioria dos textos apresentou-se com má instrumento de gestão. 122p. Dissertação (Mestrado
redação, e por muitas vezes, era impossível identificar em Economia) – Departamento de Economia,
o que o autor desejava expressar. Como a maioria dos Universidade de Brasília. Brasília.
relatos foram trabalhos de eventos, sugere-se um maior BARDIN L. 1995. Análise de Conteúdo. Lisboa:
cuidado metodológico dos seus organizadores, cum- Edições 70, 225p +Índice
prindo o seu papel de filtro científico pela avaliação de BICUDO OS, ALVES RG & LIMA, JLA. 1998.
pares, tal como, em revistas científicas. Programa Interagir de Educação Ambiental da
A quase ausência de relatos públicos detalhados Companhia Siderúrgica de Tubarão. In: MATA, SF
sobre as práticas de EAEB impediu o escrutínio tanto et al. (Orgs.) Educação Ambiental; desafio do
dos pesquisadores dessa área como para candidatos a século: um apelo ético. Rio de Janeiro: Terceiro
educadores ambientais empresariais, podendo fazer Milênio, p.22-25.
com que reinventem os processos realizados por BRAGA T. 1995. Educação Ambiental, Economia
educadores na EAEB. Assim, deveria ser estimulado Internacional e Gestão Empresarial. In: SORREN-
por parte dos órgãos licenciadores brasileiros como o TINO M, TRAJBER R & BRAGA T (Orgs.)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) a Cadernos do III Fórum de Educação Ambiental .
exigir publicidade da EAEB com o fim de avaliar se São Paulo, Gaia.
de fato ela tem sido efetiva e eficaz. BRASIL 2005. Programa Nacional de Educação
Os governos que licenciam atividades potencial- Ambienta l- ProNEA. Brasília, MMA/DEA, 102p.
mente poluidoras poderiam criemar uma certificação CAMARGO FRA, NASCIMENTO MI & MANZAT-
obrigatória em EAEB ou passarem a participar das TI L.2000. Programa de Educação Ambiental em
certificações da série ISO 14000 junto com a empresa uma fábrica de Celulose e Papel. In: PHILIPPE A
certificadora independente, incluindo nela não só a & FOCESI MC. Educação Ambiental: desenvol-
qualidade conceitual como metodológica. vimento de cursos e projetos. São Paulo: USP/
É importante que na próxima revisão da ISO Signus, p.304-309.
14001 seja modificado o subsistema em que a EAEB é CARVALHO EDR, DANCIGUER L, MACARINI
Preprint 7
8. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
SO. 2001. GAIA e os Programas de Educação para CAVALCANTI C (Org.) Desenvolvimento e natu-
o Meio Ambiente, Segurança e Saúde: Os casos da reza: Estudos para uma sociedade sustentável. 4
PETROBRAS e da Belgo Mineira. In: DE ROURE ed. São Paulo, Cortez/Recife, Fundação Joaquim
M & PADUA SM (Org.) Empreendedores sociais Nabuco, p.319-416.
em ação. São Paulo, Instituto de Pesquisas MÄHLER LG & AGNELLO LFS. 2006. Educação
Ecológicas (SP), p.149-158. Ambiental no licenciamento ambiental federal. In:
DANCIGUER L. 2003. Programa de Educação CONGRESSO IBEROAMERICANO DE EDUCA-
Ambiental e Responsabilidade Social – o caso da ÇÃO AMBIENTAL, 5, Anais, Joinville, Santa
Companhia TRANSPETRO/SUL e as comunidades Catarina, abril.
próximas. SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE MANZATTI L. et al. 2006. Educação Ambiental junto
EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2, anais, 7-12 de a uma comunidade no entorno de uma empresa de
dezembro de 2003, 6 p. CD-ROM. Celulose e Papel. In: CONGRESSO IBERO-
DEMO P. 1994. Avaliação Qualitativa; polêmicas do AMERICANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 5,
nosso tempo. 4 ed. Campinas, Autores Associados, Anais, Joinville, Santa Catarina, abril.
110p. MARCANTE P. 2000. Visão de Educação Ambiental
DIAS GF. 2001. Educação Ambiental; princípios e numa Empresa. In: PHILIPPE A & FOCESI MC.
práticas. 534p. São Paulo: Global. Educação Ambiental: desenvolvimento de cursos e
FINIMUNDI MF & PASQUALI E. 2004. O futuro da projetos São Paulo, EDUSP/Signa, p.117-119.
comunidade através da indústria. In: SIMPOSIO MEIRA P & SATO M. 2005. Só os peixes mortos não
GAÚCHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 3, conseguem nadar contra a natureza. Revista de
Anais, 4-7 de outubro de URI, Erechim, RS, 8 p. Educação Pública, v.14, n.25, p.17-31.
CD-ROM. MELLO MGS, SERRÃO MA, LIMA JL, BICUDO P,
FRITZEN FM & MOLON SI. 2004. Responsabili- GUERRA MF & SILVA CAA. 1999. Educação
dade e Educação Ambiental: um estudo de caso na Ambiental como Instrumento de Gestão Ambiental:
Refinaria de petróleo Ipiranga S.A, Rio Grande, O Exemplo da Companhia Siderúrgica de Tubarão
RS. In: SIMPOSIO GAÚCHO DE EDUCAÇÃO – CST. In: ENCONTRO DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL, 3, Anais, 4-7 de outubro de 2004, AMBIENTAL DO ESTADO DO RIO DE
URI, Erechim, RS, 10 p. CD-ROM. JANEIRO, 6, Anais, 26-29 de julho de 1999, Rio
GUIMARÃES M. 2000. Educação Ambiental; no de Janeiro, p. 42-48.
consenso um embate. Campinas, Papirus, 94p. MUNHOZ DEA. 2006. Educação Ambiental e
HART P & KOOL R. 1999. Starting Points: Questions Empresas: alguns resultados dos encontros dos
pf Quality in Environmental Education. Canadian Grupos de Trabalho brasileiro. In: CONGRESSO
Journal of Environmental Education, n.4, p.104- IBEROAMERICANO DE EDUCAÇÃO AM-
124. BIENTAL, 5, Joinville, Anais,Santa Catarina, abril.
LAYRARGUES PP. 2000. Ideology and the environ- OHAYON P. 1984. Critério e bloqueios para avalia-
ment: Business leaders adopt a strategy of ção de projetos de P&D: estudo exploratório.
environmental discourse regarding ISO 14000. 1983. 368p. Dissertação (Mestrado em Administra-
Ciência e Cultura, v.52, n.3, p.148-153. ção) – Faculdade de Economia e Administração,
LÉSTE MR & VITTORIO W. 1999. Aplicação de Universidade de São Paulo. São Paulo, 1984.
Modelo para Avaliação da Qualidade em Educação: PEDRINI AG. 2004. The National Public Policies with
o caso de Programas de Pós-Graduação e pesquisa Environmental Education in Brazil: Evolutions and
em Economia. ENSAIO: Avaliação e Políticas Perspectives. In: AZEITEIRO U et al. (Orgs)
Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v.4, p.149- World Trends in Environmental Education. Peter
157. Lang Editors, p. 115-122.
LIMA JLA et al. 2006. Dinamizando a Gestão PEDRINI AG & BRITO MIM. 2006. Educação
Ambiental. Rio de Janeiro, PETROBRÁS, 143p. Ambiental para o desenvolvimento ou sociedade
LIMA JLA, SERRÃO MA, MELLO MG & MELO sustentável?Uma breve reflexão para a América
RA. 1999. Programas de Educação Ambiental no Latina. Educação Ambiental em Ação, n.17, 20p.
setor produtivo: o exemplo da Companhia PEDRINI AG & DE-PAULA JC. Educação
Siderúrgica de Tubarão– CST, Espírito Santo. In: Ambiental: Críticas e Propostas.In: PEDRINI AG
MATA SF et al. (Orgs), Educação Ambiental, Rio (Org.) 2002. Educação Ambiental: Reflexões e
de Janeiro: MZ Editora, p.205-210. Práticas Contemporâneas. Petrópolis, Vozes, 5 ed.,
MAIMON D 2004. Responsabilidade ambiental das p.88-104.
empresas brasileiras: realidade ou discurso. In: PEDRINI AG, SANTOS AG & SANCHEZ C. Análise
8 Preprint
9. Mundo & Vida vol. 8 (1) 2007
conceitual de Projetos em Educação Ambiental TAL, 1997, Cadernos, p.112-122.
no Brasil. Estudo de caso: Projeto Alunos SATO M. 1999. Educação Ambiental. São Carlos:
Guardiões da Orla. In: World Environmental RiMa.
Education Congress, 2, annals, 16-18 de setembro SEIFFERT MEB. 2006. 2 ed. ISO 14001; Sistemas de
de 2004, Rio de Janeiro, 7p. Gestão Ambiental; implantação objetiva e econômi-
QUINTAS J, GOMES PM & UEMA EE 2005. ca. São Paulo: Atlas.258 p,
Pensando e praticando a Educação no Processo da THAMM CA. 1997. Educação Ambiental nas
Gestão Ambiental: Uma construção pedagógica e empresas: uma nova proposta de trabalho. In:
metodológica para a prática da Educação Ambien- PADUA SM & TABANEZ MF (Orgs). Educação
tal no licenciamento. Brasília: MMA/IBAMA, 46p. Ambiental; caminhos trilhados no Brasil. Instituto
REIGOTA M. 1999. A Floresta e a Escola; por uma de Pesquisas Ecológicas (SP), p. 247-256.
educação ambiental pós-moderna. São Paulo: VALENTE I. 2001.Plano Nacional de Educação. Rio
Cortez, 94p. de Janeiro: DP&A, 190 p.
RIBEIRO IC. 2005. Educação Ambiental de Corpo e VIEIRA LRS. 2004. Metodologia de Educação Am-
Alma; trabalhando sentimentos e valores numa biental para indústria. São Carlos:Santaclara, 143p.
experiência com Agenda 21 Escolar. São Paulo:
Corona, 185 p. Agradecimentos
RIBEIRO IC. 2006. Educação Ambiental no ambiente À pós-doutora Ivana Ribeiro – especialista em
empresarial; um caminho para a Responsabilidade Educação Ambiental Empresarial – e à Profa. Dra.
Social. In: PEDRINI AG (Org.) Metodologia em Mari Elizabeth Seiffert – especialista em Gestão
Educação Ambiental; em caminho das pedras. Ambiental Empresarial – pela leitura crítica do texto.
Submetido. Ao amigo Jalton Gil Torres Pinho da CNEN pela
SAMPAIO MR. 1997. Educação Ambiental nas revisão desse texto. Ao Centro de Informações
organizações produtivas. In: FÓRUM DE Nucleares (CIN) da CNEN pela competência na
EDUCAÇÂO AMBIENTAL/I ENCONTRO DA recuperação de parte expressiva da literatura citada
REDE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO AMBIEN- nesse trabalho.
Preprint 9