O documento discute descargas parciais em três partes. A primeira parte trata da teoria, representação e classificação de descargas parciais. A segunda parte aborda procedimentos de medição de descargas parciais. A terceira parte apresenta casos exemplares de descargas parciais.
2. DP - CONCEITOS
• Parte I: Teoria, representação e classificação
de Descargas Parciais
• Parte II: Procedimentos de medições de
Descargas Parciais
• Parte III: Casos Exemplos
DESCARGASPARCIAIS-CONCEITOS
EAPLICAÇÕES
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3. Parte I: Teoria, representação e
classificação de Descargas
Parciais
Motivação
Definições de DP
Classificação da DP
Condições para ocorrência das DP’s internas
Padrões de DP
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4. MOTIVAÇÃO
• A confiabilidade de um sistema de suprimento de
energia elétrica tem reflexos econômicos e sociais na
região suprida.
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“ A confiabilidade de um item corresponde à sua
probabilidade de desempenhar adequadamente seu
propósito especificado, por um determinado período de
tempo e sob condições ambientais predeterminadas.”
(Leemis, 1995)
5. MOTIVAÇÃO
• A isolação elétrica em equipamentos de alta tensão
tem como função primária:
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A função básica da isolação é confinar o campo elétrico gerado
pela tensão aplicada ao condutor no seu interior.
Minimizar o fluxo de corrente entre condutores submetidos a
diferenciais de potencial elétrico, suportando o campo elétrico
resultante.
Deve, ainda, apresentar propriedades mecânicas, térmicas e
químicas apropriadas ao cumprimento de sua função.
6. MOTIVAÇÃO
• A maioria dos materiais isolantes quando
submetidos a campo elétrico de alto
gradiente podem gerar descargas
internas que provocam a “erosão” de
suas propriedades resultando então em
uma descarga total para a terra e
consequente falha do isolamento do
sistema.
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7. MOTIVAÇÃO
• As medições de Descargas de Parciais (PD - do inglês
Partial Discharges) são testes realizados em
diferentes tipos de equipamentos elétricos, como
cabos, geradores, motores, a fim de avaliar o estado
do sistema isolante.
• Estas medições permitem detectar a presença de
defeitos devidos tanto a um processo de degradação
como a imperfeições na fabricação do sistema
isolante.
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8. DEFINIÇÕES DE DP
NBR 7294 – Fios e cabos elétricos – Ensaios de descargas parciais
“Descarga elétrica cuja trajetória atravessa somente uma parte
do intervalo isolante entre condutores. Estas descargas podem
ou não ocorrer adjacentes a um condutor”
NBR 6940/1981 - Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Medição de
descargas parciais
“Descarga elétrica que curto circuita parte da isolação entre dois
eletrodos. Estas descargas podem ou não ocorrer adjacentes ao
eletrodo, ou a outra parte da isolação”
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9. DEFINIÇÕES DE DP
IEC 60270 - High-voltage test techniques – Partial discharge measurements
“Uma Descarga Parcial (DP) é caracterizada como uma
descarga elétrica de pequena intensidade que ocorre em uma
região de imperfeição de um meio dielétrico sujeita a um campo
elétrico onde o caminho formado pela descarga não une as
duas extremidades dessa região de forma completa.”
Kreuger, 1989 - Partial Discharge Detection in HV Equipament
“A descarga parcial é uma descarga elétrica que ocorre em uma
região do espaço sujeita a um campo elétrico, cujo caminho
condutor formado pela descarga não une os dois eletrodos de
forma completa”
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10. DEFINIÇÕES DE DP
• “Quando uma tensão é aplicada aos terminais de um equipamento
elétrico que possui isolamento elétrico (dielétricos - ar, SF6, óleo
isolante, fenolite, resinas, vidros, etc.) entre as partes energizadas,
irão ocorrer descargas em parte desse dielétrico.”
(ftp://ftp.cepel.br/upload/Curso_Descargas_Parciais/Mesclas/Artigos/Descargas%20Parciais.pdElétricas.
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11. DEFINIÇÕES DE DP
Em condições reais de operação, a isolação pode estar sujeita a diversos tipos de
stress a saber:
Elétricos ( Tensão e frequência de operação);
Térmicos(temperatura e gradiente de operação);
Mecânicos (vibrações e torções);
Ambiental (umidade e contaminação).
“A ocorrência contínua destas descargas, quando sob estresse, leva a
progressiva deterioração das propriedades físicas dos materiais isolantes
podendo vir, em última instância, a causar a falha do equipamento por ruptura
dielétrica.” (Silva G. C; “Descargas Parciais Estimuladas Por Raios-x Contínuo E Pulsado Em Materiais Dielétricos:
Similaridades E Diferenças.”)
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Estas condições, agindo de forma isolada ou combinada,
levam a degradação e, em última instância, a ruptura de
isolação.
12. DEFINIÇÕES DE DP
“A ocorrência de uma descarga depende da existência de cargas livres numa
determinada região do espaço e um campo elétrico intenso o suficiente para
acelerar as cargas livres para iniciar um processo de avalanche.” ( Júnior S.R. “Análise da
ruptura dielétrica em materiais isolantes elétricos de cabos isolados XLPE e EPR por tomografia 2D e 3D)
“O fenômeno de descargas parciais decorre de uma avalanche de elétrons
provocada pelo processo de ionização dos átomos que compõem um material
isolante.” ( Faier J.M.“- Curvas principais aplicadas na identificação de descargas parciais em equipamentos de potência)
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13. INFERÊNCIAS À DP
• As DP’s em um isolante são o primeiro sintoma de que
alguma anomalia está ocorrendo no material e por
consequência a sua identificação permite, com
antecedência, preverem-se possíveis falhas futuras.
• O fenômeno das DP’S está baseado no principio de que a
maioria dos materiais isolantes possui micro-cavidades,
seja por sua estrutura intrínseca, seja por sua
manipulação durante o processo de fabricação.
• Estas medições permitem detectar a presença de
defeitos devidos tanto a um processo de degradação
como a imperfeições na fabricação do sistema isolante.
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15. CLASSIFICAÇÃO DE DP
“As descargas parciais podem ser classificadas em três
categorias de acordo com a sua origem: descarga superficial,
descarga corona e descarga interna .” (MASON, H. M. Enhancing the Significance of PD
Measurements. IEEE TDEI, v. 2, n. 5, p.876-888, Oct. 1995. )
Descargas Parciais
DESCARGA CORONA :
descarga ocorrendo em
torno de pontas agudas e
extremidades de eletrodos
DESCARGA SUPERFICIAL :
descarga ocorrendo na
superfície de um isolante
DESCARGA INTERNA :
descarga ocorrendo em
inclusões ou cavidades
dentro do isolante
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16. CLASSIFICAÇÃO DE DP
DESCARGA SUPERFICIAL : descarga ocorrendo
na superfície de um isolante
• Descargas superficiais ocorrem em gases ou
líquidos na superfície de um material
dielétrico, normalmente partindo do
eletrodo para a superfície. Quando a
componente de campo elétrico que
tangencia a superfície excede um certo
valor crítico o processo de descarga
superficial é iniciado [GULSKI, 1995a].
• Este tipo de descarga normalmente ocorre
em cabos protegidos e terminações de
cabos isolados, em saias de isoladores e no
sistema de alívio de barras de geradores
[KREUGER, 1989].
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17. CLASSIFICAÇÃO DE DP
DESCARGA SUPERFICIAL : descarga ocorrendo
na superfície de um isolante
• Descargas superficiais ocasionam alterações na superfície do dielétrico,
iniciando caminhos condutores que se propagam ao longo da direção do
campo elétrico. Este fenômeno, conhecido como trilhamento, pode levar à
ruptura completa da isolação [MASON, 1995].
Padrão de trilhamento típico, com diferentes percentuais de sílica nanométrica - fonte: du, zhang, et al. (2010)
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18. CLASSIFICAÇÃO DE DP
DESCARGA CORONA : descarga ocorrendo em
torno de pontas agudas e extremidades de
eletrodos
• Descargas corona ocorrem em gases a
partir de pontas agudas em eletrodos
metálicos. Estes pontos concentradores de
estresse, ou seja, partes com pequenos
raios de curvatura, formam regiões nas
vizinhanças do condutor com campo
elétrico elevado, o qual ultrapassa o valor
de ruptura do gás, dando origem a
ocorrência de descargas parciais [KREUGER,
1989].
• Descargas corona no ar geram ozônio, o
qual pode causar o fissuramento da
isolação polimérica. Óxidos de nitrogênio
combinados com vapor de água podem
corroer metais e formar depósitos
condutores na isolação promovendo o
trilhamento do material [MASON, 1995].
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19. CLASSIFICAÇÃO DE DP
DESCARGA INTERNA : descarga ocorrendo em
inclusões ou cavidades dentro do isolante
• Descargas internas ocorrem em
inclusões de baixa rigidez dielétrica,
geralmente vazios preenchidos com
gás, presentes em materiais
dielétricos sólidos utilizados em
sistemas de isolação de alta tensão
[KREUGER,1989].
• A formação de vazios na estrutura
de materiais poliméricos pode ser
devida a causas distintas,
dependendo da natureza do
material e do processo de
fabricação.
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20. CLASSIFICAÇÃO DE DP
DESCARGA INTERNA : Um tipo particular de
descargas internas são as descargas que
ocorrem em arborescências elétricas.
• A arborescência elétrica é um fenômeno de pré-ruptura que ocorre no
interior da isolação de equipamentos elétricos, tais como cabos de
potência isolados, tendo sua origem devido à ocorrência contínua de
descargas parciais internas em vazios ou a partir de uma falha no eletrodo
[KREUGER, 1989, DISSADO, 1992].
Cabos subterrâneos de média tensão de alta performance em ambientes com grande presença de água - Márcio T. Alves, DOW Brasil - End
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21. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Para uma descarga parcial ocorrer em um vazio
preenchido com gás duas condições devem ser
satisfeitas:
Uma condição necessária, mas não suficiente, é que o campo elétrico
no interior do vazio, i.e. o campo elétrico local (El), deve ser igual ou
superior a um campo mínimo de ruptura (Er), determinando assim o
campo de início de ocorrência das descargas (Ei) [BOGGS, 1990,
FUJIMOTO, 1992, MORSHUIS, 1993 e 1995].
Além disto, deve existir um campo residual ou campo de extinção (Ee),
abaixo do qual a atividade da descarga cessa [NIEMEYER, 1991].
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22. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Descargas Parciais internas em tensão alternada
(www.eletrica.ufpr.br/piazza/ensaios/meddp1.pdf):
No circuito da figura, a capacitância da cavidade é representada por c e a
capacitância do material isolante em série por b. O resto do material é representado
pela capacitância a.
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23. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Descargas Parciais internas em tensão alternada
(www.eletrica.ufpr.br/piazza/ensaios/meddp1.pdf):
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24. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Algoritmo:
• Um elétron livre deve estar disponível
no gás no interior da cavidade;
• O campo elétrico interno 𝒇𝑬 𝟎, excede
o campo de início de descarga, 𝑬𝒊𝒏𝒄. ;
• O elétron livre, acelerado pelo campo
elétrico, pode desencadear uma
avalanche eletrônica (DP);
• Um campo mínimo é requerido para
sustentar a avalanche;
• A DP cessa quando o campo interno,
𝑬𝒊 é igual ao chamado campo
residual, 𝑬 𝒓𝒆𝒔.
Baseado em: C.S. Guilherme - “Descargas parciais estimuladas por raios-x contínuo e pulsado em materiais dielétricos: similaridades e
diferenças.”
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24Em outras palavras, a DP se extingue quando o campo local,
𝑬 𝒒, tem intensidade suficiente para interromper a avalanche.
25. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Técnicas de medida:
• Uma técnica de medida, que tem gerado diversas publicações recentes,
consiste na análise das distribuições estatísticas das ocorrências das
descargas em função da:
Ângulo de fase (em relação a alimentação AC)
Amplitude (mV ou pC)
• Alguns trabalhos mostram a correlação entre parâmetros estatísticos
dessas distribuições e estágios de envelhecimento do material até a sua
ruptura dielétrica.
• Cada descarga parcial é registrada com sua amplitude e ângulo de fase em
relação à tensão aplicada na amostra
• Com o conjunto de dados acumulados durante o período de medição, o
qual corresponde a um número inteiro de períodos da tensão aplicada,
obtém-se uma distribuição que fornece a relação entre o número de
ocorrências (n), a magnitude (q) e o ângulo de fase (φ) de um evento de
descarga parcial.
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26. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Técnicas de medida:
Exemplo de um padrão de descarga
parcial interna obtida através da
aplicação simultânea de estresse
elétrico e raios-X em uma amostra
de epóxi com vazio esférico e suas
distribuições abaixo.
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27. CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA
• Técnicas de medida :
As distribuições têm sido aplicadas tanto para:
Reconhecimento de defeitos geradores de descargas parciais e diagnóstico
de envelhecimento de sistemas de isolação [GULSKI, 1992, 1993, 1995 a, b
e c, KREUGER, 1993, KRIVDA, 1995a e b, CHAMPION, 1995, HUDON, 1995,
MONTANARI, 1995 e 2000, LALITHA, 1998 e 2000, BOZZO, 1995 e 1998,
CONTIN, 1998 e 2000]
Monitoramento em linha da evolução das descargas parciais em sistemas
de isolação de grandes geradores [KIM, 1992, STONE, 1992 e 1995, WANG,
1998, ZHENYLAN, 1998, ZONDERVAN, 2000], transformadores [FUHR,
1993], sistemas isolados a gás [GULSKI, 1993, MEIJER, 1998] e cabos de
potência [BORSI, 1992, AHMED, 1998].
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28. PADRÕES DE DP’s
DP Corona
• Marcadamente assimétrica,
geralmente unipolar
• Alta taxa de repetição
• Amplitudes da DP com quase
nenhuma dispersão (níveis min e
max de DP quase idênticos)
• Afetada pelas condições
ambientais, particularmente pela
velocidade do vento
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29. PADRÕES DE DP’s
DP superficial
• Na maioria dos casos simétrica,
porém assimetrias também são
possíveis
• Amplitudes de DP apresentam
acentuada dispersão
• Na maioria dos casos a DP inicia
após a passagem pelo zero
• Afetada pelas condições
ambientais, particularmente pela
umidade
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30. PADRÕES DE DP’s
DP interna
• Simétrica (na maioria dos casos)
• DP inicia antes da passagem pelo
zero (com o aumento da tensão
aplicada)
• Amplitudes das DP apresentam
dispersão moderada
• Não afetada pelas condições
ambientais, podem mudar nos
primeiros minutos do teste
(formação de gotas em superfícies
condutoras da cavidade)
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31. PADRÕES DE DP’s
• Exemplo de DP´s internas verificadas em laboratório
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32. PADRÕES DE DP’s
• Exemplo de DP´s internas verificadas em campo
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33. PADRÕES DE DP’s
• Exemplo de DP´s superficiais verificadas em campo
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34. PADRÕES DE DP’s
• Exemplo de DP´s corona verificadas em laboratório
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35. Parte II: Procedimentos de
medições de Descargas Parciais
TECHIMP
Introdução
Precauções e medidas de segurança
Instrumentos e Sensores usados para Detecção de PD
Procedimentos para coleta e medição
Software de aquisição
Estratégias de manutenção – Sugestões
Biblioteca de Padrões
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36. INTRODUÇÃO
• As DP’s em um isolante são o primeiro sintoma de
que alguma anomalia está ocorrendo no material e
por consequência a sua identificação permite, com
antecedência, preverem-se possíveis falhas futuras.
• Em comparação a outros testes dielétricos (isto é, a
medição do fator de dissipação ou resistência de
isolamento) o caráter diferenciador das medições de
DP é a localização de pontos fracos do sistema
isolante a ser avaliado.
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37. INTRODUÇÃO
• A TECHIMP desenvolveu uma metodologia de medição dessas DP de modo que a sua
oportuna identificação, através da separação e rejeição de ruídos, permite o
estabelecimento de parâmetros que indiquem ao gestor de ativos uma segura
tomada de decisão para intervenção no sistema que corresponde a uma
manutenção baseada na condição (CBM – Condition Based Maintenance).
Arranjo geral da cadeia de medição de PD on-line TECHIMP
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38. INTRODUÇÃO
• As medições de DP (PD - do inglês Partial Discharges) são realizados em diferentes
tipos de equipamentos elétricos, como cabos, geradores, motores, a fim de avaliar
o estado do sistema isolante.
Arranjo geral da cadeia de medição de PD on-line TECHIMP para geradores
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39. INTRODUÇÃO
• Para uma rede subterrânea de cabos de MT a medição das DP é feita através
do adequado posicionamento de sensores indutivos tipo transformadores de
corrente de alta frequência (HFCT – High Frequency Current Transformers) ou
na indisponibilidade da mesma, por meio de sensores tipo manta flexível (FMC
– Flexible Magnetic Coupler) que recobrem diretamente uma porção do cabo
sob teste.
Arranjo geral da cadeia de medição de PD on-line TECHIMP para cabos MT com HFCT e FMC
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40. INSTRUMENTOS E SENSORES
Sensores Clamp HFCT (High Frequency Current
Transformer)
• É adequado para testes on-line e
off-line de PD em muitos sistemas
elétricos.
• O HFCT tipo clamp pode ser
instalado diretamente sobre o
condutor de aterramento do
sistema a ser testado ou emenda.
• Os sinais de descargas parciais
detectados através dos sensores
indutivos HFCT são transmitidos
para o PPDCheck através de cabos
coaxiais.
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41. INSTRUMENTOS E SENSORES
FMC (Flexible Magnetic Coupler)
• O sensor FMC funciona como um
acoplador eletromagnético
diretamente acoplado ao condutor
do cabo e a blindagem.
• Colocado diretamente sobre a
cobertura do cabo de MT nas
proximidades dos acessórios, tais
como terminações e emendas.
• Detecta o sinal eletromagnético
proveniente de uma fonte PD,
propagando ao longo do cabo de
alimentação
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42. INSTRUMENTOS E SENSORES
Sensores Rogowski (LFCT – Low frequency current
transformer)
• O sensor Rogowski é um sensor de
corrente, baseado no princípio de
Rogowski.
• O objetivo deste sensor é obter o
sinal de sincronização necessário
para as unidades aquisição da
TechImp. Deve ser instalado em
torno de uma das fases do cabo de
MT, pouco abaixo de uma
terminação.
• A parte ativa deve ser posicionada a
uma distância máxima de 6m a
partir da cabeça de detecção.
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45. PROCEDIMENTOS PARA COLETA
E MEDIÇÃO
• Os passos para se realizarem medições on-line de PD nos circuitos de
cabos da rede de distribuição subterrânea são assim apresentados:
1. Obter diagrama unifilar do circuito a ser testado.
2. Instalar os sensores nos acesssórios/cabos sob teste.
3. Instalar unidade de aquisição (PDCheck ou PPDCheck portátil).
4. Realizar aquisição de dados referentes aos sinais dos sensores utilizando o PPDCheck.
5. Aquisitar e armazenar dados referentes a cada equipamento sob teste utilizando o software
Techimp PD Check Control.
6. Analisar dados adquiridos através de software de pós-processamento PDProcessing II, obtendo
uma identificação do fenômeno de PD (interna/superficial/corona) e relativa amplitude ( mV).
7. Uma vez identificada a descarga parcial comparar o valor da sua amplitude com a referencias
indicada na tabela 5.
8. Repetir as medições conforme os prazos indicados na Tabela 1 (verde / amarelo) ou proceder a
manutenção sugerida (vermelho) com o objetivo de detectar o ponto do defeito.
9. Comparar os novos valores de amplitude com aqueles medidos no item 6 estabelecendo a Taxa
de Incremento (TI) de PD.
10. Repetir as medições nos prazos indicados na tabela 2 segundo o valor percentual de TI.
11. Realizar medições ao longo do circuito com os procedimentos acima indicados.
12. Uma vez detectado o ponto falho, proceder à intervenção de manutenção.
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46. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
Controlando o software de aquisição
Nesta fase de coleta, menu probing (sondagem), as formas de onda dos pulsos são
apresentadas no gráfico superior à esquerda, enquanto que uma grande
quantidade de dados é relatada ao mesmo tempo no gráfico de Padrões (Pattern)
na parte inferior esquerda.
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EAPLICAÇÕES
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47. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
O gráfico da forma de onda (Waveform) tem por função mostrar a forma de onda que está
sendo coletada, e o gráfico de padrões (Patterns) mostra uma grande quantidade de pulsos
adquiridos relacionando a sua amplitude máxima com a fase do sinal de sincronismo. Quando a
quantidade de dados alcançar o número máximo de pulsos, o software redefine o padrão
automaticamente.
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48. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
Configurações de aquisição
No menu Aquisition Settings são feitos os ajustes para aquisição dos dados. Este se
faz necessário devido a diferentes sistemas analisados. Incluem também os locais
onde as coletas são arquivadas, além da quantidade de pontos a serem coletados.
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49. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
Configurações de aquisição
Waveform acquisition (Aquisição da forma de
onda):
A aquisição da forma de onda irá parar quando
o número de pulsos atinge o valor fixado
(Number of waveforms) ou o tempo de
aquisição atinge a tempo fixado (acquisition
timeout), o que for atingido primeiro.
Measurement circuit ( Circuito de
medição):
Neste ajuste busca-se informar ao
equipamento qual o circuito a ser medido.
Este pode ser um circuito direto, como
cabos em medições online e; circuitos
indiretos como em motores e
transformadores.
Dead time (tempo inoperante):
O curto período de tempo depois do
desencadeamento de um evento, quando
o detector não pode processar outro
evento. O intervalo disponível é 5μs (very
short) ÷ 500μs (very long).
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50. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
TW map filter (filtro do mapa TW):
O filtro de mapa permite que os sinais
sejam filtrados através do mapa de
classificação, definindo assim um pré
filtro definido pelo operador.
Antes de clicar no botão indicado na
figura acima é nécessário que os dados
coletados tenham sido enviados para a
ferramenta de pré processamento
(send to processing). A partir daí é
possível selecionar, clicando o mouse
sobre o mapa, as áreas no mapa que
tem que ser filtrada criando caixas
sobre o mapa.
Para excluir os pulso desejados nas
áreas selecionadas execute um duplo
clique sobre a palavra “Excluded” no
item a se excluir.
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EAPLICAÇÕES
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51. SOFTWARE DE AQUISIÇÃO
Parâmetros de monitoramento
Para ativar uma sessão de monitoração, é necessário configurar todas as definições
da janela de parâmetros de monitoramento, tanto os parâmetros gerais quanto os
relacionados aos canais.
Algumas configurações são ajustadas conforme itens acima.
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52. ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO
• Os clientes podem escolher entre diferentes estratégias de
manutenção:
Estratégia 1: monitoramento permanente
Estratégia 2: testes on-line periódicos e manutenção planejada após a
avaliação das tendências
Estratégia 3: testes periódicos e manutenção imediata
Iremos focar nas estratégias 2 e 3.
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EAPLICAÇÕES
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53. ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO
• Estratégia 2: Avaliação de
Tendências
A melhor maneira de avaliar a real
condição do isolamento do cabo é
avaliar as mudanças nas
tendência da PD.
Para fazer isso, é necessário
realizar medições repetitivas.
A IDENTIFICAÇÃO dos defeitos é
fundamental porque diferentes
tipos de defeitos têm diferentes
taxas de degradação, mesmo que
tenham a mesma amplitude
• Depois de ter separado todos os
fenômenos e identificado cada PD
é possível tomar as seguintes
ações conforme tabela 2
• Estratégia 3: Manutenção
Imediata
A equipe de manutenção pode
ser ainda estar interessada em
efetuar a manutenção do
circuito do cabo, logo que vêem
cabos afetados por PD sem
avaliar a tendência. Neste caso
as medições on-line podem
ajudar na economia de tempo
em relação ao teste off-line.
A IDENTIFICAÇÃO dos defeitos é
de qualquer maneira
fundamental, pois diferentes
defeitos têm diferentes taxas de
degradação, mesmo que
tenham a mesma amplitude.
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EAPLICAÇÕES
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54. ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO
Tabela 2 - Avaliação de tendências após segunda medição
Tabela 1 - Código de cores para diagnóstico de acordo com os fenômenos PD (valores não válidos como referência)
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55. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas parciais internas
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56. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas parciais internas
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EAPLICAÇÕES
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57. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas Parciais Superficiais
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EAPLICAÇÕES
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58. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas Parciais Superficiais
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EAPLICAÇÕES
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59. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas Corona
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EAPLICAÇÕES
59
60. BIBLIOTECA DE PADRÕES
As figuras abaixo servem como referência no momento das
aquisições .
Descargas Corona
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EAPLICAÇÕES
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61. Parte III: Casos Exemplos
CASO 1 – Instalação Permanente em Painéis de 11KV - Europa
CASO2 – Medições ON LINE em cabos / contrato SPOT
CASO3 – Aquisição PD check / GERDAU - OB
DESCARGASPARCIAIS-CONCEITOS
EAPLICAÇÕES
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62. 62
On line PD test on MV Cable: System layout
HFCT Clamp
CASE 1: HFCT PERMANENT INSTALLATION IN 11 KV SWITCHGEAR,
EUROPE. ON-LINE FAULT PREDICTION AND LOCALIZATION.
SS1 SS2J1 J2
256 m
43 m
= Measurement Point
200 m
1x3-core
3x1-core3x1-core
63. 63
On line PD test on MV Cable: PD measurement results.
-Internal PD detected in all the phases
-PD were localized through TDR at the same distance from the HFCT.
CASE 1: PD MEASUREMENT AND LOCALIZATION
64. 64
On line PD test on MV Cable: Three measurement sessions were carried out in order to
analyze the PD amplitude trend.
CASE 1: FURTHER PD MEASUREMENTS FOR PD TREND EVALUATION
65. 65
On line PD test on MV Cable: PD trend and location.
Internal PD in phase 12 increased its
amplitude very fast.
Localization through
reflectometric techniques
highlight that the source was
located in joint 2.
During a DC test the joint 2
had a breakdown. Online PD
measurement and trend
analysis were effective!!!
CASE 1: ALARM ON PHASE 12 DUE TO FAST CHANGES IN PD TREND
0
100
200
300
400
500
600
4 8 12
Fasi
AmpiezzamassimaPD[mV]
Prima sessione
Seconda sessione
Terza sessione
66. 66
On line PD test on MV Switchgears/ Cables: PD sensors
CASE 2: SPOT MEASUREMENT ON 33 KV CABLES THROUGH HFCT, FAR
EAST. ON-LINE FAULT PREDICTION AND LOCALIZATION
67. 67
CASE 2: PD MEASUREMENT THROUGH HFCT.
SEPARATION AND IDENTIFICATION
Disturbance
Surface PD
Corona PD
Complete Pattern T-F Separation Map
Corona PD