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Desafios do FederalismoDesafios do Federalismo
Brasileiro
Brasília, 19/10/2012Brasília, 19/10/2012
1
A Dimensão Econômico-Fiscal:A Dimensão Econômico-Fiscal:
O FPM é Constitucional?
C. Alexandre A. Rocha,
Consultor Legislativo dog
Senado Federal
2
FPM: Características Gerais
CF art 159 I b e d: 23 5% do IR e do IPICF, art. 159, I, b e d: 23,5% do IR e do IPI.
3 em 1:
FPM I t i 86 4% ( l ã di tFPM Interior: 86,4% (população disposta em
classes, com piso e teto) 5.536 municípios e
139,8 milhões de habitantes (2007);139,8 milhões de habitantes (2007);
FPM Capital: 10% (população e inverso do PIB per
capita dispostos em classes, com pisos e tetos)
27 capitais e 44,2 milhões de habitantes (2007);
Reserva do FPM: 3,6% (municípios interioranos
populosos; cfe FPM Capital) 147 municípios e
3
populosos; cfe. FPM Capital) 147 municípios e
45,2 milhões de habitantes (2007).
FPM: Objetivosj
CF art 161 II: promover o equilíbrioCF, art. 161, II: promover o equilíbrio
socioeconômico entre os entes subnacionais.
Palavras-chave:
equilíbrio: beneficiar os entes menos
desenvolvidos [objetivo final];desenvolvidos [objetivo final];
promover: ser dinâmico/variável
[objetivo intermediário][objetivo intermediário].
4
O Objetivo Final é Cumprido?j p
FPM Capital e Reserva do FPM: observados osFPM Capital e Reserva do FPM: observados os
pisos e tetos, beneficiam municípios com mais
população e menos rendapopulação e menos renda.
FPM Interior: privilegia os municípios menores,
devido ao pressuposto de que municípiodevido ao pressuposto de que município
pequeno é município pobre. Mas este
pressuposto é equivocado pois existem tantopressuposto é equivocado, pois existem tanto
municípios pequenos pobres quanto municípios
pequenos ricos ... (Relatório | Acórdão
5
p q ( |
1.120/TCU/Plenário/2009).
Incrementos DecrescentesIncrementos Decrescentes
6
Coeficientes per CapitaCoeficientes per Capita
MUNICÍPIO
POPULAÇÃO
2007 (A)
COEFICIENTE
(B)
COEF.PER CAPITA×1.000.000
(C=1 000 000×B/A)
PROPORÇÃO
(D=C MÁX /C)2007 (A) (B) (C=1.000.000×B/A) (D=C MÁX./C)
Borá (SP) 804 0,6 746,27 1,00
Parnaíba (PI) 140.839 3,6 25,56 29,20
G lh (SP)* 1 236 192 4 0 3 24 230 63
7
Guarulhos (SP)* 1.236.192 4,0 3,24 230,63
Nota: (*) beneficiado pela Reserva do FPM.
E O Objetivo Intermediário?j
FPM Capital e Reserva do FPM: observadosFPM Capital e Reserva do FPM: observados
os pisos e tetos, os coeficientes mudam cfe. a
população e o PIB per Capitapopulação e o PIB per Capita.
FPM Interior:
No âmbito intraestadual, observados o pisoNo âmbito intraestadual, observados o piso
e o teto, os coeficientes mudam cfe. a
população.
8
popu ação
E no âmbito interestadual?
Efeito “Desmembramento”Efeito Desmembramento
CENÁRIO BASECENÁRIO BASE
MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE %
A1 30.564 1,4 25,00%
A2 30.564 1,4 25,00%
SUBTOTAL 61 128 2 8 50 00%SUBTOTAL 61.128 2,8 50,00%
B1 30.564 1,4 25,00%
B2 30.564 1,4 25,00%
SUBTOTAL 61.128 2,8 50,00%
TOTAL GERAL 122.256 5,6 100,00%TOTAL GERAL 122.256 5,6 100,00%
EFEITO DESMEMBRAMENTO
MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO
A1 30 564 1 4 21 88% 12 5%A1 30.564 1,4 21,88% –12,5%
A2 30.564 1,4 21,88% –12,5%
SUBTOTAL 61.128 2,8 43,75% –12,5%
B1.1 10.188 0,6 9,38% –
B1 2 10 188 0 6 9 38% –B1.2 10.188 0,6 9,38% –
B1.3 10.188 0,6 9,38% –
B2.1 10.188 0,6 9,38% –
B2.2 10.188 0,6 9,38% –
B2.3 10.188 0,6 9,38% –
9
SUBTOTAL 61.128 3,6 56,25% 12,5%
TOTAL GERAL 122.256 6,4 100,00% 0,0%
Salvaguardag
LCP 62/1989 art 5° parágrafo único No casoLCP 62/1989, art. 5°, parágrafo único. No caso
de criação e instalação de Município, o TCU
fará revisão dos coeficientes individuais defará revisão dos coeficientes individuais de
participação dos demais Municípios do Estado
a que pertence reduzindo proporcionalmentea que pertence, reduzindo proporcionalmente
as parcelas que a estes couberem.
S C /RES TCU 242/1990, Anexo II: com base nos
coeficientes para 1990, calculou-se o
l d i d i í i
10
percentual a ser destinado aos municípios
interioranos de cada estado.
Efeito “População” [Δ =+6 hab ]Efeito População [ΔB=+6 hab.]
EFEITO POPULAÇÃO
MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO
A1 30.564 1,4 23,33% –6,67%
A2 30.564 1,4 23,33% –6,67%
SUBTOTAL 61.128 2,8 46,67% –6,67%
B1 30.567 1,6 26,67% 6,67%
B2 30.567 1,6 26,67% 6,67%
SUBTOTAL 61.134 3,2 53,33% 6,67%
TOTAL GERAL 122.262 6,0 100,00% 0,00%
EFEITO COMBINADO
MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO
A1 30.564 1,4 18,42% –26,3%
A2 30 564 1 4 18 42% 26 3%A2 30.564 1,4 18,42% –26,3%
SUBTOTAL 61.128 2,8 36,84% –26,3%
B1.1 10.189 0,8 10,53% –
B1.2 10.189 0,8 10,53% –
B1 3 10 189 0 8 10 53% –B1.3 10.189 0,8 10,53%
B2.1 10.189 0,8 10,53% –
B2.2 10.189 0,8 10,53% –
B2.3 10.189 0,8 10,53% –
SUBTOTAL 61.134 4,8 63,16% 26,3%
11
TOTAL GERAL 122.262 7,6 100,00% 0,0%
Somatórios Estaduais dos
C fi i t d FPM I t iCoeficientes do FPM Interior
SOMA PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO FATOR DE
UF
SOMA
COEF. 2008
PARTICIPAÇÃO
2008
PARTICIPAÇÃO
1990
FATOR DE
AJUSTE
PE 259,0 4,3029 4,7952 1,11441
PR 397,2 6,5989 7,2857 1,10408
MS 82,0 1,3623 1,5004 1,10137
AL 114 2 1 8973 2 0883 1 10069AL 114,2 1,8973 2,0883 1,10069
BA 511,8 8,5028 9,2695 1,09017
CE 254,2 4,2232 4,5864 1,08601
RN 138,8 2,3060 2,4324 1,05483
MG 820,4 13,6297 14,1846 1,04071
SE 77 4 1 2859 1 3342 1 03757SE 77,4 1,2859 1,3342 1,03757
ES 102,4 1,7012 1,7595 1,03426
PB 186,6 3,1001 3,1942 1,03036
SP 851,0 14,1381 14,2620 1,00876
GO 228,4 3,7945 3,7318 0,98347
RS 465 2 7 7286 7 3011 0 94469RS 465,2 7,7286 7,3011 0,94469
AM 79,8 1,3258 1,2452 0,93924
MA 256,6 4,2630 3,9715 0,93162
SC 279,6 4,6451 4,1997 0,90411
PA 222,2 3,6915 3,2948 0,89253
RJ 185,6 3,0835 2,7379 0,88793RJ 185,6 3,0835 2,7379 0,88793
PI 171,0 2,8409 2,4015 0,84533
MT 135,4 2,2495 1,8949 0,84238
TO 97,4 1,6182 1,2955 0,80060
RO 56,4 0,9370 0,7464 0,79658
AC 21,4 0,3555 0,2630 0,73974
12
, , , ,
AP 14,4 0,2392 0,1392 0,58186
RR 10,8 0,1794 0,0851 0,47429
TOTAL 6.019,2 100,0000 100,0000
Comparação entre PE e RRComparação entre PE e RR
MUNICÍPIO
POPULAÇÃO
2007
COEFICIENTES
TEÓRICO FATORDEAJUSTE EFETIVO
Trindade(PE) 24.642 1,4 1,114411886 1,56018
Rorainópolis(RR) 24.466 1,4 0,474290667 0,66401
Canhotinho(PE) 24.218 1,4 1,114411886 1,56018
FPMINTERIOR2008 6.019,2 6.019,20000
%FPM C 2012 C C C V Ã
MUNICÍPIO
%FPM
INTERIOR
COTA2012
(R$)
COTAPER
CAPITA(R$)
COTAPERCAPITA
SEMAJUSTE(R$)
VARIAÇÃO
%
Trindade(PE) 0,0259 17.179.150,87 697,15 625,58 –10,27
Rorainópolis(RR) 00110 731139987 29884 63008 11084Rorainópolis(RR) 0,0110 7.311.399,87 298,84 630,08 110,84
Canhotinho(PE) 0,0259 17.179.150,87 709,35 636,53 –10,27
FPMINTERIOR2012 66.277.588.249,44
N t OGU2012(L i 12595/2012)|FPME i d R$7671017158500
13
Nota:OGU2012(Lei 12.595/2012)|FPMEstimado=R$76.710.171.585,00.
O STF e o FPE
Relatório | Acórdão | ADI 875/DFRelatório | Acórdão | ADI 875/DF:
A fixação de coeficientes de participação (...), além de não
atender à exigência constitucional do art 161 II somenteatender à exigência constitucional do art. 161, II, somente
se justificaria se aceitável a absurda hipótese segundo a
qual os dados atinentes à população, à produção, à renda
i à i à d d ( )per capita, à receita e à despesa dos entes (...) se
mantivessem constantes com o passar dos anos.
a manutenção de coeficientes de participação fixos há... a manutenção de coeficientes de participação fixos há
mais de vinte anos revela-se em descompasso com o que
determina o art. 161, II, da Constituição, uma vez que tais
coeficientes (...) não mais retratam a realidade socioeco-
nômica dos entes federativos.14
Soluções Possíveisç
Soluções Fáceis (mas paliativas):Soluções Fáceis (mas paliativas):
Extinção da salvaguarda (LCP 62/1989, art. 5º,
parágrafo único);parágrafo único);
Partilha em 2 Estágios: (1) entre estados e (2)
entre municípios;entre municípios;
Soluções Difíceis (mas necessárias):
Q l ti d f d li d j d ?Qual o tipo de federalismo desejado?
Como assegurar consistência nos dados
empregados?empregados?
E os futuros desafios?15
Extinção da SalvaguardaExtinção da Salvaguarda
ALTERAÇÃO DA PARTILHA ESTADUAL DO FPM INTERIOR
DISTRIBUIÇÃO COM AJUSTE VERSUS DISTRIBUIÇÃO SEM AJUSTE
ESTADO VARIAÇÃO % ESTADO VARIAÇÃO %
RR 110,84 GO 1,68
AP 71,86 SP –0,87
AC 35,18 PB –2,95
RO 25,54 ES –3,31
TO 24,91 SE –3,62
MS 18,71 MG –3,91
PI 18,30 RN –5,20PI 18,30 RN 5,20
RJ 12,62 CE –7,92
PA 12,04 BA –8,27
SC 10,61 AL –9,15
MA 7 34 MS 9 20MA 7,34 MS –9,20
AM 6,47 PR –9,43
RS 5,86 PE –10,27
A EMC 15/1996 bastará [lei complementar federal
( d t ) lt t d l ã ]?(pendente) e consulta a toda população]?
16
Partilha em 2 EstágiosPartilha em 2 Estágios
ALTERAÇÃO DA PARTILHA ESTADUAL DO FPM INTERIOR
SITUAÇÃO ATUAL VERSUS DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA*
ESTADO VARIAÇÃO % ESTADO VARIAÇÃO %
RJ 70,25 SC –0,35
AP 48,85 BA –4,73
RR 46,06 RS –6,73, ,
PA 33,72 SE –9,36
RO 23,80 GO –11,54
SP 20,65 MG –13,06
AC 18 18 MS –13 92AC 18,18 MS 13,92
ES 12,71 PR –14,07
MA 9,17 AL –14,55
AM 7,80 PI –20,07
PE 3 10 RN 24 86PE 3,10 RN –24,86
CE 1,17 PB –26,59
MT 0,81 TO –29,93
Nota: (*) municípios interioranos, com população máxima limitada a 156.217.
Redistribuição significativa.
17
Soluções Difíceis 1.1ç
Mendes Boueri e Cosio (2008) destacam queMendes, Boueri e Cosio (2008) destacam que
predominam, no País, as transferências
incondicionais obrigatórias e sem contrapartidaincondicionais, obrigatórias e sem contrapartida.
Essas transferências têm como características
positivas a elevada autonomia dos governospositivas a elevada autonomia dos governos
subnacionais e a alta independência em relação a
fatores políticosfatores políticos.
Os auxílios para fomentar exportações, concedidos
por leis ordinárias e as complementações do FPM epor leis ordinárias, e as complementações do FPM e
do FPE são compatíveis com a CF?18
Soluções Difíceis 1.2ç
Relatório | Acórdão 2 201/TCU/Plenário/2008:Relatório | Acórdão 2.201/TCU/Plenário/2008:
As transferências de recursos federais (...) com o
propósito de fomentar as exportações segundo critériospropósito de fomentar as exportações, segundo critérios
distintos daqueles fixados na (...) (Lei Kandir) não
preenchem os requisitos para serem considerados
f ê i l á i ( )transferências voluntárias (...).
Essa sistemática fomenta o surgimento de uma “babel de
transferências intergovernamentais”, classificadas comotransferências intergovernamentais , classificadas como
“obrigatórias” ou “voluntárias” ao bel-prazer do Poder
Executivo, que arbitra o rótulo que lhe convém para a
transferência da União de acordo com as circunstâncias etransferência da União, de acordo com as circunstâncias e
conveniências, sem qualquer objetividade.
19
Soluções Difíceis 2.1ç
O federalismo fiscal brasileiro prima pelasO federalismo fiscal brasileiro prima pelas
transferências horizontais, com alguns pagadores e
vários recebedores líquidos. A cooperação (e avários recebedores líquidos. A cooperação (e a
confiança) entre entes é, portanto, essencial. A CF,
contudo, não trata desse tema de maneira exaustiva.
Basta notar que o Confaz resulta de convênios entre as
fazendas federal e estaduais, apenas tacitamente
b i d l t 2º d LCP 24/1975 l t 199abrigados pelo art. 2º da LCP 24/1975, e pelo art. 199
do CTN. Assim, não representa uma obrigação, mas
sim o resultado de uma negociação entre as partessim o resultado de uma negociação entre as partes
interessadas.
20
Soluções Difíceis 2.2ç
Também temos os conflitos de competência entreTambém temos os conflitos de competência entre,
de um lado, os TCs de estados e municípios (CF,
arts 71 II e 75) e de outro a STN (LRF arts 50arts. 71, II, e 75) e, de outro, a STN (LRF, arts. 50,
§ 2º, e 67, I).
Se a interpretação é inerente ao ato de julgarSe a interpretação é inerente ao ato de julgar,
como uma instância infraconstitucional promoverá
a harmonização e coordenação entre os entes daa harmonização e coordenação entre os entes da
Federação?
Para 2027-2030, o fim da subordinação contratual, ç
contida nos programas de ajuste fiscal fragilizará ainda
mais o papel da STN.21
Soluções Difíceis 3ç
Quanto ao futuro a transição demográfica pelaQuanto ao futuro, a transição demográfica pela
qual passamos aponta para a possibilidade (e
necessidade) de esvaziamento de alguns espaçosnecessidade) de esvaziamento de alguns espaços.
Pelas regras atuais do FPM Interior, contudo, os
benefícios obtidos pelos entes muito pequenosbenefícios obtidos pelos entes muito pequenos
aumentam ainda mais com a diminuição da
populaçãopopulação.
Uma ampla reformulação do FPM deveria levar em
consideração os incentivos existentes em prol daconsideração os incentivos existentes em prol da
persistência de entes economicamente inviáveis.22
Informações e Contatoç
Pá i d T Di dPágina dos Textos para Discussão da
Consultoria Legislativa:g
http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_dis
cussao.htm
Correio eletrônico:
rocha caa@gmail comrocha.caa@gmail.com
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Desafios do federalismo brasileiro: análise do FPM

  • 1. Desafios do FederalismoDesafios do Federalismo Brasileiro Brasília, 19/10/2012Brasília, 19/10/2012 1
  • 2. A Dimensão Econômico-Fiscal:A Dimensão Econômico-Fiscal: O FPM é Constitucional? C. Alexandre A. Rocha, Consultor Legislativo dog Senado Federal 2
  • 3. FPM: Características Gerais CF art 159 I b e d: 23 5% do IR e do IPICF, art. 159, I, b e d: 23,5% do IR e do IPI. 3 em 1: FPM I t i 86 4% ( l ã di tFPM Interior: 86,4% (população disposta em classes, com piso e teto) 5.536 municípios e 139,8 milhões de habitantes (2007);139,8 milhões de habitantes (2007); FPM Capital: 10% (população e inverso do PIB per capita dispostos em classes, com pisos e tetos) 27 capitais e 44,2 milhões de habitantes (2007); Reserva do FPM: 3,6% (municípios interioranos populosos; cfe FPM Capital) 147 municípios e 3 populosos; cfe. FPM Capital) 147 municípios e 45,2 milhões de habitantes (2007).
  • 4. FPM: Objetivosj CF art 161 II: promover o equilíbrioCF, art. 161, II: promover o equilíbrio socioeconômico entre os entes subnacionais. Palavras-chave: equilíbrio: beneficiar os entes menos desenvolvidos [objetivo final];desenvolvidos [objetivo final]; promover: ser dinâmico/variável [objetivo intermediário][objetivo intermediário]. 4
  • 5. O Objetivo Final é Cumprido?j p FPM Capital e Reserva do FPM: observados osFPM Capital e Reserva do FPM: observados os pisos e tetos, beneficiam municípios com mais população e menos rendapopulação e menos renda. FPM Interior: privilegia os municípios menores, devido ao pressuposto de que municípiodevido ao pressuposto de que município pequeno é município pobre. Mas este pressuposto é equivocado pois existem tantopressuposto é equivocado, pois existem tanto municípios pequenos pobres quanto municípios pequenos ricos ... (Relatório | Acórdão 5 p q ( | 1.120/TCU/Plenário/2009).
  • 7. Coeficientes per CapitaCoeficientes per Capita MUNICÍPIO POPULAÇÃO 2007 (A) COEFICIENTE (B) COEF.PER CAPITA×1.000.000 (C=1 000 000×B/A) PROPORÇÃO (D=C MÁX /C)2007 (A) (B) (C=1.000.000×B/A) (D=C MÁX./C) Borá (SP) 804 0,6 746,27 1,00 Parnaíba (PI) 140.839 3,6 25,56 29,20 G lh (SP)* 1 236 192 4 0 3 24 230 63 7 Guarulhos (SP)* 1.236.192 4,0 3,24 230,63 Nota: (*) beneficiado pela Reserva do FPM.
  • 8. E O Objetivo Intermediário?j FPM Capital e Reserva do FPM: observadosFPM Capital e Reserva do FPM: observados os pisos e tetos, os coeficientes mudam cfe. a população e o PIB per Capitapopulação e o PIB per Capita. FPM Interior: No âmbito intraestadual, observados o pisoNo âmbito intraestadual, observados o piso e o teto, os coeficientes mudam cfe. a população. 8 popu ação E no âmbito interestadual?
  • 9. Efeito “Desmembramento”Efeito Desmembramento CENÁRIO BASECENÁRIO BASE MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % A1 30.564 1,4 25,00% A2 30.564 1,4 25,00% SUBTOTAL 61 128 2 8 50 00%SUBTOTAL 61.128 2,8 50,00% B1 30.564 1,4 25,00% B2 30.564 1,4 25,00% SUBTOTAL 61.128 2,8 50,00% TOTAL GERAL 122.256 5,6 100,00%TOTAL GERAL 122.256 5,6 100,00% EFEITO DESMEMBRAMENTO MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO A1 30 564 1 4 21 88% 12 5%A1 30.564 1,4 21,88% –12,5% A2 30.564 1,4 21,88% –12,5% SUBTOTAL 61.128 2,8 43,75% –12,5% B1.1 10.188 0,6 9,38% – B1 2 10 188 0 6 9 38% –B1.2 10.188 0,6 9,38% – B1.3 10.188 0,6 9,38% – B2.1 10.188 0,6 9,38% – B2.2 10.188 0,6 9,38% – B2.3 10.188 0,6 9,38% – 9 SUBTOTAL 61.128 3,6 56,25% 12,5% TOTAL GERAL 122.256 6,4 100,00% 0,0%
  • 10. Salvaguardag LCP 62/1989 art 5° parágrafo único No casoLCP 62/1989, art. 5°, parágrafo único. No caso de criação e instalação de Município, o TCU fará revisão dos coeficientes individuais defará revisão dos coeficientes individuais de participação dos demais Municípios do Estado a que pertence reduzindo proporcionalmentea que pertence, reduzindo proporcionalmente as parcelas que a estes couberem. S C /RES TCU 242/1990, Anexo II: com base nos coeficientes para 1990, calculou-se o l d i d i í i 10 percentual a ser destinado aos municípios interioranos de cada estado.
  • 11. Efeito “População” [Δ =+6 hab ]Efeito População [ΔB=+6 hab.] EFEITO POPULAÇÃO MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO A1 30.564 1,4 23,33% –6,67% A2 30.564 1,4 23,33% –6,67% SUBTOTAL 61.128 2,8 46,67% –6,67% B1 30.567 1,6 26,67% 6,67% B2 30.567 1,6 26,67% 6,67% SUBTOTAL 61.134 3,2 53,33% 6,67% TOTAL GERAL 122.262 6,0 100,00% 0,00% EFEITO COMBINADO MUNICÍPIO POPULAÇÃO COEFICIENTE % VARIAÇÃO A1 30.564 1,4 18,42% –26,3% A2 30 564 1 4 18 42% 26 3%A2 30.564 1,4 18,42% –26,3% SUBTOTAL 61.128 2,8 36,84% –26,3% B1.1 10.189 0,8 10,53% – B1.2 10.189 0,8 10,53% – B1 3 10 189 0 8 10 53% –B1.3 10.189 0,8 10,53% B2.1 10.189 0,8 10,53% – B2.2 10.189 0,8 10,53% – B2.3 10.189 0,8 10,53% – SUBTOTAL 61.134 4,8 63,16% 26,3% 11 TOTAL GERAL 122.262 7,6 100,00% 0,0%
  • 12. Somatórios Estaduais dos C fi i t d FPM I t iCoeficientes do FPM Interior SOMA PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO FATOR DE UF SOMA COEF. 2008 PARTICIPAÇÃO 2008 PARTICIPAÇÃO 1990 FATOR DE AJUSTE PE 259,0 4,3029 4,7952 1,11441 PR 397,2 6,5989 7,2857 1,10408 MS 82,0 1,3623 1,5004 1,10137 AL 114 2 1 8973 2 0883 1 10069AL 114,2 1,8973 2,0883 1,10069 BA 511,8 8,5028 9,2695 1,09017 CE 254,2 4,2232 4,5864 1,08601 RN 138,8 2,3060 2,4324 1,05483 MG 820,4 13,6297 14,1846 1,04071 SE 77 4 1 2859 1 3342 1 03757SE 77,4 1,2859 1,3342 1,03757 ES 102,4 1,7012 1,7595 1,03426 PB 186,6 3,1001 3,1942 1,03036 SP 851,0 14,1381 14,2620 1,00876 GO 228,4 3,7945 3,7318 0,98347 RS 465 2 7 7286 7 3011 0 94469RS 465,2 7,7286 7,3011 0,94469 AM 79,8 1,3258 1,2452 0,93924 MA 256,6 4,2630 3,9715 0,93162 SC 279,6 4,6451 4,1997 0,90411 PA 222,2 3,6915 3,2948 0,89253 RJ 185,6 3,0835 2,7379 0,88793RJ 185,6 3,0835 2,7379 0,88793 PI 171,0 2,8409 2,4015 0,84533 MT 135,4 2,2495 1,8949 0,84238 TO 97,4 1,6182 1,2955 0,80060 RO 56,4 0,9370 0,7464 0,79658 AC 21,4 0,3555 0,2630 0,73974 12 , , , , AP 14,4 0,2392 0,1392 0,58186 RR 10,8 0,1794 0,0851 0,47429 TOTAL 6.019,2 100,0000 100,0000
  • 13. Comparação entre PE e RRComparação entre PE e RR MUNICÍPIO POPULAÇÃO 2007 COEFICIENTES TEÓRICO FATORDEAJUSTE EFETIVO Trindade(PE) 24.642 1,4 1,114411886 1,56018 Rorainópolis(RR) 24.466 1,4 0,474290667 0,66401 Canhotinho(PE) 24.218 1,4 1,114411886 1,56018 FPMINTERIOR2008 6.019,2 6.019,20000 %FPM C 2012 C C C V Ã MUNICÍPIO %FPM INTERIOR COTA2012 (R$) COTAPER CAPITA(R$) COTAPERCAPITA SEMAJUSTE(R$) VARIAÇÃO % Trindade(PE) 0,0259 17.179.150,87 697,15 625,58 –10,27 Rorainópolis(RR) 00110 731139987 29884 63008 11084Rorainópolis(RR) 0,0110 7.311.399,87 298,84 630,08 110,84 Canhotinho(PE) 0,0259 17.179.150,87 709,35 636,53 –10,27 FPMINTERIOR2012 66.277.588.249,44 N t OGU2012(L i 12595/2012)|FPME i d R$7671017158500 13 Nota:OGU2012(Lei 12.595/2012)|FPMEstimado=R$76.710.171.585,00.
  • 14. O STF e o FPE Relatório | Acórdão | ADI 875/DFRelatório | Acórdão | ADI 875/DF: A fixação de coeficientes de participação (...), além de não atender à exigência constitucional do art 161 II somenteatender à exigência constitucional do art. 161, II, somente se justificaria se aceitável a absurda hipótese segundo a qual os dados atinentes à população, à produção, à renda i à i à d d ( )per capita, à receita e à despesa dos entes (...) se mantivessem constantes com o passar dos anos. a manutenção de coeficientes de participação fixos há... a manutenção de coeficientes de participação fixos há mais de vinte anos revela-se em descompasso com o que determina o art. 161, II, da Constituição, uma vez que tais coeficientes (...) não mais retratam a realidade socioeco- nômica dos entes federativos.14
  • 15. Soluções Possíveisç Soluções Fáceis (mas paliativas):Soluções Fáceis (mas paliativas): Extinção da salvaguarda (LCP 62/1989, art. 5º, parágrafo único);parágrafo único); Partilha em 2 Estágios: (1) entre estados e (2) entre municípios;entre municípios; Soluções Difíceis (mas necessárias): Q l ti d f d li d j d ?Qual o tipo de federalismo desejado? Como assegurar consistência nos dados empregados?empregados? E os futuros desafios?15
  • 16. Extinção da SalvaguardaExtinção da Salvaguarda ALTERAÇÃO DA PARTILHA ESTADUAL DO FPM INTERIOR DISTRIBUIÇÃO COM AJUSTE VERSUS DISTRIBUIÇÃO SEM AJUSTE ESTADO VARIAÇÃO % ESTADO VARIAÇÃO % RR 110,84 GO 1,68 AP 71,86 SP –0,87 AC 35,18 PB –2,95 RO 25,54 ES –3,31 TO 24,91 SE –3,62 MS 18,71 MG –3,91 PI 18,30 RN –5,20PI 18,30 RN 5,20 RJ 12,62 CE –7,92 PA 12,04 BA –8,27 SC 10,61 AL –9,15 MA 7 34 MS 9 20MA 7,34 MS –9,20 AM 6,47 PR –9,43 RS 5,86 PE –10,27 A EMC 15/1996 bastará [lei complementar federal ( d t ) lt t d l ã ]?(pendente) e consulta a toda população]? 16
  • 17. Partilha em 2 EstágiosPartilha em 2 Estágios ALTERAÇÃO DA PARTILHA ESTADUAL DO FPM INTERIOR SITUAÇÃO ATUAL VERSUS DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO BENEFICIADA* ESTADO VARIAÇÃO % ESTADO VARIAÇÃO % RJ 70,25 SC –0,35 AP 48,85 BA –4,73 RR 46,06 RS –6,73, , PA 33,72 SE –9,36 RO 23,80 GO –11,54 SP 20,65 MG –13,06 AC 18 18 MS –13 92AC 18,18 MS 13,92 ES 12,71 PR –14,07 MA 9,17 AL –14,55 AM 7,80 PI –20,07 PE 3 10 RN 24 86PE 3,10 RN –24,86 CE 1,17 PB –26,59 MT 0,81 TO –29,93 Nota: (*) municípios interioranos, com população máxima limitada a 156.217. Redistribuição significativa. 17
  • 18. Soluções Difíceis 1.1ç Mendes Boueri e Cosio (2008) destacam queMendes, Boueri e Cosio (2008) destacam que predominam, no País, as transferências incondicionais obrigatórias e sem contrapartidaincondicionais, obrigatórias e sem contrapartida. Essas transferências têm como características positivas a elevada autonomia dos governospositivas a elevada autonomia dos governos subnacionais e a alta independência em relação a fatores políticosfatores políticos. Os auxílios para fomentar exportações, concedidos por leis ordinárias e as complementações do FPM epor leis ordinárias, e as complementações do FPM e do FPE são compatíveis com a CF?18
  • 19. Soluções Difíceis 1.2ç Relatório | Acórdão 2 201/TCU/Plenário/2008:Relatório | Acórdão 2.201/TCU/Plenário/2008: As transferências de recursos federais (...) com o propósito de fomentar as exportações segundo critériospropósito de fomentar as exportações, segundo critérios distintos daqueles fixados na (...) (Lei Kandir) não preenchem os requisitos para serem considerados f ê i l á i ( )transferências voluntárias (...). Essa sistemática fomenta o surgimento de uma “babel de transferências intergovernamentais”, classificadas comotransferências intergovernamentais , classificadas como “obrigatórias” ou “voluntárias” ao bel-prazer do Poder Executivo, que arbitra o rótulo que lhe convém para a transferência da União de acordo com as circunstâncias etransferência da União, de acordo com as circunstâncias e conveniências, sem qualquer objetividade. 19
  • 20. Soluções Difíceis 2.1ç O federalismo fiscal brasileiro prima pelasO federalismo fiscal brasileiro prima pelas transferências horizontais, com alguns pagadores e vários recebedores líquidos. A cooperação (e avários recebedores líquidos. A cooperação (e a confiança) entre entes é, portanto, essencial. A CF, contudo, não trata desse tema de maneira exaustiva. Basta notar que o Confaz resulta de convênios entre as fazendas federal e estaduais, apenas tacitamente b i d l t 2º d LCP 24/1975 l t 199abrigados pelo art. 2º da LCP 24/1975, e pelo art. 199 do CTN. Assim, não representa uma obrigação, mas sim o resultado de uma negociação entre as partessim o resultado de uma negociação entre as partes interessadas. 20
  • 21. Soluções Difíceis 2.2ç Também temos os conflitos de competência entreTambém temos os conflitos de competência entre, de um lado, os TCs de estados e municípios (CF, arts 71 II e 75) e de outro a STN (LRF arts 50arts. 71, II, e 75) e, de outro, a STN (LRF, arts. 50, § 2º, e 67, I). Se a interpretação é inerente ao ato de julgarSe a interpretação é inerente ao ato de julgar, como uma instância infraconstitucional promoverá a harmonização e coordenação entre os entes daa harmonização e coordenação entre os entes da Federação? Para 2027-2030, o fim da subordinação contratual, ç contida nos programas de ajuste fiscal fragilizará ainda mais o papel da STN.21
  • 22. Soluções Difíceis 3ç Quanto ao futuro a transição demográfica pelaQuanto ao futuro, a transição demográfica pela qual passamos aponta para a possibilidade (e necessidade) de esvaziamento de alguns espaçosnecessidade) de esvaziamento de alguns espaços. Pelas regras atuais do FPM Interior, contudo, os benefícios obtidos pelos entes muito pequenosbenefícios obtidos pelos entes muito pequenos aumentam ainda mais com a diminuição da populaçãopopulação. Uma ampla reformulação do FPM deveria levar em consideração os incentivos existentes em prol daconsideração os incentivos existentes em prol da persistência de entes economicamente inviáveis.22
  • 23. Informações e Contatoç Pá i d T Di dPágina dos Textos para Discussão da Consultoria Legislativa:g http://www.senado.gov.br/senado/conleg/textos_dis cussao.htm Correio eletrônico: rocha caa@gmail comrocha.caa@gmail.com 23