O documento é a 7a edição do livro "Português esquematizado®: gramática, interpretação de texto, redação oficial, redação discursiva" de autoria de Agnaldo Martino, publicado pela Saraiva Educação em 2018. O livro aborda tópicos como fonologia, ortografia, morfologia e classes de palavras da língua portuguesa.
2. ISBN 9788547230012
Martino, Agnaldo
Português esquematizado® : gramática, interpretação de texto, redação oficial,
redação discursiva / Agnaldo Martino. – 7. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
(Colec
̧ ão esquematizado® / coordenador Pedro Lenza)
1. Língua portuguesa 2. Direito - Brasil - Linguagem 3. Serviço público - Brasil -
Concursos I. Tı́tulo. II. Lenza, Pedro. III. Série.
17-1369 CDU 340.113:806.90(079)
Índices para catálogo sistemático:
1. Língua portuguesa : Linguagem jurı́dica :
Concursos 340.113:806.90(079)
Vice-presidente Claudio Lensing
Diretora editorial Flávia Alves Bravin
Conselho editorial
Presidente Carlos Ragazzo
Consultor acadêmico Murilo Angeli
Gerência
Planejamento e novos projetos Renata Pascoal Müller
Editorial Roberto Navarro
Edição Liana Ganiko Brito Catenacci | Patrícia Quero
Produção editorial Maria Izabel B. B. Bressan (coord.) | Carolina Massanhi
Arte e digital Mônica Landi (coord.) | Claudirene de Moura Santos Silva | Guilherme
H. M. Salvador | Tiago Dela Rosa | Verônica Pivisan Reis
Planejamento e processos Clarissa Boraschi Maria (coord.) | Juliana Bojczuk
Fermino | Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Fernando Penteado | Tatiana dos
3. Santos Romão
Novos projetos Laura Paraíso Buldrini Filogônio
Diagramação (Livro Físico) Claudirene de Moura Santos Silva
Revisão Cecília Devus | Daniele Debora de Souza | Denise Pisaneschi | Ivani
Aparecida Martins Cazarim | Ivone Rufino Calabria | Willians Calazans de V. de
Melo
Comunicação e MKT Carolina Bastos | Elaine Cristina da Silva
Capa Aero Comunicação / Danilo Zanott
Livro digital (E-pub)
Produção do e-pub Verônica Pivisan Reis
Data de fechamento da edição: 20-10-2017
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artigo 184 do Código Penal.
4. Dedico este livro aos meus caros
alunos — que, com suas
indagações, me ajudaram a
aprimorar conhecimentos para
tentar oferecer sempre o melhor de
mim.
6. 1.5.2. Encontros consonantais imperfeitos
1.6. Dígrafo
1.7. Sílaba
1.8. Tonicidade
1.9. Formas Variantes
1.10. Divisão Silábica
1.10.1. Separam-se
1.10.2. Não se separam
1.10.3. Outras dicas
1.11. Questões
2. ORTOGRAFIA
2.1. Dificuldades Ortográficas
2.1.1. Uso do “S”
2.1.2. Uso do “Z”
2.1.3. Uso do “H”
2.1.4. Uso do “X”
2.1.5. Uso do “CH”
2.1.6. Uso do “SS”
2.1.7. Uso do “Ç”
2.1.8. Uso do “G”
2.1.9. Uso do “J”
2.1.10. Uso do “I”
2.1.11. Uso do “E”
2.1.12. Uso do “SC”
2.2. Formas Variantes
2.3. Palavras que não admitem forma variante
2.4. Emprego do hífen
2.4.1. Hífen com prefixos e pseudoprefixos
7. 2.4.2. Hífen com sufixos
2.4.3. Hífen em locuções
2.5. Acentuação Gráfica
2.5.1. Regras gerais
2.5.1.1. Monossílabas tônicas
2.5.1.2. Oxítonas
2.5.1.3. Paroxítonas
2.5.1.4. Proparoxítonas
2.5.2. Regras especiais
2.5.2.1. Ditongos abertos
2.5.2.2. I e U tônicos
2.5.2.3. Acento diferencial nos verbos ter e vir (e seus derivados)
2.5.2.4. Outros acentos diferenciais
2.5.3. Formas variantes de som aberto ou fechado
2.6. Uso do PORQUÊ
2.6.1. Por que / por quê
2.6.1.1. Preposição + pronome interrogativo
2.6.1.2. Preposição + pronome relativo
2.6.2. Porque
2.6.3. Porquê
2.7. Questões
3. MORFOLOGIA
3.1. Estrutura e Formação de Palavras
3.1.1. Estrutura das palavras
3.1.1.1. Radical (ou morfema lexical)
3.1.1.2. Desinência (ou morfema flexional)
3.1.1.3. Vogal temática
3.1.1.4. Tema
8. 3.1.1.5. Afixos
3.1.1.6. Vogal e consoante de ligação
3.1.2. Formação das palavras
3.1.2.1. Derivação
3.1.2.1.1. Prefixal (ou prefixação)
3.1.2.1.2. Sufixal (ou sufixação)
3.1.2.1.3. Prefixal-sufixal (ou prefixação-sufixação)
3.1.2.1.4. Parassintética (ou parassíntese)
3.1.2.1.5. Regressiva
3.1.2.1.6. Imprópria
3.1.2.2. Composição
3.1.2.2.1. Justaposição
3.1.2.2.2. Aglutinação
3.1.2.3. Hibridismo
3.1.2.4. Onomatopeia
3.1.2.5. Abreviação
3.1.2.6. Sigla
3.1.3. Radicais e prefixos gregos e latinos
3.1.3.1. Radicais gregos
3.1.3.2. Radicais latinos
3.1.3.3. Prefixos gregos
3.1.3.4. Prefixos latinos
3.2. Classes de Palavras
3.3. CLASSES NOMINAIS VARIÁVEIS
3.3.1. Substantivo
3.3.1.1. Classificação dos substantivos
3.3.1.1.1. Próprio ou comum
3.3.1.1.2. Simples ou composto
9. 3.3.1.1.3. Concreto ou abstrato
3.3.1.1.4. Primitivo ou derivado
3.3.1.1.5. Coletivo
3.3.1.2. Flexão de gênero
3.3.1.2.1. Biformes
3.3.1.2.2. Uniformes
3.3.1.2.2.1. Epicenos
3.3.1.2.2.2. Sobrecomuns
3.3.1.2.2.3. Comuns de dois gêneros
3.3.1.2.3. Formação do feminino
3.3.1.2.4. Particularidades do gênero
3.3.1.3. Flexão de número
3.3.1.3.1. Formação do plural dos substantivos simples
3.3.1.3.2. Plural dos diminutivos
3.3.1.3.3. Particularidades do número dos substantivos simples
3.3.1.3.4. Formação do plural dos substantivos compostos
3.3.1.3.5. Particularidades do número dos substantivos compostos
3.3.1.4. Flexão de grau
3.3.1.4.1. Normal
3.3.1.4.2. Aumentativo
3.3.1.4.3. Diminutivo
3.3.2. Adjetivo
3.3.2.1. Classificação dos adjetivos
3.3.2.1.1. Uniforme
3.3.2.1.2. Biforme
3.3.2.1.3. Simples
3.3.2.1.4. Composto
3.3.2.2. Adjetivo pátrio
10. 3.3.2.3. Locução adjetiva
3.3.2.4. Flexão de gênero
3.3.2.4.1. Adjetivos simples
3.3.2.4.2. Adjetivos compostos
3.3.2.5. Flexão de número
3.3.2.5.1. Adjetivos simples
3.3.2.5.2. Adjetivos compostos
3.3.2.6. Flexão de grau
3.3.2.6.1. Grau comparativo
3.3.2.6.1.1. De igualdade
3.3.2.6.1.2. De superioridade
3.3.2.6.1.3. De inferioridade
3.3.2.6.2. Grau superlativo
3.3.2.6.2.1. Relativo
3.3.2.6.2.2. Absoluto
3.3.3. Artigo
3.3.3.1. Artigos definidos (o, a, os, as)
3.3.3.2. Artigos indefinidos (um, uma, uns, umas)
3.3.3.3. Particularidades do artigo
3.3.4. Numeral
3.3.4.1. Flexão dos numerais
3.3.4.2. Emprego dos numerais
3.3.4.3. Leitura dos numerais
3.3.5. Pronome
3.3.5.1. Pronomes pessoais
3.3.5.1.1. Caso reto
3.3.5.1.2. Caso oblíquo
3.3.5.1.3. Pronomes de tratamento
11. 3.3.5.1.3.1. Emprego dos pronomes de tratamento
3.3.5.2. Pronomes demonstrativos
3.3.5.3. Pronomes relativos
3.3.5.4. Pronomes interrogativos
3.3.5.5. Pronomes indefinidos
3.3.5.6. Pronomes possessivos
3.4. CLASSE VERBAL
3.4.1. Classificação dos verbos
3.4.1.1. Regulares
3.4.1.2. Irregulares
3.4.1.3. Anômalos
3.4.1.4. Defectivos
3.4.1.5. Abundantes
3.4.1.6. Auxiliares
3.4.1.6.1. Locução verbal
3.4.1.7. Unipessoais
3.4.1.8. Pronominais
3.4.2. Flexão dos verbos
3.4.2.1. Pessoa
3.4.2.2. Número
3.4.2.3. Modo
3.4.2.3.1. Indicativo
3.4.2.3.2. Subjuntivo
3.4.2.3.3. Imperativo
3.4.2.4. Tempo
3.4.2.4.1. Pretérito
3.4.2.4.2. Presente
3.4.2.4.3. Futuro
12. 3.4.2.5. Voz
3.4.2.5.1. Voz ativa
3.4.2.5.2. Voz passiva
3.4.2.5.2.1. Analítica
3.4.2.5.2.2. Sintética
3.4.2.5.3. Voz reflexiva
3.4.3. Formação dos tempos verbais
3.4.3.1. Derivação
3.4.3.1.1. Derivados da 1a pessoa do singular do presente do indicativo
3.4.3.1.1.1. Presente do subjuntivo
3.4.3.1.1.2. Imperativo negativo
3.4.3.1.1.3. Imperativo afirmativo
3.4.3.1.2. Derivados da 3a pessoa do plural do pretérito do indicativo
3.4.3.1.2.1. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
3.4.3.1.2.2. Futuro do subjuntivo
3.4.3.1.2.3. Pretérito imperfeito do subjuntivo
3.4.3.1.3. Derivados do infinitivo impessoal
3.4.3.1.3.1. Futuro do presente do indicativo
3.4.3.1.3.2. Futuro do pretérito do indicativo
3.4.3.1.3.3. Pretérito imperfeito do indicativo
3.4.3.1.3.4. Infinitivo pessoal
3.4.3.1.3.5. Gerúndio
3.4.3.1.3.6. Particípio
3.4.3.2. Tempos compostos
3.4.3.2.1. Formados a partir do presente (indicativo / subjuntivo)
3.4.3.2.2. Formados a partir do pretérito imperfeito (indicativo / subjuntivo)
3.4.3.2.3. Formado a partir do futuro do presente do indicativo
3.4.3.2.4. Formado a partir do futuro do pretérito do indicativo
13. 3.4.3.2.5. Formado a partir do futuro do subjuntivo
3.4.4. Formas nominais
3.4.4.1. Infinitivo
3.4.4.2. Particípio
3.4.4.3. Gerúndio
3.4.5. Emprego dos tempos verbais
3.4.5.1. Presente
3.4.5.2. Pretérito perfeito
3.4.5.3. Pretérito imperfeito
3.4.5.4. Pretérito mais-que-perfeito
3.4.5.5. Futuro do presente
3.4.5.6. Futuro do pretérito
3.4.5.7. Infinitivo pessoal
3.4.5.8. Infinitivo impessoal
3.4.6. Verbos da primeira conjugação que merecem destaque
3.4.7. Verbos da segunda conjugação que merecem destaque
3.4.8. Verbos da terceira conjugação que merecem destaque
3.4.9. Verbos defectivos que merecem destaque
3.5. CLASSES NOMINAIS INVARIÁVEIS
3.5.1. Advérbio
3.5.1.1. Locuções adverbiais
3.5.1.2. Advérbios interrogativos
3.5.1.3. Grau do advérbio
3.5.1.3.1. Grau comparativo
3.5.1.3.2. Grau superlativo
3.5.2. Preposição
3.5.2.1. Classificação da preposição
3.5.2.1.1. Essenciais
17. 4.3.2.2.1.6. Oração subordinada substantiva apositiva
4.3.2.2.2. Oração subordinada adjetiva
4.3.2.2.2.1. Oração subordinada adjetiva explicativa
4.3.2.2.2.2. Oração subordinada adjetiva restritiva
4.3.2.2.3. Oração subordinada adverbial
4.3.2.2.3.1. Oração subordinada adverbial causal
4.3.2.2.3.2. Oração subordinada adverbial comparativa
4.3.2.2.3.3. Oração subordinada adverbial concessiva
4.3.2.2.3.4. Oração subordinada adverbial condicional
4.3.2.2.3.5. Oração subordinada adverbial conformativa
4.3.2.2.3.6. Oração subordinada adverbial consecutiva
4.3.2.2.3.7. Oração subordinada adverbial final
4.3.2.2.3.8. Oração subordinada adverbial proporcional
4.3.2.2.3.9. Oração subordinada adverbial temporal
4.3.2.3. Orações reduzidas
4.3.2.3.1. Oração reduzida de infinitivo
4.3.2.3.2. Oração reduzida de gerúndio
4.3.2.3.3. Oração reduzida de particípio
4.4. Regência
4.4.1. Regência nominal
4.4.2. Regência verbal
4.4.3. Particularidades da regência
4.4.3.1. Um único complemento para dois ou mais verbos
4.4.3.2. Regência com pronome interrogativo
4.4.3.3. Regência com pronome relativo
4.4.3.4. Regência com pronome pessoal do caso oblíquo átono
4.4.3.5. Verbos que pedem dois complementos
4.4.4. Sujeito e regência
18. 4.5. Crase
4.5.1. Crase com pronome demonstrativo
4.5.2. Crase com artigo
4.6. CONCORDÂNCIA
4.6.1. Concordância nominal
4.6.1.1. Particularidades da concordância do adjetivo
4.6.1.1.1. Dois ou mais substantivos determinados por um adjetivo
4.6.1.1.2. Um substantivo determinado por dois ou mais adjetivos
4.6.1.1.3. Substantivo usado como adjetivo
4.6.1.1.4. Adjetivos compostos
4.6.1.2. Casos especiais de concordância nominal
4.6.1.2.1. Muito, bastante, meio, todo, mesmo
4.6.1.2.2. Anexo, só, junto, incluso, excluso, próprio, quite, obrigado
4.6.1.2.3. O mais / menos (adjetivo) possível
4.6.1.2.4. Menos, alerta, pseudo
4.6.1.2.5. Silepse de gênero
4.6.1.2.6. Tal qual
4.6.1.2.7. Um e outro / nem um nem outro + substantivo
4.6.1.2.8. Um e outro / nem um nem outro + substantivo + adjetivo
4.6.1.2.9. Particípio + substantivo
4.6.1.2.10. Verbo ser + predicativo do sujeito
4.6.1.2.11. Plural de modéstia: nós + verbo + adjetivo
4.6.2. Concordância verbal
4.6.2.1. Concordância do sujeito simples
4.6.2.1.1. Particularidades da concordância do sujeito simples
4.6.2.1.2. Silepse de pessoa
4.6.2.1.3. Silepse de número
4.6.2.2. Concordância do sujeito composto
19. 4.6.2.2.1. Particularidades da concordância do sujeito composto
4.6.2.3. Concordância do sujeito indeterminado
4.6.2.4. Concordância da oração sem sujeito
4.6.2.5. Casos especiais de concordância verbal
4.6.2.6. Concordância do verbo ser
4.6.2.6.1. Verbo ser impessoal
4.7. Colocação Pronominal
4.7.1. Próclise
4.7.2. Mesóclise
4.7.3. Ênclise
4.7.4. Caso especial
4.7.5. Com locuções verbais
4.8. Questões
5. PONTUAÇÃO
5.1. Vírgula
5.2. Ponto e vírgula
5.3. Dois-pontos
5.4. Ponto-final
5.5. Ponto de interrogação
5.6. Ponto de exclamação
5.7. Reticências
5.8. Parênteses
5.9. Travessão
5.10. Aspas
5.11. Questões
6. SEMÂNTICA
6.1. Sinônimo
20. 6.2. Antônimo
6.3. Homônimos
6.4. Parônimos
6.5. Polissemia
6.6. Denotação e Conotação
6.7. Questões
7. ESTILÍSTICA
7.1. Figuras de Linguagem ou Estilo
7.1.1. Figuras de som
7.1.1.1. Aliteração
7.1.1.2. Onomatopeia
7.1.2. Figuras de construção ou de sintaxe
7.1.2.1. Anacoluto
7.1.2.2. Anáfora
7.1.2.3. Apóstrofe
7.1.2.4. Assíndeto
7.1.2.5. Elipse
7.1.2.6. Hipérbato
7.1.2.7. Pleonasmo
7.1.2.8. Polissíndeto
7.1.2.9. Silepse
7.1.2.9.1. Silepse de pessoa
7.1.2.9.2. Silepse de gênero
7.1.2.9.3. Silepse de número
7.1.2.10. Zeugma
7.1.3. Figuras de pensamento
7.1.3.1. Antítese
7.1.3.2. Antonomásia
21. 7.1.3.3. Catacrese
7.1.3.4. Comparação
7.1.3.5. Gradação
7.1.3.6. Eufemismo
7.1.3.7. Hipérbole
7.1.3.8. Ironia
7.1.3.9. Metáfora
7.1.3.10. Metonímia
7.1.3.10.1. O autor pela obra
7.1.3.10.2. O continente pelo conteúdo
7.1.3.10.3. A causa pelo efeito, e vice-versa
7.1.3.10.4. O lugar pelo produto feito no lugar
7.1.3.10.5. A parte pelo todo
7.1.3.10.6. A matéria pelo objeto
7.1.3.10.7. A marca pelo produto
7.1.3.10.8. O concreto pelo abstrato, e vice-versa
7.1.3.10.9. O indivíduo pela espécie
7.1.3.10.10. O instrumento pela ideia que ele representa
7.1.3.11. Prosopopeia
7.1.3.12. Sinestesia
7.2. Vícios de Linguagem
7.2.1. Barbarismo
7.2.2. Solecismo
7.2.3. Ambiguidade ou anfibologia
7.2.4. Cacófato
7.2.5. Pleonasmo vicioso
7.2.6. Neologismo
7.2.7. Eco
24. 8.5.2. Resumo
8.5.3. Síntese
8.6. Inferência
8.7. Questões
9. REDAÇÃO OFICIAL
9.1. Correspondência
9.2. Correspondência Oficial
9.3. Características da Redação Oficial
9.3.1. Impessoalidade
9.3.2. Correção gramatical
9.3.3. Formalidade e padronização
9.3.3.1. Pronomes de tratamento
9.3.3.1.1. Emprego dos pronomes de tratamento
9.3.3.1.1.1. Vossa Excelência
9.3.3.1.1.2. Vossa Senhoria
9.3.3.1.1.3. Vossa Magnificência
9.3.3.1.1.4. Vossa Santidade
9.3.3.1.1.5. Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima
9.3.3.1.1.6. Vossa Excelência Reverendíssima
9.3.3.1.1.7. Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima
9.3.3.1.1.8. Vossa Reverência
9.3.4. Concisão e clareza
9.4. Manual de redação da Presidência da República
9.5. Instrução Normativa n. 4/92
9.6. O Padrão Ofício
9.6.1. Partes do documento no padrão ofício
9.6.2. Tipo do documento
9.6.3. Local e data
25. 9.6.4. Destinatário
9.6.5. Assunto
9.6.6. Texto
9.6.7. Fecho
9.6.8. Identificação do signatário
9.7. Forma de diagramação
9.8. Comunicações oficiais
9.8.1. Apostila
9.8.2. Ata
9.8.3. Aviso
9.8.4. Certidão
9.8.5. Circular
9.8.6. Contrato
9.8.7. Convênio
9.8.8. Correio eletrônico
9.8.9. Declaração
9.8.10. Decreto
9.8.10.1. Decretos regulamentares
9.8.10.2. Decretos individuais ou coletivos
9.8.11. Edital
9.8.12. Exposição de motivos
9.8.13. Fax
9.8.14. Informação
9.8.15. Instrução e instrução normativa
9.8.16. Memorando
9.8.17. Mensagem
9.8.18. Ofício
9.8.19. Ordem de serviço
26. 9.8.20. Parecer
9.8.21. Requerimento
9.8.22. Portaria
9.8.23. Relatório
9.8.24. Resolução
9.8.25. Telegrama
9.9. Questões
10. REDAÇÃO DISCURSIVA
10.1. Qualidades Fundamentais do Texto
10.2. Tipologia Textual
10.3. Figuras e Temas
10.4. Dissertação Objetiva
10.4.1. Argumentação
10.4.1.1. Argumento baseado na estrutura da realidade
10.4.1.2. Argumento baseado no consenso
10.4.1.3. Argumento baseado em fatos
10.4.1.4. Argumento lógico
10.4.2. Defeitos da argumentação
10.4.2.1. Tautologia
10.4.2.2. Noção semiformalizada
10.4.2.3. Noção confusa
10.4.2.4. Generalização
10.4.2.5. Erro pelo exemplo ou ilustração
10.4.2.6. Erro pela conclusão
10.4.3. Discurso dissertativo de caráter científico
10.5. Progressão Discursiva
10.6. Dicas para se Escrever Bem
10.7. Técnica de Redação
29. AGRADECIMENTO
Sou grato à Atanagildetina, ao Childerico, à Radegondes, à
Pascoalina, ao Asdrúbal, à Âni — personagens que me acompanham há
muito tempo em minha jornada pelo magistério, e me ajudam a deixar
nos meus “aluninhos” um pouco do amor que sinto pela Língua
Portuguesa.
30. METODOLOGIA ESQUEMATIZADO®
Durante o ano de 1999, pensando, naquele primeiro momento, nos
alunos que prestariam o exame da OAB, resolvemos criar uma
metodologia de estudo que tivesse linguagem “fácil” e, ao mesmo
tempo, oferecesse o conteúdo necessário à preparação para provas e
concursos.
O trabalho foi batizado como Direito constitucional
esquematizado®. Em nosso sentir, surgia ali uma metodologia
pioneira, idealizada com base em nossa experiência no magistério e
buscando, sempre, otimizar a preparação dos alunos.
A metodologia se materializou nos seguintes “pilares”:
■ esquematizado®: a parte teórica é apresentada de forma objetiva,
dividida em vários itens e subitens e em parágrafos curtos. Essa
estrutura revolucionária rapidamente ganhou a preferência dos
concurseiros;
■ superatualizado: doutrina e legislação em sintonia com as grandes
tendências da atualidade e na linha dos concursos públicos de todo o
País;
■ linguagem clara: a exposição fácil e direta, a leitura dinâmica e
estimulante trazem a sensação de que o autor está “conversando” com
o leitor;
31. ■ palavras-chave (keywords): os destaques na cor azul possibilitam a
leitura “panorâmica” da página, facilitando a fixação dos principais
conceitos. O realce colorido recai sobre os termos que o leitor
certamente grifaria com a sua caneta marca-texto;
■ recursos gráficos: esquemas, tabelas e gráficos favorecem a
assimilação e a memorização dos principais temas;
■ questões resolvidas: ao final de cada capítulo, o assunto é ilustrado
com questões de concursos ou elaboradas pelos próprios autores, o
que permite conhecer as matérias mais cobradas e também checar o
aprendizado.
Depois de muitos anos de aprimoramento, o trabalho passou a
atingir tanto os candidatos ao Exame de Ordem quanto todos aqueles
que enfrentam os concursos em geral, sejam das áreas jurídica ou não
jurídica, de nível superior ou mesmo os de nível médio, assim como
os alunos de graduação e demais profissionais.
Ada Pellegrini Grinover, sem dúvida, anteviu, naquele tempo, a
evolução do Esquematizado®. Segundo a Professora escreveu em 1999,
“a obra destina-se, declaradamente, aos candidatos às provas de
concursos públicos e aos alunos de graduação, e, por isso mesmo, após
cada capítulo, o autor insere questões para aplicação da parte teórica.
Mas será útil também aos operadores do direito mais experientes, como
fonte de consulta rápida e imediata, por oferecer grande número de
informações buscadas em diversos autores, apontando as posições
predominantes na doutrina, sem eximir-se de criticar algumas delas e de
trazer sua própria contribuição. Da leitura amena surge um livro ‘fácil’,
sem ser reducionista, mas que revela, ao contrário, um grande poder de
síntese, difícil de encontrar mesmo em obras de autores mais maduros,
sobretudo no campo do direito”.
Atendendo ao apelo de “concurseiros” de todo o País, sempre com o
apoio incondicional da Editora Saraiva, convidamos professores das
principais matérias exigidas nos concursos públicos das áreas jurídica e
32. não jurídica para compor a Coleção Esquematizado®. Roberto
Caparroz colaborou conosco na coordenação das obras voltadas às
matérias não jurídicas.
Metodologia pioneira, vitoriosa, consagrada, testada e aprovada.
Professores com larga experiência na área dos concursos públicos.
Estrutura, apoio, profissionalismo e know-how da Editora Saraiva.
Sem dúvida, ingredientes indispensáveis para o sucesso da nossa
empreitada!
Para a Língua Portuguesa, tivemos a honra de contar com o precioso
trabalho de Agnaldo Martino, que soube, com maestria, aplicar a
metodologia “Esquematizado®” à sua vasta e reconhecida experiência
profissional.
Agnaldo é licenciado em Letras (Português, Inglês e Literatura),
mestre e doutor em Língua Portuguesa pela PUC-SP e festejado
professor de Gramática, Interpretação de Texto, Redação Oficial e
Redação Discursiva, tendo começado a lecionar em 1987.
Trata-se de professor completo, ovacionado por seus alunos e com
muita experiência em cursos regulares (fundamental e médio), pré-
vestibulares e preparatórios para concursos públicos.
Agnaldo já foi professor da Rede Pública Estadual de São Paulo, do
Colégio Benjamin Constant e da Escola Morumbi, bem como de cursos
preparatórios para concursos e vestibulares: Prima, Complexo
Educacional Damásio de Jesus, Marcato, Central de Concursos, Meta,
Formação, Qualidade, UniEquipe, Solução, entre outros.
Atualmente, leciona na Universidade Anhanguera/Rede LFG, via
satélite, para várias cidades do País.
Não temos dúvida de que este livro contribuirá para “encurtar” o
caminho do ilustre e “guerreiro” concurseiro na busca do “sonho
dourado”!
Esperamos que a Coleção Esquematizado® cumpra o seu papel. Em
constante parceria, estamos juntos e aguardamos suas críticas e
33. sugestões.
Sucesso a todos!
Pedro Lenza
Mestre e Doutor pela USP
pedrolenza@terra.com.br
https://twitter.com/pedrolenza
http://instagram.com/pedrolenza
http://www.periscope.tv/pedrolenza
https://www.facebook.com/pedrolenz
https://www.youtube.com/pedrolenza
http://www.saraivajur.com.br/esquem
34. APRESENTAÇÃO
Todos os anos, milhões de pessoas, com os mais variados perfis e
histórias de vida, resolvem ingressar no mundo dos concursos públicos.
Trata-se de um movimento contínuo, crescente, inesgotável e
tipicamente brasileiro.
Portanto, se a ideia já passou pela sua cabeça, saiba que você não está
sozinho. A constatação serve, a um só tempo, tanto como estímulo para
os estudos quanto para que possamos compreender o calibre do desafio
que aguarda os candidatos.
Quais os motivos para esse fenômeno, que só faz crescer?
A resposta mais simples e direta reside no fato de que o Estado, para
a nossa realidade, é um excelente empregador. Se compararmos a
remuneração da iniciativa privada com a de carreiras públicas
equivalentes, em termos de exigências e atividades, na maioria dos
casos, o valor percebido pelos servidores será igual ou superior. Some-
se a isso a estabilidade, o regime diferenciado de previdência e a
possibilidade de ascensão funcional e teremos a perfeita equação para
a verdadeira legião de “concurseiros” que existe no Brasil.
Como vencer o desafio dos concursos, se a concorrência é tão
grande?
Ao contrário do que muita gente imagina, a dificuldade certamente não
é quantitativa, pois o número de concorrentes, na prática, pouco
35. importa. Todos os grandes concursos oferecem vagas suficientes,
capazes de premiar os candidatos que conseguirem obter médias
elevadas. O fator determinante para o sucesso é de natureza
qualitativa e exige o domínio de duas metodologias: saber estudar e
resolver questões.
Há muitos anos digo aos alunos que o segredo dos concursos não é
simplesmente estudar mais (muito embora os vencedores estudem
bastante), mas, principalmente, estudar melhor.
E o que significa isso? Estudar melhor implica escolher uma fonte de
referência segura, completa e atualizada para cada matéria, absorvê-la ao
máximo e, depois, verificar o aprendizado por meio de questões.
Costumo ponderar que, se um candidato ler dois autores sobre o
mesmo tema, provavelmente “elevará ao quadrado” suas dúvidas, pois
não saberá como enfrentar, nas provas, as divergências de pensamento
que, apesar de comuns e salutares no meio acadêmico, devem ser
evitadas a todo custo nos concursos.
Essa é uma das propostas da presente Coleção Esquematizado®.
Quando o amigo Pedro Lenza me convidou para ajudá-lo na
coordenação das obras voltadas para as matérias não jurídicas,
imediatamente vislumbrei a possibilidade de oferecer aos alunos das
mais diversas carreiras a mesma metodologia, testada e aprovada no
consagrado Direito Constitucional Esquematizado®.
Sabemos que a grande dificuldade dos concursos de ampla
concorrência, abertos a candidatos de qualquer formação, reside na
quantidade e variedade de matérias, de tal sorte que não seria exagero
afirmar que ninguém conhece, a priori, todos os temas que serão
exigidos, ao contrário das carreiras jurídicas, nas quais os alunos
efetivamente travaram conhecimento com as disciplinas durante a
faculdade.
Ninguém faz “faculdade para concursos”, até porque, na prática, ela
não existe. Os candidatos provêm de áreas diferentes e acumularam
36. conhecimento em temas que normalmente não são objeto de questões. É
comum o relato de candidatos iniciantes que tiveram pior desempenho
justamente nas matérias que conheciam a partir da experiência
profissional.
Os concursos não jurídicos exigem preparação específica, na qual
os candidatos normalmente “iniciam do zero” seus estudos.
A metodologia empregada na Coleção Esquematizado® permite que
o leitor, de qualquer nível, tenha acesso à mais completa e atualizada
teoria, exposta em linguagem clara, acessível e voltada para
concursos, acrescida de questões especialmente selecionadas e
comentadas em detalhes.
O projeto, apesar de audacioso, se sustenta pela qualidade dos
autores, todos com larga experiência na preparação de candidatos para
as diferentes provas e bancas examinadoras. As matérias são abordadas
de forma teórico-prática, com farta utilização de exemplos e gráficos,
que influem positivamente na fixação dos conteúdos.
A abordagem dos temas busca esgotar os assuntos, sem, no entanto, se
perder em digressões ou posições isoladas, com o objetivo de oferecer
ao candidato uma solução integrada, naquilo que os norte-americanos
chamam de one stop shop.
Com a estrutura e o suporte proporcionados pela Editora Saraiva,
acreditamos que as obras serão extremamente úteis, inclusive para os
alunos dos cursos de graduação.
Lembre-se de que o sucesso no mundo dos concursos não decorre do
“se”, mas, sim, do “quando”.
Boa sorte e felicidade a todos!
Roberto Caparroz
roberto@caparroz.com
37. NOTA DO AUTOR À 7ª EDIÇÃO
Apresentamos a 7ª edição do Português Esquematizado®!
Garantindo o mesmo cuidado de sempre, acrescentamos exercícios, para
que o leitor sinta-se atualizado em todos os níveis – tanto na teoria
quanto na prática.
Desde o lançamento da obra, procuramos sempre atender às
expectativas daqueles que desejavam um livro prático e completo para o
estudo da Língua Portuguesa, seguindo, ortodoxamente, a estrutura
consagrada da Coleção Esquematizado®.
Nesta nova edição, optou-se por não fazer quaisquer acréscimos ao
texto, uma vez que o livro ter sido muito bem aceito pelo seu público-
alvo, cujos comentários, nos vários meios — redes sociais, cursinhos,
escolas etc. —, dão-nos a certeza de que ainda não há necessidade de
atualização.
Ao escrever este livro, foi minha intenção oferecer ao estudante de
Língua Portuguesa um volume completo, com tudo de que necessita
para realizar uma prova de concurso público, porém de estilo simples e
direto. O texto se apresenta de forma clara e objetiva, com destaque para
aquilo que o leitor deve guardar na memória para um ótimo desempenho
nas provas.
A obra discorre sobre os quatro grandes temas presentes nos
concursos de vários níveis: Gramática, Interpretação de Texto,
38. Redação Oficial e Redação Discursiva. Dessa maneira, ao estudar por
este livro, o candidato tem diante de si todo o arsenal para treinar a
Língua Portuguesa.
A Redação Discursiva, além das informações técnicas a respeito do
processo de produção do texto, discorre sobre as suas qualidades (e os
defeitos que se devem evitar!) e traz, ainda, uma técnica prática que
permite, com treino e dedicação, atingir um excelente resultado.
A divisão da obra foi pensada para facilitar a pesquisa e a leitura.
Basta verificar o programa de Português da prova para a qual deseja
preparar-se e, em seguida, localizar esses assuntos no livro. Assim, você
tem uma obra que contempla o conteúdo de concursos, com o benefício
de estudar aquilo que lhe é necessário para aquela prova específica.
Como todo livro da Coleção Esquematizado®, este também
apresenta as ideias principais destacadas, esquemas gráficos e
quadros com curiosidades, tudo para tornar o aprendizado mais ágil e
agradável. Além disso, traz muitos exercícios, para fixar todo o
conteúdo.
Muito do aprendizado dos fatos da língua vem da prática — e não
apenas da leitura da teoria —, por isso este volume privilegia as
questões. Ao final de cada unidade, há exercícios com respostas
comentadas para a fixação dos conceitos, tanto gramaticais quanto de
interpretação de texto ou redação oficial. Há também uma unidade
dedicada especificamente a questões, com grupos de dez questões cada
um, com os assuntos mais cobrados em provas. Assim, paulatinamente,
o leitor poderá testar seus conhecimentos, para continuar ampliando o
seu nível de domínio linguístico. Essas questões foram retiradas de
provas das mais conceituadas bancas examinadoras de todo o País, tais
como Cesgranrio, Cespe-UnB, Cetro, Consulplan, ESAF, FCC,
FGV, FUNRIO, NCE-UFRJ, Vunesp, entre outras. Algumas questões
foram publicadas exatamente como apareceram nas provas, outras foram
adaptadas, atualizadas, recicladas ou alteradas para a publicação neste
39. livro.
Pelo fato de chegarmos à sétima edição, devo agradecer aos muitos
leitores que contribuíram para que este meu trabalho se tornasse
referência de bom livro para concursos. Agradeço, também, a todos
aqueles que, com sua leitura crítica, perceberam algum problema com o
texto ou com a digitação e, gentilmente, enviaram a este autor seus
apontamentos sobre tais deslizes.
Faço um agradecimento especial aos nossos coordenadores, Pedro
Lenza e Roberto Caparroz, pois muito do sucesso desta já prestigiada
Coleção deve-se a eles.
Sou grato, ainda, a toda a equipe editorial da Saraiva, por todo o
apoio dispensado à divulgação de nosso trabalho.
Bom estudo!
Agnaldo Martino
agnaldomartino@gmail.com
40. 1
FONOLOGIA
A fonética e a fonologia estudam o aspecto físico-
fisiológico, isto é, o aspecto fônico.
A fonética se ocupa do aspecto acústico e fisiológico dos
sons reais e concretos dos atos linguísticos: sua
produção, articulação e variedades.
Já para a fonologia, a unidade básica não é o som, mas o
fonema, visto como unidade acústica que desempenha
função linguística distintiva de unidades linguísticas
superiores dotadas de significado.
Evanildo Bechara
41. Fonologia é a parte da gramática que trata dos sons produzidos pelo
ser humano para a comunicação, em relação a determinada língua.
Curiosidade: O estudo dos sons, de forma geral — sem levar em conta a região
geográfica ou a cultura a que se aplica —, recebe o nome de FONÉTICA.
■ 1.1. FONEMA
O s fonemas são os elementos sonoros mais simples da língua,
capazes de estabelecer distinção entre duas palavras. Como em: sua e
tua. Note que a distinção entre uma e outra palavra são os fonemas /se/ e
42. /te/.
Curiosidade: Graficamente expressamos os fonemas entre barras: /me/; /ce/; /ve/.
Não podemos confundir letras com fonemas, pois letra é a
representação gráfica de um som.
M — letra eme > som /me/.
J — letra jota > som /je/.
H — letra agá > não existe som para essa letra.
Nem sempre ao número de letras corresponde o mesmo número de
fonemas. Veja:
CALHA
5 letras: c, a, l, h, a.
4 fonemas: /ke/, /a/, /lhe/, /a/.
TÁXI
4 letras: t, a, x, i.
5 fonemas: /te/, /a/, /ke/, /se/, /i/.
Os fonemas se dividem em dois grupos:
■ Fonemas vocálicos: representam as vogais.
■ Fonemas consonantais: representam as consoantes.
■ 1.2. FONEMAS VOCÁLICOS
Chamamos fonemas vocálicos os sons resultantes da emissão de ar
que passa livremente pela cavidade bucal. São eles: A, E, I, O, U.
Dividem-se em dois grupos:
■ 1.2.1. Vogais
São a base da sílaba em Língua Portuguesa. Há apenas uma vogal
em cada sílaba: sa-pa-to; ca-fé; u-si-na.
43. ■ 1.2.2. Semivogais
São fracas em relação à vogal. As letras I e U, quando acompanham
outra vogal numa mesma sílaba, são as semivogais. As letras E e O
também serão semivogais quando forem átonas, acompanhando outra
vogal. Veja:
cá-rie
/i/ é semivogal
/e/ é vogal
tou-ro
/o/ é vogal
/u/ é semivogal
mãe
/a/ é vogal
/e/ é semivogal
pão
/a/ é vogal
/o/ é semivogal
■ 1.3. FONEMAS CONSONANTAIS
Chamamos de fonemas consonantais os ruídos ocasionados pela
obstrução da passagem de ar pelo aparelho fonador (língua, dentes,
lábios etc.). São: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W,
X, Y, Z.
■ 1.4. ENCONTROS VOCÁLICOS
É a união de dois ou mais fonemas vocálicos em uma única sílaba.
São eles: o ditongo, o tritongo e o hiato.
■ 1.4.1. Ditongo
44. Ocorre quando juntamos dois sons vocálicos numa única sílaba:
ca-iu; viu; tou-ro; den-tais.
Os ditongos são classificados de acordo com a sua formação e a sua
pronúncia.
De acordo com a formação, o ditongo pode ser:
■ 1.4.1.1. Crescente
Começa com semivogal e termina com vogal: cárie, história, tênue.
■ 1.4.1.2. Decrescente
Começa com vogal e termina com semivogal: touro, dentais, peixe.
De acordo com a pronúncia, o ditongo pode ser:
■ 1.4.1.3. Oral
Quando o som sai completamente pela boca: tênue, dentais.
■ 1.4.1.4. Nasal
Quando o som sai pelo nariz: pão, mãe, também, cantaram.
Curiosidade: AM e EM, em final de palavras, representam ditongos decrescentes
nasais. Perceba que os sons que ouvimos são: /tã-bei/ e /cã-ta-rau/.
■ 1.4.2. Tritongo
Ocorre quando juntamos três sons vocálicos numa única sílaba:
iguais; quão.
O tritongo se classifica, quanto à pronúncia, como:
■ 1.4.2.1. Oral
Quando o som sai apenas pela boca: iguais.
45. ■ 1.4.2.2. Nasal
Quando o som sai pelo nariz: quão.
■ 1.4.3. Hiato
Ocorre quando colocamos, simultaneamente, em uma palavra duas
vogais, que pertencem a sílabas diferentes: sa-í-da; co-o-pe-rar;
ga-ú-cho.
■ 1.5. ENCONTROS CONSONANTAIS
É o encontro de sons consonantais simultâneos dentro da palavra.
Podem ser classificados de acordo com o modo como se apresentam.
■ 1.5.1. Encontros consonantais perfeitos
Sons consonantais que pertencem à mesma sílaba: pro-ble-ma; psi-
co-lo-gi-a; pe-dra.
■ 1.5.2. Encontros consonantais imperfeitos
Sons consonantais que pertencem a sílabas diferentes: dig-no;
per-fei-to; ar-tis-ta.
Curiosidade: Repare que nos encontros consonantais, apesar de as consoantes
aparecerem lado a lado, cada uma conserva o seu som próprio, característico.
pro-ble-ma = /pe/ + /re/ + /o/ + /be/ + /le/ + /e/ + /me/ + /a/
af-ta = /a/ + /fe/ + /te/ + /a/
■ 1.6. DÍGRAFO
Ocorre quando duas letras representam um único som:
CH — chá
LH — telha
NH — ninho
46. GU — foguete
QU — quilo
RR — carro
SS — assado
SC — descer
SÇ — desço
XC — exceto
XS — exsudar
AM — tampa
EM — tempo
IM — tímpano
OM — tombo
UM — tumba
AN — anta
EN — entortar
IN — interno
ON — onda
UN — untar
Curiosidade: Os grupos GU e QU, quando trazem o U pronunciado, não
representam dígrafos, pois nesse caso G e Q têm um som e U tem outro: aguentar;
sagui; tranquilo; aquoso.
■ 1.7. SÍLABA
É a junção de fonemas numa única emissão de ar. Cada vez que se
expele o ar do pulmão passando pelo aparelho fonador (boca ou boca e
nariz), temos uma sílaba.
A base da sílaba em Língua Portuguesa é sempre uma vogal; portanto,
não existe sílaba sem vogal.
De acordo com o número de sílabas, a palavra será classificada como:
47. ■ Monossílaba — uma única sílaba: chá, pé, me, lhe.
■ Dissílaba — duas sílabas: café, sofá, onça, digno.
■ Trissílaba — três sílabas: copinho, socorro, agora, adrede.
■ Polissílaba — quatro ou mais sílabas: limonada, chocolatezinho,
Atanagildetina, desoxirribonucleico.
■ 1.8. TONICIDADE
As sílabas de uma palavra podem ser fortes ou fracas.
As sílabas fortes são chamadas de TÔNICA, e as sílabas fracas são
chamadas de ÁTONAS.
paralelepípedo: pí é a sílaba tônica, as outras são átonas.
sapato: pa é a sílaba tônica, as outras são átonas.
Curiosidade: Em cada palavra, há apenas uma sílaba forte; todas as outras serão
fracas.
As palavras monossílabas, por possuírem apenas uma sílaba, devem
ser chamadas de tônicas ou átonas:
■ Monossílaba tônica — possui sentido próprio quando está só: chá,
pá, mês.
■ Monossílaba átona — não possui sentido próprio quando está só:
com, em, lhe.
Palavras com duas ou mais sílabas são classificadas de acordo com a
posição que a sílaba tônica ocupa dentro da palavra:
■ Oxítona — é a palavra cuja última sílaba é forte: café, maracujá,
ananás.
■ Paroxítona — é a palavra cuja penúltima sílaba é forte: sapato,
educado, revólver.
■ Proparoxítona — é a palavra cuja antepenúltima sílaba é forte:
lâmpada, metafísica, pássaro.
48. ■ 1.9. FORMAS VARIANTES
Algumas palavras podem ter pronúncia variável. Veja:
acróbata ou acrobata
alópata ou alopata
ambrósia ou ambrosia
autópsia ou autopsia
Bálcãs ou Balcãs
biópsia ou biopsia
biótipo ou biotipo
boêmia ou boemia
crisântemo ou crisantemo
Dário ou Dario
dúplex ou duplex
Gândavo ou Gandavo
geodésia ou geodesia
hieróglifo ou hieroglifo
homília ou homilia
Madagáscar ou Madagascar
necrópsia ou necropsia
nefelíbata ou nefelibata
Oceânia ou Oceania
ortoépia ou ortoepia
projétil ou projetil
réptil ou reptil
sóror ou soror
tríplex ou triplex
xérox ou xerox
zângão ou zangão
Há palavras em que a letra U do grupo QU pode ou não ser
pronunciada: antiquíssimo; equidade; equivalente; equivaler;
49. liquidação; liquidar; liquidificador; líquido; retorquir.
Curiosidade: Ortoépia é a parte da gramática que trata da correta pronúncia das
palavras. Quando cometemos um engano de pronúncia, surge a prosódia.
rubrica — sílaba tônica = bri.
O erro prosódico comum é pronunciar a sílaba ru como forte.
ínterim — sílaba tônica = ín.
O erro prosódico comum é pronunciar a sílaba rim como forte.
S ão oxítonas: cateter; Cister; harém; Gibraltar; masseter; mister (necessário);
Nobel; novel; recém; sutil; ureter.
São paroxítonas: acórdão; alcácer; algaravia; âmbar; acerdiago; avaro; aziago;
azimute; barbaria; batavo; boêmia; cânon; caracteres; cartomancia; cenobita;
ciclope; clímax; decano; edito (lei); efebo; epifania; erudito; exegese; filantropo;
flébil; ibero; impio (cruel); ímpio (sem fé); índex; látex; libido; maquinaria;
misantropo; necropsia; nenúfar; omicro; opimo; pudico; Quéops; quiromancia;
recorde; têxtil; tétum; tulipa.
São proparoxítonas: acônito; aeródromo; aerólito; ágape; álacre; álcool; alcíone;
alcoólatra; álibi; alvíssaras; âmago; amálgama; anátema; andrógino; anódino;
antífona; ápode; aríete; arquétipo; autóctone; ávido; azáfama; barbárie; bávaro;
bímano; écloga; édito (ordem judicial); êmbolo; ímprobo; ínterim; leucócito;
monólito; protótipo; revérbero; úmbrico; zênite.
Palavras com /é/ — som aberto: badejo; blefe; cedro; cervo; besta (arma); incesto;
medievo; obsoleto.
Palavras com /ê/ — som fechado: adrede; besta (animal de carga); cerda; destro;
escaravelho; extra; fechar (e suas flexões: fecho, fechas, fecha, feche, feches etc.);
magneto; quibebe; reses.
Palavras com /ó/ — som aberto: amorfo; canoro; coldre; dolo; inodoro; molho
(feixe); sinagoga; tropo.
Palavras com /ô/ — som fechado: alcova; alforje; algoz; boda; bodas; choldra;
desporto; foro (jurisdição); transbordo.
■ 1.10. DIVISÃO SILÁBICA
A divisão da palavra em sílabas é feita pela soletração. Basta
pronunciar com calma a palavra para sabermos quantas sílabas ela
contém.
50. Há algumas regras que facilitam a separação de sílabas:
■ 1.10.1. Separam-se
a) hiato: sa-í-da, ba-la-ús-tre;
b) encontro consonantal imperfeito: dig-no, ca-rac-te-rís-ti-ca;
c) dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC, XS: car-ro, as-sa-do, des-cer, des-ço,
ex-ce-ção, ex-su-dar.
■ 1.10.2. Não se separam
a) ditongo: cá-rie, á-gua;
b) tritongo: i-guais, quão;
c) encontro consonantal perfeito: pro-va, clas-se;
d) dígrafos CH, LH, NH, GU, QU, AM, EM, IM, OM, UM, AN, EN,
IN, ON, UN: cha-lei-ra, te-lha, vi-nho, guer-ra, que-ro, âm-bar, Em-bu,
im-pa-la, om-bro, um-bi-go, can-to, ven-to, tin-ta, ton-to, tun-dra.
■ 1.10.3. Outras dicas
a) Qualquer consoante solta dentro da palavra, que não forme sílaba
com vogal posterior, pertencerá sempre à sílaba anterior: tungs-tê-nio;
e-clip-se; e-gíp-cio; felds-pa-to.
b) prefixo + vogal — formam sílaba normalmente: tran-sa-tlân-ti-co;
su-ben-ten-der.
c) prefixo + consoante — isola-se o prefixo e depois separam-se as
sílabas restantes: sub-li-nhar; ab-rup-to; trans-por-te.
■ 1.11. QUESTÕES
1. (UFRJ) Nesta relação, as sílabas tônicas estão destacadas. Uma
delas, porém, está destacada incorretamente. Assinale-a.
a) inteRIM.
51. b) puDIco.
c) ruBRIca.
d) graTUIto.
e) inauDIto.
2. (FAU-Santos) Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e
grossa, constatamos qual sequência de letras e fonemas?
a) 8-7, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5.
b) 7-6, 6-6, 5-5, 5-5, 5-5.
c) 8-5, 7-5, 6-4, 5-4, 5-4.
d) 8-6, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5.
e) 8-5, 7-6, 6-5, 5-5, 5-5.
3. (Escola Naval-RJ) Nas palavras anjinho, carrocinhas, nossa e
recolhendo, podemos detectar oralmente a seguinte quantidade de
fonemas, respectivamente:
a) três, quatro, dois, quatro.
b) cinco, nove, quatro, oito.
c) seis, dez, cinco, nove.
d) três, seis, dois, cinco.
e) sete, onze, cinco, dez.
4. (UFSC) Assinale a alternativa em que a palavra não tem suas
sílabas corretamente separadas.
a) in-te-lec-ção.
b) cons-ci-ên-cia.
c) oc-ci-pi-tal.
d) psi-co-lo-gia.
e) ca-a-tin-ga.
5. (PUC-MG) Assinale o vocábulo que contém cinco letras e quatro
fonemas.
a) estou.
b) adeus.
c) livro.
d) volto.
e) daqui.
52. 6. (ITA-SP) A sequência de palavras cujas sílabas estão separadas
corretamente é:
a) a-dje-ti-va-ção, im-per-do-á-veis, bo-ia-dei-ro.
b) in-ter-ve-io, tec-no-lo-gi-a, sub-li-nhar.
c) in-tu-i-to, co-ro-i-nha, pers-pec-ti-va.
d) co-ro-lá-rio, subs-tan-ti-vo, bis-a-vó.
e) flui-do, at-mos-fe-ra, in-ter-vei-o.
7. (UFRJ) As sílabas das palavras psicossocial e traído estão
corretamente separadas em:
a) psi-cos-so-ci-al, tra-í-do.
b) psi-cos-so-cial, tra-í-do.
c) psi-co-sso-ci-al, traí-do.
d) psi-co-sso-ci-al, tra-í-do.
e) psico-sso-ci-al, traí-do.
8. (FGV) Assinale a melhor resposta. Em papagaio temos:
a) um ditongo.
b) um trissílabo.
c) um proparoxítono.
d) um tritongo.
e) um dígrafo.
9. (UFPI) Têm a mesma classificação, quanto ao acento tônico, as
palavras:
a) alivia, vizinho, insônia, chão.
b) risquei, fósforo, tijolo, porque.
c) zombaria, devagarinho, companhia.
d) fôlego, estrela, tamborete.
10. (UEPG-PR) Assinale a sequência em que todas as palavras estão
partidas corretamente.
a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar.
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu.
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar.
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-es-cre-ver.
e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu.
53. 11. (FGV) Assinale a alternativa em que a sílaba tônica está
corretamente destacada.
a) mis-TER, de-CA-no, a-VA-ro, cir-CUI-to.
b) RU-bri-ca, a-zi-A-go, I-be-ro, MIS-ter.
c) NO-bel, LÁ-tex, I-be-ro, fi-lan-TRO-po.
d) ru-BRI-ca, lá-TEX, A-va-ro, DE-ca-no.
e) DE-ca-no, Ê-xo-do, ru-BRI-ca, u-re-TER.
12. (ITA-SP) Dadas as palavras: 1) TUN-GSTÊ-NIO, 2) BIS-A-VÔ e 3)
DU-E-LO, constatamos que a separação de sílabas está correta:
a) apenas na palavra 1.
b) apenas na palavra 2.
c) apenas na palavra 3.
d) em todas as palavras.
e) em nenhuma delas.
■ GABARITO ■
1. “a”. A sílaba tônica é ÍN-, ínterim.
2. “d”. Enquanto = 8 letras e 6 fonemas; queimar = 7 letras e 6 fonemas; folhas = 6 letras e 5 fonemas; hábil = 5 letras e 4
fonemas; grossa = 6 letras e 5 fonemas.
3. “b”. Anjinho = 5 fonemas; carrocinhas = 9 fonemas; nossa = 4 fonemas; recolhendo = 8 fonemas.
4. “d”. A separação correta é psi-co-lo-gi-a.
5. “e”. Daqui = 4 fonemas; todas as outras têm cinco fonemas cada uma.
6. “e”. Corrigindo as erradas: a) ad-je-ti-va-ção, boi-a-dei-ro; b) in-ter-vei-o, c) in-tui-to; d) bi-sa-vó.
7. “a”: psi-cos-so-ci-al, tra-í-do.
8. “a”. Pa-pa-gai-o apresenta um ditongo (gai).
9. “c”. Veja a sílaba tônica de cada uma delas: zom-ba-RI-a, de-va-ga-RI-nho, com-pa-NHI-a. São todas paroxítonas.
10. “c”. Corrigindo as erradas: a) tran-sa-tlân-tico; b) bi-sa-vô; d) su-bes-cre-ver; e) ci-san-di-no.
11. “a”. Mister é oxítona; decano, avaro e circuito são paroxítonas.
12. “c”. Apenas du-e-lo está com a separação correta. Corrigindo as outras: tungs-tê-nio; bi-sa-vô.
54. 2
ORTOGRAFIA
Ortografia
Datação: 1540
cf. João de Barros. Grammatica da Lingua Portuguesa.
Olyssipone. Lodouicum Rotorigiu Typographum.
[Publicação póstuma, tendo o autor falecido em 1540]
substantivo feminino
conjunto de regras estabelecidas pela gramática
normativa que ensina a grafia correta das palavras, o uso
de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou
fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais
de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da
língua e motivados por tais funções etc.
Dicionário Houaiss
55. A grafia de uma palavra pode ter caráter fonético, que leva em conta a
pronúncia; ou etimológico, que leva em conta a sua origem.
Hoje, no Brasil, utilizam-se os dois processos juntamente: o
fonético ou de pronúncia e o etimológico ou histórico.
Curiosidade: O sistema fonético (ou sônico) consiste na exata e fiel figuração
dos sons, escrevendo as palavras tal qual se pronunciam, excluindo da
representação gráfica qualquer letra que não tenha valor prosódico e
acrescentando outras para que se represente a exata pronúncia: escrito, Cristo,
pronto, omem, oje, ressonar, pressentir, filarmônico, inalar.
O sistema etimológico representa as palavras de acordo com a grafia de
origem, reproduzindo todas as letras do étimo, embora não sejam pronunciadas:
phthisica, sancto, mactar, auctor, poncto, catechismo, exgotto, practicar.1
Nossa ortografia é orientada pelo Formulário Ortográfico, aprovado
56. pela Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943,
simplificado pela Lei n. 5.765, de 18 de dezembro de 1971, e
atualizado pelo Decreto n. 6.583, de 29 de setembro de 2008.
Ortografia vem do grego “orthós” = direito + “gráphein” = escrever.
Os sons da fala são representados por sinais gráficos, chamados
letras, e além delas usamos outros sinais, chamados auxiliares.
São eles:
a) Hífen (-) — usado para ligar elementos de palavras compostas,
para ligar pronomes enclíticos aos verbos e para indicar a
translineação textual (divisão silábica em final de linha): super-
homem, ajudou-me, questiona-mento.
b) Til (~) — usado para marcar a nasalização de um som vocálico:
irmã.
c) Cedilha (ç) — coloca-se sob o c, antes das vogais a, o e u: açaí,
castiço, açúcar.
d ) Apóstrofo (’) — marca a supressão de um som: copo d’água,
minh’alma.
e) Acentos gráficos:
■ agudo (´) — representa um som aberto: sofá.
■ circunflexo (^) — representa um som fechado: você.
■ grave (`) — representa a fusão de vogais idênticas (crase): àquele.
Curiosidade: Esses sinais são também chamados de notações léxicas.
Algumas regras existem para escrever esta ou aquela palavra, porém os
problemas gráficos só se resolvem com leitura. Se você é um leitor
eficiente, escreverá bem, pois terá a lembrança daquilo que leu.
Vejamos a seguir algumas dificuldades ortográficas.
■ 2.1. DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
57. ■ 2.1.1. Uso do “S”
a) depois de ditongos: coisa, faisão, mausoléu, maisena, lousa.
b) em nomes próprios com som de /z/: Neusa, Brasil, Sousa, Teresa.
c) no sufixo -oso (cheio de): cheiroso, manhoso, dengoso, gasosa.
d) nos derivados do verbo querer: quis, quisesse.
e) nos derivados do verbo pôr: pus, pusesse.
f) no sufixo -ense, formador de adjetivo: canadense, paranaense,
palmeirense.
g) no sufixo -isa, indicando profissão ou ocupação feminina:
papisa, profetisa, poetisa.
h) nos sufixos -ês/-esa, indicando origem, nacionalidade ou posição
social: calabrês, milanês, português, norueguês, japonês, marquês,
camponês, calabresa, milanesa, portuguesa, norueguesa, japonesa,
marquesa, camponesa.
i) nas palavras derivadas de outras que possuam S no radical: casa =
casinha, casebre, casarão, casario; atrás = atrasado, atraso; paralisia =
paralisante, paralisar, paralisação; análise = analisar, analisado.
j) nos derivados de verbos que tragam o encontro consonantal -nd:
pretende = pretensão; suspender = suspensão; expandir = expansão.
■ 2.1.2. Uso do “Z”
a) nas palavras derivadas de primitiva com Z: cruz = cruzamento, juiz
= ajuizar, deslize = deslizar.
b) nos sufixos -ez/-eza, formadores de substantivos abstratos a
partir de adjetivos: altivo = altivez; mesquinho = mesquinhez; macio =
maciez; belo = beleza; magro = magreza.
c) no sufixo -izar, formador de verbos: hospital = hospitalizar; canal
= canalizar; social = socializar; útil = utilizar; catequese = catequizar.
Curiosidade: Quando usamos apenas -r ou -ar para formar um verbo,
aproveitamos o que já existe na palavra primitiva: pesquisa = pesquisar, análise =
58. analisar, deslize = deslizar.
d) nos verbos terminados em -uzir e seus derivados: conduzir,
conduziu, conduzo; deduzir, deduzo, deduzi; produzir, produzo,
produziste.
e) no sufixo -zinho, formador de diminutivo: cãozinho, pezinho,
paizinho, mãezinha, pobrezinha.
Curiosidade: Se acrescentarmos apenas -inho, aproveitamos a letra da palavra
primitiva: casinha, vasinho, piresinho, lapisinho, juizinho, raizinha.
■ 2.1.3. Uso do “H”
a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o justifique: hábil,
harpa, hiato, hóspede, húmus, herbívoro, hélice.
Curiosidade: Escreve-se com H o topônimo BAHIA, quando se aplica ao Estado.
b) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se elas formarem
um composto ou derivado sem hífen: desabitado, desidratar, desonra,
inábil, inumano, reaver.
Curiosidade: Nos compostos ou derivados com hífen, o H permanece: anti-
higiênico, pré-histórico, super-homem.
c) no final de interjeições: ah! oh! ih!
■ 2.1.4. Uso do “X”
a) normalmente após ditongo: caixa, peixe, faixa, trouxa.
Curiosidade: Caucho e seus derivados (recauchutar, recauchutagem) são escritos
com CH.
b) normalmente após a sílaba inicial en-: enxaqueca, enxada,
enxoval, enxurrada.
59. Curiosidade: Usaremos CH depois da sílaba inicial en- caso ela seja derivada de
uma com CH:
de cheio = encher, enchimento, enchente
de charco = encharcado
de chumaço = enchumaçado
de chiqueiro = enchiqueirar
c) depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexerica.
Curiosidade: Mecha e seus derivados são com CH.
■ 2.1.5. Uso do “CH”
Não há regras para o emprego do dígrafo CH.
■ 2.1.6. Uso do “SS”
Emprega-se nas seguintes relações:
a) ced — cess: ceder — cessão, conceder — concessão —
concessionário.
b) gred — gress: agredir — agressão, regredir — regressão.
c) prim — press: imprimir — impressão, oprimir — opressão.
d) tir — ssão: discutir — discussão, permitir — permissão.
■ 2.1.7. Uso do “Ç”
a) nas palavras de origem árabe, tupi ou africana: açafrão, açúcar,
muçulmano, araçá, Paiçandu, miçanga, caçula.
b) após ditongo: louça, feição, traição.
c) na relação ter — tenção: abster — abstenção, reter — retenção.
■ 2.1.8. Uso do “G”
a) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio:
pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
60. b) nas palavras femininas terminadas em -gem: garagem, viagem,
escalagem, vagem.
Curiosidade: Pajem e lambujem são exceções à regra.
■ 2.1.9. Uso do “J”
a) na terminação -aje: ultraje, traje, laje.
b) nas formas verbais terminadas em -jar e seus derivados: arranjar,
arranjem; viajar, viajem; despejar, despejem.
c) em palavras de origem tupi: jiboia, pajé, jenipapo.
d) nas palavras derivadas de outras que se escrevem com J: ajeitar
(de jeito), laranjeira (de laranja).
■ 2.1.10. Uso do “I”
a) no prefixo anti-, que indica oposição: antibiótico, antiaéreo.
b) nos verbos terminados em -air, -oer e -uir e seus derivados: sair —
sais, sai; cair — cais, cai; moer — móis, mói; roer — róis, rói; possuir
— possuis, possui; retribuir — retribuis, retribui.
■ 2.1.11. Uso do “E”
a) nas formas verbais terminadas em -oar e -uar e seus derivados:
perdoar — perdoes, perdoe; coar — coes, coe; continuar — continues,
continue; efetuar — efetues, efetue.
b) no prefixo -ante, que expressa anterioridade: anteontem, antepasto,
antevéspera.
■ 2.1.12. Uso do “SC”
Não há regras para o uso de SC; sua presença é inteiramente
etimológica.
61. ■ 2.2. FORMAS VARIANTES
Algumas palavras admitem, sem alteração de significado, formas
variantes:
abaixar ou baixar
abdome ou abdômen
afeminado ou efeminado
ajuntar ou juntar
aluguel ou aluguer
aritmética ou arimética
arrebitar ou rebitar
arremedar ou remedar
assoalho ou soalho
assobiar ou assoviar
assoprar ou soprar
aterrissar ou aterrizar ou aterrar
avoar ou voar
azálea ou azaleia
bêbado ou bêbedo
bebadouro ou bebedouro
bilhão ou bilião
bílis ou bile
biscoito ou biscouto
bravo ou brabo
bujão ou botijão
cãibra ou câimbra
carroçaria ou carroceria
catorze ou quatorze
catucar ou cutucar
chipanzé ou chimpanzé
clina ou crina
62. cociente ou quociente
coisa ou cousa
cota ou quota
cotidiano ou quotidiano
cotizar ou quotizar
covarde ou cobarde
cuspe ou cuspo
degelar ou desgelar
dependurar ou pendurar
desenxavido ou desenxabido
dourado ou doirado
elucubração ou lucubração
empanturrar ou empaturrar
engambelar ou engabelar
enlambuzar ou lambuzar
entoação ou entonação
entretenimento ou entretimento
enumerar ou numerar
espuma ou escuma
estalar ou estralar
exorcizar ou exorcismar
flauta ou frauta
flecha ou frecha
fleuma ou flegma
flocos ou frocos
gengibirra ou jinjibirra
geringonça ou gerigonça
gorila ou gorilha
hemorroidas ou hemorroides
impingem ou impigem
63. imundícia, imundície ou imundice
infarto, enfarte ou enfarto
intrincado ou intricado
laje ou lajem
lantejoula ou lentejoula
leste ou este
limpar ou alimpar
lisonjear ou lisonjar
louça ou loiça
louro ou loiro
maltrapilho ou maltrapido
maquiagem ou maquilagem
maquiar ou maquilar
marimbondo ou maribondo
melancólico ou merencório
menosprezo ou menospreço
mobiliar, mobilhar ou mobilar
mozarela ou muçarela
neblina ou nebrina
nenê ou neném
parêntese ou parêntesis
percentagem ou porcentagem
peroba ou perova
pitoresco, pinturesco ou pintoresco
plancha ou prancha
pólen ou polem
presépio ou presepe
protocolar ou protocolizar
quadriênio ou quatriênio
radioatividade ou radiatividade
64. rastro ou rasto
registro ou registo
relampadar, relampadear, relampadejar, relampaguear, relampaguejar,
relampar, relampear, relampejar, relamprar
remoinho ou redemoinho
ridiculizar ou ridicularizar
salobra ou salobre
seção ou secção
selvageria ou selvajaria
sobressalente ou sobresselente
surripiar ou surrupiar
taberna ou taverna
taramela ou tramela
televisar ou televisionar
terraplenagem ou terraplanagem
terremoto ou terramoto
tesoura ou tesoira
tesouro ou tesoiro
toicinho ou toucinho
transladar ou trasladar
transpassar ou traspassar ou trespassar
transvestir ou travestir
treinar ou trenar
tríade ou tríada
trilhão ou trilião
vargem ou varge
várzea ou várgea
vassoura ou bassoura
verruga ou berruga
vespa ou bespa
65. volibol ou voleibol
■ 2.3. PALAVRAS QUE NÃO ADMITEM FORMA VARIANTE
Tome cuidado com a grafia de certas palavras e expressões que
costumam causar dúvida, porém só se escrevem de uma forma:
beneficência
beneficente
cabeleireiro
chuchu
de repente
disenteria
empecilho
exceção
êxito
hesitar
jiló
manteigueira
mendigo
meritíssimo
misto
mortadela
prazerosamente
privilégio
salsicha
sobrancelhas
Curiosidade: Veja em Semântica a lista de alguns homônimos e parônimos
notáveis, para não se confundir com a grafia de certas palavras e expressões.
■ 2.4. EMPREGO DO HÍFEN
66. O uso do hífen é meramente convencional. Algumas regras
esclarecem poucos problemas, mas muitos serão resolvidos apenas com
a consulta ao dicionário. Ainda assim alguns gramáticos divergem em
determinados casos.
Observe o que diz o Formulário Ortográfico da Língua Portuguesa:
“Só se ligam por hífen os elementos das palavras compostas em que se
mantém a noção de composição, isto é, os elementos das palavras
compostas que mantêm a sua independência fonética, conservando cada
um a sua própria acentuação, porém formando o conjunto perfeita
unidade de sentido”.
Exemplos: couve-flor, grão-duque etc.
Veja, em linhas gerais, o uso desse sinal:
a) para ligar as partes de adjetivo composto: verde-claro, azul-
marinho, luso-brasileiro.
b) para ligar os pronomes mesoclíticos ou enclíticos: amá-lo-ei, far-
me-á, dê-me, compraram-na.
c) para separar as sílabas de uma palavra, inclusive na translineação
(mudança de linha): a-ba-ca-xi, se-pa-ra-do.
■ 2.4.1. Hífen com prefixos e pseudoprefixos
ante-, anti-, circum-, co-, contra-, des-, entre-, extra-, hiper-, in-, infra-,
inter-, intra-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, aero-, agro-, arqui-,
auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-,
multi-, neo-, pan-, pluri-, pre-, pro-, proto-, pseudo-, re-, retro-, semi-,
tele- etc.
Emprega-se o hífen nos seguintes casos:
a ) Antes de h: anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-harmônico,
extra-humano, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-
hipérbole, eletro-higrômetro, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo,
semi-hospitalar.
67. Curiosidades:
1: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos
des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil,
inumano.
2: Nas formações com os prefixos circum- e pan-, também se emprega o hífen
quando o segundo elemento começa por vogal, h, m, n: circum-escolar, circum-
hospitalar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-harmônico,
pan-mágico, pan-negritude.
Atenção:
Nos casos em que o prefixo “circum-” anteceder uma sílaba que obriga ao uso do
“n” (pois só se usa “m” antes de “b” e “p”), deve-se modificar a grafia do prefixo:
circunlunar.
Do mesmo modo, quando o prefixo “pan-” anteceder uma sílaba começada em “b”
ou “p”, a regra de que antes de “b” e “p” usa-se “m” obriga a modificar a grafia do
prefixo: pambrasileiro, pamprocessual.
b) Nas formações em que o prefixo/pseudoprefixo termina na mesma
letra com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-
almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-
observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno; ad-digital; hiper-
requintado; sub-barrocal; sub-base;
Curiosidade: Nas formações com o prefixo co-, pre-, pro-, re-, estes se
aglutinam em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por e ou o:
coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, preeminente,
preeleito, preenchido, proativo, reedição, reeleição.
c) Nas formações com os prefixos além-, aquém-, bem-, ex-, pós-,
pré-, pró-, recém-, sem-, sota-/soto-, vice-/vizo-: além-Atlântico,
aquém-Pirineus, bem-criado, bem-vindo, ex-almirante, ex-diretor, ex-
hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei , pós-
graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-africano, pró-
europeu, recém-eleito, sem-cerimônia, sem-vergonha, sota-piloto,
soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor.
Curiosidade: Em muitos compostos, o advérbio bem- aparece aglutinado ao
68. segundo elemento: benfazejo, benfeito, benquerença, benfazer, benquerer.
d) Nas formações com o prefixo mal-, emprega-se hífen quando o
segundo elemento começa por vogal, h ou l: mal-afortunado, mal-
entendido, mal-humorado, mal-informado, mal-limpo.
e) Nas formações com prefixos ab-, ob-, sob-, sub-, ad-, cujo
elemento seguinte se inicia por r: ab-rupto, ob-rogar, sob-roda, sub-
reitor, ad-renal, ad-referendar.
■ 2.4.2. Hífen com sufixos
Nas formações por sufixação, apenas se emprega o hífen nos
vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que
representam formas adjetivas, como -açu, -guaçu e -mirim, quando o
primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a
pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu,
anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim.
■ 2.4.3. Hífen em locuções
Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas,
pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se
emprega, em geral, o hífen. Sirvam, pois, de exemplo as seguintes
locuções:
a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar.
b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho.
c) Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que
seja.
d ) Adverbiais: à parte, à vontade, depois de amanhã, em cima, por
isso.
e) Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à
parte de, apesar de, debaixo de, enquanto, por baixo de, por cima de,
quanto a.
69. f) Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que,
por conseguinte, visto que.
Curiosidade: Algumas exceções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-
da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-
roupa.
■ 2.5. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Os acentos gráficos marcam a sílaba tônica:
■ grave — para indicar crase.
■ agudo — para som aberto: café, cipó.
■ circunflexo — para som fechado: você, complô.
O sinal gráfico modifica o som de qualquer sílaba:
■ til (~) — nasalizador de vogais: romã, maçã, ímã, órfão.
Curiosidade: O til substitui o acento gráfico quando os dois recaem sobre a
mesma sílaba: irmã, romãs.
■ 2.5.1. Regras gerais
■ 2.5.1.1. Monossílabas tônicas
Recebem acento as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s):
pá, já, má, lá, trás, más, chás
pé, fé, Sé, mês, três, rés
pó, só, dó, cós, sós, nós
Então:
mar, sol, paz, si, li, vi, nu, cru
me, lhe, mas (conjunção), ti
70. ■ 2.5.1.2. Oxítonas
Recebem acento as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em, -ens:
sofá, maracujá, Paraná, ananás, marajás, atrás
Pelé, café, você, freguês, holandês, viés
complô, cipó, trenó, retrós, compôs, avós
amém, também, armazém
parabéns, reféns, armazéns
Então:
pomar, anzol, jornal, maciez
saci, caqui, anu, urubu
■ 2.5.1.3. Paroxítonas
Recebem acento as terminadas em -l, -i(s), -n, -u(s), -r, -x, -ã(s), -
ão(s), -um, -uns, -ps, -ditongo: fácil, útil, júri, táxi, lápis, tênis, hífen,
pólen, elétron, nêutron, meinácu, vírus, Vênus, revólver, mártir, tórax,
látex, ímã, ímãs, órfã, órfãs, sótão, órgão, órfãos, álbum, médium,
fóruns, pódiuns, fórceps, bíceps, água, história, série, pônei, pôneis,
tênues.
Curiosidades:
a) Palavras terminadas em -n, no plural:
-ons: com acento — elétrons, nêutrons.
-ens: sem acento — hifens, polens.
b) Prefixos paroxítonos terminados em -i ou -r não são acentuados: anti, multi,
super, hiper.
c) É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito
do indicativo, para as distinguir das correspondentes formas do presente do
indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tônica é aberto naquele
caso em certas variantes do português: amámos, louvámos.
■ 2.5.1.4. Proparoxítonas
Todas são acentuadas: lânguido, física, trópico, álibi, hábitat, déficit,
71. lápide.
■ 2.5.2. Regras especiais
■ 2.5.2.1. Ditongos abertos
São acentuados os ditongos abertos éi, éu, ói em palavras
monossílabas e oxítonas: méis, coronéis, céu, chapéu, mói, herói.
Então: ideia, tramoia.
■ 2.5.2.2. I e U tônicos
I e U tônicos recebem acento se cumprirem as seguintes
determinações:
a) devem ser precedidos de vogais que não sejam eles próprios
nem ditongos;
b) devem estar sozinhos na sílaba (ou com o -s);
c) não devem ser seguidos de -nh.
saída, juízes, saúde, viúva, caíste, saístes, balaústre.
Então: Raul, ruim, ainda, sair, juiz, rainha, xiita, paracuuba, cauila,
baiuca.
Curiosidade: Se i ou u tônicos estiverem precedidos de ditongo, mas estiverem
em palavra oxítona, o acento permanece: tuiuiú, Piauí.
■ 2.5.2.3. Acento diferencial nos verbos ter e vir (e seus derivados)
Recebe acento diferencial a 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo:
eles têm, eles vêm, eles retêm, eles intervêm.
Curiosidade: A 3ª pessoa do singular desses verbos segue a regra geral de
acentuação:
ele tem, ele vem (monossílabas tônicas terminadas em “m” – não há regra para se
72. acentuar).
ele retém, ele intervém (oxítonas terminadas em “em” recebem acento gráfico).
■ 2.5.2.4. Outros acentos diferenciais
pôr (verbo) — para distinguir de por (preposição).
pôde (verbo poder no passado) — para distinguir de pode (verbo
poder no presente).
fôrma ou forma (utensílio) — acento facultativo.
Curiosidade: Em Portugal, existe outro acento diferencial, que não se usa no
Brasil:
dêmos (presente do subjuntivo) — acento facultativo — para distinguir de
demos (pretérito perfeito do indicativo).
■ 2.5.3. Formas variantes de som aberto ou fechado
Os falantes da língua portuguesa no Brasil pronunciam algumas
palavras com timbre fechado, enquanto em Portugal se pronunciam as
mesmas palavras com timbre aberto. Vejamos alguns exemplos:
anatômico — anatómico; Antônio — António; prêmio — prémio;
telefônico — telefónico etc.
■ 2.6. USO DO PORQUÊ
■ 2.6.1. Por que / por quê
■ 2.6.1.1. Preposição + pronome interrogativo
Em frases interrogativas (diretas ou indiretas):
Por que não veio?
Gostaria de saber por que lutamos.
Ela não veio por quê?
73. Curiosidade: A palavra que em final de frase recebe acento circunflexo:
Você precisa de quê?
Ela sabe o quê!
■ 2.6.1.2. Preposição + pronome relativo
Equivale a pelo qual (e suas variações).
Ela é a mulher por que me apaixonei.
Não conheço as pessoas por que espero.
■ 2.6.2. Porque
conjunção
Equivale a pois.
Eu não fui à escola porque estava doente.
Venha depressa, porque sua presença é indispensável.
■ 2.6.3. Porquê
substantivo
Vem sempre acompanhado de uma palavra que o caracteriza (artigo,
pronome ou numeral).
Qual o porquê da sua revolta?
Este porquê não me convenceu.
Deve haver um porquê para ele se atrasar tanto.
■ 2.7. QUESTÕES
1. (FCC) Assinale a opção em que a palavra em destaque está
empregada incorretamente.
a) Durma cedo, senão acordará tarde amanhã.
b) Mal chegou a chover, o barraco deslizou.
c) Disse que há cinco anos, ganhou na loteria.
d) Estava mau informado, por isso equivocou-se.
74. e) De hoje a dois meses, pedirei um novo empréstimo.
2. (Vunesp) Eles ______ ajudar e ______ as ______ no arquivo.
a) quiseram, puzeram, fixas.
b) quizeram, puseram, fixas.
c) quiseram, puzeram, fichas.
d) quiseram, puseram, fichas.
e) quizeram, puseram, fichas.
3. (Esaf) Identifique o item destacado que contém erro de natureza
ortográfica ou gramatical ou de impropriedade vocabular, e marque
a letra correspondente.
Se bem que a Lei Suprema remeta à (A) lei ordinária estabelecer (B) as condições de
capacidade para o exercício de profissões, nada impede, muito ao contrário recomenda,
que o comando constitucional seja elastecido (C) no sentido de conferir ao profissional
meios necessários ao exercício, atribuindo garantias, vantagens, certos direitos,
prerrogativas e previlégios (D) não discriminatórios, como privacidade ou exclusividade
ou gozo (E) de situações ou “status” especiais.
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
4. (FGV) Na última ______ de cinema, havia somente ______.
a) sessão, cinquenta espectadores privilegiados.
b) seção, cinqüenta expectadores privilegiados.
c) sessão, cinqüenta espectadores privilegiados.
d) sessão, cincoenta expectadores previlegiados.
e) cessão, cinqüenta espectadores previlegiados.
5. (FGV) Já que foram ______ pelo tribunal do júri, exigirão a
______ das ______.
a) discriminados, descriminação, despesas.
b) descriminados, descriminação, despesas.
c) discriminados, discriminação, despezas.
d) descriminados, discriminação, despesas.
75. 6. (FCC) Era ______ do ______ ter atitudes ______.
a) praxe, estrangeiro, extravagantes.
b) prache, estrangeiro, estravagantes.
c) praxe, extrangeiro, estravagantes.
d) prache, extrangeiro, extravagantes.
7. Suas respostas ______ e atitudes ______ acabaram ______
desconfiança entre os colegas.
a) ambígüas, vacilantes, suscitando.
b) ambíguas, vascilantes, sucitando.
c) ambíguas, vacilantes, suscitando.
d) ambígüas, vacilantes, sucitando.
e) ambíguas, vascilantes, suscitando.
8. (FCC) Marque a opção que contém palavra grafada com erro.
a) Suscitando o debate político, é possível ressuscitar velhas teses.
b) A possibilidade de ascenção social mobilisa as pessoas.
c) O pedido de demissão deve ser precedido de justificativa abalizada.
d) No momento de decisão, muitos hesitam na ânsia por acertar.
e) Desejos de ostentação perturbam o clima pacífico da reunião.
9. (FCC) Indique a opção correta quanto à ortografia.
a) Fica a concretisação deste ato condicionada ao cumprimento das disposições legais.
b) As decisões deverão obedecer à contumaz consulta a todos os membros do grupo.
c) Se a comissão quizer reunir-se, deverá efetuar a convocação com uma antecedência
de oito dias.
d) Adotem-se novas medidas envez das anteriores.
10. (Esaf) Marque o texto que contém erro de grafia.
a) Os olhos ansiosos da Europa voltam-se para a Alemanha. Nunca houve tantas
incertezas em relação ao destino da economia mais importante do velho continente.
b) Os vizinhos estão inquietos porque seu futuro é atado ao que acontece na
Alemanha.
c) Os europeus acusam o Banco Central alemão de manter os juros demasiadamente
altos, e de ter assim arrastado a Europa para a recessão.
d) Com a desaceleração da economia europeia e o desemprego em elevação, o
imigrante, aquele sujeito de pele escura que vem do Terceiro Mundo, ou do Sul, como se
diz agora, passa a ser o culpado de tudo.
76. e) Muitos europeus dizem que a barca está cheia e alguns neonasistas alemães levam
ao extremo a metáfora em voga nos anos 30.
11. (Esaf) Em relação ao texto, assinale a opção que corresponde a
erro gramatical.
Não constitue (1) surpresa a verificação de que os municípios com maior índice de
anulação de votos têm pontos comuns. Um deles: a taxa de analfabetismo duas ou três
vezes superior à do (2) resto do país. Outro: a localização em zonas de baixo Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) — indicador que mede renda, longevidade e instrução.
São localidades pobres cujo (3) destino, se não houver revolução de 180 graus na forma
de encarar a educação, as (4) condena a se (5) afastar cada vez mais dos progressos da
civilização.
(Correio Braziliense, 17.10.2006)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
12. (Esaf) Em relação ao texto abaixo, assinale a opção em que a
reescrita do trecho está incorreta para o contexto.
Quanto à sua natureza jurídica, no Brasil, o orçamento público é apenas autorizativo. Isso
quer dizer que o gestor somente pode realizar a despesa pública se essa estiver (1)
prevista na lei orçamentária, mas a mera previsão no orçamento não vincula a
execução da despesa (2). Ou seja, o fato de a despesa estar prevista na Lei
Orçamentária (3) não obriga o governante a realizá-la. Se o governo fez (4) a
devida previsão de despesa para a construção de rodovias, poderá levar a efeito sua
intenção, tendo em vista a existência da dotação respectiva. Não está, entretanto,
obrigado a proceder à empreitada, podendo desistir da obra, caso julgue oportuno e
conveniente (5).
(<http://www.lrf.com.br>)
a) 1 — caso esteja ela.
b) 2 — mas a execução da despesa não está vinculada à mera previsão no orçamento.
c) 3 — o fato de a Lei Orçamentária prever a despeza.
d) 4 — Caso tenha sido feita pelo governo.
e) 5 — se julgar oportuno e conveniente.
13. (Esaf) Em relação ao texto abaixo, assinale a opção que
corresponde a erro gramatical ou de grafia.
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal — SIAFI
77. representou tão grande (1) avanço para a contabilidade pública da União que (2) é
hoje reconhecido no mundo inteiro e recomendado inclusive pelo Fundo Monetário
Internacional. Sua performance transcendeu (3) de tal forma as fronteiras brasileiras e
despertou a atenção no cenário nacional e internacional, que vários países, além de
alguns organismos internacionais, tem (4) enviado delegações à Secretaria do Tesouro
Nacional, com o propósito de absorver (5) tecnologia para a implantação de sistemas
similares.
(James Giacomoni, Orçamento Público)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
14. Os trechos abaixo constituem sequencialmente um texto.
Assinale a opção em que o trecho apresenta erro gramatical.
a) A grande depressão mundial, particularmente desencadeada pela quebra da Bolsa
de Valores de Nova York (1929), impeliu os Governos a aportar recursos na economia,
garantindo investimentos em infraestrutura para atenuar as frequentes crises dos
mercados.
b) Tais medidas, embora favorecessem os sistemas econômicos, resgataram a figura
do déficit público.
c) As crises individuais dos países, aliadas à insuficiente capacidade de investimentos
do setor governamental, revitalizaram as abordagens iniciais do equilíbrio orçamentário,
fazendo com que o Estado retoma-se as suas antigas funções, o que o leva a militar com
compromissos de saúde financeira de longo prazo.
d) As medidas necessárias à adoção deste princípio vão além da manutenção das
despesas dentro dos limites da receita.
e) Os gestores públicos deverão assumir posturas estratégicas adequadas ao perfil
estrutural da comunidade que administram, não cedendo às pressões para atendimento
às necessidades de uns poucos.
(James Giacomoni, Orçamento Público)
15. Os trechos abaixo constituem sequencialmente um texto.
Assinale a opção gramaticalmente incorreta.
a) Duas pesquisas mostram que as políticas sociais e de combate à fome,
implementadas pelo Governo Federal, começam a apresentar resultados concretos na
melhoria das condições de vida do povo brasileiro.
b) Um estudo da Fundação Getúlio Vargas, entitulado “Miséria em Queda”, baseado
em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, confirmou que
a miséria no Brasil caiu em 2004, e atingiu o nível mais baixo desde 1992.
78. c) O número de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza passou de 27,26% da
população, em 2003, para 25,08%, em 2004. Em 1992 esse percentual era de 35,87%.
d) É considerado abaixo da linha da pobreza quem pertence a uma família com renda
inferior a R$ 115,00 mensais, valor considerado o mínimo para garantir a alimentação de
uma família.
e) O estudo da FGV mostrou que o índice de miséria no Brasil caiu 8% de 2003 para
2004, deixando o país com a menor proporção de miseráveis desde 1992.
(Em Questão, n. 379 — Brasília, 30 de novembro de 2005)
16. (NCE) Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase:
a) Não deve ser substimada a ascensão dos índices que estão acusando a um
desprestígio das privatizações.
b) É insofismável a conclusão a que se chega, quando se compulsam os dados
fornecidos por essas criteriosas pesquizas.
c) Não há primasia absoluta dos entusiastas da economia de mercado sobre os que
sempre a ela se opuseram.
d) Os chamados regimes de exceção, autoritários na raíz, sempre deixaram um espólio
de saudosismo em parte da população.
e) Nos tópicos concernentes à economia, registra-se uma grande ambivalência nas
tendências de avaliação das privatizações.
17. Está correta a grafia de todas as palavras em:
a) A reivindicada exumação da vítima sequer foi analisada pelo magistrado.
b) Sem maiores preâmbulos, pôs-se a vosciferar injúrias contra o indefeso escrivão.
c) Obsecado pelo cumprimento das leis, é incapaz de considerar a falibilidade da
justiça.
d) A neglijência na aplicação da lei ocorre em relação aos privilegiados de sempre.
e) A impunidade dos ricos é insultuosa diante da rigidez consernente aos pobres.
18. Indique a alternativa correta:
a) O ladrão foi apanhado em flagrante.
b) Ponto é a intercessão de duas linhas.
c) As despesas de mudança serão vultuosas.
d) Assistimos a um violenta coalizão de caminhões.
e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi lido por todos nós.
19. Assinale a única alternativa que apresenta erro no emprego do
porquê.
a) Por que insistes no assunto?
79. b) O carpinteiro não fez o serviço porque faltou madeira.
c) Não revelou porque não quis contribuir.
d) Ele tentou explicar o porquê da briga.
e) Ele recusou a indicação não sei por quê.
20. Considerando o uso apropriado do termo sublinhado, identifique
em que sentença do diálogo abaixo há um erro de grafia:
a) Por que você não entregou o trabalho ao professor?
b) Você quer mesmo saber o porquê?
c) Claro. A verdade é o princípio por que me oriento.
d) Pois, acredite, eu não sei porque fiz isso.
e) Você está mentindo. Por quê?
21. (Vunesp) Assinale a alternativa que preenche adequadamente as
lacunas:
— ______ me julgas indiferente?
— ______ tenho meu ponto de vista.
— E não o revelas ______?
— Nem sei o ______.
a) Por que, Porque, por que, por quê
b) Por que, Porque, por quê, porquê
c) Porque, Por que, porque, por quê
d) Por quê, Porque, por que, porquê
e) Porque, Porque, por quê, por quê
22. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) Não sei por que discutimos.
b) Ele não veio por que estava doente.
c) Mas porque não veio ontem?
d) Não respondi porquê não sabia.
e) Eis o porque da minha viagem.
23. A grafia está incorreta em:
a) Pelé é uma exceção entre os ministros.
b) A pretenção maior do novo ministro é levar a prática esportiva ao país inteiro.
c) É preciso analisar com cuidado os planos do Governo.
d) Nosso time jogou muito mal.
e) Ele não quis trazer a pasta.
80. 24. (Fuvest) Nas frases que seguem, indique a única que apresenta
a expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen:
a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com aflição.
b) Nunca mais hei-de-dizer os meus segredos.
c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal-humorado.
d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta e esta cidade enorme.
e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma alegria que não deixa de ser
triste.
25. Assinale o item em que há palavra incorretamente grafada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
26. A frase em que os homônimos ou parônimos em destaque estão
com significação invertida é:
a) Era iminente a queda do eminente deputado.
b) A justiça infringe uma pena a quem inflige a lei.
c) Vultosa quantia foi gasta para curar sua vultuosa face.
d) O mandado de segurança impediu a cassação do mandato.
e) O nosso censo depende exclusivamente do senso de responsabilidade do IBGE.
27. Indique a alternativa em que não há erro de grafia:
a) Porque chegou atrazado perdeu grande parte do explêndido espetáculo.
b) Pediu-lhe que ascendesse a luz, pois a claridade não era impecilho a seu repouso.
c) Ele não é uma exceção, também é muito ambicioso.
d) Quizera eu que todas as espécies animais estivessem livres de extinção.
e) Não poderia advinhar que sua música viesse a ter tanto hêsito.
28. Indique o segmento totalmente correto quanto à grafia:
a) Há intensão de se alcançar um consenso para evitar as divergências entre os
parlamentares.
b) É preciso cessarem as disensões para se obter a aprovação da Lei de Diretrizes e
Bases na Educação.
c) Um aquário pode ser tido como um ecossistema, no qual os escrementos dos
peixes, depois de decompostos, fornecerão elementos essenciais à vida das plantas.
81. d) O Sol é o responsável pela emissão de luz, indispensável para a fotossíntese,
processo pelo qual as plantas produzem o alimento orgânico primário, assim como
praticamente todo o oxigênio na atmosfera.
e) Pesquizas recentes têm atribuído a choques meteóricos a súbita extinção dos
dinossauros da face da Terra.
29. Uma grafia está incorreta em:
a) O deputado defendeu a descriminação da maconha.
b) Sua ascensão à presidência da firma surpreendeu a todos.
c) Todos o julgavam, com razão, demasiadamente pretencioso.
d) Os deputados não queriam acabar com os próprios privilégios.
e) A disputa entre os cônjuges só poderia ser resolvida nos tribunais.
30. Por diversas vezes ______ em prosseguir as investigações. Só
conseguiu ______ a situação com a colaboração de seus assessores.
As lacunas do período dado ficam corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) hesitou — amenizar
b) hesitou — amenisar
c) hezitou — amenizar
d) exitou — amenizar
e) exitou — amenisar
31. Assinale o item que apresenta erro de grafia:
a) Na cultura oriental, fica desonrado para sempre quem inflinge as regras da
hospitalidade.
b) Não conseguindo adivinhar o resultado a que chegariam, sentiu-se frustrado.
c) A digressão ocorreu por excesso de fatos ilustrativos em seu discurso.
d) Sentimentos indescritíveis, porventura, seriam rememorados durante a sessão de
julgamento.
e) Ao contrário de outros, trazia consigo autoconhecimento e autoafirmação.
32. Observando a grafia das palavras abaixo, assinale a alternativa
que apresenta erro:
a) Aquele hereje sempre põe empecilho porque é muito pretencioso.
b) Uma falsa meiguice encobria-lhe a rigidez e a falta de compreensão.
c) A obsessão é prejudicial ao discernimento.
d) A hombridade de caráter eleva o homem.
e) Eles quiseram fazer concessão para não ridicularizar o estrangeiro.
82. 33. Assinale a única alternativa em que há erro.
a) Em breve compreenderás porque tanta luta por um motivo tão simples.
b) Não compareci à reunião porque estava viajando.
c) Se o Brasil precisa do trabalho de todos é porque precisamos de um nacionalismo
produtivo.
d) Ainda não se descobriu o porquê de tantos desentendimentos.
e) Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
34. Assinale a alternativa que apresenta erro quanto ao emprego do
porquê:
a) Não sei por que as cousas ocultam tanto mistério.
b) Os poetas traduzem o sentido das cousas sem dizer por quê.
c) Eis o motivo porque os meus sentidos aprenderam sozinhos: as cousas têm
existência.
d) Por que os filósofos pensam que as cousas sejam o que parecem ser?
e) Os homens indagam o porquê das estranhezas das cousas.
35. (FCC) Há erro de grafia na frase:
a) A pretensão do subchefe era a de que a expansão da microinformática se
concretizasse.
b) A discussão, proposta pelo vice-reitor, talvez torne viável a instalação dos
computadores no próximo quinquênio.
c) O anteprojeto, elaborado pelo prefeito, contém um item referente à concessão de
verbas federais aos municípios.
d) Os empresários, anciosos de ouvir o vice-líder do partido, sintetizaram a agenda.
e) A espontaneidade do superintendente diluiu os empecilhos, e os prefeitos tiveram o
privilégio de assinar o convênio.
36. Assinale a alternativa em que fica evidente o erro de acentuação
gráfica.
a) Aquele que conhece os seus defeitos está muito próximo de corrigí-los.
b) A virtude é comunicável, porém o vício é contagioso.
c) Saúde e inteligência, eis duas bênçãos desta vida.
d) A história glorifica os heróis, a vida santifica os mártires.
e) Lembre-se de que você é pó e ao pó voltará.
37. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas
das frases abaixo.
83. 1. Cada qual faz como melhor lhe _____________ .
2. O que _____________ estes frascos?
3. Neste momento os teóricos _____________ os conceitos.
4. Eles _____________ a casa do necessário.
a) convém, contêm, reveem, proveem.
b) convém, contém, reveem, provêm.
c) convêm, contêm, revêm, provêem.
d) convém, contém, revêem, provêem.
e) convêm, contêm, reveem, provêm.
38. Indique a única alternativa em que nenhuma palavra deve ser
acentuada graficamente.
a) lapis, canoa, abacaxi, jovens.
b) ruim, sozinho, aquele, traiu.
c) saudade, onix, grau, orquidea.
d) voo, legua, assim, tenis.
39. (FCC) A frase em que todas as palavras estão corretas quanto à
acentuação gráfica é:
a) Apaziguemos os ânimos intranqüilos.
b) A freqüência dos alunos em sala de aula é indispensável a uma boa avaliação.
c) A contigüidade de suas atitudes retilíneas conduzi-lo-á ao objetivo proposto.
d) Cinquenta delinquentes destruíram o armazém.
40. Dadas as palavras
1. apóiam
2. baínha
3. abençôo
Constatamos que está (estão) incorretamente grafada(s)
a) apenas a palavra nº 1.
b) apenas a palavra nº 2.
c) apenas a palavra nº 3.
d) todas as palavras.
e) n.d.a.
41. Uma mesma regra de acentuação abrange o seguinte conjunto.
a) atacá-lo, sofás, possuí.
b) falência, Antônio, repórter.
c) ruído, baú, saí, saída.
84. d) afáveis, lápis, miosótis.
e) heróis, indóceis, amáveis.
42. (FGV) Marque o único vocábulo acentuado corretamente.
a) pára (verbo).
b) pêlo (cabelo).
c) pôr (verbo).
d) ítem.
e) feiúra.
43. (FGV) Assinale o vocábulo que perde o acento gráfico no plural.
a) próton.
b) móvel.
c) fóssil.
d) cônsul.
e) caráter.
44. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras
corretamente acentuadas?
a) púdico, rúbrica, ínterim, ávaro.
b) púdico, rúbrica, interim, ávaro.
c) púdico, rúbrica, ínterim, avaro.
d) pudico, rubrica, ínterim, avaro.
e) pudico, rubrica, interim, ávaro.
45. Assinale a frase incorreta quanto à acentuação gráfica.
a) A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês.
b) Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus ao país.
c) Este voo está atrasado; os senhores tem que embarcar pela ponte aérea e fazer
conexão no Rio para Florianópolis.
d) O pronunciamento feito pelo diretor na assembleia revestia-se de caráter inadiável.
e) Segundo o regulamento em vigor, o órgão competente tomará as providências
cabíveis.
46. Devem ser acentuadas todas as palavras da opção:
a) taxi, hifen, gas.
b) ritmo, amor, lapis.
c) chines, ruim, jovem.
85. d) juriti, gratis, traz.
e) açucar, abacaxi, molestia.
47. (FGV) As silabadas, ou erros de prosódia, são frequentes no uso
da língua. Indique a alternativa onde não ocorre silabada alguma.
a) Eis aí um prototipo de rúbrica de um homem vaidoso.
b) Para mim a humanidade se divide em duas metades: a dos filântropos e a dos
misantropos.
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos do que se pensa.
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da
cultura de lêvedos.
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.
48. Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação gráfica.
a) As diferenças de ótica entre os díspares movimentos que reivindicavam um mesmo
amor à natureza se enraízam para além das firulas das discussões político-partidárias.
b) No âmago do famoso santuário, erguido sob égide dos conquistadores, repousam
enormes caixas cilíndricas de orações em forma de mantras, onde o novel da fé se
purifica.
c) O alvo da diatribe, o fenômeno de reprovação escolar, é uma tolice inaceitável,
mesmo em um paradígma de educação deficitária em relação aos menos favorecidos.
d) Assustada por antigas endemias rurais, a, até então, álacre sociedade brasileira
tem, enfim, consciência do horror que será pôr seus filhos em um mundo tão inóspito.
e) Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que para ser eficaz, o chicote,
anátema da sociedade colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os
escravos.
49. A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para
a palavra:
a) trânsito.
b) características.
c) inevitável.
d) infrutíferas.
e) anônimas.
50. Assinale a opção cuja palavra em destaque não deve ser
acentuada:
a) Todo ensino deveria ser gratuito.
b) Não ves que eu não tenho tempo?
86. c) É difícil lidar com pessoas sem carater.
d) Saberias dizer o conteudo da carta?
e) Veranopolis é uma cidade que não para de crescer.
51. À luz de seu magnífico ______do sol, ______ parece uma cidade
______ .
a) por, Paranavaí, tranquila
b) por, Paranavai, tranquila
c) por, Paranavai, tranqüila
d) pôr, Paranavaí, tranqüila
e) pôr, Paranavaí, tranquila
52. Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas
corretamente, exceto em:
a) Eles têm muita coisa a dizer.
b) Estude os dois primeiros ítens do programa.
c) Afinal, o que contém este embrulho?
d) Foi agradável ouvir aquele orador.
e) Por favor, deem-lhe uma nova chance.
53. Aqueles que ______ do interior, ______ a cidade grande como o
mundo que lhes ______ .
a) vêem — vêm — convêm
b) vêm — veem — convém
c) veem — vêm — convem
d) vêem — vêem — convém
e) vêm — vem — convem
54. (FCC) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia
e/ou acentuação é:
a) É o caso de por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos fatos.
b) Referiu-se àquilo que todos esperavam — sua ascensão na empresa —, com um
misto de humildade e prepotência.
c) Enquanto construimos essa ala, eles constroem a reservada aos aparelhos de
rejuvenecimento.
d) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ageriza a ela transpareça.
e) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, por isso foi devolvido ao
banco.