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Microbiologia de
Alimentos
• Introdução
– Trata dos processos em que os microrganismos
influenciam nas características dos produtos de
consumo alimentício humano ou animal.
– Por conseqüência, engloba aspectos da ecologia
microbiana e de biotecnologia para a produção.
Microbiologia de Alimentos
• Bactérias Patogênicas
– são aquelas que causam doenças quando ingeridas ou ao
liberarem toxinas no alimento.
• Biorremediação
– é a utilização de culturas microbianas, enzimas e/ou
nutrientes adicionados ao sistema de tratamento,
causando significativo aumento na taxa de biodegradação
com conseqüente redução nos efeitos de descarga.
• Probióticos
– organismos vivos que, quando administrados em
quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do
hospedeiro (FAO/WHO, 2001)
Microbiologia de Alimentos
• Moduladores Biológicos
– utilização de culturas microbianas em camas e
locais de confinamento, buscando uma
concorrência destas com as bactérias nocivas
existentes.
• Produção de alimentos
– todos os microrganismos utilizados na fabricação
de alimentos fermentados: queijo, vinhos, pães,
iogurtes, manteiga etc..
Microbiologia de Alimentos
• Staphylococcus aureus
– Cocos G+
– Aeróbios facultativos
– Imóveis
– Temp. ótima 37°C
– Reservatório natural – homem e animais
– Intoxicação alimentar
Microbiologia de Alimentos
• Fatores de Virulência
– cápsula, peptidioglicanos, proteína A, ácidos
teicóicos, fibrolisina, hialuronidase, catalase, etc.
– Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a
fase de crescimento.
• são peptídeos de pequeno peso molecular;
• resistentes às enzimas digestivas e ao calor;
• agem na parede do estômago, nos receptores do nervo
vago.
• toxinas designadas por letras: A, B, C (C1 e C2), C, D, E, F
e G
Microbiologia de Alimentos
• Escherichia coli
– Bacilo G-
– Aeróbias e anaeróbias facultativas
– Habitam naturalmente o intestino de animais de
sangue quente
Microbiologia de Alimentos
• Variantes de E.coli
– EPEC ("Enteropathogenic E.coli”; E.coli Enteropatogênica):
• causam diarréias não sanguinolentas epidêmicas em
crianças, especialmente em países pobres. Têm um
fator de adesão aos enterócitos e produzem
enterotoxinas, resultando em destruição das
vilosidades do intestino delgado, com má absorção dos
nutrientes e conseqüente diarréia osmótica.
Microbiologia de Alimentos
• ETEC ("Enterotoxic E.coli" ; E.coli Enterotoxigênica):
– diarréia do turista: comida mal cozida ou água contaminada
com detritos fecais.
– infectam principalmente o intestino delgado
– sintomas adicionais são dores violentas abdominais, vômitos,
náuseas e febre baixa;
– produzem enterotoxinas semelhantes à toxina da cólera, com
atividade de adenilato ciclase. O aumento do GMPc (um
mediador) dentro do enterócito causa aumento da secreção de
eletrólitos como cloro e sódio para o lúmen intestinal, seguidos
de água por osmose. O resultado é diarréia aquosa, sem
sangue.
– possui fímbrias que lhe permite aderir fortemente ao epitélio e
não ser completamente arrastada pela diarréia volumosa.
Microbiologia de Alimentos
• EIEC ("Enteroinvasive E.coli" ; E.coli Enteroinvasiva):
– são invasivas e destrutivas da mucosa intestinal,
causando úlceras e inflamação.
– O resultado é diarréia aquosa inicial seguida (em
alguns) de diarréia com sangue e muco,
semelhante à da disenteria bacteriana.
Microbiologia de Alimentos
• EHEC ("Enterohemorragic E.coli" ; E.coli Enterohemorragica):
– causam diarreia aquosa inicial que pode progredir em
colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urémico
(que ocorre em 5% das infecções por EHEC).
– têm fímbrias aderentes
– produzem uma toxina semelhante à shiga-toxina
produzida pela Shigella.
– podem provocar anemia, trombocitopenia e
insuficiência renal aguda potencialmente perigosa.
Microbiologia de Alimentos
• DAEC("Diffusely adherent E.coli“; E.coli com aderência difusa):
– causa diarréia aquosa em crianças pequenas.
• EAEC ("Enteroaggregative E.coli" ; E.coli Enteroagregativa):
– têm fímbrias,
– produzem toxinas semelhantes às da ETEC, resultando
em diarréia aquosa ou hemorrágica persistente em
crianças.
– aparência característica, aglutinando as células umas
ás outras em "muros de tijolos".
Microbiologia de Alimentos
Microbiologia de Alimentos
• Shigella sp.
– Bacilos G-
– Anaérobios facultativos
– Não-móveis
– Altamente invasivas
– Doença = shigelose
• Causam disenteria
– diarréia sanguinolenta e mucóide abundante
• Mecanismo
– células M endocita a célula bacteriana que assim invade a
submucosa, sendo depois fagocitadas por macrófagos;
– escapam da fagocitose induzindo a apoptose do
macrófago.;
– produzem as invasinas, que lhes permitem acoplar e
invadir os enterócitos, onde se multiplicam até destruírem
as células.
• Exotoxina ShT1 (no caso da S. dysenteriae produz a
Exotoxina Shiga – ShT2):
– destroem os ribossomos das células hospedeiras,
impedindo a síntese protéica e matando a célula.
Microbiologia de Alimentos
Microbiologia de Alimentos
• Salmonella sp.
– Bacilos G-
– maioria móveis (com flagelos peritríquios)
– não esporulado
– não capsulado
– não fermentador de lactose.
• Maior importância para a saúde humana
– Salmonella Typhi (Salmonella enterica enterica sorovar Typhi): causa
infecções sistêmicas e febre tifóide
– Salmonella Typhimurium (Salmonella enterica enterica sorovar
Typhimurium): um dos agentes causadores das gastroenterites.
• Fatores de Virulência
– Lipopolissacarídeo (LPS)
– Fímbrias
– Citotoxina
– Proteinas efetoras/secretadas
– Enterotoxina
• A enterotoxina liga-se às células epiteliais intestinais o
aumento de AMPcíclico intracelular, que leva à
secreção de Cl-, HCO3-, Na+ e água para o lúmen
intestinal, resultando em diarréia
Microbiologia de Alimentos
Microbiologia de Alimentos
• Listeria monocytogenes
– Bacilo G+
– Não formador de esporos
– Anaeróbio facultativo
– ß-hemolítico
– Catalase positiva
– Motilidade característica a 20° C (em "guarda
chuva")
– Cresce a temperaturas de refrigeração.
• Causam
– Listeriose (gastroenterite)
– Meningites
– Infecção materno-fetal
– Abortos
– Septicemia
• Fatores de Virulência
– Hemolisinas
(Listeriolisina O)
– Internalinas (invasinas)
– Fosfolipases
Microbiologia de Alimentos
Microbiologia de Alimentos
• Clostridium perfringens
– Bacilo G+
– Anaeróbio
– Esporulado
– Produtor de toxinas
• alfa-toxina, beta-toxina, epsilon-toxina e iota-toxina
– Toxinfecção alimentar
• Toxina termolábil = aquecimento de 65°C por 20
minutos
• A doença é produzida pela formação de toxinas já
dentro do intestino
• Causa desordem intestinal caracterizada por
início súbito de cólica abdominal, acompanhada
de diarréia
– náusea é comum, mas vômitos e febre geralmente
estão ausentes.
Microbiologia de Alimentos
• Clostridium botulinum
– Bacilo G+
– Anaeróbio
– Esporulado
– Produtor de toxinas
– Intoxicação alimentar
• Produzem 6 Tipos de toxinas: A, B, C (C1, C2), D, E, F.
Microbiologia de Alimentos
• Botulismo
– Causado pela ingestão de uma neurotoxina pré-
formada. Ela é uma enzima metaloprotease,
destruindo as proteínas envolvidas na exocitose do
neurotransmissor acetilcolina na placa nervosa
motora.
– A ação da neurotoxina resulta da paralisia dos
músculos. Quando extensa, provoca a paralisia do
diafragma impedindo a respiração normal e podendo
levar à morte por asfixia.
– Considerada uma emergência que requer
administração de anti-toxina (antídoto) imediata.
Microbiologia de Alimentos
Biotecnologia???
Biotecnologia x Microbiologia
• Diagnóstico
– Identificação rápida e eficaz do patógeno
– Estudos epidemiológicos
• Proteção
– Desenvolvimento de vacinas
– Descoberta de novos probióticos
• Diagnóstico
– Listeria monocytogenes
• Testes clássicos
– Demora de 7 a 9 dias para obter o resultado
– Dispendioso, laborioso e demorado.
• Testes imunológicos  rápidos, específicos e mais
baratos
– Uso de anticorpos monoclonais para detecção de antígeno
específico e conservado entre a espécie.
– Imunoensaio utilizando esferas magnéticas
Biotecnologia x Microbiologia
• Prevenção
– Vacinas
• Existem vacinas pra L. monocytogenes, Vibrio cholerae,
Shigella sp., etc
• Ainda não são seguras
• Alguns países estão implementando o uso veterinário
– Probióticos
• Bacillus cereus toyoi
• Saccharomyces boulardii
Biotecnologia x Microbiologia
Obrigada pela atenção!

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  • 2. • Introdução – Trata dos processos em que os microrganismos influenciam nas características dos produtos de consumo alimentício humano ou animal. – Por conseqüência, engloba aspectos da ecologia microbiana e de biotecnologia para a produção. Microbiologia de Alimentos
  • 3. • Bactérias Patogênicas – são aquelas que causam doenças quando ingeridas ou ao liberarem toxinas no alimento. • Biorremediação – é a utilização de culturas microbianas, enzimas e/ou nutrientes adicionados ao sistema de tratamento, causando significativo aumento na taxa de biodegradação com conseqüente redução nos efeitos de descarga. • Probióticos – organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro (FAO/WHO, 2001) Microbiologia de Alimentos
  • 4. • Moduladores Biológicos – utilização de culturas microbianas em camas e locais de confinamento, buscando uma concorrência destas com as bactérias nocivas existentes. • Produção de alimentos – todos os microrganismos utilizados na fabricação de alimentos fermentados: queijo, vinhos, pães, iogurtes, manteiga etc.. Microbiologia de Alimentos
  • 5. • Staphylococcus aureus – Cocos G+ – Aeróbios facultativos – Imóveis – Temp. ótima 37°C – Reservatório natural – homem e animais – Intoxicação alimentar Microbiologia de Alimentos
  • 6. • Fatores de Virulência – cápsula, peptidioglicanos, proteína A, ácidos teicóicos, fibrolisina, hialuronidase, catalase, etc. – Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a fase de crescimento. • são peptídeos de pequeno peso molecular; • resistentes às enzimas digestivas e ao calor; • agem na parede do estômago, nos receptores do nervo vago. • toxinas designadas por letras: A, B, C (C1 e C2), C, D, E, F e G Microbiologia de Alimentos
  • 7. • Escherichia coli – Bacilo G- – Aeróbias e anaeróbias facultativas – Habitam naturalmente o intestino de animais de sangue quente Microbiologia de Alimentos
  • 8. • Variantes de E.coli – EPEC ("Enteropathogenic E.coli”; E.coli Enteropatogênica): • causam diarréias não sanguinolentas epidêmicas em crianças, especialmente em países pobres. Têm um fator de adesão aos enterócitos e produzem enterotoxinas, resultando em destruição das vilosidades do intestino delgado, com má absorção dos nutrientes e conseqüente diarréia osmótica. Microbiologia de Alimentos
  • 9. • ETEC ("Enterotoxic E.coli" ; E.coli Enterotoxigênica): – diarréia do turista: comida mal cozida ou água contaminada com detritos fecais. – infectam principalmente o intestino delgado – sintomas adicionais são dores violentas abdominais, vômitos, náuseas e febre baixa; – produzem enterotoxinas semelhantes à toxina da cólera, com atividade de adenilato ciclase. O aumento do GMPc (um mediador) dentro do enterócito causa aumento da secreção de eletrólitos como cloro e sódio para o lúmen intestinal, seguidos de água por osmose. O resultado é diarréia aquosa, sem sangue. – possui fímbrias que lhe permite aderir fortemente ao epitélio e não ser completamente arrastada pela diarréia volumosa. Microbiologia de Alimentos
  • 10. • EIEC ("Enteroinvasive E.coli" ; E.coli Enteroinvasiva): – são invasivas e destrutivas da mucosa intestinal, causando úlceras e inflamação. – O resultado é diarréia aquosa inicial seguida (em alguns) de diarréia com sangue e muco, semelhante à da disenteria bacteriana. Microbiologia de Alimentos
  • 11. • EHEC ("Enterohemorragic E.coli" ; E.coli Enterohemorragica): – causam diarreia aquosa inicial que pode progredir em colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urémico (que ocorre em 5% das infecções por EHEC). – têm fímbrias aderentes – produzem uma toxina semelhante à shiga-toxina produzida pela Shigella. – podem provocar anemia, trombocitopenia e insuficiência renal aguda potencialmente perigosa. Microbiologia de Alimentos
  • 12. • DAEC("Diffusely adherent E.coli“; E.coli com aderência difusa): – causa diarréia aquosa em crianças pequenas. • EAEC ("Enteroaggregative E.coli" ; E.coli Enteroagregativa): – têm fímbrias, – produzem toxinas semelhantes às da ETEC, resultando em diarréia aquosa ou hemorrágica persistente em crianças. – aparência característica, aglutinando as células umas ás outras em "muros de tijolos". Microbiologia de Alimentos
  • 13. Microbiologia de Alimentos • Shigella sp. – Bacilos G- – Anaérobios facultativos – Não-móveis – Altamente invasivas – Doença = shigelose • Causam disenteria – diarréia sanguinolenta e mucóide abundante
  • 14. • Mecanismo – células M endocita a célula bacteriana que assim invade a submucosa, sendo depois fagocitadas por macrófagos; – escapam da fagocitose induzindo a apoptose do macrófago.; – produzem as invasinas, que lhes permitem acoplar e invadir os enterócitos, onde se multiplicam até destruírem as células. • Exotoxina ShT1 (no caso da S. dysenteriae produz a Exotoxina Shiga – ShT2): – destroem os ribossomos das células hospedeiras, impedindo a síntese protéica e matando a célula. Microbiologia de Alimentos
  • 15. Microbiologia de Alimentos • Salmonella sp. – Bacilos G- – maioria móveis (com flagelos peritríquios) – não esporulado – não capsulado – não fermentador de lactose. • Maior importância para a saúde humana – Salmonella Typhi (Salmonella enterica enterica sorovar Typhi): causa infecções sistêmicas e febre tifóide – Salmonella Typhimurium (Salmonella enterica enterica sorovar Typhimurium): um dos agentes causadores das gastroenterites.
  • 16. • Fatores de Virulência – Lipopolissacarídeo (LPS) – Fímbrias – Citotoxina – Proteinas efetoras/secretadas – Enterotoxina • A enterotoxina liga-se às células epiteliais intestinais o aumento de AMPcíclico intracelular, que leva à secreção de Cl-, HCO3-, Na+ e água para o lúmen intestinal, resultando em diarréia Microbiologia de Alimentos
  • 17. Microbiologia de Alimentos • Listeria monocytogenes – Bacilo G+ – Não formador de esporos – Anaeróbio facultativo – ß-hemolítico – Catalase positiva – Motilidade característica a 20° C (em "guarda chuva") – Cresce a temperaturas de refrigeração.
  • 18. • Causam – Listeriose (gastroenterite) – Meningites – Infecção materno-fetal – Abortos – Septicemia • Fatores de Virulência – Hemolisinas (Listeriolisina O) – Internalinas (invasinas) – Fosfolipases Microbiologia de Alimentos
  • 19.
  • 20. Microbiologia de Alimentos • Clostridium perfringens – Bacilo G+ – Anaeróbio – Esporulado – Produtor de toxinas • alfa-toxina, beta-toxina, epsilon-toxina e iota-toxina – Toxinfecção alimentar
  • 21. • Toxina termolábil = aquecimento de 65°C por 20 minutos • A doença é produzida pela formação de toxinas já dentro do intestino • Causa desordem intestinal caracterizada por início súbito de cólica abdominal, acompanhada de diarréia – náusea é comum, mas vômitos e febre geralmente estão ausentes. Microbiologia de Alimentos
  • 22. • Clostridium botulinum – Bacilo G+ – Anaeróbio – Esporulado – Produtor de toxinas – Intoxicação alimentar • Produzem 6 Tipos de toxinas: A, B, C (C1, C2), D, E, F. Microbiologia de Alimentos
  • 23. • Botulismo – Causado pela ingestão de uma neurotoxina pré- formada. Ela é uma enzima metaloprotease, destruindo as proteínas envolvidas na exocitose do neurotransmissor acetilcolina na placa nervosa motora. – A ação da neurotoxina resulta da paralisia dos músculos. Quando extensa, provoca a paralisia do diafragma impedindo a respiração normal e podendo levar à morte por asfixia. – Considerada uma emergência que requer administração de anti-toxina (antídoto) imediata. Microbiologia de Alimentos
  • 25. Biotecnologia x Microbiologia • Diagnóstico – Identificação rápida e eficaz do patógeno – Estudos epidemiológicos • Proteção – Desenvolvimento de vacinas – Descoberta de novos probióticos
  • 26. • Diagnóstico – Listeria monocytogenes • Testes clássicos – Demora de 7 a 9 dias para obter o resultado – Dispendioso, laborioso e demorado. • Testes imunológicos  rápidos, específicos e mais baratos – Uso de anticorpos monoclonais para detecção de antígeno específico e conservado entre a espécie. – Imunoensaio utilizando esferas magnéticas Biotecnologia x Microbiologia
  • 27. • Prevenção – Vacinas • Existem vacinas pra L. monocytogenes, Vibrio cholerae, Shigella sp., etc • Ainda não são seguras • Alguns países estão implementando o uso veterinário – Probióticos • Bacillus cereus toyoi • Saccharomyces boulardii Biotecnologia x Microbiologia