Desde a antiguidade clássica até a modernidade, a arte ocidental parece ter oscilado entre o clássico e o romântico, o que criou uma tendência de ver a arte como processo evolutivo, onde os estilos se sucedem corrigindo os excessos anteriores.
5. A dicotomia no ocidente
Desde a antiguidade clássica até a
modernidade, a arte ocidental parece ter
oscilado entre o clássico e o romântico, o que
criou uma tendência de ver a arte como
processo evolutivo, onde os estilos se sucedem
corrigindo os excessos anteriores.
6. A dicotomia no ocidente
Na modernidade, ainda se pode observar esse
movimento de oscilação entre os que eram a
favor e os que eram contra à razão técnica.
Na contemporaneidade a avaliação não se
limita aos extremos opostos, mas avança sobre
as ambigüidades que os unem.
7. Fim da pureza
Para compreender os anos 60 e 70 noBrasil, é
preciso reconhecer suas influências,
ressonâncias e dissonâncias, em obras de
vinte ou trinta anos depois. O problema está na
passagem, pois a passagem entre essas duas
décadas foi crucial no âmbito da
contemporaneidade, tanto quanto havia sido a
virada da década de 1940 e 1950 nos EUA.
Pois foi nesse momento que o axioma purista
da modernidade perdeu sua força.
8. Duchamp na América
Quando a capital mundial das artes se transfere
definitivaente de Paris para Nova York, no final
dos anos 50, o Expressionismo Abstrato norte-
americano estava em declínio, e parecia ter
terminado a hegemonia da arte européia sobre a
arte ocidental.
Mesmo com uma tendência para uma linguagem
emancipada na América do Norte, conquistada
finalmente com a Pop Art, sempre houve a
influência de um europeu, Marcel Duchamp.
9.
10.
11.
12. O sujeito na ação
As características particulares do
Expressionismo Norte-americano, em especial
do Action Paint, já conotava da preocupação
em transformar o espaço pictórico em um
campo de ação cromática, com o gesto
definido a configuração formal.
Essa revisão modernista norte-americana, que
desencadeou processos inéditos em relação a
tradição européia, pode ter sido o último foco
de resistência dessa mesma tradição.
13.
14. A nova capital cultural do mundo
Artistas como Robert Rauschenberg e Jasper
Johns, precursores da Pop Art, seguindo os
preceitos dadaístas e o espirito readymade,
criavam o diálogo da pintura com o mundo
agregando às telas objetos do cotidiano,
elementos banais, escolhidos ao acaso e sem
nenhuma intenção estética.
15.
16. Confronto crítico
Clement Greenberg, maior crítico dessa
geração, ao contrário, considerava a condição
artesanal e formalista do modernismo europeu,
indispensável a essa instauração de
linguagem, chegando a afirmar que a arte
visual deveria se restringir a aspectos da
experiência unicamente visual.
17. Confronto crítico
Contrariamente ao pensamento greebergniano,
críticos como Rosalind Krauss e Leo Steinberg
sustentavam que nem tudo cabia no âmbito das
convenções e seguia uma norma técnica
autônoma com os novos procedimentos estéticos
e até que as experiências contemporâneas não
cabem nas especializações tradicionais da arte,
como pintura, escultura, desenho, que se tornam
obsoletas.
18. Confronto crítico
O pensamento Maurice Marleau-Ponty, e sua
obra Fenomeologia da Percepção, também
contrariamente ao pensamento de Greenberg,
repensa a realidade, não como um um embate
de antagonismos, mas sim como um campo de
cruzamentos, onde uma coisa existe graças a
outra. Ele propõe tratar os pares como termos
que estabelecem entre si relações que atuam
na definição mesma de cada uma deles.
21. Brasil
pré-‐Pop
• Liberdade
ar9s:ca
• Construção
lógica
e
formal
• Mundo
progressista
regido
pela
razão
técnica
• Sociedade
industrial
como
potência
redentora
23. Brasil
pré-‐Pop
• Concre:stas
–
São
Paulo
• Neoconcretos
–
Rio
de
Janeiro
• Trabalhar
valores
abstratos
e
formas
concretas,
com
materiais
reais.
Alan
Ridell
Escultura
de
Lygia
Clark
(Neoconcreta)
26. Brasil
pré-‐Pop
• Rompia
com
a
arte
român:ca
e
representacional
de
conteúdo
ideológico
ou
subje:vo.
• Propõe
uma
produção
informada
pelo
saber
cien:fico.
28. + Propondo uma nova imagem da Arte
+ Unindo Arte e Vida
+ Efetivando Princípios da Criticidade
que com sua radicalidade celebra a
morte da arte
+ Rompia a hegemonia do projeto
construtivo
+ Problematizava o circuito
29. Questionando:
A autonomia da pintura e da escultura
Centramento retiniano
Desidealizando o conceito de arte
A imagem do artista
Valorização da técnica.
30. Assume a o mundo empírico banalidade como objetos de interesse
artistico.
Utilizava das linguagens comerciais e a vida urbana
Quebrava os limites entre as disciplinas criando uma interlíngua dispondo
de todos os meios de comunicação
Não tinha por objetivo criticar a nova sociedade, antes adere ao sistema
incluindo em seus processos os mesmos processos utilizados no comércio
e na indústria na construção dos objetos artisticos
31. Retomada da figuração reproduzindos anonimos frios e
desprovidos de inquietações existenciais.
Seu caracter repetitivo da figuração serve como
anúncio da falência do novo e iguala o artista a uma
máquina reprodutora de cópias
Questionando a posição do artista nessa nova
sociedade onde o consumo e reprodução em massa
ditam
Iguala a obra de arte a qualquer produto da cadeia do
cotidiano comercial
32. Passa a aderir às linguagens do mundo
real.
Comentando e revendo o modo de vida
das sociedades pós-industrial e a nova
condição humana.
Deu um valor numérico e serial como de
uma mercadoria e ao artista uma
incapacidade de formular juizos
34. Principais artistas da Pop Art Americana.
Roy Lichtenstein A obra dele mais significativa é
quase toda baseada em quadrinhos. Logo, se você ver alguma coisa
que lembre quadrinhos exposta numa galeria, há grandes chances do
artista ser ele.
35. Principais artistas da Pop Art Americana.
Yayoi Kusama é uma artista pop Japonesa viva até
hoje. Se você ver um monte de bolinhas em alguma obra, grandes
chances de ser ela a dona. Não, não me perguntem o que quer dizer
os pontos, mas vai dizer que as obras não são bonitinhas?
36. Principais artistas da Pop Art Americana.
Wayne Thiebaud é o artista dos doces retrô. Se o quadro tem alguma
guloseima antiga meiga, chute ele como autor do quadro.
37. Principais artistas da Pop Art Americana.
Jasper Johns: Ele fez um quadro chamado flags, aquele com uma
bandeira por cima da outra, que você já deve ter visto.
38. Principais artistas da Pop Art Americana.
Richard Hamilton: Um inglês considerado o cara que iniciou a pop
art, com o quadro “O que faz os lares de hoje serem tão diferentes, tão
chamativos?“.
44. CANONGIA, Ligia. O Legado dos Anos 60 e 70. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2005.
DIAS, Juliana Gomes de Souza. Entre o espaço público e o privado
na arte de Curitiba. Curitiba: 2008.
O Livro da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
REIS, Paulo. Arte de Vanguarda no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2006
46. Vários fatores fizeram uma mudança significativa na arte nos anos
70. Com o rompimento do pós-modernismo , o campo das artes se
estende dando lugares a outras técnicas artísticas como a arte pop
e o minimalismo.
Embora outras manifestações tenham se desenvolvido à época
como a Land Art, a Arte Processo e a Arte Conceitual, nenhuma
sustentava um corpo de princípios tão bem delimitados, com
questões tão coesas como o minimalismo.
O minimalismo surge após o ápice do expressionismo abstrato nos
Estados Unidos, movimento esse que marcou a mudança do eixo
artístico mundial da Europa para os Estados Unidos. Contrapondo-
se a esse movimento, o minimalismo procurava através da redução
formal e da produção de objetos em série, que se transmitisse ao
observador uma percepção fenomenológica nova do ambiente onde
se inseriam. Exemplo desse projeto estaria nas obras de Dan Flavin,
que através de tubos luminosos modifica o ambiente da galeria.
Seus principais representantes foram Donald Judd, Sol Lewitt, Dan
Flavin e Carl Andre.
47. Principais
Representantes
do
Minimalismo
Dan
Flavin
É
um
ar:sta
minimalista
dos
EUA.
Seu
trabalho
se
caracteriza
por
instalações,
pinturas
e
esculturas,
entre
outros.
48. Sol
LewiG
Foi
um
ar:sta
estadunidense
de
arte
minimalista.
Um
dos
principais
protagonistas
da
arte
minimalista,
Sol
Lewi^
criou,
nos
anos
60,
estruturas
compostas
de
elementos
cúbicos
ou
derivadas
do
cubo,
em
variações
organizadas
sobre
uma
grade.
Eram
volumes
simples,
que
convidavam
o
espectador
a
reconstruir
o
retrato
mental
das
variações
possíveis
de
uma
dada
figura.
Desde
o
início
de
sua
carreira,
Sol
Lewi^
dedicou-‐se
a
mudar
nossa
compreensão
das
convenções
pela
alteração
de
nossos
sen:dos.
49. Donald
Judd
Interessa-‐lhe
a
tridimensionalidade
da
escultura
e
a
relação
que
os
objetos
estabelecem
com
o
espaço
e
com
o
solo.
Nos
seus
trabalhos,
que
resultam
de
uma
radical
simplificação
das
formas,
dos
materiais
e
das
cores,
o
ar:sta
pretende
acentuar
as
qualidades
bsicas
e
plás:cas,
sem
imitar
ou
expressar
nada
para
além
da
realidade
bsica
e
sensível
das
formas.
Esta
redução
expressiva
e
formal
é
acompanhada
pela
quase
eliminação
do
contacto
direto
do
ar:sta
na
produção
das
peças
que
muitas
vezes
eram
inteiramente
produzidas
em
fábricas.
Os
materiais
que
mais
u:liza
são
o
contraplacado,
o
ferro,
o
alumínio
e
a
madeira,
muitas
vezes
pintados.
Um
dos
seus
trabalhos
mais
conhecidos,
a
série
de
esculturas
que
são
designadas
por
"Pilhas",
resultam
da
repe:ção
ver:cal
de
caixas
retangulares,
ao
longo
de
uma
parede.
Apresentam
uma
das
ideias
de
composição
recorrentes
nas
obras
de
Judd:
a
serialidade,
a
combinatória
e
a
variação
de
figuras
simples.
50. Carl
Andre
É
um
ar:sta
plás:co
e
autor
de
poemas
visuais
estadunidense,
e
um
dos
membros
do
movimento
minimalista
nos
anos
1960.
O
trabalho
de
Andre
é
único
e
tem
sua
origem
numa
tradição
de
escultura.
Carl
Andre
usa
materiais
modernos
ou
materiais
que
foram
processados
por
meios
industriais
e
suas
obras
são
enfa:camente
an:ilusionistas;
talvez
mais
do
que
a
de
qualquer
outro
ar:sta
da
época.
Evitando-‐se
qualquer
efeito
de
desafio
à
gravidade
escolhendo
não
prender,
colar,
soldar,
cavilhar,
parafusar
ou
manter
os
elementos
juntos
de
alguma
outra
maneira,
assim
sendo
esculturas
de
disposição.
Convex
Piramide
1,93
x
53
51. No
Brasil
a
internacionalização
da
arte
e
do
mercado
abriu
possibilidades
de
usos
de
materiais
dis:ntos
como
aço,
acrílico,
plás:co,
alumínio,
etc,
desenvolvendo
com
isso
uma
mistura
um
tanto
quanto
contraditória
de
experimentalismo,
marginalidade
e
mercado.
No
Brasil,
nas
artes
plás:cas,
o
Minimalismo
não
teve
representantes
importantes,
mas
o
Pós-‐minimalismo
influencia
vários
ar:stas,
José
Resende
entre
eles.
Em
algumas
obras,
Resende
derrama
parafina
quente
sobre
um
pedaço
de
couro
cru,
e
o
resultado
é
conseqüência
da
troca
térmica
entre
os
dois
materiais:
o
couro
se
enruga
e
a
parafina
endurece.
O
movimento
se
enfraquece
no
início
dos
anos
80
com
a
revalorização
da
pintura.
52. Artur Barrio
Artur Barrio, artista que aparece em meio a
efervescência que abalaram o entre-décadas,
logo impõe um novo paradigma que dá à
experimentação um caráter demolidor, errático e
energético dilatando a capacidade perceptiva a
sensorial a níveis inéditos. O artista estabelece o
fundamento iconoclasta de sua obra desde as
Trouxas Ensangüentadas, que foram espalhadas
no Rio de Janeiro (1969) e Belo Horizonte (1970).
53.
54.
55.
56.
57.
58. Cildo Meireles
Cildo Meireles, outro importante artista da década,
segue a mesma direção dessa política maior, que se
confronta com a lógica elitista do capitalismo. Ele
parecia satirizar o consumo mercantil massificado e ao
mesmo tempo em que criava uma circulação
subversiva e autônoma para a arte. Ele fez isso, em
1970, com as séries Inserções em Círculos
Ideológicos, Projeto Coca-Cola e Projeto Cédula. O
artista criava “uma espécie de graffiti móvel” com
contra-informações, estabelecendo para a arte um
território aberto a penetração pública.
59.
60.
61.
62. • CANONGIA, Ligia. O Legado dos anos 60 e
70. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.
• FAVORETTO, Celso. Das novas figurações à
arte conceitual. In ITAÚ CULTURAL.
Tridimensionalidade: arte brasileira do século
XX. São Paulo, Cosac Naify,1999.p. 110 - 115.