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“ Voz Ribatejana
:: número 21 :: ano 1 :: 28 de Setembro de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
Frente ribeirinha – Obras de requalificação inauguradas no sábado
7 milhões
Sérgio Silva
conquista
Mundial
de Duatlo pag.: 13
“mudam” Agrocamprest propõe
fusão à Adega de
face de Arruda
Esgotos de 65 mil
despejados no Tejo
pags.: 2 e 3
Vila Franca pag.: 4
Vila
Franca de Xi-
ra inaugura, no
sábado, um conjun-
to de obras capazes de
dar uma imagem e uma
atractabilidade completa-
mente diferentes à frente ribei-
rinha da cidade. São cerca de 7 mi-
lhões de euros investidos na requalifi-
cação do Jardim Municipal, nos arranjos
exteriores do bairro avieiro, nas novas insta-
lações da Secção Naútica do Vilafranquense, no
Câmara trava
prolongamento do caminho pedonal ribeirinho e
no pavilhão multiusos do Cevadeiro. A indefinição e a
ampliação do aterro
degradação da antiga fábrica de descasque de arroz
constituem a grande pecha que prejudica, para já, o aspec- do Mato da Cruz
to de toda a margem ribeirinha vila-franquense. pag.: 5
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2. 02
“
ABERTURA
“Está na altura Lu
preside
quer,
ís Alen a
nte d
mprest
,
Agroca ista
de voltarmos a em ent
rev
ter expectativas
de futuro na
agricultura”
Prestes a completar 35 anos de existência, a Agrocamprest é hoje uma das maiores coo-
perativas portuguesas vocacionadas para a comercialização de produtos e prestação de
serviços na área da agricultura. Fruto dos antigos grémios da lavoura de Arruda dos
Vinhos e de Vila Franca de Xira, tem expandido e diversificado a sua actividade, atingin-
do um volume de negócios anual de 10 milhões de euros que a situam entre as 70 maiores
cooperativas portuguesas (ver caixa). Luís Alenquer preside à cooperativa sedeada em
Arruda desde 1987 e revela que a Agrocamprest se prepara para abraçar novos proje-
ctos como a criação de um grande espaço de comercialização na Castanheira do Ribatejo,
a constituição de uma união de cooperativas vocacionada para os hortofrutícolas e para
os cereais e a recuperação e exploração de um conjunto de silos em Pavia (Mora).
Entretanto já criou duas empresas vocacionadas para as energias alternativas. O estudo
de novas possibilidades que relancem a agricultura no concelho de Arruda é outro dos Luis Alenquer acredita que há
desafios da Agrocamprest que voltou, recentemente, a propor uma fusão à vizinha Adega soluções para evitar o abandono das
Cooperativa de Arruda. terras.
Jorge Talixa todo o Tejo e também já no necessidade que existiu nos tualmente ainda trazer algu- arranjar viabilização para a parte dos agricultores, com a
Alto Alentejo. nossos sócios de verem uma mas soluções. Mas trabalhar agricultura através de um Agrocamprest, com a
Voz Ribatejana – A resposta às suas solicitações e no sequeiro com áreas médias apoio directo da Prestenergia e as restantes
Agrocamprest foi criada em Isso significa que a agricul- aos seus problemas. Fomos destas é bastante difícil. Não é Agrocamprest. Estamos a entidades, a trabalharem em
1977, dando sequência ao tura de há 35 anos era com- avançando à medida que os rentável para o agricultor hoje fazer ensaios para agricultura conjunto e a rentabilizarem os
antigo grémio da lavoura. pletamente diferente e que sócios iam solicitando um trabalhar 1, 5 hectares como biológica, pensamos que aqui investimentos em equipamen-
Como é que neste percurso melhor desenvolvimento deste trabalha, fazendo trigo ou ou- haverá maneira de arranjar- tos.
de quase 35 anos, a ou daquele sector. E nós, com tros cereais ou fazendo a mos saídas. Nesta pequena
Agrocamprest se transfor-
mou numa das 70 maiores
Líder a entrada de técnicos e a me-
lhoria das condições, procu-
vinha. Para áreas médias supe-
riores a 6/7 hectares já começa
dimensão pode ser uma das
hipóteses que temos. Além
É uma tentativa de abrir
portas para o futuro, mas
cooperativas portuguesas e
movimenta mais de 10 mil-
nacional na ramos responder. Ao mesmo
tempo é a nossa ambição de
a ter alguma compensação.
Depende de agricultor,
disso, estamos a estudar tam-
bém a parte da floresta. Nós
não correm o risco do
agricultor vos dizer que esta
hões de euros por ano?
Luís Alenquer – A
sementeira crescer e de ganhar dimensão,
essencialmente na zona onde
depende da cultura, depende
do que faça, mas com áreas
Agrocamprest, com a associ-
ação de agricultores, estamos
ideia da floresta e da bio-
massa só daqui a 20 ou 30
Agrocamprest nasce essen-
cialmente, como disse, do
directa pensamos que a agricultura
tem grande futuro, que é toda
inferiores dificilmente é ren-
tável. E mesmo nessa área dos
a tentar fazer um ensaio com o
apoio do Instituto Superior de
anos é que dá resultados?
Não. Esta floresta para bio-
Grémio da Lavoura de Arruda a zona ligada ao regadio, que 7 a 10 hectares a pessoa tem Agronomia, no sentido de tes- massa é uma floresta rápida.
e, no ano seguinte, em Vila A Agrocamprest, segundo tem um potencial tremendo, normalmente outra profissão e tarmos espécies que possam Não é só floresta, o caso do
Franca também. Nasceu dos Luís Alenquer, é o maior comparativamente com as a agricultura é um comple- ser aproveitadas aqui, no sorgo doce é uma cultura
dois grémios. Foi crescendo prestador de serviços em zonas de sequeiro, que estão mento. futuro, como espécies para anual, para um corte anual.
ao longo dos anos, explorando Portugal no que diz bastante mais limitadas e o aproveitamento de biomassa. Haverá outras espécies que
essencialmente a vertente da respeito à chamada risco de fazer agricultura no E poucos ou nenhuns serão Se estes projectos forem vamos testar para ver quais
comercialização de produtos e sementeira directa. Já fez sequeiro é cada vez maior. os que investem na aquisição viáveis e se arranjarmos espé- são as mais indicadas para a
da prestação de serviços. mais de 4000 hectares de de parcelas para criarem cies que sejam viáveis na região. Vamos começar esses
Iniciou, depois, várias secções culturas neste sistema e Que retrato pode fazer da propriedades com outra região, o que a Agrocamprest ensaios este ano e pôr quatro
novas. Desde a minha entrada, está agora um pouco agricultura neste momento dimensão? vai propor aos agricultores é espécies em confronto. São
em 1987, iniciámos várias acima dos 2000. Possui no concelho de Arruda que, Sim. O preço das terras aqui é uma integração da exploração ciclos de 2/3 anos no máximo,
secções. Começámos com o sete equipamentos técni- apesar de tudo, é a vossa extremamente especulado, para biomassa, em parceria não são ciclos de 20 ou 30
cos para este tipo de
Agrupamento de Defesa base de trabalho. É uma não há produção nenhuma não só com a Florest, mas anos, haverá um corte de 2 ou
sementeira, considerado
Sanitária ligado à parte animal agricultura decadente, com agrícola que consiga pagar em também com a Prestenergia, a de 3 em 3 anos e, no caso do
ambientalmente muito
e com a formação profissio- falta de perspectivas, 20 anos o custo da terra, não é Cooperativa do Sobral de sorgo, será anual. Também
mais favorável. Não
nal, secções que ainda mante- demasiado baseada na vinha viável a aquisição para pro- Monte Agraço e a temos um projecto, aprovado
envolve lavouras ou
mos. Depois, iniciámos a e sem condições para dar a duzir agricultura e pagar-se LeaderOeste. A intenção é pelo Leader, para cen-
gradagens da terra,
secção de comercialização de volta a tudo isto? com a agricultura. acompanhar o agricultor desde tralizarmos uma indústria
reduzindo os consumos de
cereais, alargando da cevada a A agricultura em Arruda é um Nós não desistimos, achamos a plantação à colheita, o transformadora no Oeste. E
combustíveis e de mão-de-
todos os outros cereais. Mais bocadinho isso que disse. É que esta zona, mesmo assim, agricultor não tem que vamos agregar as câmaras no
obra e baseia-se em
tarde criámos um agrupamen- um concelho que tem um tem soluções, mas tem despender qualquer tempo e sentido de as envolvermos
pequenos rasgos no solo
to de produtores hortícolas e hectare e meio em média por soluções integradas, soluções pode fazer contratos com a para haver em cada concelho
onde são colocados o
começámos a trabalhar con- agricultor, divididos em três em que os agricultores, Agrocamprest de exploração pelo menos um local para
adubo e a semente, depois
tratos com a indústria para da aplicação de um herbi- parcelas. Além de ser um con- através da Agrocamprest, destas espécies. recolha de biomassa, tudo o
apoiar a comercialização de- cida total. celho pequeno, é um dos con- poderão ter uma saída para que seja resultante de podas,
sses agricultores. Depois celhos em que a área da pro- fazerem agricultura sem aban- Procurando uma diversifi- da limpeza florestal, tudo o
transformámos a comercia- priedade é mais dividida. E donar os terrenos. Ou seja, o cação de culturas num con- que seja matéria lenhosa. As
lização de cereais num agru- todo este processo evolutivo tem, também, um problema de que se tem visto nos últimos celho demasiado baseado na câmaras já demonstraram
pamento de produtores. foi também uma adaptação carência de água. Estas áreas anos é um abandono cada vez vinha? interesse em aderir e acarinhar
Crescemos cada vez mais no da Agrocamprest às novas são extremamente pequenas maior das áreas agricultáveis e E a rentabilização disto, o projecto.
Ribatejo, por concelhos que realidades? para se trabalhar no sequeiro. nós achamos que isso não através de um trabalho con- Acha que a agricultura do
não eram os originais da Sim. Esta criação de novas Se fosse no regadio, não sendo pode acontecer de maneira junto e de uma poupança em Oeste tem futuro?
Agrocamprest, ao longo de secções foi exactamente pela áreas grandes, poderiam even- nenhuma, estamos a tentar termos de investimento por O Oeste divide-se em duas
3. 03
Áreas de intervenção cada vez mais alargadas Agrocamprest propõe
A Agrocamprest funciona, hoje, quase como uma “holding” com várias participações e
projectos de parceria. Criou a Ruralprest vocacionada para as energias renováveis e o
agrupamento complementar de empresas Prestenergia (com sede no Sobral em parceria
com a Florest, a Cooperativa de Sobral de Monte Agraço e a LeaderOeste), também lig-
fusão à Adega de Arruda
ada às energias renováveis. Tem, ainda, uma participação de 12% na União de
Cooperativas Agrícolas do Ribatejo e do Oeste e entrou, muito recentemente, na consti- A direcção da Agrocamprest enviou, em meados de Agosto, uma proposta formal de fusão à
tuição da Univegetal, uma cooperativa com sede na Chamusca, que vai estar vocaciona- vizinha Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos. Os autores da proposta aguardam, ainda,
da para os sectores hortofrutícola e de cereais e que tem participações iguais da uma resposta da direcção da adega, mas acham que esta fusão “seria benéfica para as duas
Agrocamprest, da Cadova (Chamusca), da Benagro (Benavente) e da CDA (Santarém). instituições e para os agricultores da região”.
Para tudo isto, a Agrocamprest tem que apostar numa estrutura técnica forte e, nos seus Actualmente, a Agrocamprest tem cerca de 4400 sócios e um volume de negócios de 10 mi-
22 funcionários, dez são técnicos nas diferentes vertentes de actuação da cooperativa. lhões de euros. A Adega Cooperativa reúne cerca de 1200 sócios e tem um movimento anual
da ordem de 1, 5 milhões de euros. As escassas dezenas de metros que separam as instalações
das duas cooperativas poderão ser mais uma vantagem numa eventual fusão e o facto da grande
maioria dos sócios da Adega também serem sócios da Agrocamprest poderá ajudar.
Segundo Luís Alenquer, uma proposta semelhante foi colocada pela Agrocamprest à Adega há
cerca de 7 anos mas não teve resposta positiva. “Achámos que era altura para fazer novamente
esta proposta à Adega Cooperativa, temos ideias para o futuro desta região ligadas à vinha, li-
gadas às castas e à cultura da vinha, para não abandonar. Por isso fizemos essa proposta e esta-
mos a aguardar”, explicou ao Voz Ribatejana, frisando que a Agrocamprest já tem acompa-
nhado muitos dos projectos de instalação e de reconversão de vinhas desenvolvidos na região
com apoios do Proder. “Penso que há muito fazer na vinha. Temos muitas ideias para o futuro”,
conclui.
zonas, a de Torres Vedras e do grão-de-bico não, essa é ren- não se pode comercializar cá
Cadaval para o lado do mar e tável e penso que a cultura da pesticidas espanhóis. Na
para o lado do Tejo. Toda a fava também, está a crescer. União Europeia já foi feito um
faixa litoral tem capacidades Temos um projecto de expor- acordo com a ministra espan-
excelentes para a produção de tação nessa área e pensamos hola, ainda no tempo do mi-
fruta e de hortícolas. Para o que poderá vir a ter interesse nistro Sevinate Pinto, para que
interior, para o lado do Tejo, nesta região. todas as substâncias pudessem
teremos que encontrar passar além fronteiras com
soluções e é isso que estamos Quando se fala de agricul- pequenos testes de adaptação
a tentar arranjar. Não só tura surge frequentemente a de 3 meses. O que é certo é
através da vinha e da melhoria queixa de que os factores de que isso nunca foi feito e não
das condições da vinha, fazen- produção em Portugal são teve repercussões a nível dos
do exactamente as castas que caros. A Agrocamprest lida preços. Não houve ministro
se devem fazer e como se muito com isso. É realmente nenhum que conseguisse
devem fazer. E outras alterna- assim? implementar isso, acho que
tivas que estamos a estudar, o Principalmente na área dos havia um trabalho grande a
caso da floresta, essencial- pesticidas, se compararmos fazer nesse sentido, que
mente para produção de bio- com Espanha, temos normal- poderá melhorar bastante os
massa, e a questão do grão-de- mente sempre preços mais ele- preços para os agricultores e
bico, do trigo rijo e do trigo vados. Nem sempre os produ- tornar-nos mais competitivos.
mole de qualidade. Isto só tra- tos são iguais, muitas vezes as Na parte dos adubos temos
balhando em áreas com um substâncias activas e as suas alturas em que temos me-
bocadinho mais de dimensão,
no caso dos cereais, porque se
percentagens não são exacta-
mente iguais às nossas.
lhores preços que os espa-
nhóis, temos outras em que é “Nasci ligado à agricultura e às
for de menor dimensão não é Muitos são mais baratos em ao contrário. Nas sementes, os
comportável, a estrutura de
custos não dá. No caso do
Espanha porque têm menos
substância activa. Também
preços também são muito
idênticos.
máquinas”
Luís Alenquer nasceu há 53 anos em Arruda e desde muito pequeno que se viu envolvido no
700 metros de área comercial devem abrir ambiente da agricultura e das máquinas. Talvez por isso decidiu fazer caminho nesta área,
tirou o curso de engenheiro técnico agrário em Santarém e foi também na capital ribatejana
em Janeiro na Castanheira que fez, depois, uma pós graduação em gestão. Preside à Agrocamprest desde 1987, há exa-
ctamente 24 anos. E integra desde 2005 os órgãos directivos da Confederação de Agricultores
A exiguidade das instalações e sobretudo a falta de acessos que permitissem a circulação e de Portugal (CAP), tendo sido eleito já este ano para vice-presidente desta que é a maior con-
paragem de camiões ou tractores naquela área levaram a Agrocamprest a decidir fechar, há federação agrícola portuguesa.
cerca de 3 meses, o espaço comercial que possuía na Rua Dr Manuel de Arriaga, mesmo em “Pela parte do meu pai estava muito ligado às máquinas e pelo lado da minha mãe muito lig-
frente ao Centro de Emprego de Vila Franca de Xira. Sentindo que precisa de ter uma área ado à agricultura. Sempre foram sectores pelos quais tive muito carinho”, assume, justifican-
comercial capaz de servir os agricultores do concelho vila-franquense, a Agrocamprest tem do de certa forma o percurso que tem feito nesta área. Enquanto agricultor reconhece que está
praticamente concluídas as negociações com a Unicaro (união de cooperativas em que tem exactamente na média do concelho de Arruda, tem uma propriedade com um hectare e meio.
12% do capital) para a cedência de um armazém com 700 metros quadrados junto ao merca- “Uma vez disse numa assembleia-geral da Agrocamprest que a minha grande função nesta
do de origem da Castanheira do Ribatejo. casa, como presidente da Agrocamprest, era essencialmente minorar a agonia dos agricul-
“Está prevista a abertura logo no início de 2012, se conseguirmos até gostaríamos de abrir tores. Custa-me dizer isto, mas foi o que lhes disse aqui há uns anos. Ou seja: a protelar a sua
antes, mas pelo menos no início do próximo ano estará com certeza a funcionar”, garante Luís agonia. Porque, nesta região, as questões como estavam apontadas e postas há uns anos atrás
Alenquer, em declarações ao Voz Ribatejana, frisando que a Agrocamprest tinha um compro- era para haver um decréscimo da produção e da rentabilidade nesta região”, recorda.
misso moral com os associados do concelho de Vila Franca. “Tivemos mesmo que fechar no Entretanto, algumas coisas mudaram, a agricultura voltou a conquistar “espaço” nas priori-
centro de Vila Franca porque não era economicamente viável e principalmente porque o dades políticas e Luís Alenquer acha que se abrem novas perspectivas. “Penso que está na
número de sócios que servia era muito pequeno, dado que não tinha condições para parar um altura de darmos a volta, pensamos que está na altura de voltarmos a ter alguma expectativa
camião, um tractor ou fosse o que fosse”, explica o responsável da Agrocamprest. de futuro através da agricultura biológica, desta questão da biomassa, que esperamos que
Surgiu, entretanto, a oportunidade de instalar este novo espaço na Castanheira, com outras venha a resultar essencialmente no concelho de Arruda. Tenho grande esperança na agricul-
condições de acesso e de funcionamento. “Dá-nos uma grande satisfação, porque vamos tura biológica e tenho grande esperança que a Adega ainda venha a ouvir a nossa proposta
novamente apoiar o pequeno agricultor do concelho de Vila Franca. O grande agricultor de fusão, para que possamos fazer um trabalho conjunto”, defende.
esteve sempre apoiado na mesma, porque os grandes volumes são comercializados através de
transportes”, prossegue Luís Alenquer, precisando que o novo espaço comercial deverá dis-
por também de uma báscula para pesagens. No complexo da Castanheira da Unicaro já fun-
ciona outro serviço da Agrocamprest de recepção de produtos hortícolas, sobretudo pimentos, A Agrocamprest em números
beneficiando de instalações de frio que a Unicaro também ali possui e que cede à
Agrocamprest, que faz depois o encaminhamento para a indústria. Sócios – 4400
Agora, o novo armazém poderá dispor de todo o tipo de produtos para agricultura. “É uma Sócios no concelho de Arruda – cerca de 2200
vitória bastante grande, porque era uma ambição nossa ter um espaço condigno onde pudésse- Postos de trabalho directos – 22
mos ter todos os produtos e dar um apoio a todos os agricultores da região de Vila Franca”, Volume de negócios anual – 10 milhões de euros
conclui.
4. 04
“ A Assembleia de Freguesia de Alverca reúne, em sessão
ordinária, na noite da próxima sexta-feira. A reunião realiza-se, a
partir das 21h00, nas instalações do Centro Social e Cultural do
povo de Á-dos-Potes. A ordem de trabalhos inclui a apreciação da
informação escrita do presidente da Junta de Freguesia e uma pro-
AMBIENTE posta de alteração ao Regulamento de Trânsito respeitante à
Avenida 5 de Outubro. Haverá, também, um período reservado à
intervenção do público, previsto para as 23h00.
Zona Sul do concelho de Vila Franca
ainda despeja esgotos no Tejo
A ETAR de Alverca já está a funcionar há quase um ano, mas os atrasos na construção dos
emissários das freguesias do sul fazem com que os esgotos de cerca de 65 mil habitantes con-
tinuem a ser despejados no Tejo.
Jorge Talixa esgotos a serem lançados no rio, em plena actividade, mas isso
libertando um cheiro nause- não foi possível, porque estas
Apesar da entrada em funciona- abundo”, sustenta Rui Ricardo, dificuldades de negociação dos
mento, no final do ano passado, eleito da coligação liderada pelo terrenos só muito recentemente
da Estação de Tratamento de PSD na Assembleia Municipal foram totalmente ultrapas-
Águas Residuais (ETAR) de de Vila Franca de Xira. O autar- sadas”, referiu.
Alverca, os esgotos das três ca social-democrata quis saber Vale Antunes reconhece, tam-
freguesias do sul do concelho de para quando se prevê a ligação bém, que esta discrepância entre
Vila Franca de Xira continuam a dos efluentes das freguesias da a entrada em funcionamento da
ser despejados no Tejo. A Póvoa, Forte da Casa e Vialonga ETAR de Alverca – destinada a
Câmara assume que gostaria (com cerca de 65 mil dos 140 servir toda a zona centro e sul
que todos os efluentes domésti- mil habitantes do concelho) à do concelho e actualmente a
cos já tivessem tratamento ade- ETAR de Alverca, fruto de um tratar apenas os esgotos de
quado conforme chegou a estar investimento de 8 milhões de Alverca e Sobralinho – “não dá
previsto, mas diz que o sistema euros, e se estão a ser tomadas nenhum conforto ao
multimunicipal SimTejo teve medidas para identificar eventu- Município”, mas prevê que,
grandes dificuldades em nego- ais despejos ilegais nas condu- “depois de algumas décadas de
ciar os terrenos necessários para tas de saneamento. despoluição do Tejo, estamos
os emissários de recolha de Francisco Vale Antunes, finalmente a poucos meses, ano
efluentes nas freguesias da vereador do PS que preside aos e meio no máximo, de termos
Póvoa, Forte da Casa e Serviços Municipalizados de finalmente todos os esgotos
Vialonga. A SimTejo, por seu Águas e Saneamento, admite tratados”. Acrescenta, também,
turno, anuncia para este mês de que o processo de construção que depois das obras agora ini-
Setembro o arranque da obra dos emissários e dos sistemas ciadas pela Simtejo, haverá
dos sistemas de encaminhamen- elevatórios “teve algum atraso”, ainda uma segunda fase com a
to de esgotos, que só deverão que “resulta da passagem por construção de emissários na
estar concluídas dentro de 1 ano terrenos privados”, o que área da Rua Isidoro Costa, na
(ver caixa). “obrigou a SimTejo a fazer zona antiga da Póvoa. “Câmara
A oposição local tem colocado
várias vezes o problema e até a
negociações para tentar levar à
execução o mais rápida possível
e SMAS serão exigentes naqui-
lo que forem os trabalhos da
SimTejo lança 2 quilómetros
coligação Novo
(PSD/CDS-PP/PPM/MPT), que
Rumo das obras”.
Segundo o eleito do PS, a
SimTejo e no acompanhamento
da sua execução”, promete o
de condutas na EN 10
é parceira do PS na gestão Câmara foi sendo regularmente edil.
camarária, critica todo este atra- informada destas dificuldades, A SimTejo lançou, já neste mês de Setembro, uma das empre-
so. “Os esgotos de toda a zona que só “recentemente” foram itadas de construção dos emissários e estações elevatórias que
sul continuam a correr para o ultrapassadas. “Por vontade da vão levar os esgotos da zona sul do concelho de Vila Franca
Tejo sem qualquer tratamento. Câmara de Vila Franca todo até à ETAR de Alverca. A obra, numa extensão de 2 quilóme-
Na Póvoa de Santa Iria, o aquele trabalho de recolha de tros, vai desenrolar-se na sua maior parte na Estrada
cenário está bem à vista, com os efluentes da zona sul já estava Nacional 10, o que vai gerar também problemas para o trân-
sito.
Certo é que o sistema de saneamento prevê que a empreitada
dos sistemas elevatórios de Avieiros e Icesa fique pronta em
Agosto de 2012 e afiança que, no decorrer das obras, o
empreiteiro colocará a sinalização adequada e, embora
condicionada (sobretudo na zona norte da cidade da Póvoa),
a circulação nunca será cortada. A SimTejo sublinha, tam-
bém, que estas obras “irão possibilitar o tratamento de eflu-
entes, melhorando as condições sanitárias e a qualidade de
vida da população local”. Este Sistema de Saneamento
O nosso objectivo é que Integrado do Municípios do Tejo e Trancão diz já ter investi-
do mais de 50 milhões de euros no concelho de Vila Franca e
o candidato passe à primeira. chegou a prever concluir toda a rede de encaminhamento até
final de 2010, mas os problemas na libertação de terrenos
terão gerado este atraso de quase 2 anos.
Calbrita quer ampliar Projecto da
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Santa iria da Azóia ......................................................................................... Tel: 219 598 489 pública decorre até 21 de Outubro. O projecto abrange as freguesias
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Bom Sucesso .................................................................................................. Tel: 219 575 175 mações na Câmara de Alenquer e nos sites da Agência Portuguesa Outubro. Os interessados poderão consultar o
Jardim Radical ................................................................................................ Tel: 219 347 940 do Ambiente e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento resumo não técnico nos sites e nas sedes da
Nova Xira ........................................................................................................ Tel: 263 270 792 Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Um tema a que voltaremos de Câmara de Benavente, da Comissão de
Malvarosa ........................................................................................................ Tel: 219 574 828 forma mais desenvolvida na próxima edição do Voz Ribatejana. Coordenação e Desenvolvimento Regional de
Maputo Lisboa e Vale do Tejo e da Agência
E AGORA EM ALHANDRA tel: 967 642 380 Portuguesa do Ambiente.
5. 16
7 anos no dia
O Estado escreveu: "E os
terrenos em Arcena são iguais.... Valorsul fez 1 da a 16 de Setembro de
i cria
agora façam a exploração de A Valorsul fo a ex ploração do
u, em 1998,
uma pedreira junto do aterro 1994 e inicio sequência à
Cruz, que deu
sanitário e depois vejam para Aterr o do Mato da e trata 1 milhão
municipal. Hoj
onde vão parar as toneladas de antiga lixeira to dos resíduos
r ano, um quin
28 de Setembro de 2010 lixo lá enterradas”. de toneladas po uzidos em Portu
gal, pro-
sólid os urbanos prod residem 1, 5
unicípios, onde
du zidas em 19 m
tantes.
milhões de habi
Câmara vai impedir
Valorsul de ampliar aterro
Depois da acesa polémica que rodeou a discussão pública dos
projectos de exploração da Pedreira de Arcena e de ampliação
do Aterro do Mato da Cruz, a Câmara de Vila Franca vai
alterar o PDM para impedir o alargamento do aterro planea-
do pela Valorsul.
Jorge Talixa ficado para que o terreno para onde
se previa a ampliação do aterro
A Câmara de Vila Franca de Xira volte à classificação anterior “eli-
vai aprovar uma alteração em minando de vez a possibilidade de
regime simplificado do seu Plano aterro naquele local”. A presidente
Director Municipal (PDM) para da Câmara de Vila Franca deu
impedir que a Valorsul amplie o indicações ao vereador que repre-
aterro sanitário que explora há senta o Município na Valorsul para
quase 20 anos na zona do Mato da que apure se a empresa já está a
Cruz, freguesia de Calhandriz. A pensar estudar alternativas à ampli-
autarquia contemplou essa ampli- ação do Aterro do Mato da Cruz e
ação na revisão do PDM concluída para que solicite que seja equa-
em Novembro de 2010, mas novas cionada a hipótese de começar já a
informações sobre o impacto da recuperação paisagística dos
infra-estrutura nas zonas habitadas hectares já usados como aterro.
mais próximas e algumas posições Recorde-se que, há cerca de 4
públicas da própria empresa meses, a Câmara decidira revogar
levaram a autarquia a mudar a sua
posição.
a declaração de interesse público
da Pedreira de Arcena.
Dados do
Em 2010, a Valorsul propôs esta
ampliação do Aterro do Mato da
Também Nuno Libório, vereador
da CDU, a principal força da
aterro
Cruz – ocupa uma área de 41 oposição municipal, manifestou o
hectares, já acolheu 6 milhões de apoio da coligação liderada pelo Área total – 41 hectares
toneladas de lixo e está perto do PCP à decisão de impedir a ampli- Célula de deposição já
selada - 7, 1 hectares
fim da sua vida útil – e acordou
com a Câmara de Vila Franca que,
ação do aterro. Aterro ainda recebe 170 mil toneladas por ano Células 1 e 2 em fun-
por isso, daria várias compen- Reacção da Valorsul cionamento - 13, 7 ha
sações, incluindo 1 milhão de Segundo a Quercus, o Aterro do Mato da Cruz ainda recebe cerca de 170 mil toneladas de lixo com capacidade para 3, 2
euros para o Município adquirir Já a Valorsul, em resposta ao Voz por ano. Rui Berkmeier, coordenador do Departamento de Resíduos da Quercus, defendeu, em milhões de toneladas
viaturas e material de recolha de Ribatejana, começa por sublinhar declarações ao Voz Ribatejana, que esta ampliação é desnecessária se a Valorsul investir 40 mi- Células de cinzas inerti-
resíduos sólidos. Só que para essa que a ampliação do aterro só pode- lhões de euros na construção, no concelho do Cadaval, de uma unidade de tratamento mecânico zadas - 4,8 ha
ampliação é preciso que a Cimpor ria ser uma realidade se a Cimpor e biológico (existe uma em Fronteira) capaz de reciclar 50% do lixo e de transformar outros 30% Plataforma para trata-
antecipe a exploração da sua tivesse o seu projecto de explo- em combustível. Os restantes 20%, referiu, são resíduos inertes, sem matéria orgânica e sem mento e valorização de
pedreira de Arcena (zona alta da ração da pedreira aprovado. cheiros, e seria fácil encontrar destinos para eles. escórias - 2,5 ha
freguesia de Alverca) e venda Evitando comentar a posição da
depois o terreno à Valorsul. O autarquia de Vila Franca, a
processo de avaliação de impacte Direcção de Comunicação e
ambiental iniciado em Março re- Imagem da Valorsul, admite que
velou-se deveras complicado. “se for negativa” a decisão das
Moradores, associações ambien- autoridades face ao projecto da
VENDA
talistas e autarcas organizaram as pedreira, a Valorsul não avançará
mais diversas iniciativas, alertando com a ampliação “por inviabili-
DARES
para os riscos de rebentamentos dade da mesma”.
numa encosta onde estão aco- “Existem, no entanto, alternativas
modadas 6 milhões de toneladas
de lixo. E a Agência Portuguesa do
Ambiente, segundo o movimento
em estudo, tanto ao nível de even-
tuais novas localizações como de
re-arranjo do aterro existente, alter-
AN
de moradores “O Estado de nativas estas a aprofundar após
Arcena”, ter-se-á pronunciado nos decisão final sobre esta matéria”,
últimos dias contra o projecto da prossegue a Valorsul, salientando
pedreira, faltando, agora, o despa- que o aterro sanitário “apenas junto ao
cho do secretário de Estado do recebe os resíduos que não são
Ambiente para a divulgação da
Declaração de Impacte Ambiental.
passíveis de tratamento na central
de incineração ou quando esta pára
Parque Urbano
Ao longo do processo, o executivo
camarário de Vila Franca foi-se
para manutenção” e que isso “re-
presenta uma recepção menor de de Vila F. Xira
convencendo que a ampliação do
aterro não era inevitável e também
resíduos do que se fosse uma
recepção diária dos mesmos”. T2 T3 T4 (Sta Sofia)
não lhe agradaram algumas decla- A empresa responsável pelo trata-
rações de responsáveis da Valorsul mento dos resíduos sólidos a 500 metros do centro de Vila F. Xira
(onde o Município de Vila Franca urbanos produzidos nos municí-
tem 4% do capital), que chegaram pios de Amadora, Lisboa, Loures,
| cozinhas equipadas | acabamentos de luxo | pré-instalação de energia solar e
a dizer que a defesa das popu- Odivelas e Vila Franca e, mais ar condicionado | aspiração central | parqueamento | terraços | arrecadação |
lações cabia aos autarcas e não à recentemente, também pelos de 13
empresa.
Na reunião camarária de quarta-
feira, Maria da Luz Rosinha prom-
municípios do Oeste afiança,
assim, que “a seu tempo” e “com
as alternativas estudadas”, terá
tels.: 917 271 425 - 967 088 269 TRATA
O
IO
eteu apresentar no início de “uma solução que seja sustentável, PRÓPR
Outubro uma proposta de alte-
ração do PDM em regime simpli-
tanto do ponto de vista ambiental,
como económico e social”.
ou visite-nos no local
6. 06
“
TODOS COM VOZ voz ribatejana #21
Editorial
Aproveitar a
Movimento de Arcena
nova face da
cidade
congratula-se com decisões
da Câmara e da APA
A cidade de Vila Franca de Xira vai ter, já a
partir de 1 de Outubro, uma “cara nova”,
pelo menos em boa parte da face virada para
o Tejo. São 8 milhões de euros de investi- O Ministério do Ambiente confir- lação. Realça-se que, recentemente, expansão do aterro sanitário que impacto ambiental relativo a este
mentos financiados pelo Polis, mas nos mou, na semana passada, que a a Assembleia Municipal, sensível iria servir posteriormente à ampli- projecto que aguarda decisão final
quais a Câmara vila-franquense tem que Agência Portuguesa do Ambiente aos argumentos apresentados pela ação do actual Aterro. Esta decisão do Sr. Secretário de Estado do
assumir quase metade do investimento. (APA) emitiu parecer desfavorável população, e a pedido do movimen- certamente foi também preponde- Ambiente.
Muito dinheiro que dá, realmente, outro ao Projecto da Pedreira de Arcena, to cívico revogou por unanimidade rante no parecer desfavorável emi- De igual modo, “O Estado
aspecto à frente ribeirinha da cidade e que que esteve em consulta pública na d’Arcena” entende ser a atitude
pode ajudar a dar-lhe outra dinâmica, tam- última Primavera. Dias antes já o mais razoável a Valorsul estar a
bém se for articulado com outro tipo de movimento cívico “O Estado estudar outras localizações, even-
aproveitamento do novo pavilhão multiusos d'Arcena” divulgara essa infor- tualmente outras soluções de trata-
do Cevadeiro. Importa, por isso, começar mação, recolhida junto da APA. O mento de lixo, bem como a reabili-
desde já a planear a utilização o mais regular processo seguiu, entretanto, para o tação dos espaços do Aterro de
possível destas infra-estruturas, criando gabinete do secretário de Estado do Mato da Cruz, aliás como de início
dinamismo na cidade e recolhendo também Ambiente que, antes de se pronun- estava previsto. Isto, pensamos,
meios financeiros para a sua necessária ciar em definitivo, concedeu um deverá ter o máximo de celeridade
manutenção e para os novos passos que é prazo para que as partes intere- já que tudo vem fora de tempo, uma
preciso dar. ssadas se pronunciem sobre a vez que este Aterro sanitário já de-
Com eventuais falhas aqui ou ali, o certo é posição da APA. A posição final do veria ter sido encerrado e naquele
que Vila Franca nunca teve uma frente Governo deverá ser conhecida em espaço construído o Parque
ribeirinha com a qualidade e com o aspecto Novembro. Entretanto, em resposta Urbano, há muito tempo.
que tem agora. É certo que a degradação da ao Voz Ribatejana, o Movimento Espera-se finalmente que, com
antiga fábrica do arroz não se coaduna em “O Estado d' Arcena” congratula-se estas decisões, se trave definitiva-
nada com o arranjo envolvente – esperemos com esta posição da APA e com mente a intenção de ampliar o ater-
que avance de uma vez por todas a reconver- decisão da Câmara de Vila Franca ro sanitário e que se venha rapida-
são do edifício – ou que a situação de alterar o PDM para impedir mente a verificar o seu encerramen-
degradante do Esteiro do Nogueira priva qualquer ampliação do Aterro do to. É também nossa vontade que se
muito mal com os arranjos do bairro avieiro. Mato da Cruz. encontrem e promovam soluções
Também é verdade que há quem não con- para minimizar os impactos nega-
corde com algumas das opções tomadas no A posição do movimento tivos do actual Aterro de Mato da
Jardim Constantino Palha, que é importante Cruz.
que a União Desportiva Vilafranquense “Entendemos ser a atitude mais
reúna alguns meios para fazer a manutenção apropriada e que vai ao encontro da a decisão de considerar de interesse tido pela Agência Portuguesa do Movimento Cívico “O Estado d'
do seu pavilhão e que é urgente a conclusão vontade e do interesse da popu- municipal a Pedreira de Arcena e a Ambiente (APA) sobre o estudo de Arcena”
do relvado sintético e do arranjo das insta-
lações do clube junto à EN 10.
Tudo isto é certo, mas a seu tempo poderá
ter solução, assim os vila-franquenses
saibam aproveitar e prezar bem tudo aquilo
O Melhor e o Pior da Quinzena
que conquistaram com estes novos investi-
mentos. Cabe ao Município zelar pela boa A SimTejo já investiu mais de 50 milhões de euros na recolha e trata-
preservação de tudo isto, mas cabe também mento dos esgotos domésticos produzidos no concelho de Vila Franca,
a todos nós utentes defendermos as melho- mas problemas de planeamento, de libertação de terrenos e, quiçá, até
rias alcançadas, usando-as bem e denuncian- financeiros, fazem com que os emissários da zona sul estejam muito
do eventuais usos indevidos. atrasados e que a ETAR de Alverca vá ficar ainda até final de 2012 sem
Cabe ao Município pressionar os investi- cumprir os objectivos para que foi planeada. Como consequência disso
dores para arrancarem de vez com o projec- tudo, o Tejo continua a receber diariamente esgotos produzidos por
to da fábrica do arroz. Cabe-nos a todos nós Vila Franca de Xira vai quase 70 mil habitantes.
reclamar isso, assim como a construção da passar a dispor de um
nova biblioteca para ali prevista. conjunto renovado de
Cabe ao Município instalar espaços de cafe- espaços de lazer, desde o
taria, quiosques e bancas de produtos locais novo pavilhão multiusos,
para rentabilizar e tornar mais atractivos para certames e
estes espaços. Cabe-nos a todos nós frequen- desporto, até ao renova-
tá-los para tudo isto seja sustentável. do Jardim Municipal
Cabe ao Município recuperar e relançar Constantino Palha.
alguns dos eventos que ficaram célebres no Investimentos muito si-
Cevadeiro. Caber-lhe-á também inovar, gnificativos, condiciona-
descobrir novas iniciativas, procurar novos dos apenas por algumas
públicos e ajudar a promover uma Vila limitações no acesso à
Franca com muito mais vida. Cabe às vari- beira rio originadas pela
adíssimas organizações locais lançarem tam- linha-férrea.
bém as suas propostas e iniciativas, aprovei-
tando todas as condições que se criaram.
Cabe-nos a nós todos ajudar a divulgar e a
contribuir para o sucesso de tudo isto.
Jorge Talixa
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329
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Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
7. 07
Com a construção (em curso) de uma passagem pedonal e com a futura
construção de uma passagem rodoviária sobre a linha-férrea de acesso ao 46%
não
cais de Vila Franca, a passagem de nível ali existente, a única ainda em
funcionamento na área da cidade, será encerrada. A iniciativa, ainda
sem data prevista, divide, contudo, as opiniões dos leitores do blog do 46% sim 8%
Voz Ribatejana. De facto, 46% dos participantes no inquérito concorda NS
/N
R
com a desactivação da passagem, mas outros 46% não concordam. Os
28 de Setembro de 2010 restantes não têm opinião formada sobre o assunto.
Castanheira junta
movimento associativo
A apresentação do trabalho grande trabalho que con- “Sabemos que há crise e que a que passe rapidamente”,
desenvolvido por associações, seguiram fazer no encerramen- crise, às vezes, também é prosseguiu, frisando que todos
escolas, forças de segurança e to do ano lectivo. O movimen- escape para muita coisa”, os presentes têm consciência
outras entidades locais foi um to associativo da Castanheira referiu. que não contribuíram em nada
dos pontos marcantes das está de parabéns, a população Nuno Libório, vereador da para esta situação. Nuno
comemorações dos 26 anos de da Castanheira está de CDU, salientou que 26 anos de Libório realçou, ainda, o
elevação da Castanheira do parabéns e queremos contar elevação a vila constituem uma grande envolvimento do movi-
Ribatejo a vila, que decorreram com o esforço de todos, porque data muito importante “num mento associativo nesta inicia-
de 23 a 25 de tiva.
Setembro. Perto de Já Alberto Mesquita,
duas dezenas de orga- vice-presidente da
nizações locais estiver- Câmara de Vila Franca,
am presentes no adro frisou que, ao longo
da igreja, num conjun- destes 26 anos, muitos
to de actividades sub- homens e mulheres fi-
ordinadas ao tema zeram aquilo que é hoje
“Ecologia e a Castanheira do
Ambiente”. Ribatejo. “A Castanheira
Na sessão solene de desenvolveu-se, é hoje
abertura, ainda antes de uma vila com outras
um desfile de alunos, condições. Naturalmente
professores e pessoal há muito ainda por fazer,
não docente de algu- porque o trabalho
mas das primárias
locais, António Ventura
autárquico nunca acaba
e a melhoria da quali- Campanha de tampinhas
Reis, presidente da dade de vida é sempre
Junta castanheirense, um objectivo quer da para ajudar o João
manifestou o “orgulho” Junta, quer da Câmara”,
do executivo concluiu. Estas comemorações ficam também marcadas por uma acção
autárquico na forma No adro da Castanheira de recolha de tampinhas de plástico, cujo valor de venda
como todos trabalham estiveram expositores de reverterá para a aquisição de uma cadeira de rodas para o
ao longo do ano e se esforçam só assim conseguimos realizar ciclo que queremos que seja quase duas dezenas de organi- João, uma criança da freguesia. Ventura Reis apelou à parti-
para estar representados da estas actividades. Estamos a cada vez mais de prosperi- zações locais, tasquinhas com cipação das pessoas e o João esteve também nesta sessão
melhor maneira nestas comem- trabalhar em conjunto a bem da dade”. O eleito municipal comes e bebes e, pelo palco, inaugural das comemorações acompanhado pela mãe. O
orações. O autarca da CDU freguesia e do concelho”, admitiu que “vivemos dias passaram muitas das classes e vice-presidente da Câmara, Alberto Mesquita, prometeu sen-
pediu, também, um aplauso prosseguiu, agradecendo a muitos difíceis” e que “os por- agrupamentos das colectivi- sibilizar a presidente para que a edilidade também auxilie
para todas as escolas. colaboração das empresas, tugueses vivem uma situação dades locais. esta família e Nuno Libório, vereador da CDU, transmitiu
“O trabalho que está aqui hoje salientando que não foi tanta muito difícil do ponto de vista também uma palavra de incentivo e de esperança à família.
é também o seguimento do como a Junta gostaria. humano e social. Esperemos J.T.
Degradação da “Estrada da Italagro” preocupa
A chamada “Estrada da promover rapidamente uma foram arranjados alguns bura- para a indústria.
Italagro”, que liga a zona da reunião entre as autarquias e a cos. “Vamos fazer uma reunião entre
Vala do Carregado à estação Abertis, empresa promotora da Agora, na sessão da semana a Câmara, a Junta e a Abertis
ferroviária da Castanheira e per- Plataforma Logística. passada da Assembleia para ver se acertamos aquilo
mite também o acesso à indús- António Ventura Reis, presi- Municipal, Maria da Luz que é necessário fazer para que
tria de transformação de tomate dente da Junta da Castanheira, Rosinha observou que esteve no se tomem providência para
Italagro, está em péssimo esta- salienta que esta é a estrada local e apercebeu-se do tráfego resolver o problema, de acordo
do, com enormes desníveis nas municipal em piores condições intenso que circula na Estrada até com compromissos assumi-
bermas, sobretudo do lado da entre as que foram afectadas da Italagro, incluindo muitos dos”, prometeu a edil vila-fran-
linha-férrea, que tornam pelas obras da Plataforma veículos pesados. Nesta fase do quense.
perigosa a circulação no local. Logística. O autarca da CDU ano o trânsito também aumenta
O presidente da Junta da sublinha que esta via é utilizada devido ao transporte de tomate J.T.
Castanheira já alertou diversas diariamente por muitas centenas
vezes para o problema e a pres- de pessoas. Recorda uma
idente da Câmara de Vila recente reunião com respon-
Franca de Xira reconheceu, na sáveis da Abertis promovida
última Assembleia Municipal, pelo vice-presidente da Câmara
que é preciso fazer alguma Alberto Mesquita, mas diz que
coisa nesta estrada, prometendo resultou muito pouco e que só
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