1) A transportadora TNC de Alverca, com 126 funcionários, corre o risco de fechar devido a dificuldades financeiras.
2) Os trabalhadores protestaram em Lisboa e reunirão com o administrador judicial para tentar encontrar um comprador e salvar os empregos.
3) Existem dúvidas sobre as intenções dos bancos e sobre se a empresa realmente tem viabilidade ou se há outros interesses em jogo.
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:: número 17 :: ano 1 :: 20 de Julho de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
Alverca – Transportadora TNC pode fechar se não aparecer comprador
Alhandra tem
campeões de
natação e
canoagem pag.: 17 e 18
Desenhador O administrador judicial mandou suspender a
actividade da TNC e regressar os motoristas que
condenado a estavam no estrangeiro. Prometeu, entretanto,
encontrar um comprador, mas sindicato e trabal-
pena máxima hadores temem que seja o fim da empresa trans-
portadora de Alverca e dos seus 126 postos de tra-
por matar o pai balho.
pag.: 2 e 3
pag.: 7
Desemprego
300 kenpokas
invadem
Arruda pag.: 19
ameaça 126
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2. 02
“
ABERTURA voz ribatejana #17
Alverca
Risco de fecho da TNC ameaça
126 postos de trabalho
Transportadora de Alverca é uma das maiores do País mas o plano de recuperação foi rejeita-
do pela banca. A ameaça de fecho da TNC levou ontem a um protesto com 28
camiões a desfilarem em Lisboa. Hoje, trabalhadores, sindicato, administrador
PCP questiona
judicial e presidente da Câmara reunem em Vila Franca.
Governo e Câmara
Os vereadores da CDU já apresentaram um requerimento à
Câmara de Vila Franca de Xira onde questionam se a autar-
quia tinha conhecimento destes desenvolvimentos na TNC e
se sabe de algum interesse imobiliário ou de algum pedido de
viabilidade de empresas interessadas em dar outro destino ao
extenso espaço onde funciona a TNC.
Em comunicado, a Concelhia do PCP estranha os últimos
desenvolvimentos do caso da TNC, garante que está ao lado
da luta dos trabalhadores e que “tudo fará para impedir mais
um encerramento de uma empresa viável no concelho de Vila
Franca de Xira”.
No plenário de sexta-feira esteve também presente o deputa-
do comunista Miguel Tiago, que resumiu o requerimento
entretanto remetido pelo seu grupo par-
lamentar ao Ministério da Economia,
questionando que medidas tomou ou
vai tomar o Governo em defesa da
TNC e da manutenção destes postos
de trabalho.
O eleito do PCP frisou que “a força e
a resistência” que os trabalhadores
ence- da empresa vierem a manifestar
dores, rramento da TNC. Na serão decisivos nesta luta pela con-
mas os quarta-feira ao fim do dia, tinuidade da empresa e aconselhou-os a unirem-se. “Há
f u n - o administrador judicial tradições forças políticas como o PCP que estão convosco, mas parte
cionários man- deu instruções a alguns tra- ao administrador judicial, da responsabilidade está nas vossas mãos ao fazerem frente a
têm muitas dúvidas e decidi- balhadores que ainda se encon- estranha a antecipação da esta linha de desmantelamento do nosso País e de destruição
Jorge Talixa ram continuar na empresa, de travam no complexo sede da assembleia (onde os traba- das empresas, que deixa sempre incólumes e intocáveis os
modo a exigirem os seus di- TNC para mandar regressar os lhadores não participaram interesses daqueles que gerem as empresas”, sustentou
reitos e a impedirem a saída de motoristas que estavam no porque ainda não eram cre- Miguel Tiago, incentivando os trabalhadores presentes a não
A paragem da laboração da quaisquer materiais. Ontem estrangeiro e para que os que dores) e a atitude dos bancos, permitirem que os bens existentes sejam retirados da empre-
TNC (Transportadora Nacional protestaram em Lisboa. estavam na base não saíssem, sobretudo do Santander. É que, sa. “O País não aguenta mais empresas a fechar, a prolifer-
de Camionagem) ordenada, na A TNC está envolvida num porque a empresa ia parar. A segundo os trabalhadores, a ação do desemprego, não aguenta mais esta conversa de que
quarta-feira, pelo admi- complexo imbróglio judicial notícia chegou à maioria dos empresa mantém 105 camiões, o trabalho é um privilégio. O trabalho é um direito”, con-
nistrador de insolvência, faz que, segundo a comissão de funcionários por telefone e cerca de 70 dos quais compra- cluiu.
temer o próximo encerramento trabalhadores, terá origem nos SMS. dos em Leasing através do Também o Bloco de Esquerda já se pronunciou, mostrando-
de uma empresa com 53 anos desentendimentos entre os dois Anabela Carvalheira, dirigente Santander, mas cujos paga- se preocupado com toda esta situação dos 126 trabalhadores
de existência que, com os seus herdeiros do fundador. A irmã do STRUP, reuniu, na sexta- mentos estarão totalmente em da TNC e das suas famílias. Em requerimento dirigido ao
105 camiões e 126 fun- ficou com a TNC (transportes feira de manhã, com o admi- dia. Anabela Carvalheira diz Governo, o grupo parlamentar bloquista quer que se
cionários, ainda é uma das internacionais) e o irmão com a nistrador judicial, que lhe disse não entender a atitude do “explique como é que, no espaço de 3 semanas, uma empre-
maiores do sector. Reunidos, TNC 2 (transportes nacionais). que estaria a tentar promover a Santander, que “não tem crédi- sa que estava em recuperação é agora liquidada”. O docu-
sexta-feira à tarde, em Segundo José Martins, presi- venda da TNC a outra grande tos vencidos” e sabe que, para mento sublinha que “é ainda necessário compreender se o
plenário, os trabalhadores dente da comissão de traba- empresa do sector para evitar o além dos bancos, a TNC só tem Estado ofereceu ajuda para a viabilização desta empresa” e
decidiram organizar piquetes lhadores, há ano e meio, o encerramento definitivo. O dívidas relevantes a uma gaso- questiona o Ministério da Economia e do Emprego sobre a
para evitar a retirada de materi- irmão pediu a penhora das con- gestor nomeado pelo Tribunal lineira (1 milhão de euros) e ao forma como irá procurar garantir os direitos dos seus traba-
ais da empresa de Alverca, já tas da TNC para tentar recupe- do Comércio aponta “falta de irmão da dona (cerca de 2, 4 lhadores.
depois de, na véspera, terem rar valores alegadamente devi- liquidez” à empresa e alguma milhões de euros). “O admi-
impedido alegados represen- dos. A irmã requereu, então, quebra de credibilidade pela nistrador diz que a assembleia
tantes do administrador judi- um processo de insolvência, venda de 76 camiões no início decidiu que a empresa é para
cial de mudarem as fechaduras com o objectivo de promover deste ano. encerrar, mas a juíza tem que DR. JOSÉ BRANCO
das instalações. um plano reestruturação. O Já cerca das 19h00, o admi- publicar a acta e isso ainda não
Ao fim da tarde dessa mesma processo evoluiu, a empresa nistrador judicial esteve na foi feito. Parece-me que se está
PSICÓLOGO CLÍNICO
sexta-feira, o administrador sede da TNC para anunciar que a tentar acelerar o processo ORDEM DOS PSICÓLOGOS
tem salários e pagamentos à
judicial garantiu aos traba- já encontrara um interessado sem percebermos porquê. A CÉDULA PROFISSIONAL Nº8881
Segurança Social e ao Fisco
lhadores que conseguiu arran- em dia e bastante trabalho. em adquirir a empresa e que vida de centenas de pessoas
PSICOTERAPIA DE ADULTOS E ADOLESCENTES
jar um comprador para a Para surpresa de muitos, iria submeter a proposta aos não pode ser jogada de forma
Terapia de casal – Baixa auto-estima - Depressão –
empresa cuja identidade segundo o Sindicato dos credores na próxima segunda- verbal, tem que haver docu-
Ansiedade – Fobias – Pânico - Insónia – Disfunção
preferiu não revelar, mas que Trabalhadores Rodoviários e feira. Não quis revelar quem é mentos”, sublinha a sindica-
sexual – Stress Pós-traumático
estará disposto a assumir o pas- Urbanos de Portugal (STRUP), o “comprador”, o que adensou lista, frisando que é preciso
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sivo da empresa (próximo dos a assembleia de credores agen- as dúvidas, mas garantiu que esclarecer se a empresa tem Dto - Lisboa - Clínica Movimento e Saúde/ R. José
6 milhões de euros) e a manter dada para Setembro foi anteci- estará disponível para garantir viabilidade ou se há outros Falcão, 52, 2º F - Santarém – Pharma 8 / R. Cidade
os postos de trabalho. O gestor pada para Junho e, aí, o Banco todos os direitos dos trabal- interesses relacionados com os de Lisboa Nº7, Loja B
nomeado pelo tribunal prome- Espírito Santo e o Santander hadores. terrenos que possui em Alverca
teu submeter essa proposta Anabela Carvalheira, dirigente avaliados em 6 milhões de
Informações e marcações:
Totta terão rejeitado um plano
durante esta semana aos cre- de reestruturação, votando pelo do STRUP, aponta con- euros. 961 285 155
3. PRÓXI
MA E DIÇÃO
JANA
DO
03
IBATE RCA!
V OZ R N ÃO PE
20 de Julho de 2011 A GOSTO
A 3 DE
Dois casos
em 126
Carina Belga e Carlos fechar assim não tínhamos
Rodrigues são dos mais conhecimento. Isto foi tudo
jovens funcionários da de um dia para outro”,
TNC e enfrentam, agora, o lamenta.
risco de perderem repenti- A informação do admi-
namente o emprego. nistrador judicial de que
Sabiam das dificuldades da haverá um comprador
TNC e do processo de interessado na TNC veio
insolvência, mas o muito abrir uma réstea de espe- José da Silva Martins (à direita),
trabalho que existia e os rança, mas os trabal- presidente da comissão de trabal-
salários e contribuições em hadores mantêm muitas hadores está há 34 anos na TNC,
dia não faziam esperar dúvidas. Carina sabe que, aqui acompanhado com outro com-
qualquer desenlace deste no actual quadro económi- panheiro da Comissão de trabalhores
tipo. Estavam já em casa co, encontrar um novo
quando, ao fim da tarde de emprego é muito complica-
dia
alguns cole-
gas
c o m u -
13,
lhes
d o
Felizmente
a situação
do seu
.
“Foi das melhores
nicaram que
o admin-
istrador
judicial man-
compa-
nheiro
estável,
mas a pre-
é
empresas portuguesas”
dara parar ocupação José da Silva Martins tem 34 anos e trabalho na TNC e vive com muita tristeza estes momentos de extrema dificuldade da que
toda a activi- da família já foi uma das melhores transportadoras europeias.
dade da é grande.
empresa. C a r l o s Jorge Talixa explica, afirmando que os 76 camiões no início deste ano, em TNC 2 (dirigida pelo filho e
E m b o r a Rodrigues, problemas começaram com os a TNC ainda mantinha 105 vocacionada para os trans-
deixasse no de 28 anos, José da Silva Martins trabalha desentendimentos entre os dois veículos em laboração e nunca portes nacionais. O presidente
ar a expecta- trabalha na na TNC há 34 anos e dedicou irmãos que herdaram a empre- lhe faltou serviço. Os 126 fun- da comissão de trabalhadores
tiva de que TNC na grande parte da vida à empresa. sa. “Houve vários problemas cionários distribuem-se por conta que, há cerca de ano e
se procurava área de Preside, agora, à comissão de motoristas, mecânicos e pes- meio, o irmão penhorou as
uma solução,
os traba-
informática
e também
trabalhadores e é com muita
tristeza que vê os últimos
desenvolvimentos de uma casa
Reunião soal de escritório.
José Martins critica também
muito a postura do Estado nes-
contas da TNC por alegadas
dívidas da irmã e esta terá
resolvido meter o processo de
lhadores foi comple-
perceberam
que havia
tamente
surpreendi-
que se habituou a respeitar,
sobretudo quando o fundador hoje na tas questões. “Se devêssemos
ao fisco se calhar o Estado não
insolvência para assegurar a
continuidade da empresa e a
da TNC ainda era vivo (faleceu deixava fechar, como não aprovação de um plano de
sérios riscos
de um ence-
rramento
do com esta
situação.
“Não tenho
em 2000). Um homem que
também era criticado mas que
Câmara devemos, quem cumpre com o
estado é prejudicado. Há aí fir-
recuperação. O processo arras-
tou-se e, nos últimos meses, a
definitivo. filhos, vivo José Martins acha que era a mas que devem milhões ao assembleia de credores pre-
Já na sexta- com os grande alma da empresa. Não Trabalhadores da TNC Estado e, quando metem vista para Setembro foi anteci-
feira, antes do plenário, meus pais. Só soube no fim se cansa por isso de repetir que foram anteontem rece- planos de insolvência, o Estado pada para Junho e terá sido
Carina Belga explicou que do dia de trabalho que, afi- a TNC “foi uma das melhores bidos pela presidente da ajuda, para ver se recuperam o nessa altura que os dois bancos
trabalha há 9 anos na nal, ia tudo parar. Trabalho empresas portuguesas e ga- Câmara de Vila Franca de deles. Nós, como a firma não votaram contra o projecto de
empresa, com a tarefa de aqui faz 5 anos. É sempre nhou, na década de 90, o Óscar Xira. Hoje, nos Paços do deve nada, deixaram-nos ao viabilização.
receber os serviços dos complicado conseguir uma da melhor transportadora Concelho, realiza-se uma abandono e mandaram parar a “No dia 13, o senhor Bruno
motoristas e de os encami- nova colocação, só se con- europeia. Foi considerada a reunião entre represen- frota”, lamenta. Vicente (administrador judi-
nhar para a facturação. segue coisas temporárias e melhor pela União Europeia”, tantes dos trabalhadores , Segundo José Martins, na cial) deu ordem para todos os
Reside em Alhandra, tem a recibo verde”, reconhece, sublinha, frisando que “teve sindicato, administrador sequência da morte do fun- motoristas regressarem e para
27 anos e duas filhas conhecedor das dificul- muitos bons momentos até o judicial e presidente da dador a antiga empresa – fun- que os outros não saíssem,
pequenas, uma com 6 e dades de muitos dos seus fundador disto tudo ter morri- autarquia. dada há 53 anos e desde 1996 dizendo que a empresa estava
outra com 2 anos. “Isto é colegas de curso. “Uma do”. sedeada em Alverca – foi divi- parada. Ninguém nos disse se
tudo muito complicado. É empresa tão grande e com Agora, com 59 anos, José entre eles, de dívidas, que dida em TNC (dirigida pela estávamos despedidos. Ele
com tristeza que vejo isto tantos anos, é triste parar Martins está, sobretudo, pre- acabaram nesta transformação filha e vocacionada para os prometeu que, em princípio,
acabar assim. Já sabíamos assim. Acabamos por não ocupado com o futuro dos toda que está a acontecer. transportes internacionais) e não seria para fechar”, conclui.
que a empresa não estava acreditar muito bem no colegas mais novos. “Por mim Serviço há muito, nunca pará-
bem, por causa da que se está a passar”, con- tenho a vida organizada, estou mos. Temos salários em dia,
insolvência, mas que ia clui. a dar a cara pelos meus colegas temos tudo em dia, feliz- SANCHO PANÇA
e porque dediquei boa parte da mente”, confessa, acrescentan- RESTAURANTE
minha vida a esta empresa”, do que, depois de ter vendido
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4. 04
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TODOS COM VOZ voz ribatejana #17
Editorial Inquérito
O sacrifício
dos pequenos
Cachoeiras perde escola
Cinco dos concelhos acompanhados
pelo Voz Ribatejana defrontam-se, no
e pode perder freguesia
início do próximo ano lectivo, com o
fecho de mais 10 escolas primárias. Ao A escola primária das Cachoeiras já não reabre no próximo ano lecti- Bernardino Pinto,
mesmo tempo, a reforma administrativa vo. Tinha 12 alunos inscritos, mas não resiste ao plano de encerramen-
de que tanto se fala parece ameaçar to da maioria dos estabelecimentos com menos de 21 alunos. Na aldeia,
43 anos,
muitas das pequenas freguesias e até, que é também sede da freguesia menos populosa do concelho de Vila economista
possivelmente, alguns dos pequenos Franca de Xira, com cerca de 700 habitantes, a decisão não suscita
municípios da região. A presidente da grandes protestos, mas motiva sobretudo tristeza por mais um passo Penso que na educação a concen-
Câmara de Vila Franca de Xira já disse, num caminho de perda que vai afectando os pequenos lugares da tração dos alunos nas escolas é
na quarta-feira, que nos seus 136 mil região e do país. A extinção da freguesia é uma possibilidade que tam- inimiga da qualidade de ensino.
habitantes o Município está perfeita- bém já se começa a desenhar e que leva os cachoeirenses inquiridos Embora se perceba que, no enquadramen-
mente salvaguardado, mas outros não pelo Voz Ribatejana a sublinharem que tem que haver bom senso e que to orçamental actual, seja necessário cortar
poderão dizer o mesmo. os números não se podem sobrepor sempre às pessoas. despesas, as pessoas têm que estar conscientes que o preço disso é a diminuição
Em tudo isto ressalta uma ideia: da qualidade do ensino.
números. Como se cada cidadão ou Viemos residir recentemente para as Cachoeiras, mas somos do concelho de Vila
Franca. Temos duas filhas em idade escolar, que ainda não entraram no ensino
cada comunidade não passassem cada Jaime Rocha, 58 primário. Poder-se-ia equacionar a questão desta escola, mas encerrando já não
vez mais de meros números para as
estatísticas. Como se cada um não anos se coloca. É mais uma perda. Medidas dessas só contribuem para uma certa
tivesse o direito a poder optar entre o Nem sei quantos miúdos desertificação, embora normalmente haja também um sentido inverso das pe-
stress da vida urbana ou a pacatez das andavam na escola. O ssoas fugirem aos grandes centros. Agora, o saldo não sei dizer qual é.
pequenas comunidades. Que essa é, pessoal aqui também é Mas acho que não há nenhum critério pedagógico que justifique o encerramen-
infelizmente, a tendência cada vez mais pouco, é tudo quase só to, é uma medida exclusivamente economicista. Se disserem que é económica,
prevalecente na chamada sociedade pessoas de idade, percebo. Penso que seria possível um professor para todos os 12 alunos, man-
moderna já todos percebemos. Os poucos rapazes tendo a escola. Qualquer pessoa que tenha feito o percurso escolar e que tenha
grandes “núcleos” urbanos vão pequenos há aí. Mas estado em turmas de 30 alunos sabe que isso não é a solução ideal.
crescendo desmesuradamente “sacrifi- diziam que a escola não No âmbito da redução das freguesias, é natural que as Cachoeiras também sejam
cando” os pequenos, os grandes grupos fechava e, agora, já afectadas. Uma vez mais é uma questão de qualidade de serviços versus despe-
económicos não hesitam em “destruir” dizem que fecha. Vivo aqui sa. No caso da junta de freguesia, pessoalmente acho que nos faz serviços que
as pequenas empresas que ainda lhes há 30 anos, mas não andei não será possível substituir com a extinção da freguesia. Somos pessoas que nos
vão “roubando” pequenas migalhas do nesta escola. O movimento das podemos mover, a questão, melhor ou pior, será ultrapassada. Para as pessoas
mercado, a grande distribuição explora crianças dá vida à terra. Mas eles mais idosas, com pouca mobilidade, antevejo que aquilo que o Estado poupa, a
os pequenos fornecedores que sabe que é que sabem, da maneira como isto está. sociedade vai gastar em dobro. Mas como estamos a falar de equilíbrio orça-
tem nas mãos, a banca vai deixando as Não sei por que é que há pouca construção aqui, os transportes mental e não das pessoas!
micro e pequenas empresas cada vez também são poucos e a malta foge. Não há nada aqui que fazer, não Penso que as pessoas, nas Cachoeiras, ainda não estão despertas para essa rea-
mais entregues a si próprias, etc., etc. O há empregos. Em relação à freguesia não sei como é que vai ser. lidade. Ou não ouviram falar ou não se aperceberam que as Cachoeiras, sendo a
próprio Estado, no meio de tudo isto, Acho que não se devia acabar com ela, criaram para aí tantas freguesia mais pequena do concelho, serão, naturalmente, a primeira a ser extin-
parece ainda mais apostado em sacri- cidades, tanta coisa nova e, afinal de contas, querem dar a volta a ta. E mesmo que fosse a única, para mostrar que Vila Franca teria aderido ao
ficar os parcos rendimentos da maioria isso tudo. movimento de extinção das freguesias, inevitavelmente seria a primeira. Nesse
da sua população, mantendo benesses âmbito, a freguesia das Cachoeiras é quase uma inevitabilidade desaparecer.
para grupos restritos.
Esta política ou esta orientação, mais
ou menos organizada, não tem futuro.
Os centros das grandes cidades perdem
cada vez mais qualidade de vida, a
construção está em grande crise, os
O Melhor e o Pior da Quinzena
centros comerciais da moda já tiveram O Melhor e Pior da Quinzena é desta vez assegurado pelo nosso amigo leitor Semílio Torres, que de Vialonga nos envia dois exemplos opostos. A
melhores dias e o “castelo de cartas” belíssima ideia de dar outra cor e outro aspecto à emblemática antiga Adega do Brioso e o desleixo dos que nem se preocupam em deitar o lixo na
em que tudo isto assenta já abana por ilha ecológica instalada para o efeito. Envie-nos também os seus alertas e a sua crítica, para que todos possamos contribuir para melhorar o ambi-
todos lados. O pior é que, entretanto, o ente que nos rodeia.
estrago maior já está feito, muitas das
pequenas empresas já ficaram pelo
caminho, o desemprego cresce todos os Numa altura em que muita
dias, as terras abandonadas multipli- gente se preocupa com o ambi-
cam-se, as casas por vender ou alugar e ente, foi criada uma nova ilha
os estabelecimentos em trespasse são ecológica. Mas, incompreen-
mais que muitos nas principais locali- sivelmente, alguém resolveu
dades da região. O próprio País procura deixar um saco de lixo,
um caminho que lhe permita sobreviver durante mais de 24 horas, à
enquanto tal porque, pequeno, foi das porta do prédio.
primeiras vítimas do sistema.
Assim saibamos perceber ainda a
tempo que só com muita solidariedade
e espírito aberto à parceria e à ajuda
mútua poderemos travar este caminho e
encontrar alternativas que sirvam para
todos e não levem a que muitas escolas, Um edifício em ruína, a antiga Adega
freguesias, municípios, empresas, paí- Regional Brioso, foi transformado num belo
ses e pessoas fiquem definitivamente bilhete postal da vila de Vialonga. Graças ao
perdidos. apoio da Junta de Freguesia e ao espírito
inovador do senhor Francisco Bordalo, foi
Jorge Talixa criado um painel agradável de se ver.
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329
Correio Electrónico – vozribatejana@gmail.com director.vozribatejana@gmail.com redaccao.vozribatejana@gmail.com comercial.vozribatejana@gmail.com Proprietário e editor – Jorge Humberto Perdigoto
Talixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteira
de colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –
Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
5. 05
A maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana 21%
sim
está contra o fecho de estabelecimentos com
R
menos de 21 alunos. Sessenta por cento dos 23 NS/N
17%
votantes não concorda com esta política de
fecho de escolas. Outros 21% concordam com
60% não
as decisões já tomadas nesse sentido por
Ministério da Educação e câmaras municipais e
20 de Julho de 2011 17% não tem opinião formada sobre o assunto.
Cachoeiras e Quintas Quatro fechos em Alenquer
ficam sem escolas O concelho de Alenquer vai ter menos quatro escolas, já no
próximo ano lectivo. Segundo Pedro Folgado, responsável
pela área da educação do Município alenquerense, que cita
Segundo o responsável, estas mudanças terão um acréscimo
nos custos da Câmara, nomeadamente ao nível dos trans-
portes. Aautarquia deverá assegurar, assim, o transporte das
uma informação da Direcção Regional de Educação de crianças entre os locais de residência e as novas escolas de
Como se previa, as escolas primárias de Cachoeiras e das Quintas Lisboa e Vale do Tejo, irão encerrar as escolas básicas do 1º. acolhimento.
vão mesmo fechar. Na região são mais 10 escolas que vã encerrar, nos ciclo do Bairro, Azedia, Lapaduços e Camarnal . Quanto ao encerramento destes estabelecimentos com
concelhos de Vila Franca, Alenquer e Azambuja. Ao todo serão deslocados 52 alunos, sendo que 17 chegam da poucos alunos, “o executivo considera que, pedagogica-
escola do Bairro, 9 da Azedia, 9 de Lapaduços e 17 da escola mente, é preferível que estes alunos sejam integrados em tur-
do Camarnal. Todavia, a autarquia espera que as escolas da mas do mesmo ano escolarem escolas com dimensão superi-
Paúla e do Pereiro de Palhacana permaneçam abertas mais or àquelas em que estão actualmente”, frisando que terão
este ano lectivo. acesso simultâneo a outras mais-valias, “nomeadamente,
Segundo Pedro Folgado, a edilidade pediu, a título excep- refeições, tecnologias da informação e comunicação e pos-
cional, que ambas as escolas permanecessem em funciona- sam, ainda, diversificar a sua socialização com meninos da
mento, o que “se encontra em análise por parte da mesma idade”. Quanto ao novo Centro Escolar do
DRELVT”. Em causa está o facto de não haver lugar nas Carregado, este será inaugurado em Setembro e vai acolher
futuras escolas de acolhimento, que serão “em Cabanas de no máximo 584 alunos. O novo edifício terá a valência de
Torres e Ribafria, respectivamente”. Jardim-de-Infância e Escola Básica de 1º Ciclo. Quanto aos
Todavia, nem todos os pedidos da autarquia foram atendi- edifícios que ficarão desocupados, Pedro Folgado refere que
dos, Pedro Folgado destaca que a câmara terá pedido em “existem vários pedidos para esses edifícios”, mas adianta
igualdade de circunstâncias a permanência da escola do que “a Câmara Municipal ainda não deliberou sobre esta
Camarnal, mas esta “não foi aceite por haver lugar na esco- matéria”.
la de acolhimento”. Miguel António Rodrigues
Jorge Talixa observou que são casos que estão con-
cluídos e que estas duas escolas vão
O novo ministro da Educação anun- mesmo encerrar. “São processos artic-
ciou uma reavaliação dos processos de
encerramento de escolas primárias
ulados com os professores, com os
agrupamentos e com as famílias. A
Em Azambuja também fecham 4
com menos de 21 alunos. De acordo Escola das Quintas tinha 6 alunos
com as previsões da anterior equipa do inscritos e a das Cachoeiras 12. Este Mesmo com reavaliação do governo em cima da mesa, reclamavam aquilo que diziam ser uma promessa do PS em
Ministério da Educação deveriam assunto está terminado da nossa parte sobre o encerramento das escolas com menos de 21 alunos, campanha eleitoral, só que o impasse criado, segundo o
fechar cerca de 660 escolas no início e os alunos serão encaminhados para as quatro escolas do concelho de Azambuja com encerra- presidente da câmara, veio atrasar o processo. Nesse meio
do próximo ano lectivo. Para já, a outras escolas e envolvidos em função mento previsto vão mesmo fechar, conforme já tinha sido tempo entrou em vigor numa nova legislação que impossi-
tutela confirma o fecho de 266 escolas das pretensões dos pais”, afiançou a noticiado pelo Voz Ribatejana. bilitou o avanço dos centros escolares de Aveiras de Baixo e
e a reavaliação de outras 400 situ- presidente da Câmara. Estão em causa as escolas dos casais de Baixo e dos Britos, Vale do Paraíso.
ações. Entre os casos de encerramento A autarca do PS referiu que, num na freguesia de Azambuja, e as de Casais da Lagoa e Aveiras Recentemente ficaram também comprometidos os centros
já confirmado estão os das primárias primeiro momento, foi anunciado que de Baixo, esta última na sede de freguesia. Pese embora o escolares de Aveiras de Cima e Vila Nova da Rainha. Estas
das Cachoeiras e de Quintas e de mais o ministro tinha suspendido os proces- facto de ter existido alguma esperança dos autarcas em que duas obras vão ter de esperar devido à recusa do visto por
8 escolas nos concelhos de Alenquer e sos de encerramento e, mais tarde, que o processo fosse suspenso, o que é certo é que as ordens parte do Tribunal de Contas. O parecer desta entidade é
de Azambuja. seriam reavaliados. Ao mesmo tempo, dadas pelo anterior governo foram seguidas pelo Ministério, necessário para as obras avançarem.
A questão voltou a ser abordada na a Associação Nacional de Municípios agora na esfera de Nuno Crato. Joaquim Ramos, presidente da câmara de Azambuja, pre-
última reunião camarária, com a esclareceu que será favorável ao A freguesia de Aveiras de Baixo vai ficar agora sem nenhu- cisou que nenhuma autarquia conseguiu o visto do Tribunal
vereadora da CDU Ana Lídia Cardoso encerramento de escolas com menos ma escola e os alunos serão transferidos para o novo Centro de Contas nestes processos, incluindo Azambuja, embora os
a questionar se a posição do novo de 20 alunos, mas que isso só deverá Escolar de Azambuja, com abertura prevista para Setembro projectos apresentados fossem dados como urgentes, o
Governo sobre o assunto vai alterar a acontecer com parecer favorável das próximo. Para trás fica a polémica levantada pelos encar- Tribunal de Contas assim não entendeu e, por isso, a
situação das escolas de Cachoeiras e autarquias e com alternativas ade- regados de educação dos Casais da Lagoa que discordavam Associação Nacional de Municípios já contestou estes
das Quintas. Maria da Luz Rosinha quadas para a colocação dos alunos. da intenção da câmara de construir o novo centro escolar na "chumbos". Em Assembleia Municipal, o edil esclareceu
sede de freguesia, ou seja Aveiras de Baixo. Os populares que o processo vai voltar agora à estaca zero.
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6. 06
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Homicídio do Sobralinho
dá versões desencontradas
O Ministério Publico pede a condenação de Luís Espalha pelo
homicídio do seu filho Luís Manuel. O advogado de defesa
garante que tudo não passou de um acidente.
Jorge Talixa companhias com que o filho
Luís andava.
O julgamento de um idoso de Nas alegações finais, o procu-
75 anos acusado de ter dispara- rador da república lembrou o
do um tiro de caçadeira que, trajecto do tiro no corpo da
em Agosto do ano passado, no vítima, considerando que não
Sobralinho, vitimou um seu poderá ser explicado por um
filho de 41 anos, prosseguiu, disparo acidental. “Nada está
na quinta-feira, com a audição de acordo com o esforço que a
das últimas testemunhas e as defesa tem feito para demon-
alegações finais. A leitura do strar que foi um acidente.
acórdão ficou marcada para a Todas as provas apontam para
próxima sexta-feira. um homicídio voluntário”,
Sandra Pinto, psicóloga clíni- vincou o magistrado do
ca, admitiu que o arguido, Luís Ministério Público, con-
Espalha, sofre de depressão siderando que foram reunidas
severa e que lhe contou que provas suficientes para que
tinha sido agredido pelo filho Luís Espalha seja condenado
momentos antes do disparo. por homicídio qualificado
“Diz que vinha a descer as (moldura penal de 12 a 25 anos
escadas, tropeçou e deu-se o de cadeia).
disparo”, contou a psicóloga, Os advogados que representam
frisando que Luís Espalha a filha e a mãe da vítima sub-
manifesta um desgosto grande screveram a posição do
por ter perdido o filho e que, Ministério Público e pediram a
dos 4 filhos que teve, 3 já fale- condenação de Luís Espalha
ceram. A vizinha Elisabete também de indemnizações a
Ramalhete garante que nunca estes familiares. Já o advogado
viu o idoso tratar mal ninguém de defesa do idoso realçou os
e que não o considera alcoóli- problemas cognitivos de Luís
co. Já Maria, irmã do arguido, Espalha e frisou que a princi-
explicou que Luís Espalha pal testemunha também reco- num clima de exaltação e arguido. O relatório da autó- plena. Era uma questão de um co, considerando que, na dúvi-
sempre ajudou muito os filhos nheceu que pai e filho naquele ritmo pode muito bem psia não demonstra que o tiro pai que quer o melhor para o da, o arguido deve beneficiar
e tinha algum desgosto pelas brigaram. “Tudo isto entrou ter havido um desequilíbrio do foi disparado com consciência seu filho”, salientou o causídi- de todas as atenuantes.
Antigos gerentes de lar Mulher de 85
condenados por burlar idoso anos morre
Antigos gerentes de um lar de doações que Abílio Antunes teria plano com vista a apoderarem-se tadas dizem respeito a essas despe-
carbonizada
idosos que funcionou no Casal da feito ao lar, mas o colectivo não das quantias que Abílio mantinha na sas e a doações do idoso. “Há uma
Tapadinha, arredores de Arruda dos aceitou esta versão e condenou os Caixa Geral de Depósitos, aprovei- diferença de 24 659 euros que aqui
Vinhos, foram condenados, na quin- antigos gerentes, uma técnica de tando o estado de debilidade e foi justificada pela arguida com a Maria de Carvalho, idosa de 85 anos
ta-feira, a 4 anos e seis meses de serviço social e o homem com quem doença do mesmo”. doação que o arguido fez”. Mas a que vivia no Casal Ventoso de Cima,
prisão pela prática de um crime de estava então casada. Segundo o acórdão, o idoso passou advogada de Abílio sublinhou que próximo de A-dos-Melros, no interi-
burla qualificada. O colectivo de Segundo o acórdão, Abílio Antunes a ser abordado periodicamente para “um lar não é um resort” e que os 14 or da freguesia de Alverca, morreu
juízes decidiu suspender a execução sofreu um AVC em Novembro de assinar cheques, argumentando os levantamentos foram indevidos. na quinta-feira, vítima de um incên-
da pena por igual período, con- 2003. Vivia só e sem contactos arguidos que seriam para pagar ou- “Acharam que era uma pessoa só, dio que consumiu parte da
siderando que os arguidos não têm próximos com familiares. Como tras despesas médicas. Só que uma como há muitas nos nossos lares e habitação isolada em que residia. O
antecedentes criminais e possuem necessitava de cuidados de terceiros sobrinha de Abílio soube, entretan- abusaram”, rematou. fogo terá ocorrido na noite de quar-
uma boa inserção social, mas vão procurou, em Março de 2004, o to, da situação do tio, visitou-o Já o acórdão sublinha que os argui- ta para quinta-feira e foi já na
ficar obrigados a devolver 57 235 internamento neste lar, onde per- várias vezes e resolveram que deve- dos “quiseram e conseguiram con- manhã seguinte que um filho encon-
euros a um idoso que ali esteve maneceu até Junho de 2007. “Ficou ria sair do lar. Gracinda Antunes vencer Abílio a entregar-lhes já trou a casa incendiada e o corpo da
internado, porque o tribunal julgou acordado entre Abílio e os arguidos explicou, em tribunal, que nunca assinados um conjunto de cheques mãe carbonizado.
provado que se apropriaram indevi- que pagaria uma mensalidade de viu a caderneta da CGD, mas que da sua conta, entregas feitas no O incêndio parece ter tido início na
damente desta quantia entre 2004 e 870 euros, incluindo todos os cuida- foi com o tio ao banco, pediram falso convencimento de que se des- sala, mas o corpo da idosa foi encon-
2006. dos e tratamentos que lhe fossem extractos e verificaram levantamen- tinavam ao pagamento dos trata- trado na cozinha, para onde se terá
Depois de algumas queixas de ministrados”, prosseguem os juízes, tos invulgares. “Ele nunca deu din- mentos de que beneficiava, bem arrastado. A casa, situada no alto da
maus-tratos feitas pelo idoso, uma frisando que tal mensalidade seria heiro a ninguém”, observou, con- sabendo os arguidos que tais paga- serra e sem vizinhos próximos, ficou
sobrinha retirou-o da instituição em suportada com o valor da reforma siderando pouco provável que o tio mentos eram injustos e indevidos”. parcialmente destruída e parte do
2007 e apresentaram queixa dos do idoso (354 euros) e com uma tivesse doado dinheiro ao lar. E acrescenta que sabiam, assim, que telhado ruiu. A habitação não tinha
responsáveis do lar. Estes alegaram comparticipação da Segurança Nas alegações finais, a advogada de “deixavam Abílio espoliado das electricidade, nem abastecimento de
sempre que os valores de 14 Social. O colectivo considerou, defesa observou que os lares não suas poupanças”. Foram, por isso, água e as autoridades inclinam-se
cheques assinados pelo idoso também, provado que os arguidos podem suportar despesas extra e condenados pela prática, em co- para a possibilidade de o incêndio
estavam relacionados com despesas souberam que Abílio tinha uma relacionadas com medicamentos, autoria, de um crime de burla quali- ter sido motivado por algum can-
complementares de saúde e com conta bancária e “engendraram um considerando que as verbas levan- ficada. deeiro a petróleo ou vela acesa.
7. “A Festa Brava
é para quem gosta,
não é só para os Vila-
“Para mim o auge da
festa são os campinos, adoro
vê-los, não perco a cerimónia
da deposição da coroa de flores
no monumento ao campino,
“Gostei imenso
de ver o referido
campino, também o
“É sempre muito
bom ver os nossos
campinos imponentes em
cima do cavalo, melhor
07
franquenses” nem a entrega do Pampilho” fotografei. Só não sabia que muitos cavaleiros nas
que era brasileiro” corridas”
Benavente
Pena máxima para desenhador que
matou o pai e agrediu a mãe
O Tribunal de Benavente condenou um desenhador proje-
ctista a 25 anos de cadeia, considerando provado que espan-
cou o pai até à morte e que também agrediu a sua mãe. O
arguido alegou que o pai e os tios também o agrediam e que
naquela noite o pai teria batido com a cabeça numa pedra,
mas a mãe diz que o filho se tornou violento a partir dos 17
anos e que naquele dia saltou sucessivamente a pés juntos
sobre o corpo do pai.
Jorge Talixa Certo é que ao princípio da
noite de 20 de Outubro passa-
Um desenhador projectista de do, pai e filho voltaram a
39 anos foi condenado, na desentender-se, segundo o tri-
quinta-feira, no Tribunal de bunal porque Arsénio, suposta-
Benavente, à pena máxima pre- mente alcoolizado, terá
vista na Lei portuguesa de 25 ameaçado que cortava o
anos de cadeia, pela prática de pescoço ao pai enquanto este
um crime de homicídio qualifi- jantava. Saíram de casa e
cado sobre o seu próprio pai e envolveram-se em luta.
de um crime de tentativa de Arsénio disse, em tribunal, que
homicídio da mãe. O colectivo fora o pai que iniciara a dis-
de juízas que julgou o caso cussão depois de o obrigar a
ocorrido na Rua Quebrada de desligar o computador. O
Água, em Glória do Ribatejo, colectivo presidido por Raquel
no concelho de Salvaterra de Costa deu mais credibilidade
Magos, realçou “a forma vio- ao relato da mãe, Quitéria
lentíssima” como o arguido Coutinho, que garantiu que a
agrediu os seus pais e o facto zanga começou pelas ameaças
de não ter manifestado qual- do filho. Já no exterior, o pai
quer arrependimento. acabou por cair na sequência
Arsénio Dias vivia com os pais de um soco do filho e, segundo
e não contribuía para as despe- a autópsia, morreu por asfixia
sas da casa, mas eram conheci- originada por compressão do vezes com ambos os pés em voltando a agredir a mãe. considerou não provado que, denou Arsénio Dias a 22 anos
dos os problemas de relaciona- pescoço, apresentava o crânio cima do tronco e da cabeça do Entretanto aproximaram-se naquele dia, Arsénio tenha de prisão pelo homicídio do pai
mento no seio da família, por parcialmente esmagado, três pai” e ter-lhe-á dado vários vizinhos e Arsénio afastou-se, encostado a lâmina da navalha e a mais 5 anos pela tentativa
vezes motivados pelo consumo costelas fracturadas e sangue pontapés, originando lesões entregando-se mais tarde à ao pescoço do pai. Baseou a de homicídio da mãe. Contra o
de álcool. O arguido disse, na nos pulmões, entre outras que causaram a morte. GNR. Quitéria disse, na sua decisão no relato de arguido, o acórdão aponta
primeira sessão do julgamento, lesões. O arguido garantiu que Entretanto, a mãe gritava por primeira audiência, que até aos Quitéria e nas lesões detec- ainda a “inexistência total de
que apresentara várias queixas depois do pai ter caído não socorro e foi empurrada por 17 anos Arsénio foi um bom tadas no pai e na mãe motivações” para o que fez e “a
contra o pai, João, de 59 anos, voltou a tocar-lhe e sugeriu que Arsénio para dentro de uma filho, mas depois começou a Tendo em conta o comporta- crueldade demonstrada nos
trabalhador da fábrica de ele- João poderia ter batido com a vala, perdendo momentanea- ser de tal modo violento que os mento “particularmente cen- seus actos”.
vadores Fortis (Alverca), por cabeça numa pedra. mente a consciência. Quando pais admitiam que tivesse surável” do arguido e a violên- Aplicadas as regras do cúmulo
alegadas agressões que este lhe O acórdão, baseando-se na recuperou os sentidos dirigiu- algum problema cerebral. cia que utilizou para com os jurídico foi-lhe fixada uma
infligia. Mas o procurador autópsia e no relato da mãe, se ao filho e disse-lhe: “Já Alertaram sucessivas vezes a seus progenitores, quando pena única de 25 anos de
responsável pelo caso salientou considera provado que, depois mataste o teu pai!”. Relatou a GNR e a Delegação de Saúde, “apesar de ser homem já com cadeia. O arguido foi, ainda,
que o registo que há é de 14 de João ter tomado no chão, mãe e o tribunal considerou mas disseram-lhes sempre que idade para se autonomizar condenado a pagar uma inde-
queixas dos pais contra o filho Arsénio “saltou um número provado que Arsénio reagiu, não os podiam ajudar. vivia em casa destes e por estes mnização de 120 mil euros à
por agressões deste. não concretamente apurado de dizendo ”agora vais tu” e O colectivo que julgou o caso era sustentado”, o tribunal con- mãe.
Detidos suspeitos de Idoso de Alverca
dezenas de roubos a condenado por Nove detidos
adolescentes abuso de menor
Três jovens, com idades entre os 17 e os 19 anos, suspeitos Um idoso residente em Alverca foi, na semana
na A 1
de envolvimento em mais de 50 roubos a adolescentes, passada, condenado a 1 ano e seis meses de prisão O Destacamento de Trânsito do Carregado deteve, na madrugada do
foram detidos, na quarta-feira, pela Divisão de Policial de com pena declarada suspensa por igual período. O dia 14, nove indivíduos no âmbito de uma operãção de fiscalização
Vila Franca de Xira e vão aguardar julgamento em prisão tribunal julgou provado que em Maio de 2010, o rodoviária na auto-estrada do Norte.
preventiva, por decisão tomada do tribunal local. Segundo homem pegou numa menor ao colo, deu-lhe um
Desta operação, segundo uma nota da GNR, que levou ao corte total
a PSP, os roubos eram efectuados sob ameaça de armas beijo na boca e acariciou-a na zona da vagina.
da circulação, resultou a detenção de nove indivíduos, "quatro por
brancas e, por vezes, com agressões. As vítimas, adoles- Segundo o acórdão, os factos deram-se frente à
residência da avó da menor, que pediu ao homem posse de estupefacientes, quatro por furto de viatura e uma por falsifi-
centes que se deslocavam sozinhos em várias localidades
do concelho de Vila Franca de Xira, ficavam sem artigos para não praticar aqueles actos. cação de notação técnica".
pessoais como telemóveis, fios e pulseiras em ouro e ou- O crime de abuso sexual de menor tem uma A acção da GNR levou ainda à apreensão de diverso material "nor-
tros objectos. moldura penal de 1 a 8 anos de cadeia e o idoso malmente utilizado em acções criminosas". Levou, ainda, à descoberta
A investigação decorria já há dois meses, depois de diver- foi, assim, condenado a 1 ano e seis meses. O tri- e aprensão de vários estupefacientes, nomeadamente "haxixe, cocaína,
sas denúncias de casos de roubo deste género e, de acordo bunal teve em conta que o arguido não tem pólen de haxixe, anfetaminas e liamba" e ainda diverso material con-
com a Divisão Policial, estes três detidos estão “conotados antecedentes criminais e, se não praticar qualquer trafeito, "vestuário e calçado no valor de 2900 euros", segundo a
com várias dezenas de roubos” e já foram reconhecidos outro crime nos próximos 18 meses, não chegará a
mesma nota.
presencialmente por algumas das vítimas. cumprir pena de prisão.
8. 13
OLHO VIVO
Parquímetros
“disfarçados”
em Arruda
“
O largo situado junto ao jardim de
Arruda dos Vinhos, mesmo em frente
da Farmácia da Misericórdia, dispõe,
desde o início de Julho, de um sistema
de parquímetros. Para satisfação de uns
e desagrado de outros, um espaço nor-
malmente cheio de viaturas cumpre,
agora, a sua função de rotatividade,
permitindo o estacionamento tem-
porário dos que frequentam o comércio
e os serviços da zona. Curioso foi veri-
ficar a forma como a Câmara arrudense
Benavente
“disfarçou”, durante alguns dias, a
colocação dos parquímetros, até que
entrassem efectivamente em funciona-
consegue
mento. Para tudo é preciso engenho.
juntar CDS e Bloco de
Esquerda
Estas coisas da política por vezes fornecem surpresas. Noutros pata-
mares da política à portuguesa, esta proximidade seria quase impossív-
el, mas, na Assembleia Municipal de Benavente, CDS-PP e Bloco de
O mistério Esquerda partilham pacificamente a primeira fila da bancada.
Margarida Netto, pelos centristas, e Helder Agapito, pelo Bloco, lá
vão desempenhando a sua tarefa sem desavenças que se vejam.
da “Cavalo”
do Carregado
Acordo ortográfico
A Vala do Carregado é uma terra antiga e com
marcos importantes na história da região asso-
introduzido à força
ciados à introdução dos comboios, mas tam-
bém à vivência ligada ao Tejo. Tradições
equestres na Vala do Carregado é que ainda não
O famoso acordo ortográfico que progressivamente nos vai
conhecíamos, mas alguém com um sentido de
“obrigando” a alterar a grafia do português de Portugal é
humor algo misterioso resolveu rebaptizar a terra
contestado por muitos e ainda vai continuar a dar muito que
e, para surpresa de muitos, lá aparece a placa que
falar. Mas como País cosmopolita que se preza, Portugal acolhe da
encaminha para “Cavalo do Carregado”. Será
melhor maneira comunidades com as mais variadas origens. É o caso
algum novo centro equestre ou algum estabeleci-
dos nossos amigos brasileiros que, mal ou bem, lá vão adaptando o
mento comercial a precisar de publicidade!?
português, como aconteceu no caso deste estabelecimento vila-fran-
quense. Assim, com criatividade e compreensão, “esta-mos” todos
bem.
Desafios à
presidente
Com criatividade, tam-
bém todas as formas cor-
rectas são possíveis e
aceitáveis para passar men-
sagens políticas. É o caso
do PCP de Vialonga, que
mantém a pressão sobre a
presidente da Câmara de Vila
Franca, exigindo obras na
urbanização da Flamenga. Um
caso “bicudo” que, devagar, lá
vai ganhando forma, com os
arranjos exteriores de uma das
maiores urbanizações do conce-
lho.
9. 08
“
EDUCAÇÃO voz ribatejana #17
Alves Redol e Escola de Povos precisam
de obras de remodelação
A criação de condições para que todas as turmas do 1º. ciclo funcionem em regime normal e a
necessidade de planear obras de remodelação da Alves Redol e da primária de Povos são algu-
mas das preocupações prioritárias da direcção do novo Agrupamento Alves Redol.
Jorge Talixa Primárias (1º. Ciclo) Álvaro Guerra e de Povos.
Com a mudança de 7 turmas do 1º. Ciclo da
Desenvolver uma escola de excelência e de Álvaro Guerra para um novo bloco construído
referência e dar passos para a melhoria das insta- na Vasco Moniz (ver Voz Ribatejana de 6 de
lações e das condições de ensino, são alguns dos Julho), o AEAR passa a ter todas as suas turmas
principais objectivos da direcção do novo em horário normal.
Agrupamento de Escolas Alves Redol (AEAR), “Precisamos de aprofundar trabalho e de
que tomou posse, no passado dia 30, em Vila arregaçar as mangas para o muito trabalho que
Franca de Xira. Composto por seis escolas, que se avizinha”, avisou, revelando que outro dos
vão do pré-escolar ao secundário, o objectivos já traçados é o de arrancar, no início
Agrupamento Alves Redol envolve 1900 alunos do próximo ano lectivo, com um mecanismo de
e 270 profissionais de ensino e, segundo o seu apoio à família, em que as escolas do 1º. Ciclo e
director, Teodoro Roque, é também o agrupa- os jardins-de-infância do agrupamento vão fun-
mento com mais completa oferta de ensino na cionar em horário alargado, o que significa que
região, uma vez que possui também um Centro os pais podem deixar as crianças a partir das
de Novas Oportunidades e aulas e regime no- 8h00 e que haverá actividades, sempre que se
cturno. justifique, até às 18h30.
“Defendo que devemos partilhar com as famílias Na abertura da sessão, Madalena Ferreira,
a responsabilidade pela educação das nossas cri- responsável pelo conselho geral do agrupamen-
anças e dos nossos jovens. Cada criança e cada to, deu também posse aos restantes elementos da
jovem tem, no nosso agrupamento, respostas direcção que vão gerir o agrupamento no
educativas adequadas”, frisou Teodoro Roque, quadriénio 2011/2015. Filipe Ferreira, represen-
que já exerceu anteriormente funções de presi- tante da Direcção-Regional de Educação de
dente do conselho executivo da Secundária Lisboa e Vale do Tejo, salientou que correu
Alves Redol. “Somos o agrupamento com a muito bem o processo de agregação da escola
mais completa oferta e também com escolas secundária com o agrupamento e que este forma-
mais antigas do concelho. Este importante to, com escolas do pré-escolar ao secundário,
património tem que ser valorizado”, prosseguiu, “vai permitir melhorar as condições de todos os
salientando que uma das principais preocu- alunos”.
pações dos responsáveis pelo AEAR é a necessi- Já Fernando Paulo Ferreira, vereador com o
Nova direcção do Agrupamento
dade de “pensar rapidamente” na remodelação pelouro da educação na Câmara de Vila Franca, tomou posse em Vila Franca
da Escola Alves Redol e da Escola do 1º. Ciclo observou que a criação deste agrupamento
de Povos. “constitui uma excelente oportunidade para a
Depois, Teodoro Roque acha que, a integração
da Escola Vasco Moniz torna o AEAR “mais
completo” mas que, a partir daqui, o agrupamen-
cidade de Vila Franca”, que já tinha também o
Agrupamento Sousa Martins/Reynaldo dos
Santos. “Creio que este ano lectivo que aí vem
Câmara apoia 30%
to atingiu a dimensão do “território educativo vai constituir um momento importante com a
adequado” e não deve crescer mais. Por isso,
está já definido que o 3º. ciclo fixa-se definitiva-
mente na Alves Redol, que lecciona do 7º. ao
passagem de um número importante de turmas
para o horário normal. Uma perspectiva que per-
mite novas respostas, nomeadamente de ATL e o
dos alunos
12º. ano e que a Vasco Moniz fica com os alunos funcionamento das AEC (actividades extra-cu- A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou, No que diz respeito à alimentação, a edili-
do 1º. ao 6º. Ano. Ao mesmo tempo, o agrupa- rriculares), salientou, considerando que estes no final de Junho, seis propostas de apoio a dade serve cerca de 4000 refeições diárias
mento gere, ainda, os jardins-de-infância João de agrupamentos vão num caminho de estabiliza- alunos e escolas no próximo ano lectivo. No aos alunos do pré-escolar e do 1º. Ciclo. Já
Deus (junto ao hospital) e de Povos e as ção das suas funções. total, a autarquia prevê distribuir cerca de no que concerne ao apoio ao funcionamento
220 mil euros, dos quais cerca de 80 mil das escolas e a actividades dos agrupamen-
Escola sem obras destinam-se a apoiar famílias carenciadas, tos, a Câmara assume uma contribuição
no âmbito da chamada Acção Social Escolar total da ordem dos 140 mil euros, calculada
(ASE), na tendo por base o
preocupa aquisição
livros, material
de número de alunos
que frequentou esses
Ao contrário do que chegou a ser referido pela própria escolar e partici- estabelecimentos de
Parque Escolar ao Voz Ribatejana, afinal a Escola Alves pação em visitas ensino em 2010/2011
Redol acabou por não ser incluída nos planos de renovação de estudo. e correspondendo a
dos estabelecimentos de ensino secundário desenvolvidos S e g u n d o 20 euros por aluno.
por esta empresa pública. Tratando-se, nesta altura, depois da Fernando Paulo Este subsídio desti-
renovação que beneficiou a Reynaldo dos Santos, da escola Ferreira, o na-se a aquisição de
secundária mais antiga do concelho de Vila Franca (inaugurada há 26 número de materiais pedagógi-
anos), as condições dos edifícios e a falta de alguns equipamentos começam a preocupar. famílias abrangi- cos (jogos, puzzles,
“O meu pensamento é que esta escola, que aqui já está desde 1985, começa a entrar numa das pela ASE tem pincéis, tesouras,
fase crítica, porque não tem sido possível fazer investimentos de fundo e essas intervenções vindo a aumentar. etc.); actividades pre-
só são, de facto, possíveis de se realizar se forem feitas pela tutela e não pela escola, que não “Cerca de 30% vistas em planos de
tem possibilidades de o fazer”, sustenta Teodoro Roque, frisando que, não tendo sido essa dos alunos do pré- actividades;
renovação contemplada pela Parque Escolar, é importante e urgente que o problema seja escolar e do 1º. aquisição de material
encarado directamente pela Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo ciclo são alunos Fernando Paulo Ferreira de higiene (sabonete
(DRELVT). O director do Agrupamento colocou a questão em recente reunião na com alguma dose líquido, toalhetes de
DRELVT, referindo que lhe compete dar conhecimento da situação e à DRELVT equa- de carência e aos quais a Câmara subsidia a mãos, desinfectantes) e despesas com mate-
cionar quais as formas disponíveis para intervir, de modo a que não se atinja uma situação aquisição de manuais e de material escolar e riais de limpeza.
complicada em termos de instalações da escola. a participação em visitas de estudo”, vincou Fernando Paulo Ferreira acrescentou que
“Precisamos de uma intervenção de requalificação. Não consigo quantificar os valores que o autarca socialista, explicando que, dos haverá novamente protocolos com agrupa-
estarão envolvidos. O que desejo é que todas as escolas cheguem a esse patamar de excelên- 7000 alunos destes dois níveis de ensino, mentos para as actividades de enriqueci-
cia. Mas não gostaria que a minha, que é a mais antiga, não fosse contemplada”, vincou, cerca de 1400 têm apoio a 100 por cento mento curricular e, no último ano lectivo, a
salientando que as condições gerais das Alves Redol são boas, mas que é preciso reabilitar (escalão A) e 860 têm apoio a 50% (escalão taxa de adesão às AEC rondou os 77 por
as instalações. B). cento.