1. A história da moeda
A moeda evoluiu a partir de duas inovações básicas, que ocorreram por volta de 2.000 a.C.
Originalmente, o dinheiro era uma forma de recebimento, representando grãos estocados em
celeiros de templos na Suméria [2], na Mesopotâmia, então Antigo Egipto.
Esse primeiro estágio da moeda, no qual os metais eram usados para representar reserva de
valor e símbolos para representar mercadorias, formou a base do comércio no Crescente Fértil
por mais de 1500 anos. No entanto, o colapso do sistema comercial do Oriente Próximo
apontou uma falha: em uma era na qual não havia nenhum lugar que era seguro para estocar
valor, o valor de um meio circulante poderia ser apenas tão bom quanto as forças que
defendiam aquela reserva. O comércio poderia alcançar no máximo a credibilidade do uso da
força militar. No final da Idade do
Bronze, no entanto, uma série de
tratados internacionais
estabeleceram uma passagem
segura para os mercantes ao redor
do Mediterrâneo oriental, se
espalhando a partir da Creta
minóica e Micenas no noroeste de
Elam e sudeste de Bahrein. Apesar
de não se saber o que funcionava
como uma moeda para facilitar
essas trocas, sabe-se que couros
de boi em forma de lingotes de
cobre, produzidos no Chipre,
podem ter funcionado como uma
moeda. É sabido que o aumento da
pirataria e invasões associadas ao
colapso da Idade do Bronze, possivelmente produzidas pelos Povos do Mar, trouxeram esse
sistema comercial ao fim. Foi apenas com a recuperação do comércio fenício nos séculos IX e X
a.C. que houve um retorno à prosperidade, e o surgimento da cunhagem real, possivelmente
primeiro na Anatólia em Creso e Lídia e subsequentemente pelos gregos e pérsios. Na África,
muitas formas de reserva de valor foram usadas, incluindo grânulos, lingotes, marfim, várias
formas de armas, gado, a moeda Manila, ocre e outros óxidos da terra, entre outras. Os anéis
de Manila da África Ocidental foram uma das moedas usadas a partir do século XI em diante
ira comprar e vender escravos. A moeda africana ainda é notável por sua variedade, sendo que
em muitos lugares diferentes formas de escambo ainda existem.