3. • A deficiência em Vitamina A é um dos maiores problemas de
nutrição e saúde pública em muitos países;
• A deficiência nessa vitamina afeta 190 milhões de pessoas
no mundo;
• Cerca de 13,8 milhões de adolescentes apresentam sinais
de danos oculares (xeroftalmia) como resultado da
deficiência de vitamina A;
• A OMS estima, que, por ano, 250 a 500 mil crianças pré-
escolares perdem a visão, parcial ou totalmente, pela falta de
vitamina A e 2/3 delas morrem dentro de poucos meses
após ficarem cegas.
VITAMINA A - INTRODUÇÃO
4. VITAMINA A - INTRODUÇÃO
• O termo “ingestão de vitamina A” geralmente é utilizado para
designar todos os compostos com atividade de vitamina A
presentes na dieta;
• RETINOL:
• O retinol é encontrado somente em alimentos de origem animal e
em um pequeno número de bactérias.
5. VITAMINA A (RETINOL)-INTRODUÇÃO
• Em condições normais, cerca de 70 a 90% do retinol da dieta é
absorvido;
• Já a absorção de carotenóides (precursores de vitamina A) é menos
eficiente, girando em torno de 10 a 50%.
6. CAROTENÓIDES - INTRODUÇÃO
• Os carotenóides são pigmentos naturais
amplamente distribuídos na natureza,
responsáveis pelas cores amarela, laranja e roxa
das frutas, raízes, flores...
• Ocorrem nos cloroplastos das plantas
superiores. São encontrados ainda, em algas,
bactérias, fungos e leveduras.
7. CAROTENÓIDES - INTRODUÇÃO
• Um anel não substituído com uma cadeia poliênica de 11 carbonos
é condição imprescindível para a atividade de um carotenoide
como vitamina A.
O licopeno, pela ausência de anéis beta
em uma das extremidades da molécula,
não exerce atividade pró-vitamina A.
c
8. CAROTENÓIDES - INTRODUÇÃO
• BETA-CAROTENO:
• Dos mais de 600 carotenóides conhecidos atualmente, cerca de 50
são precursores de vitamina A;
• A pró-vitamina A mais importante é o beta-caroteno, tanto em
termos de bioatividade como de ocorrência;
• É o mais importante na natureza, sendo encontrado principalmente
em frutos e em outros vegetais.
9. EQUIVALENTES DE RETINOL
• A vitamina A contida nos alimentos é expressa em equivalentes de
retinol, ou seja, a soma das vitaminas provenientes do retinol pré-
formado e dos carotenóides:
• 12 mcg de beta-caroteno = 1 mcg de retinol (RAE) ou equivalente
de retinol (RE).
10. VITAMINA A - ABSORÇÃO
• A vitamina A pré-formada, bem como os carotenóides, são
substâncias lipossolúveis e, portanto, dependem da ingestão
concomitante de lipídios para que sejam adequadamente
absorvidos.
A quantidade de 5 mL de óleo em uma
refeição parece ser suficiente para
assegurar a captação dos carotenóides,
refletindo no aumento significativo da
absorção de retinol e do estado
nutricional relativo à vitamina A.
11. VITAMINA A - BIODISPONIBILIDADE
• O beta-caroteno dissolvido em óleo é absorvido mais facilmente;
• Um estudo mostrou que o beta-caroteno de frutos foi mais efetivo
em aumentar a concentração de retinol quando comparado com
vegetais verde-escuros.
12. VITAMINA A - BIODISPONIBILIDADE
• A cocção aumenta o conteúdo de carotenóides em vegetais,
possivelmente por causa da facilidade de extração da matriz;
• O tratamento a vapor parece aumentar a concentração de
carotenoides extraídos de espinafre e cenoura.
13. • O consumo de etanol resulta na depleção de vitamina A hepática,
considerando que ambos, retinol e etanol, tem estrutura de álcool,
há um potencial para a sobreposição das vias metabólicas desses
dois compostos e para a competição por enzimas similares.
VITAMINA A - BIODISPONIBILIDADE
14. INTERAÇÃO NUTRIENTE-NUTRIENTE
• Há sugestão de que a deficiência em vitamina A prejudica a
mobilização do ferro dos estoques e que a suplementação desta
vitamina aumenta a concentração de hemoglobina;
• Estudo de intervenção entre adolescentes indonesianas
demonstrou que a suplementação concomitante de vitamina A e
ferro foi mais efetiva no aumento da concentração de hemoglobina.
Vitamina A X Ferro (Fe)
15. INTERAÇÃO NUTRIENTE-NUTRIENTE
• O retinol é liberado do fígado ligado à RBP (retinol-binding protein -
proteína ligadora de retinol) a qual é responsável pela manutenção da
vitamina A em solução aquosa e pelo transporte dessa vitamina para os
tecidos periféricos;
• O Zn é essencial para a síntese de RBP e, portanto, para a mobilização e
o transporte da vitamina A do fígado para a circulação;
• O Zn pode ainda influenciar a conversão de beta-caroteno em vitamina
A por meio da retinal redutase, que é dependente do mineral.
Vitamina A X Zinco (Zn)
16. FONTES DE VITAMINA A
• Os alimentos que fornecem vitamina A pré-formada na forma ativa
são os de origem animal, sendo as fontes mais ricas fígado, leite e
derivados e ovos;
17. FONTES DE VITAMINA A
• O alimentos de origem vegetal contêm precursores da vitamina A
que são os carotenóides, particularmente beta-caroteno.
19. VITAMINA D - INTRODUÇÃO
• FUNÇÃO:
• A função clássica da vitamina D é participar do controle da
homeostase de cálcio e de fósforo;
• Sem vitamina D, apenas 10 a 15% do cálcio é absorvido, enquanto
na presença da vitamina a absorção intestinal desse mineral
aumenta para cerca de 30 a 40%;
A manutenção das concentrações séricas adequadas de vitamina D pode
reduzir significativamente o risco de osteoporose e de fraturas ósseas em
idosos.
20. VITAMINA D - INTRODUÇÃO
• DEFICIÊNCIA:
• Atualmente, a deficiência em vitamina D é bastante prevalente em
todos os grupos populacionais, com cerca de 1 bilhão de pessoas
no mundo classificadas como deficientes (menor que 20 ng/mL) ou
com concentrações insuficientes (menor que 30 ng/mL).
21. VITAMINA D - INTRODUÇÃO
• CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA:
• Raquitismo: é o defeito de mineralização das cartilagens de
crescimento na criança e se apresenta com retardo no crescimento
e deformidades esqueléticas.
22. VITAMINA D - INTRODUÇÃO
• CONSEQUÊNCIAS DA DEFICIÊNCIA:
• Osteomalacia: Ocorre por defeito na mineralização da matriz óssea no
adulto;
• Osteopenia: É uma condição pré-clínica que sugere a perda gradual de
massa óssea que pode levar à osteoporose;
• Osteoporose: é uma doença osteometabólica caracterizada por
diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido
ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e da
susceptibilidade a fraturas.
23. VITAMINA D - BIODISPONIBILIDADE
• A vitamina D de origem alimentar em razão de sua
lipossolubilidade, pode ter sua absorção reduzida quando a
ingestão de lipídios é insuficiente ou em situações fisiológicas
que dificultem a absorção adequada de lipídeos, como, por exemplo,
em pancreatites.
24. VITAMINA D - BIODISPONIBILIDADE
• A capacidade de síntese cutânea de vitamina Dé menor quando há
o impedimento da exposição da pele à radiação solar,
principalmente pelo uso de roupas e de protetores solares;
• Sugere-se, de forma geral, que 15 minutos de exposição solar, três
vezes por semana seriam suficientes para suprir as necessidades de
vitamina D em crianças, adultos jovens e também idosos.
25. FONTES DE VITAMINA D
• Humanos podem obter vitamina D a partir de diferentes fontes:
• Exposição solar: forma fisiológica e primária no Brasil;
• Alimentação: peixes, cogumelo shitake e gema de ovo;
• Suplementos.
27. VITAMINA E - INTRODUÇÃO
• A vitamina E é o principal antioxidante da membrana celular, capaz
de inibir a ação dos radicais livres e, dessa forma, prevenir a
propagação da peroxidação lipídica.
28. VITAMINA E - BIODISPONIBILIDADE
• O principal local de absorção da vitamina E é na parte proximal do
intestino delgado, no jejuno, sendo dependente de uma função
pancreática adequada, da secreção da bile a da formação de micelas
– condições semelhantes às necessárias para a absorção de
gorduras. Assim, qualquer dificuldade para tal atividade também terá
influência na absorção da vitamina.
29. VITAMINA E - BIODISPONIBILIDADE
• Nas micelas, a vitamina E se solubiliza e, assim, pode ser
transportada através da membrana da borda em escova para os
enterócitos, possivelmente por difusão passiva.
30. VITAMINA E - BIODISPONIBILIDADE
• A ingestão de lipídios, principalmente triacilgliceróis de cadeia
média (exemplo de fonte: óleo de coco) , auxilia na absorção de
vitamina E.
31. VITAMINA E - BIODISPONIBILIDADE
• A eficiência da absorção de vitamina E diminui com o aumento do
consumo;
• Estudos mostram que uma alimentação rica em ácidos graxos poli-
insaturados pode diminuir a absorção de vitamina E.
Uma das possíveis explicações: Os ácidos graxos poli-insaturados ocupam
mais espaço nas lipoproteínas e dessa forma deslocam o tocoferol ou inibem
sua ligação.
32. VITAMINA E - FONTES
Exemplos:
• Óleo de gérmen de trigo;
• Semente de girassol;
• Avelã;
• Óleo de girassol;
• Amendoim;
• Óleo de milho.
34. VITAMINA C - INTRODUÇÃO
• FUNÇÕES:
• Potencial antioxidante;
• Atua como cofator para diferentes enzimas;
• Ex: Está envolvida na hidroxilação de prolina e lisina para a
biossíntese de colágeno;
• Nutriente essencial que previne o escorbuto.
38. VITAMINA C - INTRODUÇÃO
• DEFICIÊNCIA:
• Os sinais de deficiência se desenvolvem após quatro a seis meses
de baixa ingestão (geralmente menores que 10 mg/dia), quando as
concentrações plasmáticas e teciduais diminuem
consideravelmente;
• Os primeiros sintomas de deficiência são equimoses e petéquias;
• Hemorragia ocular;
• Sintomas tardios: histeria, depressão; fadiga e letargia.
39. VITAMINA C - INTRODUÇÃO
• DEFICIÊNCIA:
• Escorbuto:
• É raramente encontrado em países desenvolvidos, embora possa
acontecer em alcoólatras;
• Acredita-se que o nome escorbuto seja derivado do nome italiano
scorbutico, que se refere a uma pessoa irritável, neurótica e
descontente;
• Anemia está frequentemente associada ao escorbuto.
40. VITAMINA C
• A biodisponibilidade de vitamina C é quase completa em doses baixas,
no entanto, em doses elevadas, sua disponibilidade é reduzida, um
exemplo disso é a utilização de suplementos orais, conforme observado
no estudo de Levine et al.:
• 30 mg deVitamina C ingerida: biodisponibilidade de 87%;
• 100 mg deVitamina C ingerida: biodisponibilidade de 80%;
• 200 mg deVitamina C ingerida: biodisponibilidade de 72%;
• 500 mg deVitamina C ingerida: biodisponibilidade de 63%;
• 1.250 mg deVitamina C ingerida: biodisponibilidade de menos de 50%.
41. VITAMINA C
• O teor de vitamina C nos alimentos tende a diminuir com a
cocção;
• A biodisponibilidade do ácido ascórbico no brócolis cru foi em
torno de 20% maior que no brócolis cozido.
42. VITAMINA C
• A suplementação de vitamina C não tem sido recomendada para
pessoas com concentração elevadas de ferro ou em condições
patológicas associadas à sobrecarga desse mineral, como na
hemocromatose (sobrecarga de ferro no organismo).
43. VITAMINA C
• Outras situações:
• A diarreia aumenta a perda fecal da vitamina;
• A acloridria diminui a quantidade absorvida;
• Resfriados comuns aumentam a excreção urinária da vitamina.
44. PERDAS DE VITAMINA C
• A vitamina C é rapidamente perdida na cocção de alimentos, em
virtude principalmente da sua solubilidade em água;
• Sempre que os alimentos de origem vegetal são ingeridos crus, a
disponibilidade dessa vitamina é maior;
• A estocagem de alimentos frescos por um longo período também
pode reduzir de forma significativa os teores de vitamina C;
• Cocção rápida e limitação do tempo de exposição ao ar durante a
preparação dos alimentos ajudam a reduzir as perdas da vitamina.
45. PERDAS DE VITAMINA C
• Quantidades elevadas de flavonoides presentes nas frutas também
podem diminuir as perdas da vitamina porque podem agir como
inibidores da oxidação desta, complexando-se com os metais
presentes nos sucos.
46. VITAMINA C - FONTES
• O ascorbato é encontrado quase exclusivamente em alimentos de
origem vegetal;
• Produtos animais contêm pouca vitamina C e grãos não a possuem.
47. VITAMINA C
• 100 g de acerola: 941,4 mg deVitamina C;
• 100 g de caju: 219,3 mg deVitamina C;
• 100 g de mexerica rio: 112 mg deVitamina C
• 100 g de goiaba branca: 99,2 mg deVitamina C;
• 100 mL de suco de laranja baía: 94,5 mg deVitamina C.
Fonte:Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (2011).
48. DICAS DE FONTES DE ESTUDO:
Capítulos
10, 11,12
Capítulos
19, 21,22