SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO



FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA
           EDUCAÇÃO
     (PEDAGOGIA- Seminário I)




 Prof.Francirosy Campos Barbosa Ferreira
“DISCURSO SOBRE A
     ORIGEM DA
DESIGUALDADE ENTRE
    OS HOMENS”
       (PARTE II)


JEAN-JACQUES ROUSSEAU
ROUSSEAU: VIDA E OBRA
            (1712- 1778)
 Nasceu   em Genebra.

 Além de ser escritor e filósofo, desenvolveu
 diversas atividades como a música.

 Colaborou   com o movimento Enciclopedista.

 Sua presença foi dominante na Revolução
 Francesa.
OBRAS

   Discurso sobre as ciências e as
    artes ( o Primeiro Discurso-
    1750);
   O Adivinho da Aldeia (1753);
   Discurso sobre a origem da
    desigualdade ( o Segundo
    Discurso- 1754);
   A Nova Heloísa (1761);
   O Contrato Social (1762);
   Emílio (1762);
   As Confissões (autobiografia),
    publicada após a morte do autor.


                                       Jean-Jacques Rousseau
O ESTADO DE NATUREZA

 “A fome e outros apetites, fazendo-o
 experimentar alternadamente diversas
 maneiras de existir, houve uma que o
 convidou a perpetuar sua espécie. Esse
 pender cego, desprovido de todo
 sentimento de coração, não produzia se
 não um ato puramente animal. Satisfeita a
 necessidade, os dois sexos não se
 reconheciam mais e o próprio filho nada
 mais representava para a mãe logo que
 podia viver sem ela.”
PERCEPÇÕES DE SI MESMO E DOS OUTROS

   “Vendo que todos se comportavam como teria feito ele
    próprio em circunstancias semelhantes, concluiu que
    sua maneira de pensar e de sentir era inteiramente
    conforme à sua. É essa importante verdade, bem
    estabelecida em seu espírito, o levou a seguir por um
    pressentimento tão seguro e mais rápido que a
    dialética, as melhores regras de conduta que , para sua
    vantagem e semelhança lhe convinha observar para
    com esse.”
   “Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo o
    mais forte o mais destro ou o mais eloquente tornou-se
    o mais considerado e foi assim o primeiro passo para a
    desigualdade e ao mesmo tempo para o vicio. Dai
    nasceram a vaidade e o desprezo, a vergonha e a
    inveja.”
CONSTITUIÇÃO DAS PRIMEIRAS SOCIEDADES

   “[...] unia-se a eles em rebanho ou quando muito por
    uma espécie de associação livre que não obrigada
    ninguém e que só durava enquanto havia a
    necessidade passageira que havia formado.”


                 Divisão sexual do trabalho

   “O habito de viver coletivamente fez surgir os mais
    doces sentimentos conhecidos dos homens: o amor
    conjugal e o amor paternal.”
   “As mulheres tornaram-se mais sedentárias e se
    acostumaram a guardar a cabana e os filhos enquanto
    o homem ia procurar a subsistência comum.”
PROPRIEDADE

 “Desde  o instante que um homem teve a
 necessidade de socorro e ajuda de outro e
 desde que perceberam que era útil e
 vantajoso a um só ter provisões para dois a
 igualdade desapareceu, a propriedade se
 introduziu, o trabalho tornou-se necessário.”
AGRICULTURA E METALURGIA

 “Foram  as duas artes cuja a invenção produziu
  essa grande revolução (necessidade do
  trabalho e transformação do meio).”
 “O ferro e o trigo que civilizaram o homem e
  perderam o gênero humano.”

              Divisão social do trabalho
   “A invenção das outras artes foi, pois, necessária
    para forçar o genro humano a se aplicar àquela da
    agricultura. Desde que eram necessários homens
    ara fundir e forjar o ferro, eram necessários outros
    para nutrir os primeiros. Quanto mais se
    multiplicavam o numero de operários, tanto menos
    eram as mãos encarregadas de prover à
    subsistência comum, sem que houvesse menos
    bocas para consumir.”
CONFLITO SOCIAL

   “A sociedade nascente foi praça do mais horrível
    estado de guerra. O gênero humano, aviltado e
    desolado, não podendo mais voltar atrás, nem
    renunciar às infelizes aquisições já obtidas e não
    trabalhando senão para as vergonha pelo abuso
    das faculdades que o dignificaram, colocou-se
    assim mesmo na véspera de sua ruína.”
FORMAÇÃO DO ESTADO

   “Disse-lhes: vamos unir-nos para livrar da opressão
    os fracos conter os ambiciosos e assegurar cada
    um a posse daquilo que lhe pertence. Vamos
    instituir regras de justiça e de paz, as quais todos
    sejam obrigados a se conformar, que não façam
    acepção de pessoas e que de certo modo reparem
    os caprichos da fortuna, submetendo igualmente o
    poderoso e o fraco a deveres mútuos. Numa
    palavra, em vez de voltar nossas forças contra nos
    mesmos, vamos reuni-las num poder supremo que
    nos governe segundo leis sabias...”
CRÍTICA AOS SISTEMAS DE GOVERNO

 “Um homem era eminente em poder, em virtude,
  em riqueza ou em credito; só ele foi eleito
  magistrado e o estado se tornou monárquico.”
 “Se muitos mais ou menos iguais entre si,
  superavam todos os outros, foram eleitos
  conjuntamente e surgiu uma aristocracia.”
 “Aqueles cuja fortuna ou talentos eram menos
  desproporcionados e que menos se tinham
  afastado do estado de natureza, guardaram em
  comum a administração suprema e formaram uma
  democracia.”
O PROGRESSO DA DESIGUALDADE SE
       DESENVOLVEU EM TRÊS ETAPAS:

1-Estabelecimento da lei e do direito de
  propriedade onde a condição de rico e de
  pobre foi autorizada.

2-Instituição da magistratura onde a condição
  de poderoso e fraco se estabeleceu.

3-Mudança do poder legitimo em poder
  arbitrário.
DESIGUALDADES

   “[...] é a esse ardor de ouvir falar de si, a esse furor de
    se distinguir que nos mantém quase sempre fora de nos
    mesmos, que devemos o que há de melhor e pior entre
    os homens, nossas virtudes e nossos vícios, nossas
    ciências e nossos erros, nossos conquistadores e
    nossos filósofos, isto é, uma multidão de más coisas
    sobre um pequeno numero de boas.”
   “Só estimam as coisas de que gozam na medida em
    que os outros delas são privados porque, sem mudar de
    condição, cessariam de ser felizes se o povo cessasse
    de ser miserável.”
   “[...] é aqui que tudo conduz à única lei do mais forte e,
    por conseguinte a um novo estado de natureza
    diferente daquele pelo qual começamos, sendo que um
    era o estado de natureza em sua pureza e este ultimo é
    o fruto de um excesso de corrupção.”
CONCLUSÃO

 “Visão evolutiva do        homem     e    da
 sociedade humana.”

 “Sua   análise parte da materialidade.”

 “Suaargumentação se dá a partir de sua
 própria reflexão/dedução.”

 “Amor    de si x Amor próprio.”
BIBLIOGRAFIA
ROUSSEAU, Jean Jacques. Origem da
 Desigualdade entre os Homens. Coleção Grandes
 Obras do Pensamento Universal - N 7. São
 Paulo: Escala, 2007.



DENT, N. J. H. Dicionário Rousseau. Coleção
 Dicionários de Filósofos. Rio de Janeiro: Jorge
 Zahar, 1996.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jean jacques rousseau e a igualdade
Jean jacques rousseau e a igualdadeJean jacques rousseau e a igualdade
Jean jacques rousseau e a igualdade
Laguat
 
Apostila de teoria_geral_do_estado
Apostila de teoria_geral_do_estadoApostila de teoria_geral_do_estado
Apostila de teoria_geral_do_estado
Direito2012sl08
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
Alison Nunes
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
Rogerio Terra
 
[Geral] a revolução tecnológica milton santos
[Geral] a revolução tecnológica   milton santos[Geral] a revolução tecnológica   milton santos
[Geral] a revolução tecnológica milton santos
Fátima Brayner
 
anarquismo e anarquia - Errico Malatesta
anarquismo e anarquia - Errico Malatestaanarquismo e anarquia - Errico Malatesta
anarquismo e anarquia - Errico Malatesta
BlackBlocRJ
 

Mais procurados (20)

Do contrato social Vol. 1
Do contrato social Vol. 1 Do contrato social Vol. 1
Do contrato social Vol. 1
 
Jean jacques rousseau e a igualdade
Jean jacques rousseau e a igualdadeJean jacques rousseau e a igualdade
Jean jacques rousseau e a igualdade
 
Apostila de teoria_geral_do_estado
Apostila de teoria_geral_do_estadoApostila de teoria_geral_do_estado
Apostila de teoria_geral_do_estado
 
Contrato social 2
Contrato social 2Contrato social 2
Contrato social 2
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Rosseau
RosseauRosseau
Rosseau
 
Aula desigualdade social e jean jacques rousseau
Aula   desigualdade social e jean jacques rousseauAula   desigualdade social e jean jacques rousseau
Aula desigualdade social e jean jacques rousseau
 
Rousseau, Do Contrato Social
Rousseau, Do Contrato SocialRousseau, Do Contrato Social
Rousseau, Do Contrato Social
 
07 contrato social - rousseau
07  contrato social - rousseau07  contrato social - rousseau
07 contrato social - rousseau
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
090701 da lei de igualdade– livro iii, cap-9
090701 da lei de igualdade– livro iii, cap-9090701 da lei de igualdade– livro iii, cap-9
090701 da lei de igualdade– livro iii, cap-9
 
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
Natureza Humana   Hobbes E RousseauNatureza Humana   Hobbes E Rousseau
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
 
Aula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governoAula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governo
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
[Geral] a revolução tecnológica milton santos
[Geral] a revolução tecnológica   milton santos[Geral] a revolução tecnológica   milton santos
[Geral] a revolução tecnológica milton santos
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
O que realmente é a sociedade (artigo)
O que realmente é a sociedade (artigo)O que realmente é a sociedade (artigo)
O que realmente é a sociedade (artigo)
 
anarquismo e anarquia - Errico Malatesta
anarquismo e anarquia - Errico Malatestaanarquismo e anarquia - Errico Malatesta
anarquismo e anarquia - Errico Malatesta
 

Destaque

Toimintasuunnitelma 2011 taustoja
Toimintasuunnitelma 2011 taustojaToimintasuunnitelma 2011 taustoja
Toimintasuunnitelma 2011 taustoja
Matti Leskinen
 
What Does Qe 2 Mean Updated November 10
What Does Qe 2 Mean Updated November 10What Does Qe 2 Mean Updated November 10
What Does Qe 2 Mean Updated November 10
ThomasWilkinsCFA
 
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
Michael Noel
 
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
titicorser
 
Chapter 12 nervous system suffixes
Chapter 12 nervous system suffixesChapter 12 nervous system suffixes
Chapter 12 nervous system suffixes
Truman College
 

Destaque (20)

Els Ponts
Els PontsEls Ponts
Els Ponts
 
NAS1830
NAS1830NAS1830
NAS1830
 
Toimintasuunnitelma 2011 taustoja
Toimintasuunnitelma 2011 taustojaToimintasuunnitelma 2011 taustoja
Toimintasuunnitelma 2011 taustoja
 
Strommix
StrommixStrommix
Strommix
 
Jager pics prez
Jager pics prezJager pics prez
Jager pics prez
 
What Does Qe 2 Mean Updated November 10
What Does Qe 2 Mean Updated November 10What Does Qe 2 Mean Updated November 10
What Does Qe 2 Mean Updated November 10
 
Miguel Marijuan Juan L M5
Miguel Marijuan Juan L M5Miguel Marijuan Juan L M5
Miguel Marijuan Juan L M5
 
Retos y Oportunidades de la Educación Superior Virtual
Retos y Oportunidades de la Educación Superior VirtualRetos y Oportunidades de la Educación Superior Virtual
Retos y Oportunidades de la Educación Superior Virtual
 
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
Security for SharePoint in an Insecure World - SharePoint Connections Amsterd...
 
Flora Fountain
Flora FountainFlora Fountain
Flora Fountain
 
Jasmine 3jours
Jasmine 3joursJasmine 3jours
Jasmine 3jours
 
Using the Crowd to Understand and Adapt User Interfaces
Using the Crowd to Understand and Adapt User InterfacesUsing the Crowd to Understand and Adapt User Interfaces
Using the Crowd to Understand and Adapt User Interfaces
 
APARECIDA SACE
APARECIDA SACEAPARECIDA SACE
APARECIDA SACE
 
кто я(история)
кто я(история)кто я(история)
кто я(история)
 
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
La Calima (Trabajo Cuento Power Point)
 
L+D ROI
L+D ROIL+D ROI
L+D ROI
 
May is National Skin Cancer Awareness Month
May is National Skin Cancer Awareness MonthMay is National Skin Cancer Awareness Month
May is National Skin Cancer Awareness Month
 
Chapter 12 nervous system suffixes
Chapter 12 nervous system suffixesChapter 12 nervous system suffixes
Chapter 12 nervous system suffixes
 
Intracom 2007
Intracom 2007Intracom 2007
Intracom 2007
 
Seminar deck
Seminar deckSeminar deck
Seminar deck
 

Semelhante a Apresentação1r

O comportamentalismo
O comportamentalismoO comportamentalismo
O comportamentalismo
Laizi Santos
 
Do contrato social jean jacques rousseau
Do contrato social   jean jacques rousseauDo contrato social   jean jacques rousseau
Do contrato social jean jacques rousseau
AndreRodrigues89
 
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdfAula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
rosemendes2001hotmai
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídica
Nelson Sena
 
O que há de errado com a idolatria
O que há de errado com a idolatriaO que há de errado com a idolatria
O que há de errado com a idolatria
Efraim Ben Tzion
 
Ciência política - John Lock
Ciência política - John LockCiência política - John Lock
Ciência política - John Lock
unisocionautas
 

Semelhante a Apresentação1r (20)

Rosseau
RosseauRosseau
Rosseau
 
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade -  nosso tempoFilosofia da razão à modernidade -  nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
 
O comportamentalismo
O comportamentalismoO comportamentalismo
O comportamentalismo
 
Do contrato social jean jacques rousseau
Do contrato social   jean jacques rousseauDo contrato social   jean jacques rousseau
Do contrato social jean jacques rousseau
 
Do contrato social jean jacques rousseau
Do contrato social   jean jacques rousseauDo contrato social   jean jacques rousseau
Do contrato social jean jacques rousseau
 
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdfAula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
Aula 2_Feminismos_História e Conceito de Genero.pdf
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídica
 
Anarquismo
AnarquismoAnarquismo
Anarquismo
 
O que há de errado com a idolatria
O que há de errado com a idolatriaO que há de errado com a idolatria
O que há de errado com a idolatria
 
[EXCERTO] Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os ...
[EXCERTO] Discurso sobre a origem e os fundamentos  da desigualdade entre os ...[EXCERTO] Discurso sobre a origem e os fundamentos  da desigualdade entre os ...
[EXCERTO] Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os ...
 
As origens magicas_do_poder
As origens magicas_do_poderAs origens magicas_do_poder
As origens magicas_do_poder
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Slide do seminário de filosofia
Slide do seminário de filosofiaSlide do seminário de filosofia
Slide do seminário de filosofia
 
Egi
EgiEgi
Egi
 
O olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroO olhar sobre o outro
O olhar sobre o outro
 
Caderno diário a filosofia das luzes 1314
Caderno diário a filosofia das luzes 1314Caderno diário a filosofia das luzes 1314
Caderno diário a filosofia das luzes 1314
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
Advento da liberdade
Advento da liberdadeAdvento da liberdade
Advento da liberdade
 
Ciência política - John Lock
Ciência política - John LockCiência política - John Lock
Ciência política - John Lock
 

Apresentação1r

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO (PEDAGOGIA- Seminário I) Prof.Francirosy Campos Barbosa Ferreira
  • 2. “DISCURSO SOBRE A ORIGEM DA DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS” (PARTE II) JEAN-JACQUES ROUSSEAU
  • 3. ROUSSEAU: VIDA E OBRA (1712- 1778)  Nasceu em Genebra.  Além de ser escritor e filósofo, desenvolveu diversas atividades como a música.  Colaborou com o movimento Enciclopedista.  Sua presença foi dominante na Revolução Francesa.
  • 4. OBRAS  Discurso sobre as ciências e as artes ( o Primeiro Discurso- 1750);  O Adivinho da Aldeia (1753);  Discurso sobre a origem da desigualdade ( o Segundo Discurso- 1754);  A Nova Heloísa (1761);  O Contrato Social (1762);  Emílio (1762);  As Confissões (autobiografia), publicada após a morte do autor. Jean-Jacques Rousseau
  • 5. O ESTADO DE NATUREZA  “A fome e outros apetites, fazendo-o experimentar alternadamente diversas maneiras de existir, houve uma que o convidou a perpetuar sua espécie. Esse pender cego, desprovido de todo sentimento de coração, não produzia se não um ato puramente animal. Satisfeita a necessidade, os dois sexos não se reconheciam mais e o próprio filho nada mais representava para a mãe logo que podia viver sem ela.”
  • 6. PERCEPÇÕES DE SI MESMO E DOS OUTROS  “Vendo que todos se comportavam como teria feito ele próprio em circunstancias semelhantes, concluiu que sua maneira de pensar e de sentir era inteiramente conforme à sua. É essa importante verdade, bem estabelecida em seu espírito, o levou a seguir por um pressentimento tão seguro e mais rápido que a dialética, as melhores regras de conduta que , para sua vantagem e semelhança lhe convinha observar para com esse.”  “Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo o mais forte o mais destro ou o mais eloquente tornou-se o mais considerado e foi assim o primeiro passo para a desigualdade e ao mesmo tempo para o vicio. Dai nasceram a vaidade e o desprezo, a vergonha e a inveja.”
  • 7. CONSTITUIÇÃO DAS PRIMEIRAS SOCIEDADES  “[...] unia-se a eles em rebanho ou quando muito por uma espécie de associação livre que não obrigada ninguém e que só durava enquanto havia a necessidade passageira que havia formado.” Divisão sexual do trabalho  “O habito de viver coletivamente fez surgir os mais doces sentimentos conhecidos dos homens: o amor conjugal e o amor paternal.”  “As mulheres tornaram-se mais sedentárias e se acostumaram a guardar a cabana e os filhos enquanto o homem ia procurar a subsistência comum.”
  • 8. PROPRIEDADE  “Desde o instante que um homem teve a necessidade de socorro e ajuda de outro e desde que perceberam que era útil e vantajoso a um só ter provisões para dois a igualdade desapareceu, a propriedade se introduziu, o trabalho tornou-se necessário.”
  • 9. AGRICULTURA E METALURGIA  “Foram as duas artes cuja a invenção produziu essa grande revolução (necessidade do trabalho e transformação do meio).”  “O ferro e o trigo que civilizaram o homem e perderam o gênero humano.” Divisão social do trabalho  “A invenção das outras artes foi, pois, necessária para forçar o genro humano a se aplicar àquela da agricultura. Desde que eram necessários homens ara fundir e forjar o ferro, eram necessários outros para nutrir os primeiros. Quanto mais se multiplicavam o numero de operários, tanto menos eram as mãos encarregadas de prover à subsistência comum, sem que houvesse menos bocas para consumir.”
  • 10. CONFLITO SOCIAL  “A sociedade nascente foi praça do mais horrível estado de guerra. O gênero humano, aviltado e desolado, não podendo mais voltar atrás, nem renunciar às infelizes aquisições já obtidas e não trabalhando senão para as vergonha pelo abuso das faculdades que o dignificaram, colocou-se assim mesmo na véspera de sua ruína.”
  • 11. FORMAÇÃO DO ESTADO  “Disse-lhes: vamos unir-nos para livrar da opressão os fracos conter os ambiciosos e assegurar cada um a posse daquilo que lhe pertence. Vamos instituir regras de justiça e de paz, as quais todos sejam obrigados a se conformar, que não façam acepção de pessoas e que de certo modo reparem os caprichos da fortuna, submetendo igualmente o poderoso e o fraco a deveres mútuos. Numa palavra, em vez de voltar nossas forças contra nos mesmos, vamos reuni-las num poder supremo que nos governe segundo leis sabias...”
  • 12. CRÍTICA AOS SISTEMAS DE GOVERNO  “Um homem era eminente em poder, em virtude, em riqueza ou em credito; só ele foi eleito magistrado e o estado se tornou monárquico.”  “Se muitos mais ou menos iguais entre si, superavam todos os outros, foram eleitos conjuntamente e surgiu uma aristocracia.”  “Aqueles cuja fortuna ou talentos eram menos desproporcionados e que menos se tinham afastado do estado de natureza, guardaram em comum a administração suprema e formaram uma democracia.”
  • 13. O PROGRESSO DA DESIGUALDADE SE DESENVOLVEU EM TRÊS ETAPAS: 1-Estabelecimento da lei e do direito de propriedade onde a condição de rico e de pobre foi autorizada. 2-Instituição da magistratura onde a condição de poderoso e fraco se estabeleceu. 3-Mudança do poder legitimo em poder arbitrário.
  • 14. DESIGUALDADES  “[...] é a esse ardor de ouvir falar de si, a esse furor de se distinguir que nos mantém quase sempre fora de nos mesmos, que devemos o que há de melhor e pior entre os homens, nossas virtudes e nossos vícios, nossas ciências e nossos erros, nossos conquistadores e nossos filósofos, isto é, uma multidão de más coisas sobre um pequeno numero de boas.”  “Só estimam as coisas de que gozam na medida em que os outros delas são privados porque, sem mudar de condição, cessariam de ser felizes se o povo cessasse de ser miserável.”  “[...] é aqui que tudo conduz à única lei do mais forte e, por conseguinte a um novo estado de natureza diferente daquele pelo qual começamos, sendo que um era o estado de natureza em sua pureza e este ultimo é o fruto de um excesso de corrupção.”
  • 15. CONCLUSÃO  “Visão evolutiva do homem e da sociedade humana.”  “Sua análise parte da materialidade.”  “Suaargumentação se dá a partir de sua própria reflexão/dedução.”  “Amor de si x Amor próprio.”
  • 16. BIBLIOGRAFIA ROUSSEAU, Jean Jacques. Origem da Desigualdade entre os Homens. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal - N 7. São Paulo: Escala, 2007. DENT, N. J. H. Dicionário Rousseau. Coleção Dicionários de Filósofos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.