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M E N S A G E M D O D I R E T O R
Tal como os
casos de
sucesso de
Portugueses
focamos os
trabalhos e as
conquistas de
sucesso de
membros do
Clube
“EPAMAC Além
Fronteiras…”
Página 2P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
O livro “Portugal e Portugue-
ses na Europa – 10 casos de
sucesso” teve como ponto de
partida o objetivo de desen-
volver um trabalho de pesqui-
sa e apresentação do melhor
que Portugal tem e que, ao
longo dos últimos anos, tem
contribuído para o seu papel
preponderante na Europa. De
10 casos de sucesso passa-
mos a 10 personalidades, 3
factos e 5 empresas de suces-
so. O número dezoito surge
em honra a dezoito membros
do Clube Europeu “EPAMAC
além Fronteiras…” que se
destacaram como casos de
sucesso em atividades desen-
volvidas pela escola ao longo
do ano letivo de 2013/2014.
Assim, referimos os alunos/
jovens que:
 ganharam o 1.º lugar nas
Olimpíadas da CriAtividade
- Modalidade Resolução
CriAtiva de Assuntos Glo-
bais (casos) 2.ª divisão do
ensino secundário,
(Adriano Rodrigues Rocha
da Silva, Diana Filipa Perei-
ra da Silva, Inês Maximiana
Sampaio Areias e Marta
Azevedo Luz Aguiar);
 tiveram um desempenho
de destaque no Parlamento
Jovem Regional (Jorge Dio-
go Soares Ferreira Pinto de
Jesus e Emanuel Joaquim
Madureira Teixeira);
 participaram com grandes
elogios na Assembleia Mu-
nicipal de Jovens do Marco
de Canaveses (João Paulo
Teixeira Soares, Jorge Dio-
go Soares Ferreira Pinto de
Jesus, Emanuel Joaquim
Madureira Teixeira, Ângela
Cristina do Vale Ribeiro,
Hugo Daniel Sousa Santos,
Daniel António Pinto de
Sousa e Diana Filipa Perei-
ra da Silva);
 formaram duas equipas
para concorrer no
“Empreend + Ideias” – do
Projeto CAERUS, ficando
ambas as equipas classifi-
cadas em 1.º lugar do con-
curso (Diana Filipa Pereira
da Silva, Florbela Beatriz
Vaz Couto Inês Maximiana
Sampaio Areias e Ana Luísa
Belchior Monteiro em uma
equipa; e João Paulo Teixei-
ra Soares, Jorge Diogo Soa-
res Ferreira Pinto de Jesus,
Emanuel Joaquim Madurei-
ra Teixeira, Ângela Cristina
do Vale Ribeiro, Hugo Dani-
el Sousa Santos e Daniel
António Pinto de Sousa na
outra equipa – equipa esta
que concorreu igualmente
no Concurso “+bin Marco
de Canaveses” e foram
novamente vencedores);
 apoiando a sua turma,
participaram mais ativa-
mente como “artistas” no
Concurso de Pos-
tais eTwinning: da Criativi-
dade à Inovação (António
Gabriel Dias de Sousa e
Flávia Filipa Garcês Teixeira
por uma turma, bem como,
o João Paulo Teixeira Soa-
res e a Helena Manuela de
Sousa Caetano de outra
turma);
 foram destacados com mais
votos no projeto eTwinning
“The Beauty of my Region/
European Contrasts – Pho-
tographic Contest” (Adriano
Rodrigues Rocha da Silva e
Sílvia Raquel Cardoso Lo-
pes);
 ajudaram com a criação de
uma peça teatral e no aco-
lhimento das crianças em
visita à escola para toma-
rem consciência da exposi-
ção sobre o contributo de
Portugal para a preservação
do ambiente e a sustentabi-
lidade do planeta, que pas-
sa essencialmente pelos
nossos atos (Ana Luísa Bel-
chior Monteiro, Diana Filipa
Pereira da Silva, Florbela
Beatriz Vaz Couto, Mariana
Sofia Campo Couto Reis e
Rita Chaves Pereira).
Esperando que continuem a
plantar sementes para o futu-
ro, formalizamos assim o nos-
so reconhecimento aos alunos:
Adriano Rodrigues R. Silva
Ana Luísa Belchior Monteiro
Ângela Cristina V. Ribeiro
António Gabriel Dias Sousa
Daniel António Pinto Sousa
Diana Filipa Pereira da Silva
Emanuel J. M. Teixeira
Flávia Filipa Garcês Teixeira
Florbela Beatriz Vaz Couto
Helena Manuela S. Caetano
Hugo Daniel Sousa Santos
Inês Maximiana S. Areias
João Paulo Teixeira Soares
Jorge Diogo S. F. P. Jesus
Mariana Sofia C. C. Reis
Marta Azevedo Luz Aguiar
Rita Chaves Pereira
Sílvia Raquel C. Lopes
Por último, mas não em menor
grau, o Clube “EPAMAC Além
Fronteiras…” estende o seu
agradecimento à professora
Ana Mónica Dias pelo apoio
dado ao Clube na pesquisa e
formalização dos textos, aos
alunos e professores do Clube
Europeu do Agrupamento de
Escolas de Vilela que cederam
a imagem para a capa e à
professora Verónica Dias, que
mesmo não sendo docente da
EPAMAC, amavelmente se
ofereceu para elaborar o de-
sign da capa desta publica-
ção.
Pelos alunos do Clube,
Ana Paula Silva
Coordenadora do Clube
N O T A I N T R O D U T Ó R I A
O projeto que o Clube Europeu da EPAMAC construiu e concretizou no ano letivo 2013-2014
teve como tema "EPAMAC além-fronteiras" e constituíu-se como um desafio que conduzisse
os alunos a compreender até que ponto, nas relações entre Portugal e a Europa, será possí-
vel ao nosso país, com a sua cultura cheia, ela própria, de multiculturalidade e de diversida-
de "plantar sementes para o futuro".
Através da análise da biografia de dez portugueses, bem como do estudo da atividade de
cinco empresas e, ainda, da análise do papel do nosso país em três factos diplomaticos con-
temporâneos, percorreram os alunos um caminho que é aquele que Portugal e os portugue-
ses têm sabido trilhar no mundo, semeando, talvez, mais respeito pela diversidade e pela
diferença.
Esperamos que este seja um primeiro projeto que crie uma forte dinâmica que se coloque, cada vez
mais, a EPAMAC além fronteiras!
João Miguel Gonçalves
N O T A I N T R O D U T Ó R I A
Página 31 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
Leila Marques
Nadadora de alta competi-
ção e médica
Gonçalo Ribeiro Telles
Arquiteto paisagista
Médica e nadadora de alta
competição, tem 33 anos e já
conquistou inúmeras medalhas
de ouro, prata e bronze, para
além dos recordes nacionais e
mundiais. Participou, também,
nos jogos paralímpicos de
Atlanta, Sydney e de Pequim.
Apesar da sua deficiência con-
génita no braço direito, a atleta
concilia as 5 horas de treino
diário, na piscina de Loures,
com a sua profissão de médica,
que desenvolve na Maternidade
Alfredo da Costa.
Acorda todos os dias às 6 horas
da manhã para duas horas de
treino na piscina, após o treino
desloca-se para o hospital e ao
final da tarde regressa aos trei-
nos. Esta atleta nunca se sentiu
limitada pela sua deficiência, o
que a levou com apenas 11
anos a mergulhar na natação
profissional, transformando-se
numa referência internacional
no desporto para deficientes.
publicamente contra as políticas
de urbanização vigentes. Em
1969 concorreu à Assembleia
Nacional dentro das listas pró-
Socialistas da Comissão Eleito-
ral de Unidade Democrática
(CEUD) liderada por Mário Soa-
res, não sendo, tal como os
restantes membros das listas da
oposição, eleito. Em 1971 aju-
dou a fundar o movimento Con-
vergência Monárquica.
Após o 25 de Abril fundou o
Partido Popular Monárquico, a
cujo Directório presidiu. Foi Sub-
secretário de Estado do Ambien-
te nos I, II e III Governos Provisó-
rios, e Secretário de Estado da
mesma pasta, no I Governo
Constitucional. Em 1979 inte-
grou a Aliança Democrática,
liderada por Francisco Sá Car-
neiro. Deputado à Assembleia
da República, eleito em 1980,
1983, 1985, integrou o VIII Go-
verno Constitucional, como Mi-
nistro de Estado e da Qualidade
de Vida. Durante esse período
Nascido a 25 de maio de 1922
em Lisboa. Arquiteto paisagista,
pai da ecologia em Portugal.
Figura notável no âmbito das
questões sobre o ordenamento
do território e do uso da terra
em Portugal. Licenciou-se em
Engenharia Agrónoma e termi-
nou o curso livre de Arquitetura
Paisagista, no Instituto Superior
de Agronomia. Foi professor
catedrático na Universidade de
Évora, sendo o mentor das
licenciaturas em Arquitetura
Paisagista e Engenharia Biofísi-
ca.
Com Francisco Sousa Tavares
fundou, em 1957, o Movimento
dos Monárquicos Independen-
tes, a que se seguiria o Movi-
mento dos Monárquicos Popu-
lares, assumindo-se claramente
contra o salazarismo. Em 1958
manifestou o seu apoio à candi-
datura presidencial de Humber-
to Delgado. Em 1967, aquando
das cheias de Lisboa, impôs-se
criou as zonas protegidas da
Reserva Agrícola Nacional, da
Reserva Ecológica Nacional e
lançou as bases do Plano Dire-
tor Municipal. Em 1984 fundou
o Movimento Alfacinha, com o
qual se apresentou candidato à
Câmara Municipal de Lisboa,
tendo sido eleito vereador. Pos-
teriormente fundou o Movimen-
to o Partido da Terra, de que é
presidente honorário, desde
2007.
Em Abril de 2013 foi distinguido
com o Nobel da Arquitetura Pai-
sagista, o Prémio Sir Geoffrey
Jellicoe, pela federação interna-
cional do setor. O prémio, segun-
do a Associação Portuguesa dos
Arquitetos Paisagistas (APAP),
"representa a maior honra que a
Federação Internacional dos
Arquitetos Paisagistas (IFLA)
pode conceder e reconhece um
arquiteto paisagista, cuja obra e
contribuições ao longo da vida
tenham tido um impacto incom-
parável e duradoiro no bem-
P E R S O N A L I D A D E S : L E L I A M A R Q U E S
G O N Ç A L O R I B E I R O T E L L E S
L U Í S M A N U E L C A P O U L A S S A N T O S
Desde 2004 que é Deputado do
Parlamento Europeu, tendo sido
membro efetivo da Comissão
Parlamentar da Agricultura e da
Comissão Parlamentar das Pes-
cas. Atualmente é membro da
Comissão da Agricultura e Vice-
Presidente da Assembleia Parla-
mentar Euro-Latina-Americana.
Atualmente é, também, membro
da Delegação à Comissão Parla-
mentar Mista UE-México e da
Comissão da Agricultura e do
Desenvolvimento Rural.
Foi distinguido em 2012 com
o prémio de melhor deputado
ao Parlamento Europeu de
2012 na área da agricultura e
desenvolvimento rural, numa
iniciativa da revista de atuali-
dade política "The Parlia-
ment", denominada “MEP
awards”.
Nascido a 22 de agosto de
1951 em Montemor-o-novo.
Eurodeputado do partido socia-
lista, licenciado em sociologia, é
nos domínios das políticas agrí-
colas que é reconhecido. Foi
deputado da Assembleia da
República, Secretário de Estado
da Agricultura e do Desenvolvi-
mento Rural e das Pescas, nos
XIII e XIV Governos Constitucio-
nais.Luís Manuel Capoulas Santos
Deputado Europeu — Políticas
Agrícolas
estar da sociedade e do ambi-
ente e na promoção da profis-
são de Arquitetura Paisagista".
Da sua vida profissional, o
arquiteto paisagista destaca o
estabelecimento em 1983 das
reservas agrícola e ecológica
nacionais, “figuras de planea-
mento que deviam estar incluí-
das com mais sapiência no
ordenamento do território” e
“a defesa de uma agricultura
em função do território e da
instalação das pessoas”.
Já nos anos 80, o arquiteto,
chamou a atenção, para o
atual fenómeno, das hortas
urbanas.
Político português, Pedro Lynce
Faria nasceu em 1943, em Lis-
boa.
Na sua juventude dividiu-se
entre os estudos e o desporto,
como praticante de râguebi.
Nesta modalidade foi campeão
universitário, capitão da seleção
portuguesa e selecionador naci-
onal. Entretanto, licenciou-se em
Engenharia Agronómica e, pos-
teriormente, doutorou-se em
Ciências Agronómicas - Nutrição
e Fertilidade, no Instituto Superi-
or de Agronomia. Neste estabe-
lecimento de ensino acabou por
chegar a professor catedrático
na secção de Agricultura, no
Departamento de Produção
Agrícola e Animal. Foi, também,
presidente do Conselho Científi-
co. Paralelamente, tornou-se
membro dos conselhos científi-
cos das escolas superiores agrá-
rias de Beja e Elvas.
Pedro Lynce integrou pela primei-
ra vez um elenco governativo em
1987, num governo do Partido
Social Democrata (PSD) liderado
por Aníbal Cavaco Silva, mas
antes já tinha sido Diretor-Geral
do Ensino Superior. Desempe-
nhou as funções de Secretário
de Estado do Ensino Superior,
situação que se manteve outra
vez entre 1991 e 1995.
Depois de abandonar a governa-
ção, coordenou a disciplina de
Agricultura Geral das licenciatu-
ras em Engenharia Agronómica,
Engenharia Florestal, Engenharia
Agroindustrial e Arquitetura Pai-
sagista do Instituto Superior
Agrónomo. Em paralelo, realizou
conferências e trabalhos no âm-
bito dos Sistemas de Agricultura
numa perspetiva sustentável.
Para além da atividade pedagógi-
ca, Lynce foi convidado pelos
governos dos Estados Unidos da
América e de Israel para visitar
projetos financiados por organi-
zações internacionais, no âmbi-
to das ciências agrárias. Foi
também consultor de diversas
organizações a atuar em Angola
em projetos de investigação e
desenvolvimento. Em 2001,
Pedro Lynce chefiou a delega-
ção portuguesa que participou
nas Universidades de Pequim,
na China.
Em abril de 2002 regressou à
governação, por convite do soci-
al-democrata Durão Barroso,
quando este formou o XV Gover-
no Constitucional.
Atualmente dedica-se a ativida-
des académicas no Instituto
Superior de Agronomia da Uni-
versidade Técnica de Lisboa.
P E D R O L Y N C E F A R I A
S Ó N I A M A T I A S
pria tradição portuguesa, que
tentava excluir desta profissão as
mulheres, encabeça carteis, en-
che praças e enfrenta os touros
com a garra de quem sempre
soube o que quis.
Em 1999 tomou a alternativa de
cavaleira profissional. Foi a pri-
meira mulher a "quebrar a tradi-
ção" ao tornar-se toureira. Hoje,
Sónia Matias, tem um percurso
invejável no mundo da tauroma-
quia. Ao longo da sua vida foram
muitos os que ajudaram a ga-
nhar o nome que tem. Hoje, con-
tinua com o apoio da família. Um
apoio fundamental para que
brilhe de cada vez que entra na
arena para enfrentar o touro.
Quando decidiu ser cavaleira
tauromáquica Sónia Matias teve
de enfrentar muita resistência,
mas agora garante que é respei-
tada. Apesar de estar em um
mundo de homens, não perdeu
a vaidade e faz questão de ser
feminina até no traje com que
toureia. Em 2010 foi homenage-
ada pelos seus 10 anos de Alter-
nativa. Já venceu vários prémios
e trofeus de lide a cavalo.
Já fez muitas corridas na Fran-
ça, em Espanha e nos Estados
Unidos mas ainda falta-lhe a
América Latina. O seu maior
sonho é tourear no México e
gostava de se retirar em glória.
Sónia Matias, de 32 anos, for-
mou-se em Gestão do Ambiente
e foi a primeira mulher a tomar
alternativa em Portugal. Apaixo-
nou-se pela festa brava graças
ao pai, que é um aficionado e a
levava todas as quintas--feiras à
tourada. Determinada a tornar-
se cavaleira tauromáquica des-
de os 13 anos, fez um percurso
da menina da cidade que so-
nhou montar o cavalo, desafiar
o touro, e ganhar troféus num
desporto que foi só para ho-
mens. Desbravou caminho num
mundo dominado por homens e,
hoje, conquistou o seu lugar,
apesar de não ter na família
ninguém relacionado com esta
arte. Assim, lutou contra a pró-
“Realizou
trabalhos no
âmbito dos
Sistemas de
Agricultura
numa
perspetiva
sustentável”
Página 4P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
Sónia Matias
Cavaleira Tauromáquica
Pedro Lynce Faria
Agricultura Sustentável
Político português nascido a
23 de março de 1956, em
Lisboa. Licenciado em Direi-
to pela Universidade de
Lisboa, realizou uma pós-
graduação em Ciência Políti-
ca na Universidade de Gene-
bra. De um passado político
de extrema esquerda, evolu-
iu para a direita liderada por
Aníbal Cavaco Silva, sendo
eleito deputado à Assem-
bleia da República por diver-
sas vezes. Entre 1985 e
1987 foi secretário de Esta-
do adjunto do ministro da
Administração Interna e
entre 1987 e 1992 ocupou
o cargo de secretário de
Estado dos Negócios Estran-
geiros e Cooperação. Foi
ministro dos Negócios Es-
trangeiros de 1992 a 1995,
obtendo especial destaque
como mediador do processo
de paz de Angola. No Parti-
do Social Democrata (PSD),
tem ocupado vários cargos
de responsabilidade: mem-
bro do Conselho Nacional,
presidente da Comissão de
Relações Internacionais do
PSD e presidente da Comis-
são de Negócios Estrangei-
ros da Assembleia da Repú-
blica. No primeiro semestre
de 1999, substituiu Marcelo
Rebelo de Sousa na lideran-
ça do partido. Tornou-se
professor convidado na
Universidade de George-
town, de Washington. O PSD
venceu as eleições legislati-
vas de 17 de março de
2002, e Durão Barroso co-
mo líder do partido ocupou o
cargo de primeiro-ministro.
Em fevereiro de 2003, foi o
anfitrião de uma importante
cimeira internacional
realizada nos Açores,
destinada a discutir a
crise no Iraque, que
contou com as parti-
cipações de George
W. Bush, Tony Blair e
José María Aznar.
Após as eleições para
o Parlamento Euro-
peu, realizadas em maio de
2004, Durão Barroso foi
convidado, em junho do
mesmo ano, para ocupar o
cargo de Presidente da Co-
missão Europeia, em substi-
tuição de Romano Prodi. Foi
eleito para o cargo a 22 de
julho de 2004.
Foi reeleito pelo Parlamento
Europeu para um segundo
mandato como Presidente
da Comissão Europeia em
setembro de 2009. Em Ju-
nho de 2009 foi novamente
nomeado, por unanimidade,
pelo Conselho Europeu para
um segundo mandato como
Presidente da Comissão
Europeia, tenso sido eleito
pelo Parlamento Europeu
em setembro do mesmo ano
com maioria absoluta.
Recebeu vários títulos hono-
ris causa concedidos, nome-
adamente, pela Universida-
de de Georgetown, Washing-
ton, D.C. (2006), pela Uni-
versidade de Génova, Itália
(2006), pela Universidade
de Kobe (2006), pela Uni-
versidade de Edimburgo
(2006), pela Universidade
Sapienza de Roma (2007),
pela Universidade de Varsó-
via (2007), pela Pontifícia
Universidade Católica de S.
Paulo (2008), pela Universi-
dade de Nice Sophia Antipo-
lis (2008), pela Universida-
de de Chemnitz (2009), pela
Universidade de Genebra
(2010), pela Universidade
de Ghent (2011), pela Uni-
versidade Técnica de Lisboa
(2011), pela Universidade
de Haifa (2012), pela Uni-
versidade Nacional da Mon-
gólia (2013).
Foi nomeado Global Leader
for Tomorrow pelo World
Economic Forum, em 1993.
Em 2006, foi considerado
"Europeu do ano" pelo jornal
European Voice. Recebeu a
medalha de ouro da cidade
de Lamego em 2007 e a
chave de honra da cidade
de Lisboa em maio do ano
seguinte. É autor de várias
publicações sobre ciência
política, relações internacio-
nais e a União Europeia.
J O S É M A N U E L D U R Ã O B A R R O S O
Página 51 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
José Manuel Durão Barroso
É uma das mais importantes
sopranos a nível mundial e a
maior e internacionalmente
mais conhecida cantora de
ópera portuguesa. Já cantou
ao lado de Plácido Domingo,
José Carreras e de outros
nomes sonantes do canto
lírico. Possui uma voz grande
que já a levou a atuar nos
principais teatros mundiais.
Terminou os estudos de canto
em Madrid, a cidade onde
reside desde os finais da dé-
cada de 1980.
Elisabete Matos nasceu em
Caldas das Taipas, Guima-
rães, e começou os seus pri-
meiros estudos musicais, no
Conservatório de Música Ca-
louste Gulbenkian de Braga,
onde estudou violino, e canto.
Ganhou uma bolsa da Funda-
ção Calouste Gulbenkian, que
permitiu terminar os seus
estudos em Madrid, Espanha.
Um segundo lugar num Con-
curso Europeu de Canto foi o
início da sua carreira interna-
cional, foi lançada pelos pa-
péis de “Donna Elvira” em
Don Giovanni de Mozart e
“Alice Ford” da ópera Falstaff
de Verdi, no Hamburgo Opera.
Em 1997, fez uma estreia
triunfal em Madrid na reaber-
tura do Real Teatro de Ópera
de Madrid, interpretando o
papel principal de “Marigaila”
na estreia mundial de
“Divinas Palabras”, ao lado de
Plácido Domingo que a convi-
dou de imediato para cantar
com ele Massenet Le Cid
(Chimene) e na Washington
Opera House, estreou o papel
de “Dolly”, numa produção de
“Sly”, com José Carreras como
protagonista.
Depois destes sucessos, Elisa-
bete Matos tem cantado em
muitas grandes óperas de
todo o mundo, como o Gran
Teatre del Liceu, em Barcelo-
na, La Fenice, Teatro Nacional
de São Carlos (Lisboa), Teatro
Real, La Scala, Maestranza de
Sevilla, Teatro Regio di Torino,
Teatro di San Carlo
(Nápoles), Alla Scala de Mi-
lão, a Arena de Verona e as
Óperas de Nice, Reno, Toulon
e Roma. Ela marcou presen-
ça no Festival Macerata e os
Merida Festival, no Japão,
Washington, Chicago e toda
a Espanha, bem com atuou
no Festival de Salzaburgo.
Em 2001, participou nas co-
memorações do centenário da
morte de Giuseppe Verdi,
cantando com Plácido Domin-
go e José Carreras em Roma.
Em Dezembro de 2010, Elisa-
bete Matos estreou-se no
Metropolitan de Nova Iorque,
interpretando o papel princi-
pal da ópera de Puccini, “La
Fanciulla del West”, foi um
enorme sucesso, tendo o se-
gundo ato sido interrompido
pelos enormes aplausos. Ter-
minou com toda a plateia
aplaudindo de pé por mais de
cinco minutos. Em 2013, ao
celebrar os seus 25 anos de
carreira Elisabete estreou-se
Regressada a Portugal foi
investigadora principal no
Instituto Gulbenkian da Ciên-
cia. Desde 2005 é investiga-
dora principal do Instituto de
Medicina Molecular, onde
dirige a investigação da malá-
ria, e professora da Faculdade
de Medicina da Universidade
de Lisboa e da Harvard School
of Public Health.
Maria Mota conduz uma in-
vestigação inédita sobre o
parasita da Malária. Já fez
uma descoberta de relevo que
lhe valeu vários prémios des-
tacando-se o European Young
Investigator Award da Europe-
an Science Foundation em
2004 com mais de 200 mil
contos para continuar a sua
Nascida em 1971, na Madale-
na (Vila Nova de Gaia), Maria
Manuel Mota, licenciou-se na
Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto, tendo
feito depois o mestrado em
Imunologia.
Ao longo da sua carreira, a
bióloga e investigadora inte-
ressou-se por parasitologia,
sobretudo pela patologia da
malária, tendo concluído a
sua tese de doutoramento em
Parasitologia Molecular, na
University College of London,
em 1998, e o pós-
doutoramento na New York
University Medical Center, em
2001. Maria Manuel Mota foi
também docente na New York
University Center.
investigação.
Trabalha atualmente no Insti-
tuto de Medicina Molecular.
Foi distinguida com o Prémio
Pessoa 2013. Além destes
prémios a Maria Manuel Mota
foi igualmente premiada com
o EMBO Young Investigator
Award em 2003, o Internatio-
nal Research Scholar do
Howard Hughes Medical Insti-
tute, em 2005, nomeada Ofi-
cial da Ordem do Infante D.
Henrique pelo Presidente da
República Portuguesa em
2005, o AMI Prémio de Saúde
da Fundação AMI igualmente
em 2005, o prémio CESPU da
Fundação CESPU em 2007, o
Seeds of Science da Ciência
Hoje em 2007, a Mulher Acti-
E L I S A B E T E M A T O S
M A R I A M O T A
Página 6P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
Maria Mota
Bióloga e Investigadora
Elisabete Matos
Soprano
va 2008 da Revista Activa 2008 e
o prémio Mello da Fundação Mello
igualmente em 2008.
Em 2014 o trabalho do grupo
liderado por Maria Mota recebeu
um financiamento significativo da
Fundação Bill & Melinda Gates.
Está na elite das elites dos cientis-
tas mundiais.
na Wiener Staatsoper em Vienna
e na Los Angeles Opera, atuou
igualmente em Lisboa, Nova
Iorque, Toulouse, Nápoles e Pal-
ma de Maiorca.
Foi nomeada Oficial da Ordem do
Infante D. Henrique pelo Presi-
dente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha
de Ouro por Mérito Artístico da
Cidade de Guimarães e foi agra-
ciada com o Prémio Femina
2013 por mérito nas artes musi-
cais e bel canto, em Guimarães.
Em 2000, o álbum La Dolores,
em que participou, recebeu o
Grammy Latino para Best Classi-
cal Album.
Nasceu em Lisboa, a 2 de outu-
bro de 1943. É um dos mais
respeitados Diretores de Foto-
grafia a nível mundial. Eduardo
Serra emigrou para França nos
anos 60 e aí construiu uma car-
reira impressionante. Nos últi-
mos anos teve oportunidade de
filmar com os nomes mais famo-
sos da sétima arte. Foi nomeado
duas vezes para os Óscares da
Academia de Hollywood na cate-
goria de Melhor Direção de Foto-
grafia. Hoje continua a viver em
Paris e dá-se ao luxo de escolher
todos os filmes que deseja fa-
zer. É o mais internacional e
conceituado dos diretores de
fotografia portugueses, há vá-
rias décadas que trabalha so-
bretudo fora de Portugal, entre
projetos de grandes estúdios e
produções independentes, entre
os Estados Unidos e a Europa.
Desde cedo interessado pelo
cinema, era fã de cineclubes,
especialmente ligado ao ABC
até 1963, altura em que emi-
grou para França devido à per-
seguição de que foi alvo pela
PIDE quando frequentava o Ins-
tituto Superior Técnico. Em Pa-
ris, licenciou-se primeiro em
cinema pela École Louis-
Lumière (1966) e depois em
Letras – História da Arte e Ar-
queologia – pela Universidade
de Paris – Sorbonne (1970).
Depois, entrou na Escola de
Vaugirard, uma escola técnica
que forma diretores de fotogra-
fia e engenheiros de som e, em
1974, trabalhou nas filmagens
de 1789, um épico de Ariane
Mnouchkine. Dois anos depois,
integrou a equipa do filme de
estreia como realizador de Jean-
Jacques Annaud, o drama de
guerra Noirs et Blancs en Coleur
(Pretos e Brancos a Cores). Em
1976, estreou-se finalmente
como diretor de fotografia na
curta-metragem Les Derniers
beaux jours e, quatro anos de-
pois, colaborou em À Vendre, de
Christian Drillaud, a sua primeira
longa-metragem.
Em 1983, participou na comé-
dia Debout les crabes, la mer
monte! e, no mesmo ano, traba-
lhou no seu primeiro filme portu-
guês: Sem Sombra de Pecado,
de José Fonseca e Costa, com
Victoria Abril e Armando Cortez
nos principais papéis. Em 1990,
voltaria a trabalhar com um
realizador português, desta vez
João Mário Grilo, no filme O
Processo do Rei e, em 1992,
participou em Le Zebre (Marido
Louco), de Jean Poiret. No ano
seguinte, trabalhou com Luís
Filipe Rocha em Amore Dedi-
nhos de Pé, com Joaquim de
Almeida.
Em 1996, colaborou com Mi-
chael Winterbottom em Jude e,
no ano seguinte, em The Wings
of the Dove (As Asas do Amor),
de Iain Softley, baseado no ro-
mance de Henry James. Aqui,
apresentou-se com uma exce-
lente cinematografia cujo traba-
lho valeu a Serra a sua primeira
nomeação para o Óscar de Me-
lhor Fotografia, ganhando o
BAFTA da mesma categoria.
Segiu-se What Dreams May
Come (Para Além do Horizonte,
1998), de Vincent Ward, adapta-
ção do romance de Richard
Matheson, com Robin Williams
no papel principal – um filme
visualmente belo, com imagens
que permanecem na retina do
espectador na sua quase totali-
dade, passada no mundo dos
mortos, em cenários irreais,
levados à tela por efeitos especi-
ais que não são meras execu-
ções técnicas, mas verdadeira
"arte".
Em 2000 colaborou com com M.
Night Shyamalan no seu thriller
de suspense Unbreakable (O
Protegido), com Bruce Willis no
papel de um segurança de um
estádio de futebol e Samuel L.
Jackson no papel de um homem
que nasceu com uma doença
rara.
Em 2002, foi a vez de O Delfim,
filme de Fernando Lopes, basea-
do no romance homónimo de
José Cardoso Pires, com Alexan-
dra Lencastre e Rogério Samora.
No ano seguinte, trabalhou em
Girl with a Pearl Earring
(Rapariga com Brinco de Péro-
la), de Peter Webber, um filme
que, baseado no romance de
Tracy Chevalier, passado no
século XVII, nos fala o pintor
Johannes Vermeer que se apai-
xona pela criada, transformando
-a na sua musa. Serra foi nome-
ado para o Óscar Melhor Foto-
grafia, para o BAFTA da mesma
categoria e venceu o prémio de
Melhor cinematografo Europeu
da Academia Europeia de Filme,
bem como, o prémio de Melhor
Fotografia no Festival de San
Sebastian.
Trabalhou depois com Kevin
Spacey no seu filme Beyond the
Sea (Bobby Darin – O Amor é
Eterno, 2004), sobre a vida do
cantor Bobby Darin. Outros fil-
mes que constam no seu currí-
culo são "Diamantes de san-
gue" (2006), Defiance (2008) e,
mais recentemente, os dois
últimos Harry Potter, nomeada-
mente, “Harry Potter and the
Deathly Hallows - Part 1 and
Part 2" (Harry Potter e os talis-
mãs da morte 1.ª e 2.ª parte).
Foi nomeado Oficial da Ordem
do Infante D. Henrique - comen-
dador pelo Presidente da Repú-
blica Portuguesa em 2004.
E D U A R D O S E R R A
“Nomeado duas
vezes para os
Óscares da
Academia de
Hollywood na
categoria de
Melhor Direção
de Fotografia”
Página 71 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
Eduardo Serra
Diretor de Fotografia
José Carvalho formado em
Gestão de Marketing, teve, em
2008, o sonho de criar uma
exploração de morangos, a
Hortivolátil. Deixou a metrópo-
le de Lisboa por Vila Nova de
Famalicão, abandonou o escri-
tório onde trabalhava e se
sentia fechado num mundo
que não era o seu e dedicou-se
à Agricultura, investindo no
cultivo de morangos em sus-
pensão. Hoje, com 32 anos,
vive a vida que quer, dedican-
do-se àquilo que realmente o
motiva, a produção de cerca
de 150 toneladas de moran-
gos por ano.
Diz ter sido um acaso, até por-
que a sua família nunca fez da
Agricultura um modo de vida,
mesmo assim, José arriscou e,
sem base de conhecimentos,
pôs mãos ao trabalho e reapro-
veitou os terrenos da família.
Através de fundos próprios e
comunitários, criou uma estufa
com um hectare e hoje em dia,
com a ajuda de mais dois cola-
boradores, produz morangos
em hidroponia suspensa, que
já lhe valeram o prémio de
“Projeto mais Inovador da Eu-
ropa” do Concurso de Jovens
Agricultores – promovido no
âmbito do 1º Congresso Euro-
peu de Jovens Agricultores em
2012.
O produtor de Vila Nova de
Famalicão tem no total 12
estufas dispersas por uma
área de um hectare e refere
que a produção em altura é
“três vezes mais” rentável do
que no solo. A plantação está
suspensa a 1,80 metros de
altura, que baixa para 60 centí-
metros na altura da colheita.
O método, ainda pouco difundi-
do, trata-se de um sistema de
produção no ar através de um
mecanismo oscilante, que
permite uma total ocu-
pação do espaço dis-
ponível. José Carvalho
produz 200 000 pés
de morango por hecta-
re, o que comparando
com o sistema tradicio-
nal de produção de
morango, onde apenas se con-
seguem cerca de 60 000 pés,
lhe permite um aumento bas-
tante significativo na produção
por m/2 além de significar
uma poupança “enorme” em
termos de consumo de água.
O grande objetivo deste jovem
agricultor é chegar a produzir
1500 toneladas por ano, sem-
pre com a humildade de estar
disponível para obtenção de
ajuda ou informação, uma vez
que acredita que “Quantos
mais formos, melhor, porque
talvez tenhamos capacidade
de produzir em maior escala e
começar a exportar”.
construção europeia, são
incluídas uma série de refe-
rências sobre os Parlamentos
nacionais, considerando que
estes contribuem ativamente
para o bom funcionamento da
União Europeia (artigo 12.º
TUE).
Acresce que o Tratado reforça
os poderes dos Parlamentos
nacionais no âmbito do pro-
cesso legislativo europeu,
consagrando a possibilidade
de os Parlamentos de cada
Estado-Membro, no caso por-
tuguês a Assembleia da Repú-
blica, poderem dirigir aos Pre-
sidentes do Parlamento Euro-
peu, do Conselho e da Comis-
são Europeia, a sua opinião
sobre uma determinada pro-
posta legislativa europeia.
Essa pronúncia pode ser feita,
por um lado, através de um
Entrou em vigor a 1 de dezem-
bro de 2009.
Foi assinado em Lisboa, a 13
de dezembro de 2007, no
culminar da terceira Presidên-
cia portuguesa da União Euro-
peia.
O Tratado de Lisboa é, na
verdade, composto pelos dois
principais Tratados da UE
revistos: o Tratado da União
Europeia e o Tratado que insti-
tui a Comunidade Europeia
(agora designado Tratado
sobre o Funcionamento da
UE), bem como por vários
protocolos e declarações, que
se encontram em anexo e
dele fazem parte integrante.
Entre as várias novidades que
o Tratado de Lisboa apresen-
ta, cumpre destacar que, pela
primeira vez na história da
parecer fundamentado, no
qual o Parlamento nacional
refira que a proposta regula
uma área que, sendo da com-
petência partilhada entre os
Estados-Membros e a UE,
seria melhor regulada por
cada Estado-Membro do que
por regras europeias – por
outras palavras, o Parlamento
nacional entende que a pro-
posta legislativa não observa
J O S É C A R V A L H O
F A C T O S : T R A T A D O D E L I S B O A
Página 8P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
José Carvalho
Agricultor
Este jovem português é mais
um dos exemplos contrastan-
tes da realidade do Portugal
dos nossos dias, alguém que
se negou a viver a conturbada
e precária vida da sociedade
contemporânea e optou por
“construir” o seu destino, fo-
cando-se na atividade portu-
guesa de excelência, ao longo
de muitos anos esquecida no
nosso país, a afamada Agricul-
tura.
o princípio da subsidiariedade.
E, por outro lado, os Parlamen-
tos nacionais podem pronunci-
ar-se através de pareceres em
que exprimam comentários
sobre aspetos substanciais
das propostas legislativas,
esta última pronúncia enqua-
dra-se no denominado diálogo
político com a Comissão Euro-
peia.
As relações diplomáticas entre
a UE e o Brasil iniciaram-se em
1960. Desde 2007, são par-
ceiros estratégicos. O Brasil é
o oitavo parceiro comercial da
UE e a sua principal origem de
produtos agrícolas importados
(dados de 2012). A UE consti-
tui o principal parceiro comer-
cial do Brasil e o seu principal
investidor direto estrangeiro. O
Brasil é também um dos princi-
pais investidores na Europa (o
quinto). A UE é o maior ator de
cooperação no Brasil, nomea-
damente na área académica,
na defesa da Amazónia, na
luta contra a exclusão social e
em iniciativas tecnológicas.
As relações UE-Brasil são regu-
ladas pelo Acordo-Quadro de
Cooperação (1992) e pelo
Acordo de Cooperação Científi-
ca e Tecnológica (2004). Regi-
onalmente, são enquadradas
pelas parcerias da UE com a
América Latina e com o Merco-
sul. A UE é o primeiro investi-
dor estrangeiro na América
Latina, a primeira entidade
financiadora da região e, tam-
bém, o primeiro parceiro co-
mercial de numerosos países,
nomeadamente os do Merco-
sul. Em 2007, teve lugar
a primeira Cimeira da UE com
o Brasil, durante a Presidência
portuguesa do Conselho da UE.
Em dezembro de 2008, em
outubro de 2009, em julho de
2010, em outubro de 2011,
em janeiro de 2013 e fevereiro
de 2014 decorreram, respeti-
vamente, a segunda,
a terceira, a quarta, a quinta,
a sexta e a sétima Cimeiras.
As relações da UE com o Brasil
são reguladas pelo Acordo-
Quadro de Cooperação entre a
Comunidade Económica Euro-
peia e a República Federativa
do Brasil - assinado em 29 de
junho de 1992 - e pelo Acordo
de Cooperação Científica e
Tecnológica entre a Comunida-
de Europeia e a República
Federativa do Brasil (2004).
As relações
entre a
União Euro-
peia e o
M e rc o s ul
fundamen-
tam-se no
t e x t o
do Acordo Quadro de Coopera-
ção Inter-regional assinado em
Madrid, a 15 de dezembro de
1995. Em vigor desde julho de
1999, o documento estabelece
as bases das negociações de
um futuro Acordo de Associa-
ção entre a UE e o Mercosul. O
Acordo tem como objetivo con-
duzir à liberalização do comér-
cio de bens e serviços, de acor-
do com as regras estabelecidas
pela Organização Mundial de
Comércio (OMC) e reforçar a
cooperação e o diálogo político
entre os dois blocos. Depois de
estarem suspensas durante
seis anos, as negociações fo-
ram relançadas, em maio de
2010.
Os países do Mercosul têm
beneficiado do Sistema de Pre-
ferências Generalizadas (SPG):
conjunto de regras da UE que
permite que os exportadores de
países em desenvolvimento
paguem direitos mais baixos
sobre a totalidade ou parte dos
produtos que vendem à UE. A
partir de 2014, entra em vigor a
reforma do SPG da UE. Argenti-
na, Brasil, Uruguai e Venezuela
- países de rendimento médio/
elevado, de acordo com o Ban-
co Mundial - passam a ser
parceiros não beneficiários
deste sistema.
Após uma ronda de negocia-
ções o presidente da Comissão
Europeia, José Manuel Durão
Barroso, voltou a defender que
a União Europeia e o Brasil
tenham um acordo de comércio
bilateral, o que depende de
uma assinatura com o Merco-
sul. "A mim, parece absurdo
que a União Europeia tenha
acordos de livre comércio com
praticamente o mundo inteiro e
não com o Brasil. O Brasil é o
ponto mais importante do Mer-
cosul", disse.
Durão Barroso afirmou que,
como o Brasil, a União Europeia
defendeu as negociações multi-
laterais da Rodada Doha, que,
segundo ele, não avançaram
porque alguns países, "não
estavam preparados". Apresar
da falha nas negociações entre
a União Europeia e o Mercosul,
deixando de fora a economia
Brasileira como mercado impor-
tante para a zona Euro, Portu-
gal tem estabelecido vários
acordos económicos com o
Brasil que, no futuro poderão
continuar a abrir as portas para
melhores situações de negocia-
ção entre a União Europeia e o
Mercosul. Alguns dos acordos
são o memorando de entendi-
mento que liberta o azeite por-
tuguês da obrigatoriedade de
controlo de qualidade à entrada
no mercado brasileiro
(assinado em 2012); o acordo
sobre cooperação económica e
industrial entre os dois países
que já foi assinado na década
do 1980; o acordo de Comércio
entre o Brasil e Portugal, assi-
nado em 1966 e que ainda não
foi denunciado por nenhuma
das partes.
Devido as estes acordos e as
boas relações mantidas as
trocas comerciais entre os dois
países é de dois mil milhões de
euros, com Portugal a desequili-
brar recentemente a balança a
seu favor. O que não se sucede
no investimento que é o campo
em que as relações económi-
cas entre os dois países se
deviam intensificar.
Até ao momento, Portugal in-
vestiu no Brasil 25 mil milhões
de euros, e o Brasil investiu em
N E G O C I A Ç Õ E S U E E O M E R C O S U L
“A UE é o primeiro
investidor estrangeiro
na América Latina, a
primeira entidade
financiadora da
região e, também, o
primeiro parceiro
comercial de
numerosos países do
Mercosul.”
“Portugal investiu no
Brasil 25 mil milhões
de euros, e o Brasil
investiu em Portugal
três mil milhões de
euros.”
Página 91 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
Portugal três mil milhões de
euros. O desajustamento tem
a ver com o facto de Portugal
concentrar a maior parte dos
seus investimentos nos paí-
ses da CPLP, enquanto o
Brasil os tem muito mais dis-
persos pelo mundo.
A falta de maior investimento
Brasileiro em Portugal é devi-
do à impossibilidade de Por-
tugal e Brasil terem acordos
bilaterais ao nível económico.
Os países não podem negoci-
ar sozinhos, têm de o fazer
com a UE e o Mercosul. Para
tal, tem de existir sucesso nas
negociações de livre comércio
entre a União Europeia (UE) e
o Mercosul. Nos últimos anos
a diplomacia Portuguesa tem-
se empenhado e desenvolvi-
do um papel fulcral na tentati-
va de conseguir o acordo.
A língua portuguesa pode ser
um instrumento estratégico
ao nível das relações externas
da União Europeia. De facto, é
a 3ª língua oficial da UE mais
falada no mundo e a diploma-
cia portuguesa tem aumenta-
do esforços para que a UE
rentabilize esta vantagem.
Portugal tem vários protoco-
los/acordos bilaterais de coo-
peração económica, empresa-
rial, da promoção e a proteção
recíproca de investimentos e
na área do turismo, hotelaria
e do comércio, bem como, da
indústria e energia com os
países PALOP.
A União Europeia estabelece
relações com os Estados ACP,
com a Ásia, com a América
Latina e as Caraíbas (ALC) e
com as organizações Merco-
sul, União Africana e Fórum
Regional ASEAN, entre outras.
Em particular, relaciona-se
com cada um dos países de
língua oficial portuguesa: An-
gola, Brasil, Cabo Verde, Gui-
né-Bissau, Moçambique, São
Tomé e Príncipe e Timor-
Leste. Em 2007, a Comissão
Europeia assinou memoran-
dos de entendimento com a
CPLP e com os Países Africa-
nos de Língua Oficial Portu-
guesa (PALOP) e Timor-Leste.
Ao longo da integração portu-
guesa na UE, tem sido valori-
zado e potenciado o papel
intermediário de Portugal
junto dos (PALOP), de Timor-
Leste e, mais recentemente,
do Brasil.
Em 2006, o relatório do Parla-
mento Europeu sobre um
novo quadro estratégico para
o multilinguismo considera
que, algumas línguas europei-
as se prestam particularmen-
te ao estabelecimento de uma
comunicação direta com ou-
tras regiões do mundo.
Em 2008, a Comissão Euro-
peia reconhece, numa Comu-
nicação, o contributo do multi-
linguismo para o diálogo inter-
cultural a nível das relações
externas da UE destacando o
potencial das línguas da UE
faladas nos países terceiros. A
língua portuguesa, como lín-
gua europeia de “dimensão
mundial”, surge, assim, como
uma oportunidade a potenciar
no âmbito da estratégia euro-
peia para o multilinguismo.
As relações da UE com os
Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa e Timor-
Leste inserem-se no âmbito
da Política Comunitária de
Cooperação para o Desenvol-
vimento. Têm como enquadra-
mento global as relações da
UE com o continente africano
(cf. Cimeiras UE-África) e co-
mo enquadramento regional
as relações da UE com os
Países de África, Caraíbas e
Pacífico (ACP). O programa
PIR-PALOP materializou as
relações da UE com os PALOP
- grupo regional específico dos
países ACP. Em 2007, os PA-
LOP e Timor-Leste assinaram
um Memorando de Entendi-
mento com a Comissão Euro-
peia.
A Política Comunitária de Coo-
peração para o Desenvolvi-
mento é complementar das
políticas de cooperação dos
Estados-Membros da UE.
Constitui um aspeto funda-
mental do relacionamento
externo da UE assentando
num conjunto de instrumen-
tos políticos, financeiros, eco-
nómicos e comerciais. A União
Europeia e os seus Estados-
Membros são os maiores doa-
dores mundiais de ajuda ao
desenvolvimento.
O objetivo fundamental da
política de desenvolvimento
da UE é a erradicação da po-
breza de uma forma sustentá-
vel. Os Objetivos de Desenvol-
vimento do Milénio (ODM)
assumem uma importância
crucial neste contexto.
A ação para o desenvolvimen-
to da UE, dos seus Estados-
Membros e países parceiros
assenta na vontade de promo-
ver os direitos humanos, de-
mocracia, Estado de direito e
boa governação, assim como
um crescimento inclusivo e
sustentável.
Durante a Presidência portu-
guesa do Conselho da EU, em
2007, teve lugar em Lisboa a
II Cimeira UE-África, nos dias 8
e 9 de dezembro de 2007,
tendo estado representados
os 80 países da parceria e os
responsáveis pelas institui-
ções regionais dos dois conti-
nentes.
A Cimeira procurou levar em
conta as profundas mudanças
que afetaram África (foi criada
a União Africana e o seu ins-
R E L A Ç Õ E S D A U E C O M A C P L P ( P A L O P / T I M O R - L E S T E )
Página 10P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
trumento económico, a NE-
PAD), a UE (cresceu em núme-
ro de membros e em esfera
de ação) e o Mundo, ao longo
de sete anos, lançando as
bases para uma parceria es-
tratégica no longo prazo.
Da Cimeira resultou a aprova-
ção dos documentos estrutu-
rantes da nova parceria UE-
África – a Estratégia conjunta
e o Plano de ação - e uma
discussão aberta em torno de
cinco temas fulcrais no relaci-
onamento mútuo: a paz e a
segurança; a democracia e os
direitos Humanos; o comércio,
as infraestruturas e o desen-
volvimento; as migrações e a
energia e as alterações climá-
ticas.
Ao nível do comércio
e integração regional, o docu-
mento refere o processo de
implementação dos Acordos
de Parceria Económica (APE) e
os esforços para uma maior
integração no sistema de co-
mércio mundial com o apoio
do FED (e outros instrumen-
tos) e dos Estados-Membros
da UE.
Estes acordos e relacionamen-
tos são conseguidos devido ao
papel preponderante da lín-
gua portuguesa, bem como,
dos esforços da diplomacia
portuguesa no sentido de
A Nutrally, é uma empresa
incubada na Universidade
Católica do Porto, por dois
microbiólogos, Silvino Henri-
ques e Filipa Rocha, que está
agora a dar os primeiros pas-
sos. O projeto amadureceu,
ganhou forma e recorreu ao
"crowdfunding”. Pediam cinco
mil e um euros e conseguiram
cinco mil e dez.
A Nutrally é uma marca de
gomas que nasceu de uma
simples ideia: dar aos doces
um maior valor nutricional
As gomas Nutrally são enrique-
cidas com vitaminas. São fei-
tas com sumos de fruta, não
contêm glúten ou lactose e
usam apenas aromas e coran-
tes naturais.
A indústria com maquina-
ria adequada é inexisten-
te em Portugal, pelo que
neste momento a produ-
ção passa pelo outsour-
cing fora do País. Neste
momento já exportam o
produto para países co-
mo França, Espanha, EUA e
Canadá.
E M P R E S A S : N U T R A L L Y — E A T I N G C A N B E F U N 2
C O L O R A D D — M I G U E L N E I V A
integrar esta rede que junta já
mais de 2500 empreendedo-
res sociais a nível global e foi
escolhido por "estar a trans-
formar a comunicação visual
através de um código simples,
universal e inclusivo, que re-
presenta as cores. Através do
ColorADD, Miguel está a cons-
truir um mundo no qual a
inclusão social das pessoas
daltónicas passa a ser a nor-
ma", descreve a Ashoka.
Designer, Miguel Neiva criou
um código universal de identi-
ficação de cores desenhado a
pensar na inclusão das pesso-
as que sofrem de daltonismo -
cerca de 350 milhões em
todo o mundo e 10% de toda
a população masculina.
O daltonismo é uma alteração
congénita, diagnosticada ape-
nas em 1974, que limita a
capacidade de distinção de
cores. Num mundo onde a
comunicação é cada vez mais
visual e gráfica, aumenta o
potencial de exclusão social
das pessoas afetadas por
esta patologia. As implicações
são inúmeras e começam a
manifestar-se, por norma, nos
primeiros anos de escola
quando a criança demonstra
uma escolha considerada
desadequada das cores. Ao
longo da vida, o daltonismo
tem implicação em decisões
de compra e de seleção (no
caso da roupa, por exemplo),
pode ser um fator de impedi-
mento profissional por ques-
tões de segurança (piloto de
aviões, por exemplo) e de
limitação social (em alguns
países, como no Brasil, as
pessoas daltónicas não po-
dem conduzir).
Aliando o design, à semiótica
e ao marketing, Miguel Neiva
desenhou um código que per-
mite aos daltónicos identificar
qualquer tipo e variante de
cor. Este código tem vindo a
ser progressivamente aplica-
do em materiais escolares e
didáticos, indicações de li-
nhas de metro, catálogos de
tintas, etiquetas de roupas,
sistemas de triagem em hos-
pitais e de rotulagem
em produtos farma-
cêuticos, por exem-
plo.
Considerado pela
revista brasileira
"Galileu" como uma
das 40 inovações que
vão mudar o mundo,
o ColorADD tem uma
curta vida já recheada de
distinções, entre as quais a
Medalha de Ouro comemorati-
ColorAdd é um sistema de
identificação de cores para
daltónicos. Desenvolvido por
Miguel Neiva, designer gráfico
português e professor da Uni-
versidade do Minho, o projeto
ColorADD procura ajudar a
minorar um problema que
afeta cerca de 10% da popula-
ção masculina mundial.
Este código universal de cores
para daltónicos apoia-se nas
cores primárias como ponto
de partida (ciano, magenta e
amarelo), às quais foram
acrescentadas o preto e o
branco. Para cada uma destas
cinco cores foi criado uma
forma geométrica básica. A
conjugação destes símbolos
básicos permite representar
simbolicamente todas as co-
res existentes.
A ColorADD App foi vencedora
da Vodafone Foundation Mo-
bile for Good Europe Awards
de 2013 na categoria de
acessibilidades.
Chama-se Miguel Neiva e é o
primeiro português a integrar
a rede da Ashoka, organiza-
ção que identifica e apoia
ideias socialmente inovadoras
que têm potencial para mudar
o mundo.
Miguel Neiva, inventor do
projeto ColorADD, acaba de
Página 111 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
va do 50º aniversário da
Declaração Universal dos
Direitos do Homem (2012).
No âmbito deste projeto,
Miguel Neiva tem vindo tam-
bém a desenvolver a Colo-
rADD Social, uma associação
sem fins lucrativos criada
para apoiar a implementa-
ção do código nas escolas e
bibliotecas escolares.
Nascida há 43 anos no seio de
uma família de tradição corti-
ceira, Sandra Correia inicial-
mente dedicou-se à empresa
familiar, a Novacortiça, SA.
Em 2002, a convite da Associa-
ção Portuguesa de Mulheres
Empresárias para representar o
país na Feira Internacional de
Mulheres Empresárias, em
Almeria, no sul de Espanha,
apresentou um guarda-chuva
de cortiça de sucesso que se
tornou um ícone da nova mar-
ca, criada em 2003. Sandra
Correia é a presidente executi-
va da empresa algarvia de corti-
ça Pelcor,
Licenciada em 'Comunicação
Empresarial' pelo Instituto Su-
perior de Comunicação Empre-
sarial em Lisboa, é Mestre em
Ciências Económicas pela Uni-
versidade de Huelva. Na Univer-
sidade Católica obteve o Grau
de Executivo em Empreendedo-
rismo e Inovação e está a con-
cluir o doutoramento em Ciên-
cias Económicas na Universida-
de de Huelva. Sandra Correia é
empresária com um currículo
académico considerável e uma
carreira de negócios que pro-
mete.
"Fazer da cortiça um material
moderno e um produto na mo-
da" foi o objetivo que a levou a
criar a sua própria marca. O
sucesso tem sido tal que foi
distinguida com troféus vários,
designadamente o "Prémio
Desafio 2010", pela grupo In-
veste, de "Empreendedor do
Ano 2009", pelo grupo Lena, de
"Empresário do Ano 2007" pela
Associação Nacional de Jovens
Empresários, “Melhor Empresá-
ria da Europa de 2011, troféu
atribuído pelo Parlamento Euro-
peu e Conselho Europeu das
Mulheres Empresárias
e “Mulher de Negócios 2012”
atribuído pela revista Máxima.
A Pelcor é uma marca que tem
vindo a crescer: além de produ-
zir rolhas para champanhes,
licores e vinhos de grande pres-
tígio internacional, cria também
produtos de design luxuosos
tendo por base a casca de so-
breiro. Um dos princípios da
empresa é produzir produtos
verdes, sustentáveis para o
planeta e que reduzem o aque-
cimento global.
Alguns desses objetos de
“design” feitos em cortiça estão
à venda no Museu de Arte Mo-
derna (MOMA) de Nova Iorque,
um dos mais conceituados do
mundo.
Entre estes produtos estão, por
dia, Holanda e Estados Unidos
da América; e concorrendo a
mercados como o irlandês, o
polaco, o mexicano, o Chileno…,
é na Europa que a Brisa está a
apostar estrategicamente.
A Brisa juntou-se em 2005 à
austríaca Kapsch, através da
Kapsch Telematik Services, com
o objetivo de ganhar as conces-
sões operativas da República
Checa e dos países vizinhos.
Em termos de negócio a opera-
ção conjunta desta joint-venture
"Portugal-Áustria" teve os seus
primeiros resultados visíveis na
República Checa em Janeiro de
2007, através de um sistema
eletrónico de cobrança que na
primeira fase restringiu-se aos
camiões e depois alastrou para
os automóveis.
O sistema eletrónico usado na
República Checa é muito pareci-
A Brisa exporta know-how tecno-
lógico. Em 40 anos, transformou
-se numa das maiores operado-
ras de autoestradas a nível in-
ternacional e na maior empresa
de infraestruturas de transporte
em Portugal. O portfólio da Brisa
integra um conjunto de ativos,
divididos por cinco áreas de
negócio: concessões, serviços
viários, inspeções automóveis e
negócios internacionais. É uma
empresa portuguesa que tem
vindo a ser reconhecida interna-
cionalmente como um caso de
sucesso em termos operacio-
nais. Talvez por isso esta empre-
sa lusa esteja a apostar na ex-
portação do seu know-how para
países emergentes - e, até mes-
mo, para países já considerados
desenvolvidos.
Presente em Portugal, no Brasil,
em Espanha, na Áustria, na Ín-
do com o que é atu-
almente utilizado na
Áustria. Trata-se de
um aparelho que é colocado
dentro dos camiões e que per-
mite a cobrança de forma ele-
trónica através de um sistema
que tem por nome free-flow.
A Brisa é uma empresa portu-
guesa, fundada por Jorge de
Brito, existe há 42 anos e está
hoje nas mãos do grupo Mello.
Sendo o maior operador portu-
guês de autoestradas, com
uma concessão principal em
seis concessões rodoviárias –
Concessão Brisa, Atlântico,
Brisal, Douro Litoral, Baixo Tejo
e Litoral Oeste –, que integram
17 autoestradas e totalizam 1
678 km, a Brisa começou a
diferenciar-se no mercado em
termos tecnológicos e internaci-
onais.
P E L C O R — S A N D R A C O R R E I A
B R I S A ( V I A V E R D E )
Página 12P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O
Sandra Correia da PELCOR
exemplo, bolsas de cosmética,
carteiras, aventais e até uma
linha exclusiva criada para a
cantora norte-americana Ma-
donna em 2008, ano em que a
artista veio atuar em Portugal.
Sandra Correia defendeu que
"numa época de crise, o empre-
endedorismo deve ser fomen-
tado pelo próprio empreende-
dor e não ser imposto". "Foi
assim que nasceu a Pelcor,
com base numa necessidade
da nossa empresa, criando um
nicho de mercado que não
existia a nível nacional e inter-
nacional", frisou a empresária,
que considera a marca um
A Via Verde foi, sem dúvida, a
grande invenção implantada
pela Brisa. Para quem pensa
que as aplicações desta tecno-
logia já se esgotaram, desen-
gane-se. A Brisa, que tem vin-
do a apostar em Investigação
e Desenvolvimento, promete
apresentar em breve novas
aplicações da "jóia da coroa"
desta empresa.
O seu sistema de pagamento
eletrónico inovador, Das porta-
gens ou concessões rodoviá-
rias aos postos de abasteci-
mento de combustível e aos
parques de estacionamento, a
Via Verde apareceu no merca-
do como uma "invenção made
in Portugal". Uma invenção
que, cada vez mais, dá frutos.
O Grupo Pestana, cuja ori-
gem remonta a 20 de No-
vembro de 1972, por ocasi-
ão da fundação da M & J
Pestana - Sociedade de
Turismo da Madeira, desen-
volve a sua atividade princi-
palmente no sector do Turis-
mo, tendo ainda interesses
na Indústria e nos Serviços.
De empresa eminentemente
local ou regional, hoje em
dia, o Grupo Pestana é cla-
ramente o maior grupo por-
tuguês no sector do Turis-
mo, sendo a sua cadeia
hoteleira - Pestana Hotels &
Resorts -, com 48 unidades
e cerca de 10.000 quartos,
a maior cadeia de origem
portuguesa.
O Grupo Pestana continua o
processo de transversalida-
de da sua internacionaliza-
ção, tendo já presenças
consolidadas em 15 países
(Portugal, Inglaterra, Alema-
nha, Brasil, Argentina, Vene-
zuela, Moçambique, África
do Sul, Cabo Verde e São
Tomé e Príncipe, EUA, Cuba,
Marrocos, Colômbia e Espa-
nha).
Em 2010, marcando o início
da entrada na Europa, o
Grupo abriu a sua primeira
unidade em Londres, o Pes-
tana Chelsea Bridge Hotel &
Spa. Em Maio de 2011,
abriu o Pestana Berlim Tier-
garten, na capital alemã.
Entre 2012 e 2013, abriram
novos investimentos inter-
nacionais, para além dos
O G R U P O P E S T A N A
Página 131 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S
2013/2014
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Casos de sucesso portugueses na Europa

  • 1.
  • 2. M E N S A G E M D O D I R E T O R Tal como os casos de sucesso de Portugueses focamos os trabalhos e as conquistas de sucesso de membros do Clube “EPAMAC Além Fronteiras…” Página 2P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O O livro “Portugal e Portugue- ses na Europa – 10 casos de sucesso” teve como ponto de partida o objetivo de desen- volver um trabalho de pesqui- sa e apresentação do melhor que Portugal tem e que, ao longo dos últimos anos, tem contribuído para o seu papel preponderante na Europa. De 10 casos de sucesso passa- mos a 10 personalidades, 3 factos e 5 empresas de suces- so. O número dezoito surge em honra a dezoito membros do Clube Europeu “EPAMAC além Fronteiras…” que se destacaram como casos de sucesso em atividades desen- volvidas pela escola ao longo do ano letivo de 2013/2014. Assim, referimos os alunos/ jovens que:  ganharam o 1.º lugar nas Olimpíadas da CriAtividade - Modalidade Resolução CriAtiva de Assuntos Glo- bais (casos) 2.ª divisão do ensino secundário, (Adriano Rodrigues Rocha da Silva, Diana Filipa Perei- ra da Silva, Inês Maximiana Sampaio Areias e Marta Azevedo Luz Aguiar);  tiveram um desempenho de destaque no Parlamento Jovem Regional (Jorge Dio- go Soares Ferreira Pinto de Jesus e Emanuel Joaquim Madureira Teixeira);  participaram com grandes elogios na Assembleia Mu- nicipal de Jovens do Marco de Canaveses (João Paulo Teixeira Soares, Jorge Dio- go Soares Ferreira Pinto de Jesus, Emanuel Joaquim Madureira Teixeira, Ângela Cristina do Vale Ribeiro, Hugo Daniel Sousa Santos, Daniel António Pinto de Sousa e Diana Filipa Perei- ra da Silva);  formaram duas equipas para concorrer no “Empreend + Ideias” – do Projeto CAERUS, ficando ambas as equipas classifi- cadas em 1.º lugar do con- curso (Diana Filipa Pereira da Silva, Florbela Beatriz Vaz Couto Inês Maximiana Sampaio Areias e Ana Luísa Belchior Monteiro em uma equipa; e João Paulo Teixei- ra Soares, Jorge Diogo Soa- res Ferreira Pinto de Jesus, Emanuel Joaquim Madurei- ra Teixeira, Ângela Cristina do Vale Ribeiro, Hugo Dani- el Sousa Santos e Daniel António Pinto de Sousa na outra equipa – equipa esta que concorreu igualmente no Concurso “+bin Marco de Canaveses” e foram novamente vencedores);  apoiando a sua turma, participaram mais ativa- mente como “artistas” no Concurso de Pos- tais eTwinning: da Criativi- dade à Inovação (António Gabriel Dias de Sousa e Flávia Filipa Garcês Teixeira por uma turma, bem como, o João Paulo Teixeira Soa- res e a Helena Manuela de Sousa Caetano de outra turma);  foram destacados com mais votos no projeto eTwinning “The Beauty of my Region/ European Contrasts – Pho- tographic Contest” (Adriano Rodrigues Rocha da Silva e Sílvia Raquel Cardoso Lo- pes);  ajudaram com a criação de uma peça teatral e no aco- lhimento das crianças em visita à escola para toma- rem consciência da exposi- ção sobre o contributo de Portugal para a preservação do ambiente e a sustentabi- lidade do planeta, que pas- sa essencialmente pelos nossos atos (Ana Luísa Bel- chior Monteiro, Diana Filipa Pereira da Silva, Florbela Beatriz Vaz Couto, Mariana Sofia Campo Couto Reis e Rita Chaves Pereira). Esperando que continuem a plantar sementes para o futu- ro, formalizamos assim o nos- so reconhecimento aos alunos: Adriano Rodrigues R. Silva Ana Luísa Belchior Monteiro Ângela Cristina V. Ribeiro António Gabriel Dias Sousa Daniel António Pinto Sousa Diana Filipa Pereira da Silva Emanuel J. M. Teixeira Flávia Filipa Garcês Teixeira Florbela Beatriz Vaz Couto Helena Manuela S. Caetano Hugo Daniel Sousa Santos Inês Maximiana S. Areias João Paulo Teixeira Soares Jorge Diogo S. F. P. Jesus Mariana Sofia C. C. Reis Marta Azevedo Luz Aguiar Rita Chaves Pereira Sílvia Raquel C. Lopes Por último, mas não em menor grau, o Clube “EPAMAC Além Fronteiras…” estende o seu agradecimento à professora Ana Mónica Dias pelo apoio dado ao Clube na pesquisa e formalização dos textos, aos alunos e professores do Clube Europeu do Agrupamento de Escolas de Vilela que cederam a imagem para a capa e à professora Verónica Dias, que mesmo não sendo docente da EPAMAC, amavelmente se ofereceu para elaborar o de- sign da capa desta publica- ção. Pelos alunos do Clube, Ana Paula Silva Coordenadora do Clube N O T A I N T R O D U T Ó R I A O projeto que o Clube Europeu da EPAMAC construiu e concretizou no ano letivo 2013-2014 teve como tema "EPAMAC além-fronteiras" e constituíu-se como um desafio que conduzisse os alunos a compreender até que ponto, nas relações entre Portugal e a Europa, será possí- vel ao nosso país, com a sua cultura cheia, ela própria, de multiculturalidade e de diversida- de "plantar sementes para o futuro". Através da análise da biografia de dez portugueses, bem como do estudo da atividade de cinco empresas e, ainda, da análise do papel do nosso país em três factos diplomaticos con- temporâneos, percorreram os alunos um caminho que é aquele que Portugal e os portugue- ses têm sabido trilhar no mundo, semeando, talvez, mais respeito pela diversidade e pela diferença. Esperamos que este seja um primeiro projeto que crie uma forte dinâmica que se coloque, cada vez mais, a EPAMAC além fronteiras! João Miguel Gonçalves
  • 3. N O T A I N T R O D U T Ó R I A Página 31 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S Leila Marques Nadadora de alta competi- ção e médica Gonçalo Ribeiro Telles Arquiteto paisagista Médica e nadadora de alta competição, tem 33 anos e já conquistou inúmeras medalhas de ouro, prata e bronze, para além dos recordes nacionais e mundiais. Participou, também, nos jogos paralímpicos de Atlanta, Sydney e de Pequim. Apesar da sua deficiência con- génita no braço direito, a atleta concilia as 5 horas de treino diário, na piscina de Loures, com a sua profissão de médica, que desenvolve na Maternidade Alfredo da Costa. Acorda todos os dias às 6 horas da manhã para duas horas de treino na piscina, após o treino desloca-se para o hospital e ao final da tarde regressa aos trei- nos. Esta atleta nunca se sentiu limitada pela sua deficiência, o que a levou com apenas 11 anos a mergulhar na natação profissional, transformando-se numa referência internacional no desporto para deficientes. publicamente contra as políticas de urbanização vigentes. Em 1969 concorreu à Assembleia Nacional dentro das listas pró- Socialistas da Comissão Eleito- ral de Unidade Democrática (CEUD) liderada por Mário Soa- res, não sendo, tal como os restantes membros das listas da oposição, eleito. Em 1971 aju- dou a fundar o movimento Con- vergência Monárquica. Após o 25 de Abril fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Directório presidiu. Foi Sub- secretário de Estado do Ambien- te nos I, II e III Governos Provisó- rios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional. Em 1979 inte- grou a Aliança Democrática, liderada por Francisco Sá Car- neiro. Deputado à Assembleia da República, eleito em 1980, 1983, 1985, integrou o VIII Go- verno Constitucional, como Mi- nistro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante esse período Nascido a 25 de maio de 1922 em Lisboa. Arquiteto paisagista, pai da ecologia em Portugal. Figura notável no âmbito das questões sobre o ordenamento do território e do uso da terra em Portugal. Licenciou-se em Engenharia Agrónoma e termi- nou o curso livre de Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia. Foi professor catedrático na Universidade de Évora, sendo o mentor das licenciaturas em Arquitetura Paisagista e Engenharia Biofísi- ca. Com Francisco Sousa Tavares fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independen- tes, a que se seguiria o Movi- mento dos Monárquicos Popu- lares, assumindo-se claramente contra o salazarismo. Em 1958 manifestou o seu apoio à candi- datura presidencial de Humber- to Delgado. Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se criou as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e lançou as bases do Plano Dire- tor Municipal. Em 1984 fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito vereador. Pos- teriormente fundou o Movimen- to o Partido da Terra, de que é presidente honorário, desde 2007. Em Abril de 2013 foi distinguido com o Nobel da Arquitetura Pai- sagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, pela federação interna- cional do setor. O prémio, segun- do a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP), "representa a maior honra que a Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA) pode conceder e reconhece um arquiteto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incom- parável e duradoiro no bem- P E R S O N A L I D A D E S : L E L I A M A R Q U E S G O N Ç A L O R I B E I R O T E L L E S L U Í S M A N U E L C A P O U L A S S A N T O S Desde 2004 que é Deputado do Parlamento Europeu, tendo sido membro efetivo da Comissão Parlamentar da Agricultura e da Comissão Parlamentar das Pes- cas. Atualmente é membro da Comissão da Agricultura e Vice- Presidente da Assembleia Parla- mentar Euro-Latina-Americana. Atualmente é, também, membro da Delegação à Comissão Parla- mentar Mista UE-México e da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural. Foi distinguido em 2012 com o prémio de melhor deputado ao Parlamento Europeu de 2012 na área da agricultura e desenvolvimento rural, numa iniciativa da revista de atuali- dade política "The Parlia- ment", denominada “MEP awards”. Nascido a 22 de agosto de 1951 em Montemor-o-novo. Eurodeputado do partido socia- lista, licenciado em sociologia, é nos domínios das políticas agrí- colas que é reconhecido. Foi deputado da Assembleia da República, Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvi- mento Rural e das Pescas, nos XIII e XIV Governos Constitucio- nais.Luís Manuel Capoulas Santos Deputado Europeu — Políticas Agrícolas estar da sociedade e do ambi- ente e na promoção da profis- são de Arquitetura Paisagista". Da sua vida profissional, o arquiteto paisagista destaca o estabelecimento em 1983 das reservas agrícola e ecológica nacionais, “figuras de planea- mento que deviam estar incluí- das com mais sapiência no ordenamento do território” e “a defesa de uma agricultura em função do território e da instalação das pessoas”. Já nos anos 80, o arquiteto, chamou a atenção, para o atual fenómeno, das hortas urbanas.
  • 4. Político português, Pedro Lynce Faria nasceu em 1943, em Lis- boa. Na sua juventude dividiu-se entre os estudos e o desporto, como praticante de râguebi. Nesta modalidade foi campeão universitário, capitão da seleção portuguesa e selecionador naci- onal. Entretanto, licenciou-se em Engenharia Agronómica e, pos- teriormente, doutorou-se em Ciências Agronómicas - Nutrição e Fertilidade, no Instituto Superi- or de Agronomia. Neste estabe- lecimento de ensino acabou por chegar a professor catedrático na secção de Agricultura, no Departamento de Produção Agrícola e Animal. Foi, também, presidente do Conselho Científi- co. Paralelamente, tornou-se membro dos conselhos científi- cos das escolas superiores agrá- rias de Beja e Elvas. Pedro Lynce integrou pela primei- ra vez um elenco governativo em 1987, num governo do Partido Social Democrata (PSD) liderado por Aníbal Cavaco Silva, mas antes já tinha sido Diretor-Geral do Ensino Superior. Desempe- nhou as funções de Secretário de Estado do Ensino Superior, situação que se manteve outra vez entre 1991 e 1995. Depois de abandonar a governa- ção, coordenou a disciplina de Agricultura Geral das licenciatu- ras em Engenharia Agronómica, Engenharia Florestal, Engenharia Agroindustrial e Arquitetura Pai- sagista do Instituto Superior Agrónomo. Em paralelo, realizou conferências e trabalhos no âm- bito dos Sistemas de Agricultura numa perspetiva sustentável. Para além da atividade pedagógi- ca, Lynce foi convidado pelos governos dos Estados Unidos da América e de Israel para visitar projetos financiados por organi- zações internacionais, no âmbi- to das ciências agrárias. Foi também consultor de diversas organizações a atuar em Angola em projetos de investigação e desenvolvimento. Em 2001, Pedro Lynce chefiou a delega- ção portuguesa que participou nas Universidades de Pequim, na China. Em abril de 2002 regressou à governação, por convite do soci- al-democrata Durão Barroso, quando este formou o XV Gover- no Constitucional. Atualmente dedica-se a ativida- des académicas no Instituto Superior de Agronomia da Uni- versidade Técnica de Lisboa. P E D R O L Y N C E F A R I A S Ó N I A M A T I A S pria tradição portuguesa, que tentava excluir desta profissão as mulheres, encabeça carteis, en- che praças e enfrenta os touros com a garra de quem sempre soube o que quis. Em 1999 tomou a alternativa de cavaleira profissional. Foi a pri- meira mulher a "quebrar a tradi- ção" ao tornar-se toureira. Hoje, Sónia Matias, tem um percurso invejável no mundo da tauroma- quia. Ao longo da sua vida foram muitos os que ajudaram a ga- nhar o nome que tem. Hoje, con- tinua com o apoio da família. Um apoio fundamental para que brilhe de cada vez que entra na arena para enfrentar o touro. Quando decidiu ser cavaleira tauromáquica Sónia Matias teve de enfrentar muita resistência, mas agora garante que é respei- tada. Apesar de estar em um mundo de homens, não perdeu a vaidade e faz questão de ser feminina até no traje com que toureia. Em 2010 foi homenage- ada pelos seus 10 anos de Alter- nativa. Já venceu vários prémios e trofeus de lide a cavalo. Já fez muitas corridas na Fran- ça, em Espanha e nos Estados Unidos mas ainda falta-lhe a América Latina. O seu maior sonho é tourear no México e gostava de se retirar em glória. Sónia Matias, de 32 anos, for- mou-se em Gestão do Ambiente e foi a primeira mulher a tomar alternativa em Portugal. Apaixo- nou-se pela festa brava graças ao pai, que é um aficionado e a levava todas as quintas--feiras à tourada. Determinada a tornar- se cavaleira tauromáquica des- de os 13 anos, fez um percurso da menina da cidade que so- nhou montar o cavalo, desafiar o touro, e ganhar troféus num desporto que foi só para ho- mens. Desbravou caminho num mundo dominado por homens e, hoje, conquistou o seu lugar, apesar de não ter na família ninguém relacionado com esta arte. Assim, lutou contra a pró- “Realizou trabalhos no âmbito dos Sistemas de Agricultura numa perspetiva sustentável” Página 4P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O Sónia Matias Cavaleira Tauromáquica Pedro Lynce Faria Agricultura Sustentável
  • 5. Político português nascido a 23 de março de 1956, em Lisboa. Licenciado em Direi- to pela Universidade de Lisboa, realizou uma pós- graduação em Ciência Políti- ca na Universidade de Gene- bra. De um passado político de extrema esquerda, evolu- iu para a direita liderada por Aníbal Cavaco Silva, sendo eleito deputado à Assem- bleia da República por diver- sas vezes. Entre 1985 e 1987 foi secretário de Esta- do adjunto do ministro da Administração Interna e entre 1987 e 1992 ocupou o cargo de secretário de Estado dos Negócios Estran- geiros e Cooperação. Foi ministro dos Negócios Es- trangeiros de 1992 a 1995, obtendo especial destaque como mediador do processo de paz de Angola. No Parti- do Social Democrata (PSD), tem ocupado vários cargos de responsabilidade: mem- bro do Conselho Nacional, presidente da Comissão de Relações Internacionais do PSD e presidente da Comis- são de Negócios Estrangei- ros da Assembleia da Repú- blica. No primeiro semestre de 1999, substituiu Marcelo Rebelo de Sousa na lideran- ça do partido. Tornou-se professor convidado na Universidade de George- town, de Washington. O PSD venceu as eleições legislati- vas de 17 de março de 2002, e Durão Barroso co- mo líder do partido ocupou o cargo de primeiro-ministro. Em fevereiro de 2003, foi o anfitrião de uma importante cimeira internacional realizada nos Açores, destinada a discutir a crise no Iraque, que contou com as parti- cipações de George W. Bush, Tony Blair e José María Aznar. Após as eleições para o Parlamento Euro- peu, realizadas em maio de 2004, Durão Barroso foi convidado, em junho do mesmo ano, para ocupar o cargo de Presidente da Co- missão Europeia, em substi- tuição de Romano Prodi. Foi eleito para o cargo a 22 de julho de 2004. Foi reeleito pelo Parlamento Europeu para um segundo mandato como Presidente da Comissão Europeia em setembro de 2009. Em Ju- nho de 2009 foi novamente nomeado, por unanimidade, pelo Conselho Europeu para um segundo mandato como Presidente da Comissão Europeia, tenso sido eleito pelo Parlamento Europeu em setembro do mesmo ano com maioria absoluta. Recebeu vários títulos hono- ris causa concedidos, nome- adamente, pela Universida- de de Georgetown, Washing- ton, D.C. (2006), pela Uni- versidade de Génova, Itália (2006), pela Universidade de Kobe (2006), pela Uni- versidade de Edimburgo (2006), pela Universidade Sapienza de Roma (2007), pela Universidade de Varsó- via (2007), pela Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo (2008), pela Universi- dade de Nice Sophia Antipo- lis (2008), pela Universida- de de Chemnitz (2009), pela Universidade de Genebra (2010), pela Universidade de Ghent (2011), pela Uni- versidade Técnica de Lisboa (2011), pela Universidade de Haifa (2012), pela Uni- versidade Nacional da Mon- gólia (2013). Foi nomeado Global Leader for Tomorrow pelo World Economic Forum, em 1993. Em 2006, foi considerado "Europeu do ano" pelo jornal European Voice. Recebeu a medalha de ouro da cidade de Lamego em 2007 e a chave de honra da cidade de Lisboa em maio do ano seguinte. É autor de várias publicações sobre ciência política, relações internacio- nais e a União Europeia. J O S É M A N U E L D U R Ã O B A R R O S O Página 51 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S José Manuel Durão Barroso
  • 6. É uma das mais importantes sopranos a nível mundial e a maior e internacionalmente mais conhecida cantora de ópera portuguesa. Já cantou ao lado de Plácido Domingo, José Carreras e de outros nomes sonantes do canto lírico. Possui uma voz grande que já a levou a atuar nos principais teatros mundiais. Terminou os estudos de canto em Madrid, a cidade onde reside desde os finais da dé- cada de 1980. Elisabete Matos nasceu em Caldas das Taipas, Guima- rães, e começou os seus pri- meiros estudos musicais, no Conservatório de Música Ca- louste Gulbenkian de Braga, onde estudou violino, e canto. Ganhou uma bolsa da Funda- ção Calouste Gulbenkian, que permitiu terminar os seus estudos em Madrid, Espanha. Um segundo lugar num Con- curso Europeu de Canto foi o início da sua carreira interna- cional, foi lançada pelos pa- péis de “Donna Elvira” em Don Giovanni de Mozart e “Alice Ford” da ópera Falstaff de Verdi, no Hamburgo Opera. Em 1997, fez uma estreia triunfal em Madrid na reaber- tura do Real Teatro de Ópera de Madrid, interpretando o papel principal de “Marigaila” na estreia mundial de “Divinas Palabras”, ao lado de Plácido Domingo que a convi- dou de imediato para cantar com ele Massenet Le Cid (Chimene) e na Washington Opera House, estreou o papel de “Dolly”, numa produção de “Sly”, com José Carreras como protagonista. Depois destes sucessos, Elisa- bete Matos tem cantado em muitas grandes óperas de todo o mundo, como o Gran Teatre del Liceu, em Barcelo- na, La Fenice, Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa), Teatro Real, La Scala, Maestranza de Sevilla, Teatro Regio di Torino, Teatro di San Carlo (Nápoles), Alla Scala de Mi- lão, a Arena de Verona e as Óperas de Nice, Reno, Toulon e Roma. Ela marcou presen- ça no Festival Macerata e os Merida Festival, no Japão, Washington, Chicago e toda a Espanha, bem com atuou no Festival de Salzaburgo. Em 2001, participou nas co- memorações do centenário da morte de Giuseppe Verdi, cantando com Plácido Domin- go e José Carreras em Roma. Em Dezembro de 2010, Elisa- bete Matos estreou-se no Metropolitan de Nova Iorque, interpretando o papel princi- pal da ópera de Puccini, “La Fanciulla del West”, foi um enorme sucesso, tendo o se- gundo ato sido interrompido pelos enormes aplausos. Ter- minou com toda a plateia aplaudindo de pé por mais de cinco minutos. Em 2013, ao celebrar os seus 25 anos de carreira Elisabete estreou-se Regressada a Portugal foi investigadora principal no Instituto Gulbenkian da Ciên- cia. Desde 2005 é investiga- dora principal do Instituto de Medicina Molecular, onde dirige a investigação da malá- ria, e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e da Harvard School of Public Health. Maria Mota conduz uma in- vestigação inédita sobre o parasita da Malária. Já fez uma descoberta de relevo que lhe valeu vários prémios des- tacando-se o European Young Investigator Award da Europe- an Science Foundation em 2004 com mais de 200 mil contos para continuar a sua Nascida em 1971, na Madale- na (Vila Nova de Gaia), Maria Manuel Mota, licenciou-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tendo feito depois o mestrado em Imunologia. Ao longo da sua carreira, a bióloga e investigadora inte- ressou-se por parasitologia, sobretudo pela patologia da malária, tendo concluído a sua tese de doutoramento em Parasitologia Molecular, na University College of London, em 1998, e o pós- doutoramento na New York University Medical Center, em 2001. Maria Manuel Mota foi também docente na New York University Center. investigação. Trabalha atualmente no Insti- tuto de Medicina Molecular. Foi distinguida com o Prémio Pessoa 2013. Além destes prémios a Maria Manuel Mota foi igualmente premiada com o EMBO Young Investigator Award em 2003, o Internatio- nal Research Scholar do Howard Hughes Medical Insti- tute, em 2005, nomeada Ofi- cial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa em 2005, o AMI Prémio de Saúde da Fundação AMI igualmente em 2005, o prémio CESPU da Fundação CESPU em 2007, o Seeds of Science da Ciência Hoje em 2007, a Mulher Acti- E L I S A B E T E M A T O S M A R I A M O T A Página 6P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O Maria Mota Bióloga e Investigadora Elisabete Matos Soprano va 2008 da Revista Activa 2008 e o prémio Mello da Fundação Mello igualmente em 2008. Em 2014 o trabalho do grupo liderado por Maria Mota recebeu um financiamento significativo da Fundação Bill & Melinda Gates. Está na elite das elites dos cientis- tas mundiais. na Wiener Staatsoper em Vienna e na Los Angeles Opera, atuou igualmente em Lisboa, Nova Iorque, Toulouse, Nápoles e Pal- ma de Maiorca. Foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presi- dente da República Portuguesa. Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães e foi agra- ciada com o Prémio Femina 2013 por mérito nas artes musi- cais e bel canto, em Guimarães. Em 2000, o álbum La Dolores, em que participou, recebeu o Grammy Latino para Best Classi- cal Album.
  • 7. Nasceu em Lisboa, a 2 de outu- bro de 1943. É um dos mais respeitados Diretores de Foto- grafia a nível mundial. Eduardo Serra emigrou para França nos anos 60 e aí construiu uma car- reira impressionante. Nos últi- mos anos teve oportunidade de filmar com os nomes mais famo- sos da sétima arte. Foi nomeado duas vezes para os Óscares da Academia de Hollywood na cate- goria de Melhor Direção de Foto- grafia. Hoje continua a viver em Paris e dá-se ao luxo de escolher todos os filmes que deseja fa- zer. É o mais internacional e conceituado dos diretores de fotografia portugueses, há vá- rias décadas que trabalha so- bretudo fora de Portugal, entre projetos de grandes estúdios e produções independentes, entre os Estados Unidos e a Europa. Desde cedo interessado pelo cinema, era fã de cineclubes, especialmente ligado ao ABC até 1963, altura em que emi- grou para França devido à per- seguição de que foi alvo pela PIDE quando frequentava o Ins- tituto Superior Técnico. Em Pa- ris, licenciou-se primeiro em cinema pela École Louis- Lumière (1966) e depois em Letras – História da Arte e Ar- queologia – pela Universidade de Paris – Sorbonne (1970). Depois, entrou na Escola de Vaugirard, uma escola técnica que forma diretores de fotogra- fia e engenheiros de som e, em 1974, trabalhou nas filmagens de 1789, um épico de Ariane Mnouchkine. Dois anos depois, integrou a equipa do filme de estreia como realizador de Jean- Jacques Annaud, o drama de guerra Noirs et Blancs en Coleur (Pretos e Brancos a Cores). Em 1976, estreou-se finalmente como diretor de fotografia na curta-metragem Les Derniers beaux jours e, quatro anos de- pois, colaborou em À Vendre, de Christian Drillaud, a sua primeira longa-metragem. Em 1983, participou na comé- dia Debout les crabes, la mer monte! e, no mesmo ano, traba- lhou no seu primeiro filme portu- guês: Sem Sombra de Pecado, de José Fonseca e Costa, com Victoria Abril e Armando Cortez nos principais papéis. Em 1990, voltaria a trabalhar com um realizador português, desta vez João Mário Grilo, no filme O Processo do Rei e, em 1992, participou em Le Zebre (Marido Louco), de Jean Poiret. No ano seguinte, trabalhou com Luís Filipe Rocha em Amore Dedi- nhos de Pé, com Joaquim de Almeida. Em 1996, colaborou com Mi- chael Winterbottom em Jude e, no ano seguinte, em The Wings of the Dove (As Asas do Amor), de Iain Softley, baseado no ro- mance de Henry James. Aqui, apresentou-se com uma exce- lente cinematografia cujo traba- lho valeu a Serra a sua primeira nomeação para o Óscar de Me- lhor Fotografia, ganhando o BAFTA da mesma categoria. Segiu-se What Dreams May Come (Para Além do Horizonte, 1998), de Vincent Ward, adapta- ção do romance de Richard Matheson, com Robin Williams no papel principal – um filme visualmente belo, com imagens que permanecem na retina do espectador na sua quase totali- dade, passada no mundo dos mortos, em cenários irreais, levados à tela por efeitos especi- ais que não são meras execu- ções técnicas, mas verdadeira "arte". Em 2000 colaborou com com M. Night Shyamalan no seu thriller de suspense Unbreakable (O Protegido), com Bruce Willis no papel de um segurança de um estádio de futebol e Samuel L. Jackson no papel de um homem que nasceu com uma doença rara. Em 2002, foi a vez de O Delfim, filme de Fernando Lopes, basea- do no romance homónimo de José Cardoso Pires, com Alexan- dra Lencastre e Rogério Samora. No ano seguinte, trabalhou em Girl with a Pearl Earring (Rapariga com Brinco de Péro- la), de Peter Webber, um filme que, baseado no romance de Tracy Chevalier, passado no século XVII, nos fala o pintor Johannes Vermeer que se apai- xona pela criada, transformando -a na sua musa. Serra foi nome- ado para o Óscar Melhor Foto- grafia, para o BAFTA da mesma categoria e venceu o prémio de Melhor cinematografo Europeu da Academia Europeia de Filme, bem como, o prémio de Melhor Fotografia no Festival de San Sebastian. Trabalhou depois com Kevin Spacey no seu filme Beyond the Sea (Bobby Darin – O Amor é Eterno, 2004), sobre a vida do cantor Bobby Darin. Outros fil- mes que constam no seu currí- culo são "Diamantes de san- gue" (2006), Defiance (2008) e, mais recentemente, os dois últimos Harry Potter, nomeada- mente, “Harry Potter and the Deathly Hallows - Part 1 and Part 2" (Harry Potter e os talis- mãs da morte 1.ª e 2.ª parte). Foi nomeado Oficial da Ordem do Infante D. Henrique - comen- dador pelo Presidente da Repú- blica Portuguesa em 2004. E D U A R D O S E R R A “Nomeado duas vezes para os Óscares da Academia de Hollywood na categoria de Melhor Direção de Fotografia” Página 71 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S Eduardo Serra Diretor de Fotografia
  • 8. José Carvalho formado em Gestão de Marketing, teve, em 2008, o sonho de criar uma exploração de morangos, a Hortivolátil. Deixou a metrópo- le de Lisboa por Vila Nova de Famalicão, abandonou o escri- tório onde trabalhava e se sentia fechado num mundo que não era o seu e dedicou-se à Agricultura, investindo no cultivo de morangos em sus- pensão. Hoje, com 32 anos, vive a vida que quer, dedican- do-se àquilo que realmente o motiva, a produção de cerca de 150 toneladas de moran- gos por ano. Diz ter sido um acaso, até por- que a sua família nunca fez da Agricultura um modo de vida, mesmo assim, José arriscou e, sem base de conhecimentos, pôs mãos ao trabalho e reapro- veitou os terrenos da família. Através de fundos próprios e comunitários, criou uma estufa com um hectare e hoje em dia, com a ajuda de mais dois cola- boradores, produz morangos em hidroponia suspensa, que já lhe valeram o prémio de “Projeto mais Inovador da Eu- ropa” do Concurso de Jovens Agricultores – promovido no âmbito do 1º Congresso Euro- peu de Jovens Agricultores em 2012. O produtor de Vila Nova de Famalicão tem no total 12 estufas dispersas por uma área de um hectare e refere que a produção em altura é “três vezes mais” rentável do que no solo. A plantação está suspensa a 1,80 metros de altura, que baixa para 60 centí- metros na altura da colheita. O método, ainda pouco difundi- do, trata-se de um sistema de produção no ar através de um mecanismo oscilante, que permite uma total ocu- pação do espaço dis- ponível. José Carvalho produz 200 000 pés de morango por hecta- re, o que comparando com o sistema tradicio- nal de produção de morango, onde apenas se con- seguem cerca de 60 000 pés, lhe permite um aumento bas- tante significativo na produção por m/2 além de significar uma poupança “enorme” em termos de consumo de água. O grande objetivo deste jovem agricultor é chegar a produzir 1500 toneladas por ano, sem- pre com a humildade de estar disponível para obtenção de ajuda ou informação, uma vez que acredita que “Quantos mais formos, melhor, porque talvez tenhamos capacidade de produzir em maior escala e começar a exportar”. construção europeia, são incluídas uma série de refe- rências sobre os Parlamentos nacionais, considerando que estes contribuem ativamente para o bom funcionamento da União Europeia (artigo 12.º TUE). Acresce que o Tratado reforça os poderes dos Parlamentos nacionais no âmbito do pro- cesso legislativo europeu, consagrando a possibilidade de os Parlamentos de cada Estado-Membro, no caso por- tuguês a Assembleia da Repú- blica, poderem dirigir aos Pre- sidentes do Parlamento Euro- peu, do Conselho e da Comis- são Europeia, a sua opinião sobre uma determinada pro- posta legislativa europeia. Essa pronúncia pode ser feita, por um lado, através de um Entrou em vigor a 1 de dezem- bro de 2009. Foi assinado em Lisboa, a 13 de dezembro de 2007, no culminar da terceira Presidên- cia portuguesa da União Euro- peia. O Tratado de Lisboa é, na verdade, composto pelos dois principais Tratados da UE revistos: o Tratado da União Europeia e o Tratado que insti- tui a Comunidade Europeia (agora designado Tratado sobre o Funcionamento da UE), bem como por vários protocolos e declarações, que se encontram em anexo e dele fazem parte integrante. Entre as várias novidades que o Tratado de Lisboa apresen- ta, cumpre destacar que, pela primeira vez na história da parecer fundamentado, no qual o Parlamento nacional refira que a proposta regula uma área que, sendo da com- petência partilhada entre os Estados-Membros e a UE, seria melhor regulada por cada Estado-Membro do que por regras europeias – por outras palavras, o Parlamento nacional entende que a pro- posta legislativa não observa J O S É C A R V A L H O F A C T O S : T R A T A D O D E L I S B O A Página 8P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O José Carvalho Agricultor Este jovem português é mais um dos exemplos contrastan- tes da realidade do Portugal dos nossos dias, alguém que se negou a viver a conturbada e precária vida da sociedade contemporânea e optou por “construir” o seu destino, fo- cando-se na atividade portu- guesa de excelência, ao longo de muitos anos esquecida no nosso país, a afamada Agricul- tura. o princípio da subsidiariedade. E, por outro lado, os Parlamen- tos nacionais podem pronunci- ar-se através de pareceres em que exprimam comentários sobre aspetos substanciais das propostas legislativas, esta última pronúncia enqua- dra-se no denominado diálogo político com a Comissão Euro- peia.
  • 9. As relações diplomáticas entre a UE e o Brasil iniciaram-se em 1960. Desde 2007, são par- ceiros estratégicos. O Brasil é o oitavo parceiro comercial da UE e a sua principal origem de produtos agrícolas importados (dados de 2012). A UE consti- tui o principal parceiro comer- cial do Brasil e o seu principal investidor direto estrangeiro. O Brasil é também um dos princi- pais investidores na Europa (o quinto). A UE é o maior ator de cooperação no Brasil, nomea- damente na área académica, na defesa da Amazónia, na luta contra a exclusão social e em iniciativas tecnológicas. As relações UE-Brasil são regu- ladas pelo Acordo-Quadro de Cooperação (1992) e pelo Acordo de Cooperação Científi- ca e Tecnológica (2004). Regi- onalmente, são enquadradas pelas parcerias da UE com a América Latina e com o Merco- sul. A UE é o primeiro investi- dor estrangeiro na América Latina, a primeira entidade financiadora da região e, tam- bém, o primeiro parceiro co- mercial de numerosos países, nomeadamente os do Merco- sul. Em 2007, teve lugar a primeira Cimeira da UE com o Brasil, durante a Presidência portuguesa do Conselho da UE. Em dezembro de 2008, em outubro de 2009, em julho de 2010, em outubro de 2011, em janeiro de 2013 e fevereiro de 2014 decorreram, respeti- vamente, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, a sexta e a sétima Cimeiras. As relações da UE com o Brasil são reguladas pelo Acordo- Quadro de Cooperação entre a Comunidade Económica Euro- peia e a República Federativa do Brasil - assinado em 29 de junho de 1992 - e pelo Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica entre a Comunida- de Europeia e a República Federativa do Brasil (2004). As relações entre a União Euro- peia e o M e rc o s ul fundamen- tam-se no t e x t o do Acordo Quadro de Coopera- ção Inter-regional assinado em Madrid, a 15 de dezembro de 1995. Em vigor desde julho de 1999, o documento estabelece as bases das negociações de um futuro Acordo de Associa- ção entre a UE e o Mercosul. O Acordo tem como objetivo con- duzir à liberalização do comér- cio de bens e serviços, de acor- do com as regras estabelecidas pela Organização Mundial de Comércio (OMC) e reforçar a cooperação e o diálogo político entre os dois blocos. Depois de estarem suspensas durante seis anos, as negociações fo- ram relançadas, em maio de 2010. Os países do Mercosul têm beneficiado do Sistema de Pre- ferências Generalizadas (SPG): conjunto de regras da UE que permite que os exportadores de países em desenvolvimento paguem direitos mais baixos sobre a totalidade ou parte dos produtos que vendem à UE. A partir de 2014, entra em vigor a reforma do SPG da UE. Argenti- na, Brasil, Uruguai e Venezuela - países de rendimento médio/ elevado, de acordo com o Ban- co Mundial - passam a ser parceiros não beneficiários deste sistema. Após uma ronda de negocia- ções o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, voltou a defender que a União Europeia e o Brasil tenham um acordo de comércio bilateral, o que depende de uma assinatura com o Merco- sul. "A mim, parece absurdo que a União Europeia tenha acordos de livre comércio com praticamente o mundo inteiro e não com o Brasil. O Brasil é o ponto mais importante do Mer- cosul", disse. Durão Barroso afirmou que, como o Brasil, a União Europeia defendeu as negociações multi- laterais da Rodada Doha, que, segundo ele, não avançaram porque alguns países, "não estavam preparados". Apresar da falha nas negociações entre a União Europeia e o Mercosul, deixando de fora a economia Brasileira como mercado impor- tante para a zona Euro, Portu- gal tem estabelecido vários acordos económicos com o Brasil que, no futuro poderão continuar a abrir as portas para melhores situações de negocia- ção entre a União Europeia e o Mercosul. Alguns dos acordos são o memorando de entendi- mento que liberta o azeite por- tuguês da obrigatoriedade de controlo de qualidade à entrada no mercado brasileiro (assinado em 2012); o acordo sobre cooperação económica e industrial entre os dois países que já foi assinado na década do 1980; o acordo de Comércio entre o Brasil e Portugal, assi- nado em 1966 e que ainda não foi denunciado por nenhuma das partes. Devido as estes acordos e as boas relações mantidas as trocas comerciais entre os dois países é de dois mil milhões de euros, com Portugal a desequili- brar recentemente a balança a seu favor. O que não se sucede no investimento que é o campo em que as relações económi- cas entre os dois países se deviam intensificar. Até ao momento, Portugal in- vestiu no Brasil 25 mil milhões de euros, e o Brasil investiu em N E G O C I A Ç Õ E S U E E O M E R C O S U L “A UE é o primeiro investidor estrangeiro na América Latina, a primeira entidade financiadora da região e, também, o primeiro parceiro comercial de numerosos países do Mercosul.” “Portugal investiu no Brasil 25 mil milhões de euros, e o Brasil investiu em Portugal três mil milhões de euros.” Página 91 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S Portugal três mil milhões de euros. O desajustamento tem a ver com o facto de Portugal concentrar a maior parte dos seus investimentos nos paí- ses da CPLP, enquanto o Brasil os tem muito mais dis- persos pelo mundo. A falta de maior investimento Brasileiro em Portugal é devi- do à impossibilidade de Por- tugal e Brasil terem acordos bilaterais ao nível económico. Os países não podem negoci- ar sozinhos, têm de o fazer com a UE e o Mercosul. Para tal, tem de existir sucesso nas negociações de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Nos últimos anos a diplomacia Portuguesa tem- se empenhado e desenvolvi- do um papel fulcral na tentati- va de conseguir o acordo.
  • 10. A língua portuguesa pode ser um instrumento estratégico ao nível das relações externas da União Europeia. De facto, é a 3ª língua oficial da UE mais falada no mundo e a diploma- cia portuguesa tem aumenta- do esforços para que a UE rentabilize esta vantagem. Portugal tem vários protoco- los/acordos bilaterais de coo- peração económica, empresa- rial, da promoção e a proteção recíproca de investimentos e na área do turismo, hotelaria e do comércio, bem como, da indústria e energia com os países PALOP. A União Europeia estabelece relações com os Estados ACP, com a Ásia, com a América Latina e as Caraíbas (ALC) e com as organizações Merco- sul, União Africana e Fórum Regional ASEAN, entre outras. Em particular, relaciona-se com cada um dos países de língua oficial portuguesa: An- gola, Brasil, Cabo Verde, Gui- né-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor- Leste. Em 2007, a Comissão Europeia assinou memoran- dos de entendimento com a CPLP e com os Países Africa- nos de Língua Oficial Portu- guesa (PALOP) e Timor-Leste. Ao longo da integração portu- guesa na UE, tem sido valori- zado e potenciado o papel intermediário de Portugal junto dos (PALOP), de Timor- Leste e, mais recentemente, do Brasil. Em 2006, o relatório do Parla- mento Europeu sobre um novo quadro estratégico para o multilinguismo considera que, algumas línguas europei- as se prestam particularmen- te ao estabelecimento de uma comunicação direta com ou- tras regiões do mundo. Em 2008, a Comissão Euro- peia reconhece, numa Comu- nicação, o contributo do multi- linguismo para o diálogo inter- cultural a nível das relações externas da UE destacando o potencial das línguas da UE faladas nos países terceiros. A língua portuguesa, como lín- gua europeia de “dimensão mundial”, surge, assim, como uma oportunidade a potenciar no âmbito da estratégia euro- peia para o multilinguismo. As relações da UE com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor- Leste inserem-se no âmbito da Política Comunitária de Cooperação para o Desenvol- vimento. Têm como enquadra- mento global as relações da UE com o continente africano (cf. Cimeiras UE-África) e co- mo enquadramento regional as relações da UE com os Países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP). O programa PIR-PALOP materializou as relações da UE com os PALOP - grupo regional específico dos países ACP. Em 2007, os PA- LOP e Timor-Leste assinaram um Memorando de Entendi- mento com a Comissão Euro- peia. A Política Comunitária de Coo- peração para o Desenvolvi- mento é complementar das políticas de cooperação dos Estados-Membros da UE. Constitui um aspeto funda- mental do relacionamento externo da UE assentando num conjunto de instrumen- tos políticos, financeiros, eco- nómicos e comerciais. A União Europeia e os seus Estados- Membros são os maiores doa- dores mundiais de ajuda ao desenvolvimento. O objetivo fundamental da política de desenvolvimento da UE é a erradicação da po- breza de uma forma sustentá- vel. Os Objetivos de Desenvol- vimento do Milénio (ODM) assumem uma importância crucial neste contexto. A ação para o desenvolvimen- to da UE, dos seus Estados- Membros e países parceiros assenta na vontade de promo- ver os direitos humanos, de- mocracia, Estado de direito e boa governação, assim como um crescimento inclusivo e sustentável. Durante a Presidência portu- guesa do Conselho da EU, em 2007, teve lugar em Lisboa a II Cimeira UE-África, nos dias 8 e 9 de dezembro de 2007, tendo estado representados os 80 países da parceria e os responsáveis pelas institui- ções regionais dos dois conti- nentes. A Cimeira procurou levar em conta as profundas mudanças que afetaram África (foi criada a União Africana e o seu ins- R E L A Ç Õ E S D A U E C O M A C P L P ( P A L O P / T I M O R - L E S T E ) Página 10P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O trumento económico, a NE- PAD), a UE (cresceu em núme- ro de membros e em esfera de ação) e o Mundo, ao longo de sete anos, lançando as bases para uma parceria es- tratégica no longo prazo. Da Cimeira resultou a aprova- ção dos documentos estrutu- rantes da nova parceria UE- África – a Estratégia conjunta e o Plano de ação - e uma discussão aberta em torno de cinco temas fulcrais no relaci- onamento mútuo: a paz e a segurança; a democracia e os direitos Humanos; o comércio, as infraestruturas e o desen- volvimento; as migrações e a energia e as alterações climá- ticas. Ao nível do comércio e integração regional, o docu- mento refere o processo de implementação dos Acordos de Parceria Económica (APE) e os esforços para uma maior integração no sistema de co- mércio mundial com o apoio do FED (e outros instrumen- tos) e dos Estados-Membros da UE. Estes acordos e relacionamen- tos são conseguidos devido ao papel preponderante da lín- gua portuguesa, bem como, dos esforços da diplomacia portuguesa no sentido de
  • 11. A Nutrally, é uma empresa incubada na Universidade Católica do Porto, por dois microbiólogos, Silvino Henri- ques e Filipa Rocha, que está agora a dar os primeiros pas- sos. O projeto amadureceu, ganhou forma e recorreu ao "crowdfunding”. Pediam cinco mil e um euros e conseguiram cinco mil e dez. A Nutrally é uma marca de gomas que nasceu de uma simples ideia: dar aos doces um maior valor nutricional As gomas Nutrally são enrique- cidas com vitaminas. São fei- tas com sumos de fruta, não contêm glúten ou lactose e usam apenas aromas e coran- tes naturais. A indústria com maquina- ria adequada é inexisten- te em Portugal, pelo que neste momento a produ- ção passa pelo outsour- cing fora do País. Neste momento já exportam o produto para países co- mo França, Espanha, EUA e Canadá. E M P R E S A S : N U T R A L L Y — E A T I N G C A N B E F U N 2 C O L O R A D D — M I G U E L N E I V A integrar esta rede que junta já mais de 2500 empreendedo- res sociais a nível global e foi escolhido por "estar a trans- formar a comunicação visual através de um código simples, universal e inclusivo, que re- presenta as cores. Através do ColorADD, Miguel está a cons- truir um mundo no qual a inclusão social das pessoas daltónicas passa a ser a nor- ma", descreve a Ashoka. Designer, Miguel Neiva criou um código universal de identi- ficação de cores desenhado a pensar na inclusão das pesso- as que sofrem de daltonismo - cerca de 350 milhões em todo o mundo e 10% de toda a população masculina. O daltonismo é uma alteração congénita, diagnosticada ape- nas em 1974, que limita a capacidade de distinção de cores. Num mundo onde a comunicação é cada vez mais visual e gráfica, aumenta o potencial de exclusão social das pessoas afetadas por esta patologia. As implicações são inúmeras e começam a manifestar-se, por norma, nos primeiros anos de escola quando a criança demonstra uma escolha considerada desadequada das cores. Ao longo da vida, o daltonismo tem implicação em decisões de compra e de seleção (no caso da roupa, por exemplo), pode ser um fator de impedi- mento profissional por ques- tões de segurança (piloto de aviões, por exemplo) e de limitação social (em alguns países, como no Brasil, as pessoas daltónicas não po- dem conduzir). Aliando o design, à semiótica e ao marketing, Miguel Neiva desenhou um código que per- mite aos daltónicos identificar qualquer tipo e variante de cor. Este código tem vindo a ser progressivamente aplica- do em materiais escolares e didáticos, indicações de li- nhas de metro, catálogos de tintas, etiquetas de roupas, sistemas de triagem em hos- pitais e de rotulagem em produtos farma- cêuticos, por exem- plo. Considerado pela revista brasileira "Galileu" como uma das 40 inovações que vão mudar o mundo, o ColorADD tem uma curta vida já recheada de distinções, entre as quais a Medalha de Ouro comemorati- ColorAdd é um sistema de identificação de cores para daltónicos. Desenvolvido por Miguel Neiva, designer gráfico português e professor da Uni- versidade do Minho, o projeto ColorADD procura ajudar a minorar um problema que afeta cerca de 10% da popula- ção masculina mundial. Este código universal de cores para daltónicos apoia-se nas cores primárias como ponto de partida (ciano, magenta e amarelo), às quais foram acrescentadas o preto e o branco. Para cada uma destas cinco cores foi criado uma forma geométrica básica. A conjugação destes símbolos básicos permite representar simbolicamente todas as co- res existentes. A ColorADD App foi vencedora da Vodafone Foundation Mo- bile for Good Europe Awards de 2013 na categoria de acessibilidades. Chama-se Miguel Neiva e é o primeiro português a integrar a rede da Ashoka, organiza- ção que identifica e apoia ideias socialmente inovadoras que têm potencial para mudar o mundo. Miguel Neiva, inventor do projeto ColorADD, acaba de Página 111 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S va do 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem (2012). No âmbito deste projeto, Miguel Neiva tem vindo tam- bém a desenvolver a Colo- rADD Social, uma associação sem fins lucrativos criada para apoiar a implementa- ção do código nas escolas e bibliotecas escolares.
  • 12. Nascida há 43 anos no seio de uma família de tradição corti- ceira, Sandra Correia inicial- mente dedicou-se à empresa familiar, a Novacortiça, SA. Em 2002, a convite da Associa- ção Portuguesa de Mulheres Empresárias para representar o país na Feira Internacional de Mulheres Empresárias, em Almeria, no sul de Espanha, apresentou um guarda-chuva de cortiça de sucesso que se tornou um ícone da nova mar- ca, criada em 2003. Sandra Correia é a presidente executi- va da empresa algarvia de corti- ça Pelcor, Licenciada em 'Comunicação Empresarial' pelo Instituto Su- perior de Comunicação Empre- sarial em Lisboa, é Mestre em Ciências Económicas pela Uni- versidade de Huelva. Na Univer- sidade Católica obteve o Grau de Executivo em Empreendedo- rismo e Inovação e está a con- cluir o doutoramento em Ciên- cias Económicas na Universida- de de Huelva. Sandra Correia é empresária com um currículo académico considerável e uma carreira de negócios que pro- mete. "Fazer da cortiça um material moderno e um produto na mo- da" foi o objetivo que a levou a criar a sua própria marca. O sucesso tem sido tal que foi distinguida com troféus vários, designadamente o "Prémio Desafio 2010", pela grupo In- veste, de "Empreendedor do Ano 2009", pelo grupo Lena, de "Empresário do Ano 2007" pela Associação Nacional de Jovens Empresários, “Melhor Empresá- ria da Europa de 2011, troféu atribuído pelo Parlamento Euro- peu e Conselho Europeu das Mulheres Empresárias e “Mulher de Negócios 2012” atribuído pela revista Máxima. A Pelcor é uma marca que tem vindo a crescer: além de produ- zir rolhas para champanhes, licores e vinhos de grande pres- tígio internacional, cria também produtos de design luxuosos tendo por base a casca de so- breiro. Um dos princípios da empresa é produzir produtos verdes, sustentáveis para o planeta e que reduzem o aque- cimento global. Alguns desses objetos de “design” feitos em cortiça estão à venda no Museu de Arte Mo- derna (MOMA) de Nova Iorque, um dos mais conceituados do mundo. Entre estes produtos estão, por dia, Holanda e Estados Unidos da América; e concorrendo a mercados como o irlandês, o polaco, o mexicano, o Chileno…, é na Europa que a Brisa está a apostar estrategicamente. A Brisa juntou-se em 2005 à austríaca Kapsch, através da Kapsch Telematik Services, com o objetivo de ganhar as conces- sões operativas da República Checa e dos países vizinhos. Em termos de negócio a opera- ção conjunta desta joint-venture "Portugal-Áustria" teve os seus primeiros resultados visíveis na República Checa em Janeiro de 2007, através de um sistema eletrónico de cobrança que na primeira fase restringiu-se aos camiões e depois alastrou para os automóveis. O sistema eletrónico usado na República Checa é muito pareci- A Brisa exporta know-how tecno- lógico. Em 40 anos, transformou -se numa das maiores operado- ras de autoestradas a nível in- ternacional e na maior empresa de infraestruturas de transporte em Portugal. O portfólio da Brisa integra um conjunto de ativos, divididos por cinco áreas de negócio: concessões, serviços viários, inspeções automóveis e negócios internacionais. É uma empresa portuguesa que tem vindo a ser reconhecida interna- cionalmente como um caso de sucesso em termos operacio- nais. Talvez por isso esta empre- sa lusa esteja a apostar na ex- portação do seu know-how para países emergentes - e, até mes- mo, para países já considerados desenvolvidos. Presente em Portugal, no Brasil, em Espanha, na Áustria, na Ín- do com o que é atu- almente utilizado na Áustria. Trata-se de um aparelho que é colocado dentro dos camiões e que per- mite a cobrança de forma ele- trónica através de um sistema que tem por nome free-flow. A Brisa é uma empresa portu- guesa, fundada por Jorge de Brito, existe há 42 anos e está hoje nas mãos do grupo Mello. Sendo o maior operador portu- guês de autoestradas, com uma concessão principal em seis concessões rodoviárias – Concessão Brisa, Atlântico, Brisal, Douro Litoral, Baixo Tejo e Litoral Oeste –, que integram 17 autoestradas e totalizam 1 678 km, a Brisa começou a diferenciar-se no mercado em termos tecnológicos e internaci- onais. P E L C O R — S A N D R A C O R R E I A B R I S A ( V I A V E R D E ) Página 12P O T U G A L E P O R T U G U E S E S N A E U R O P A — C A S O S D E S U C E S S O Sandra Correia da PELCOR exemplo, bolsas de cosmética, carteiras, aventais e até uma linha exclusiva criada para a cantora norte-americana Ma- donna em 2008, ano em que a artista veio atuar em Portugal. Sandra Correia defendeu que "numa época de crise, o empre- endedorismo deve ser fomen- tado pelo próprio empreende- dor e não ser imposto". "Foi assim que nasceu a Pelcor, com base numa necessidade da nossa empresa, criando um nicho de mercado que não existia a nível nacional e inter- nacional", frisou a empresária, que considera a marca um A Via Verde foi, sem dúvida, a grande invenção implantada pela Brisa. Para quem pensa que as aplicações desta tecno- logia já se esgotaram, desen- gane-se. A Brisa, que tem vin- do a apostar em Investigação e Desenvolvimento, promete apresentar em breve novas aplicações da "jóia da coroa" desta empresa. O seu sistema de pagamento eletrónico inovador, Das porta- gens ou concessões rodoviá- rias aos postos de abasteci- mento de combustível e aos parques de estacionamento, a Via Verde apareceu no merca- do como uma "invenção made in Portugal". Uma invenção que, cada vez mais, dá frutos.
  • 13. O Grupo Pestana, cuja ori- gem remonta a 20 de No- vembro de 1972, por ocasi- ão da fundação da M & J Pestana - Sociedade de Turismo da Madeira, desen- volve a sua atividade princi- palmente no sector do Turis- mo, tendo ainda interesses na Indústria e nos Serviços. De empresa eminentemente local ou regional, hoje em dia, o Grupo Pestana é cla- ramente o maior grupo por- tuguês no sector do Turis- mo, sendo a sua cadeia hoteleira - Pestana Hotels & Resorts -, com 48 unidades e cerca de 10.000 quartos, a maior cadeia de origem portuguesa. O Grupo Pestana continua o processo de transversalida- de da sua internacionaliza- ção, tendo já presenças consolidadas em 15 países (Portugal, Inglaterra, Alema- nha, Brasil, Argentina, Vene- zuela, Moçambique, África do Sul, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, EUA, Cuba, Marrocos, Colômbia e Espa- nha). Em 2010, marcando o início da entrada na Europa, o Grupo abriu a sua primeira unidade em Londres, o Pes- tana Chelsea Bridge Hotel & Spa. Em Maio de 2011, abriu o Pestana Berlim Tier- garten, na capital alemã. Entre 2012 e 2013, abriram novos investimentos inter- nacionais, para além dos O G R U P O P E S T A N A Página 131 0 P E R S O N A L I D A D E , 3 F A C T O S E 5 E M P R E S A S 2013/2014