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Como medir desigualdades?
Rogério Jerônimo Barbosa
Doutorando em Sociologia – PPGS/USP
antrologos@usp.br
Estrutura da apresentação
1. Estratificação, poder e desigualdade
2. Operacionalização de conceitos
3. Avanços conceituais e formas de mensuração
4. Desigualdade de renda:
i.
ii.

Representações gráficas
Medidas sintéticas

5. Desigualdades de oportunidades educacionais
Parte 1
Estratificação, poder e desigualdades
1. Estratificação, poder e desigualdade
Distribuição
desigual de poder
Desigualdade de oportunidades

Distribuição desigual
de bens sociais
Desigualdade de resultados

“Poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade
numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o
fundamento dessa probabilidade” (Weber, ES v.1, 2000, p.33)

Mas como se observa “poder”?
1. Estratificação, poder e desigualdade
• Perspectiva Estrutural
• O poder é um atributo social
• Não há um único fundamento para o poder:
•
•
•
•
•
•
•

Violência/força física
Violência psicológica
Gênero
Raça
Idade ou ancestralidade
Conhecimento especializado
Carisma

•
•
•
•
•
•
•

Autoridade religiosa
Descendência / linhagem
Consenso / acordo
Credenciais legais
Propriedade
Dinheiro
Reputação
Etc...
1. Estratificação, poder e desigualdade
• Centralidade de determinadas formas associadas ao poder
•
•
•
•
•
•
•

Propriedade
Dinheiro / Rendimentos
Autoridade
Educação / Conhecimento especializado
Poder político
Gênero
Raça

• No entanto, o “poder em si” não é observável
Parte 2
Operacionalização de conceitos
2. Operacionalização de conceitos
1. Representação literária do conceito
Construção abstrata, uma imagem

2. Especificação do conceito
Dimensões do conceito. Deduzidos logicamente ou inferidos empiricamente

3. Escolha de indicadores empíricos
Instâncias observáveis que se referem às dimensões do conceito. “Sintomas”

4. Formação/Construção de índices e escalas
Tentativa de sintetizar

5. Índices, escalas e indicadores intercambiáveis
Validade e confiabilidade

“De los conceptos a los índices empíricos” – Paul Lazarsfeld
2. Operacionalização de conceitos
1. Representação literária do conceito
O poder não é observável, é uma probabilidade. É um “potencial” de
realização da própria vontade. Determinados atributos, bens, posições ou
comportamentos ampliam esse potencial.

2. Especificação do conceito
Poder econômico, Poder político

3. Escolha de indicadores empíricos
• Poder econômico: propriedade, posição na ocupação, natureza da
ocupação, rendimentos, benefícios ocupacionais, reputação ou prestígio
ocupacional, emprego/desemprego, taxa de atividade/inatividade
• Poder político: voto, incumbência, participação, direitos e privilégios
legais
Parte 3
Avanços conceituais e formas de
mensuração
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
Regime de classes: Formas categóricas de mensuração

Renda

Autoridade

Educação

Figura extraída do livro de David Grusky, reproduzida por Carlos Costa
Ribeiro nos slides de sua disciplina de Introdução à Estratificação Social
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Pastore (2001)
Status do Indivíduo em 1996

Status do Pai

Total

Baixo
Inferior

Baixo
Superior

Médio
Inferior

Médio
Médio

Médio
Superior

Alto

1-Baixo Inferior

21,7

12,8

13.2

4,6

2,1

1,0

55,4

2-Baixo Superior

0,7

4,2

3,6

2,5

1,3

0,8

13,1

3-Médio Inferior

0,6

3,7

7,1

2,7

1,5

0,8

16,4

4-Médio Médio

0,6

1,9

2,0

2,2

1,2

0,9

8,8

5-Médio Superior

0,3

0,6

0,6

0,7

0,7

0,5

3,4

6-Alto

0,1

0,3

0,3

0,6

0,6

0,9

2,8

Total

24,0

23,5

26,8

13,3

7,4

4,9

100,0
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
Regime gradativo: Formas contínuas de mensuração

Renda

Autoridade

Educação

Figura extraída do livro de David Grusky, reproduzida por Carlos Costa
Ribeiro nos slides de sua disciplina de Introdução à Estratificação Social
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Blau e Duncan (1967)
• Escala de prestígio
• Path Analysis
• Multivariado

Mostrar cálculos de Duncan (1961): “script 1 - Duncan - escala.R”
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Blau e Duncan (1967)
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Haller e Portes (1973)
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Sofisticações técnicas da análise de classe:
Modelos log-lineares, multivariados

Ribeiro (2007)
3. Avanços conceituais e formas de
mensuração
• Sofisticações técnicas da análise de classe:
Modelos log-lineares, multivariados

Ribeiro (2007)
Parte 4
Desigualdade de Renda
4.i. Desigualdade de Rendimentos

Representações gráficas
Parada de Pen (Desfile de anões e gigantes)
• Uma distribuição perfeitamente igualitária seria uma linha
reta paralela ao eixo horizontal.

“Uma Introdução às Representações Gráficas da Desigualdade de Renda” – Marcelo Medeiros
4.i. Desigualdade de Rendimentos

Representações gráficas
Histograma ou Densidade dos rendimentos
4.i. Desigualdade de Rendimentos

Representações gráficas
Curva de Lorenz
4.i. Desigualdade de Rendimentos

Representações gráficas
Curva de Lorenz Generalizada
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão / Entropia
• Igualdade: todos recebem o mesmo valor
• Desigualdade: todos recebem valores
diferentes, dispersos

• Concentração
• Igualdade: todos recebem o mesmo valor
• Desigualdade: um único indivíduo recebe toda
renda disponível
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão
•
•
•
•
•

Amplitude
Variância
Desvio Padrão
Razão 90/10
Razão 90/40

• Concentração
• Gini
• Índice de concentração

•
•
•
•

Variância do log renda
Theil T
Theil L
Theil S
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão
• Amplitude

(Desigualdade absoluta)

• Razão 90/10

(Desigualdade relativa)

• Razão 90/40

(Desigualdade relativa)
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão
• Variância

• Desvio padrão

(Variância e Desvio padrão são medidas de desigualdade absoluta)
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão / Entropia
• Variância do logaritmo da renda

(Variância do log da renda é uma medida de desigualdade relativa)
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão / Entropia
• Theil T

• Theil L

• Theil S
(Os índices de Theil são medidas de desigualdade relativa)
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Concentração
• Gini

X = proporção acumulada da população
Y = proporção acumulada da renda

(O índice de Gini é uma medida de desigualdade relativa)
Executar o script:
“2 - PNAD - medidas de desigualdade.R”
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão ou entropia
4.ii. Desigualdade de Rendimentos

Índices e Medidas Sintéticas
• Dispersão ou entropia

Mostrar simulações com medidas de desigualdade: script 3
Parte 5
Desigualdades Educacionais
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
Origem

Concluir 8ª
série / 9º ano

Ingressar no
Ensino médio

Entrar na
Escola

Concluir 1ª
série

Concluir 8ª
série / 9º ano

Concluir o
Ensino médio

Concluir 4ª
série / 5º ano

Ingressar no
Ensino superior

Concluir o Ensino
superior
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
Origem

Concluir 8ª
série / 9º ano

Ingressar no
Ensino médio

Entrar na
Escola

Concluir 1ª
série

Concluir 8ª
série / 9º ano

Concluir o
Ensino médio

Concluir 4ª
série / 5º ano

Ingressar no
Ensino superior

Concluir o Ensino
superior
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)

• Transição: completar uma etapa de ensino
• Probabilidade condicional de transição: probabilidade
de realizar a transição seguinte, dado que já se
realizou a transição anterior
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
• Exemplo hipotético
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
• Exemplo hipotético
• Questão: dos pobres que haviam concluído a 8ª série, quantos
também concluíram o ensino médio?

• Questão: dos pobres que haviam concluído a 8ª série, quantos
também concluíram o ensino médio?
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
• Exemplo hipotético
• Questão: qual a vantagem dos ricos em relação aos pobres?

(Razão de chance)
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
• As razões de chance são medida de desigualdade relativa
• Em Assis, Barbosa e Costa (2012), propomos uma medida de
desigualdade absoluta: first differences.
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Transições educacionais (Mare, 1980)
• As razões de chance são medida de desigualdade relativa
• Em Assis, Barbosa e Costa (2012), propomos uma medida de
desigualdade absoluta: first differences.
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
Percentual de Indivíduos que
completaram com sucesso a T1

• Assis, Barbosa e Costa (2012)
100.00%
90.00%
80.00%
70.00%
60.00%
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
.00%
6

7

8

9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Idade
Urbano

Rural
Regressões logísticas – PNAD 1989
T1
Intercepto

Sexo (masculino=1)

Raça (brancos=1)

Idade

Idade^2

Sexo do resp. domicílio (masculino=1)

Núm. filhos do resp. domicilio

Escolaridade do resp. domicílio

Log. da Renda familiar per capita

Local de moradia I (urbano=1/rural=0)

Local de moradia II (RMBH=1/interior=0)
Deviance

T2

T3

T4

-22.51***
(0.71)
-0.31***
(0.08)
0.39***
(0.08)
3.21***
(0.08)
-0.11***
(0.00)
0.08
(0.12)
-0.08***
(0.02)
0.14***
(0.01)
0.23***
(0.05)
0.38***
(0.10)
-0.05
(0.08)
5617.74

-36.63***
(1.22)
-0.47***
(0.07)
0.48***
(0.08)
4.10***
(0.14)
-0.12***
(0.00)
0.44***
(0.10)
-0.06**
(0.02)
0.15***
(0.01)
0.35***
(0.05)
0.79***
(0.10)
-0.04
(0.07)
5696.93

-92.17***
(6.38)
-0.57***
(0.11)
0.56***
(0.12)
9.41***
(0.74)
-0.26***
(0.02)
0.37*
(0.15)
-0.04
(0.03)
0.14***
(0.02)
0.52***
(0.08)
1.09***
(0.20)
-0.06
(0.11)
2419.51

-34.19
(53.73)
-0.32
(0.27)
0.33
(0.29)
1.35
(5.90)
0.01
(0.16)
-0.37
(0.35)
0.03
(0.07)
0.06
(0.04)
0.54**
(0.16)
-0.34
(0.68)
0.02
(0.26)
433.68
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Escolaridade do responsável
Regressões logísticas – PNAD 1989
T1
Coeficiente
β
Sexo (masculino=1)
Raça (brancos=1)
Sexo do resp, domicílio
(masculino=1)

T2

Razão de Razão de chance
Coeficiente
Chance
em percentual
β
Exp(β)
[Exp(β)-1] * 100

Razão de Razão de chance
Chance
em percentual
Exp(β)
[Exp(β)-1] * 100

-0,31
0,39

0,73
1,48

-26,7%
47,7%

-0,47
0,48

0,63
1,62

-37,5%
61,6%

0,08

1,08

8,3%

0,44

1,55

55,3%
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Assis, Barbosa e Costa (2012)
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Sexo
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Raça
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Sexo do responsável pelo domicílio
5. Desigualdade s Educacionais

Acesso e Oportunidades
• Escolaridade do responsável

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Como medir desigualdades

  • 1. Como medir desigualdades? Rogério Jerônimo Barbosa Doutorando em Sociologia – PPGS/USP antrologos@usp.br
  • 2. Estrutura da apresentação 1. Estratificação, poder e desigualdade 2. Operacionalização de conceitos 3. Avanços conceituais e formas de mensuração 4. Desigualdade de renda: i. ii. Representações gráficas Medidas sintéticas 5. Desigualdades de oportunidades educacionais
  • 4. 1. Estratificação, poder e desigualdade Distribuição desigual de poder Desigualdade de oportunidades Distribuição desigual de bens sociais Desigualdade de resultados “Poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa probabilidade” (Weber, ES v.1, 2000, p.33) Mas como se observa “poder”?
  • 5. 1. Estratificação, poder e desigualdade • Perspectiva Estrutural • O poder é um atributo social • Não há um único fundamento para o poder: • • • • • • • Violência/força física Violência psicológica Gênero Raça Idade ou ancestralidade Conhecimento especializado Carisma • • • • • • • Autoridade religiosa Descendência / linhagem Consenso / acordo Credenciais legais Propriedade Dinheiro Reputação Etc...
  • 6. 1. Estratificação, poder e desigualdade • Centralidade de determinadas formas associadas ao poder • • • • • • • Propriedade Dinheiro / Rendimentos Autoridade Educação / Conhecimento especializado Poder político Gênero Raça • No entanto, o “poder em si” não é observável
  • 8. 2. Operacionalização de conceitos 1. Representação literária do conceito Construção abstrata, uma imagem 2. Especificação do conceito Dimensões do conceito. Deduzidos logicamente ou inferidos empiricamente 3. Escolha de indicadores empíricos Instâncias observáveis que se referem às dimensões do conceito. “Sintomas” 4. Formação/Construção de índices e escalas Tentativa de sintetizar 5. Índices, escalas e indicadores intercambiáveis Validade e confiabilidade “De los conceptos a los índices empíricos” – Paul Lazarsfeld
  • 9. 2. Operacionalização de conceitos 1. Representação literária do conceito O poder não é observável, é uma probabilidade. É um “potencial” de realização da própria vontade. Determinados atributos, bens, posições ou comportamentos ampliam esse potencial. 2. Especificação do conceito Poder econômico, Poder político 3. Escolha de indicadores empíricos • Poder econômico: propriedade, posição na ocupação, natureza da ocupação, rendimentos, benefícios ocupacionais, reputação ou prestígio ocupacional, emprego/desemprego, taxa de atividade/inatividade • Poder político: voto, incumbência, participação, direitos e privilégios legais
  • 10. Parte 3 Avanços conceituais e formas de mensuração
  • 11. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração Regime de classes: Formas categóricas de mensuração Renda Autoridade Educação Figura extraída do livro de David Grusky, reproduzida por Carlos Costa Ribeiro nos slides de sua disciplina de Introdução à Estratificação Social
  • 12. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Pastore (2001) Status do Indivíduo em 1996 Status do Pai Total Baixo Inferior Baixo Superior Médio Inferior Médio Médio Médio Superior Alto 1-Baixo Inferior 21,7 12,8 13.2 4,6 2,1 1,0 55,4 2-Baixo Superior 0,7 4,2 3,6 2,5 1,3 0,8 13,1 3-Médio Inferior 0,6 3,7 7,1 2,7 1,5 0,8 16,4 4-Médio Médio 0,6 1,9 2,0 2,2 1,2 0,9 8,8 5-Médio Superior 0,3 0,6 0,6 0,7 0,7 0,5 3,4 6-Alto 0,1 0,3 0,3 0,6 0,6 0,9 2,8 Total 24,0 23,5 26,8 13,3 7,4 4,9 100,0
  • 13. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração Regime gradativo: Formas contínuas de mensuração Renda Autoridade Educação Figura extraída do livro de David Grusky, reproduzida por Carlos Costa Ribeiro nos slides de sua disciplina de Introdução à Estratificação Social
  • 14. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Blau e Duncan (1967) • Escala de prestígio • Path Analysis • Multivariado Mostrar cálculos de Duncan (1961): “script 1 - Duncan - escala.R”
  • 15. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Blau e Duncan (1967)
  • 16. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Haller e Portes (1973)
  • 17. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Sofisticações técnicas da análise de classe: Modelos log-lineares, multivariados Ribeiro (2007)
  • 18. 3. Avanços conceituais e formas de mensuração • Sofisticações técnicas da análise de classe: Modelos log-lineares, multivariados Ribeiro (2007)
  • 20. 4.i. Desigualdade de Rendimentos Representações gráficas Parada de Pen (Desfile de anões e gigantes) • Uma distribuição perfeitamente igualitária seria uma linha reta paralela ao eixo horizontal. “Uma Introdução às Representações Gráficas da Desigualdade de Renda” – Marcelo Medeiros
  • 21. 4.i. Desigualdade de Rendimentos Representações gráficas Histograma ou Densidade dos rendimentos
  • 22. 4.i. Desigualdade de Rendimentos Representações gráficas Curva de Lorenz
  • 23. 4.i. Desigualdade de Rendimentos Representações gráficas Curva de Lorenz Generalizada
  • 24. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão / Entropia • Igualdade: todos recebem o mesmo valor • Desigualdade: todos recebem valores diferentes, dispersos • Concentração • Igualdade: todos recebem o mesmo valor • Desigualdade: um único indivíduo recebe toda renda disponível
  • 25. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão • • • • • Amplitude Variância Desvio Padrão Razão 90/10 Razão 90/40 • Concentração • Gini • Índice de concentração • • • • Variância do log renda Theil T Theil L Theil S
  • 26. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão • Amplitude (Desigualdade absoluta) • Razão 90/10 (Desigualdade relativa) • Razão 90/40 (Desigualdade relativa)
  • 27. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão • Variância • Desvio padrão (Variância e Desvio padrão são medidas de desigualdade absoluta)
  • 28. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão / Entropia • Variância do logaritmo da renda (Variância do log da renda é uma medida de desigualdade relativa)
  • 29. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão / Entropia • Theil T • Theil L • Theil S (Os índices de Theil são medidas de desigualdade relativa)
  • 30. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Concentração • Gini X = proporção acumulada da população Y = proporção acumulada da renda (O índice de Gini é uma medida de desigualdade relativa)
  • 31. Executar o script: “2 - PNAD - medidas de desigualdade.R”
  • 32. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão ou entropia
  • 33. 4.ii. Desigualdade de Rendimentos Índices e Medidas Sintéticas • Dispersão ou entropia Mostrar simulações com medidas de desigualdade: script 3
  • 35. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades
  • 36. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades Origem Concluir 8ª série / 9º ano Ingressar no Ensino médio Entrar na Escola Concluir 1ª série Concluir 8ª série / 9º ano Concluir o Ensino médio Concluir 4ª série / 5º ano Ingressar no Ensino superior Concluir o Ensino superior
  • 37. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades Origem Concluir 8ª série / 9º ano Ingressar no Ensino médio Entrar na Escola Concluir 1ª série Concluir 8ª série / 9º ano Concluir o Ensino médio Concluir 4ª série / 5º ano Ingressar no Ensino superior Concluir o Ensino superior
  • 38. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • Transição: completar uma etapa de ensino • Probabilidade condicional de transição: probabilidade de realizar a transição seguinte, dado que já se realizou a transição anterior
  • 39. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980)
  • 40. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • Exemplo hipotético
  • 41. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • Exemplo hipotético • Questão: dos pobres que haviam concluído a 8ª série, quantos também concluíram o ensino médio? • Questão: dos pobres que haviam concluído a 8ª série, quantos também concluíram o ensino médio?
  • 42. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • Exemplo hipotético • Questão: qual a vantagem dos ricos em relação aos pobres? (Razão de chance)
  • 43. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • As razões de chance são medida de desigualdade relativa • Em Assis, Barbosa e Costa (2012), propomos uma medida de desigualdade absoluta: first differences.
  • 44. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Transições educacionais (Mare, 1980) • As razões de chance são medida de desigualdade relativa • Em Assis, Barbosa e Costa (2012), propomos uma medida de desigualdade absoluta: first differences.
  • 45. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades Percentual de Indivíduos que completaram com sucesso a T1 • Assis, Barbosa e Costa (2012) 100.00% 90.00% 80.00% 70.00% 60.00% 50.00% 40.00% 30.00% 20.00% 10.00% .00% 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Idade Urbano Rural
  • 46. Regressões logísticas – PNAD 1989 T1 Intercepto Sexo (masculino=1) Raça (brancos=1) Idade Idade^2 Sexo do resp. domicílio (masculino=1) Núm. filhos do resp. domicilio Escolaridade do resp. domicílio Log. da Renda familiar per capita Local de moradia I (urbano=1/rural=0) Local de moradia II (RMBH=1/interior=0) Deviance T2 T3 T4 -22.51*** (0.71) -0.31*** (0.08) 0.39*** (0.08) 3.21*** (0.08) -0.11*** (0.00) 0.08 (0.12) -0.08*** (0.02) 0.14*** (0.01) 0.23*** (0.05) 0.38*** (0.10) -0.05 (0.08) 5617.74 -36.63*** (1.22) -0.47*** (0.07) 0.48*** (0.08) 4.10*** (0.14) -0.12*** (0.00) 0.44*** (0.10) -0.06** (0.02) 0.15*** (0.01) 0.35*** (0.05) 0.79*** (0.10) -0.04 (0.07) 5696.93 -92.17*** (6.38) -0.57*** (0.11) 0.56*** (0.12) 9.41*** (0.74) -0.26*** (0.02) 0.37* (0.15) -0.04 (0.03) 0.14*** (0.02) 0.52*** (0.08) 1.09*** (0.20) -0.06 (0.11) 2419.51 -34.19 (53.73) -0.32 (0.27) 0.33 (0.29) 1.35 (5.90) 0.01 (0.16) -0.37 (0.35) 0.03 (0.07) 0.06 (0.04) 0.54** (0.16) -0.34 (0.68) 0.02 (0.26) 433.68
  • 47. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Escolaridade do responsável Regressões logísticas – PNAD 1989 T1 Coeficiente β Sexo (masculino=1) Raça (brancos=1) Sexo do resp, domicílio (masculino=1) T2 Razão de Razão de chance Coeficiente Chance em percentual β Exp(β) [Exp(β)-1] * 100 Razão de Razão de chance Chance em percentual Exp(β) [Exp(β)-1] * 100 -0,31 0,39 0,73 1,48 -26,7% 47,7% -0,47 0,48 0,63 1,62 -37,5% 61,6% 0,08 1,08 8,3% 0,44 1,55 55,3%
  • 48. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Assis, Barbosa e Costa (2012)
  • 49. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Sexo
  • 50. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Raça
  • 51. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Sexo do responsável pelo domicílio
  • 52. 5. Desigualdade s Educacionais Acesso e Oportunidades • Escolaridade do responsável