Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Pátria minha: poema de Vinícius de Moraes sobre saudades da terra natal
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens.
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 540 – ANO XII Nº 07 – 08 de setembro de 2015
PÁTRIA MINHA
Vinícius de Moraes
A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança
dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.
Se me perguntarem o que é a minha pátria,
direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a
água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.
Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos
cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido
(auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias, pátria minha
Tão pobrinha!
Porque te amo tanto, pátria minha, eu que
não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que
permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!
Tenho-te no entanto em mim como um
gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não
me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.
Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no
Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o
monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo
sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...
Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!
2. Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.
Pátria minha... A minha pátria não é florão,
nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio
secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamen
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!
Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade me vem de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.
Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.
Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama…
DISCRIMINAÇÃO
O meu vizinho, aqui do Cavíuna, Léo, colocou
na entrada do elevador social esse mural,
bastante significativo. Em resumo, representa
o mesmo sangue alimentando tanto o preto
quanto o branco. Em outras palavras, não
existe diferença do nosso combustível vital
entre as duas raças. O tema vale para
quaisquer tipos de discriminação, a exemplo
dos ricos que colocam o TER acima do SER,
esquecendo que o TIME DO TEMPO é
imbatível e, mais lá pra frente, vai nivelar todo
mundo.
(Luiz Ferreira).
TECNOLOGIA AGROPECUÁRIA
Luiz Ferreira da Silva
Cada vez mais, outras bocas vão necessitar
de alimentos e a agropecuária tem que estar
preparada para este mais importante desafio
do novo milênio. Aliás, temos comida na
nossa mesa porque existe milhões que
passam fome, contingente este que
necessitaria provavelmente maior produção
de grãos já no momento atual.
Enquanto isso acontece, há uma corrente que
combate a agricultura moderna, a de altos
insumos, na doce ilusão que vai matar a fome
da humanidade com a chamada agricultura
orgânica. E outra advoga a concepção de
uma agricultura dos “patrasmente”.
O tema é polêmico e resolvi colocar alguns
aspectos introdutórios com o intuito de
possibilitar algumas reflexões.
É bonito ver os índios com sua agricultura
primitiva, plantando na ponta do facão e
bebendo chás; caçando e pescando, em
equilíbrio com a natureza e sem degradar o
ambiente.
3. Isso é apenas um estágio de vida, de
evolução. Processam uma agricultura
rudimentar, que deve evoluir, com o aumento
populacional, até chegar a outros métodos
para produzir mais e em menor tamanho de
área, à medida que o extrativismo deixa de
satisfazer aos novos requerimentos,
sobretudo alimentares.
Imaginemos, agora, hipoteticamente, que o
Brasil continuasse indígena, utilizando aquela
tecnologia tupiniquim. Seríamos uns 300
milhões de brasileiros. Não haveria controle
da natalidade e, mesmo com os "descartes", a
população seria maior que a de hoje.
Não seria possível alimentar esse pessoal
todo se produzindo 300 kg de feijão/ha; 700
kg de milho/ha, 5 toneladas de mandioca/há,
ao invés dos, respectivamente, 2.000 kg,
10.000 kg e 20 toneladas.
Esse exemplo diz tudo. Sem tecnologias, o
sistema seria o do famoso “shifting cultivation”
(pousio, itinerante). Ou seja. Planta-se num
local, e, com 3 anos, vai-se abrir uma nova
área, pelo esgotamento da anterior e assim
por diante, significando destruição da floresta
em pouco tempo.
Ter-se-ia que se dispor de 1 km2
(100
hectares) para alimentar 10 pessoas (no
máximo 15, em áreas ricas e diversificadas).
O Brasil tem 8 milhões e 500 mil km2
. Tirando
a água, montanhas, as zonas salinizadas, as
areias, os baixios hidromórficos, sobrariam
400 milhões de hectares (1,33 para cada
pessoa), insuficientes para alimentar a galera,
naquele sistema de agricultura itinerante.
Morreriam todos de fome..
Não é difícil entender, num simples exercício
de aritmética elementar, que não haveria mais
uma árvore sobre o nosso território, nenhum
animalzinho para contar a história e,
tampouco, nenhum alimento de água doce ou
salgada. Tudo destruído. Muito e muito mais
do que hoje. Isso, sim, seria catastrófico,
como gostam de falar os Ambientalistas e
Ecologistas.
Então, vamos cair na real. Cada vez mais vai
ter que se investir na agricultura de precisão,
aprimorando as técnicas de manejo do solo,
do uso racional dos pesticidas e da eficiência
dos fertilizantes e corretivos, ao tempo que a
engenharia genética propicia novos cultivares
mais produtivos, evitando novas áreas
desmatadas. Concomitantemente,
desenvolver sistemas de agricultura com
enfoque no equilíbrio uso versus
conservação.
Isso não descarta a chamada produção dos
orgânicos que pode ser simultânea e,
provavelmente limitada à áreas específicas,
incluindo o nível socioeconômico. Jamais
extensivamente e com capacidade para
debelar a fome mundial.
MULHERES SUSPEITAS
Aloísio Guimarães
(In. www.terradosxucurus.blogspot.com.br)
Antigamente, a zona do baixo meretrício de
quase todas as cidades litorâneas brasileira
ficava nas imediações do Cais do Porto. Uma
localização estratégica, porque os
marinheiros, após vários dias no mar,
chegavam sedentos de mulheres.
Aqui em Maceió não foi diferente das outras
cidades. A "zona" ficava no tradicional bairro
do Jaraguá, área do porto da cidade, onde o
dono de um dos cabarés mais frequentados
daquela época era um cidadão muito
conhecido, apelidado de “Mossoró”.
Com o crescimento da cidade, a "zona de
Jaraguá", foi obrigada a se mudar para longe
do centro da cidade: para o bairro do Canaã,
vizinho ao atual Parque das Flores, o
cemitério chique da cidade. Tão longe que a
maioria da sua freguesia passou a ser muito
mais de jovens da sociedade alagoana do que
daqueles marinheiros de outrora.
Muitas "figuras importantes" daquela época, e
que ainda hoje são vivas e continuam
importantes, “pegaram a sua gonorreiazinha”
no “Mossoró”. Isto é fato!
A fama do senhor "Mossoró" era tanta que a
"zona de Jaraguá", no novo local, ficou
conhecida como “Mossoró”. Assim, “ir ao
Mossoró” pouco importava se você ia para a
“Areia Branca” (boate de propriedade do
senhor "Mossoró", onde a moçada encontrava
4. as melhores raparigas do pedaço e a
presença constante de "novidades"), ao
“Geraldão” (boate famosa pelo som potente),
à “Ibelza” (famosa por ser o mais discreto), ou
em qualquer outro cabaré da "zona".
A safadeza sempre existiu, mas não
escancarada como nos dias atuais. Por este
motivo, várias figuras ilustres frequentavam o
“Mossoró” (a zona), tornando o “Mossoró” (o
homem), um sujeito bastante conhecido de
várias autoridades alagoanas da época, que
também iam frequentemente “trocar o óleo"
no "Mossoró”.
A cidade voltou a crescer, assustadoramente,
e a sacanagem começou a correr solta.
Resultado: o “Mossoró” (a zona) foi engolida
pelo crescimento urbano da cidade e hoje já
não existe mais. E, mesmo que ela ainda
existisse, não teria mais nenhum sucesso
porque conseguir sexo, hoje, é coisa muito
fácil e de graça!. Tão fácil que um sujeito
arranja uma namorada pela manhã e, à noite,
já tá “comendo” a garota! E, muitas vezes, na
casa dela! E ainda tem pai, todo orgulhoso da
filha, que diz “prefiro que o namorado coma a
minha filha aqui em casa do que em qualquer
outro lugar; pelo menos sei aonde ela está”!
Pois bem, voltemos ao nosso causo...
Contam que o “Mossoró”, por conta de
conhecer muita “gente de bem” da cidade,
num determinado dia de Carnaval, encheu o
seu carro de "quengas" e resolveu ir brincar o
carnaval no Clube Fênix Alagoano, à época, o
clube da elite local e que tinha o melhor
carnaval da cidade. Lá chegando, ao ser
reconhecido pelo porteiro e sabendo que
eram as suas acompanhantes, o “Mossoró” foi
barrado, com a seguinte justificativa:
- O senhor não pode entrar com estas
mulheres porque elas são “mulheres
suspeitas”.
Ao ouvir a explicação do porteiro, “Mossoró”,
sapecou, em alto e bom som, para todo
mundo ouvir:
- “Suspeitas”, não! Elas são putas mesmo!
"Suspeitas” são essas mulheres que estão aí
dentro!
É claro que não entrou e teve que brincar o
carnaval no seu puteiro!
A N O S O G N O S I A
Já faz algum tempo que andava preocupado
porque:
1.- Às vezes não me recordo de alguns
nomes próprios;
2.- Às vezes esqueço onde deixo algumas
coisas;
3.- Quando tenho que interromper o
pensamento numa conversa, sinto
dificuldades em continuar no ponto em que fui
interrompido;
Enfim, creio que começava a pensar que tinha
um inimigo dentro da minha cabeça, cujo
nome começa por Alz...
Hoje li um artigo que me deixou bem mais
tranquilo, por isso passo a transcrever a parte
mais interessante:
"Se tu tens consciência dos teus problemas
de memória, então é porque ainda não tens
problemas"
Existe um termo médico que se chama
ANOSOGNOSIA, que é a situação em que
não se recorda temporariamente de alguma
coisa. Metade dos maiores de 50 anos,
apresentam algumas falhas deste tipo, mas é
mais um fato relacionado com a idade do que
com a doença.
Queixar-se de falhas de memória, é uma
situação muito comum em pessoas com 50 ou
mais anos de idade.
Se traduz por não recordar um nome próprio,
entrar numa divisão da casa e esquecer-se do
que ia fazer ou buscar, esquecer o título de
um filme, ator, canção, não se lembrar onde
deixou os óculos, etc.
Muitas pessoas preocupam-se, muitas vezes
em excesso, por este tipo de esquecimento.
Daí uma informação importante:
"Quem tem consciência de ter este tipo de
esquecimento, é todo aquele que não tem
problema sério de memória. Todos aqueles
que padecem de doença de memória, com o
inevitável fantasma de Alzheimer, são todos
aqueles que não tem registro do que
efetivamente se passa.
B. Dubois, professor de neurologia de CHU
Pitié-Salpêtrière , encontrou uma engraçada,
mas didática explicação, válida para a maioria
5. dos casos de pessoas que estão preocupadas
com seus esquecimentos :
"Quanto mais se queixam dos seus problemas
de memória, menos possibilidades têm de
sofrer de uma doença de memória".
Este texto é dedicado a todos os esquecidos
que me recordo.
Se esquecerem de compartilhá-lo, não se
preocupem porque não será Alzheimer... e
sim os muitos anos que pesam dentro das
suas cabeças.
Ufa! Que alívio!
(Enviada por Alício Rocha)
DITADO POPULAR DO FOLCLORE BRASILEIRO
Só percebemos o valor da água depois que a
fonte seca.
Muitas vezes se diz melhor calando do que
falando em demasia.
Quem não sabe se controlar é tão sem defesa
como uma cidade sem muralhas.
Quem toma cuidado com o que diz está
protegendo a sua própria vida, mas quem fala
demais destrói a si mesmo.
Nunca foi um bom amigo quem por pouco
quebrou a amizade.
Os ignorantes, que acham que sabem tudo,
privam-se de um dos maiores prazeres da
vida: aprender.
Um grama de exemplos vale mais que uma
tonelada de conselhos.
O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa
todas as ofensas.
Pense bem no que você vai fazer, e todos os
seus planos darão certo.
Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz
muitas vezes não sabe.
Censura teus amigos na intimidade e elogia-
os em público.
Meu destino depende de mim, não de Deus.
Os estrategistas não acreditavam em
predestinação e não estimulavam as pessoas
a consultar livros que diziam a sorte ou
esperar o que fosse acontecer. Ensinavam às
pessoas a examinar suas situações e seus
atos, e a assumir a responsabilidade
consciente de seu comportamento e as
consequências que ele provoque.
Mente vazia, oficina do diabo.
“Amor é estado de graça e com amor não se
paga”. Nada mais falso do que o ditado
popular que afirma que “amor com amor se
paga”. O amor não é regido pela lógica das
trocas comerciais. Nada te devo. Nada me
deves. Como a rosa que floresce porque
floresce, eu te amo porque te amo"
O preguiçoso fica pobre, mas quem se
esforça no trabalho enriquece.
Não abandone a lealdade e a fidelidade;
guarde-as sempre bem gravadas no seu
coração.
Como o verniz cobre um pote de barro, as
palavras fingidas cobrem um coração mau.
A PIADA DA SEMANA
Eu tinha lá em casa dez garrafas de cachaça,
da boa. Mas minha mulher obrigou-me a joga-
las fora. Peguei a primeira garrafa, bebi um
copo e joguei o resto na pia. Peguei a
segunda garrafa, bebi outro copo e joguei o
resto na pia. Peguei a terceira garrafa bebi o
resto e joguei o copo na pia. Peguei a quarta
garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo.
Pequei o quinto copo joguei a rolha na pia e
bebi a garrafa. Peguei a sexta pia, bebi a
garrafa e joguei o copo no resto. A sétima
garrafa eu peguei no resto e bebi a pia.
Peguei no copo, bebi no resto e joguei a pia
na oitava garrafa. Joguei a nona pia no copo,
peguei na garrafa e bebi o resto O decimo
copo, eu peguei a garrafa no resto e me
joguei na pia.
oOo
Acessar: www.r2cpress.com.br