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PROCESSO DECISÓRIO
      Julgamento sob Incerteza



     Max H. Bazerman


CENÁRIOS- MESTRADO PUC SP
Professor - Leonardo Nelmi Trevisan
Aluno: Cirineu José da Costa
• O Decisor, baseia-se em informações que recebe do
  seu ambiente, processando-as de acordo com suas
  convicções, assumindo riscos e expressando opiniões e
  pontos de vista em circunstâncias variadas.
• A Organização, neste sentido, é vista como um sistema
  de decisões. Para que os componentes tomem decisões
  coerentes com a Organização, esta lança mão de uma
  série de artifícios para orientar as decisões.
• O Decisor, usando uma RACIONALIDADE limitada pela
  escassez de informações que pode obter e processar,
  busca soluções satisfatórias e não soluções ótimas.
• Racionalidade limitada: as pessoas tomam decisões
  racionais (adequação dos meios - fins) apenas em relação
  aos aspectos da situação que conseguem perceber e
  interpretar.
INTRODUÇÃO
A utilização inadequada de heurísticas cognitivas pode levar a
um viés no processo de decisão.

heurística assume uma solução próxima da ideal baseada
em uma função de avaliação do resultado. A solução
encontrada por uma heurística não é necessariamente a
melhor possível. Solução=f(resultado)

A estruturação da apresentação da informação causa impacto
sobre a tomada de decisões - particularmente quando a
incerteza está envolvida.
Intuições desviam da racionalidade  Decisores falham ao
avaliar a incerteza e os efeitos da estruturação. A incerteza é
um fato da vida gerencial.
Como tomar melhores decisões sob condições incertas?
                            (objetivo)
EVITAR A INCERTEZA: UMA REAÇÃO COMUM



O Presidente Truman declarou que os Estados Unidos precisavam
de economistas que tivessem “um lado só". Quando lhe
perguntaram por que, Truman respondeu que ele estava cansado de
economistas que diziam: por um lado... mas, por outro lado.


Crise de orçamento  corte de despesas que não são essenciais.

Crença  destinar dinheiro só para despesas que com certeza
aumentarão o lucro e a produtividade em curto prazo.
Decisores  ter certeza em um mundo incerto.

O que acontecerá?   O que poderá acontecer?


Tomar decisões Incertezas  busca do risco zero

Decisores + crédito por sucessos  + culpa por fracassos.
Decisores  graus de aversão e de exposição ao risco.

Decisores agressivos situação A  conservadores situação B

Inteligência  ñ relacionada com nível de exposição ao risco.

Administradores  decisões  resultados incertos.
Qual é o risco de construir uma nova usina nuclear?



Respostas:
- antes e depois do acidente de Three Miles Island em 28Mar79
- antes e depois do acidente de Chernobyl em 26Abr86
- antes e depois do acidente de Fukushima em 18Mar11


Questões básicas:

Qual é o nível de risco aceitável?

Quanto vale a segurança? Não tem preço.......
Devemos administrar o risco  é inevitável  resultados e
custos.

Erro nos esforços de redução de risco  pior resultado
mesmo custo

Natureza das decisões arriscadas  avaliar  qualidade do
processo de decisão.

Melhores decisões  incerteza existe  pensar ambientes
arriscados.

Risco não é mau  é simplesmente imprevisível.
FUNDAMENTO NORMATIVO DO RISCO

Conceitos normativos básicos referentes ao risco

Indivíduos não são racionais nem consistentes ao lidar com a
 incerteza.

 delinear uma estrutura "racional” para abordar problemas
arriscados.

Estrutura normativa ilustrar os desvios sistemáticos em
relação à racionalidade sob condições incertas.
Processo de decisão racional compreende:



*especificar o problema

*identificar todos os fatores

*ponderar os fatores

*identificar todas as alternativas

*classificar as alternativas de cada fator

*identificar a solução ótima.
Como classificar alternativas quando o resultado dos fatores
 é incerto?
Como determinar a alternativa ótima sob incerteza?

Probabilidade e Valor Esperado.

Probabilidade: O conceito da teoria da probabilidade
expressa quão provável é a ocorrência de qualquer evento
particular.

Por exemplo, suponha que você jogue uma moeda, não
viciada, de duas faces, quatro vezes (A, B, C, D). As possíveis
combinações de resultados igualmente prováveis podem ser
representadas       pelos       16      eventos       seguintes
(H = cara ; T = coroa):
Evento   A   B   C   D   Evento   A   B   C   D




1        T   T   T   T   9        T   H   H   T




2        T   T   T   H   10       H   T   H   T




3        T   T   H   T   11       H   H   T   T




4        T   H   T   T   12       H   H   H   T




5        H   T   T   T   13       H   H   T   H



6        T   T   H   H   14       H   T   H   H




7        T   H   T   H   15       T   H   H   H



8        H   T   T   H   16       H   H   H   H
A probabilidade de duas ou mais caras aparecerem é igual a 11/16
(eventos 6 a 16).

A probabilidade de obter exatamente duas caras é 6/16 (eventos 6 a
11).

Qual a probabilidade de um candidato a presidente ser eleito no
primeiro turno?

Qual a probabilidade da BOVESPA atingir 70 mil pontos antes do
ano 2015?

Prever  sem ter todas as probabilidades forma mais complexa.
Valor esperado



Valor esperado  ponderar os resultados associados
segundo suas probabilidades e somá-los.

Calcular o valor esperado de caras resultante de quatro
jogadas de uma moeda:

Valor esperado; 1/16(0)+4/16(1) + 6/16(2) + 4/16(3) +
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O Valor esperado torna-se complicado quando não podemos
especificar a probabilidade baseada em dados estatísticos de
todos os resultados possíveis.

Valor esperado de seu salário daqui a 18 meses...

Problemas + complexos  avaliações + difíceis  grande
potencial de viés.

Regra simples para tomar decisões  alternativa com maior
valor esperado.
Decisões segundo essa regra  serão ótimas

Erros aleatórios prós e contras se cancelarão com o tempo.
Essa lógica parece racional.
Considere os seguintes cenários:


. Você pode :

-ganhar $10.000 com certeza (utilidade esperada =$10.000)

-jogar uma moeda e ganhar $22.000 se der cara ou nada se der
coroa (utilidade esperada = $11.000)?

Uma decisão com base na regra do valor esperado o levaria a
escolher (b).

O que você escolheria?
Considerações sobre o risco.
Equivalente de certeza  determina o valor certo que faria o
Decisor ficar indiferente entre um evento incerto e aquele valor
certo.

Por exemplo, se você tivesse uma oportunidade de aceitar uma
chance de 50% de ganhar $1.000.000, qual seria a quantia certa
que o faria indiferente entre 50% de chance de ganhar
$1.000.000 e aquela quantia? (Programa Silvio Santos ou
Mega-senha)
Se o seu equivalente de certeza for $550.000, você está se
expondo ao risco, já que está exigindo valor esperado extra de
$50.000 para renunciar ao risco.
O comportamento de aversão e exposição ao risco se tornará
crucial à medida que avançamos na nossa discussão do
julgamento sob incerteza.
Teoria da utilidade esperada (Bernoulli)cada nível de
resultado está associado com um grau de prazer ou benefício
líquido chamado utilidade.

Ue = U1*p1 + U2*p2 + U3*p3+.....+Un*pn

A utilidade esperada de uma alternativa incerta é a soma
ponderada das utilidades de seus resultados, cada uma delas
multiplicada por sua probabilidade.
Um ganho de $1.000.000 nem sempre cria duas vezes mais
utilidade esperada do que um ganho de $500.000. A maioria dos
indivíduos não obtém tanta utilidade dos restantes $500.000
como obteriam dos $500.000 iniciais.

Teoria da utilidade esperada  Decisor  opção cuja utilidade
seja mais alta, independente do valor esperado ser mais alto.
A Estruturação da Informação



Problema 1. Uma grande Montadora de automóveis  precisa
fechar três fábricas e demitir seis mil empregados. A Vice-
Presidência bolou 2 planos:

Plano A: salvará uma das três fábricas e dois mil empregos.

Plano B: um terço de probabilidade de salvar todas as três
fábricas e todos os seis mil empregos e dois terços de
probabilidade de não salvar nenhum dos dois.

Qual plano você escolheria?
Há uma série de fatores que poderíamos considerar ao avaliar
essas opções:


-Qual seria o impacto de cada ação sobre o sindicato?


-Qual seria o impacto de cada plano sobre a motivação e o moral
dos empregados que ficarem?


-Quais são as diferenças entre os valores da vice-presidência de
produção e os valores da corporação como um todo?
Plano C: resultará na perda de duas das três fábricas e quatro mil
empregos.


Plano D: dois terços de probabilidade de perder todas as três
fábricas e todos os seis mil empregos e um terço de
probabilidade não perder nenhum dos dois.
Que plano você escolheria?
Plano A oferece o mesmo resultado do plano C.
Planos B e D também são objetivamente idênticos.

Pesquisas  maioria dos indivíduos (mais de 80%)  plano A e
plano D do segundo.
Mudar a descrição dos resultados muda do comportamento
adverso ao risco para o comportamento de exposição ao risco.
Kahneman e Tversky (1979) desenvolveram a teoria
perspectiva que sugere o seguinte:


1. Pessoas avaliam recompensas e perdas em relação a um
ponto de referência neutro.

2. Pessoas consideram resultados potenciais como ganhos
(tais como empregos e fábricas salvas) ou perdas (empregos
e fábricas perdidas) em relação a esse ponto de referência
fixo, neutro.

3. Pessoas determinam suas escolhas com base na mudança
resultante na posição dos ativos avaliada segundo uma
função de valor em forma de S (ver Figura 3.1).
Eixo X  nominais ganhas ou
perdidas

Eixo Y  unidades de utilidade
associadas aos níveis variáveis de
ganho ou perda.
A Figura 3.1 sugere que:
-Os Decisores tendem a evitar riscos referentes a ganhos.
-Os Decisores tendem a expor-se a riscos referentes a perdas.

A função de valor em forma de S implica que a maioria dos
indivíduos escolheria um ganho garantido de $10.000.000
contra 50% de chance de obter um ganho de $20.000.000,
porque a utilidade atribuída aos $20.000.000 não é duas vezes
maior do que o valor atribuído a $10.000.000.
Todavia, a maioria dos indivíduos escolheria 50% de chance de
perder $20.000.000 contra uma perda certa de $10.000.000.
O valor negativo atribuído aos $20.000.000 não é duas vezes
maior do que o valor negativo atribuído aos $10.000.000.
O modo como o problema é "estruturado"  muda o ponto
neutro percebido
Se o problema 1 for estruturado em termos de perder dinheiro
e fábricas (planos C e D), a posição corrente de manter três
fábricas abertas forma o ponto neutro de referência.

Perdas de fábricas e empregos são avaliadas na parte inferior
da Figura 3.1 e resultam em comportamento de exposição ao
risco.

Se o problema for estruturado em termos de salvar empregos e
fábricas (planos A e B), o desastre potencial da perda de tudo
se torna o ponto de referência neutro.
As escolhas estão na parte superior da curva e resultam em um
comportamento de aversão ao risco.
A curva S indica que o ganho atribuído ao salvamento de três
fábricas e seis mil empregos não é considerado como três
vezes maior do que salvar uma fábrica e dois mil empregos.
Teoria perspectiva  identifica modelo sistemático como a
estruturação do problema faz com que o comportamento dos
decisores se desvia tanto da teoria do valor esperado quanto da
teoria da utilidade esperada.


Ambas as teorias postulam que os decisores racionais deveriam
ser imunes à estruturação das escolhas.

Uma segunda característica dos nossos processos de decisão
identificada pela teoria perspectiva é que a nossa resposta à
perda é mais extrema do que a nossa resposta ao ganho.


A angústia associada à perda de X dólares geralmente é maior
do que o prazer associado ao ganho dessa mesma quantidade.
Teoria perspectiva identifica um terceiro modo pelo qual
nosso processo de decisão se desvia da teoria da utilidade
esperada.

Enquanto a teoria da utilidade esperada pondera uma opção
arriscada segundo a sua probabilidade, a teoria perspectiva
afirma que tendemos a atribuir pesos excessivos à
probabilidade de eventos de baixa probabilidade e pesos
insuficientes aos eventos de alta ou moderada probabilidade.

Além do mais, a atribuição de pesos insuficientes é mais forte
para eventos de alta probabilidade. Assim, Kahneman e
Tversky (1979) também incorporam aos seus modelos de
decisão desvios sistemáticos da racionalidade nas avaliações da
probabilidade.

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  • 1. PROCESSO DECISÓRIO Julgamento sob Incerteza Max H. Bazerman CENÁRIOS- MESTRADO PUC SP Professor - Leonardo Nelmi Trevisan Aluno: Cirineu José da Costa
  • 2. • O Decisor, baseia-se em informações que recebe do seu ambiente, processando-as de acordo com suas convicções, assumindo riscos e expressando opiniões e pontos de vista em circunstâncias variadas. • A Organização, neste sentido, é vista como um sistema de decisões. Para que os componentes tomem decisões coerentes com a Organização, esta lança mão de uma série de artifícios para orientar as decisões. • O Decisor, usando uma RACIONALIDADE limitada pela escassez de informações que pode obter e processar, busca soluções satisfatórias e não soluções ótimas. • Racionalidade limitada: as pessoas tomam decisões racionais (adequação dos meios - fins) apenas em relação aos aspectos da situação que conseguem perceber e interpretar.
  • 3. INTRODUÇÃO A utilização inadequada de heurísticas cognitivas pode levar a um viés no processo de decisão. heurística assume uma solução próxima da ideal baseada em uma função de avaliação do resultado. A solução encontrada por uma heurística não é necessariamente a melhor possível. Solução=f(resultado) A estruturação da apresentação da informação causa impacto sobre a tomada de decisões - particularmente quando a incerteza está envolvida. Intuições desviam da racionalidade  Decisores falham ao avaliar a incerteza e os efeitos da estruturação. A incerteza é um fato da vida gerencial. Como tomar melhores decisões sob condições incertas? (objetivo)
  • 4.
  • 5. EVITAR A INCERTEZA: UMA REAÇÃO COMUM O Presidente Truman declarou que os Estados Unidos precisavam de economistas que tivessem “um lado só". Quando lhe perguntaram por que, Truman respondeu que ele estava cansado de economistas que diziam: por um lado... mas, por outro lado. Crise de orçamento  corte de despesas que não são essenciais. Crença  destinar dinheiro só para despesas que com certeza aumentarão o lucro e a produtividade em curto prazo.
  • 6. Decisores  ter certeza em um mundo incerto. O que acontecerá?   O que poderá acontecer? Tomar decisões Incertezas  busca do risco zero Decisores + crédito por sucessos  + culpa por fracassos. Decisores  graus de aversão e de exposição ao risco. Decisores agressivos situação A  conservadores situação B Inteligência  ñ relacionada com nível de exposição ao risco. Administradores  decisões  resultados incertos.
  • 7. Qual é o risco de construir uma nova usina nuclear? Respostas: - antes e depois do acidente de Three Miles Island em 28Mar79 - antes e depois do acidente de Chernobyl em 26Abr86 - antes e depois do acidente de Fukushima em 18Mar11 Questões básicas: Qual é o nível de risco aceitável? Quanto vale a segurança? Não tem preço.......
  • 8. Devemos administrar o risco  é inevitável  resultados e custos. Erro nos esforços de redução de risco  pior resultado mesmo custo Natureza das decisões arriscadas  avaliar  qualidade do processo de decisão. Melhores decisões  incerteza existe  pensar ambientes arriscados. Risco não é mau  é simplesmente imprevisível.
  • 9. FUNDAMENTO NORMATIVO DO RISCO Conceitos normativos básicos referentes ao risco Indivíduos não são racionais nem consistentes ao lidar com a incerteza.  delinear uma estrutura "racional” para abordar problemas arriscados. Estrutura normativa ilustrar os desvios sistemáticos em relação à racionalidade sob condições incertas.
  • 10. Processo de decisão racional compreende: *especificar o problema *identificar todos os fatores *ponderar os fatores *identificar todas as alternativas *classificar as alternativas de cada fator *identificar a solução ótima.
  • 11. Como classificar alternativas quando o resultado dos fatores é incerto? Como determinar a alternativa ótima sob incerteza? Probabilidade e Valor Esperado. Probabilidade: O conceito da teoria da probabilidade expressa quão provável é a ocorrência de qualquer evento particular. Por exemplo, suponha que você jogue uma moeda, não viciada, de duas faces, quatro vezes (A, B, C, D). As possíveis combinações de resultados igualmente prováveis podem ser representadas pelos 16 eventos seguintes (H = cara ; T = coroa):
  • 12. Evento A B C D Evento A B C D 1 T T T T 9 T H H T 2 T T T H 10 H T H T 3 T T H T 11 H H T T 4 T H T T 12 H H H T 5 H T T T 13 H H T H 6 T T H H 14 H T H H 7 T H T H 15 T H H H 8 H T T H 16 H H H H
  • 13. A probabilidade de duas ou mais caras aparecerem é igual a 11/16 (eventos 6 a 16). A probabilidade de obter exatamente duas caras é 6/16 (eventos 6 a 11). Qual a probabilidade de um candidato a presidente ser eleito no primeiro turno? Qual a probabilidade da BOVESPA atingir 70 mil pontos antes do ano 2015? Prever  sem ter todas as probabilidades forma mais complexa.
  • 14. Valor esperado Valor esperado  ponderar os resultados associados segundo suas probabilidades e somá-los. Calcular o valor esperado de caras resultante de quatro jogadas de uma moeda: Valor esperado; 1/16(0)+4/16(1) + 6/16(2) + 4/16(3) + 1/16(4) = 32/16 = 2
  • 15. O Valor esperado torna-se complicado quando não podemos especificar a probabilidade baseada em dados estatísticos de todos os resultados possíveis. Valor esperado de seu salário daqui a 18 meses... Problemas + complexos  avaliações + difíceis  grande potencial de viés. Regra simples para tomar decisões  alternativa com maior valor esperado. Decisões segundo essa regra  serão ótimas Erros aleatórios prós e contras se cancelarão com o tempo. Essa lógica parece racional.
  • 16. Considere os seguintes cenários: . Você pode : -ganhar $10.000 com certeza (utilidade esperada =$10.000) -jogar uma moeda e ganhar $22.000 se der cara ou nada se der coroa (utilidade esperada = $11.000)? Uma decisão com base na regra do valor esperado o levaria a escolher (b). O que você escolheria?
  • 17. Considerações sobre o risco. Equivalente de certeza  determina o valor certo que faria o Decisor ficar indiferente entre um evento incerto e aquele valor certo. Por exemplo, se você tivesse uma oportunidade de aceitar uma chance de 50% de ganhar $1.000.000, qual seria a quantia certa que o faria indiferente entre 50% de chance de ganhar $1.000.000 e aquela quantia? (Programa Silvio Santos ou Mega-senha) Se o seu equivalente de certeza for $550.000, você está se expondo ao risco, já que está exigindo valor esperado extra de $50.000 para renunciar ao risco. O comportamento de aversão e exposição ao risco se tornará crucial à medida que avançamos na nossa discussão do julgamento sob incerteza.
  • 18. Teoria da utilidade esperada (Bernoulli)cada nível de resultado está associado com um grau de prazer ou benefício líquido chamado utilidade. Ue = U1*p1 + U2*p2 + U3*p3+.....+Un*pn A utilidade esperada de uma alternativa incerta é a soma ponderada das utilidades de seus resultados, cada uma delas multiplicada por sua probabilidade. Um ganho de $1.000.000 nem sempre cria duas vezes mais utilidade esperada do que um ganho de $500.000. A maioria dos indivíduos não obtém tanta utilidade dos restantes $500.000 como obteriam dos $500.000 iniciais. Teoria da utilidade esperada  Decisor  opção cuja utilidade seja mais alta, independente do valor esperado ser mais alto.
  • 19. A Estruturação da Informação Problema 1. Uma grande Montadora de automóveis  precisa fechar três fábricas e demitir seis mil empregados. A Vice- Presidência bolou 2 planos: Plano A: salvará uma das três fábricas e dois mil empregos. Plano B: um terço de probabilidade de salvar todas as três fábricas e todos os seis mil empregos e dois terços de probabilidade de não salvar nenhum dos dois. Qual plano você escolheria?
  • 20. Há uma série de fatores que poderíamos considerar ao avaliar essas opções: -Qual seria o impacto de cada ação sobre o sindicato? -Qual seria o impacto de cada plano sobre a motivação e o moral dos empregados que ficarem? -Quais são as diferenças entre os valores da vice-presidência de produção e os valores da corporação como um todo?
  • 21. Plano C: resultará na perda de duas das três fábricas e quatro mil empregos. Plano D: dois terços de probabilidade de perder todas as três fábricas e todos os seis mil empregos e um terço de probabilidade não perder nenhum dos dois. Que plano você escolheria? Plano A oferece o mesmo resultado do plano C. Planos B e D também são objetivamente idênticos. Pesquisas  maioria dos indivíduos (mais de 80%)  plano A e plano D do segundo. Mudar a descrição dos resultados muda do comportamento adverso ao risco para o comportamento de exposição ao risco.
  • 22. Kahneman e Tversky (1979) desenvolveram a teoria perspectiva que sugere o seguinte: 1. Pessoas avaliam recompensas e perdas em relação a um ponto de referência neutro. 2. Pessoas consideram resultados potenciais como ganhos (tais como empregos e fábricas salvas) ou perdas (empregos e fábricas perdidas) em relação a esse ponto de referência fixo, neutro. 3. Pessoas determinam suas escolhas com base na mudança resultante na posição dos ativos avaliada segundo uma função de valor em forma de S (ver Figura 3.1).
  • 23. Eixo X  nominais ganhas ou perdidas Eixo Y  unidades de utilidade associadas aos níveis variáveis de ganho ou perda.
  • 24. A Figura 3.1 sugere que: -Os Decisores tendem a evitar riscos referentes a ganhos. -Os Decisores tendem a expor-se a riscos referentes a perdas. A função de valor em forma de S implica que a maioria dos indivíduos escolheria um ganho garantido de $10.000.000 contra 50% de chance de obter um ganho de $20.000.000, porque a utilidade atribuída aos $20.000.000 não é duas vezes maior do que o valor atribuído a $10.000.000. Todavia, a maioria dos indivíduos escolheria 50% de chance de perder $20.000.000 contra uma perda certa de $10.000.000. O valor negativo atribuído aos $20.000.000 não é duas vezes maior do que o valor negativo atribuído aos $10.000.000. O modo como o problema é "estruturado"  muda o ponto neutro percebido
  • 25. Se o problema 1 for estruturado em termos de perder dinheiro e fábricas (planos C e D), a posição corrente de manter três fábricas abertas forma o ponto neutro de referência. Perdas de fábricas e empregos são avaliadas na parte inferior da Figura 3.1 e resultam em comportamento de exposição ao risco. Se o problema for estruturado em termos de salvar empregos e fábricas (planos A e B), o desastre potencial da perda de tudo se torna o ponto de referência neutro. As escolhas estão na parte superior da curva e resultam em um comportamento de aversão ao risco. A curva S indica que o ganho atribuído ao salvamento de três fábricas e seis mil empregos não é considerado como três vezes maior do que salvar uma fábrica e dois mil empregos.
  • 26. Teoria perspectiva  identifica modelo sistemático como a estruturação do problema faz com que o comportamento dos decisores se desvia tanto da teoria do valor esperado quanto da teoria da utilidade esperada. Ambas as teorias postulam que os decisores racionais deveriam ser imunes à estruturação das escolhas. Uma segunda característica dos nossos processos de decisão identificada pela teoria perspectiva é que a nossa resposta à perda é mais extrema do que a nossa resposta ao ganho. A angústia associada à perda de X dólares geralmente é maior do que o prazer associado ao ganho dessa mesma quantidade.
  • 27.
  • 28. Teoria perspectiva identifica um terceiro modo pelo qual nosso processo de decisão se desvia da teoria da utilidade esperada. Enquanto a teoria da utilidade esperada pondera uma opção arriscada segundo a sua probabilidade, a teoria perspectiva afirma que tendemos a atribuir pesos excessivos à probabilidade de eventos de baixa probabilidade e pesos insuficientes aos eventos de alta ou moderada probabilidade. Além do mais, a atribuição de pesos insuficientes é mais forte para eventos de alta probabilidade. Assim, Kahneman e Tversky (1979) também incorporam aos seus modelos de decisão desvios sistemáticos da racionalidade nas avaliações da probabilidade.