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BACIA DO RIO URUGUAI UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA DISCIPLINA: HIDROGRAFIA PROFESSOR: IVORY ACADÊMICAS: MARLEI GOLIN, SANDRA MODENA E TADIANE DE ABREU
 
 
 
A bacia do rio Uruguai estende-se entre os paralelos de 27º e 34º latitude Sul e os meridianos de 49º  30’ e 58º 15’ W. Abrange uma área de aproximadamente 384.000 km2, dos quais 174.494 km2 situam-se no Brasil, equivalente a 2% do território brasileiro. Sua porção brasileira encontra-se na região sul, compreendendo 46.000 km2 do Estado de Santa Catarina e 130.000 km2 no Estado do Rio Grande do Sul. É delimitada ao norte e nordeste pela Serra Geral, ao sul pela fronteira com a República Oriental do Uruguai, a leste pela Depressão Central Riograndense e a oeste pela Argentina.
Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral a 65 km a oeste do Oceano Atlântico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai. Convenciona-se classificar os trechos do rio Uruguai em: superior : é o trecho da junção entre os rios Pelotas e Canoas até a foz do rio Piratini; médio : corresponde ao trecho da foz do rio Piratini até a cidade de Salto, no Uruguai; inferior : o trecho final do rio, de Salto até Nueva Palmira, Uruguai, diante da foz do Rio da Prata; O clima regional é sub-tropical com distribuição de chuvas ao longo de todo ano, mas com maior concentração entre maio e setembro. Os meses que podem ser mais secos são os de novembro a fevereiro. As precipitações anuais variam de cerca de 1800 mm nas cabeceiras, no Planalto, para 1300 mm, na fronteira com o Uruguai.
A bacia do Uruguai encontra-se totalmente localizada na região sul do Brasil, drenando na maior parte do seu curso terrenos de Planalto Arenítico Basáltico. A borda deste planalto constitui a Serra Geral que, em Santa Catarina, aproxima-se do litoral formando uma escarpa elevada, com altitudes superiores a 1200 m. No outro lado, situam-se os formadores do rio Uruguai, entalhando vales profundos em meio a chapadões levemente ondulados, com altitudes entre 950 e 850 m.  A porção imediatamente após o Planalto de Lajes, drenado pelo rio Canoas, é denominada Planalto das Araucárias onde a topografia dominante é ainda de Planaltos elevados (500 m), profundamente sulcados pelos principais afluentes do Uruguai. A declividade vai decrescendo e quando o rio Uruguai modifica o curso para sudoeste, a altitude é de 200 m aproximadamente, declinando gradativamente em direção ao sul.  A topografia no setor sul da bacia vai se suavizando, a feição predominante é a de colinas suaves, vales rasos, tanto em terrenos da Depressão Central, onde estão situadas as nascentes do Rio Ibicuí, como no próprio capeamento basáltico, que adentra o território uruguaio.
O rio Uruguai possui 2.200 km de extensão, originando-se da confluência dos rios Pelotas e do Peixe, onde divide os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Delimita a fronteira entre o Brasil e a Argentina após a sua confluência com o rio Peperi-Guaçu e, depois de receber a afluência do rio Quaraí, que limita o Brasil e o Uruguai, marca a fronteira entre a Argentina e o Uruguai até sua foz.  Possui uma vazão média anual de 3.600m3/s e volume médio anual de 114 km3 de água.  No Brasil seus principais afluentes são os rios Canoas, Pelotas, Passo Fundo, Chapecó, Ijuí, Ibicuí e Quaraí. Na Argentina integram-se na bacia do rio Uruguai os rios Aguapey, Miriñiay e Gualeguaychu e no Uruguai os rios Daymán, Queguay e Negro.
Nascente Rio Canoas Nascente Rio Pelotas
Floresta com Araucárias e os Campos de Cima da Serra: a paisagem no vale do rio Pelotas.
O rio Uruguai próximo à divisa com a Argentina, entre Chapecó (SC) e Nonoai(RS)
Aproximadamente 3,8 milhões de pessoas vivem na parte brasileira da região hidrográfica do rio Uruguai, que possui um total de 384 municípios, com maior concentração nas unidades hidrográficas de Chapecó, Canoas, Ibicuí e Turvo. Entre as maiores cidades estão Lages e Chapecó, em Santa Catarina, e Erechim, Ijuí, Uruguaiana, Santana do Livramento e Bagé, no Rio Grande do Sul. A região concentra importantes atividades agro-industriais e apresenta reconhecido potencial hidrelétrico.
No Brasil, as grandes hidrelétricas já deslocaram de suas terras aproximadamente 1 milhão de pessoas e inundaram mais de 34 mil km2 de terras férteis, florestas e regiões ribeirinhas, destruindo paisagens únicas, culturas e biodiversidade. No sul do país - fronteira com a Argentina e o Uruguai - a bacia do rio Uruguai é um território marcado por diversos conflitos socioambientais onde o interesse meramente econômico, especialmente de empresas eletrointensivas (como as de produção de alumínio e celulose), está batendo de frente com os movimentos sociais organizados que buscam o direito de defender a diversidade social, cultural e biológica da região de onde retiram seu sustento.  Apesar destes conflitos, o setor elétrico pretende levar adiante os planos de aproveitamento hidrelétrico da bacia, cujo potencial ainda não aproveitado, segundo os dados do Sistema de Informações do Potencial Hidrelétrico Brasileiro (SIPOT), seria de mais 10 GW.
As principais hidrelétricas construídas na Bacia do Rio Uruguai são: UHE MACHADINHO •  Rio Pelotas, a 1,2 km a jusante da foz do rio Inhandava, entre os municípios de Piratuba, SC, e Maximiliano de Almeida, RS. •  Potência - 1.060 MW •  Área do reservatório  - 56,7 km2 •  Cota de inundação -  440 metros Foram atingidas 1850 famílias, cerca 8.000 pessoas. Destas, 500 famílias ou 2000 pessoas, são sem terra. Os atingidos estão localizados nos municípios de Maximiliano de Almeida, Machadinho, Barracão e Esmeralda, no RS, e Piratuba, Capinzal, Zórtea, Campos Novos, Celso Ramos e Anita Garibaldi, em SC. Há 240 grupos de base na região formados principalmente pelas famílias que permaneceram nas comunidades atingidas. A barragem já está em operação e 482 famílias ainda estão por ser reassentadas, após terem seus direitos conquistados em acordo firmado com a empresa construtora em fevereiro de 2002.
UHE CAMPOS NOVOS •  Rio Canoas, SC, na divisa dos municípios de Campos Novos e Celso Ramos.  •  Potência  - 880 MW •  Investimento - R$ 1,3 bilhão •  Área do reservatório  - 32 km2 •  Cota de inundação  - 660 metros Esta barragem atingirá mais de 700 famílias, destas 250 não são reconhecidas pela empresa por serem meeiras ou arrendatárias. Os atingidos localizam-se nos municípios de Anita Garibaldi, Campos Novos e Celso Ramos, SC. Em março de 2005, antes das atividades do dia 14 – Dia Internacional de luta contra barragens - 6 agricultores atingidos foram presos e permaneceram detidos por 23 dias, em uma ação que demonstra o aumento da repressão contra a organização do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
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UHE BARRA GRANDE •  Rio Pelotas, entre os municípios de Pinhal da Serra, RS, e Anita Garibaldi, SC. •  Potência - 690 MW •  Investimento - US$ 447 milhões •  Área de reservatório - 77,3 km2 •  Cota de inundação - 647 metros, com profundidade média de 100 metros. O empreendimento atingiu os municípios de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Campo Belo, Capão Alto e Lages, em SC, e de Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria, Bom Jesus, no RS. O EIA, realizado em 1997/1998 pela empresa ENGEVIX, omitiu a presença, na área a ser inundada, de 5.636 hectares de florestas primárias ou em fase avançada de regeneração, compostas por Floresta Ombrófila Mista (Floresta Atlântica com Araucária) e Floresta Estacional Decidual (Floresta típica da bacia dos rios Paraná e Alto Uruguai), além de 2.686 hectares com vegetação secundária, submersos com o enchimento do lago no final de 2005. Atualmente existem na Bacia do Rio Uruguai 21 usinas em operação ou construção e cerca de 149 inventariadas.
Floresta com Araucárias no vale do rio Pelotas, derrubada para o enchimento do lago da UHE Barra Grande
Além do potencial hidrelétrico, as águas da Bacia do Rio Uruguai também são muito utilizadas  para irrigação, principalmente da cultura do arroz; indústria e abastecimento urbano e rural.  A navegação é pouco praticada devido ao relevo acidentado, as variações significativas de vazão dos rios e problemas de assoreamento. Ocorre somente no trecho de 210 Km entre São Borja e Uruguaiana, apenas pelas embarcações de pequena porte. Na região destacam-se os impactos ambientais relacionados ao lançamento de esgotos  in natura  em seus principais centros urbanos (Lages, Chapecó, Erechim, Uruguaiana, Alegrete), e em suas áreas rurais associadas à suinocultura, avicultura, agrotóxicos, mineração e efluentes das indústrias de celulose.
Áreas Críticas
O único sistema de aquíferos com área de recarga na região hidrográfica do Uruguai é o da Serra Geral com 80%. Utilizado para abastecimento doméstico, principalmente no oeste catarinense, uso industrial, animal e lazer. Sua disponibilidade hídrica total é estimada em 7.463 m3 p/s.  Num levantamento de 2007, a região hidrográfica do Uruguai possui 11 comitês estaduais de bacias hidrográficas.
Referências: http://www.natbrasil.org.br  acesso em 11/11/2011 http://www2.ana.gov.br  acesso em 12/11/2011

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  • 4.  
  • 5. A bacia do rio Uruguai estende-se entre os paralelos de 27º e 34º latitude Sul e os meridianos de 49º 30’ e 58º 15’ W. Abrange uma área de aproximadamente 384.000 km2, dos quais 174.494 km2 situam-se no Brasil, equivalente a 2% do território brasileiro. Sua porção brasileira encontra-se na região sul, compreendendo 46.000 km2 do Estado de Santa Catarina e 130.000 km2 no Estado do Rio Grande do Sul. É delimitada ao norte e nordeste pela Serra Geral, ao sul pela fronteira com a República Oriental do Uruguai, a leste pela Depressão Central Riograndense e a oeste pela Argentina.
  • 6. Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral a 65 km a oeste do Oceano Atlântico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai. Convenciona-se classificar os trechos do rio Uruguai em: superior : é o trecho da junção entre os rios Pelotas e Canoas até a foz do rio Piratini; médio : corresponde ao trecho da foz do rio Piratini até a cidade de Salto, no Uruguai; inferior : o trecho final do rio, de Salto até Nueva Palmira, Uruguai, diante da foz do Rio da Prata; O clima regional é sub-tropical com distribuição de chuvas ao longo de todo ano, mas com maior concentração entre maio e setembro. Os meses que podem ser mais secos são os de novembro a fevereiro. As precipitações anuais variam de cerca de 1800 mm nas cabeceiras, no Planalto, para 1300 mm, na fronteira com o Uruguai.
  • 7. A bacia do Uruguai encontra-se totalmente localizada na região sul do Brasil, drenando na maior parte do seu curso terrenos de Planalto Arenítico Basáltico. A borda deste planalto constitui a Serra Geral que, em Santa Catarina, aproxima-se do litoral formando uma escarpa elevada, com altitudes superiores a 1200 m. No outro lado, situam-se os formadores do rio Uruguai, entalhando vales profundos em meio a chapadões levemente ondulados, com altitudes entre 950 e 850 m. A porção imediatamente após o Planalto de Lajes, drenado pelo rio Canoas, é denominada Planalto das Araucárias onde a topografia dominante é ainda de Planaltos elevados (500 m), profundamente sulcados pelos principais afluentes do Uruguai. A declividade vai decrescendo e quando o rio Uruguai modifica o curso para sudoeste, a altitude é de 200 m aproximadamente, declinando gradativamente em direção ao sul. A topografia no setor sul da bacia vai se suavizando, a feição predominante é a de colinas suaves, vales rasos, tanto em terrenos da Depressão Central, onde estão situadas as nascentes do Rio Ibicuí, como no próprio capeamento basáltico, que adentra o território uruguaio.
  • 8. O rio Uruguai possui 2.200 km de extensão, originando-se da confluência dos rios Pelotas e do Peixe, onde divide os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Delimita a fronteira entre o Brasil e a Argentina após a sua confluência com o rio Peperi-Guaçu e, depois de receber a afluência do rio Quaraí, que limita o Brasil e o Uruguai, marca a fronteira entre a Argentina e o Uruguai até sua foz. Possui uma vazão média anual de 3.600m3/s e volume médio anual de 114 km3 de água. No Brasil seus principais afluentes são os rios Canoas, Pelotas, Passo Fundo, Chapecó, Ijuí, Ibicuí e Quaraí. Na Argentina integram-se na bacia do rio Uruguai os rios Aguapey, Miriñiay e Gualeguaychu e no Uruguai os rios Daymán, Queguay e Negro.
  • 9. Nascente Rio Canoas Nascente Rio Pelotas
  • 10. Floresta com Araucárias e os Campos de Cima da Serra: a paisagem no vale do rio Pelotas.
  • 11. O rio Uruguai próximo à divisa com a Argentina, entre Chapecó (SC) e Nonoai(RS)
  • 12. Aproximadamente 3,8 milhões de pessoas vivem na parte brasileira da região hidrográfica do rio Uruguai, que possui um total de 384 municípios, com maior concentração nas unidades hidrográficas de Chapecó, Canoas, Ibicuí e Turvo. Entre as maiores cidades estão Lages e Chapecó, em Santa Catarina, e Erechim, Ijuí, Uruguaiana, Santana do Livramento e Bagé, no Rio Grande do Sul. A região concentra importantes atividades agro-industriais e apresenta reconhecido potencial hidrelétrico.
  • 13. No Brasil, as grandes hidrelétricas já deslocaram de suas terras aproximadamente 1 milhão de pessoas e inundaram mais de 34 mil km2 de terras férteis, florestas e regiões ribeirinhas, destruindo paisagens únicas, culturas e biodiversidade. No sul do país - fronteira com a Argentina e o Uruguai - a bacia do rio Uruguai é um território marcado por diversos conflitos socioambientais onde o interesse meramente econômico, especialmente de empresas eletrointensivas (como as de produção de alumínio e celulose), está batendo de frente com os movimentos sociais organizados que buscam o direito de defender a diversidade social, cultural e biológica da região de onde retiram seu sustento. Apesar destes conflitos, o setor elétrico pretende levar adiante os planos de aproveitamento hidrelétrico da bacia, cujo potencial ainda não aproveitado, segundo os dados do Sistema de Informações do Potencial Hidrelétrico Brasileiro (SIPOT), seria de mais 10 GW.
  • 14. As principais hidrelétricas construídas na Bacia do Rio Uruguai são: UHE MACHADINHO • Rio Pelotas, a 1,2 km a jusante da foz do rio Inhandava, entre os municípios de Piratuba, SC, e Maximiliano de Almeida, RS. • Potência - 1.060 MW • Área do reservatório - 56,7 km2 • Cota de inundação - 440 metros Foram atingidas 1850 famílias, cerca 8.000 pessoas. Destas, 500 famílias ou 2000 pessoas, são sem terra. Os atingidos estão localizados nos municípios de Maximiliano de Almeida, Machadinho, Barracão e Esmeralda, no RS, e Piratuba, Capinzal, Zórtea, Campos Novos, Celso Ramos e Anita Garibaldi, em SC. Há 240 grupos de base na região formados principalmente pelas famílias que permaneceram nas comunidades atingidas. A barragem já está em operação e 482 famílias ainda estão por ser reassentadas, após terem seus direitos conquistados em acordo firmado com a empresa construtora em fevereiro de 2002.
  • 15. UHE CAMPOS NOVOS • Rio Canoas, SC, na divisa dos municípios de Campos Novos e Celso Ramos. • Potência - 880 MW • Investimento - R$ 1,3 bilhão • Área do reservatório - 32 km2 • Cota de inundação - 660 metros Esta barragem atingirá mais de 700 famílias, destas 250 não são reconhecidas pela empresa por serem meeiras ou arrendatárias. Os atingidos localizam-se nos municípios de Anita Garibaldi, Campos Novos e Celso Ramos, SC. Em março de 2005, antes das atividades do dia 14 – Dia Internacional de luta contra barragens - 6 agricultores atingidos foram presos e permaneceram detidos por 23 dias, em uma ação que demonstra o aumento da repressão contra a organização do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
  • 16.
  • 17. UHE BARRA GRANDE • Rio Pelotas, entre os municípios de Pinhal da Serra, RS, e Anita Garibaldi, SC. • Potência - 690 MW • Investimento - US$ 447 milhões • Área de reservatório - 77,3 km2 • Cota de inundação - 647 metros, com profundidade média de 100 metros. O empreendimento atingiu os municípios de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Campo Belo, Capão Alto e Lages, em SC, e de Pinhal da Serra, Esmeralda, Vacaria, Bom Jesus, no RS. O EIA, realizado em 1997/1998 pela empresa ENGEVIX, omitiu a presença, na área a ser inundada, de 5.636 hectares de florestas primárias ou em fase avançada de regeneração, compostas por Floresta Ombrófila Mista (Floresta Atlântica com Araucária) e Floresta Estacional Decidual (Floresta típica da bacia dos rios Paraná e Alto Uruguai), além de 2.686 hectares com vegetação secundária, submersos com o enchimento do lago no final de 2005. Atualmente existem na Bacia do Rio Uruguai 21 usinas em operação ou construção e cerca de 149 inventariadas.
  • 18. Floresta com Araucárias no vale do rio Pelotas, derrubada para o enchimento do lago da UHE Barra Grande
  • 19. Além do potencial hidrelétrico, as águas da Bacia do Rio Uruguai também são muito utilizadas para irrigação, principalmente da cultura do arroz; indústria e abastecimento urbano e rural. A navegação é pouco praticada devido ao relevo acidentado, as variações significativas de vazão dos rios e problemas de assoreamento. Ocorre somente no trecho de 210 Km entre São Borja e Uruguaiana, apenas pelas embarcações de pequena porte. Na região destacam-se os impactos ambientais relacionados ao lançamento de esgotos in natura em seus principais centros urbanos (Lages, Chapecó, Erechim, Uruguaiana, Alegrete), e em suas áreas rurais associadas à suinocultura, avicultura, agrotóxicos, mineração e efluentes das indústrias de celulose.
  • 21. O único sistema de aquíferos com área de recarga na região hidrográfica do Uruguai é o da Serra Geral com 80%. Utilizado para abastecimento doméstico, principalmente no oeste catarinense, uso industrial, animal e lazer. Sua disponibilidade hídrica total é estimada em 7.463 m3 p/s. Num levantamento de 2007, a região hidrográfica do Uruguai possui 11 comitês estaduais de bacias hidrográficas.
  • 22. Referências: http://www.natbrasil.org.br acesso em 11/11/2011 http://www2.ana.gov.br acesso em 12/11/2011