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Mapeamento de Presença Digital | 3
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4 | Mapeamento de Presença Digital
A
ntes de empreender uma análise das proprie­
dades digitais do Pronatec foi preciso analisar
o programa a fundo para ter uma dimensão
mais ampla de todas as instâncias em que ele
aparece no ambiente digital.
Ficou evidenciada a grande diversidade dos conteúdos
sobre o programa federal espalhados de forma fragmentada,
sem que fique explícito para o usuário quais informações são
oficiais e quais são produzidas por iniciativas de órgãos, ins­
tituições, programas e ministérios relacionados ao Pronatec.
Esta dispersão gera ambiguidades e incertezas até mes­
mo entre aqueles que já conhecem o programa, tamanha a
diversidade de fontes de informação sem uma contextua­
lização adequada, unicidade ou padronização de linguagem
sobre as regras do Pronatec.
Alguns órgãos e ministérios possuem canais espe­
cíficos para tratar o programa dentro de competências e
modalidades que lhe cabem, como, por exemplo, o Minis­
tério do Turismo, que criou página especial para o Pro­
natec Copa à época da competição mundial. Entretanto,
não há sequer uma orientação ou um direcionamento para
divulgação de dados e informações para os canais oficiais
do programa federal.
O Pronatec aparece, ainda, atrelado ao Sistema de Sele­
ção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisu­
tec), dedicado exclusivamente aos estudantes que concluí­
ram o ensino médio e que participaram do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). Esta conexão entre o sistema e o
exame, porém, não aparece claramente nas atuais proprieda­
des digitais do Pronatec.
A cada apresentação na internet, o programa aparece com
linguagem adaptada apenas ao padrão de quem o divulga,
isto é, com inconsistência de informações, de formas e de
abordagem, e com comunicação conduzida apenas
pelos interesses de destaque ou menção do órgão
ou instituição de ensino detentor do site.
Diante desse cenário amplo, consideramos im­
portante identificar quais propriedades digitais do
programa serão analisadas neste documento:
Com base em todos estes canais indicados,
analisamos a presença e as propriedades digitais
utilizando alguns critérios:
●● Sites e redes sociais das instituições do
Sistema S (Senai, Senac, Sesi e outros);
●● Sites e redes sociais dos ministérios –
do Trabaho e Emprego, Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Cultura,
Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Desenvolvimento Agrário etc.;
●● Sites noticiosos governamentais e seus
perfis nas redes sociais (Portal Brasil,
Portal e Blog do Planalto e TV NBR).
Propriedades secundárias
Propriedades prioritárias
●● Portal do Pronatec (pronatec.mec.gov.br)
●● Portal do Ministério da Educação (MEC)
●● Perfis do MEC nas redes sociais
(Facebook, Twitter e YouTube)
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Mapeamento de Presença Digital | 5
– que é um dos prioritários desta solução, como
será indicado no Diagnóstico –, é preciso adotar
linguagem e textos didáticos e elementos audio­
visuais. Nas propriedades digitais do Pronatec há
um distanciamento dessas boas práticas.
O próprio site do Pronatec não exibe vídeos
que permitam facilitar o processo de entendi­
mento das diferentes esferas do programa, espe­
cialmente para os jovens. Nem mesmo os mate­
riais audiovisuais produzidos pelo Ministério da
Educação, pela TV NBR e demais órgãos gover­
namentais ou dos Serviços Nacionais de Apren­
dizagem estão disponíveis aos usuários que che­
gam ao canal. Essa mesma deficiência se repete
na utilização de infográficos e áudios.
Boa parte dos textos do site atual são exten­
sos, com parágrafos muito longos. Isso, via de
Análise editorial das propriedades
digitais do Pronatec
Em um mundo conectado, com abundância de informações e
diversidade de canais e dispositivos, o uso de recursos atua­
lizados na linguagem e na abordagem de públicos é funda­
mental para o sucesso de iniciativas de comunicação. Neste
contexto de disputa pela atenção do cidadão, é preciso ser
assertivo na estratégia, planejando de forma integrada o uso
destes recursos para nortear as diretrizes e objetivos defini­
dos para a comunicação digital do programa. Para facilitar o
entendimento, esta análise foi dividida em tópicos.
Adequação de linguagem
De acordo com o Governo Federal, pouco mais de 69% das
matrículas do Pronatec foram efetuadas por jovens entre 14
e 29 anos. Levando em conta as necessidades desse público
Critérios avaliados
• Adequação de linguagem
• Hierarquia de chamadas
e conteúdos
• Aprofundamento de conteúdos
• Duplicidade de informações
• Atualização de dados
• Transparência
• Otimização e acabamento de conteúdos
• Acessibilidade
Análise
editorial
Visibilidade
e atuação nas
redes sociais
Critérios avaliados
• Linguagem e aspecto
visual (design)
• Percepção do público
e interatividade
• Influenciadores digitais
Ferramentas
de busca
Critérios avaliados
• Posição em buscas
estratégicas
• Visibilidade
em sugestões
automáticas
Arquitetura
da informação
Critérios avaliados
• Arquitetura institucional
• Dados do Pronatec
• Informações sobre
cursos e condições
de acesso
• Formulários e
serviços online
Critérios para análise
da presença digital
do Pronatec
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6 | Mapeamento de Presença Digital
regra, pode repelir o leitor. Em outras seções foi possível
verificar a utilização excessiva de verbos de ação no ge­
rúndio, forma verbal empregada para indicar uma ação em
processo, com certa duração.
Palavras herméticas ou rebuscadas, além de sentenças
imprecisas, também atrapalham o didatismo necessário para
a abordagem com o público, principalmente jovem, a exemplo
de expressões dos canais oficiais como: “perfil de egresso”;
“abordagem sistemática da gestão”; “critérios socioéticos”.
O mesmo pode ser dito sobre algumas chamadas e no­
mes de menus da página inicial. O link para o “Guia Prona­
tec de Cursos FIC” pouco esclarece que ali o usuário poderá
encontrar informações apenas sobre formações profissio­
nalizantes, e não técnicas.
O menu “O que é Pronatec” (Figura 1) peca menos pela
hierarquização de informações e mais pela falta delas. São
omitidos os três tipos de curso oferecidos pelo programa:
●● Técnico subsequente: para quem concluiu o ensino mé­
dio, cujo ingresso ocorre por meio do Sistema de Seleção
Unificada (Sisutec);
●● Técnico concomitante: para quem está matriculado no
ensino médio, podendo ser realizado na mesma institui­
ção ou em instituições de ensino distintas em horário al­
ternativo ao das aulas do ensino médio;
●● Técnico integrado: realizado simultaneamente ao ensino
médio, na mesma instituição de ensino.
Hierarquia de chamadas e conteúdos
O excesso de dados na internet favorece a es­
cassez de atenção e obriga os usuários a filtrar
o que é mais relevante. Por esta razão, a falta de
hierarquização de informações nas propriedades
digitais do Pronatec constitui um ponto bastante
negativo para o entendimento do programa. Res­
saltar os dados mais relevantes é fundamental
para o processo editorial.
Um exemplo de falta de critérios editoriais
fica explícito na seção “Base Legal”, que apresen­
ta leis, resoluções, editais e portarias sem ordem
cronológica ou por tipo de legislação. Os primei­
ros três itens publicados datam de 2013, seguidos
por documentos de 2012, e depois de 2014 que,
por sua vez, dão sequência novamente a outras
leis de 2013. Inexiste organização por data ou por
relevância do tema.
Aprofundamento de conteúdos
Uma das expectativas de quem visita o portal
do Pronatec é encontrar os dados sobre o ensino
técnico com profundidade necessária para sanar
quaisquer dúvidas sobre o tema. A falta de apro­
fundamento fica explícita logo no item “Objeti­
vos e Iniciativas”, que se restringe à uma lista de
itens. Não há referência a metas, investimentos e
número de beneficiados, muito menos aos reais
benefícios para quem faz uso do programa. Ficam
de fora também indicadores relevantes como o
total de matrículas, alocação de vagas por região,
cidades e instituições participantes etc.
As propriedades digitais são marcadas pela
ausência de detalhes e de didatismo sobre as re­
gras que regem o Fundo de Financiamento Estu­
dantil na modalidade de educação profissional e
tecnológica (Fies Técnico). Os ofertantes priva­
dos também sofrem com falta de aprofundamen­
to de informação sobre o Fies­Empresa.
O site omite também informações que pode­
riam ser incorporadas a partir do portal Dados
Abertos, ferramenta do Governo Federal para que
cidadãos, instituições e empresas possam encon­
trar e utilizar informações e dados públicos.
A relação direta entre os cursos, a qualifica­
ção e a empregabilidade, um dos pontos­chave
para a atratividade do Pronatec, não aparece des­
Figura 1: Print que destaca poucos conteúdos do site
do Pronatec. Imagem extraída em agosto/2014
Nesta mesma seção, também não há qualquer conteúdo
que explique a diferenciação entre os cursos de longa e curta
duração: o ensino técnico de nível médio, com carga horária
mínima de 800 horas, contra 160 a 400 horas da modalidade
dos cursos técnicos FIC (qualificação professional).
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tacada. De acordo com a pesquisa CNI/Ibope de 2014, 70%
dos ex­alunos de cursos técnicos de nível médio conse­
guem emprego no primeiro ano depois do curso e 90% dos
entrevistados concordam que quem faz ensino técnico tem
mais oportunidades no mercado de trabalho, informações
bastante relevantes que poderiam reforçar as propriedades
digitais, além de engajar aqueles que não conhecem bem a
modalidade de ensino técnico.
Duplicidade de informações
Há duas áreas no site chamadas “Perguntas frequentes”: no
menu principal (vertical à esquerda) e dentro do Catálogo
Nacional de Cursos Técnicos. A utilização de terminologias
idênticas para áreas diferentes pode causar confusão.
A duplicidade aparece também no item“Legislação”, pre­
sente no item de menu “Base Legal” e em “Anexos” do Catá­
logo Nacional de Cursos Técnicos. Organizar as informações
para que o usuário consiga encontrar o que busca deve ser
uma prioridade de qualquer canal digital.
O que se observa, de forma geral, nas pro­
priedades digitais do Pronatec são conteúdos e
chamadas fixos, sem renovação. Não há no am­
biente algo que sinalize inscrições, matrículas,
disponibilidade de vagas, metas, novidades, en­
fim, a evolução e a agenda positiva do programa.
A falta de rotatividade de chamadas, de textos
ou de notícias distancia o potencial estudante,
gerando dúvidas até mesmo sobre a continuida­
de do programa federal.
Mais uma vez recorremos ao item “Perguntas
frequentes” do menu principal como exemplo.
A penúltima resposta afirma que “no momento
[sem informar data de publicação do texto], o
programa está disponível apenas para as insti­
tuições federais e para os serviços nacionais de
aprendizagem. Em breve, será publicada porta­
ria que regulamenta a participação da rede es­
tadual e privada”. Mas de acordo com a Porta­
ria publicada em 7 de março de 2013 no Diário
Oficial da União, instituições privadas de ensino
superior e escolas privadas de educação tecno­
lógica podem, sim, aderir ao Pronatec por meio
da oferta de bolsas de estudos para cursos de
ensino técnico e formação inicial e continuada.
A página, portanto, deveria ter sido atualizada.
Outro exemplo de falta de atualização fica ex­
plícito no rodapé de algumas páginas (Figura 2),
Atual portal do Pronatec
tem credibilidade
abalada pela falta de
atualização e de prestações
de contas ao cidadão
Figura 2: Prints de páginas do Portal Pronatec
destacam desatualizações de dados
Atualização de dados
O maior patrimônio de um site é sua credibilidade. Ou seja,
a divulgação de informações precisas, corretas e atualiza­
das. Conteúdos que estejam defasados – e, consequente­
mente, errados – são ainda mais graves quando originados
de uma fonte primária governamental, o que propicia o
efeito devastador da replicação dos dados desatualizados
por parte do público.
Um canal digital de informações que não apresenta da­
tas ou indica aos usuários o período de validade de deter­
minados conteúdos publicados, como é o caso atualmente
do Pronatec, cria uma série de consequências desfavorá­
veis. Sob a ótica do público, além de indicar um descuido
no trato com os dados e afastar aqueles que buscam dados
mais atualizados, traz resultados extremamente negativos
no que diz respeito a SEO (Search Engine Optimization – ou
Otimização para Ferramentas de Busca).
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como a do Guia Pronatec de Cursos FIC, que afirma que
“vem sendo atualizada periodicamente”. O segundo parágra­
fo do mesmo texto diz que “nesta 3ª edição, foram incluídos
140 novos cursos, totalizando 644 opções diferentes, dis­
tribuídos em 13 eixos tecnológicos”. O usuário fica sem en­
tender quando exatamente esta terceira edição foi lançada.
Transparência
Comunicar de forma completa significa, além do respeito
ao cidadão, o cumprimento à Lei de Acesso à Informação,
No
12.527 de 18 de novembro de 2011. Todo programa do
Governo Federal segue uma série de preceitos como a defi­
nição de seu objetivo, como será executado, se é multidis­
ciplinar, definição do público­alvo, prazo de execução, me­
tas, abrangência e, sobretudo, investimento orçamentário.
Ao não apresentar essas informações, o site do Pronatec
falha com os princípios de prestação de contas e de trans­
parência impostos pela Lei.
Por se tratar de um site temático – e não institucional,
de um órgão –, o canal não tem a obrigação jurídica de
abrir menus para dispor os conteúdos específicos estabe­
lecidos pela lei. Entretanto, é recomendável e coerente com
as diretrizes de transparência na comunicação e gestão pú­
blica permitir que os stakeholders possam avaliar o desem­
penho de um programa cujo orçamento é de R$ 14 bilhões
até o final de 2014.
Otimização e acabamento dos conteúdos
Os principais buscadores da internet – Google, Bing,
Yahoo e outros – exibem resultados com base em cál­
culos de algoritmos que criam um ranking de todos os
sites. Aqueles considerados mais relevantes vão aparecer
nos primeiros lugares.
Aparecer no topo desse ranking favorece a conquista de
mais usuários. E isso requer muito mais do que a produção
de conteúdos atrativos. Há estratégias de SEO e técnicas
de acabamento de conteúdos que podem impulsionar ainda
mais a posição dos sites nos buscadores.
Ao cruzarmos a análise encontrada com as boas práti­
cas do mercado no que diz respeito a SEO, as propriedades
digitais do Pronatec apresentam deficiência em ações que
são positivas para a otimização, como conteúdos com data
de publicação, aplicação de palavras­chave, opções de cur­
tir e compartilhar página, entre outras funcionalidades no
meio digital. Isso indica a necessidade de uma revisão geral
que dê suporte para as estratégias de melhor posicionamen­
to do site e demais canais digitais.
Acessibilidade
Observar as regras de acessibilidade de um site
é assegurar que a pessoa com deficiência possa
ler com mais facilidade e acessar todo o conteúdo
de forma confortável. O site do Pronatec oferece
algumas dessas ferramentas – como aumento de
fonte –, mas elas são insuficientes para atender
às necessidades do usuário com deficiência.
As determinações do Modelo de Acessibili­
dade em Governo Eletrônico Brasileiro (e­MAG),
que estabelece padrões de comportamento aces­
sível para sites governamentais, conforme a Por­
taria nº 03, de 7 de maio de 2007, são ignoradas
pelas propriedades digitais do Pronatec, como a
falta de texto alternativo para imagens, de “mapa
do site”, entre outros.
Análise da arquitetura das
propriedades digitais do Pronatec
A característica de prestação de serviço é impres­
cindível a qualquer iniciativa pública. Isso impli­
ca considerar a multiplicidade de públicos, níveis
de conhecimento, condições de acesso, entre ou­
tros itens. Por essa razão, quanto mais objetivo e
simples for o projeto, maiores as chances de bons
resultados. E a arquitetura da informação é uma
das ferramentas para se alcançar esta otimização.
Ter um ponto de presença no ambiente digi­
tal não significa, necessariamente, que este vá ser
acessado ou que proporcione uma compreensão
ampla do programa por parte do cidadão. Para isso,
uma arquitetura elaborada de acordo com o perfil e
interesses dos usuários torna­se fundamental para
guiá­los de maneira direta e simples pelas áreas de
conteúdo preparadas para responder a todas as dú­
vidas e questões que eles possam vir a ter.
Arquitetura institucional
Boa parte da comunicação digital do Pronatec é
produzida, hospedada e assinada pelo Ministé­
rio da Educação, a instituição mais diretamen­
te relacionada ao tema. O programa, entretanto,
é interministerial, possui intersecções com di­
versos outros órgãos por meio de outras inicia­
tivas (como o Programa Brasil Profissionalizado,
Rede e­Tec Brasil, Fies Técnico e Empresa etc.).
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Afinal, os benefícios e impactos do programa não dizem
respeito somente ao universo da educação. O ensino profis­
sionalizante tem como finalidade a empregabilidade, a qua­
lificação profissional, a geração de mão de obra qualificada
para o mercado, o auxílio no aumento da produtividade e
impacto no aquecimento da economia.
Dessa forma, é necessário observar outras proprieda­
des do Governo Federal que dizem respeito ao Pronatec,
como, por exemplo, notícias do Portal Brasil direcionadas
ao conteúdo sobre ensino técnico, e parceiros estratégicos
que compõem o universo do Pronatec (instituições que são
impactadas pelo programa como as escolas técnicas públicas
e privadas, estaduais e municipais e do Sistema S (Figura 3).
Todas essas entidades são potenciais divulgadoras do pro­
grama, ainda que de forma parcial.
Arquitetura de informação
e conteúdo do Portal Pronatec
A análise da arquitetura de informação do atual portal do
Pronatec considera diversos fatores. O principal critério é
a observação de boas práticas de usabilidade e design, que
garantem que o conteúdo esteja facilmente acessível ao vi­
sitante, levando em consideração a experiência do usuário
para tornar a navegação a mais intuitiva possível.
Por isso, é necessário realizar um exercício de alteri­
dade, analisando se o conteúdo está adequado à lógica de
navegação de quem acessa o portal, e não apenas de acordo
com os critérios lógicos de quem desenvolve o programa e
seu conteúdo. É fundamental que os visitantes não tenham
dificuldade para compreender o Pronatec e acessar rapida­
mente aquilo que procuram.
Isso requer o entendimento da diversidade e caracte­
rísticas dos públicos que circulam pelo ambiente. Assim,
o site precisa estar preparado para atender os três níveis
de conhecimento do programa: a) quem já conhece o pro­
grama e está em busca de informações específicas; b) quem
já ouviu falar, mas precisa entender melhor; c) quem não
tem nenhum nível de conhecimento ou nunca ouviu falar
sobre o Pronatec.
A atual página inicial do site do Pronatec (Figura 4) tem
uma estrutura de navegação bastante simples:
●● Menu institucional com três tópicos principais (Insti­
tucional, Perguntas Frequentes e Fale Conosco) e quatro
subtópicos do item “Institucional” abertos;
●● Destaque principal com dois links para listas de cursos
(técnicos e de qualificação);
●● Destaques secundários para o Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos e para o Guia Pronatec de Cursos FIC,
que destacam os cursos de qualificação;
●● Ferramentas de pesquisa, acessibilidade e links
para as redes sociais do MEC.
Uma análise aprofundada de todas as pági­
nas e links presentes no site atual indica que há
muito conteúdo e muitos links “escondidos” por
trás dessa página inicial, o que configura um gra­
ve problema de usabilidade, já que são difíceis de
serem localizados.
A forma como o conteúdo está distribuído
atualmente no site não evidencia ao visitante
onde ele pode encontrar as informações ou ser­
viços. Esses problemas aparecem a partir da pá­
gina principal, sem padrões de interação (menus
abertos e fechados, selos que não deixam claro se
são clicáveis ou não etc.).
Figura 3: Print de página do Pronatec no site
do Senai de Santa Catarina (setembro/2014)
Figura 4: Print da capa do site do Pronatec. Imagem
extraída em agosto/2014
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10 | Mapeamento de Presença Digital
Informações sobre o Pronatec
Como apontado na análise editorial, a apresentação dos cur­
sos, do próprio Pronatec e as iniciativas governamentais que
o compõem ocorre de forma redundante e fragmentada, o que
também acarreta prejuízos à propriedade digital do ponto
de vista de arquitetura. O visitante que deseja compreender
o Pronatec e as diversas formas possíveis de acesso aos cur­
sos oferecidos (como financiamentos e bolsas) precisa passar
por muitas páginas para encontrar o que deseja. Além disso,
o excesso de órgãos e siglas (FIC, Fies, CNCT, MEC, Cetec,
Sistec etc.) torna a navegação ainda mais difícil, sobretudo se
analisarmos, por exemplo, o acesso do ponto de vista de um
estudante de ensino médio ou de um profissional buscando
qualificação para conseguir uma vaga no mercado de trabalho.
O excesso de links apontando para sites externos, em
especial na página que apresenta as iniciativas do Governo
Federal que compõem o programa, torna a navegação mais
complexa, o que poderia ser solucionado com uma introdu­
ção a esses conteúdos dentro do próprio ambiente do portal,
antes de apontar para ambientes externos.
Cursos e condições de acesso
Se considerarmos a apresentação dos cursos e suas infor­
mações práticas (características do curso, públicos a quem
se destina, procedimentos de inscrição, condições de acesso
a bolsas e financiamentos, entre outras atividades) como os
elementos centrais do portal, há diversos aspectos que tor­
nam o atual ambiente digital ineficiente:
●● Na página principal, além do item “Cursos Gratuitos” do
menu, há quatro links que convidam o visitante para con­
sultar os cursos oferecidos pelo Pronatec: dois no destaque
principal (“Clique para ver os cursos técnicos” e “Clique
para ver os cursos de qualificação”, sendo que ambos levam
o visitante para o mesmo formulário para busca de cursos;
e outros dois links apontando para o Catálogo Nacional de
Cursos Técnicos e do Guia Pronatec de Cursos FIC.
●● Da forma como o conteúdo está apresentado, não há orien­
tação clara para que o visitante compreenda qual é a dife­
rença entre as listagens de cursos. Quem está procurando
um curso técnico muito provavelmente não sabe a dife­
rença entre buscar em um “guia de cursos”, num “catálogo
nacional de cursos” ou numa busca de “cursos gratuitos”.
●● Tanto o Guia Pronatec de Cursos FIC como o Catálogo Nacio­
nal de Cursos Técnicos,apesar de estarem hospedados dentro
do portal do Pronatec, têm linguagem visual diferente e inde­
pendente, embora ambos tragam conteúdos muito similares
e complementares, que se apresentam de forma redundante.
Mecanismo de busca do portal
A página de busca interna do atual portal do Prona­
tec tem caráter meramente ferramental, com inter­
face pouco elaborada e sem tratamentos adequados
de mensagens de comunicação e de relacionamen­
to com o usuário. Dessa forma, aumentam­se os
riscos de o visitante se perder na navegação, ou de
ter um “resultado não encontrado” de acordo com
os parâmetros buscados – não há nenhum tipo de
recurso que o auxilie a fazer uma nova busca ou a
identificar outras opções de cursos disponíveis.
Ao acessar a área de busca por cursos, surge
o menu com “Inscrições Pronatec” com as opções
para pesquisar vagas disponíveis, reimprimir
protocolos e receber notificações de vagas para
cursos que não aparecem em momento algum no
menu principal do site, “escondendo” importan­
tes itens de prestação de serviços ao usuário inte­
ressado em se matricular em algum curso.
Formulários e serviços online
De forma similar, os formulários e serviços dis­
ponibilizados no site atual também refletem essa
fragmentação excessiva de informações:
●● É preciso deduzir onde estão os formulários
referentes a processos transacionais ligados ao
programa (como inscrições, cronogramas, notas
de corte etc.);
●● Em“Fale conosco”, as solicitações que aparecem
listadas ao selecionarmos “Para Cidadão” ou
“Para Instituição” levam ao mesmo formulário,
o que pode gerar frustração das expectativas de
interações possíveis no site, ou até mesmo a
percepção de erro de navegação;
●● O menu “Inscrição Pronatec”, que aparece den­
tro da ferramenta de consulta de cursos, não
exibe nenhum formulário ou instruções obje­
tivas para inscrições.
Demais sites
A fragmentação e complexidade desnecessárias
acabam refletidas no portal do MEC, caso o inte­
ressado pelo Pronatec deseje encontrar informa­
ções sobre o programa a partir deste site. Embora
haja links fáceis para outros programas e iniciati­
vas, como Prouni e Enem, o interessado no Pro­
natec deverá fazer um trajeto longo e pouco in­
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Mapeamento de Presença Digital | 11
tuitivo: deve rolar a página, clicar em“Ações e Programas”no
menu“Acesso à Informação”, selecionar“Educação Profissio­
nal e Tecnológica”, e só então clicar em “Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec)”, para
ser redirecionado ao site. Essa mesma fragmentação está
presente nos demais sites governamentais (Figura 5).
Já no Portal Brasil, há um canal destinado ao ensino
técnico que concentra todo o conteúdo noticioso relacio­
nado ao programa (atualmente privado por conta do perío­
do eleitoral em setembro/2014). Esse conteúdo poderia ser
integrado ao portal de Pronatec.
Com relação aos sites das entidades de ensino (Sistema
S, escolas públicas e particulares espalhadas pelo país), por
tratarem de múltiplas propriedades do Pronatec, não há uma
única forma de oferta de informações na internet.
Um padrão que pode ser observado, no entanto, é a
tendência de desenvolver um ambiente mais simplificado,
com navegação e oferta de conteúdos organizados, voltados
ao entendimento de como o programa impacta a vida do
estudante (como orientações passo a passo, perguntas fre­
quentes mais objetivas, formulários de contato
simplificados) e, logicamente, com destaque aos
benefícios de escolher as carreiras oferecidas
por cada instituição.
Um exemplo é o site da Universidade Anhan­
guera (Figura 6), que concentra em uma página
tudo o que o candidato precisa saber para fazer
um curso técnico na instituição de ensino por
intermédio do Pronatec.
Outro exemplo é o site de propriedade da
instituição de ensino Kroton, que aparece com
destaque nas buscas sobre o programa. Traz ape­
lo visual mais claro e informações diretas e obje­
tivas sobre os cursos.
Conclusão
A arquitetura de informação do atual portal do Pro­
natec sofre uma fragmentação de conteúdos distri­
buídos em uma navegação pouco intuitiva, que im­
pede o entendimento do que é o programa, dificulta
Figura 5: Sites governamentais que destacam informações
sobre o Pronatec. Telas extraídas em setembro/2014
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12 | Mapeamento de Presença Digital
Em segundo lugar, no mês do junho, está o Goo­
gle.com (versão internacional do sistema de bus­
cas), com 2,96%, seguido de Bing.com, com 1,56%.
Ask.com aparece em quarto lugar, com 1,07%, e o
Yahoo! Brasil em quinto, com 0,64%, da preferên­
cia dos usuários do país.
Também de acordo com a comScore, empresa
especializada na mensurarão de tráfego online, em
abril de 2014, o Google foi acessado por 92,3% dos
usuários no Brasil enquanto o Bing foi acessado
por apenas 11,5% dos usuários.
Esses dados comprovam a importância de ter
propriedades digitais bem colocadas e de fácil
acesso na primeira página dos resultados de bus­
ca das ferramentas. O algoritmo de funcionamen­
to das ferramentas de busca é um segredo por ser
considerado a essência do negócio desse tipo de
plataforma digital. Por essa razão, seus engenheiros
trabalham incessantemente para promover altera­
ções consistentes para que este modelo de quais
resultados aparecem na primeira página da busca
orgânica (não paga) não seja descoberto ou burlado.
Uma análise da presença do Pronatec nos me­
canismos de busca revela que a indexação ocorre de
forma irregular, tornando sua visibilidade muito
vulnerável em função dos termos que o cidadão uti­
liza para encontrar informações sobre do programa.
Posição em buscas estratégicas
Em uma busca por“ensino técnico”realizada na úl­
tima semana de agosto/2014, por exemplo, o portal
do Pronatec figurava entre os primeiros links a apa­
recer nos resultados de busca no Google (Figura 7),
ficando atrás apenas do link para o verbete na Wiki­
pédia. No entanto, no Bing (Figura 8) o resultado já
se mostrava diferente: o site sequer aparece na pri­
meira página do resultado da busca do site.
Já uma busca com o termo “curso técnico” no
mesmo período no Google e sem login com qual­
quer conta desta plataforma, trazia como resul­
tado uma predominância de links para institui­
ções do Sistema S. O portal do Pronatec apareceu
como a penúltima opção do resultado de busca.
Já no Bing o cenário era similar: as instituições
de ensino, sobretudo dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem, tinham mais visibilidade do que o
Pronatec (que aparecia na oitava posição).
a consulta aos cursos oferecidos e às condições de acesso ao
ensino técnico pelos diferentes perfis de interessados, e tam­
pouco permite a simplificação de trâmites burocráticos pela
internet (como a realização de inscrições e consultas de status).
Para a concepção das novas propriedades digitais do
Pronatec, não basta garantir que todos os conteúdos este­
jam presentes: é fundamental que estas informações estejam
organizadas de acordo com uma estratégia que privilegie a
fácil orientação dos interessados. As propriedades digitais
precisam garantir a plena compreensão de todos os públicos,
levando em conta suas características e seu nível de conheci­
mento sobre o programa federal.
Além disso, é imprescindível garantir acessibilidade a
todos, independentemente de eventuais limitações – como
restrição de banda larga, tamanho da tela, forma de navega­
ção (com mouse, telas touchscreen ou por meio de comandos
acessíveis), ou ainda deficiência motora ou visual do usuário.
Análise da presença do Pronatec
em ferramentas de busca
O Google Brasil é a plataforma mais utilizada entre os bus­
cadores mais utilizados no país, com 93,66% de participa­
ção nas buscas feitas no período de quatro semanas conse­
cutivas terminado em 28 de junho de 2014, de acordo com
a Hitwise, ferramenta global de inteligência em marketing
digital da Serasa Experian.
Figura 6: Página de apresentação de cursos técnicos
via Pronatec no site da Universidade Anhanguera
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Segundo o último estudo com milhares de usuá­
rios e dados entre 21 e 27 de maio de 2013, feito pela
rede de publicidade e monetização indiana Chitika,
o primeiro resultado de uma busca recebe o dobro
de cliques que o segundo, e o triplo que o terceiro.
As informações recolhidas nas buscas do Google in­
dicam que os primeiros resultados receberam 33%
dos cliques, o segundo 18% e o terceiro 12%.
Sites listados na primeira página de resulta­
dos de pesquisa da Google geram 92% de todo
o tráfego de uma pesquisa. Ao mover da página
um para a dois, o tráfego cai em 95% e de 78% e
58% para as páginas subsequentes. Outro indi­
cador mostra que a queda no volume de tráfego
entre a última posição em uma página e a primei­
ra posição na página seguinte era é alta. O tráfego
caiu em 140%, passando de 10a
para 11a
posição e
86%, passando de 20a
para 21a
posição.
Isso é o que se convencionou chamar de“ditadu­
ra da primeira página”, ou seja, as empresas e marcas
usam estratégias e técnicas para que suas proprie­
dades digitais apareçam entre os resultados da pri­
meira página dos buscadores, em especial o Google.
Uma consulta mais específica, procurando
pelo termo “Pronatec”, revelou uma situação di­
ferente. No Google, como esperado, os primeiros
links apontavam para o site oficial. O primeiro lu­
gar indicava para a página inicial, seguido de um
link de inscrição online, sucedido pela página ins­
titucional de cursos gratuitos.
Nota­se a ausência de padrão da forma como os
links são apresentados: o primeiro link não trazia
nenhum tipo de personalização do título,tampouco
uma descrição amigável para o conteúdo – transfe­
rindo para o usuário o trabalho de se orientar pelas
palavras­chave que apareciam, que nada mais são
do que a transcrição dos itens de menu do site. Já o
segundo link, que prometia “inscrição online”, traz
uma assinatura do MEC e um espaço de inscrição
que, quando clicado, revelava uma página de busca
de cursos que, nas consultas realizadas, apontavam
para uma tela de “resultado não encontrado”. Já o
terceiro link, para“Cursos gratuitos”, apontava para
a página institucional que apresentava as três lista­
gens de cursos disponíveis no portal.
Essa falta de padrão mostrava­se crítica quan­
do notamos, logo abaixo dos links oficiais, outros
Figura 7: Resultados de busca pelo termo “ensino técnico” no
buscador Google, realizada na última semana de agosto/2014
Figura 8: Resultados de busca pelo termo “ensino
técnico” no Bing (última semana de agosto/2014)
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resultados de busca que traziam apresentações e abordagens
mais didáticas, convidativas e próximas do que a abordagem
oficial do Governo Federal.
Além dos sites das instituições participantes apresen­
tando o programa de forma muito mais envolvente (exem­
plos: “E se você pudesse mudar o futuro de alguém?”; “Você
que tem o Ensino Médio Completo pode fazer um curso
técnico gratuito pelo Pronatec”), notava­se uma profusão
de outros sites, não oficiais, que apresentavam o Pronatec
de forma mais atraente do que os canais oficiais (exemplos:
“Programa do governo que promete capacitar milhares de
jovens em todo o Brasil. Conheça os cursos e saiba tudo
sobre as inscrições”).
Além de confundir, estes sites evidenciam a fragilidade
da forma como o programa aparece oficialmente nas buscas.
Também não aparece, na primeira página, nenhuma menção
às modalidades especiais do programa (Pronatec Soldado­
­Cidadão, Pronatec Brasil sem Miséria etc.).
Já no Bing a presença do programa mostrava­se mais
completa na busca pelo termo “Pronatec”. Havia uma diver­
sidade maior dos links para diferentes instâncias governa­
mentais (Portal Pronatec, Portal Brasil, Portal do MEC etc.)
– permitindo uma orientação prévia maior do usuário, ain­
da que o portal e seu conteúdo apresentem os problemas
descritos na Análise Editorial e na Análise da Arquitetura
das propriedades digitais do Pronatec.
Quando pesquisamos por “inscrições Sisutec” sem ter
feito nenhum tipo de login no Google, foram listados si­
tes não oficiais, que confundem o cidadão ao apresentarem
títulos, chamadas e até mesmo endereços similares aos do
MEC. Foi possível notar um site não oficial com indexação
e abordagem mais adequadas do que a do site oficial, apare­
cendo na primeira posição da busca. Já o Bing, também com
busca realizada sem nenhum tipo de login, levava o usuário
para a área de tira­dúvidas do Sisutec dentro do portal do
MEC, seguido por dois links de canais não oficiais.
Outro indicador a ser observado diz respeito às recomen­
dações automáticas dos buscadores que surgem ao digitar estes
termos (autocompletar), que apontam quais são as terminolo­
gias relacionadas a estes termos, usando como base o próprio
histórico de pesquisa dos usuários (Figura 9).
O Pronatec não aparece nas sugestões automáticas de busca
do Google (Figura 10), nem nas buscas relacionadas no Bing,
quando buscamos por “curso técnico” ou “ensino técnico”.
Quando buscamos por“Pronatec”, evidenciam­se buscas recor­
rentes relacionadas à inscrição, a quem pode participar, e buscas
relacionadas a instituições determinadas, como Senac e Senai.
Figura 10: Sugestões automáticas oferecidas
pelo buscador Google
Figura 9: Sugestões de termos oferecidos pelo
buscador Google
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Análise da visibilidade e atuação
do Pronatec nas redes sociais
O Brasil é um dos países mais ativos em redes sociais. De
acordo com levantamento da comScore Media Metrix®,
apresentado em fevereiro de 2014, as redes sociais ocupam a
maior parte do tempo de navegação dos usuários brasileiros
de internet e o Facebook já se configura como o segundo
endereço mais acessado.
Essa ativa participação gerou boas práticas de comuni­
cação pública nas redes sociais, como o Decreto nº 7.675,
de 2012, que determina como parte da competência do
Departamento do Governo Eletrônico da Secretaria de
Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) definir pa­
drões e melhores práticas de uso da internet, inclusive de
redes sociais. Entre a documentação, é possível encontrar
o Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais,
lançado pela Secom em outubro de 2012, com o objetivo
de guiar os agentes da comunidade Sicom, in­
cluindo a geração de conteúdo, interação com o
usuário e atuação em casos de crise.
Já a Portaria nº 38, de 11 de junho de 2012,
homologa a Norma Complementar nº 15/IN 01/
DSIC/GSIPR, que instaura as diretrizes para o uso
seguro das redes sociais na Administração Públi­
ca Federal (APF), enquanto a Cartilha de Redação
para Web do e­PWG (Padrões Web em Governo
Eletrônico), disponibilizada pela (SLTI/MP), con­
ta com um capítulo inteiro voltado para a redação
e publicação de conteúdo em mídias sociais.
Em uma análise inicial, identificamos que a
presença oficial do programa nas redes sociais
não inclui canais exclusivos ou proprietários. Os
links para redes sociais divulgados no site prin­
cipal do programa apontam para os canais do
Ministério da Educação e toda disseminação de
Fonte: comScore
Tempo gasto nas redes supera demais categorias
Fev
2013
Mar
2013
Abr
2013
Mai
2013
Jun
2013
Jul
2013
Ago
2013
Set
2013
Out
2013
Nov
2013
Dez
2013
Jan
2014
Fev
2014
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Minutos
totais
Redes sociais
Esporte
Portais
Serviços
Entretenimento
Notícias
e informações
Média de minutos por visitante em redes sociais
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
775
346
Brasil
Mundo
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2013
Mar
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Abr
2013
Mai
2013
Jun
2013
Jul
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Ago
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Fev
2014
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16 | Mapeamento de Presença Digital
conteúdo vem sendo feita por outros canais governamentais
diretamente ligados aos temas que perpassam pelo ensino
técnico (educação, qualificação e mercado de trabalho).
Há também uma proliferação com volumes de conteúdos
importantes de canais não oficiais, como é o caso de dois per­
fis do Facebook (Figura 11) que juntos somam quase 100 mil
fãs. O mesmo acontece no Twitter (Figura 12), em sua grande
maioria com baixo número de seguidores, assim como o Goo­
gle+ (Figura 13), tem pouca atualização.
É praticamente nula a visibilidade do Pronatec no YouTu­
be, uma das principais redes sociais no Brasil (64,7% de pe­
netração dos usuários nacionais de internet, segundo o comS­
core). Se excluirmos as citações do programa federal presentes
em vídeos de discursos da Presidência da República e de mi­
nistérios, a marca Pronatec quase inexiste nesse canal. Por
conta do período eleitoral o canal oficial do MEC no YouTube
não apresenta vídeos publicados (setembro/2014).
Quando o programa aparece, mais uma vez é de maneira
dispersa e não oficial. Há vídeos produzidos por instituições
particulares de ensino, com profissionais envolvidos na produ­
ção desses filmes ou de reportagens de veículos de comunicação
que apresentam algum conteúdo sobre o programa (Figura 14).
No Instagram (Figura 15), a presença só é significativa
quando avaliamos a utilização de hashtags (marcações que
permitem indexar os conteúdos com o mesmo mote em
um único lugar). Eram pouco mais de 6 mil imagens com a
hashtag #pronatec no mês de setembro de 2014. Em geral,
as imagens parecem ser publicadas por jovens estudantes.
EssaausênciadecanaisproprietáriosdoPronatec
poderia trazer dificuldades do ponto de vista analíti­
co, considerando a distribuição descentralizada das
informações nas redes sociais. Todas as pautas sobre
o programa federal estão dispersas em vários canais
de diversos órgãos (inclusive não oficiais – tais como
escolas técnicas e universidades privadas e públicas).
Esse modelo acaba por dissolver também a per­
cepção do programa no ambiente de redes sociais.
A fragmentação na distribuição das informações
parece interessante em um primeiro momento, afi­
nal, a rede é descentralizada. Mas a falta de coor­
denação e integração das pautas e entrega de dados
impede um impacto maior sobre o tema.
Por outro lado, esse formato de atuação pode
fortalecer alguns aspectos importantes da conexão
entre o programa federal e sua proposta que asso­
cia educação, qualificação profissional, aumento da
empregabilidade e impacto no mercado nacional –
territórios cujo domínio é de órgãos e ministérios.
Mesmo sem canais oficiais e aparecendo apenas
como pauta de órgãos relacionados, por ser consi­
derado pela esfera pública federal como um progra­
ma estratégico para o desenvolvimento da economia
brasileira, o Pronatec vem ganhando notoriedade e
volume nos canais sociais desses órgãos do Gover­
no Federal, e já colhe bons frutos e resultados de
relevância. Até o final de 2013, o programa aparecia
Figura 11: Prints de perfis não oficiais no Facebook com o tema Pronatec
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Em termos de linguagem, a dinâmica das redes
exige que o conteúdo conte com títulos e textos
mais curtos, imagens de alto impacto, coesão e ob­
jetividade na informação para aumentar seu alcance,
além de opção para informações complementares
(link que direcione para um site ou para alguma ou­
tra plataforma que traga informações aprofundadas).
O próprio Facebook (82% de penetração de
usuários brasileiros de internet, segundo o comS­
core) vem reduzindo a visibilidade de conteúdos que
não sigam esta tendência – o que é o caso da maioria
das menções ao Pronatec, com um volume excessivo
de texto por postagem, com pouco apelo visual e ne­
nhuma adequação à linguagem da plataforma.
Também não parece haver uma coordenação
da pauta (que acontece apenas entre Portal Brasil e
de forma esporádica nos canais sociais dos órgãos governa­
mentais, sem uma pauta estratégica e consolidada para a evo­
lução do tema. A partir do começo de 2014, passou a participar
de forma considerável do discurso e da rotina de alguns canais
oficiais e de órgãos públicos, como Ministério da Educação,
Palácio do Planalto e Portal Brasil.
Apesar dessa dispersão, podemos identificar um volume
recorrente e crescente do termo “Pronatec”, em especial em
canais oficiais do poder público e imprensa quando avalia­
mos a rede como um todo.
Considerando todos os públicos com os quais o programa
federal dialoga, podemos observar algumas ausências im­
portantes nessa distribuição de canais sociais. Uma delas é
a do empresariado e a dos empregadores em geral – que são
fundamentais para que o ciclo educação­qualificação­em­
pregabilidade se complete. É bastante raro encontrar citação,
menção ou mesmo produção e distribuição de conteúdo so­
bre o Pronatec em canais sociais de companhias privadas. Na
verdade, a grande maioria das menções está ligada à esfera
pública, seja por órgãos federais – estes em maior escala –,
estaduais ou municipais, ou ainda por representantes políti­
cos ligados ao tema, seja por projetos de lei, ou por relacio­
namento com sua base de cidadãos e eleitores.
Figura 12: Resultado da busca pelo termo
“Pronatec” no Twitter
Figura 14: Resultado de busca pelo termo
“Pronatec” no canal YouTube
Figura 13: Resultado de busca pelo termo
“Pronatec” no canal Google+
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18 | Mapeamento de Presença Digital
“Diretrizes de Linguagem Verbal e Visual”, é pre­
ciso manter a tonalidade oficial, mas gerar proxi­
midade com o público, com conteúdo feito para
leigos e clareza nas informações, devendo incluir
ao menos uma imagem por postagem – em boa
parte das redes o recurso visual é permitido e aju­
da a compreensão da informação destacada. E es­
tes recursos são pouco explorados pelos conteú­
dos divulgados sobre Pronatec nos canais oficiais.
É importante lembrar que, graças à acelera­
da e recente inclusão digital, grande parcela da
população brasileira, embora esteja conectada,
possui ainda um repertório mais limitado e me­
Blog do Planalto ao retransmitirem conteúdos entre si) quando
o programa é mencionado pelos diversos órgãos que o divul­
gam – o que poderia ampliar o alcance das informações sobre
o programa, além de evidenciar a integração interministerial.
Sem este alinhamento, o tema Pronatec e sua importância são
dissolvidos por concorrer com outros públicos e pautas dos
canais destes órgãos divulgadores.
Não há, por outro lado, frequência ideal do tema nos
canais oficiais, o que permitiria ampliar a abrangência do
Pronatec nestes ambientes, estimulando novos públicos a
conhecerem a proposta ou direcionando quem já a conhece.
Linguagem e aspecto visual (design)
A forma como o Pronatec aparece nas redes, seja pelos ca­
nais do Ministério da Educação (Figura 16), seja pelos de­
mais divulgadores, apresenta pouca ou nenhuma otimização
ou adequação para a linguagem das redes sociais. A exemplo
dos demais canais digitais do Pronatec, a linguagem é for­
mal, pouco amigável, institucional em demasia para o tipo
de público que se pretende atingir.
Não há chamadas ou “manchetes” que entreguem a in­
formação de forma objetiva, ou que instiguem o usuário a
clicar no link para saber mais sobre o assunto abordado.
E, como aponta o próprio Manual de Orientação para
Atuação em Redes Sociais publicado pela Secretaria de
Comunicação da Presidência da República, em seu capítulo
Figura 16: Exemplo de post sobre o Pronatec
publicado na página do Facebook do MEC
Figura 15: Resultados de busca pelo termo “Pronatec” no Instagram
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Mapeamento de Presença Digital | 19
nos facilidade para navegar e para ler – sobretudo quan­
do falamos de trâmites considerados burocráticos ou que
possuam muitas nuances (o que é o caso do Pronatec, com
suas múltiplas formas de acesso e segmentações de públi­
cos). Ainda que estejamos falando de um projeto de política
pública, com toda a seriedade e os protocolos necessários,
não podemos nos esquecer de que o conteúdo deve tam­
bém respeitar a linguagem da própria rede ou canal e al­
cançar o público a ser impactado e mobilizado – conforme
indicamos no capítulo Planejamento de Conteúdo.
O modelo atual de divulgação se confunde com a lin­
guagem utilizada pelos órgãos que disseminam informa­
ções, sem carregar premissas, identidade ou padronizações
necessárias para o Pronatec. Ou seja, o ministério ou ins­
tituição pública se apropria do tema e aplica sua própria
linguagem, seu modo de operar e realizar mídias sociais
e, até pela abrangência de públicos e temas tratados, não
contextualiza ou faz o tratamento adequado do conteúdo
do Pronatec para atingir quem se pretende. Até mesmo em
plataformas cujo apelo é bastante visual, como
é o caso do Facebook, os textos são demasiada­
mente longos (na contramão das boas práticas
de redes sociais, que indicam que as pessoas in­
teragem mais por conteúdos rápidos, objetivos e
claros, consequentemente, mais curtos, em es­
pecial com imagens).
Estudo realizado entre abril e maio de 2013
pelo Socialbakers, uma das mais respeitadas
empresas de métricas e monitoramento de re­
des sociais no mundo, levou em consideração
mais de 5 mil páginas de marcas. Ao avaliar co­
mentários, likes e compartilhamentos, encon­
trou como resultado que 93% do total de posts
mais engajados contêm fotos e imagens.
Também falta adequação ao segmentar as
mensagens, por não contemplar o público­
­alvo como o receptor final do conteúdo. Ao ci­
tar números, os dados são descontextualizados
A dispersão do Pronatec nas Redes Sociais
#PRONATEC*
DISSEMINADORES
DISSEMINADORES
1o
nível
Portal Brasil Planalto
Ministério
da Educação
Ministério
do Turismo
Dilma
Rousseff
Benefíciários
do Programa
Ministério do
Trabalho e Emprego
Demais instituições
de ensino
E outros Poderes públicos
estadual e municipal
2o
nível
DISSEMINADORES
3o
nível
Veículos
*Fonte: Twitonomy / Buscas e monitoramento nas redes sociais pela hashtag #pronatec
EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014
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20 | Mapeamento de Presença Digital
e sem conexão com a realidade do cidadão que mais se
pretende atingir. A terminologia utilizada para falar com
o estudante é muito similar à usada para dialogar com o
empresariado, por exemplo, havendo casos em que são
usados termos inadequados que podem repelir os públi­
cos em vez de incluí­los e atraí­los (exemplo: uso da ter­
minologia “jovens em situação de vulnerabilidade” pode
afastá­los em vez de aproximar).
Com respeito à linguagem visual, a padronização e a
qualidade também dependem do órgão responsável pela
divulgação das informações – refletindo o mesmo desali­
nhamento e fragmentação observados na abordagem e na
frequência de menção do programa. Em muitos casos, as
imagens utilizadas remetem mais ao conteúdo informa­
tivo de portais de notícias do que à comunicação de um
programa de governo, sem qualquer identidade visual cla­
ra ou padronização de como o Pronatec deve ser visto nas
redes sociais (independentemente de quem seja o órgão
responsável por essa comunicação).
Percepção do público e interatividade
A capacidade de interação (relacionamento) em canais so­
ciais é primordial porque caracteriza um dos pilares es­
senciais das boas práticas de redes sociais, assim como a
avaliação da percepção do cidadão em relação ao programa é
indispensável para direcionar o planejamento e a estratégia
de atuação neste ambiente.
Há picos de citações quando alguma etapa do
programa é realizada ou quando o tema é citado
diretamente em cadeia nacional por representan­
tes do poder público e estas informações são re­
plicadas para os canais sociais. Em termos gerais
de volume de citações nas redes sociais, o pro­
grama tem uma representatividade pequena, com
uma média entre 200 e 300 menções por dia.
Para uma avaliação um pouco mais aprofun­
dada, realizamos um monitoramento preliminar
do programa entre os dias 18 e 22 de agosto de
2014. A dinâmica de classificação para análise foi
caracterizada da seguinte forma:
A rede social com maior volume de menções é
o Facebook, que conta com mais de 70%, enquanto
o Twitter aparece na segunda posição com 25%. Os
5% restantes são citações divididas em outras di­
versas redes, como blogs, Instagram e Google+.
No Facebook, em geral, as menções relacio­
nam o programa à Presidência da República. No
Twitter, o tema mais abordado foi a divulgação
de inscrições e convocações de professores para
o programa federal. Ao analisar o todo, as princi­
pais menções aparecem com caráter mais infor­
mativo como: vagas, cursos, formaturas, diplo­
mas e certificados, além de investimentos feitos
pela Presidência da República/Governo Federal.
O índice de rejeição ou de comentários nega­
tivos é bastante baixo. Neste caso, as críticas estão
ligadas a problemas no recebimento da bolsa ou na
inscrição, isto é, quando o usuário não conseguiu
finalizar o processo de matrícula. Durante o perío­
do analisado, não foram identificados, entretanto,
menções negativas. Há, porém, ao longo de uma
análise em um período de tempo maior, diversos
questionamentos, independentemente da rede, ain­
da que simples, que permanecem sem uma resposta
oficial do programa, algo extremamente prejudicial
para a boa repercussão e melhor visibilidade do
Pronatec nas redes sociais.
Quando o usuário/cidadão recebe resposta, em
muitos casos ela é extensa e de difícil compreensão
por utilizar termos, por vezes, rebuscados e distan­
tes da realidade do usuário padrão. Por essa razão,
monitorar este tipo de questionamento – além de
criar de iniciativas que atendam a esta demanda – é
essencial para a evolução do programa.
Fonte: Socialbakers, maio de 2013
Tipos de posts que mais
engajam no Facebook
93%
Com fotos
3%
Com status
2%
Com link
2%
Com vídeo
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Mapeamento de Presença Digital | 21
Os principais influenciadores sobre o Pronatec, isto
é, aqueles que possuem não só alcance (alto volume de
seguidores ou fãs) mas também credibilidade, geram re­
percussão – positiva ou negativa. Por essa razão, também
devem ser considerados nesta análise.
Interatividade por aplicativos
É possível encontrar o Pronatec também em ambientes mó­
veis, como os aplicativos para celulares. Considerando o fato
de que o processo de instalação do aplicativo pode ser feito a
partir do computador – o cidadão pode instalar o aplicativo
em um computador e sincronizá­lo com seu aparelho celular
–, esta presença digital deve ser considerada.
Ao realizarmos uma busca na internet por aplicativos
disponíveis para celulares, o resultado traz algumas opções
de instituições privadas de ensino, especialmente para as
plataformas Android (Google) e iOS (Apple) (Figura 17).
Em sua grande maioria, os aplicativos apresentam fun­
cionalidades simplistas, como controle de presença para o
aluno como facilidade para evitar que este processo seja
realizado por meio do site do Ministério da Edu­
cação. Não há, entretanto, nenhum aplicativo
que permita a avaliação de cursos ou da infraes­
trutura das escolas, sugestões de melhorias ou
aprimoramento do programa de uma maneira ge­
ral, mais abrangente.
Figura 17: Tela com resultados de aplicativos no Google.
Imagem extraída em setembro/2014
A capacidade de
interação em canais
sociais é primordial
porque caracteriza
um dos pilares
essenciais das
boas práticas
de redes sociais
Influenciadores digitais
Nomes relevantes de determinados segmentos e
personalidades possuem capacidade de influen­
ciar pessoas. Seja pelo nível de conhecimento e
capacidade de articulação ou poder de argumen­
tação que apresentam sobre um tema específico,
seja pela exposição que possuem em diversas
mídias, transferida também para as redes so­
ciais. E jovens, em geral, costumam acompanhar
estas figuras construídas dentro e fora do am­
biente digital. Não há, entretanto, a partir des­
ta análise, uma identificação clara e objetiva de
quem são os influenciadores com maior desta­
que – por volume (número de público atingido)
ou relevância (alto grau de conhecimento e rela­
cionamento com o tema) – quando os assuntos
são educação e ensino técnico.
Assim como os temas são tratados de forma
dispersa, os influenciadores do ambiente digital
também estão dispersos. Seria preciso aplicar a me­
todologia do mapa social para reconhecer os propa­
gadores e disseminadores do Pronatec e seus bene­
fícios para o cidadão e para a economia brasileira.
Eles podem auxiliar a expandir a visibilidade
e o diálogo, contribuir para o debate e estimular
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22 | Mapeamento de Presença Digital
Destaques do:
Mapeamento de Presença Digital
●● Apresença digital do Pronatec é dispersa: as informações sobre o programa não estão hierarquizadas
de forma a privilegiar o entendimento do público;
●● Sites não oficiais se apresentam de forma muito mais adequada e com melhor posicionamento nos resultados
de busca do que os canais oficiais;
●● As propriedades digitais não utilizam recursos com apelo para o público jovem (audiovisuais, por exemplo)
e a linguagem se caracteriza basicamente pelo formato texto;
●● Nas redes sociais, a pauta é desorganizada, sem coesão.As informações são disseminadas sem frequência.
a interação para a formação de políticas públicas. Distinguir
e analisar essas personalidades como potenciais dissemina­
dores e difusores de informações sobre o Pronatec, contar
com o apoio deles para a geração de conversas e exposição
de fatos importantes é fundamental para que a estratégia de
disseminação de informações do programa no ambiente di­
gital funcione e atinja número crescente de interessados.
se tornar um replicador das informações e do pró­
prio processo de qualificação.
Mesmo que dispersas, as informações podem
ser planejadas e programadas de forma a trazer
mais coesão e resultados para o programa nas re­
des sociais. Algumas premissas são importantes
para que o Pronatec ganhe mais relevância neste
ambiente especificamente:
●● Revisitar alguns conceitos e boas práticas de re­
des sociais que permitam colocar em prática uma
estratégia e modelo de conteúdo mais integrados
para favorecer a distribuição das informações;
●● Organizar e segmentar a disseminação das in­
formações sobre o programa para também tor­
nar o conteúdo mais atraente;
●● Criar ações e iniciativas que estimulem os usuá­
rios de redes sociais e beneficiários do programa
a compartilharem conteúdos e dados em seus
próprios canais sociais e para suas próprias redes
de contato, estimulando outras pessoas a se inte­
ressarem pelo tema.
Um planejamento estratégico específico para
esses canais, integrado a um planejamento macro
de comunicação e presença digital, além do moni­
toramento de redes sociais, permitirá um ganho de
inteligência que enriquecerá o Pronatec por meio de
uma atuação mais assertiva, que traga visibilidade,
credibilidade e confiança ao programa.
É preciso organizar um
plano para localizar
potenciais propagadores e
disseminadores na internet
Considerações e conclusões
De modo geral, o tema ensino técnico vem ganhando força
mais por iniciativa dos órgãos e ministérios do Governo Fe­
deral do que pela própria reverberação do público atingido
pelas iniciativas educacionais.
Isso indica uma necessidade de ampliar as formas, a fre­
quência e o volume de conteúdos que permitam que o cida­
dão tenha mais acesso aos dados do Pronatec e também às
histórias de quem se formou em algum dos cursos ofereci­
dos pelo programa.
Desta forma, o usuário poderia se sentir disposto a dialogar,
compreender o Pronatec de forma mais aprofundada e, assim,
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| 23Diagnóstico
Para Tamires, o curso
de Recursos Humanos
foi além do esperado.
Agora é a vez dela ir além.
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24 | Diagnóstico
E
ste diagnóstico detalhará os públicos, insumos,
potencialidades, fraquezas, oportunidades e boas
práticas sobre o Pronatec que serão essenciais para
embasar a definição da Estratégia de comunicação
digital para o programa, detalhada no capítulo seguinte.
Levantamento de públicos
Pela amplitude do programa e pelo seu alcance junto a toda a
sociedade, a análise dos públicos não pode ser feita de forma
individualizada. Deve-se considerar que o Pronatec se destina a
uma rede de públicos que, apesar de diversos, tem em comum a
crença no ensino técnico ou profissionalizante como potencia-
lizador de carreiras e desenvolvimento socioeconômico do país.
Para contextualizar o máximo de públicos que orbitam o
programa, definimos agrupamentos que se relacionam com o
Pronatec a partir de necessidades similares. De forma geral, mas
considerando suas particularidades, cada um destes públicos é
capaz de auxiliar na disseminação e geração de conhecimento
sobre o programa. É importante ainda dividi-los por nível de
importância, isto é, aqueles que, para serem alcançados, reque-
rem esforços maiores ou menores:
Alunos matriculados nos 2º e 3º
anos das redes públicas de ensino
médio e quem já concluiu essa etapa
No ano passado, mais de 8 milhões de alunos fre-
quentaram o ensino médio no Brasil de acordo com
Censo da Educação Básica, divulgado pelo Ministé-
rio da Educação. No país, o ensino médio enfrenta
alta taxa de abandono e evasão – 37,9%, segundo
o IBGE. O Pronatec pode, então, servir de subsídio
para criar uma perspectiva de vida melhor para o
aluno, preparando-o para o mercado de trabalho.
É preciso compreender que estamos falando de
adolescentes e jovens adultos com pouca ou ne-
nhuma experiência profissional. A apresentação do
Pronatec pode orientá-lo na escolha de sua carrei-
ra e, ainda, tornar claro que ele está diante de uma
oportunidade para ampliar seu conhecimento e,
também, sua renda. Nessa fase de indefinições na
vida, o estudante precisa de um guia que o ajude a
desenhar seus próximos passos.
Públicos prioritários
Públicos secundários
●● Alunos matriculados nos 2º e 3º anos das redes
públicas de ensino médio e quem já os concluiu;
●● Desempregados e profissionais em busca
de qualificação;
●● Beneficiários de programas sociais;
●● Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema S).
●● Governo (federal, estadual, municipal,
órgãos de interesse e ministérios);
●● Quem já fez ou faz o ensino técnico;
●● Gestores e educadores;
●● Empresários e empreendedores;
●● Imprensa e formadores de opinião;
●● Organizações não governamentais
e entidades representativas de classe.
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| 25Diagnóstico
Soma-se a isso o fato de que este público também está se
preparando para o Enem (considerando o fato de que o exame
também é porta de entrada para o Pronatec via Seleção Unifica-
da da Educação Profissional e Tecnológica – Sisutec).
Desempregados e profissionais
em busca de qualificação
Desde 2013, o trabalhador de nível médio que solicitar mais
de uma vez o seguro-desemprego em um período de dez anos
só tem direito ao benefício se fizer um curso de qualificação.
Trata-se de uma forma de estimular a formação de mão de
obra mais qualificada para a atividade produtiva no Brasil e, ao
mesmo tempo, reduzir os custos com o benefício, que aumen-
tou 0,5% do PIB de 2003 até 2013.
Beneficiários de programas sociais
O Pronatec tem o papel de ampliar o alcance do ensino técnico
e profissionalizante para públicos que não teriam acesso por
meios tradicionais, como a prestação de cursos particulares de
vestibular para garantir vaga nas instituições públicas ou paga-
mento de mensalidades às instituições privadas. O programa
possibilita reduzir assimetrias de condições de acesso, ao mes-
mo tempo em que visa dirimir vulnerabilidades que são con-
sequência destas desigualdades de condição de acesso. Apesar
de interesses comuns, esses públicos possuem necessidades
diversas entre si, como os que integram o Pronatec Brasil sem
Miséria; Pronatec Soldado Cidadão; Pronatec Campo; Pro-
natec Prisional; e Pronatec Viver sem Limite.
Serviços Nacionais de Aprendizagem ou Sistema S
A rede de oferta de cursos em um país de dimensões conti-
nentais como o Brasil e a capacidade de infraestrutura são duas
características de grande relevância não só para a manutenção,
mas para a evolução do Pronatec. Por essa razão, o
Sistema S é um público fundamental para a sobre-
vivência e capilaridade do programa, com sua rede
presente em várias regiões do país.
Governo (federal, estadual, municipal,
órgãos de interesse e ministérios)
Os governos estaduais e municipais, além dos ór-
gãos e ministérios, beneficiam-se de forma direta
e objetiva do programa. O estímulo à capacitação
profissional, o auxílio ao cidadão e investimento no
aumento da empregabilidade de todas as regiões do
país, além de possibilitar o aumento da renda média
das pessoas, são fatores fundamentais para garantir
mais prosperidade para todas as localidades (esta-
dos e municípios) por meio do ciclo econômico que
promove mais trabalho, leva ao aumento de renda
e, consequentemente, movimenta a economia local.
Além disso, os ministérios são beneficiados com
a oferta de cursos e condições especiais de acesso
para os interessados em determinadas atividades
econômicas e sociais, ou para os beneficiários de
outros programas do governo – integrando os es-
forços para a ampliação do alcance e dos resultados
de ambas as iniciativas.
Quem já faz ou fez ensino técnico
O universo de estudantes em curso ou formados
é grande e a expectativa de crescimento, enorme.
Os participantes desta rede de ensino técnico são
fundamentais para o processo como um todo – afi-
nal, o sucesso do programa está na formação, quali-
ficação e colocação profissional dessas pessoas.
14 a 18 anos
30 a 39 anos 50 anos ou mais19 a 24 anos
25 a 29 anos 40 a 49 anos
Perfil dos estudantes do Pronatec
Fonte:MinistériodaEducação(MEC)-27/08/2014
Matrículas por faixa etária
41,32%
(1.671.293)
58,68%
(2.373.136)
Matrículas por gênero
Feminino Masculino Técnico Qualificação
Matrículas por tipo de curso
29,88%
(2.403.724)
70,12%
(5.639.834)
32,51%
(482.223)
23,44%
(347.700)
5,96%
(88.471)
1,55%
(23.046)
2,54%
(37.739)
33,99%
(504.280)
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26 | Diagnóstico
Empresários e empreendedores
As micro e pequenas empresas são responsáveis
por 52% dos empregos formais no Brasil, de acor-
do com estudo do Sebrae divulgado em 2013. Para
manter o ritmo da geração de emprego, é preciso
capacitar mão de obra especializada. O país terá de
formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível téc-
nico e em áreas de média qualificação para atuar
na indústria até 2015. Desse total, 1,1 milhão será
de vagas para quem nunca trabalhou. Os dados são
do Mapa do Trabalho Industrial 2012, divulgado
pela Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e elaborado pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai).
Além de estabelecer uma ponte entre traba-
lhadores e escolas, o Pronatec também permite
ao empresariado a chance de oferecer capacitação
aos funcionários. O Fies Técnico-Empresa au-
toriza o financiamento a quem quer investir em
qualificação. A aproximação com os empregado-
res pode contribuir ainda com a identificação das
profissões com maior defasagem dos profissio-
nais, levando ao consequente aumento de vagas
em cursos relacionados.
Imprensa e formadores de opinião
De forma mais ampla, também há públicos que
atuam como ratificadores ou endossadores do
programa federal, propagando para públicos di-
versos mais informações sobre a importância, a
abrangência, a credibilidade e os resultados do
Pronatec – como a imprensa e demais formado-
res de opinião pública.
Esse endosso é imprescindível para que o
programa federal passe a ser gradualmente reco-
nhecido como uma política pública fundamental,
necessária e perene.
Organizações não governamentais
e entidades representativas de classe
Há uma série de instituições formadas à margem
do poder público mas que possuem papel funda-
mental para o desenvolvimento e aprimoramento
da educação no país. São agentes extremamente
importantes e engajados na fiscalização, acompa-
nhamento e cobrança das esferas governamentais
em relação às políticas públicas.
Além de estimular a formação profissional ou até mesmo
ajudá-los a mudar de área de atuação, o Pronatec precisa ofere-
cer ferramentas e recursos que permitam dar voz a este público,
integrá-los ao processo de construção de cidadania e qualidade
de vida (do ponto de vista do trabalho e geração de renda) e
transformá-los em propagadores e embaixadores do programa.
Gestores e educadores
São eles: diretores, coordenadores e professores de instituições
educacionais de escolas públicas (federais, estaduais e muni-
cipais), privadas e rede do Serviço Nacional de Aprendizagem
(Sistema S), secretarias e delegacias de ensino.
Na forma em que está hoje constituído, o programa depende
essencialmente de uma rede de escolas para conseguir atingir
seus principais objetivos. Essa rede possui uma infraestrutura
respeitável como intermediários diretos do processo. Além das
instituições públicas, que conseguem atender até mesmo nos
lugares mais remotos do país, também está disponível aos es-
tudantes toda a rede do Serviço Nacional de Aprendizagem (que
incorpora instituições privadas devidamente habilitadas como
ofertantes) para obter capacitação profissional. Somam-se a
isso escolas particulares credenciadas que compõem o progra-
ma com a oferta de diversos cursos de especialização, além de
secretarias, delegacias de ensino e gestores.
O principal ponto para o Pronatec é fazer com que o poder
público se aproprie como grande articulador, coordenador e lí-
der da iniciativa, sem perder espaço ou consideração do usuário
em relação aos seus benefícios diretos e indiretos.
Os gestores, professores, diretores dessas instituições
possuem contato direto com candidatos, alunos e demais in-
teressados no programa, podendo atuar como influenciadores,
recomendando-o ou orientando alguém que precise, deseje ou
busque qualificação profissional para melhoria de renda, bem
como estudantes em idade e com características próprias para a
escolha do ensino técnico. Professores, por exemplo, têm papel
fundamental nesta disseminação de informações e na geração
de conhecimento sobre possibilidades do Pronatec.
Os influenciadores assumem o papel de agentes-ponte que
levam a informação a quem não tem contato com tecnologia de
forma frequente. É o caso dos administradores do Pronatec ou
ligados diretamente ao programa via MEC, que levam informa-
ções sobre o ensino técnico para diversas escolas no país.
Integrantes de órgãos e ministérios interligados de alguma
forma ao programa e agentes de condução dos padrões e pro-
cessos educacionais federais, estaduais ou municipais também
são responsáveis pela propagação de como fazer uso dos recur-
sos do programa disponíveis para cada região ou modalidade.
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| 27Diagnóstico
Levantamento de insumos
disponíveis e necessários
Dos principais resultados dos levantamentos nacionais rea-
lizados por renomados institutos de pesquisa em parceria
com órgãos governamentais e privados emergiram os in-
sights norteadores da Estratégia. Os números se consolidam
em cinco eixos:
Eixo 1: Compilação de dados do ensino técnico e profissio-
nalizante, que mostram as razões para optar ou não por esta
modalidade de formação;
Eixo 2: Devido à alta taxa de conversão de quem
faz o ensino técnico – a quase garantia de vaga
no mercado de trabalho – foram reunidos índices
sobre emprego e renda dos jovens e seus obstácu-
los para obter trabalho;
Eixo 3: Detalhamento sobre perfil, valores, so-
nhos e percepções da juventude;
Eixo 4: Análise do consumo de mídia;
Eixo 5: Radiografia das formas de atuação, mobi-
lização, engajamento e coletividade dos jovens em
busca de estudo e trabalho.
1 Retratos da Sociedade Brasileira:
Educação Profissional | janeiro de 2014
Pesquisa CNI-Ibope feita em 2013 com 2.002 cidadãos
de 143 cidades brasileiras, segmentados em grupos de
16 a 24 anos, 24-34, 35-44, 45-54 e 55 anos e mais.
3 Pesquisa Nacional de Egressos dos Cursos Técnicos da
Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica |
2009 Levantamento feito de 2003 a 2007 pela
SETEC/MEC, com retorno de 130 instituições, sobre
qualidade, aproveitamento e satisfação de egressos.
5 Projeto Sonho Brasileiro | 2011
Pesquisa sobre o Brasil e o futuro a partir da
perspectiva de 3 mil jovens de 18 a 24 anos, de
São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre,
sendo 17% das classes D e E, 47% da C, e 33% da B.
7 Mapa do Trabalho Industrial 2012
Estudo do Senai para apurar a necessidade
de profissionais entre 2012 e 2015, para subsidiar o
planejamento da oferta de formação profissional.
9 SIPS – 2ª Edição – Percepção dos trabalhadores sobre
intensidade e exigências no ambiente de trabalho | 2012
A segunda edição do estudo, feito pelo Ipea, passou a
envolver 3.775 domicílios, de 212 municípios.
11 Pesquisa SAE/PR sobre a relação da juventude com o
mercado de trabalho e a educação | novembro de 2013
Levantamento e análise de dados a partir da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados.
13 Dados processados pelo IBGE | setembro de 2013
Indicadores sobre diversos assuntos,
com base na Pnad de 2012.
13
11
9
7
5
3
1
12
10
8
6
4
2 2 Agenda Juventude Brasil: Pesquisa Nacional sobre
Perfil e Opinião dos Jovens Brasileiros | 2013
Pesquisa da Secretaria Nacional da Juventude
e Secretaria Geral da Presidência da República com
3.300 jovens de 15 a 29 anos, de 187 cidades do país.
4 O Jovem Digital Brasileiro | 2014 e 2012
Ibope Media fez dois estudos – em julho de 2014 e entre
julho e agosto de 2012 – sobre hábitos de consumo de
mídia dos jovens e seu comportamento na rede.
6 Pesquisa Brasileira de Mídia 2014
Retrato sobre o uso que os brasileiros fazem
dos meios de comunicação. Encomendada
pela Secom/PR, entrevistou 18.312 pessoas
em 848 cidades, de out. a nov./2013.
8 Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) –
1ª Edição – Trabalho e Renda | 2011
Feito pelo Ipea, é pesquisa domiciliar e presencial para
captar a percepção das famílias sobre políticas públicas.
A primeira edição envolveu 2.770 casas, em 146 cidades.
10 Estudo do Senai sobre média salarial
por setor | setembro de 2013
Levantamento feito a partir da Relação
Anual de Informações Sociais de 2011.
12 Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das
condições de vida da população brasileira | novembro
de 2013 Análise do IBGE que usa a Pnad de 2012 como
principal fonte de informação e apresenta indicadores
atualizados sobre a realidade social do país.
Principais fontes utilizadas:
Os nûmeros apontados ao final de cada dado se referem às pesquisas listadas abaixo:
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28 | Diagnóstico
Ensino técnico e profissionalizante hoje
O Pronatec alcançou em agosto de 2014 a meta de matrículas
previstas para o fim do ano ao atingir pouco mais de 8 milhões
de inscritos em mais de 4.200 cidades. Segundo o MEC, mais
de 2 milhões se referem a cursos técnicos de nível médio e mais
de 5 milhões a cursos de qualificação.
Uma das formas de ingresso para as vagas de nível médio
ocorre a cada semestre pelo Sistema de Seleção Unificada
da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). No segun-
do semestre de 2014, foram oferecidas nesta modalidade
289.341 vagas em cursos técnicos.
●● 90% dos jovens estão satisfeitos em relação à
instituição: 44% avaliaram a instituição onde
fizeram o curso técnico como ótima, 46% como
boa e 9% como média. Nenhum classificou as
como ruins ou péssimas. 3
●● 38% deles desejam fazer um curso técnico ou
profissionalizante. 2
Há espaço para crescer,
apesar das dificuldades:
●● As principais razões para que 75% da população
nunca tenha feito cursos de formação profissio-
nal são falta de: tempo para estudar (40%); re-
cursos para pagar (26%); interesse (22%). 1
●● A maioria (90%) diz ter concluído o curso técni-
co ou profissionalizante. Entre os 10% que inter-
romperam, 42% afirmam que não concluíram por
problemas financeiros, 33% perderam o interesse
na área, 31% tiveram dificuldade em conciliar tra-
balho e estudo e 29% não estavam satisfeitos.1
●● Em relação à falta de tempo, 46% dos jovens que
trabalham têm carga horária de 40 horas semanais
e 37%, de 24 a 40 horas semanais.2
●● Ainda sobre os jovens que trabalham, 35% deles
estudam simultaneamente. 4
●● Outra dificuldade para conciliar trabalho e estudo
está na flexibilidade da jornada: 58,5% têm ho-
rário fixo e 41,5%, horário flexível de trabalho. 9
Segundo o MEC, 85% das vagas do Sisutec são destinadas
a candidatos que cursaram o ensino médio na rede pública ou
na rede privada como bolsistas. Metade das vagas são reserva-
das para alunos com renda per capita de até 1,5 salário mínimo.
As vagas do Sisutec são distribuídas em todo o Brasil e
concentraram-se em São Paulo (79.274 vagas), em Minas Ge-
rais (40.112) e no Rio Grande do Sul (20.527). Os principais
cursos ofertados são técnicos em: logística (40.712 vagas), se-
gurança do trabalho (29.397), enfermagem (25.557), informática
(21.819) e edificações (9.171).
Levantamentos recentes revelam que
cusos técnicos são bem avaliados:
●● 25% dos brasileiros com 16 anos ou mais frequentam/fre-
quentaram curso de educação profissional. 1
●● 69% da população consideram os cursos de educação profis-
sional no Brasil como ótimos ou bons. 1
●● 87% mostraram-se satisfeitos com o curso que realizaram
por meio do programa. 3
●● 90% dos alunos que passaram pelas salas de aula do Prona-
tec avaliaram os professores como ótimos ou bons. 3
2014
Serviços
Nacionais de
Aprendizagem
(Sistema S)
10,7%
Escolas
públicas
3,6%
Instituições
privadas
85,7%
Distribuição das vagas do Sisutec:
Fonte: Ministério da Educação (MEC) - 27/08/2014
40.712
29.397
25.557
21.819
9.171
Logística
Segurança do trabalho
Enfermagem
Informática
Edificações
Principais cursos técnicos
ofertados (no
de vagas):
Fonte: Ministério da Educação (MEC) - 27/08/2014
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| 29Diagnóstico
●● Entre as ações do governo para melhorar a situação dos
jovens em relação à educação, a ampliação do número de
escolas técnicas e de formação profissional aparece em
quinto lugar, com 8% das respostas. 2
Nota: Em relação aos 26% que dizem não ter recursos para pa-
gar, é importante registrar a resposta do Governo Federal para
isso ao firmar, em 2008, acordo com entidades do Sistema S
para garantir a estudantes de baixa renda e trabalhadores empre-
gados ou desempregados a gratuidade nos cursos de formação.
mercado de trabalho
De acordo com diversas pesquisas, para muitos cidadãos bra-
sileiros, os cursos técnicos e profissionalizantes geram opor-
tunidade e dão chances de acesso ao mercado de trabalho e
de aumento da renda:
●● Entrevistados que frequentam ou frequentaram um curso
profissional optaram por essa modalidade porque permite
ingresso rápido ao mercado de trabalho (53%), pelo desejo de
qualificar-se em determinada profissão (47%), para ampliar
as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho (28%) e
para melhorar o desempenho no atual trabalho (27%). 1
●● 74% consideram que o aluno de curso profissional é bem
ou razoavelmente preparado para o mercado de trabalho. 1
●● Para 90% dos entrevistados, quem faz ensino técnico tem
mais oportunidades no mercado de trabalho. 1
●● 82% dos entrevistados afirmam que os profissionais que
contam com certificado de qualificação profissional têm
salários maiores que os demais. 1
●● 96% dos que concluíram afirmam que o curso contribuiu
ou pode contribuir para conseguir um emprego ou traba-
lho. 85% acham que o curso contribuiu muito. 2
●● Entre os aspectos apontados pelos jovens como importan-
tes para se sentirem realizados estão o emprego/trabalho
(48%), os estudos (30%) e realização financeira (25%). 2
●● O perfil da renda dos jovens, considerando a renda domici-
liar per capita, registra patamares baixos, se comparados aos
adultos: 28% estão nos estratos baixos (até R$ 290/mês),
50% nos médios e 11% nos altos (acima de R$ 1.018/mês).2
●● O curso técnico é vislumbrado como uma possibilidade de
aumento da renda: 95% acreditam que o curso contribuiu
ou pode contribuir para melhorar a sua remuneração. 84%
acham que contribui muito. 2
●● Na indústria, os técnicos ganham em média 24% a mais
do que em áreas como serviços e comércio, com uma mé-
dia salarial de R$ 2.519,34. 10
Obstáculos
As perspectivas positivas que o curso técnico
pode gerar focam a superação dos principais de-
safios dos jovens no mercado de trabalho:
●● Para 44% dos que vivem em centros urbanos,
a falta de experiência é a principal dificuldade
ao procurar um trabalho, seguida de 22% que
citam a escolaridade insuficiente. 2
●● A falta de qualificação exigida nas seleções de em-
prego é assumida por 28% daqueles entre 18 e 29
anos. Já para 16%, “falta trabalho na minha área
profissional/a concorrência é muito grande”. 8
●● Do total de desligamentos entre os jovens de 18
a 24 anos, em 2013, 34% foram feitos a pedido
do empregado. Entre os adultos o percentual é
de 25%. Entre os motivos: descontentamento
com o trabalho ou simples experimentação. 11
●● O Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalha-
dores em nível técnico e em áreas de média qua-
lificação para atuar em profissões industriais
DOs QuE
CONCLUÍRAm
afirmam que
o curso técnico
contribuiu ou
pode contribuir
para conseguir
um emprego
ou trabalho.
96%
Mais renda para trabalhadores
técnicos formados
Fonte: Agenda Juventude Brasil - Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião
dos Jovens Brasileiros (2013)
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30 | Diagnóstico
até 2015. 7
O estudo indica que serão necessários 174,6 mil
cozinheiros industriais, 88,6 mil operadores de máqui-
nas para costura e 81,7 mil preparadores e operadores de
máquinas pesadas para a construção civil, além de 88.766
técnicos em controle da produção, 39.919 em eletrônica e
27.972 em eletricidade e eletrotécnica.
Perfil, valores e percepções dos jovens
●● Idade: 15 a 17 anos (20%), 18 a 24 anos (47%) e 25 a 29
anos (33%). 2
●● Sexo: 50,4% mulheres e 49,6% homens. 2
●● Cor/raça: Pardo (45%), branco (34%), preto (15%) e ama-
relo/indígena (6%). 2
●● Onde moram: cidades (85%) e campo (15%). 2
●● Escolaridade: 16% tinham o ensino fundamental incomple-
to, 11% concluíram o fundamental; 21% alcançaram o ensino
médio incompleto; 38% concluíram o ensino médio e 13%
seguiram até o ensino superior (incluindo pós-graduação) 2
●● Configuração familiar: solteiros (66%), vivem com os
pais (61%) e têm filhos (40%). 2
●● Responsabilidades: São compradores principais em seus
domicílios (35%), considerados chefes de família (23%) e
são pais/tutores/responsáveis por algum morador (19%). 2
●● Problemas que mais preocupam: segurança e violência
(24%), emprego/profissão (19%), educação (9%), crise eco-
nômica/financeira (9%), drogas (8%), saúde (7%) e outros. 2
●● O que existe de mais positivo no Brasil: possibilidade de
estudo (27%), liberdade de expressão (21%), estabilidade
econômica (16%), ter democracia (12%) e outros. 2
●● Desafios que precisam ser enfrentados no Brasil: são con-
siderados muito importante melhorar a saúde da população
(99%), melhorar a educação (98%), reduzir o desemprego
(95%) e outros. 2
●● Fatores mais importantes para garantir seus direitos: po-
líticas de governo (47%), seguido pelo esforço pessoal (31%).
●● O maior sonho: formação profissional e emprego (55%),
casa própria (15%) e dinheiro (0,9%).
●● Aspectos relevantes na escolha do trabalho: possibili-
dade de construir uma carreira (55%), ter a carteira assi-
nada (53%), ter satisfação com o trabalho que faz (41%) e
ter um maior salário (39%). 5
●● Consumo: 8% possuem cartão de crédito. Para 38%, o
cartão de crédito possibilita a aquisição de coisas que nor-
malmente não poderiam comprar. 4
●● Valores mais importantes para um mundo ideal: temor a
Deus (22%), respeito às diferenças (13%), respeito ao meio
ambiente (16%) e igualdade de oportunidades (8%) 2
Consumo de mídia
A internet deve ser reconhecida como uma
plataforma estratégia de interação e relacionamento
entre os jovens, mas também como um canal de
engajamento simultâneo com os demais meios de
comunicação – TV, rádio e jornal.
●● No Brasil, 85% dos jovens são usuários de inter-
net. A maior parte se autoclassifica como “vicia-
dos”em especial a quatro aplicativos nos quais fi-
cam continuamente conectados: Facebook (89%),
WhatsApp (87%), e-mail (80%), Instagram (63%)
e Twitter (50%). A maioria deles (63%) diz usar
frequentemente mais de um meio de comunicação
ao mesmo tempo. 4
A mesma pesquisa4
mostra ainda que:
●● 96% dos jovens utilizam a internet diariamente
para buscar informações (86%), acompanhar no-
tícias (74%), assistir a vídeos (71%) e ouvir mú-
sica (64%);
●● 93% estão nas redes sociais. Têm em média 6,7
perfis, sendo os mais populares: Facebook (96%),
YouTube (79%), Skype (69%), Google+ (67%),
Twitter (64%), Orkut (57%) e Instagram (52%);
●● Em média o jovem tem 2,8 emails dos quais abre
2,4 diariamente, 40% têm 2 e-mails;
●● 17% dos jovens que vivem em capitais têm ao
menos um tablet em casa. Entre os que possuem
telefone celular, 47% têm smartphone.
Outro estudo2
revela outros hábitos:
●● Meios pelos quais costuma se informar: TV
aberta (83%), internet (56%), jornais impressos
(23%), rádio comercial (21%) e TV paga (17%).
●● 75% dos jovens usam computador e internet.
Para os estratos mais baixos, o acesso é de 59,7%;
para os de estrato médio, é de 84,5%.
●● Local de acesso à internet: em casa (55%), em
lan house/cybercafé (10%).
●● Celular: 89% possui e costuma usá-lo para fazer
e/ou receber ligações (89%), enviar SMS (54%),
ouvir música (31%), fotografar ou filmar (26%).
●● 76% dos jovens de baixa renda usam a internet
para acessar redes sociais (48% dos 63% de usuá-
rios) ante 60% dos de alta renda (58% de 96% de
usuários neste segmento).
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  • 1. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 3 Antes de ser Técnico em Cozinha, Joseff não sabia o que fazer. Hoje sonha em ter seu próprio bufê.
  • 2. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 4 | Mapeamento de Presença Digital A ntes de empreender uma análise das proprie­ dades digitais do Pronatec foi preciso analisar o programa a fundo para ter uma dimensão mais ampla de todas as instâncias em que ele aparece no ambiente digital. Ficou evidenciada a grande diversidade dos conteúdos sobre o programa federal espalhados de forma fragmentada, sem que fique explícito para o usuário quais informações são oficiais e quais são produzidas por iniciativas de órgãos, ins­ tituições, programas e ministérios relacionados ao Pronatec. Esta dispersão gera ambiguidades e incertezas até mes­ mo entre aqueles que já conhecem o programa, tamanha a diversidade de fontes de informação sem uma contextua­ lização adequada, unicidade ou padronização de linguagem sobre as regras do Pronatec. Alguns órgãos e ministérios possuem canais espe­ cíficos para tratar o programa dentro de competências e modalidades que lhe cabem, como, por exemplo, o Minis­ tério do Turismo, que criou página especial para o Pro­ natec Copa à época da competição mundial. Entretanto, não há sequer uma orientação ou um direcionamento para divulgação de dados e informações para os canais oficiais do programa federal. O Pronatec aparece, ainda, atrelado ao Sistema de Sele­ ção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisu­ tec), dedicado exclusivamente aos estudantes que concluí­ ram o ensino médio e que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Esta conexão entre o sistema e o exame, porém, não aparece claramente nas atuais proprieda­ des digitais do Pronatec. A cada apresentação na internet, o programa aparece com linguagem adaptada apenas ao padrão de quem o divulga, isto é, com inconsistência de informações, de formas e de abordagem, e com comunicação conduzida apenas pelos interesses de destaque ou menção do órgão ou instituição de ensino detentor do site. Diante desse cenário amplo, consideramos im­ portante identificar quais propriedades digitais do programa serão analisadas neste documento: Com base em todos estes canais indicados, analisamos a presença e as propriedades digitais utilizando alguns critérios: ●● Sites e redes sociais das instituições do Sistema S (Senai, Senac, Sesi e outros); ●● Sites e redes sociais dos ministérios – do Trabaho e Emprego, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cultura, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Desenvolvimento Agrário etc.; ●● Sites noticiosos governamentais e seus perfis nas redes sociais (Portal Brasil, Portal e Blog do Planalto e TV NBR). Propriedades secundárias Propriedades prioritárias ●● Portal do Pronatec (pronatec.mec.gov.br) ●● Portal do Ministério da Educação (MEC) ●● Perfis do MEC nas redes sociais (Facebook, Twitter e YouTube)
  • 3. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 5 – que é um dos prioritários desta solução, como será indicado no Diagnóstico –, é preciso adotar linguagem e textos didáticos e elementos audio­ visuais. Nas propriedades digitais do Pronatec há um distanciamento dessas boas práticas. O próprio site do Pronatec não exibe vídeos que permitam facilitar o processo de entendi­ mento das diferentes esferas do programa, espe­ cialmente para os jovens. Nem mesmo os mate­ riais audiovisuais produzidos pelo Ministério da Educação, pela TV NBR e demais órgãos gover­ namentais ou dos Serviços Nacionais de Apren­ dizagem estão disponíveis aos usuários que che­ gam ao canal. Essa mesma deficiência se repete na utilização de infográficos e áudios. Boa parte dos textos do site atual são exten­ sos, com parágrafos muito longos. Isso, via de Análise editorial das propriedades digitais do Pronatec Em um mundo conectado, com abundância de informações e diversidade de canais e dispositivos, o uso de recursos atua­ lizados na linguagem e na abordagem de públicos é funda­ mental para o sucesso de iniciativas de comunicação. Neste contexto de disputa pela atenção do cidadão, é preciso ser assertivo na estratégia, planejando de forma integrada o uso destes recursos para nortear as diretrizes e objetivos defini­ dos para a comunicação digital do programa. Para facilitar o entendimento, esta análise foi dividida em tópicos. Adequação de linguagem De acordo com o Governo Federal, pouco mais de 69% das matrículas do Pronatec foram efetuadas por jovens entre 14 e 29 anos. Levando em conta as necessidades desse público Critérios avaliados • Adequação de linguagem • Hierarquia de chamadas e conteúdos • Aprofundamento de conteúdos • Duplicidade de informações • Atualização de dados • Transparência • Otimização e acabamento de conteúdos • Acessibilidade Análise editorial Visibilidade e atuação nas redes sociais Critérios avaliados • Linguagem e aspecto visual (design) • Percepção do público e interatividade • Influenciadores digitais Ferramentas de busca Critérios avaliados • Posição em buscas estratégicas • Visibilidade em sugestões automáticas Arquitetura da informação Critérios avaliados • Arquitetura institucional • Dados do Pronatec • Informações sobre cursos e condições de acesso • Formulários e serviços online Critérios para análise da presença digital do Pronatec
  • 4. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 6 | Mapeamento de Presença Digital regra, pode repelir o leitor. Em outras seções foi possível verificar a utilização excessiva de verbos de ação no ge­ rúndio, forma verbal empregada para indicar uma ação em processo, com certa duração. Palavras herméticas ou rebuscadas, além de sentenças imprecisas, também atrapalham o didatismo necessário para a abordagem com o público, principalmente jovem, a exemplo de expressões dos canais oficiais como: “perfil de egresso”; “abordagem sistemática da gestão”; “critérios socioéticos”. O mesmo pode ser dito sobre algumas chamadas e no­ mes de menus da página inicial. O link para o “Guia Prona­ tec de Cursos FIC” pouco esclarece que ali o usuário poderá encontrar informações apenas sobre formações profissio­ nalizantes, e não técnicas. O menu “O que é Pronatec” (Figura 1) peca menos pela hierarquização de informações e mais pela falta delas. São omitidos os três tipos de curso oferecidos pelo programa: ●● Técnico subsequente: para quem concluiu o ensino mé­ dio, cujo ingresso ocorre por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisutec); ●● Técnico concomitante: para quem está matriculado no ensino médio, podendo ser realizado na mesma institui­ ção ou em instituições de ensino distintas em horário al­ ternativo ao das aulas do ensino médio; ●● Técnico integrado: realizado simultaneamente ao ensino médio, na mesma instituição de ensino. Hierarquia de chamadas e conteúdos O excesso de dados na internet favorece a es­ cassez de atenção e obriga os usuários a filtrar o que é mais relevante. Por esta razão, a falta de hierarquização de informações nas propriedades digitais do Pronatec constitui um ponto bastante negativo para o entendimento do programa. Res­ saltar os dados mais relevantes é fundamental para o processo editorial. Um exemplo de falta de critérios editoriais fica explícito na seção “Base Legal”, que apresen­ ta leis, resoluções, editais e portarias sem ordem cronológica ou por tipo de legislação. Os primei­ ros três itens publicados datam de 2013, seguidos por documentos de 2012, e depois de 2014 que, por sua vez, dão sequência novamente a outras leis de 2013. Inexiste organização por data ou por relevância do tema. Aprofundamento de conteúdos Uma das expectativas de quem visita o portal do Pronatec é encontrar os dados sobre o ensino técnico com profundidade necessária para sanar quaisquer dúvidas sobre o tema. A falta de apro­ fundamento fica explícita logo no item “Objeti­ vos e Iniciativas”, que se restringe à uma lista de itens. Não há referência a metas, investimentos e número de beneficiados, muito menos aos reais benefícios para quem faz uso do programa. Ficam de fora também indicadores relevantes como o total de matrículas, alocação de vagas por região, cidades e instituições participantes etc. As propriedades digitais são marcadas pela ausência de detalhes e de didatismo sobre as re­ gras que regem o Fundo de Financiamento Estu­ dantil na modalidade de educação profissional e tecnológica (Fies Técnico). Os ofertantes priva­ dos também sofrem com falta de aprofundamen­ to de informação sobre o Fies­Empresa. O site omite também informações que pode­ riam ser incorporadas a partir do portal Dados Abertos, ferramenta do Governo Federal para que cidadãos, instituições e empresas possam encon­ trar e utilizar informações e dados públicos. A relação direta entre os cursos, a qualifica­ ção e a empregabilidade, um dos pontos­chave para a atratividade do Pronatec, não aparece des­ Figura 1: Print que destaca poucos conteúdos do site do Pronatec. Imagem extraída em agosto/2014 Nesta mesma seção, também não há qualquer conteúdo que explique a diferenciação entre os cursos de longa e curta duração: o ensino técnico de nível médio, com carga horária mínima de 800 horas, contra 160 a 400 horas da modalidade dos cursos técnicos FIC (qualificação professional).
  • 5. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 7 tacada. De acordo com a pesquisa CNI/Ibope de 2014, 70% dos ex­alunos de cursos técnicos de nível médio conse­ guem emprego no primeiro ano depois do curso e 90% dos entrevistados concordam que quem faz ensino técnico tem mais oportunidades no mercado de trabalho, informações bastante relevantes que poderiam reforçar as propriedades digitais, além de engajar aqueles que não conhecem bem a modalidade de ensino técnico. Duplicidade de informações Há duas áreas no site chamadas “Perguntas frequentes”: no menu principal (vertical à esquerda) e dentro do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. A utilização de terminologias idênticas para áreas diferentes pode causar confusão. A duplicidade aparece também no item“Legislação”, pre­ sente no item de menu “Base Legal” e em “Anexos” do Catá­ logo Nacional de Cursos Técnicos. Organizar as informações para que o usuário consiga encontrar o que busca deve ser uma prioridade de qualquer canal digital. O que se observa, de forma geral, nas pro­ priedades digitais do Pronatec são conteúdos e chamadas fixos, sem renovação. Não há no am­ biente algo que sinalize inscrições, matrículas, disponibilidade de vagas, metas, novidades, en­ fim, a evolução e a agenda positiva do programa. A falta de rotatividade de chamadas, de textos ou de notícias distancia o potencial estudante, gerando dúvidas até mesmo sobre a continuida­ de do programa federal. Mais uma vez recorremos ao item “Perguntas frequentes” do menu principal como exemplo. A penúltima resposta afirma que “no momento [sem informar data de publicação do texto], o programa está disponível apenas para as insti­ tuições federais e para os serviços nacionais de aprendizagem. Em breve, será publicada porta­ ria que regulamenta a participação da rede es­ tadual e privada”. Mas de acordo com a Porta­ ria publicada em 7 de março de 2013 no Diário Oficial da União, instituições privadas de ensino superior e escolas privadas de educação tecno­ lógica podem, sim, aderir ao Pronatec por meio da oferta de bolsas de estudos para cursos de ensino técnico e formação inicial e continuada. A página, portanto, deveria ter sido atualizada. Outro exemplo de falta de atualização fica ex­ plícito no rodapé de algumas páginas (Figura 2), Atual portal do Pronatec tem credibilidade abalada pela falta de atualização e de prestações de contas ao cidadão Figura 2: Prints de páginas do Portal Pronatec destacam desatualizações de dados Atualização de dados O maior patrimônio de um site é sua credibilidade. Ou seja, a divulgação de informações precisas, corretas e atualiza­ das. Conteúdos que estejam defasados – e, consequente­ mente, errados – são ainda mais graves quando originados de uma fonte primária governamental, o que propicia o efeito devastador da replicação dos dados desatualizados por parte do público. Um canal digital de informações que não apresenta da­ tas ou indica aos usuários o período de validade de deter­ minados conteúdos publicados, como é o caso atualmente do Pronatec, cria uma série de consequências desfavorá­ veis. Sob a ótica do público, além de indicar um descuido no trato com os dados e afastar aqueles que buscam dados mais atualizados, traz resultados extremamente negativos no que diz respeito a SEO (Search Engine Optimization – ou Otimização para Ferramentas de Busca).
  • 6. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 8 | Mapeamento de Presença Digital como a do Guia Pronatec de Cursos FIC, que afirma que “vem sendo atualizada periodicamente”. O segundo parágra­ fo do mesmo texto diz que “nesta 3ª edição, foram incluídos 140 novos cursos, totalizando 644 opções diferentes, dis­ tribuídos em 13 eixos tecnológicos”. O usuário fica sem en­ tender quando exatamente esta terceira edição foi lançada. Transparência Comunicar de forma completa significa, além do respeito ao cidadão, o cumprimento à Lei de Acesso à Informação, No 12.527 de 18 de novembro de 2011. Todo programa do Governo Federal segue uma série de preceitos como a defi­ nição de seu objetivo, como será executado, se é multidis­ ciplinar, definição do público­alvo, prazo de execução, me­ tas, abrangência e, sobretudo, investimento orçamentário. Ao não apresentar essas informações, o site do Pronatec falha com os princípios de prestação de contas e de trans­ parência impostos pela Lei. Por se tratar de um site temático – e não institucional, de um órgão –, o canal não tem a obrigação jurídica de abrir menus para dispor os conteúdos específicos estabe­ lecidos pela lei. Entretanto, é recomendável e coerente com as diretrizes de transparência na comunicação e gestão pú­ blica permitir que os stakeholders possam avaliar o desem­ penho de um programa cujo orçamento é de R$ 14 bilhões até o final de 2014. Otimização e acabamento dos conteúdos Os principais buscadores da internet – Google, Bing, Yahoo e outros – exibem resultados com base em cál­ culos de algoritmos que criam um ranking de todos os sites. Aqueles considerados mais relevantes vão aparecer nos primeiros lugares. Aparecer no topo desse ranking favorece a conquista de mais usuários. E isso requer muito mais do que a produção de conteúdos atrativos. Há estratégias de SEO e técnicas de acabamento de conteúdos que podem impulsionar ainda mais a posição dos sites nos buscadores. Ao cruzarmos a análise encontrada com as boas práti­ cas do mercado no que diz respeito a SEO, as propriedades digitais do Pronatec apresentam deficiência em ações que são positivas para a otimização, como conteúdos com data de publicação, aplicação de palavras­chave, opções de cur­ tir e compartilhar página, entre outras funcionalidades no meio digital. Isso indica a necessidade de uma revisão geral que dê suporte para as estratégias de melhor posicionamen­ to do site e demais canais digitais. Acessibilidade Observar as regras de acessibilidade de um site é assegurar que a pessoa com deficiência possa ler com mais facilidade e acessar todo o conteúdo de forma confortável. O site do Pronatec oferece algumas dessas ferramentas – como aumento de fonte –, mas elas são insuficientes para atender às necessidades do usuário com deficiência. As determinações do Modelo de Acessibili­ dade em Governo Eletrônico Brasileiro (e­MAG), que estabelece padrões de comportamento aces­ sível para sites governamentais, conforme a Por­ taria nº 03, de 7 de maio de 2007, são ignoradas pelas propriedades digitais do Pronatec, como a falta de texto alternativo para imagens, de “mapa do site”, entre outros. Análise da arquitetura das propriedades digitais do Pronatec A característica de prestação de serviço é impres­ cindível a qualquer iniciativa pública. Isso impli­ ca considerar a multiplicidade de públicos, níveis de conhecimento, condições de acesso, entre ou­ tros itens. Por essa razão, quanto mais objetivo e simples for o projeto, maiores as chances de bons resultados. E a arquitetura da informação é uma das ferramentas para se alcançar esta otimização. Ter um ponto de presença no ambiente digi­ tal não significa, necessariamente, que este vá ser acessado ou que proporcione uma compreensão ampla do programa por parte do cidadão. Para isso, uma arquitetura elaborada de acordo com o perfil e interesses dos usuários torna­se fundamental para guiá­los de maneira direta e simples pelas áreas de conteúdo preparadas para responder a todas as dú­ vidas e questões que eles possam vir a ter. Arquitetura institucional Boa parte da comunicação digital do Pronatec é produzida, hospedada e assinada pelo Ministé­ rio da Educação, a instituição mais diretamen­ te relacionada ao tema. O programa, entretanto, é interministerial, possui intersecções com di­ versos outros órgãos por meio de outras inicia­ tivas (como o Programa Brasil Profissionalizado, Rede e­Tec Brasil, Fies Técnico e Empresa etc.).
  • 7. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 9 Afinal, os benefícios e impactos do programa não dizem respeito somente ao universo da educação. O ensino profis­ sionalizante tem como finalidade a empregabilidade, a qua­ lificação profissional, a geração de mão de obra qualificada para o mercado, o auxílio no aumento da produtividade e impacto no aquecimento da economia. Dessa forma, é necessário observar outras proprieda­ des do Governo Federal que dizem respeito ao Pronatec, como, por exemplo, notícias do Portal Brasil direcionadas ao conteúdo sobre ensino técnico, e parceiros estratégicos que compõem o universo do Pronatec (instituições que são impactadas pelo programa como as escolas técnicas públicas e privadas, estaduais e municipais e do Sistema S (Figura 3). Todas essas entidades são potenciais divulgadoras do pro­ grama, ainda que de forma parcial. Arquitetura de informação e conteúdo do Portal Pronatec A análise da arquitetura de informação do atual portal do Pronatec considera diversos fatores. O principal critério é a observação de boas práticas de usabilidade e design, que garantem que o conteúdo esteja facilmente acessível ao vi­ sitante, levando em consideração a experiência do usuário para tornar a navegação a mais intuitiva possível. Por isso, é necessário realizar um exercício de alteri­ dade, analisando se o conteúdo está adequado à lógica de navegação de quem acessa o portal, e não apenas de acordo com os critérios lógicos de quem desenvolve o programa e seu conteúdo. É fundamental que os visitantes não tenham dificuldade para compreender o Pronatec e acessar rapida­ mente aquilo que procuram. Isso requer o entendimento da diversidade e caracte­ rísticas dos públicos que circulam pelo ambiente. Assim, o site precisa estar preparado para atender os três níveis de conhecimento do programa: a) quem já conhece o pro­ grama e está em busca de informações específicas; b) quem já ouviu falar, mas precisa entender melhor; c) quem não tem nenhum nível de conhecimento ou nunca ouviu falar sobre o Pronatec. A atual página inicial do site do Pronatec (Figura 4) tem uma estrutura de navegação bastante simples: ●● Menu institucional com três tópicos principais (Insti­ tucional, Perguntas Frequentes e Fale Conosco) e quatro subtópicos do item “Institucional” abertos; ●● Destaque principal com dois links para listas de cursos (técnicos e de qualificação); ●● Destaques secundários para o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e para o Guia Pronatec de Cursos FIC, que destacam os cursos de qualificação; ●● Ferramentas de pesquisa, acessibilidade e links para as redes sociais do MEC. Uma análise aprofundada de todas as pági­ nas e links presentes no site atual indica que há muito conteúdo e muitos links “escondidos” por trás dessa página inicial, o que configura um gra­ ve problema de usabilidade, já que são difíceis de serem localizados. A forma como o conteúdo está distribuído atualmente no site não evidencia ao visitante onde ele pode encontrar as informações ou ser­ viços. Esses problemas aparecem a partir da pá­ gina principal, sem padrões de interação (menus abertos e fechados, selos que não deixam claro se são clicáveis ou não etc.). Figura 3: Print de página do Pronatec no site do Senai de Santa Catarina (setembro/2014) Figura 4: Print da capa do site do Pronatec. Imagem extraída em agosto/2014
  • 8. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 10 | Mapeamento de Presença Digital Informações sobre o Pronatec Como apontado na análise editorial, a apresentação dos cur­ sos, do próprio Pronatec e as iniciativas governamentais que o compõem ocorre de forma redundante e fragmentada, o que também acarreta prejuízos à propriedade digital do ponto de vista de arquitetura. O visitante que deseja compreender o Pronatec e as diversas formas possíveis de acesso aos cur­ sos oferecidos (como financiamentos e bolsas) precisa passar por muitas páginas para encontrar o que deseja. Além disso, o excesso de órgãos e siglas (FIC, Fies, CNCT, MEC, Cetec, Sistec etc.) torna a navegação ainda mais difícil, sobretudo se analisarmos, por exemplo, o acesso do ponto de vista de um estudante de ensino médio ou de um profissional buscando qualificação para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. O excesso de links apontando para sites externos, em especial na página que apresenta as iniciativas do Governo Federal que compõem o programa, torna a navegação mais complexa, o que poderia ser solucionado com uma introdu­ ção a esses conteúdos dentro do próprio ambiente do portal, antes de apontar para ambientes externos. Cursos e condições de acesso Se considerarmos a apresentação dos cursos e suas infor­ mações práticas (características do curso, públicos a quem se destina, procedimentos de inscrição, condições de acesso a bolsas e financiamentos, entre outras atividades) como os elementos centrais do portal, há diversos aspectos que tor­ nam o atual ambiente digital ineficiente: ●● Na página principal, além do item “Cursos Gratuitos” do menu, há quatro links que convidam o visitante para con­ sultar os cursos oferecidos pelo Pronatec: dois no destaque principal (“Clique para ver os cursos técnicos” e “Clique para ver os cursos de qualificação”, sendo que ambos levam o visitante para o mesmo formulário para busca de cursos; e outros dois links apontando para o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e do Guia Pronatec de Cursos FIC. ●● Da forma como o conteúdo está apresentado, não há orien­ tação clara para que o visitante compreenda qual é a dife­ rença entre as listagens de cursos. Quem está procurando um curso técnico muito provavelmente não sabe a dife­ rença entre buscar em um “guia de cursos”, num “catálogo nacional de cursos” ou numa busca de “cursos gratuitos”. ●● Tanto o Guia Pronatec de Cursos FIC como o Catálogo Nacio­ nal de Cursos Técnicos,apesar de estarem hospedados dentro do portal do Pronatec, têm linguagem visual diferente e inde­ pendente, embora ambos tragam conteúdos muito similares e complementares, que se apresentam de forma redundante. Mecanismo de busca do portal A página de busca interna do atual portal do Prona­ tec tem caráter meramente ferramental, com inter­ face pouco elaborada e sem tratamentos adequados de mensagens de comunicação e de relacionamen­ to com o usuário. Dessa forma, aumentam­se os riscos de o visitante se perder na navegação, ou de ter um “resultado não encontrado” de acordo com os parâmetros buscados – não há nenhum tipo de recurso que o auxilie a fazer uma nova busca ou a identificar outras opções de cursos disponíveis. Ao acessar a área de busca por cursos, surge o menu com “Inscrições Pronatec” com as opções para pesquisar vagas disponíveis, reimprimir protocolos e receber notificações de vagas para cursos que não aparecem em momento algum no menu principal do site, “escondendo” importan­ tes itens de prestação de serviços ao usuário inte­ ressado em se matricular em algum curso. Formulários e serviços online De forma similar, os formulários e serviços dis­ ponibilizados no site atual também refletem essa fragmentação excessiva de informações: ●● É preciso deduzir onde estão os formulários referentes a processos transacionais ligados ao programa (como inscrições, cronogramas, notas de corte etc.); ●● Em“Fale conosco”, as solicitações que aparecem listadas ao selecionarmos “Para Cidadão” ou “Para Instituição” levam ao mesmo formulário, o que pode gerar frustração das expectativas de interações possíveis no site, ou até mesmo a percepção de erro de navegação; ●● O menu “Inscrição Pronatec”, que aparece den­ tro da ferramenta de consulta de cursos, não exibe nenhum formulário ou instruções obje­ tivas para inscrições. Demais sites A fragmentação e complexidade desnecessárias acabam refletidas no portal do MEC, caso o inte­ ressado pelo Pronatec deseje encontrar informa­ ções sobre o programa a partir deste site. Embora haja links fáceis para outros programas e iniciati­ vas, como Prouni e Enem, o interessado no Pro­ natec deverá fazer um trajeto longo e pouco in­
  • 9. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 11 tuitivo: deve rolar a página, clicar em“Ações e Programas”no menu“Acesso à Informação”, selecionar“Educação Profissio­ nal e Tecnológica”, e só então clicar em “Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec)”, para ser redirecionado ao site. Essa mesma fragmentação está presente nos demais sites governamentais (Figura 5). Já no Portal Brasil, há um canal destinado ao ensino técnico que concentra todo o conteúdo noticioso relacio­ nado ao programa (atualmente privado por conta do perío­ do eleitoral em setembro/2014). Esse conteúdo poderia ser integrado ao portal de Pronatec. Com relação aos sites das entidades de ensino (Sistema S, escolas públicas e particulares espalhadas pelo país), por tratarem de múltiplas propriedades do Pronatec, não há uma única forma de oferta de informações na internet. Um padrão que pode ser observado, no entanto, é a tendência de desenvolver um ambiente mais simplificado, com navegação e oferta de conteúdos organizados, voltados ao entendimento de como o programa impacta a vida do estudante (como orientações passo a passo, perguntas fre­ quentes mais objetivas, formulários de contato simplificados) e, logicamente, com destaque aos benefícios de escolher as carreiras oferecidas por cada instituição. Um exemplo é o site da Universidade Anhan­ guera (Figura 6), que concentra em uma página tudo o que o candidato precisa saber para fazer um curso técnico na instituição de ensino por intermédio do Pronatec. Outro exemplo é o site de propriedade da instituição de ensino Kroton, que aparece com destaque nas buscas sobre o programa. Traz ape­ lo visual mais claro e informações diretas e obje­ tivas sobre os cursos. Conclusão A arquitetura de informação do atual portal do Pro­ natec sofre uma fragmentação de conteúdos distri­ buídos em uma navegação pouco intuitiva, que im­ pede o entendimento do que é o programa, dificulta Figura 5: Sites governamentais que destacam informações sobre o Pronatec. Telas extraídas em setembro/2014
  • 10. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 12 | Mapeamento de Presença Digital Em segundo lugar, no mês do junho, está o Goo­ gle.com (versão internacional do sistema de bus­ cas), com 2,96%, seguido de Bing.com, com 1,56%. Ask.com aparece em quarto lugar, com 1,07%, e o Yahoo! Brasil em quinto, com 0,64%, da preferên­ cia dos usuários do país. Também de acordo com a comScore, empresa especializada na mensurarão de tráfego online, em abril de 2014, o Google foi acessado por 92,3% dos usuários no Brasil enquanto o Bing foi acessado por apenas 11,5% dos usuários. Esses dados comprovam a importância de ter propriedades digitais bem colocadas e de fácil acesso na primeira página dos resultados de bus­ ca das ferramentas. O algoritmo de funcionamen­ to das ferramentas de busca é um segredo por ser considerado a essência do negócio desse tipo de plataforma digital. Por essa razão, seus engenheiros trabalham incessantemente para promover altera­ ções consistentes para que este modelo de quais resultados aparecem na primeira página da busca orgânica (não paga) não seja descoberto ou burlado. Uma análise da presença do Pronatec nos me­ canismos de busca revela que a indexação ocorre de forma irregular, tornando sua visibilidade muito vulnerável em função dos termos que o cidadão uti­ liza para encontrar informações sobre do programa. Posição em buscas estratégicas Em uma busca por“ensino técnico”realizada na úl­ tima semana de agosto/2014, por exemplo, o portal do Pronatec figurava entre os primeiros links a apa­ recer nos resultados de busca no Google (Figura 7), ficando atrás apenas do link para o verbete na Wiki­ pédia. No entanto, no Bing (Figura 8) o resultado já se mostrava diferente: o site sequer aparece na pri­ meira página do resultado da busca do site. Já uma busca com o termo “curso técnico” no mesmo período no Google e sem login com qual­ quer conta desta plataforma, trazia como resul­ tado uma predominância de links para institui­ ções do Sistema S. O portal do Pronatec apareceu como a penúltima opção do resultado de busca. Já no Bing o cenário era similar: as instituições de ensino, sobretudo dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, tinham mais visibilidade do que o Pronatec (que aparecia na oitava posição). a consulta aos cursos oferecidos e às condições de acesso ao ensino técnico pelos diferentes perfis de interessados, e tam­ pouco permite a simplificação de trâmites burocráticos pela internet (como a realização de inscrições e consultas de status). Para a concepção das novas propriedades digitais do Pronatec, não basta garantir que todos os conteúdos este­ jam presentes: é fundamental que estas informações estejam organizadas de acordo com uma estratégia que privilegie a fácil orientação dos interessados. As propriedades digitais precisam garantir a plena compreensão de todos os públicos, levando em conta suas características e seu nível de conheci­ mento sobre o programa federal. Além disso, é imprescindível garantir acessibilidade a todos, independentemente de eventuais limitações – como restrição de banda larga, tamanho da tela, forma de navega­ ção (com mouse, telas touchscreen ou por meio de comandos acessíveis), ou ainda deficiência motora ou visual do usuário. Análise da presença do Pronatec em ferramentas de busca O Google Brasil é a plataforma mais utilizada entre os bus­ cadores mais utilizados no país, com 93,66% de participa­ ção nas buscas feitas no período de quatro semanas conse­ cutivas terminado em 28 de junho de 2014, de acordo com a Hitwise, ferramenta global de inteligência em marketing digital da Serasa Experian. Figura 6: Página de apresentação de cursos técnicos via Pronatec no site da Universidade Anhanguera
  • 11. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 13 Segundo o último estudo com milhares de usuá­ rios e dados entre 21 e 27 de maio de 2013, feito pela rede de publicidade e monetização indiana Chitika, o primeiro resultado de uma busca recebe o dobro de cliques que o segundo, e o triplo que o terceiro. As informações recolhidas nas buscas do Google in­ dicam que os primeiros resultados receberam 33% dos cliques, o segundo 18% e o terceiro 12%. Sites listados na primeira página de resulta­ dos de pesquisa da Google geram 92% de todo o tráfego de uma pesquisa. Ao mover da página um para a dois, o tráfego cai em 95% e de 78% e 58% para as páginas subsequentes. Outro indi­ cador mostra que a queda no volume de tráfego entre a última posição em uma página e a primei­ ra posição na página seguinte era é alta. O tráfego caiu em 140%, passando de 10a para 11a posição e 86%, passando de 20a para 21a posição. Isso é o que se convencionou chamar de“ditadu­ ra da primeira página”, ou seja, as empresas e marcas usam estratégias e técnicas para que suas proprie­ dades digitais apareçam entre os resultados da pri­ meira página dos buscadores, em especial o Google. Uma consulta mais específica, procurando pelo termo “Pronatec”, revelou uma situação di­ ferente. No Google, como esperado, os primeiros links apontavam para o site oficial. O primeiro lu­ gar indicava para a página inicial, seguido de um link de inscrição online, sucedido pela página ins­ titucional de cursos gratuitos. Nota­se a ausência de padrão da forma como os links são apresentados: o primeiro link não trazia nenhum tipo de personalização do título,tampouco uma descrição amigável para o conteúdo – transfe­ rindo para o usuário o trabalho de se orientar pelas palavras­chave que apareciam, que nada mais são do que a transcrição dos itens de menu do site. Já o segundo link, que prometia “inscrição online”, traz uma assinatura do MEC e um espaço de inscrição que, quando clicado, revelava uma página de busca de cursos que, nas consultas realizadas, apontavam para uma tela de “resultado não encontrado”. Já o terceiro link, para“Cursos gratuitos”, apontava para a página institucional que apresentava as três lista­ gens de cursos disponíveis no portal. Essa falta de padrão mostrava­se crítica quan­ do notamos, logo abaixo dos links oficiais, outros Figura 7: Resultados de busca pelo termo “ensino técnico” no buscador Google, realizada na última semana de agosto/2014 Figura 8: Resultados de busca pelo termo “ensino técnico” no Bing (última semana de agosto/2014)
  • 12. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 14 | Mapeamento de Presença Digital resultados de busca que traziam apresentações e abordagens mais didáticas, convidativas e próximas do que a abordagem oficial do Governo Federal. Além dos sites das instituições participantes apresen­ tando o programa de forma muito mais envolvente (exem­ plos: “E se você pudesse mudar o futuro de alguém?”; “Você que tem o Ensino Médio Completo pode fazer um curso técnico gratuito pelo Pronatec”), notava­se uma profusão de outros sites, não oficiais, que apresentavam o Pronatec de forma mais atraente do que os canais oficiais (exemplos: “Programa do governo que promete capacitar milhares de jovens em todo o Brasil. Conheça os cursos e saiba tudo sobre as inscrições”). Além de confundir, estes sites evidenciam a fragilidade da forma como o programa aparece oficialmente nas buscas. Também não aparece, na primeira página, nenhuma menção às modalidades especiais do programa (Pronatec Soldado­ ­Cidadão, Pronatec Brasil sem Miséria etc.). Já no Bing a presença do programa mostrava­se mais completa na busca pelo termo “Pronatec”. Havia uma diver­ sidade maior dos links para diferentes instâncias governa­ mentais (Portal Pronatec, Portal Brasil, Portal do MEC etc.) – permitindo uma orientação prévia maior do usuário, ain­ da que o portal e seu conteúdo apresentem os problemas descritos na Análise Editorial e na Análise da Arquitetura das propriedades digitais do Pronatec. Quando pesquisamos por “inscrições Sisutec” sem ter feito nenhum tipo de login no Google, foram listados si­ tes não oficiais, que confundem o cidadão ao apresentarem títulos, chamadas e até mesmo endereços similares aos do MEC. Foi possível notar um site não oficial com indexação e abordagem mais adequadas do que a do site oficial, apare­ cendo na primeira posição da busca. Já o Bing, também com busca realizada sem nenhum tipo de login, levava o usuário para a área de tira­dúvidas do Sisutec dentro do portal do MEC, seguido por dois links de canais não oficiais. Outro indicador a ser observado diz respeito às recomen­ dações automáticas dos buscadores que surgem ao digitar estes termos (autocompletar), que apontam quais são as terminolo­ gias relacionadas a estes termos, usando como base o próprio histórico de pesquisa dos usuários (Figura 9). O Pronatec não aparece nas sugestões automáticas de busca do Google (Figura 10), nem nas buscas relacionadas no Bing, quando buscamos por “curso técnico” ou “ensino técnico”. Quando buscamos por“Pronatec”, evidenciam­se buscas recor­ rentes relacionadas à inscrição, a quem pode participar, e buscas relacionadas a instituições determinadas, como Senac e Senai. Figura 10: Sugestões automáticas oferecidas pelo buscador Google Figura 9: Sugestões de termos oferecidos pelo buscador Google
  • 13. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 15 Análise da visibilidade e atuação do Pronatec nas redes sociais O Brasil é um dos países mais ativos em redes sociais. De acordo com levantamento da comScore Media Metrix®, apresentado em fevereiro de 2014, as redes sociais ocupam a maior parte do tempo de navegação dos usuários brasileiros de internet e o Facebook já se configura como o segundo endereço mais acessado. Essa ativa participação gerou boas práticas de comuni­ cação pública nas redes sociais, como o Decreto nº 7.675, de 2012, que determina como parte da competência do Departamento do Governo Eletrônico da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) definir pa­ drões e melhores práticas de uso da internet, inclusive de redes sociais. Entre a documentação, é possível encontrar o Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais, lançado pela Secom em outubro de 2012, com o objetivo de guiar os agentes da comunidade Sicom, in­ cluindo a geração de conteúdo, interação com o usuário e atuação em casos de crise. Já a Portaria nº 38, de 11 de junho de 2012, homologa a Norma Complementar nº 15/IN 01/ DSIC/GSIPR, que instaura as diretrizes para o uso seguro das redes sociais na Administração Públi­ ca Federal (APF), enquanto a Cartilha de Redação para Web do e­PWG (Padrões Web em Governo Eletrônico), disponibilizada pela (SLTI/MP), con­ ta com um capítulo inteiro voltado para a redação e publicação de conteúdo em mídias sociais. Em uma análise inicial, identificamos que a presença oficial do programa nas redes sociais não inclui canais exclusivos ou proprietários. Os links para redes sociais divulgados no site prin­ cipal do programa apontam para os canais do Ministério da Educação e toda disseminação de Fonte: comScore Tempo gasto nas redes supera demais categorias Fev 2013 Mar 2013 Abr 2013 Mai 2013 Jun 2013 Jul 2013 Ago 2013 Set 2013 Out 2013 Nov 2013 Dez 2013 Jan 2014 Fev 2014 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 Minutos totais Redes sociais Esporte Portais Serviços Entretenimento Notícias e informações Média de minutos por visitante em redes sociais 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 775 346 Brasil Mundo Fev 2013 Mar 2013 Abr 2013 Mai 2013 Jun 2013 Jul 2013 Ago 2013 Set 2013 Out 2013 Nov 2013 Dez 2013 Jan 2014 Fev 2014
  • 14. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 16 | Mapeamento de Presença Digital conteúdo vem sendo feita por outros canais governamentais diretamente ligados aos temas que perpassam pelo ensino técnico (educação, qualificação e mercado de trabalho). Há também uma proliferação com volumes de conteúdos importantes de canais não oficiais, como é o caso de dois per­ fis do Facebook (Figura 11) que juntos somam quase 100 mil fãs. O mesmo acontece no Twitter (Figura 12), em sua grande maioria com baixo número de seguidores, assim como o Goo­ gle+ (Figura 13), tem pouca atualização. É praticamente nula a visibilidade do Pronatec no YouTu­ be, uma das principais redes sociais no Brasil (64,7% de pe­ netração dos usuários nacionais de internet, segundo o comS­ core). Se excluirmos as citações do programa federal presentes em vídeos de discursos da Presidência da República e de mi­ nistérios, a marca Pronatec quase inexiste nesse canal. Por conta do período eleitoral o canal oficial do MEC no YouTube não apresenta vídeos publicados (setembro/2014). Quando o programa aparece, mais uma vez é de maneira dispersa e não oficial. Há vídeos produzidos por instituições particulares de ensino, com profissionais envolvidos na produ­ ção desses filmes ou de reportagens de veículos de comunicação que apresentam algum conteúdo sobre o programa (Figura 14). No Instagram (Figura 15), a presença só é significativa quando avaliamos a utilização de hashtags (marcações que permitem indexar os conteúdos com o mesmo mote em um único lugar). Eram pouco mais de 6 mil imagens com a hashtag #pronatec no mês de setembro de 2014. Em geral, as imagens parecem ser publicadas por jovens estudantes. EssaausênciadecanaisproprietáriosdoPronatec poderia trazer dificuldades do ponto de vista analíti­ co, considerando a distribuição descentralizada das informações nas redes sociais. Todas as pautas sobre o programa federal estão dispersas em vários canais de diversos órgãos (inclusive não oficiais – tais como escolas técnicas e universidades privadas e públicas). Esse modelo acaba por dissolver também a per­ cepção do programa no ambiente de redes sociais. A fragmentação na distribuição das informações parece interessante em um primeiro momento, afi­ nal, a rede é descentralizada. Mas a falta de coor­ denação e integração das pautas e entrega de dados impede um impacto maior sobre o tema. Por outro lado, esse formato de atuação pode fortalecer alguns aspectos importantes da conexão entre o programa federal e sua proposta que asso­ cia educação, qualificação profissional, aumento da empregabilidade e impacto no mercado nacional – territórios cujo domínio é de órgãos e ministérios. Mesmo sem canais oficiais e aparecendo apenas como pauta de órgãos relacionados, por ser consi­ derado pela esfera pública federal como um progra­ ma estratégico para o desenvolvimento da economia brasileira, o Pronatec vem ganhando notoriedade e volume nos canais sociais desses órgãos do Gover­ no Federal, e já colhe bons frutos e resultados de relevância. Até o final de 2013, o programa aparecia Figura 11: Prints de perfis não oficiais no Facebook com o tema Pronatec
  • 15. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 17 Em termos de linguagem, a dinâmica das redes exige que o conteúdo conte com títulos e textos mais curtos, imagens de alto impacto, coesão e ob­ jetividade na informação para aumentar seu alcance, além de opção para informações complementares (link que direcione para um site ou para alguma ou­ tra plataforma que traga informações aprofundadas). O próprio Facebook (82% de penetração de usuários brasileiros de internet, segundo o comS­ core) vem reduzindo a visibilidade de conteúdos que não sigam esta tendência – o que é o caso da maioria das menções ao Pronatec, com um volume excessivo de texto por postagem, com pouco apelo visual e ne­ nhuma adequação à linguagem da plataforma. Também não parece haver uma coordenação da pauta (que acontece apenas entre Portal Brasil e de forma esporádica nos canais sociais dos órgãos governa­ mentais, sem uma pauta estratégica e consolidada para a evo­ lução do tema. A partir do começo de 2014, passou a participar de forma considerável do discurso e da rotina de alguns canais oficiais e de órgãos públicos, como Ministério da Educação, Palácio do Planalto e Portal Brasil. Apesar dessa dispersão, podemos identificar um volume recorrente e crescente do termo “Pronatec”, em especial em canais oficiais do poder público e imprensa quando avalia­ mos a rede como um todo. Considerando todos os públicos com os quais o programa federal dialoga, podemos observar algumas ausências im­ portantes nessa distribuição de canais sociais. Uma delas é a do empresariado e a dos empregadores em geral – que são fundamentais para que o ciclo educação­qualificação­em­ pregabilidade se complete. É bastante raro encontrar citação, menção ou mesmo produção e distribuição de conteúdo so­ bre o Pronatec em canais sociais de companhias privadas. Na verdade, a grande maioria das menções está ligada à esfera pública, seja por órgãos federais – estes em maior escala –, estaduais ou municipais, ou ainda por representantes políti­ cos ligados ao tema, seja por projetos de lei, ou por relacio­ namento com sua base de cidadãos e eleitores. Figura 12: Resultado da busca pelo termo “Pronatec” no Twitter Figura 14: Resultado de busca pelo termo “Pronatec” no canal YouTube Figura 13: Resultado de busca pelo termo “Pronatec” no canal Google+
  • 16. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 18 | Mapeamento de Presença Digital “Diretrizes de Linguagem Verbal e Visual”, é pre­ ciso manter a tonalidade oficial, mas gerar proxi­ midade com o público, com conteúdo feito para leigos e clareza nas informações, devendo incluir ao menos uma imagem por postagem – em boa parte das redes o recurso visual é permitido e aju­ da a compreensão da informação destacada. E es­ tes recursos são pouco explorados pelos conteú­ dos divulgados sobre Pronatec nos canais oficiais. É importante lembrar que, graças à acelera­ da e recente inclusão digital, grande parcela da população brasileira, embora esteja conectada, possui ainda um repertório mais limitado e me­ Blog do Planalto ao retransmitirem conteúdos entre si) quando o programa é mencionado pelos diversos órgãos que o divul­ gam – o que poderia ampliar o alcance das informações sobre o programa, além de evidenciar a integração interministerial. Sem este alinhamento, o tema Pronatec e sua importância são dissolvidos por concorrer com outros públicos e pautas dos canais destes órgãos divulgadores. Não há, por outro lado, frequência ideal do tema nos canais oficiais, o que permitiria ampliar a abrangência do Pronatec nestes ambientes, estimulando novos públicos a conhecerem a proposta ou direcionando quem já a conhece. Linguagem e aspecto visual (design) A forma como o Pronatec aparece nas redes, seja pelos ca­ nais do Ministério da Educação (Figura 16), seja pelos de­ mais divulgadores, apresenta pouca ou nenhuma otimização ou adequação para a linguagem das redes sociais. A exemplo dos demais canais digitais do Pronatec, a linguagem é for­ mal, pouco amigável, institucional em demasia para o tipo de público que se pretende atingir. Não há chamadas ou “manchetes” que entreguem a in­ formação de forma objetiva, ou que instiguem o usuário a clicar no link para saber mais sobre o assunto abordado. E, como aponta o próprio Manual de Orientação para Atuação em Redes Sociais publicado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, em seu capítulo Figura 16: Exemplo de post sobre o Pronatec publicado na página do Facebook do MEC Figura 15: Resultados de busca pelo termo “Pronatec” no Instagram
  • 17. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 19 nos facilidade para navegar e para ler – sobretudo quan­ do falamos de trâmites considerados burocráticos ou que possuam muitas nuances (o que é o caso do Pronatec, com suas múltiplas formas de acesso e segmentações de públi­ cos). Ainda que estejamos falando de um projeto de política pública, com toda a seriedade e os protocolos necessários, não podemos nos esquecer de que o conteúdo deve tam­ bém respeitar a linguagem da própria rede ou canal e al­ cançar o público a ser impactado e mobilizado – conforme indicamos no capítulo Planejamento de Conteúdo. O modelo atual de divulgação se confunde com a lin­ guagem utilizada pelos órgãos que disseminam informa­ ções, sem carregar premissas, identidade ou padronizações necessárias para o Pronatec. Ou seja, o ministério ou ins­ tituição pública se apropria do tema e aplica sua própria linguagem, seu modo de operar e realizar mídias sociais e, até pela abrangência de públicos e temas tratados, não contextualiza ou faz o tratamento adequado do conteúdo do Pronatec para atingir quem se pretende. Até mesmo em plataformas cujo apelo é bastante visual, como é o caso do Facebook, os textos são demasiada­ mente longos (na contramão das boas práticas de redes sociais, que indicam que as pessoas in­ teragem mais por conteúdos rápidos, objetivos e claros, consequentemente, mais curtos, em es­ pecial com imagens). Estudo realizado entre abril e maio de 2013 pelo Socialbakers, uma das mais respeitadas empresas de métricas e monitoramento de re­ des sociais no mundo, levou em consideração mais de 5 mil páginas de marcas. Ao avaliar co­ mentários, likes e compartilhamentos, encon­ trou como resultado que 93% do total de posts mais engajados contêm fotos e imagens. Também falta adequação ao segmentar as mensagens, por não contemplar o público­ ­alvo como o receptor final do conteúdo. Ao ci­ tar números, os dados são descontextualizados A dispersão do Pronatec nas Redes Sociais #PRONATEC* DISSEMINADORES DISSEMINADORES 1o nível Portal Brasil Planalto Ministério da Educação Ministério do Turismo Dilma Rousseff Benefíciários do Programa Ministério do Trabalho e Emprego Demais instituições de ensino E outros Poderes públicos estadual e municipal 2o nível DISSEMINADORES 3o nível Veículos *Fonte: Twitonomy / Buscas e monitoramento nas redes sociais pela hashtag #pronatec
  • 18. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 20 | Mapeamento de Presença Digital e sem conexão com a realidade do cidadão que mais se pretende atingir. A terminologia utilizada para falar com o estudante é muito similar à usada para dialogar com o empresariado, por exemplo, havendo casos em que são usados termos inadequados que podem repelir os públi­ cos em vez de incluí­los e atraí­los (exemplo: uso da ter­ minologia “jovens em situação de vulnerabilidade” pode afastá­los em vez de aproximar). Com respeito à linguagem visual, a padronização e a qualidade também dependem do órgão responsável pela divulgação das informações – refletindo o mesmo desali­ nhamento e fragmentação observados na abordagem e na frequência de menção do programa. Em muitos casos, as imagens utilizadas remetem mais ao conteúdo informa­ tivo de portais de notícias do que à comunicação de um programa de governo, sem qualquer identidade visual cla­ ra ou padronização de como o Pronatec deve ser visto nas redes sociais (independentemente de quem seja o órgão responsável por essa comunicação). Percepção do público e interatividade A capacidade de interação (relacionamento) em canais so­ ciais é primordial porque caracteriza um dos pilares es­ senciais das boas práticas de redes sociais, assim como a avaliação da percepção do cidadão em relação ao programa é indispensável para direcionar o planejamento e a estratégia de atuação neste ambiente. Há picos de citações quando alguma etapa do programa é realizada ou quando o tema é citado diretamente em cadeia nacional por representan­ tes do poder público e estas informações são re­ plicadas para os canais sociais. Em termos gerais de volume de citações nas redes sociais, o pro­ grama tem uma representatividade pequena, com uma média entre 200 e 300 menções por dia. Para uma avaliação um pouco mais aprofun­ dada, realizamos um monitoramento preliminar do programa entre os dias 18 e 22 de agosto de 2014. A dinâmica de classificação para análise foi caracterizada da seguinte forma: A rede social com maior volume de menções é o Facebook, que conta com mais de 70%, enquanto o Twitter aparece na segunda posição com 25%. Os 5% restantes são citações divididas em outras di­ versas redes, como blogs, Instagram e Google+. No Facebook, em geral, as menções relacio­ nam o programa à Presidência da República. No Twitter, o tema mais abordado foi a divulgação de inscrições e convocações de professores para o programa federal. Ao analisar o todo, as princi­ pais menções aparecem com caráter mais infor­ mativo como: vagas, cursos, formaturas, diplo­ mas e certificados, além de investimentos feitos pela Presidência da República/Governo Federal. O índice de rejeição ou de comentários nega­ tivos é bastante baixo. Neste caso, as críticas estão ligadas a problemas no recebimento da bolsa ou na inscrição, isto é, quando o usuário não conseguiu finalizar o processo de matrícula. Durante o perío­ do analisado, não foram identificados, entretanto, menções negativas. Há, porém, ao longo de uma análise em um período de tempo maior, diversos questionamentos, independentemente da rede, ain­ da que simples, que permanecem sem uma resposta oficial do programa, algo extremamente prejudicial para a boa repercussão e melhor visibilidade do Pronatec nas redes sociais. Quando o usuário/cidadão recebe resposta, em muitos casos ela é extensa e de difícil compreensão por utilizar termos, por vezes, rebuscados e distan­ tes da realidade do usuário padrão. Por essa razão, monitorar este tipo de questionamento – além de criar de iniciativas que atendam a esta demanda – é essencial para a evolução do programa. Fonte: Socialbakers, maio de 2013 Tipos de posts que mais engajam no Facebook 93% Com fotos 3% Com status 2% Com link 2% Com vídeo
  • 19. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 Mapeamento de Presença Digital | 21 Os principais influenciadores sobre o Pronatec, isto é, aqueles que possuem não só alcance (alto volume de seguidores ou fãs) mas também credibilidade, geram re­ percussão – positiva ou negativa. Por essa razão, também devem ser considerados nesta análise. Interatividade por aplicativos É possível encontrar o Pronatec também em ambientes mó­ veis, como os aplicativos para celulares. Considerando o fato de que o processo de instalação do aplicativo pode ser feito a partir do computador – o cidadão pode instalar o aplicativo em um computador e sincronizá­lo com seu aparelho celular –, esta presença digital deve ser considerada. Ao realizarmos uma busca na internet por aplicativos disponíveis para celulares, o resultado traz algumas opções de instituições privadas de ensino, especialmente para as plataformas Android (Google) e iOS (Apple) (Figura 17). Em sua grande maioria, os aplicativos apresentam fun­ cionalidades simplistas, como controle de presença para o aluno como facilidade para evitar que este processo seja realizado por meio do site do Ministério da Edu­ cação. Não há, entretanto, nenhum aplicativo que permita a avaliação de cursos ou da infraes­ trutura das escolas, sugestões de melhorias ou aprimoramento do programa de uma maneira ge­ ral, mais abrangente. Figura 17: Tela com resultados de aplicativos no Google. Imagem extraída em setembro/2014 A capacidade de interação em canais sociais é primordial porque caracteriza um dos pilares essenciais das boas práticas de redes sociais Influenciadores digitais Nomes relevantes de determinados segmentos e personalidades possuem capacidade de influen­ ciar pessoas. Seja pelo nível de conhecimento e capacidade de articulação ou poder de argumen­ tação que apresentam sobre um tema específico, seja pela exposição que possuem em diversas mídias, transferida também para as redes so­ ciais. E jovens, em geral, costumam acompanhar estas figuras construídas dentro e fora do am­ biente digital. Não há, entretanto, a partir des­ ta análise, uma identificação clara e objetiva de quem são os influenciadores com maior desta­ que – por volume (número de público atingido) ou relevância (alto grau de conhecimento e rela­ cionamento com o tema) – quando os assuntos são educação e ensino técnico. Assim como os temas são tratados de forma dispersa, os influenciadores do ambiente digital também estão dispersos. Seria preciso aplicar a me­ todologia do mapa social para reconhecer os propa­ gadores e disseminadores do Pronatec e seus bene­ fícios para o cidadão e para a economia brasileira. Eles podem auxiliar a expandir a visibilidade e o diálogo, contribuir para o debate e estimular
  • 20. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 22 | Mapeamento de Presença Digital Destaques do: Mapeamento de Presença Digital ●● Apresença digital do Pronatec é dispersa: as informações sobre o programa não estão hierarquizadas de forma a privilegiar o entendimento do público; ●● Sites não oficiais se apresentam de forma muito mais adequada e com melhor posicionamento nos resultados de busca do que os canais oficiais; ●● As propriedades digitais não utilizam recursos com apelo para o público jovem (audiovisuais, por exemplo) e a linguagem se caracteriza basicamente pelo formato texto; ●● Nas redes sociais, a pauta é desorganizada, sem coesão.As informações são disseminadas sem frequência. a interação para a formação de políticas públicas. Distinguir e analisar essas personalidades como potenciais dissemina­ dores e difusores de informações sobre o Pronatec, contar com o apoio deles para a geração de conversas e exposição de fatos importantes é fundamental para que a estratégia de disseminação de informações do programa no ambiente di­ gital funcione e atinja número crescente de interessados. se tornar um replicador das informações e do pró­ prio processo de qualificação. Mesmo que dispersas, as informações podem ser planejadas e programadas de forma a trazer mais coesão e resultados para o programa nas re­ des sociais. Algumas premissas são importantes para que o Pronatec ganhe mais relevância neste ambiente especificamente: ●● Revisitar alguns conceitos e boas práticas de re­ des sociais que permitam colocar em prática uma estratégia e modelo de conteúdo mais integrados para favorecer a distribuição das informações; ●● Organizar e segmentar a disseminação das in­ formações sobre o programa para também tor­ nar o conteúdo mais atraente; ●● Criar ações e iniciativas que estimulem os usuá­ rios de redes sociais e beneficiários do programa a compartilharem conteúdos e dados em seus próprios canais sociais e para suas próprias redes de contato, estimulando outras pessoas a se inte­ ressarem pelo tema. Um planejamento estratégico específico para esses canais, integrado a um planejamento macro de comunicação e presença digital, além do moni­ toramento de redes sociais, permitirá um ganho de inteligência que enriquecerá o Pronatec por meio de uma atuação mais assertiva, que traga visibilidade, credibilidade e confiança ao programa. É preciso organizar um plano para localizar potenciais propagadores e disseminadores na internet Considerações e conclusões De modo geral, o tema ensino técnico vem ganhando força mais por iniciativa dos órgãos e ministérios do Governo Fe­ deral do que pela própria reverberação do público atingido pelas iniciativas educacionais. Isso indica uma necessidade de ampliar as formas, a fre­ quência e o volume de conteúdos que permitam que o cida­ dão tenha mais acesso aos dados do Pronatec e também às histórias de quem se formou em algum dos cursos ofereci­ dos pelo programa. Desta forma, o usuário poderia se sentir disposto a dialogar, compreender o Pronatec de forma mais aprofundada e, assim,
  • 21. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 | 23Diagnóstico Para Tamires, o curso de Recursos Humanos foi além do esperado. Agora é a vez dela ir além.
  • 22. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 24 | Diagnóstico E ste diagnóstico detalhará os públicos, insumos, potencialidades, fraquezas, oportunidades e boas práticas sobre o Pronatec que serão essenciais para embasar a definição da Estratégia de comunicação digital para o programa, detalhada no capítulo seguinte. Levantamento de públicos Pela amplitude do programa e pelo seu alcance junto a toda a sociedade, a análise dos públicos não pode ser feita de forma individualizada. Deve-se considerar que o Pronatec se destina a uma rede de públicos que, apesar de diversos, tem em comum a crença no ensino técnico ou profissionalizante como potencia- lizador de carreiras e desenvolvimento socioeconômico do país. Para contextualizar o máximo de públicos que orbitam o programa, definimos agrupamentos que se relacionam com o Pronatec a partir de necessidades similares. De forma geral, mas considerando suas particularidades, cada um destes públicos é capaz de auxiliar na disseminação e geração de conhecimento sobre o programa. É importante ainda dividi-los por nível de importância, isto é, aqueles que, para serem alcançados, reque- rem esforços maiores ou menores: Alunos matriculados nos 2º e 3º anos das redes públicas de ensino médio e quem já concluiu essa etapa No ano passado, mais de 8 milhões de alunos fre- quentaram o ensino médio no Brasil de acordo com Censo da Educação Básica, divulgado pelo Ministé- rio da Educação. No país, o ensino médio enfrenta alta taxa de abandono e evasão – 37,9%, segundo o IBGE. O Pronatec pode, então, servir de subsídio para criar uma perspectiva de vida melhor para o aluno, preparando-o para o mercado de trabalho. É preciso compreender que estamos falando de adolescentes e jovens adultos com pouca ou ne- nhuma experiência profissional. A apresentação do Pronatec pode orientá-lo na escolha de sua carrei- ra e, ainda, tornar claro que ele está diante de uma oportunidade para ampliar seu conhecimento e, também, sua renda. Nessa fase de indefinições na vida, o estudante precisa de um guia que o ajude a desenhar seus próximos passos. Públicos prioritários Públicos secundários ●● Alunos matriculados nos 2º e 3º anos das redes públicas de ensino médio e quem já os concluiu; ●● Desempregados e profissionais em busca de qualificação; ●● Beneficiários de programas sociais; ●● Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema S). ●● Governo (federal, estadual, municipal, órgãos de interesse e ministérios); ●● Quem já fez ou faz o ensino técnico; ●● Gestores e educadores; ●● Empresários e empreendedores; ●● Imprensa e formadores de opinião; ●● Organizações não governamentais e entidades representativas de classe.
  • 23. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 | 25Diagnóstico Soma-se a isso o fato de que este público também está se preparando para o Enem (considerando o fato de que o exame também é porta de entrada para o Pronatec via Seleção Unifica- da da Educação Profissional e Tecnológica – Sisutec). Desempregados e profissionais em busca de qualificação Desde 2013, o trabalhador de nível médio que solicitar mais de uma vez o seguro-desemprego em um período de dez anos só tem direito ao benefício se fizer um curso de qualificação. Trata-se de uma forma de estimular a formação de mão de obra mais qualificada para a atividade produtiva no Brasil e, ao mesmo tempo, reduzir os custos com o benefício, que aumen- tou 0,5% do PIB de 2003 até 2013. Beneficiários de programas sociais O Pronatec tem o papel de ampliar o alcance do ensino técnico e profissionalizante para públicos que não teriam acesso por meios tradicionais, como a prestação de cursos particulares de vestibular para garantir vaga nas instituições públicas ou paga- mento de mensalidades às instituições privadas. O programa possibilita reduzir assimetrias de condições de acesso, ao mes- mo tempo em que visa dirimir vulnerabilidades que são con- sequência destas desigualdades de condição de acesso. Apesar de interesses comuns, esses públicos possuem necessidades diversas entre si, como os que integram o Pronatec Brasil sem Miséria; Pronatec Soldado Cidadão; Pronatec Campo; Pro- natec Prisional; e Pronatec Viver sem Limite. Serviços Nacionais de Aprendizagem ou Sistema S A rede de oferta de cursos em um país de dimensões conti- nentais como o Brasil e a capacidade de infraestrutura são duas características de grande relevância não só para a manutenção, mas para a evolução do Pronatec. Por essa razão, o Sistema S é um público fundamental para a sobre- vivência e capilaridade do programa, com sua rede presente em várias regiões do país. Governo (federal, estadual, municipal, órgãos de interesse e ministérios) Os governos estaduais e municipais, além dos ór- gãos e ministérios, beneficiam-se de forma direta e objetiva do programa. O estímulo à capacitação profissional, o auxílio ao cidadão e investimento no aumento da empregabilidade de todas as regiões do país, além de possibilitar o aumento da renda média das pessoas, são fatores fundamentais para garantir mais prosperidade para todas as localidades (esta- dos e municípios) por meio do ciclo econômico que promove mais trabalho, leva ao aumento de renda e, consequentemente, movimenta a economia local. Além disso, os ministérios são beneficiados com a oferta de cursos e condições especiais de acesso para os interessados em determinadas atividades econômicas e sociais, ou para os beneficiários de outros programas do governo – integrando os es- forços para a ampliação do alcance e dos resultados de ambas as iniciativas. Quem já faz ou fez ensino técnico O universo de estudantes em curso ou formados é grande e a expectativa de crescimento, enorme. Os participantes desta rede de ensino técnico são fundamentais para o processo como um todo – afi- nal, o sucesso do programa está na formação, quali- ficação e colocação profissional dessas pessoas. 14 a 18 anos 30 a 39 anos 50 anos ou mais19 a 24 anos 25 a 29 anos 40 a 49 anos Perfil dos estudantes do Pronatec Fonte:MinistériodaEducação(MEC)-27/08/2014 Matrículas por faixa etária 41,32% (1.671.293) 58,68% (2.373.136) Matrículas por gênero Feminino Masculino Técnico Qualificação Matrículas por tipo de curso 29,88% (2.403.724) 70,12% (5.639.834) 32,51% (482.223) 23,44% (347.700) 5,96% (88.471) 1,55% (23.046) 2,54% (37.739) 33,99% (504.280)
  • 24. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 26 | Diagnóstico Empresários e empreendedores As micro e pequenas empresas são responsáveis por 52% dos empregos formais no Brasil, de acor- do com estudo do Sebrae divulgado em 2013. Para manter o ritmo da geração de emprego, é preciso capacitar mão de obra especializada. O país terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível téc- nico e em áreas de média qualificação para atuar na indústria até 2015. Desse total, 1,1 milhão será de vagas para quem nunca trabalhou. Os dados são do Mapa do Trabalho Industrial 2012, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Além de estabelecer uma ponte entre traba- lhadores e escolas, o Pronatec também permite ao empresariado a chance de oferecer capacitação aos funcionários. O Fies Técnico-Empresa au- toriza o financiamento a quem quer investir em qualificação. A aproximação com os empregado- res pode contribuir ainda com a identificação das profissões com maior defasagem dos profissio- nais, levando ao consequente aumento de vagas em cursos relacionados. Imprensa e formadores de opinião De forma mais ampla, também há públicos que atuam como ratificadores ou endossadores do programa federal, propagando para públicos di- versos mais informações sobre a importância, a abrangência, a credibilidade e os resultados do Pronatec – como a imprensa e demais formado- res de opinião pública. Esse endosso é imprescindível para que o programa federal passe a ser gradualmente reco- nhecido como uma política pública fundamental, necessária e perene. Organizações não governamentais e entidades representativas de classe Há uma série de instituições formadas à margem do poder público mas que possuem papel funda- mental para o desenvolvimento e aprimoramento da educação no país. São agentes extremamente importantes e engajados na fiscalização, acompa- nhamento e cobrança das esferas governamentais em relação às políticas públicas. Além de estimular a formação profissional ou até mesmo ajudá-los a mudar de área de atuação, o Pronatec precisa ofere- cer ferramentas e recursos que permitam dar voz a este público, integrá-los ao processo de construção de cidadania e qualidade de vida (do ponto de vista do trabalho e geração de renda) e transformá-los em propagadores e embaixadores do programa. Gestores e educadores São eles: diretores, coordenadores e professores de instituições educacionais de escolas públicas (federais, estaduais e muni- cipais), privadas e rede do Serviço Nacional de Aprendizagem (Sistema S), secretarias e delegacias de ensino. Na forma em que está hoje constituído, o programa depende essencialmente de uma rede de escolas para conseguir atingir seus principais objetivos. Essa rede possui uma infraestrutura respeitável como intermediários diretos do processo. Além das instituições públicas, que conseguem atender até mesmo nos lugares mais remotos do país, também está disponível aos es- tudantes toda a rede do Serviço Nacional de Aprendizagem (que incorpora instituições privadas devidamente habilitadas como ofertantes) para obter capacitação profissional. Somam-se a isso escolas particulares credenciadas que compõem o progra- ma com a oferta de diversos cursos de especialização, além de secretarias, delegacias de ensino e gestores. O principal ponto para o Pronatec é fazer com que o poder público se aproprie como grande articulador, coordenador e lí- der da iniciativa, sem perder espaço ou consideração do usuário em relação aos seus benefícios diretos e indiretos. Os gestores, professores, diretores dessas instituições possuem contato direto com candidatos, alunos e demais in- teressados no programa, podendo atuar como influenciadores, recomendando-o ou orientando alguém que precise, deseje ou busque qualificação profissional para melhoria de renda, bem como estudantes em idade e com características próprias para a escolha do ensino técnico. Professores, por exemplo, têm papel fundamental nesta disseminação de informações e na geração de conhecimento sobre possibilidades do Pronatec. Os influenciadores assumem o papel de agentes-ponte que levam a informação a quem não tem contato com tecnologia de forma frequente. É o caso dos administradores do Pronatec ou ligados diretamente ao programa via MEC, que levam informa- ções sobre o ensino técnico para diversas escolas no país. Integrantes de órgãos e ministérios interligados de alguma forma ao programa e agentes de condução dos padrões e pro- cessos educacionais federais, estaduais ou municipais também são responsáveis pela propagação de como fazer uso dos recur- sos do programa disponíveis para cada região ou modalidade.
  • 25. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 | 27Diagnóstico Levantamento de insumos disponíveis e necessários Dos principais resultados dos levantamentos nacionais rea- lizados por renomados institutos de pesquisa em parceria com órgãos governamentais e privados emergiram os in- sights norteadores da Estratégia. Os números se consolidam em cinco eixos: Eixo 1: Compilação de dados do ensino técnico e profissio- nalizante, que mostram as razões para optar ou não por esta modalidade de formação; Eixo 2: Devido à alta taxa de conversão de quem faz o ensino técnico – a quase garantia de vaga no mercado de trabalho – foram reunidos índices sobre emprego e renda dos jovens e seus obstácu- los para obter trabalho; Eixo 3: Detalhamento sobre perfil, valores, so- nhos e percepções da juventude; Eixo 4: Análise do consumo de mídia; Eixo 5: Radiografia das formas de atuação, mobi- lização, engajamento e coletividade dos jovens em busca de estudo e trabalho. 1 Retratos da Sociedade Brasileira: Educação Profissional | janeiro de 2014 Pesquisa CNI-Ibope feita em 2013 com 2.002 cidadãos de 143 cidades brasileiras, segmentados em grupos de 16 a 24 anos, 24-34, 35-44, 45-54 e 55 anos e mais. 3 Pesquisa Nacional de Egressos dos Cursos Técnicos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica | 2009 Levantamento feito de 2003 a 2007 pela SETEC/MEC, com retorno de 130 instituições, sobre qualidade, aproveitamento e satisfação de egressos. 5 Projeto Sonho Brasileiro | 2011 Pesquisa sobre o Brasil e o futuro a partir da perspectiva de 3 mil jovens de 18 a 24 anos, de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, sendo 17% das classes D e E, 47% da C, e 33% da B. 7 Mapa do Trabalho Industrial 2012 Estudo do Senai para apurar a necessidade de profissionais entre 2012 e 2015, para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional. 9 SIPS – 2ª Edição – Percepção dos trabalhadores sobre intensidade e exigências no ambiente de trabalho | 2012 A segunda edição do estudo, feito pelo Ipea, passou a envolver 3.775 domicílios, de 212 municípios. 11 Pesquisa SAE/PR sobre a relação da juventude com o mercado de trabalho e a educação | novembro de 2013 Levantamento e análise de dados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. 13 Dados processados pelo IBGE | setembro de 2013 Indicadores sobre diversos assuntos, com base na Pnad de 2012. 13 11 9 7 5 3 1 12 10 8 6 4 2 2 Agenda Juventude Brasil: Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens Brasileiros | 2013 Pesquisa da Secretaria Nacional da Juventude e Secretaria Geral da Presidência da República com 3.300 jovens de 15 a 29 anos, de 187 cidades do país. 4 O Jovem Digital Brasileiro | 2014 e 2012 Ibope Media fez dois estudos – em julho de 2014 e entre julho e agosto de 2012 – sobre hábitos de consumo de mídia dos jovens e seu comportamento na rede. 6 Pesquisa Brasileira de Mídia 2014 Retrato sobre o uso que os brasileiros fazem dos meios de comunicação. Encomendada pela Secom/PR, entrevistou 18.312 pessoas em 848 cidades, de out. a nov./2013. 8 Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) – 1ª Edição – Trabalho e Renda | 2011 Feito pelo Ipea, é pesquisa domiciliar e presencial para captar a percepção das famílias sobre políticas públicas. A primeira edição envolveu 2.770 casas, em 146 cidades. 10 Estudo do Senai sobre média salarial por setor | setembro de 2013 Levantamento feito a partir da Relação Anual de Informações Sociais de 2011. 12 Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira | novembro de 2013 Análise do IBGE que usa a Pnad de 2012 como principal fonte de informação e apresenta indicadores atualizados sobre a realidade social do país. Principais fontes utilizadas: Os nûmeros apontados ao final de cada dado se referem às pesquisas listadas abaixo:
  • 26. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 28 | Diagnóstico Ensino técnico e profissionalizante hoje O Pronatec alcançou em agosto de 2014 a meta de matrículas previstas para o fim do ano ao atingir pouco mais de 8 milhões de inscritos em mais de 4.200 cidades. Segundo o MEC, mais de 2 milhões se referem a cursos técnicos de nível médio e mais de 5 milhões a cursos de qualificação. Uma das formas de ingresso para as vagas de nível médio ocorre a cada semestre pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec). No segun- do semestre de 2014, foram oferecidas nesta modalidade 289.341 vagas em cursos técnicos. ●● 90% dos jovens estão satisfeitos em relação à instituição: 44% avaliaram a instituição onde fizeram o curso técnico como ótima, 46% como boa e 9% como média. Nenhum classificou as como ruins ou péssimas. 3 ●● 38% deles desejam fazer um curso técnico ou profissionalizante. 2 Há espaço para crescer, apesar das dificuldades: ●● As principais razões para que 75% da população nunca tenha feito cursos de formação profissio- nal são falta de: tempo para estudar (40%); re- cursos para pagar (26%); interesse (22%). 1 ●● A maioria (90%) diz ter concluído o curso técni- co ou profissionalizante. Entre os 10% que inter- romperam, 42% afirmam que não concluíram por problemas financeiros, 33% perderam o interesse na área, 31% tiveram dificuldade em conciliar tra- balho e estudo e 29% não estavam satisfeitos.1 ●● Em relação à falta de tempo, 46% dos jovens que trabalham têm carga horária de 40 horas semanais e 37%, de 24 a 40 horas semanais.2 ●● Ainda sobre os jovens que trabalham, 35% deles estudam simultaneamente. 4 ●● Outra dificuldade para conciliar trabalho e estudo está na flexibilidade da jornada: 58,5% têm ho- rário fixo e 41,5%, horário flexível de trabalho. 9 Segundo o MEC, 85% das vagas do Sisutec são destinadas a candidatos que cursaram o ensino médio na rede pública ou na rede privada como bolsistas. Metade das vagas são reserva- das para alunos com renda per capita de até 1,5 salário mínimo. As vagas do Sisutec são distribuídas em todo o Brasil e concentraram-se em São Paulo (79.274 vagas), em Minas Ge- rais (40.112) e no Rio Grande do Sul (20.527). Os principais cursos ofertados são técnicos em: logística (40.712 vagas), se- gurança do trabalho (29.397), enfermagem (25.557), informática (21.819) e edificações (9.171). Levantamentos recentes revelam que cusos técnicos são bem avaliados: ●● 25% dos brasileiros com 16 anos ou mais frequentam/fre- quentaram curso de educação profissional. 1 ●● 69% da população consideram os cursos de educação profis- sional no Brasil como ótimos ou bons. 1 ●● 87% mostraram-se satisfeitos com o curso que realizaram por meio do programa. 3 ●● 90% dos alunos que passaram pelas salas de aula do Prona- tec avaliaram os professores como ótimos ou bons. 3 2014 Serviços Nacionais de Aprendizagem (Sistema S) 10,7% Escolas públicas 3,6% Instituições privadas 85,7% Distribuição das vagas do Sisutec: Fonte: Ministério da Educação (MEC) - 27/08/2014 40.712 29.397 25.557 21.819 9.171 Logística Segurança do trabalho Enfermagem Informática Edificações Principais cursos técnicos ofertados (no de vagas): Fonte: Ministério da Educação (MEC) - 27/08/2014
  • 27. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 | 29Diagnóstico ●● Entre as ações do governo para melhorar a situação dos jovens em relação à educação, a ampliação do número de escolas técnicas e de formação profissional aparece em quinto lugar, com 8% das respostas. 2 Nota: Em relação aos 26% que dizem não ter recursos para pa- gar, é importante registrar a resposta do Governo Federal para isso ao firmar, em 2008, acordo com entidades do Sistema S para garantir a estudantes de baixa renda e trabalhadores empre- gados ou desempregados a gratuidade nos cursos de formação. mercado de trabalho De acordo com diversas pesquisas, para muitos cidadãos bra- sileiros, os cursos técnicos e profissionalizantes geram opor- tunidade e dão chances de acesso ao mercado de trabalho e de aumento da renda: ●● Entrevistados que frequentam ou frequentaram um curso profissional optaram por essa modalidade porque permite ingresso rápido ao mercado de trabalho (53%), pelo desejo de qualificar-se em determinada profissão (47%), para ampliar as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho (28%) e para melhorar o desempenho no atual trabalho (27%). 1 ●● 74% consideram que o aluno de curso profissional é bem ou razoavelmente preparado para o mercado de trabalho. 1 ●● Para 90% dos entrevistados, quem faz ensino técnico tem mais oportunidades no mercado de trabalho. 1 ●● 82% dos entrevistados afirmam que os profissionais que contam com certificado de qualificação profissional têm salários maiores que os demais. 1 ●● 96% dos que concluíram afirmam que o curso contribuiu ou pode contribuir para conseguir um emprego ou traba- lho. 85% acham que o curso contribuiu muito. 2 ●● Entre os aspectos apontados pelos jovens como importan- tes para se sentirem realizados estão o emprego/trabalho (48%), os estudos (30%) e realização financeira (25%). 2 ●● O perfil da renda dos jovens, considerando a renda domici- liar per capita, registra patamares baixos, se comparados aos adultos: 28% estão nos estratos baixos (até R$ 290/mês), 50% nos médios e 11% nos altos (acima de R$ 1.018/mês).2 ●● O curso técnico é vislumbrado como uma possibilidade de aumento da renda: 95% acreditam que o curso contribuiu ou pode contribuir para melhorar a sua remuneração. 84% acham que contribui muito. 2 ●● Na indústria, os técnicos ganham em média 24% a mais do que em áreas como serviços e comércio, com uma mé- dia salarial de R$ 2.519,34. 10 Obstáculos As perspectivas positivas que o curso técnico pode gerar focam a superação dos principais de- safios dos jovens no mercado de trabalho: ●● Para 44% dos que vivem em centros urbanos, a falta de experiência é a principal dificuldade ao procurar um trabalho, seguida de 22% que citam a escolaridade insuficiente. 2 ●● A falta de qualificação exigida nas seleções de em- prego é assumida por 28% daqueles entre 18 e 29 anos. Já para 16%, “falta trabalho na minha área profissional/a concorrência é muito grande”. 8 ●● Do total de desligamentos entre os jovens de 18 a 24 anos, em 2013, 34% foram feitos a pedido do empregado. Entre os adultos o percentual é de 25%. Entre os motivos: descontentamento com o trabalho ou simples experimentação. 11 ●● O Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalha- dores em nível técnico e em áreas de média qua- lificação para atuar em profissões industriais DOs QuE CONCLUÍRAm afirmam que o curso técnico contribuiu ou pode contribuir para conseguir um emprego ou trabalho. 96% Mais renda para trabalhadores técnicos formados Fonte: Agenda Juventude Brasil - Pesquisa Nacional sobre Perfil e Opinião dos Jovens Brasileiros (2013)
  • 28. EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO PRODUÇÃO LTDA. | 04.405.242/0001-16 | CONCORRÊNCIA SECOM 001/2014 TV1 SÃO PAULO, Rua: João Ramalho, 1046 | 05008 002 | São Paulo - SP | Tel 11 3677 0800 TV1 BRASÍLIA, SHCGN – Setor de Habitações Coletivas Geminadas Norte CR Comércio Residencial Quadra 702/703, Bloco A, número 13, salão 101, Brasília | Tel 61 3424 3500 30 | Diagnóstico até 2015. 7 O estudo indica que serão necessários 174,6 mil cozinheiros industriais, 88,6 mil operadores de máqui- nas para costura e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil, além de 88.766 técnicos em controle da produção, 39.919 em eletrônica e 27.972 em eletricidade e eletrotécnica. Perfil, valores e percepções dos jovens ●● Idade: 15 a 17 anos (20%), 18 a 24 anos (47%) e 25 a 29 anos (33%). 2 ●● Sexo: 50,4% mulheres e 49,6% homens. 2 ●● Cor/raça: Pardo (45%), branco (34%), preto (15%) e ama- relo/indígena (6%). 2 ●● Onde moram: cidades (85%) e campo (15%). 2 ●● Escolaridade: 16% tinham o ensino fundamental incomple- to, 11% concluíram o fundamental; 21% alcançaram o ensino médio incompleto; 38% concluíram o ensino médio e 13% seguiram até o ensino superior (incluindo pós-graduação) 2 ●● Configuração familiar: solteiros (66%), vivem com os pais (61%) e têm filhos (40%). 2 ●● Responsabilidades: São compradores principais em seus domicílios (35%), considerados chefes de família (23%) e são pais/tutores/responsáveis por algum morador (19%). 2 ●● Problemas que mais preocupam: segurança e violência (24%), emprego/profissão (19%), educação (9%), crise eco- nômica/financeira (9%), drogas (8%), saúde (7%) e outros. 2 ●● O que existe de mais positivo no Brasil: possibilidade de estudo (27%), liberdade de expressão (21%), estabilidade econômica (16%), ter democracia (12%) e outros. 2 ●● Desafios que precisam ser enfrentados no Brasil: são con- siderados muito importante melhorar a saúde da população (99%), melhorar a educação (98%), reduzir o desemprego (95%) e outros. 2 ●● Fatores mais importantes para garantir seus direitos: po- líticas de governo (47%), seguido pelo esforço pessoal (31%). ●● O maior sonho: formação profissional e emprego (55%), casa própria (15%) e dinheiro (0,9%). ●● Aspectos relevantes na escolha do trabalho: possibili- dade de construir uma carreira (55%), ter a carteira assi- nada (53%), ter satisfação com o trabalho que faz (41%) e ter um maior salário (39%). 5 ●● Consumo: 8% possuem cartão de crédito. Para 38%, o cartão de crédito possibilita a aquisição de coisas que nor- malmente não poderiam comprar. 4 ●● Valores mais importantes para um mundo ideal: temor a Deus (22%), respeito às diferenças (13%), respeito ao meio ambiente (16%) e igualdade de oportunidades (8%) 2 Consumo de mídia A internet deve ser reconhecida como uma plataforma estratégia de interação e relacionamento entre os jovens, mas também como um canal de engajamento simultâneo com os demais meios de comunicação – TV, rádio e jornal. ●● No Brasil, 85% dos jovens são usuários de inter- net. A maior parte se autoclassifica como “vicia- dos”em especial a quatro aplicativos nos quais fi- cam continuamente conectados: Facebook (89%), WhatsApp (87%), e-mail (80%), Instagram (63%) e Twitter (50%). A maioria deles (63%) diz usar frequentemente mais de um meio de comunicação ao mesmo tempo. 4 A mesma pesquisa4 mostra ainda que: ●● 96% dos jovens utilizam a internet diariamente para buscar informações (86%), acompanhar no- tícias (74%), assistir a vídeos (71%) e ouvir mú- sica (64%); ●● 93% estão nas redes sociais. Têm em média 6,7 perfis, sendo os mais populares: Facebook (96%), YouTube (79%), Skype (69%), Google+ (67%), Twitter (64%), Orkut (57%) e Instagram (52%); ●● Em média o jovem tem 2,8 emails dos quais abre 2,4 diariamente, 40% têm 2 e-mails; ●● 17% dos jovens que vivem em capitais têm ao menos um tablet em casa. Entre os que possuem telefone celular, 47% têm smartphone. Outro estudo2 revela outros hábitos: ●● Meios pelos quais costuma se informar: TV aberta (83%), internet (56%), jornais impressos (23%), rádio comercial (21%) e TV paga (17%). ●● 75% dos jovens usam computador e internet. Para os estratos mais baixos, o acesso é de 59,7%; para os de estrato médio, é de 84,5%. ●● Local de acesso à internet: em casa (55%), em lan house/cybercafé (10%). ●● Celular: 89% possui e costuma usá-lo para fazer e/ou receber ligações (89%), enviar SMS (54%), ouvir música (31%), fotografar ou filmar (26%). ●● 76% dos jovens de baixa renda usam a internet para acessar redes sociais (48% dos 63% de usuá- rios) ante 60% dos de alta renda (58% de 96% de usuários neste segmento).