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Situação de Aprendizagem
Texto: Avestruz – Mário Prata
Capacidades de Compreensão
•Ativação de conhecimentos
prévios; antecipação ou predição
de conteúdos ou propriedades dos
textos;
•Checagem de hipóteses
•Localização de informações;
comparação de informações;
generalizações
•Produção de inferências locais;
produção de inferências globais
Capacidades de apreciação e réplica do
leitor em relação ao texto
(interpretação, interação)
•Recuperação do contexto de
produção; definição de finalidades
e metas da atividade de leitura
•Percepção das relações de
intertextualidade; percepção das
relações de interdiscursividade
•Percepção de outras linguagens;
elaboração de apreciações
estéticas e afetivas; elaboração de
apreciações relativas a valores
éticos e políticos
Nesta Situação de Aprendizagem serão
trabalhadas as seguintes capacidades de leitura:
Ativação de conhecimentos de mundo; antecipação ou
predição
Uma conversa inicial com os alunos, perguntando:
Através do título podemos ter uma ideia do
assunto do texto? O que ele sugere? Desperta
sua atenção ou não? Por quê?
Você já viu um avestruz?O que sabe sobre ele?
Que tipo de animal ele é? Ele é um animal de
estimação? Por quê?
Você tem algum animal de estimação? Qual?
Há pessoas que criam avestruzes? Para quê?
Como seria ter um avestruz em casa como
animal de estimação?
Você conhece a expressão ―fulano tem um
estômago de avestruz‖? O que quer dizer?
Leitura do texto e checagem de hipóteses
O Avestruz
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10
anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento
em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a
culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o
menino conheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação
deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E se
entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o
avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve
ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi.
Sabe quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo
avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70
para ser mais exato.
Leitura do texto e checagem de hipóteses
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço
que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter
estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até
sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por
aí, assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois
dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela
frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio
camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio
deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Leitura do texto e checagem de hipóteses
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais
ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o
criador que os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem
plenamente até os 40, entrando depois na menopausa. Não
têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele
bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no
domingo. Não sabia mais o que fazer.
Leitura do texto e checagem de hipóteses
Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela
frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos
eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros
de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um
mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o
avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
Mário Prata
Localização de informações; comparação de
informações; generalizações
Solicitar que os alunos identifiquem e organizem as
informações fornecidas sobre o avestruz :
Nome científico
Peso
Altura
Reprodução
Expectativa de vida
Produção de inferências locais; produção de
inferências globais
Levar o aluno a produzir inferências, a perceber
informações do texto que não estão explícitas nele.
Perguntar:
Por que os animais têm nomes científicos?
Que localidades são essas: Floripa e Higienópolis?
O que sabemos sobre o personagem-narrador? É
homem ou mulher? Adulto ou criança? Como
comprovamos isso no texto?
Por que você acha que o garoto desistiu de ter o
avestruz? Por que na troca ele quer gaivotas e urubus
por um único avestruz?
Recuperação do contexto de produção; definição de
finalidades e metas da atividade de leitura
Realizar o levantamento da esfera de produção do texto:
 Quem é o autor?
 Qual sua posição social?
 Para quem ele julga
que escreve?
 Com qual finalidade?
 A que gênero da tipologia
narrar pertence esse texto?
 Aponte as características
desse gênero no texto que
confirmem sua resposta.
Percepção das relações de intertextualidade;
percepção das relações de interdiscursividade
Leitura do texto:
A morte da Tartaruga
O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido.
A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo
daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante
da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A
mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com
o choro do menino.
— Cuidado senão você acorda seu pai!
Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a
acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele
respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um
carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino
parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu
animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, reclamando, ver
de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse:
— Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o
que eu faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito.
Percepção das relações de intertextualidade;
percepção das relações de interdiscursividade
O pai examinou a situação e propôs:
— Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você
chorar. Deixa ela aí e vem cá dentro com o pai.
O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o
pai, pela mão. O pai sentou na poltrona, botou o garoto no colo e disse:
— Eu sei que você sente a morte da tartaruguinha. Eu também gostava
muito dela. Mas vamos fazer pra ela um grande funeral. (Empregou de
propósito a palavra difícil).
O menininho parou imediatamente de chorar.
— O que é funeral?
O pai lhe explicou que era um enterro.
— Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, muitas
balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na
caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velas, cantamos ―
―Parabéns pra você‖ para a tartaruguinha morta e você assopra as velas.
Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do
quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o
nome dela e o dia em que ela morreu
Percepção das relações de intertextualidade;
percepção das relações de interdiscursividade
— Isso é que é funeral? Vamos fazer isso!
O garotinho estava com outra cara.
— Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá do céu, não
vai? Olha, eu vou apanhá-la.
Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal.
— Papai, vem cá, ela está viva!
O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava
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— Vamos sim, papai! – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem
grande – Eu mato ela!!!
MORAL: "O importante não é a morte, é o que ela nos tira."
Millôr Fernandes -Fábulas fabulosas
Percepção das relações de intertextualidade;
percepção das relações de interdiscursividade
Fazer uma comparação (nível temático) entre os textos : que há em
comum entre eles? O que dá o tom de humor aos dois textos?
Assistir ao video sobre uma fazenda de avestruzes e comparar
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Percepção de outras linguagens; elaboração de
apreciações relativas a valores éticos e políticos
Debater com os alunos a questão da criança e o animal de estimação: o
envolvimento, a afetividade e a responsabilidade.
Ler o texto e ouvir a música : “ X- Tudo e o Avestruz”
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Percepção de outras linguagens; elaboração de
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“X-tudo E O Avestruz”
Hélio Ziskind
Papagaio, beija-flor, galinha, urubu, são aves
Na África vive a maior ave do mundo.
É grande dá pra montar; com um chute pode matar;
quando corre, chega a 70 Km por hora;
É capaz de comer pedra, arame, galho, grama,
relógio, anel, bola de gude...COME TUDO! X - Tudo
é pernudo, pescoçudo, tem pena macia,
põe um ovo enorme que parece melancia
É ave mas não voa; quem sabe o nome dela?
Nunca fala nada, come X-tudo.
A-ves-truz é mu-do.
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Arte com ovos de avestruz:
Créditos
Curso Melhor Gestão, Melhor Ensino Língua Portuguesa
Maio/junho de 2013
Situação de Aprendizagem de Leitura
Texto: ―O Avestruz‖
Mário Prata
Profas.:
Luciana Isaac Assuani Gutterres
Marisa Bueno de Camargo e Orrú
Roberta Vallim Hoffmann Marcon
Silvia Andrade
D.E. de São João da Boa Vista

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  • 1. Situação de Aprendizagem Texto: Avestruz – Mário Prata Capacidades de Compreensão •Ativação de conhecimentos prévios; antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos; •Checagem de hipóteses •Localização de informações; comparação de informações; generalizações •Produção de inferências locais; produção de inferências globais Capacidades de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto (interpretação, interação) •Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura •Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade •Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e políticos Nesta Situação de Aprendizagem serão trabalhadas as seguintes capacidades de leitura:
  • 2. Ativação de conhecimentos de mundo; antecipação ou predição Uma conversa inicial com os alunos, perguntando: Através do título podemos ter uma ideia do assunto do texto? O que ele sugere? Desperta sua atenção ou não? Por quê? Você já viu um avestruz?O que sabe sobre ele? Que tipo de animal ele é? Ele é um animal de estimação? Por quê? Você tem algum animal de estimação? Qual? Há pessoas que criam avestruzes? Para quê? Como seria ter um avestruz em casa como animal de estimação? Você conhece a expressão ―fulano tem um estômago de avestruz‖? O que quer dizer?
  • 3. Leitura do texto e checagem de hipóteses O Avestruz O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu os avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E se entregavam em domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa um avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato.
  • 4. Leitura do texto e checagem de hipóteses Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí, assustando as demais aves normais. Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor! Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
  • 5. Leitura do texto e checagem de hipóteses Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é perigosíssima! Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
  • 6. Leitura do texto e checagem de hipóteses Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz. Mário Prata
  • 7. Localização de informações; comparação de informações; generalizações Solicitar que os alunos identifiquem e organizem as informações fornecidas sobre o avestruz : Nome científico Peso Altura Reprodução Expectativa de vida
  • 8. Produção de inferências locais; produção de inferências globais Levar o aluno a produzir inferências, a perceber informações do texto que não estão explícitas nele. Perguntar: Por que os animais têm nomes científicos? Que localidades são essas: Floripa e Higienópolis? O que sabemos sobre o personagem-narrador? É homem ou mulher? Adulto ou criança? Como comprovamos isso no texto? Por que você acha que o garoto desistiu de ter o avestruz? Por que na troca ele quer gaivotas e urubus por um único avestruz?
  • 9. Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade de leitura Realizar o levantamento da esfera de produção do texto:  Quem é o autor?  Qual sua posição social?  Para quem ele julga que escreve?  Com qual finalidade?  A que gênero da tipologia narrar pertence esse texto?  Aponte as características desse gênero no texto que confirmem sua resposta.
  • 10. Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade Leitura do texto: A morte da Tartaruga O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. — Cuidado senão você acorda seu pai! Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação. Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, reclamando, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: — Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que eu faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito.
  • 11. Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade O pai examinou a situação e propôs: — Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá dentro com o pai. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou na poltrona, botou o garoto no colo e disse: — Eu sei que você sente a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas vamos fazer pra ela um grande funeral. (Empregou de propósito a palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. — O que é funeral? O pai lhe explicou que era um enterro. — Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, muitas balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velas, cantamos ― ―Parabéns pra você‖ para a tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu
  • 12. Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade — Isso é que é funeral? Vamos fazer isso! O garotinho estava com outra cara. — Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá do céu, não vai? Olha, eu vou apanhá-la. Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. — Papai, vem cá, ela está viva! O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente. — Ela está viva! - disse o pai – Não vamos ter que fazer o funeral! — Vamos sim, papai! – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – Eu mato ela!!! MORAL: "O importante não é a morte, é o que ela nos tira." Millôr Fernandes -Fábulas fabulosas
  • 13. Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade Fazer uma comparação (nível temático) entre os textos : que há em comum entre eles? O que dá o tom de humor aos dois textos? Assistir ao video sobre uma fazenda de avestruzes e comparar informações e descrições já feitas no texto: http://www.youtube.com/watch?v=JL2CafXC0Kg
  • 14. Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e políticos Debater com os alunos a questão da criança e o animal de estimação: o envolvimento, a afetividade e a responsabilidade. Ler o texto e ouvir a música : “ X- Tudo e o Avestruz” de Hélio Ziskind http://www.youtube.com/watch?v=c2FE8WTCKQY :
  • 15. Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e políticos “X-tudo E O Avestruz” Hélio Ziskind Papagaio, beija-flor, galinha, urubu, são aves Na África vive a maior ave do mundo. É grande dá pra montar; com um chute pode matar; quando corre, chega a 70 Km por hora; É capaz de comer pedra, arame, galho, grama, relógio, anel, bola de gude...COME TUDO! X - Tudo é pernudo, pescoçudo, tem pena macia, põe um ovo enorme que parece melancia É ave mas não voa; quem sabe o nome dela? Nunca fala nada, come X-tudo. A-ves-truz é mu-do.
  • 16. Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e políticos Arte com ovos de avestruz:
  • 17. Créditos Curso Melhor Gestão, Melhor Ensino Língua Portuguesa Maio/junho de 2013 Situação de Aprendizagem de Leitura Texto: ―O Avestruz‖ Mário Prata Profas.: Luciana Isaac Assuani Gutterres Marisa Bueno de Camargo e Orrú Roberta Vallim Hoffmann Marcon Silvia Andrade D.E. de São João da Boa Vista