O documento discute o Dia Internacional do Holocausto, estabelecido pela ONU em 27 de janeiro para lembrar as vítimas do Holocausto. Também menciona os campos de concentração de Auschwitz na Polônia, onde milhões de judeus e outros foram mortos pelos nazistas. Vários excertos mostram os horrores vividos pelas vítimas do Holocausto.
3. Dia Internacional do Holocausto
O Dia Internacional em Memória das Vítimas
do Holocausto comemora-se no dia 27 de
janeiro e foi criado pela Assembleia Geral das
Nações Unidas através da Resolução 60/7 de 1
de novembro de 2005.
O Parlamento Europeu estabeleceu também o
dia 27 de janeiro como Dia Europeu de
Memória do Holocausto.
4. Dia Internacional do Holocausto
Esta data pretende lembrar e homenagear a
memória das vítimas que pereceram e assumir o
compromisso de promover a memória e a
educação sobre o Holocausto nas escolas e
universidades, na comunidade e instituições
para que as gerações futuras possam
compreender as causas do Holocausto e refletir
sobre as suas consequências.
5. Dia Internacional do Holocausto
"O Holocausto não se passou há 500 anos,
noutro continente. É urgente aprofundar o que
aconteceu e perceber por que aconteceu. Para
que nunca se volte a repetir", diz Allan J. Katz,
embaixador dos Estados Unidos, num encontro
com jornalistas na Fundação Calouste
Gulbenkian (…)
Ler mais: http://visao.sapo.pt/conferencia-portugal-e-o-
holocausto=f693230#ixzz2Ioy6JVpx
8. Dia Internacional do Holocausto
Auschwitz-Birkenau é o nome de um grupo de
campos de concentração localizados no sul da
Polónia, símbolos do Holocausto perpetrado
pelo nazismo. A partir de 1940 o governo
alemão comandado por Adolf Hitler construiu
vários campos de concentração e um campo de
extermínio nesta área, então na Polónia
ocupada. Houve três campos principais e trinta e
nove campos auxiliares.
9. AUSCHWITZ-BIRKENAU
• ‘Those who remained behind in the camp
were liberated by Red Army soldiers on
27 January 1945. The 2 July 1947 Act of the
Polish Parliament established the Auschwitz-
Birkenau State Museum on the grounds of
the two extant parts of the camp, Auschwitz I
and Auschwitz II-Birkenau.’
• http://whc.unesco.org/en/list/31
10. Dia Internacional do Holocausto
O diário de ANNE FRANK O rapaz do pijama às riscas
11. O diário de Anne Frank
Sexta-feira, 21 de julho de 1944
Querida Kitty,
Estou finalmente a ficar otimista. Agora, por fim, as coisas estão a correr bem! Mesmo muito bem! Ótimas notícias!
Houve um atentado contra Hitler e, para variar, não foi cometido por judeus comunistas ou por capitalistas ingleses, mas
por um general alemão que não só é conde como também ainda é jovem. O Führer deve a vida à “Providência Divina”:
escapou, infelizmente, apenas com algumas queimaduras e arranhões leves. Vários oficiais e generais que estavam nas
proximidades morreram ou ficaram feridos. O chefe da conspiração foi fuzilado.
Esta é a melhor prova que tivemos até agora de que muitos oficiais e generais estão fartos da guerra e gostariam de ver
Hitler afundar-se num poço sem fundo, de forma a poderem estabelecer uma ditadura militar, assinar a paz com os
Aliados, rearmar-se e, depois de algumas décadas, começar outra guerra. Talvez a Providência esteja deliberadamente a
demorar o seu tempo para se livrar de Hitler, uma vez que é muito mais fácil e barato, para os Aliados, deixarem os
impecáveis alemães matarem-se uns aos outros. Significa menos trabalho para os ingleses e os russos, e isso permite-
lhes começar a reconstruir as suas próprias cidades muito mais cedo. Mas ainda não chegamos a esse ponto, e não
quero estar a antecipar o glorioso acontecimento. (...)
Mais ainda, Hitler teve a amabilidade de anunciar ao seu leal e devotado povo que, a partir de hoje, todo o pessoal
militar está sob ordens da Gestapo, e que qualquer soldado que saiba que um dos seus superiores esteve envolvido nesta
tentativa cobarde contra a vida do Führer, pode matá-lo sem hesitação!
Bela complicação que isto dará. (...)
Tua, Anne M. Frank
12. Dia Internacional do Holocausto
• Domingo, 14 de Fevereiro de 1943
• Num domingo, quando podemos dar-nos ao luxo
de nos entregarmos aos nossos próprios pensamentos e
esquecer o exército e as suas exigências, todas as ideias que
costumamos esconder no subconsciente vêm à superfície.
Sinto uma grande ansiedade quanto ao futuro. Ao mesmo
tempo, porém, ao passar em revista este tempo de guerra,
não consigo compreender como fomos capazes de cometer
tais crimes contra civis indefesos, contra os Judeus. Pergunto
a mim mesmo, repetidamente, como é possível? Só pode
haver uma explicação: as pessoas que foram capazes de o
fazer, que deram as ordens e permitiram que tal acontecesse,
perderam toda a noção de decência e responsabilidade. São
absolutamente ímpias, egotistas brutais, materialistas
desprezíveis. Quando no Verão passado foram cometidos os
hediondos assassínios em massa de judeus, quando tantas
mulheres e crianças foram chacinadas, eu tive a certeza de
que perderíamos a guerra. Já não fazia sentido nenhum uma
guerra que, anteriormente, poderia ter sido justificada como
uma procura de livre subsistência e espaço vital: degenerou
numa imensa e desumana carnificina, negando todos os
valores culturais, e nunca poderá ser justificada ao povo
alemão; será totalmente condenada pela nação como um
todo.Todas as torturas infligidas a polacos sob prisão,o
fuzilamento de prisioneiros de guerra e o tratatamento
bestial a que foram submetidos, isso também jamais poderá
ser justificado.
•
• ‘Excertos do Diário do Capitão Wilm Hosenfeld’ in ‘O pianista’
(Wladyslaw Szpilman) – Barcarena; Presença, 2004
13. Dia Internacional do Holocausto
Durante três dias e três noites, recolhi-me ao
meu quarto. Vergado por um dilema que é tão
antigo como a história dos homens: obedecer a
ordens superiores, e assim preservar o meu
futuro e o da minha família… ou desobedecer e
responder apenas à minha consciência. Durante
três dias e três noites às voltas na cama,
atormentado. Gemendo e transpirando, recuso
qualquer palavra, qualquer conselho de
familiares e amigos, completamente isolado do
mundo. Até que, na manhã do quarto dia, eu,
que me havia resguardado na cama esgotado
pelo dilema, levantei-me calmo e cheio de
energia. Tomei banho, barbeei-me e vesti-me,
saí do quarto e comuniquei a todos os que
comigo estavam e se preocupavam: «A partir de
agora, darei vistos a toda a gente. Deixou de
haver nacionalidades, raças, religiões.»
14. Dia Internacional do Holocausto
CARTA DIRIGIDA A HIMMLER SOBRE O
APROVEITAMENTO DE DENTES DE OURO DOS
PRESOS MORTOS -1942
(...)
Ao Reichführer das SS
Exmo Reichführer!
Tal como V.Exa ordenou, as peças dentárias de ouro
dos prisioneiros mortos serão entregues na
Delegação de Saúde. Poderão ser usadas para as
operações dentárias aos nossos homens.
O SS-Oberführer Blaschke já dispõe da quantidade
de 50 quilos de ouro, ou seja, dos efetivos em metal
nobre necessários para os próximos cinco anos.
Solicito autorização para, de agora em diante e após
a concessão da sua autorização, depositar no
Banco do Reich as peças dentárias procedentes das
baixas dos diversos campos de concentração.
Heil Hitler!
FRANK
SS-Brigadenführer e General-Major das Waffen-SS
15. Dia Internacional do Holocausto
[...] Minha mãe teria preferido alugar só a
judeus para evitar complicações. O
antissemitismo aumentava, o nome de
Adolf Hitler estava na ordem do dia.
Circulavam jornais com caricaturas de
judeus de monstruosos narizes em
cavalete, olhos esbugalhados, cobiçosos,
expressão brutal ou lasciva e mãos
papudas, carregadas de anéis descounais.
Publicavam-se artigos aterradores sobre o
culto religioso nas sinagogas e nas casas
judaicas. Chegava-se a afirmar que os
judeus matavam crianças na noite do
Passah em que esperavam o Messias. Nos
carros electricos e nos comboios viam-se
passageiros divertirem-se à custa de tais
histórias e das gravuras repugnantes que
as ilustravam. [...]
16. Dia Internacional do Holocausto
Outubro de 1944
Lutamos com todas as nossas forças para
que o inverno não chegasse. Agarramo-nos
a todas as horas tépidas, a cada fim de dia
procurávamos reter o sol no céu mais um
pouco, mas tudo foi inútil. Ontem à noite, o
sol pôs-se irrevogavelmente num
emaranhado de nevoeiro sujo, de chaminés
e de fios, e hoje de manhã é inverno.
Nós sabemos o que isso significa, porque
estávamos aqui no inverno passado, e os
outros aprendê-lo-ão cedo. Significa que ao
longo destes meses, entre outubro e abril,
em cada dez de nós, sete irão morrer. Quem
não morrer, irá sofrer minuto após minuto,
em cada dia, todos os dias. Desde antes do
amanhecer até à distribuição da sopa da
noite, deverá ter constantemente os
músculos tensos, dançar de um pé para
outro, bater os braços debaixo das axilas
para resistir ao frio. […]
17. A Lista de Schindler
Na Polónia, durante a
Segunda Guerra Mundial,
Oskar Schindler fica
preocupado com a
situação dos seus
trabalhadores judeus, ao
testemunhar a perseguição
que lhes é movida pelos
Nazis.
In Poland during World War II, Oskar
Schindler gradually becomes concerned
for his Jewish workforce after witnessing
their persecution by the Nazis. (IMDb)
19. A vida é bela
In 1930s Italy, a carefree
Jewish book keeper named
Guido starts a fairy tale life by
courting and marrying a lovely
woman from a nearby city.
Guido and his wife have a son
and live happily together until
the occupation of Italy by
German forces. In an attempt
to hold his family together and
help his son survive the horrors
of a Jewish Concentration
Camp, Guido imagines that the
Holocaust is a game and that
the grand prize for winning is a
tank. (IMDb)