SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Mitos nacionais..oseulugarde ocupação
Narrativado passadode uma comunidade que projetaumaexperançade futuroparaquela
comunidade ,umanarrativa que explicaumpassadoe eparesentaumorizonte de futuroonde
acreditaque elacomunidade continuarasendocomunidadeemrelaçãoaoque era no
passado.
Não estamosfalandodomitopuropdomitogrego,mas o mitocotnaminadopelaterivel
terrenana politica.
A ideiade raça é umaideiarecente,emboramuitasvezesbusquecontextosantigoseapareça
sendoretratadopor esse ponto,masa diea de raça não existiaantesdoséculoXVIII,é nofinla
do éculoXVIIque comelaase imaginarque a humanidade se divideemfamiliasde seres
humanosemriosem meioaooceanoda humanidade,separadosporumafronteirainvisivel
maismuitorelaque não devemporissose misturare permanecerintegrasessasfamilias
humanase que portantoessasfamiliastemumarelaçãode ancestralidadee existemdesde os
começosdostempoe exiostiramaté ofinal dostempos.Essasideiasexistemapoucomaisde
II séculos.
Diferente doetnocentrismoque existe desde que existeregistroescrito,emtodasas
sociedades,sociedadesaschamadasevoluidase chamadasprimitivastodaselassão
etnocentricasháregistrosextremante interessanteentre osesquimosque hoje sãochamados
“inuites”que quandocomeçaramarecebedrimigrantesEuropeusnoséculodesenoveiamlá
aprenderboasmaneirascomeles,onde viamessesEwuropeuscomoextremamente atrasose
poucosgentis,onde essasqualdiadesemsentidode higienee poucoavançocordial faziamos
esquimospensarque haviamchegadoaelesparaaprender...
O que se revelaaqui é o choque de duas mentalidadesonde umobservaooutrode forma
diferente quantoasuanaturezamelhorseuestadonatural.Vale lembrarque “etnocentrismo”
é algodiferentedopensamentoracial do“mitoda raça” no etnocentrismonãoháideiade
ancestralidade de que que umafamiliahumana, que atravessaahistoriacomoum meteoro
como que atravenssandoouniverso...Asprimeirasmanifestaçõesmaisclássicasdessasideias
aparecemcom Lineus,O criador da classificaçãobiologica,taxaçãotaxicologica:Falandona
raça fazendoarelaçãode familias;raçascomoEuropeia,Áfricana,Asiaticae Americana.
A ideiade Brancos,vermelhose amarelosaparecemnoprocessocomLienusque também
acreditatambém, emseresestranhose raças desconhecidasonde elefalavaemhomensde
florestasmonstruosase diversasemummundopovoadoaindaporuma imaginação
fantastica,que depoisiriam desaparecer( asubraça).
JohannFriedrichBlumenbach medicoalemãonofinal doséculoXVIIIvai formaraaquareladas
raças como vamosver até hoje,a ideiade brancos, negros, amarelose marrons( malaia) eram
as cinco raça de Blumenbach.
Goebinaunãovendoporcienciasbiologicascomoosdemais,vai seroprimeiroarelacionara
ideiade raça com históriacomoprocessoonde a históriahumanaé uma historia
protagonizadaporraças pegandoa ideiade raças das cienciasnaturais,levandoassimaideia
para as cienciashumanas.GoebinauteveumarelaçãoestritacomDom PedroII,um imperador
muitochegadoas ideiascientificase humanisticasdaEuropa noséculoXIX,onde Goebinau
promoveuaideiade imigraçaode Europeusdepoisdoterminodotraficode escravosdepois
de 1850 com a lei Eusébiode Queirozaideiase disseminanacabeçade DomPedroII, onde a
ideiaerade raça negraera atrasada e o Europeua raça avançada entãoera precisobranquear
a população.
Naquelaépocamaispara frente ali porvoltade 1899 é públicoumlivroextremamente
interessantede umcara que foi um dosinspiradoresdoNazismo, ChanbberleinHilstonpublica
um livro“ as fundaçõe doséculoXIX”que lidoiráinspirarosprincipiasideologosdoNazismo,
onde vai ser fundamentadoparte domitodaraça com base na ideiadoprogressohumanona
base da raça, onde dentrode raça Europeiateriaumtronco e esse troncoteriaali os “arianos”
a vanguarda da raça branca, o livrodele é muitointeressanteque se tentaserhistórico,
porémreescritaporum pensamentoracial.
A grande verdade é que o mitoda rala tal como conhecemoshoje, sóse conslidajuntocomo
Darwinismo,juntocoma ideiadaevoluçãodeixade sera raça tal comoclassificaçãoestática
de sereshumanose passa a ser algoligadoa evoluçãoonde asuperioridade daraça branca
derivariadofatode sermaisevoluidabiologicamente dasdemais,criandoahierarquia
colocandoevidentementeosEuropeusnopontomaisaltoda esclae colocandoosnegrosno
pontomaisbaixoda escala.
Vale lembrarque opróprioDarwintinhadificuldadesemlidarcomisso,onde chegoua
escreverque classificaçãodossereshumanosemraçasseriaalgo muitodificil masaceitavaa
ideiade que osEUROPEUS ERA MAISEVOLUÍDOS,ao contráriode darwinmuitosmédicose
cientistamaprovamaideiae começamaestudar.Assimcomeçamostrabalhos comomedir
crâniose distinições...
Bemvejaaqui uma coisa,na cienciase você acha que vai achar uma coisa“você irá achar” foi
exatamente oque fizeramabriramosestudos e pesquisasparaachar pontose realizarleituras
que fossemachadosnosentidodaevoluçãodaraça tornandocomo supeioraaRaça Europeia,
assima pesquisaseriaorganizadaparaumatendencia( configurandoometodoparaos
resultadosdesejados),revelandoque oscarasque mediamcrâniosno seculoXIX“verdadeiros
vilõescientificos”fizeramcomque seusdadosapontassemparasuasconclusõesprévias“a
superioridadedaraça branca”, na obra do EstefemJayGold“ a falsamedidadohomem”T(he
mismegiorof man),no livroele reconstroe asexperiencias,jáque ele trabalhounomuseu
Americanoonde estavaoacervode crânios de “váriasraças” usadaspor, Morrysone cientistas
do seculoXIXque usarampara as mediçõese pesquisasassimEstefenmostraoserros e como
conseguiramarrastarum caminhãode acadêmicosnessaavalanche,motrandoostruques
usadosele revelacomomesmocientistasde altaestimacaiamnoprocesso.
Bemficouclaro que o mitoda raça se instalounoseiodascienciasnaturais,masse fosse
somente issoele nãoseriaummitoimportante hoje umavezque ascienciasnaturaisjá
provaramque aquelasideiasestavamerradas,agrande maioriageral sabe dissoe nemseria
um assuntode importanciahoje emdia.Masse tornouum instrumentonomundo dapolitica
onde o “mito”ocupoupontosestratégicosnapolitica.
Quaislugaresele ocupou?
Primeiroveja,muitagente imaginaerradamente que aideiade raçafoi importante para
justificaraescravidão,háum enganohistorico emborasejaumenganodosensocomuma
escravidãomodernacomeçanoseculoXVIe se estendeaoseculoXIX.NaInglaterranas
coloniasingresaselafoi eliminadaem1833, o trafico noAtlântico terminaem1850 e no Brasil
elaacaba em 1988. Então o séuloXIXé o Outonoda escraviãomodernaonde a maiorparte da
escravidãocomeçaemséculosanteriorese elaocorre porque tinhamsidoescravizada,qual é
o problemadissoaescravidãoexistiuemtodahistóriahumanaentre todosospovosdesde há
antiguidade povosque venciamguerrasescravizavamosderrotadosdesde aantiguidade
existe aescravidãopordivida,temporariamente até pagara sua dividaouporescravidãopelo
restoda vida,se você não acha que ossereshumanossãoiguaispor naturezanãoexiste
problemaparaa escravidão,e ninguémachavaque ossereshumanossãoiguaispornatureza
até o séculoXVIIIse voce chegarpara alguémnoseculoXIV,XV e XVIseriaconsideradoum
loucodizerque os sereshumanossãoiguaispornatureza,porque nãoeram;uns eramnobres
outrosnão, unstinhamsangue azul outrosnão.
É no séculoXVIIIcomo iluminismo“a idade dasluzes”que surge aideiaextremamente nova
que os sereshumanossãoiguaispornatureza,é esse conceitoque fazsurgira campanhaanti
escravistasonde houve umagrande açãona inglaterradofinal doséculoXVIIIaoXIXonde se
moviamgrandespetiçõesaoparlamentoparavotarcontra a escravidão,houve grande batalha
por issoexistemgrandeslivrose obrasa respeitoumadelas“enterremnossascorrentes”de
Adamroschild, ao mesmotempoque issoacontecianaInglaterrrae tambémnome do
principiodaigualdade ocorremgrandesconflitose choques( revoltasde escravos) nasilhasdo
Caribe,comoo caso de Sir Louvertou,noHaiti uma revoluçãode escravos que erguiaas
bandeirasdarevoluçãoFrancesa,assimcomoa revoluçãodaJamaica que teve umimpacto
diretona politicaBritanicade formaque oparlamentofinalmente resolveuacabarcoma
escravidão.
Então foi esse processoque geradosobre a ideiailuministadaigualdadeque geraogolpe fatal
contra a escravisãomoderna,aescravidãonãoprecisou domitoda raça para existir,e omito
veiodepoisdaescravidãomoderna.Oque se revelaé justamente ocontrárioomitoveio
depoise nãoserviupara sugestionaroupraticara escravidão.Naquelaépocanomomento que
o conceitode raça estavase expandindopelo mundoépocadoimperialismo( França,Belgica,
Italia,Inglaterra,Alemanha)partemparaa procura de coloniasnaAsia e na África,processo
que se inicioucomas expediçõesde exploradoreseuropeusemmeadosdoséculoXIXe se
consolidanofinal dosécXIX na conferenciade Berlim que se inciacomapartilha,o
Imperialismoprecisavadomitoda raça, porque as potenciaseuropeiasnãopodiamse
expandirparaÁsiae Áfricasemconquistaro apoioda comunidade Europeia,lembre esta
surgindoa imprenssanova, otelegrafo,ossistemas complexasaeducação o públicae se
formandoassima opiniãopublica,nãoerapossivelalcançara ação do imperialismosem
conquistaro apoioda sociedade se afinal todossãoiguaisperantealei?Comoconciliaro
imperialismocomaideiailuministadaigualdadenatural,paraissosurge omito da raça ( todos
são iguaise nemtanto iguaisassim) somosiguaisnateoria,masna prática agora a Biologia
diria:Somosdiferentes.Napráticaagorapoderiamdominarasraças inferiores,comacélebre
frase do séculoXIXque ofardo do homembranco“ seriadominaro homem ematraso para
eleva-loe civiliza-lo”nocaminhodohomemEuropeu.
E esse processovai terconsequênciasextremamenteimportante nomundocolonizado,
principalmente naÁsiae na África,onde oscolonizadoresvãojutoscomosintelectuais,os
generaisagoravão a Africae Asia com medicosintelectuaise antropologose como missão
definirasraças e “sub-raças”dessespovose suasetnias,entãojuntode cadamilitar
conquistadorandado ladoumantropologoclassificadore o homenvai criar osnomesdas
etniasque nos usamosfrequentemente até hoje paranosdefinirospovos da Áfricae da Asia.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Mitos nacionais

8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx
8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx
8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptxLuanCalderaroCosta1
 
O olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroO olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroisameucci
 
Bastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasBastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasMarcelo Lopes
 
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-RioCultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rioagccf
 
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxityromello
 
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosAula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosGerson Coppes
 
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origens
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origensRoteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origens
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origensLauri Rene Reis Filho
 
Resenha Raça e diversidade, de Lilia Schwarcz
Resenha Raça e diversidade, de Lilia SchwarczResenha Raça e diversidade, de Lilia Schwarcz
Resenha Raça e diversidade, de Lilia SchwarczTeka Montenegro Ramos
 
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900) O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900) Emerson Mathias
 
racismo_etnocentrismo.ppt
racismo_etnocentrismo.pptracismo_etnocentrismo.ppt
racismo_etnocentrismo.pptCaelen1
 
Período Moderno: contos e mentalidade
Período Moderno: contos e mentalidade Período Moderno: contos e mentalidade
Período Moderno: contos e mentalidade Juliana
 
Realismo naturalismo 2012 novo
Realismo naturalismo 2012 novoRealismo naturalismo 2012 novo
Realismo naturalismo 2012 novokacau
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Silvânio Barcelos
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Emerson Mathias
 

Semelhante a Mitos nacionais (20)

8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx
8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx
8º ANO- SEGREGAÇÃO RACIAL.pptx
 
O olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroO olhar sobre o outro
O olhar sobre o outro
 
Bastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-NegrasBastide, Roger - As-Americas-Negras
Bastide, Roger - As-Americas-Negras
 
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-RioCultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
Cultura brasileira - Gabriel Neiva - PUC-Rio
 
manifesto-antropofago.pdf
manifesto-antropofago.pdfmanifesto-antropofago.pdf
manifesto-antropofago.pdf
 
Heresia dos indios
Heresia dos indiosHeresia dos indios
Heresia dos indios
 
Raça e história
Raça e históriaRaça e história
Raça e história
 
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi
80272028 gentili-e-a-inteligencia-do-seculo-xxi
 
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outrosAula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
Aula 5 [1-2022-filo] - O mundo sob outros olhos olhos outros
 
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origens
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origensRoteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origens
Roteiro Primeiro povoadores ameríndios e suas origens
 
Resenha Raça e diversidade, de Lilia Schwarcz
Resenha Raça e diversidade, de Lilia SchwarczResenha Raça e diversidade, de Lilia Schwarcz
Resenha Raça e diversidade, de Lilia Schwarcz
 
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900) O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
O IMAGINÁRIO NO PROCESSO DE RACIALIZAÇÃO, ESCRAVIDÃO/ABOLIÇÃO (1880 – 1900)
 
racismo_etnocentrismo.ppt
racismo_etnocentrismo.pptracismo_etnocentrismo.ppt
racismo_etnocentrismo.ppt
 
Período Moderno: contos e mentalidade
Período Moderno: contos e mentalidade Período Moderno: contos e mentalidade
Período Moderno: contos e mentalidade
 
Realismo naturalismo 2012 novo
Realismo naturalismo 2012 novoRealismo naturalismo 2012 novo
Realismo naturalismo 2012 novo
 
Apostila raçaetnicidade
Apostila raçaetnicidadeApostila raçaetnicidade
Apostila raçaetnicidade
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
 
A educação quilombola
A educação quilombolaA educação quilombola
A educação quilombola
 
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo Novembro Preto  A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
Novembro Preto A consciência tardia e o racismo no Brasil contemporâneo
 
Texto6 P7
Texto6 P7Texto6 P7
Texto6 P7
 

Mais de marcelo olegario (20)

Defesa de culpado é delação
Defesa de culpado é delaçãoDefesa de culpado é delação
Defesa de culpado é delação
 
Teoria da acomodação
Teoria da acomodaçãoTeoria da acomodação
Teoria da acomodação
 
Nenhum historiador realmente respeitado e autentico duvida da existência de j...
Nenhum historiador realmente respeitado e autentico duvida da existência de j...Nenhum historiador realmente respeitado e autentico duvida da existência de j...
Nenhum historiador realmente respeitado e autentico duvida da existência de j...
 
Verdade...
Verdade...Verdade...
Verdade...
 
Não tenho fé suficiente para ser ateu formato txt
Não tenho fé suficiente para ser ateu formato txtNão tenho fé suficiente para ser ateu formato txt
Não tenho fé suficiente para ser ateu formato txt
 
O vulto das torres lawrence wright (1)
O vulto das torres   lawrence wright (1)O vulto das torres   lawrence wright (1)
O vulto das torres lawrence wright (1)
 
A ilusão mórmon floyd c. mc elveen - editora vida
A ilusão mórmon   floyd c. mc elveen - editora vidaA ilusão mórmon   floyd c. mc elveen - editora vida
A ilusão mórmon floyd c. mc elveen - editora vida
 
Teologia 35
Teologia 35Teologia 35
Teologia 35
 
Teologia 34
Teologia 34Teologia 34
Teologia 34
 
Teologia 33
Teologia 33Teologia 33
Teologia 33
 
Teologia 32
Teologia 32Teologia 32
Teologia 32
 
Teologia 31
Teologia 31Teologia 31
Teologia 31
 
Teologia30
Teologia30Teologia30
Teologia30
 
Teologia 29
Teologia 29Teologia 29
Teologia 29
 
Teologia 28
Teologia 28Teologia 28
Teologia 28
 
Teologia 27
Teologia 27Teologia 27
Teologia 27
 
Teologia 26
Teologia 26Teologia 26
Teologia 26
 
Teologia 25
Teologia 25Teologia 25
Teologia 25
 
Teologia 24
Teologia 24Teologia 24
Teologia 24
 
Teologia 23
Teologia 23Teologia 23
Teologia 23
 

Último

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 

Último (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 

Mitos nacionais

  • 1. Mitos nacionais..oseulugarde ocupação Narrativado passadode uma comunidade que projetaumaexperançade futuroparaquela comunidade ,umanarrativa que explicaumpassadoe eparesentaumorizonte de futuroonde acreditaque elacomunidade continuarasendocomunidadeemrelaçãoaoque era no passado. Não estamosfalandodomitopuropdomitogrego,mas o mitocotnaminadopelaterivel terrenana politica. A ideiade raça é umaideiarecente,emboramuitasvezesbusquecontextosantigoseapareça sendoretratadopor esse ponto,masa diea de raça não existiaantesdoséculoXVIII,é nofinla do éculoXVIIque comelaase imaginarque a humanidade se divideemfamiliasde seres humanosemriosem meioaooceanoda humanidade,separadosporumafronteirainvisivel maismuitorelaque não devemporissose misturare permanecerintegrasessasfamilias humanase que portantoessasfamiliastemumarelaçãode ancestralidadee existemdesde os começosdostempoe exiostiramaté ofinal dostempos.Essasideiasexistemapoucomaisde II séculos. Diferente doetnocentrismoque existe desde que existeregistroescrito,emtodasas sociedades,sociedadesaschamadasevoluidase chamadasprimitivastodaselassão etnocentricasháregistrosextremante interessanteentre osesquimosque hoje sãochamados “inuites”que quandocomeçaramarecebedrimigrantesEuropeusnoséculodesenoveiamlá aprenderboasmaneirascomeles,onde viamessesEwuropeuscomoextremamente atrasose poucosgentis,onde essasqualdiadesemsentidode higienee poucoavançocordial faziamos esquimospensarque haviamchegadoaelesparaaprender... O que se revelaaqui é o choque de duas mentalidadesonde umobservaooutrode forma diferente quantoasuanaturezamelhorseuestadonatural.Vale lembrarque “etnocentrismo” é algodiferentedopensamentoracial do“mitoda raça” no etnocentrismonãoháideiade ancestralidade de que que umafamiliahumana, que atravessaahistoriacomoum meteoro como que atravenssandoouniverso...Asprimeirasmanifestaçõesmaisclássicasdessasideias aparecemcom Lineus,O criador da classificaçãobiologica,taxaçãotaxicologica:Falandona raça fazendoarelaçãode familias;raçascomoEuropeia,Áfricana,Asiaticae Americana. A ideiade Brancos,vermelhose amarelosaparecemnoprocessocomLienusque também acreditatambém, emseresestranhose raças desconhecidasonde elefalavaemhomensde florestasmonstruosase diversasemummundopovoadoaindaporuma imaginação fantastica,que depoisiriam desaparecer( asubraça). JohannFriedrichBlumenbach medicoalemãonofinal doséculoXVIIIvai formaraaquareladas raças como vamosver até hoje,a ideiade brancos, negros, amarelose marrons( malaia) eram as cinco raça de Blumenbach. Goebinaunãovendoporcienciasbiologicascomoosdemais,vai seroprimeiroarelacionara ideiade raça com históriacomoprocessoonde a históriahumanaé uma historia protagonizadaporraças pegandoa ideiade raças das cienciasnaturais,levandoassimaideia para as cienciashumanas.GoebinauteveumarelaçãoestritacomDom PedroII,um imperador
  • 2. muitochegadoas ideiascientificase humanisticasdaEuropa noséculoXIX,onde Goebinau promoveuaideiade imigraçaode Europeusdepoisdoterminodotraficode escravosdepois de 1850 com a lei Eusébiode Queirozaideiase disseminanacabeçade DomPedroII, onde a ideiaerade raça negraera atrasada e o Europeua raça avançada entãoera precisobranquear a população. Naquelaépocamaispara frente ali porvoltade 1899 é públicoumlivroextremamente interessantede umcara que foi um dosinspiradoresdoNazismo, ChanbberleinHilstonpublica um livro“ as fundaçõe doséculoXIX”que lidoiráinspirarosprincipiasideologosdoNazismo, onde vai ser fundamentadoparte domitodaraça com base na ideiadoprogressohumanona base da raça, onde dentrode raça Europeiateriaumtronco e esse troncoteriaali os “arianos” a vanguarda da raça branca, o livrodele é muitointeressanteque se tentaserhistórico, porémreescritaporum pensamentoracial. A grande verdade é que o mitoda rala tal como conhecemoshoje, sóse conslidajuntocomo Darwinismo,juntocoma ideiadaevoluçãodeixade sera raça tal comoclassificaçãoestática de sereshumanose passa a ser algoligadoa evoluçãoonde asuperioridade daraça branca derivariadofatode sermaisevoluidabiologicamente dasdemais,criandoahierarquia colocandoevidentementeosEuropeusnopontomaisaltoda esclae colocandoosnegrosno pontomaisbaixoda escala. Vale lembrarque opróprioDarwintinhadificuldadesemlidarcomisso,onde chegoua escreverque classificaçãodossereshumanosemraçasseriaalgo muitodificil masaceitavaa ideiade que osEUROPEUS ERA MAISEVOLUÍDOS,ao contráriode darwinmuitosmédicose cientistamaprovamaideiae começamaestudar.Assimcomeçamostrabalhos comomedir crâniose distinições... Bemvejaaqui uma coisa,na cienciase você acha que vai achar uma coisa“você irá achar” foi exatamente oque fizeramabriramosestudos e pesquisasparaachar pontose realizarleituras que fossemachadosnosentidodaevoluçãodaraça tornandocomo supeioraaRaça Europeia, assima pesquisaseriaorganizadaparaumatendencia( configurandoometodoparaos resultadosdesejados),revelandoque oscarasque mediamcrâniosno seculoXIX“verdadeiros vilõescientificos”fizeramcomque seusdadosapontassemparasuasconclusõesprévias“a superioridadedaraça branca”, na obra do EstefemJayGold“ a falsamedidadohomem”T(he mismegiorof man),no livroele reconstroe asexperiencias,jáque ele trabalhounomuseu Americanoonde estavaoacervode crânios de “váriasraças” usadaspor, Morrysone cientistas do seculoXIXque usarampara as mediçõese pesquisasassimEstefenmostraoserros e como conseguiramarrastarum caminhãode acadêmicosnessaavalanche,motrandoostruques usadosele revelacomomesmocientistasde altaestimacaiamnoprocesso. Bemficouclaro que o mitoda raça se instalounoseiodascienciasnaturais,masse fosse somente issoele nãoseriaummitoimportante hoje umavezque ascienciasnaturaisjá provaramque aquelasideiasestavamerradas,agrande maioriageral sabe dissoe nemseria um assuntode importanciahoje emdia.Masse tornouum instrumentonomundo dapolitica onde o “mito”ocupoupontosestratégicosnapolitica. Quaislugaresele ocupou?
  • 3. Primeiroveja,muitagente imaginaerradamente que aideiade raçafoi importante para justificaraescravidão,háum enganohistorico emborasejaumenganodosensocomuma escravidãomodernacomeçanoseculoXVIe se estendeaoseculoXIX.NaInglaterranas coloniasingresaselafoi eliminadaem1833, o trafico noAtlântico terminaem1850 e no Brasil elaacaba em 1988. Então o séuloXIXé o Outonoda escraviãomodernaonde a maiorparte da escravidãocomeçaemséculosanteriorese elaocorre porque tinhamsidoescravizada,qual é o problemadissoaescravidãoexistiuemtodahistóriahumanaentre todosospovosdesde há antiguidade povosque venciamguerrasescravizavamosderrotadosdesde aantiguidade existe aescravidãopordivida,temporariamente até pagara sua dividaouporescravidãopelo restoda vida,se você não acha que ossereshumanossãoiguaispor naturezanãoexiste problemaparaa escravidão,e ninguémachavaque ossereshumanossãoiguaispornatureza até o séculoXVIIIse voce chegarpara alguémnoseculoXIV,XV e XVIseriaconsideradoum loucodizerque os sereshumanossãoiguaispornatureza,porque nãoeram;uns eramnobres outrosnão, unstinhamsangue azul outrosnão. É no séculoXVIIIcomo iluminismo“a idade dasluzes”que surge aideiaextremamente nova que os sereshumanossãoiguaispornatureza,é esse conceitoque fazsurgira campanhaanti escravistasonde houve umagrande açãona inglaterradofinal doséculoXVIIIaoXIXonde se moviamgrandespetiçõesaoparlamentoparavotarcontra a escravidão,houve grande batalha por issoexistemgrandeslivrose obrasa respeitoumadelas“enterremnossascorrentes”de Adamroschild, ao mesmotempoque issoacontecianaInglaterrrae tambémnome do principiodaigualdade ocorremgrandesconflitose choques( revoltasde escravos) nasilhasdo Caribe,comoo caso de Sir Louvertou,noHaiti uma revoluçãode escravos que erguiaas bandeirasdarevoluçãoFrancesa,assimcomoa revoluçãodaJamaica que teve umimpacto diretona politicaBritanicade formaque oparlamentofinalmente resolveuacabarcoma escravidão. Então foi esse processoque geradosobre a ideiailuministadaigualdadeque geraogolpe fatal contra a escravisãomoderna,aescravidãonãoprecisou domitoda raça para existir,e omito veiodepoisdaescravidãomoderna.Oque se revelaé justamente ocontrárioomitoveio depoise nãoserviupara sugestionaroupraticara escravidão.Naquelaépocanomomento que o conceitode raça estavase expandindopelo mundoépocadoimperialismo( França,Belgica, Italia,Inglaterra,Alemanha)partemparaa procura de coloniasnaAsia e na África,processo que se inicioucomas expediçõesde exploradoreseuropeusemmeadosdoséculoXIXe se consolidanofinal dosécXIX na conferenciade Berlim que se inciacomapartilha,o Imperialismoprecisavadomitoda raça, porque as potenciaseuropeiasnãopodiamse expandirparaÁsiae Áfricasemconquistaro apoioda comunidade Europeia,lembre esta surgindoa imprenssanova, otelegrafo,ossistemas complexasaeducação o públicae se formandoassima opiniãopublica,nãoerapossivelalcançara ação do imperialismosem conquistaro apoioda sociedade se afinal todossãoiguaisperantealei?Comoconciliaro imperialismocomaideiailuministadaigualdadenatural,paraissosurge omito da raça ( todos são iguaise nemtanto iguaisassim) somosiguaisnateoria,masna prática agora a Biologia diria:Somosdiferentes.Napráticaagorapoderiamdominarasraças inferiores,comacélebre frase do séculoXIXque ofardo do homembranco“ seriadominaro homem ematraso para eleva-loe civiliza-lo”nocaminhodohomemEuropeu.
  • 4. E esse processovai terconsequênciasextremamenteimportante nomundocolonizado, principalmente naÁsiae na África,onde oscolonizadoresvãojutoscomosintelectuais,os generaisagoravão a Africae Asia com medicosintelectuaise antropologose como missão definirasraças e “sub-raças”dessespovose suasetnias,entãojuntode cadamilitar conquistadorandado ladoumantropologoclassificadore o homenvai criar osnomesdas etniasque nos usamosfrequentemente até hoje paranosdefinirospovos da Áfricae da Asia.