Rua Avanhandava, famoso ponto da fina gastronomia paulista! O Pedestre Bobo, esse elemento teimoso que adora São Paulo, mas insiste em viver sem carro, foi conferir de perto segredos da pequena desta pequena e bela rua. Nem tão pequena assim, pois na realidade ela encontra a rua Paim; mas esse é um lado banal que a maioria desconhece, pois seu encanto está, realmente, na parte arborizada e, principalmente, onde se fez a reforma com apoio dos empresários locais. Agora é ver e conhecer!
4. Note que a rua segue em
direção à Rua Paim, após
encontrar a Av. Nove de Julho.
Poucos sabem disso, o que faz
que se percam ao procurar um
endereço.
5. Aqui tem umas quadra muito grande.
Imagino prá comprá pão, de manhã.
A Rua Avanhandava encontra a Avenida
Neguinho desce ladêra, sobe ladêra...
Nove de Julho aqui onde estamos
Eita, ninguém merece!
6. A regional, num sei quando, arrumô esse Essa pequena praça elevada,
barrancão e cimentô. Tem uns banquinos e curiosamente, nem tem nome.
vez em quando as criança brinca aqui.
7. O escadão é mucho lindiu.
Os degraus tava meio arrebentado
e a prefeitura andou arrumando.
Melhorô.
Ah, tá vendo o barrancão do lado
direito? Sempre tem uns moradô de
rua acampando aqui.
8. Lá no alto, a Rua Frei Caneca.
A grande diferença de cotas nos lembra
que a Nove de Julho é, de fato, o fundo
de um vale.
Por isso mais ao centro temos o “Vale do
Anhangabaú”, nome indígena significando
“Córrego das Almas”.
Os índios criam haver espíritos maléficos
sobre este córrego.
9. Meu, mó baruio de água. É claro: aqui passa o córrego do
Tá ouvindo? Anhangabaú.
Parece que tem uma cachoêra lá dentro!
10. Óia o C’ad’oro sendo
reformado. Baratim! Com
R$ 240.000,00 tu compra
uma kit de 40 m2!
Estamos subindo a Rua
Avanhandava e notamos a grande
arborização criando um efeito
agradável de sombreamento na
via. Ela faz um “S” e o cenário vai
mudando gradualmente.
11. Os investidores internacionais
entregarão dois prédios, fazendo
um conjunto multi-funcional. Um
deles só residêncial; o outro
escritórios e com 8 andares no
alto para o novo hotel C’ad’oro.
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13. Art-decó com fachada curva. O resultado é um escalonamento
dando às duas metades da fachada um tratamento similar, mas
não idêntico. Note como o primeiro plano tem uma curva com
reentrância, causando um encontro mais rico, mais
movimentado.
14. Art-decó com fachada curva. O resultado é um escalonamento
dando às duas metades da fachada um tratamento similar, mas
não idêntico. Note como o primeiro plano tem uma curva com
reentrância, causando um encontro mais rico, mais
movimentado.
15. A pilastra surge em alto relevo com um capitel cônico.
Função estrutural ou meramente estética ?
16. Óia a dona! Tu
fica fotografando
as casa dozoutro
e ainda vai levar
uma invertida,
mano!
Agora fica evidente a generosidade do projeto! Quanta luz e
ventilação nessa porta e nessa varanda, não?
17. Viaduto do Café. Eita coizinha feia! Os moradô de rua adora dormir debaixo
dele, mas só do lado direito.
18. As copas das árvores fazendo essa cobertura encantadora!
19. Note os vitôs rentes ao chão. Isso
indica um pavimento cuja entrada se
dá no lado oposto: esses prédios tem
entradas e comércio voltado para a
Av. Nove de Julho
20. Seguinte: à direita tu desce numa viela prá Nove de Julho.
À esquerda tu sobe uma escadaria prá Augusta, dando em frente da Praça Rúzivel.
Nesta subida, tu vai vê na próxima foto, tem um sacolão.
Engraçado que os cara fecha de noite, esses dois caminhos.
Aí tu imagina a volta que a gente tem que dar quando precisa ir prum lado ou pro otro.
21. Pãozim: R$ 4,99 o kilo. Pão de milho: R$ 0,25 cada. Vem que é bom!
22. Aqui se desce prá Nove de
Julho.
Meio cavernoso, não?
23. Sob o viaduto do café vemos o cruzamento com a Rua Martinho Prado.
24. Sinagoga,à esquerda, em reforma. Note a
bela composição da fachada à direita com
pilotis e marquise.
Se tu fô prá direita vai prá Santo Antônio.
Se fô prá esquerda tu vai dá na
Augusta e Rúzivel.
28. Fiação subterrânea.
Calçamento com piso intertravado e
permeável. O mais curioso: quase não
há guias: a cota da calçada é quase a
mesma da rua. Então a cor é
importante para sinalizar ao usuário.
29. O postezinho é prá avisá os motorista, se não eles
confundem calçada com rua, aí dá merda, né ?
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31. Olhando para o cruzamento com a Rua
Martinho Prado.
Veja outro mastro de sinalização mais
à frente.
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34. A cor grafite avisa sobre área de
entrada de veículos. Tudo em cota
única. O resultado é um caminhar
muito agradável, como se, a rua fosse
um grande passeio!
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36. Este calçamento não suporta grande
tráfego. Já está com afundamento,
ainda que leve, em alguns trechos. Não
se pode aplicá-lo em grande escala na
cidade.
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41. Simples e encantador: o combongó
como estrela principal da fachada.
Imagine a qualidade da ventilação e o
conforto térmico resultante disso! A
estrutura exposta tornou-se a moldura
branca na fachada curva. Luz, ar e
movimento!
42. É, mas os cara curtem mesmo é um
ar-condicionado, ô poeta!
48. Vejam o jogo volumétrico da
geometria! Curva encontrando
o quadrado.
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51. Os cara dos restaurantes põe vaso
na rua, poste decorativo, guichê
pro manobrista, banco pro cliente
esperar! Pô, fica difícil andar aqui,
mano!
52. Realmente, a família dona dos restaurantes dominou o espaço da calçada. Se o
piso amarelo é privado, como sugere a projeção da cobertura, então o piso
vermelho é público, logo, o que faz o vaso mais adiante, que obstrui a circulação?
53. Fica evidente: a decoração da calçada, ainda que agradável, torna-se um
anteparo, uma proteção no desembarque e embarque de clientes, dificultando a
aproximação de estranhos. Pode ser interessante para o restaurante e seu
cliente, mas é justo para a população que vive e circula aqui?
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58. Agora magina à noite, rua lotada de gente esperando uma mesa, usando a calçada
enquanto espera, alguns sentados neste banco da esquerda. Cadê o direito do pedestre de
ter as calçada livre ? Os cara forçaram a barra, meu!
59. Ah, tem mais uma: de noite eles servem um espumante, enquanto o povo espera uma
mesa. Só que ele é servido num carrinho que ocupa metade da calçada! É mole?
74. Elegante e alegre modo de se delimitar o espaço:
floreiras. Muito usado na França, nos bistrôs:
jardim à meia altura.
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84. No frio o casal ou os amigos não são obrigados
a entrar: o aquecedor está à postos. A base
esconde o butijão de gás. Algo muito
dispendioso e ambientalmente questionável,
mas quando saimos à noite para ter um
momento feliz, quem se preocupa com isso?
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87. Ah, a Itália, a bella Itália... Que bom
termos uma amostra grátis dela por
aqui! Ao fundo a Rua Martins Fontes,
que após 100 metros se chama
Augusta.
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89. Se você pisou na bola com tua mina, o lugar
certo prá pedir desculpa, é aqui. Podes crer.
97. Parceiria da prefeitura com os
empresários locais. O efeito foi a
criação de um ambiente bucólico,
colorido, quase uma pequena ilha
dentro da ciade.
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111. Até parte da Martins Fontes eles deram um trato.