2. LEÃO, Lucia I. C. O remix nos processos de
criação de imagens e imaginários midiáticos. In:
XXI Encontro da Compós, UFJF - Universidade
Federal de Juiz de Fora, 2012.
3.
4. Max Ernst
“Belo como o encontro casual de uma máquina
de costura e um guarda-chuva sobre a mesa
cirúrgica”.
5. Arthur RIMBAUD (1854-1891)
Cartas do Vidente
“Agora, eu me encrapulo o máximo possível. Por
quê? Quero ser poeta e trabalho para tornar-me
vidente: Você não compreenderá nada e eu
quase que não saberia explicá-lo. Trata-se de
chegar ao desconhecido através do
desregramento de todos os sentidos. Os
sofrimentos são enormes, mas é preciso ser
forte, ter nascido poeta, e eu me reconheci
poeta. Não é de modo algum culpa minha. É
errado dizer: Eu penso: dever-se-ia dizer: sou
pensado. — Perdão pelo jogo de palavras...Eu é
um outro. [...]"
6. • CAMPOS, Augusto de. Rimbaud livre. São
Paulo: Editora Perspectiva, 1992.
7. Maurice Blanchot
“o que Rimbaud pede à poesia: não a produção
de belas obras, nem a resposta a um ideal
estético, mas que ela ajude o homem a ir a
algum lugar, a ser mais do que ele mesmo, a ver
mais do que ele pode ver, a conhecer o que ele
não pode conhecer — resumindo, fazer da
literatura uma experiência que interesse a
totalidade da vida e a totalidade do ser."
8. • BLANCHOT, Maurice (1907-2003)
• BLANCHOT, Maurice. A parte do fogo. Trad.
Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Editora
Rocco, 1997.
9.
10. "Ernst utilizava desde ilustrações de livros,
catálogos, revistas, encartes de jornais,
propagandas, fotografias, até mesmo
reproduções de obras de arte do século XIX.
Observa-se um interesse na criação de figuras
híbridas e assim, temos imagens que combinam
figuras humanas com pássaros, animais e
máquinas, máscaras, etc. Além disso, a técnica
desenvolvida por Ernst revela um esforço no
sentido de ocultar a distinção dos elementos
colados, criando uma imagem única, integrada.
Muitas vezes, para obter esse efeito, Ernst fotografa
a colagem criada para diluir as arestas entre as
imagens.”(Leão, 2012)
11.
12. • ERNST, Max. Qual é o mecanismo da
colagem? In: Chipp, H. B. (Org.). Teorias da
Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes,
1996.
13. acoplamento
• para Ernst, colagem é o... “acoplamento de
duas realidades aparentemente inacopláveis
sobre um plano que aparentemente não lhes
convém.” (Ernst, 1996, p.432).
14. Bachelard
"quer-se sempre que a imaginação seja a
faculdade de formar imagens. Ora, ela é antes a
faculdade de deformar as imagens fornecidas
pela percepção, ela é sobretudo a faculdade de
nos liberar das imagens primeiras, de mudar as
imagens."
15. Rimbaud
"O poeta torna-se vidente através de um longo, imenso e
estudado desregramento de todos os sentidos. Todas as
formas de amor, de sofrimento, de loucura; ele busca a si
mesmo, prova todos os venenos, para guardar apenas a
quintessência. Inefável tortura em que é necessária toda
a fé, toda a força sobre-humana, quando ele se torna
entre todos o grande doente, o grande criminoso, o
grande maldito — e o supremo Sábio! — Pois chega ao
desconhecido! Ele cultivou sua alma, já rica, mais do que
qualquer outro! Ele chega ao desconhecido, e ainda que,
enlouquecido, acabe perdendo a inteligência de suas
visões, ele as viu!”
16.
17. Unheimlich
• Fantasma, fantasmagórico, assustador
• Estranho
• Para Freud: "o estranho é aquela categoria do
assustador que remete ao que é conhecido,
velho, e há muito familiar."
18.
19. Ex 2
• Fazer um auto-retrato a partir do conceito de
colagem discutido.