O documento discute a pesquisa de tendências conhecida como coolhunting. A pesquisa envolve mapear locais e observar comportamentos para identificar novas tendências de consumo entre grupos específicos. O objetivo é gerar inovação com base no conhecimento sobre os consumidores. A difusão de informações sobre tendências pode ocorrer de forma "trickle down", "trickle across" ou "trickle up" entre inovadores, disseminadores e a massa.
2. O pesquisador de tendências ou
coolhunter
Coolsearshing
Trendwatching
Trendsetting
Previsão de futuras tendências e mudanças do consumo
Coolloving
3. O pesquisador de
comportamento, ou
COOLHUNTER, capta
ondas, sinais emergentes, e os
decodifica com o objetivo de
descobrir e antecipar
movimentos e correntes
comportamentais que poderão
impactar em diferentes
grupos de pessoas dentro de
uma sociedade.
O objetivo da pesquisa é gerar inovação baseada no
conhecimento sobre o consumidor a partir de suas práticas,
representações, expectativas e valores.
4. “As pessoas fazem parte
da sociedade,
e não do mercado.”
Nicoleta - FCL
14. INOVADORES –
TREND SETTERS
ALFAS / INOVADORES
SEGUIDORES DE TENDÊNCIAS
“PRÉ SEGUIDORES –
EARLY MAINSTREAMERS
BETAS /
DISSEMINADORES
SEGUIDORES –
MAINSTREAMERS
MASSA /
MAINSTREAM
PÓS SEGUIDORES –
LATE MAINSTREAMERS
ANTI INOVADORES –
CONSERVADORES
15. Alfas – O Cara
(1 a 5% dos estudados)
Individualistas (não compartilham
a informação com qualquer
pessoa);
Informação rica e aprofundada
Fontes originais de informação –
especialistas;
Inovadores e criativos;
Interesses focados em
determinados assuntos;
Em geral, não almejam ser
populares;
São autênticos, lançadores de
tendências.
16. Influenciadores / Betas
(5 a 20% dos pesquisados)
Nível de informação acima da
média;
Sentem necessidade de
compartilhar informações;
Comunicativos, gostam de
disseminar o que sabem;
Curiosos, extrovertidos,
espontâneos, populares;
Têm o reconhecimento do grupo
(sabem e gostam disso);
Usam a tendência de forma
criativa e ajudam a disseminá-la.
17. MAINSTREAM – O Povo
(+/- 80% dos estudados)
Seguem os fluxos da massa;
Não têm interesses muito
específicos, mudam de acordo com
as tendências;
Se guiam por informações da mídia
tradicional (jornais, TV, rádios e
sites populares);
Se guiam pelas fontes mais
acessíveis;
Não estão antenados com as
últimas tendências (moda).
31. Como é?
Coolhunting local / etnografia (recrutamento + observação
participante). Semanalmente
Coolhunting global (recrutamento + observação participante).
Viagens de imersão/ intercâmbio cultural – semestral/ anualmente
Pesquisa multidisciplinar: Artes, Música, Web, Tecnologia, Gastronomia,
Entretenimento, Economia, Arquitetura, Saúde, Ecologia (plataformas de
influência) - Diariamente
32. Malinowski – Etnografia
Os antropólogos da segunda metade do século XIX e
primeiras décadas do século XX costumavam coletar dados
empíricos para as pesquisas através de inquéritos realizados
com alguns poucos informantes bilíngues ou via
questionários aplicados. A averiguação in loco ainda se
mostrava breve e superficial. Em “Os argonautas do pacífico
Ocidental”, Bronislaw Malinowski inaugura uma nova forma
de realizar pesquisa de campo, à qual denomina
ETNOGRAFIA. No livro, Malinowski reforça que a melhor
pesquisa é aquela em que há o envolvimento do etnógrafo
com o nativo, é neste momento que, o antropólogo sai da
chamada pesquisa de gabinete e passa a participar das
comunidades que se estuda para fazer “não só o esqueleto
ou a carne e o sangue, mas passa a entender o espírito
dos "selvagens”.
33. O “olhar nativo”
“A antropologia tem sido tradicionalmente caracterizada
como uma disciplina que procura articular o olhar de fora
com o olhar de dentro” (Cardoso de Oliveira,2007),
privilegiando, especialmente, o ponto de vista do nativo.
O entendimento da “cabeça do nativo” recai na atuação
empírica do antropólogo como tradutor dos atos
simbólicos, através das representações que os nativos
têm das coisas e atitudes. Daí a importância da
realização de um trabalho de campo, uma imersão total
no território do outro, sem entrar no campo das
moralidades, e sim tentar olhar de perto e de dentro, se
esforçar em simplesmente conhecer e se colocar no
lugar daquele que desejamos entender.
34. Etnografia é...
Estabelecer relações; observar e mapear campos; selecionar
e entrevistar informantes;
Penetrar num universo não
familiar e ganhar acesso de
maneira que possamos, no
sentido mais amplo do termo,
conversar com eles;
É buscar estabelecer uma
ponte entre dois universos,
agindo como um tradutor de
culturas.
“Brailing the culture”
36. Mapeamento
Pesquisa e planejamento dos
locais relevantes para o seu
objeto de estudo;
Procurar lugares onde será
possível encontrar o maior
número de pessoas com o
perfil estudado interagindo
entre elas.
37. Observação participante
Esse momento também é conhecido como “invasão de
Cenário”;
Momento em que observamos
e registramos
(fotos, filmagens, anotações
etc) a forma de viver do
pesquisado.
Nesse momento nenhuma
técnica é aplicada.
Usamos apenas a nossa
capacidade de SENTIR!
38. Recrutamento
Momento de primeiro contato direto com o entrevistado;
Troca de mensagens verbais e não verbais (gestos, olhares,
suspiros, sorrisos, lágrimas etc);
Relação direta e intensa:
-Atenção total ao entrevistado
-Relacionamento
-Simpatia e afeto
-Encantamento
-Conquista da confiança
LEMBRE-SE: as próximas etapas
da pesquisa vão depender deste
momento!!!
48. “Eu odeio ser a primeira a chegar nos lugares, Deus me
livre, é ruim disso acontecer! Eu gosto é de chegar
causando, detesto quando chego lá no pagofunk e
aquela tal de Vanessa ainda não tá lá, aquela menina
me irrita, se acha. Outro dia encontrei ela lá no
Mercadão, fiquei só ligada no que ela tava (sic)
comprando para não comprar igual. Acho que se um dia
eu chegar no baile e aquela garota tiver (sic) com uma
roupa igual a minha eu rasgo ela todinha!
Ah, eu pago caro nas coisa (sic), né? Nada a ver chegar
lá e ter gente igual a mim, ainda mais se for gente que
eu não gosto, que eu acho feia. Se for minhas amiga
(sic) ainda vai, mas não corro esse risco porque a gente
passa a semana se falando para combinar as roupa (sic)
(risos)!”
ASSUNÇÃO, Débora. Entrevista V [abril, 2013].
Entrevistadora: Elis Vasconcelos. Rio de Janeiro, 2013.
1 arquivo mp3 (40min.).