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O pesquisador de tendências ou

coolhunter
Coolsearshing

Trendwatching

Trendsetting

Previsão de futuras tendências e mudanças do consumo

Coolloving
O pesquisador de
comportamento, ou
COOLHUNTER, capta
ondas, sinais emergentes, e os
decodifica com o objetivo de
descobrir e antecipar
movimentos e correntes
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grupos de pessoas dentro de
uma sociedade.

O objetivo da pesquisa é gerar inovação baseada no
conhecimento sobre o consumidor a partir de suas práticas,
representações, expectativas e valores.
“As pessoas fazem parte
da sociedade,
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Nicoleta - FCL
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Massa
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Trickle Up

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MASSA

I
N
O
V
A
Ç
Ã
O

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Trickle Across
Trickle Up
INOVADORES –
TREND SETTERS

ALFAS / INOVADORES

SEGUIDORES DE TENDÊNCIAS
“PRÉ SEGUIDORES –
EARLY MAINSTREAMERS

BETAS /
DISSEMINADORES

SEGUIDORES –
MAINSTREAMERS

MASSA /
MAINSTREAM
PÓS SEGUIDORES –
LATE MAINSTREAMERS

ANTI INOVADORES –
CONSERVADORES
Alfas – O Cara
(1 a 5% dos estudados)

Individualistas (não compartilham
a informação com qualquer
pessoa);
Informação rica e aprofundada
Fontes originais de informação –
especialistas;
Inovadores e criativos;
Interesses focados em
determinados assuntos;
Em geral, não almejam ser
populares;
São autênticos, lançadores de
tendências.
Influenciadores / Betas
(5 a 20% dos pesquisados)

Nível de informação acima da
média;
Sentem necessidade de
compartilhar informações;
Comunicativos, gostam de
disseminar o que sabem;
Curiosos, extrovertidos,
espontâneos, populares;
Têm o reconhecimento do grupo
(sabem e gostam disso);
Usam a tendência de forma
criativa e ajudam a disseminá-la.
MAINSTREAM – O Povo
(+/- 80% dos estudados)

Seguem os fluxos da massa;
Não têm interesses muito
específicos, mudam de acordo com
as tendências;
Se guiam por informações da mídia
tradicional (jornais, TV, rádios e
sites populares);
Se guiam pelas fontes mais
acessíveis;
Não estão antenados com as
últimas tendências (moda).
E o que é o cool ?!
Como é?
Coolhunting local / etnografia (recrutamento + observação
participante). Semanalmente

Coolhunting global (recrutamento + observação participante).
Viagens de imersão/ intercâmbio cultural – semestral/ anualmente

Pesquisa multidisciplinar: Artes, Música, Web, Tecnologia, Gastronomia,
Entretenimento, Economia, Arquitetura, Saúde, Ecologia (plataformas de
influência) - Diariamente
Malinowski – Etnografia
Os antropólogos da segunda metade do século XIX e
primeiras décadas do século XX costumavam coletar dados
empíricos para as pesquisas através de inquéritos realizados
com alguns poucos informantes bilíngues ou via
questionários aplicados. A averiguação in loco ainda se
mostrava breve e superficial. Em “Os argonautas do pacífico
Ocidental”, Bronislaw Malinowski inaugura uma nova forma
de realizar pesquisa de campo, à qual denomina
ETNOGRAFIA. No livro, Malinowski reforça que a melhor
pesquisa é aquela em que há o envolvimento do etnógrafo
com o nativo, é neste momento que, o antropólogo sai da
chamada pesquisa de gabinete e passa a participar das
comunidades que se estuda para fazer “não só o esqueleto
ou a carne e o sangue, mas passa a entender o espírito
dos "selvagens”.
O “olhar nativo”
“A antropologia tem sido tradicionalmente caracterizada
como uma disciplina que procura articular o olhar de fora
com o olhar de dentro” (Cardoso de Oliveira,2007),
privilegiando, especialmente, o ponto de vista do nativo.
O entendimento da “cabeça do nativo” recai na atuação
empírica do antropólogo como tradutor dos atos
simbólicos, através das representações que os nativos
têm das coisas e atitudes. Daí a importância da
realização de um trabalho de campo, uma imersão total
no território do outro, sem entrar no campo das
moralidades, e sim tentar olhar de perto e de dentro, se
esforçar em simplesmente conhecer e se colocar no
lugar daquele que desejamos entender.
Etnografia é...
Estabelecer relações; observar e mapear campos; selecionar
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Penetrar num universo não
familiar e ganhar acesso de
maneira que possamos, no
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conversar com eles;
É buscar estabelecer uma
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agindo como um tradutor de
culturas.

“Brailing the culture”
OU SEJA....
.... ETNOGRAFIA é
Mapeamento
Pesquisa e planejamento dos
locais relevantes para o seu
objeto de estudo;
Procurar lugares onde será
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perfil estudado interagindo
entre elas.
Observação participante
Esse momento também é conhecido como “invasão de
Cenário”;
Momento em que observamos
e registramos
(fotos, filmagens, anotações
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pesquisado.
Nesse momento nenhuma
técnica é aplicada.
Usamos apenas a nossa
capacidade de SENTIR!
Recrutamento
Momento de primeiro contato direto com o entrevistado;
Troca de mensagens verbais e não verbais (gestos, olhares,
suspiros, sorrisos, lágrimas etc);
Relação direta e intensa:
-Atenção total ao entrevistado
-Relacionamento
-Simpatia e afeto
-Encantamento
-Conquista da confiança
LEMBRE-SE: as próximas etapas
da pesquisa vão depender deste
momento!!!
Informalidade como método!
A informalidade é o ponto alto e, ao
mesmo tempo, a maior dificuldade da
entrevista.
Abordagem
Contato Natural;
Perguntas aspiracionais;
Perguntas filtro;
Perguntas diretas e moderadoras
(para entender classe
social/cultural, target e perfil);
Perguntas específicas (para
entender o comportamento de
consumo do objeto estudado).
Pesquisa multidisciplinar
facebook | instagram | pinterest | sites | blogs | jornais |
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moda | ações de marketing | campanhas publicitárias |
exposições | shows | festas | cinema | palestras | especialistas
Plataformas de Influência:
MÚSICA

CIÊNCIA E
TECNOLOGIA

ARTE

ARQUITETURA

GASTRONOMIA

CINEMA
MÚSICA
Anos 90

Anos 70

Anos 2000
Mc Pocahontas – “Recalcada”
“Eu odeio ser a primeira a chegar nos lugares, Deus me
livre, é ruim disso acontecer! Eu gosto é de chegar
causando, detesto quando chego lá no pagofunk e
aquela tal de Vanessa ainda não tá lá, aquela menina
me irrita, se acha. Outro dia encontrei ela lá no
Mercadão, fiquei só ligada no que ela tava (sic)
comprando para não comprar igual. Acho que se um dia
eu chegar no baile e aquela garota tiver (sic) com uma
roupa igual a minha eu rasgo ela todinha!
Ah, eu pago caro nas coisa (sic), né? Nada a ver chegar
lá e ter gente igual a mim, ainda mais se for gente que
eu não gosto, que eu acho feia. Se for minhas amiga
(sic) ainda vai, mas não corro esse risco porque a gente
passa a semana se falando para combinar as roupa (sic)
(risos)!”
ASSUNÇÃO, Débora. Entrevista V [abril, 2013].
Entrevistadora: Elis Vasconcelos. Rio de Janeiro, 2013.
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ARTE
GASTRONOMIA
TECNOLOGIA

Impressora 3D
ARQUITETURA
CINEMA

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Via Castellana Bandiera

Flores Raras
E como isso se traduz na
moda?!
o cool da
rua inspira
a passarela

a passarela
dita a moda
“oficial” para
as mídias

estas tornam
as ideias
digeríveis para
a massa
CRIATIVIDADE INESPERADA
A VIDA É BELA
O Corpo
OBRIGADA!!!! :-) <3
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  • 1.
  • 2. O pesquisador de tendências ou coolhunter Coolsearshing Trendwatching Trendsetting Previsão de futuras tendências e mudanças do consumo Coolloving
  • 3. O pesquisador de comportamento, ou COOLHUNTER, capta ondas, sinais emergentes, e os decodifica com o objetivo de descobrir e antecipar movimentos e correntes comportamentais que poderão impactar em diferentes grupos de pessoas dentro de uma sociedade. O objetivo da pesquisa é gerar inovação baseada no conhecimento sobre o consumidor a partir de suas práticas, representações, expectativas e valores.
  • 4. “As pessoas fazem parte da sociedade, e não do mercado.” Nicoleta - FCL
  • 6. Difusão das informações Trickle Up Trickle Across Trickle Down
  • 10.
  • 11.
  • 13.
  • 14. INOVADORES – TREND SETTERS ALFAS / INOVADORES SEGUIDORES DE TENDÊNCIAS “PRÉ SEGUIDORES – EARLY MAINSTREAMERS BETAS / DISSEMINADORES SEGUIDORES – MAINSTREAMERS MASSA / MAINSTREAM PÓS SEGUIDORES – LATE MAINSTREAMERS ANTI INOVADORES – CONSERVADORES
  • 15. Alfas – O Cara (1 a 5% dos estudados) Individualistas (não compartilham a informação com qualquer pessoa); Informação rica e aprofundada Fontes originais de informação – especialistas; Inovadores e criativos; Interesses focados em determinados assuntos; Em geral, não almejam ser populares; São autênticos, lançadores de tendências.
  • 16. Influenciadores / Betas (5 a 20% dos pesquisados) Nível de informação acima da média; Sentem necessidade de compartilhar informações; Comunicativos, gostam de disseminar o que sabem; Curiosos, extrovertidos, espontâneos, populares; Têm o reconhecimento do grupo (sabem e gostam disso); Usam a tendência de forma criativa e ajudam a disseminá-la.
  • 17. MAINSTREAM – O Povo (+/- 80% dos estudados) Seguem os fluxos da massa; Não têm interesses muito específicos, mudam de acordo com as tendências; Se guiam por informações da mídia tradicional (jornais, TV, rádios e sites populares); Se guiam pelas fontes mais acessíveis; Não estão antenados com as últimas tendências (moda).
  • 18. E o que é o cool ?!
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31. Como é? Coolhunting local / etnografia (recrutamento + observação participante). Semanalmente Coolhunting global (recrutamento + observação participante). Viagens de imersão/ intercâmbio cultural – semestral/ anualmente Pesquisa multidisciplinar: Artes, Música, Web, Tecnologia, Gastronomia, Entretenimento, Economia, Arquitetura, Saúde, Ecologia (plataformas de influência) - Diariamente
  • 32. Malinowski – Etnografia Os antropólogos da segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX costumavam coletar dados empíricos para as pesquisas através de inquéritos realizados com alguns poucos informantes bilíngues ou via questionários aplicados. A averiguação in loco ainda se mostrava breve e superficial. Em “Os argonautas do pacífico Ocidental”, Bronislaw Malinowski inaugura uma nova forma de realizar pesquisa de campo, à qual denomina ETNOGRAFIA. No livro, Malinowski reforça que a melhor pesquisa é aquela em que há o envolvimento do etnógrafo com o nativo, é neste momento que, o antropólogo sai da chamada pesquisa de gabinete e passa a participar das comunidades que se estuda para fazer “não só o esqueleto ou a carne e o sangue, mas passa a entender o espírito dos "selvagens”.
  • 33. O “olhar nativo” “A antropologia tem sido tradicionalmente caracterizada como uma disciplina que procura articular o olhar de fora com o olhar de dentro” (Cardoso de Oliveira,2007), privilegiando, especialmente, o ponto de vista do nativo. O entendimento da “cabeça do nativo” recai na atuação empírica do antropólogo como tradutor dos atos simbólicos, através das representações que os nativos têm das coisas e atitudes. Daí a importância da realização de um trabalho de campo, uma imersão total no território do outro, sem entrar no campo das moralidades, e sim tentar olhar de perto e de dentro, se esforçar em simplesmente conhecer e se colocar no lugar daquele que desejamos entender.
  • 34. Etnografia é... Estabelecer relações; observar e mapear campos; selecionar e entrevistar informantes; Penetrar num universo não familiar e ganhar acesso de maneira que possamos, no sentido mais amplo do termo, conversar com eles; É buscar estabelecer uma ponte entre dois universos, agindo como um tradutor de culturas. “Brailing the culture”
  • 36. Mapeamento Pesquisa e planejamento dos locais relevantes para o seu objeto de estudo; Procurar lugares onde será possível encontrar o maior número de pessoas com o perfil estudado interagindo entre elas.
  • 37. Observação participante Esse momento também é conhecido como “invasão de Cenário”; Momento em que observamos e registramos (fotos, filmagens, anotações etc) a forma de viver do pesquisado. Nesse momento nenhuma técnica é aplicada. Usamos apenas a nossa capacidade de SENTIR!
  • 38. Recrutamento Momento de primeiro contato direto com o entrevistado; Troca de mensagens verbais e não verbais (gestos, olhares, suspiros, sorrisos, lágrimas etc); Relação direta e intensa: -Atenção total ao entrevistado -Relacionamento -Simpatia e afeto -Encantamento -Conquista da confiança LEMBRE-SE: as próximas etapas da pesquisa vão depender deste momento!!!
  • 39. Informalidade como método! A informalidade é o ponto alto e, ao mesmo tempo, a maior dificuldade da entrevista.
  • 40. Abordagem Contato Natural; Perguntas aspiracionais; Perguntas filtro; Perguntas diretas e moderadoras (para entender classe social/cultural, target e perfil); Perguntas específicas (para entender o comportamento de consumo do objeto estudado).
  • 41. Pesquisa multidisciplinar facebook | instagram | pinterest | sites | blogs | jornais | revistas especializadas | livros | artigos acadêmicos | desfiles de moda | ações de marketing | campanhas publicitárias | exposições | shows | festas | cinema | palestras | especialistas
  • 42. Plataformas de Influência: MÚSICA CIÊNCIA E TECNOLOGIA ARTE ARQUITETURA GASTRONOMIA CINEMA
  • 44.
  • 46.
  • 47. Mc Pocahontas – “Recalcada”
  • 48. “Eu odeio ser a primeira a chegar nos lugares, Deus me livre, é ruim disso acontecer! Eu gosto é de chegar causando, detesto quando chego lá no pagofunk e aquela tal de Vanessa ainda não tá lá, aquela menina me irrita, se acha. Outro dia encontrei ela lá no Mercadão, fiquei só ligada no que ela tava (sic) comprando para não comprar igual. Acho que se um dia eu chegar no baile e aquela garota tiver (sic) com uma roupa igual a minha eu rasgo ela todinha! Ah, eu pago caro nas coisa (sic), né? Nada a ver chegar lá e ter gente igual a mim, ainda mais se for gente que eu não gosto, que eu acho feia. Se for minhas amiga (sic) ainda vai, mas não corro esse risco porque a gente passa a semana se falando para combinar as roupa (sic) (risos)!” ASSUNÇÃO, Débora. Entrevista V [abril, 2013]. Entrevistadora: Elis Vasconcelos. Rio de Janeiro, 2013. 1 arquivo mp3 (40min.).
  • 49. ARTE
  • 54. E como isso se traduz na moda?!
  • 55. o cool da rua inspira a passarela a passarela dita a moda “oficial” para as mídias estas tornam as ideias digeríveis para a massa
  • 57. A VIDA É BELA