O documento discute a energia das marés e como ela pode ser usada para gerar eletricidade. A energia das marés é gerada através da construção de barragens que capturam a energia das massas de água que fluem para dentro e para fora durante as marés altas e baixas, fazendo passar a água por turbinas hidrelétricas. A primeira usina maremotriz construída foi em La Rance, na França, em 1963.
3. Energia das marés
Energia maremotriz ou das marés, é o
modo de geração de eletricidade
através da utilização da energia contida
no movimento de massas de água
devido às marés. Dois tipos de energia
maremotriz podem ser obtidas: energia
cinética das correntes devido às marés
e energia potencial pela diferença de
altura entre as marés alta e baixa.
5. Energia das marés
Em qualquer local a superfície do oceano
oscila entre pontos altos e baixo,
chamados marés, a cada 12h e 25min. Em
certas baías e estuários, como junto ao
Monte Saint-Michel , no estuário do rio
Rance, na França, ou em São Luís, no
Brasil, essas marés são bastante
amplificadas, podendo atingir alturas da
ordem de 15 metros. As gigantescas
massas de água que cobrem dois terços
do planeta constituem o maior coletor de
energia solar imaginável.
7. Energia das marés
As marés, originadas pela atração lunar,
também representam uma tentadora fonte
energética. Em conjunto, a temperatura
dos oceanos, as ondas e as marés
poderiam proporcionar muito mais energia
do que a humanidade seria capaz de gastar
hoje ou no futuro, mesmo considerando
que o consumo global simplesmente dobra
de dez em dez anos. A energia das marés é
obtida de modo semelhante ao da energia
hidrelétrica.
9. Energia das marés
Trata-se de uma obra complexa de Engenharia
hidráulica. Constrói-se uma barragem, formando-se
um reservatório junto ao mar. Quando a maré é alta,
a água enche o reservatório, passando através da
turbina hidráulica, tipo bulbo, e produzindo energia
elétrica. Na maré baixa, o reservatório é esvaziado e
a água que sai do reservatório passa novamente
através da turbina, em sentido contrário,
produzindo a energia elétrica. Este tipo de fonte é
também usado no Japão, na França e na Inglaterra.
A primeira usina mare motriz construída no mundo
para geração de eletricidade foi a de La Rance, em
1963.
11. Ocorrência das marés
Num campo gravitacional terrestre ideal,
ou seja, sem interferências, as águas à
superfície da Terra sofreriam uma
aceleração idêntica na direção do centro
de massa terrestre, encontrando-se assim
numa situação Iso potencial . Mas devido à
existência de corpos com campos
gravitacionais significativos a interferirem
com o da Terra (Lua e Sol), estes provocam
acelerações que atuam na massa terrestre
com intensidades diferentes.
13. Ocorrência das marés
Como os campos gravitacionais atuam
com uma intensidade inversamente
proporcional ao quadrado da distância,
as acelerações sentidas nos diversos
pontos da Terra não são as mesmas.
Assim a aceleração provocada pela Lua
têm intensidades significativamente
diferentes entre os pontos mais
próximos e mais afastados da Lua.
15. Ocorrência das marés
Desta forma as massas oceânicas que estão mais
próximas da Lua sofrem uma aceleração de
intensidade significativamente superior às massas
oceânicas mais afastadas da Lua. É este diferencial
que provoca as alterações da altura das massas de
água à superfície da Terra.
Quando a maré está em seu ápice chama-se maré
alta, maré cheia ou preamar; quando está no seu
menor nível chama-se maré baixa ou baixa-mar. Em
média, as marés oscilam em um período de 12
horas e 24 minutos. Doze horas devido à rotação da
Terra e 24 minutos devido à órbita lunar.
17. Ocorrência das marés
A altura das marés alta e baixa (relativa ao
nível do mar médio) também varia. Nas
luas nova e cheia, as forças gravitacionais
do Sol estão na mesma direção das da Lua,
produzindo marés mais altas, chamadas
marés de sizígia. Nas luas minguante e
crescente as forças gravitacionais do Sol
estão em direções diferentes das da Lua,
anulando parte delas, produzindo marés
mais baixas chamadas marés de
quadratura.
19. Terminologia
Preia-mar (ou preamar) ou maré alta - nível
máximo de uma maré cheia.
Baixa-mar ou maré baixa - nível mínimo de
uma maré vazante.
Estofo - também conhecido como reponto de
maré, ocorre entre marés, curto período em
que não ocorre qualquer alteração na altura
de nível.
Maré enchente - período entre uma baixa-mar
e uma preia-mar sucessivas, quando a altura
da maré aumenta.
21. Terminologia
Vazante - período entre uma preia-mar e uma
baixa-mar sucessivas, quando a altura da maré
diminui.
Altura da maré - altura do nível da água, num
dado momento, em relação ao plano do zero
hidrográfico.
Elevação da maré - altitude da superfície livre
da água, num dado momento, acima do nível
médio do mar.
Amplitude de marés - variação do nível das
águas, entre uma preia-mar e uma baixa-mar
imediatamente anterior ou posterior.
23. Terminologia
Maré de quadratura - maré de pequena amplitude,
que se segue ao dia de quarto crescente ou
minguante.
Maré de sizígia - as maiores amplitudes de maré
verificadas, durante as luas nova e cheia, quando a
influência da Lua e do Sol se reforçam uma a outra,
produzindo as maiores marés altas e as menores
marés baixas.
Zero hidrográfico - nível de referência a partir da
qual se define a altura da maré; é variável de país
para país, muitas vezes definida pelo nível da mais
baixa das baixa-mares registadas (média das baixa-
mares de sizígia) durante um dado período de
observação maregráfica.