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______________________________
1
Mestrando, Consultor Sênior – Petrobras
2
Mestranda, Engenheira de Equipamentos – Petrobras
3
Engenheiro Mecânico, Diretor Técnico – Teadit
IBP2149_08
TESTE DE MOVIMENTAÇÃO DE JUNTAS DE EXPASÃO DE
GRANDE PORTE
Jorivaldo Medeiros1
, Jordana Luiza Barbosa da Costa Veiga2
, José
Carlos Veiga3
Copyright 2008, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP
Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008, realizada no período de 15 a
18 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Técnico do evento,
seguindo as informações contidas na sinopse submetida pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho Técnico, como apresentado, não
foi revisado pelo IBP. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme, apresentado, não
necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, seus Associados e Representantes. É
de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado nos Anais da Rio Oil & Gas Expo and
Conference 2008.
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados obtidos nos ensaios de movimentação realizados em juntas
de expansão metálicas corrugadas de grande porte utilizadas em dutos de sistemas de turboexpansor. Um mecanismo de
teste foi desenvolvido para realizar os ensaios. Para aquisição dos dados foi utilizado um dinamômetro e os ensaios
foram realizados em juntas tipo cardânica. As juntas foram pressurizadas com água para a realização do teste. Foram
aquisitados dados sob pressão de projeto, operação e com pressão atmosférica. As juntas foram movimentadas do
ângulo para o qual foram projetadas, 3° e 6°. As reações correspondentes a cada passo de movimentação foram
registradas durante o processo de carregamento e posteriormente durante o descarregamento. Os testes permitiram
confirmar que as juntas testadas não apresentaram interferência oriunda do processo de fabricação, constituindo um
procedimento adequado de aceitação. Foi possível constatar a relevância da influência da pressão interna no cálculo das
reações durante a movimentação das juntas, fato não considerado nos cálculos teóricos apresentados na EJMA. A
influência do atrito nas rótulas das juntas mostrou-se significativo indicando que esse efeito deve ser considerado no
projeto de tubulações e deve ser mitigado utilizando dispositivos de redução de atrito.
Abstract
This paper show the results obtained in a movement test realized on metallic bellows expansion joints used in the
turboexpander duct system. A test device was developed. For dada acquisition a dynamometer was used and the tests
were performed on gimbal expansion joints type. The joints were pressurized with water during the test. Data acquisition
was realized at the design, operation and room pressure. The expansion joints were tested rotating them to the design
angular movement of 3° and 6° degrees. The reactions for each degree of movement were recorded during loading and
unloading. The tests confirmed that the expansion joints presented no-interference from construction, which configure in
an adequate acceptance proceeding. It was noted the influence of internal pressure on reaction forces during expansion
joints movements, these forces are not taken into consideration on theoretical calculations of EJMA design equations.
The influence of friction on expansion joints hinges are significant and shall be considered on piping design and
mitigated using friction reduction devices.
1. Introdução
Juntas de expansão (JE) são elementos de tubulação responsáveis por absorver dilatações térmicas diferenciais
no sistema de tubulação, reduzindo os esforços no sistema e nos bocais de equipamentos a ele conectados. São
especialmente utilizadas em:
• Sistemas cujo espaço disponível for insuficiente para se ter um traçado da tubulação com flexibilidade
adequada;
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
2
• Serviços de baixa responsabilidade (condensado, vapor de baixa pressão, água quente, entre outros),
quando a junta representar uma alternativa mais econômica em relação ao traçado não retilíneo da tubulação;
• Tubulações de diâmetro grande (acima de 20”) ou de material caro, onde haja interesse econômico de
um traçado mais curto;
• Tubulações que por exigência do serviço precisam ter traçados retilíneos;
• Tubulações sujeitas a vibrações de grande amplitude, ou ligadas a equipamentos cujos esforços
admissíveis sejam muito pequenos.
Na indústria do petróleo juntas de expansão são comumente utilizadas. Em plantas industriais há diversos
equipamentos sensíveis que necessitam da utilização de juntas de expansão. Um destes equipamentos é o turboexpansor
(“Turboexpander”) responsável pela geração de energia elétrica a partir dos gases quentes efluentes do regenerador da
unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC). Esses gases têm temperaturas de operação que variam de 650 °C a
760 °C e pressões internas em torno de 3,0 kgf/cm2
. Com o intuito de otimizar o consumo energético nas refinarias
existem vários empreendimentos de implantação de turboexpansores em andamento.
Devido à severidade de serviço, o sistema de tubulações do turboexpansor é, normalmente, de aço inoxidável
austenítico 304H, material que apresenta um alto custo em seu uso, e requer espessuras de parede de pelo menos 25 mm.
Além disso, seu traçado deve atender a uma série de pré-requisitos para garantir máxima eficiência e confiabilidade do
turboexpansor. Para minimizar o traçado e atender a esses pré-requisitos, são utilizadas juntas de expansão.
Durante a fase de projeto do sistema do turboexpansor é determinado o traçado ótimo das linhas conectadas ao
turbo. Verifica-se a flexibilidade do sistema e os esforços transmitidos ao turbo, que não podem ultrapassar valores
estabelecidos pela norma de projeto da máquina (NEMA SM 23). Dados os baixos limites de esforços nos bocais do
turbo são introduzidas no traçado da linha juntas de expansão metálicas preferencialmente do tipo dobradiça e/ou
cardânica. Na fase de projeto são definidas às características requeridas para as juntas de expansão, tais como
comprimento, material do fole, tipo de junta e coeficientes de rigidez. O cálculo destes coeficientes é realizado com base
nos critérios do “Standards of the Expansion Joints Manufacturers Association” (EJMA), estimando-se para o projeto do
fole a quantidade e espessura das lâminas bem como o número, altura e passo das suas corrugações. Essa estimativa será
a referência inicial para a seleção e projeto de fabricação das juntas de expansão.
Dados os limites muito apertados de esforços nos bocais do turboexpansor há um compromisso muito forte
entre o bom funcionamento das juntas de expansão e a confiabilidade do sistema, fez-se necessário desenvolver um teste
de movimentação das juntas depois de completada sua fabricação. Dessa forma seria possível antecipar possíveis
problemas de fabricação das juntas de expansão em tempo para uma ação mitigadora. Esse tipo de teste não é
normalmente realizado nesses componentes, tendo sido realizado, na forma atual, a partir do empreendimento para a
Refinaria Henrique Laje – Petrobras (REVAP) em parceria com a Teadit®
. O objeto de estudo foi verificar a existência
de algum tipo de interferência interna oriunda do processo de fabricação, a influência dos componentes do “hardware” e
a consistência entre o comportamento real das juntas de expansão sob deslocamento e os valores teóricos calculados
utilizando a norma EJMA.
2. Juntas de Expansão
Uma junta de expansão é um dispositivo flexível capaz de absorver com pequenas reações os movimentos
impostos em um sistema de tubulação sob pressão. Comumente, expansão térmica, movimentação de equipamentos,
vibração e pulsação de pressão podem causar movimentos em uma tubulação. A restrição a estes movimentos gera
tensões e reações no sistema de tubulações e suas conexões.
As juntas de expansão são geralmente classificadas pelo material do fole que pode ser metálico, não-metálico
(compósito), elastomérico ou em PTFE. As juntas metálicas são utilizadas para trabalho em alta temperatura e pressão,
as não-metálicas para baixas pressões e altas temperaturas e as elastoméricas ou PTFE para sistemas de água e alguns
tipos de produto químico a alta pressão e temperaturas limitadas pelo material do fole. O enfoque neste trabalho serão as
juntas metálicas.
O principal componente de uma junta de expansão metálica é o fole, fabricado a partir de uma ou mais lâminas
por conformação mecânica ou hidráulica e composta de corrugações (convoluções) de parede muito delgada que se
deforma sob baixos esforços comportando-se como uma mola. Por isso mesmo, é fabricado em material muito nobre,
para não ser deteriorado pelo meio fluído. Além disso, para o adequado funcionamento do fole, a junta de expansão é
composta de componentes estruturais (o “hardware”), cujas principais funções são suportar o peso próprio dos
componentes, resistir aos esforços axiais devidos a pressão interna (empuxo axial), limitar movimentos indesejáveis e
proteger o fole de sobrecargas.
Existem quatro tipos de movimentos básicos que podem ser aplicados ao fole. São eles (Figura 1): axial,
lateral, angular e torção, este último deve ser evitado, pois o fole tem comportamento instável sob torção. Os foles se
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3
comportam como molas, quando são comprimidos resistem ao movimento da mesma forma que uma mola. A constante
de mola de um fole depende da sua geometria e das propriedades de material.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1 – Ilustração de Tipos de Movimentos da Junta de Expansão. (a) Movimento Axial, (b) Movimento Angular, (c)
Movimento Lateral e (d) Movimento de Torção
A junta de expansão mais simples é a do tipo axial, que consiste somente de um fole, utilizada para absorver
movimentos de tração ou compressão. Por absorverem os movimentos axiais, acabam por transmitir os esforços de
empuxo devido a pressão interna, que podem ser muito elevados. Numa junta de 20” com fole de diâmetro interno igual
a 508 mm (Db), construído com duas lâminas de 1.27 mm (t) cada e 25 mm de altura de corrugação, submetida a uma
pressão interna de 5 kgf/cm2
(Pd), a Equação 1 mostra a correspondência desta força.
kgfPAF deax 11260=×= Equação 1
4
2
m
e
D
A
×
=
π Equação 2
( ) mmtnwDD bm 54,535=×++= Equação 3
Onde,
w = altura das corrugações = 50 mm
n = número de lâminas do fole = 2
Ou seja, um valor elevado de cargas que será transmitido aos bocais de equipamentos conectados ao sistema de
tubulação. Por esse motivo, juntas axiais simples não são utilizadas em sistemas de tubulação conectadas a
equipamentos críticos. Quando dois foles são utilizados temos uma junta universal, esta configuração permite absorver
movimentos axiais, laterais e angulares maiores que na junta axial. Da mesma forma que na junta axial, o esforço de
empuxo deve ser considerado. Para minimizar esse esforço são introduzidos tirantes rígidos que, no entanto, restringem
os movimentos axiais. A junta rotulada simples ou dobradiça permite a rotação em apenas um plano e, devido aos
braços de rotação não transmitem empuxo ao sistema. Normalmente são utilizadas em conjuntos de duas ou três de
forma a absorver melhor a movimentação do sistema. Por fim, a junta bi-rotulada ou cardânica é capaz de absorver
rotação em qualquer plano e, como no caso da junta rotulada, não transmitem empuxo nem torção ao sistema de
tubulações. Por esse motivo, juntas rotuladas simples ou cardânicas são preferidas para uso em sistemas ligados aos
turboexpansores.
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
4
(a) (b)
(c) (d)
Figura 2 – Tipos de Junta de Expansão. (a) Junta Atirantada Simples, (b) Junta Universal Atirantada, (c) Junta Rotulada
Simples ou dobradiça, (d) Junta Bi-Rotulada ou Cardânica
3. Mecanismo de Teste
Um mecanismo de teste foi desenvolvido para realizar os ensaios nas juntas de expansão do tipo cardânica. O
teste consiste na colocação da JE sobre um sistema de sustentação e posicionamento na vertical. As extremidades da JE
são fechadas com um tampo soldado. O dispositivo consiste numa viga I soldada no tampo superior com um braço de
alavanca de 2 m (Figura 3), correntes, talha e dinamômetro digital para aquisição da carga. A influência da angulação do
braço de carregamento no valor das reações da JE foi calculada, porém não teve influência significativa nos resultados.
(a) (b)
Figura 3 – Junta de Expansão em Posição de Teste. (a) Dispositivo real, (b) Esquema do Dispositivo
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
5
O dinamômetro, Figura 4 (a), tem capacidade para até 10 toneladas. A angulação dada foi verificada com um
dispositivo fixado a junta mostrado na Figura 4 (b). A aplicação da carga foi dada por um operador (Figura 4 (c)).
(a)
(b) (c)
Figura 4 – Mecanismo de Teste. (a) Dinamômetro Utilizado Durante o Teste, (b) Dispositivo de Medição de Grau, (c)
Aplicação de Carga
Na condição de carregamento a talha foi acionada gradativamente para que a junta movimentasse angularmente
a partir da posição neutra. Na condição de descarregamento a talha foi aliviada gradativamente para que a junta
movimentasse angularmente retornando à posição neutra pela reação de mola da junta (Figura 5).
(a) (b)
Figura 5 – Esquema de Carregamento e Descarregamento do Ensaio
Os ensaios foram realizados em juntas de expansão do tipo cardânica com diâmetros apresentados na Tabela 1.
As JE serão instaladas na linha de entrada do turboexpansor de uma unidade da Petrobras. O ensaio foi realizado
movimentando as JE do ângulo para o qual foram projetadas, uma JE com movimentação de 3° (n° 20) e duas JE com
movimentação de 6° (n° 16 e 17). As reações correspondentes a cada passo de movimentação foram registradas durante
o processo de carregamento (angulação crescente) e posteriormente durante o descarregamento (angulação decrescente).
Cada teste de carregamento e descarregamento foi realizado nas condições de pressão de projeto, de operação e
na condição sem pressão interna (pressão atmosférica). Todos os testes foram realizados a temperatura ambiente. As
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
6
juntas foram pressurizadas com água para a realização do teste. Os testes foram realizados para a JE de n° 20 uma única
vez e para as JE n° 16 e 17 foram repetidos duas vezes, tanto no carregamento como no descarregamento.
Tabela 1 – JE e suas Características
Número Diâmetro
(mm)
Pressão de Projeto
(kgf/cm2
)
Pressão de Operação
(kgf/cm2
)
Ângulo de
Projeto (°)
Ângulo de
Teste (°)
16 6,2 6,0
17 6,2 6,0
20
1 670 3,6 2,3
3,3 3,0
A Figura 6 mostra a JE n° 20 durante o ensaio de carregamento. Pode-se observar a existência de certo ângulo
de movimentação no topo da mesma.
(a) (b)
Figura 6 – Imagens da JE durante ensaio de movimento angular
4. Análise e Discussão dos Resultados
Figuras 7 a 9 apresentam os momentos aplicados de meio em meio grau para as juntas 20, 16 e 17
respectivamente. Nota-se que para os testes sob pressão a junta só inicia o movimento depois de aplicado um valor
inicial de carga (ver Tabela 2). A inclinação das curvas representa o coeficiente de rigidez à flexão da junta, cujo valor
médio característico para cada condição de teste é apresentado na Tabela 3. Observa-se que o coeficiente aumenta com
o aumento da pressão do teste.
O comportamento citado anteriormente é compatível com as expectativas. A carga inicial é explicada pelo
efeito de atrito nos componentes estruturais da junta de expansão, em especial nas suas rótulas. Enquanto que o aumento
do coeficiente de rigidez à flexão pode ser justificado pelo aumento da rigidez do fole sob efeito da pressão interna
atuante, fenômeno este comprovado em outros componentes de tubulação (curvas, por exemplo).
Tabela 2 – Momento inicial para vencer a inércia (junta 20)
Pressão de teste
(kgf/cm2
)
Momento inicial
(kgf.m)
3,6 840
2,3 496
0,0 ~0
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
7
Tabela 3 – Coeficiente de rigidez à flexão das juntas nas diversas condições de teste
y = 1027,5x + 501,57
y = 812,7x - 0,6535
y = 1106,1x + 814,49
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Ângulo (°)
Momento(Kgfxm)
Projeto 1 - 20
Operação 1 - 20
Sem Pressão 1 - 20
Linear (Operação 1 - 20)
Linear (Sem Pressão 1 - 20)
Linear (Projeto 1 - 20)
Figura 7 – Momento aplicado na junta 20 a cada meio grau de movimento – Carregamento
y = 1096x + 192,45
y = 1022,8x - 9,1421
y = 801,81x - 3,4585
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
Ângulo (°)
Momento(Kgfxm)
Projeto 2 -16
Operação 2 - 16
Sem Pressão 2 - 16
Linear (Projeto 2 -16)
Linear (Operação 2 - 16)
Linear (Sem Pressão 2 - 16)
Figura 8 – Momentos aplicados na junta 16 a cada meio grau de movimento - Carregamento
Coeficiente de rigidez à flexão (kgf.m/°)
Médio
Pressão de teste
(kgf/cm2
)
16 17 20
Teórico (kgf.m/°)
3,6 1096 1036 1106
2,3 1022 1005 1027
0,0 802 793 813
1116
Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008
8
y = 793x - 90
y = 1005x
y = 1036x + 36
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0
Ângulo (°)
Momento(Kgfxm)
Projeto 1 - 17
Operação 1 - 17
Sem Pressão 1 - 17
Linear (Sem Pressão 1 - 17)
Linear (Operação 1 - 17)
Linear (Projeto 1 - 17)
Figura 9 – Momentos aplicados na junta 17 a cada meio grau de movimento - Carregamento
5. Conclusões
Os testes permitiram confirmar que as juntas testadas não apresentam interferência oriunda do processo de
fabricação, constituindo num procedimento adequado de aceitação de fabricação das juntas de expansão.
Foi possível constatar a relevância da influência da pressão interna no cálculo das reações durante a
movimentação das juntas, fato não considerado nos cálculos teóricos apresentados na EJMA. Comparando-se os
esforços medidos nas condições de pressão de projeto, operação e sem pressão, verifica-se que a pressão interna está
diretamente ligada ao aumento do momento de movimentação angular da junta.
A força de atrito nas articulações é bastante considerável e esta diretamente ligada à força normal no pino,
provocada pela pressão interna. A influência do atrito nas rótulas das juntas mostrou-se muito significativo indicando
que esse efeito deve ser considerado no projeto de tubulações (normalmente desprezado) e que deve ser mitigado
utilizando dispositivos de redução de atrito, normalmente não utilizados nesses componentes. Como as equações do
EJMA não levam em consideração o atrito nas articulações, pode-se afirmar que o valor do esforço calculado é
satisfatório e tende para a segurança do sistema, pois é ligeiramente maior que o valor real. Na realidade os esforços
provocados pelas deflexões angulares na junta de expansão são maiores do que os esforços calculados com as equações
indicadas no EJMA, devido ao atrito provocado pelas articulações.
Com os resultados deste teste executado é possível efetuar os cálculos de flexibilidade com maior veracidade
nas informações características de cada junta de expansão.
7. Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer à Petrobras e Teadit, cujo apoio tem sido indispensável para o
desenvolvimento deste trabalho.
8. Referências
NEMA SM 23. “Steam turbines for mechanical drive service”. 1991.
EJMA. “Standards of the expansion joint manufacturers association”. Eighth edition, 2003.

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Teste de movimentação de juntas de expansão metálicas

  • 1. ______________________________ 1 Mestrando, Consultor Sênior – Petrobras 2 Mestranda, Engenheira de Equipamentos – Petrobras 3 Engenheiro Mecânico, Diretor Técnico – Teadit IBP2149_08 TESTE DE MOVIMENTAÇÃO DE JUNTAS DE EXPASÃO DE GRANDE PORTE Jorivaldo Medeiros1 , Jordana Luiza Barbosa da Costa Veiga2 , José Carlos Veiga3 Copyright 2008, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008, realizada no período de 15 a 18 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Técnico do evento, seguindo as informações contidas na sinopse submetida pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho Técnico, como apresentado, não foi revisado pelo IBP. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, seus Associados e Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado nos Anais da Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008. Resumo O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados obtidos nos ensaios de movimentação realizados em juntas de expansão metálicas corrugadas de grande porte utilizadas em dutos de sistemas de turboexpansor. Um mecanismo de teste foi desenvolvido para realizar os ensaios. Para aquisição dos dados foi utilizado um dinamômetro e os ensaios foram realizados em juntas tipo cardânica. As juntas foram pressurizadas com água para a realização do teste. Foram aquisitados dados sob pressão de projeto, operação e com pressão atmosférica. As juntas foram movimentadas do ângulo para o qual foram projetadas, 3° e 6°. As reações correspondentes a cada passo de movimentação foram registradas durante o processo de carregamento e posteriormente durante o descarregamento. Os testes permitiram confirmar que as juntas testadas não apresentaram interferência oriunda do processo de fabricação, constituindo um procedimento adequado de aceitação. Foi possível constatar a relevância da influência da pressão interna no cálculo das reações durante a movimentação das juntas, fato não considerado nos cálculos teóricos apresentados na EJMA. A influência do atrito nas rótulas das juntas mostrou-se significativo indicando que esse efeito deve ser considerado no projeto de tubulações e deve ser mitigado utilizando dispositivos de redução de atrito. Abstract This paper show the results obtained in a movement test realized on metallic bellows expansion joints used in the turboexpander duct system. A test device was developed. For dada acquisition a dynamometer was used and the tests were performed on gimbal expansion joints type. The joints were pressurized with water during the test. Data acquisition was realized at the design, operation and room pressure. The expansion joints were tested rotating them to the design angular movement of 3° and 6° degrees. The reactions for each degree of movement were recorded during loading and unloading. The tests confirmed that the expansion joints presented no-interference from construction, which configure in an adequate acceptance proceeding. It was noted the influence of internal pressure on reaction forces during expansion joints movements, these forces are not taken into consideration on theoretical calculations of EJMA design equations. The influence of friction on expansion joints hinges are significant and shall be considered on piping design and mitigated using friction reduction devices. 1. Introdução Juntas de expansão (JE) são elementos de tubulação responsáveis por absorver dilatações térmicas diferenciais no sistema de tubulação, reduzindo os esforços no sistema e nos bocais de equipamentos a ele conectados. São especialmente utilizadas em: • Sistemas cujo espaço disponível for insuficiente para se ter um traçado da tubulação com flexibilidade adequada;
  • 2. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 2 • Serviços de baixa responsabilidade (condensado, vapor de baixa pressão, água quente, entre outros), quando a junta representar uma alternativa mais econômica em relação ao traçado não retilíneo da tubulação; • Tubulações de diâmetro grande (acima de 20”) ou de material caro, onde haja interesse econômico de um traçado mais curto; • Tubulações que por exigência do serviço precisam ter traçados retilíneos; • Tubulações sujeitas a vibrações de grande amplitude, ou ligadas a equipamentos cujos esforços admissíveis sejam muito pequenos. Na indústria do petróleo juntas de expansão são comumente utilizadas. Em plantas industriais há diversos equipamentos sensíveis que necessitam da utilização de juntas de expansão. Um destes equipamentos é o turboexpansor (“Turboexpander”) responsável pela geração de energia elétrica a partir dos gases quentes efluentes do regenerador da unidade de craqueamento catalítico fluido (FCC). Esses gases têm temperaturas de operação que variam de 650 °C a 760 °C e pressões internas em torno de 3,0 kgf/cm2 . Com o intuito de otimizar o consumo energético nas refinarias existem vários empreendimentos de implantação de turboexpansores em andamento. Devido à severidade de serviço, o sistema de tubulações do turboexpansor é, normalmente, de aço inoxidável austenítico 304H, material que apresenta um alto custo em seu uso, e requer espessuras de parede de pelo menos 25 mm. Além disso, seu traçado deve atender a uma série de pré-requisitos para garantir máxima eficiência e confiabilidade do turboexpansor. Para minimizar o traçado e atender a esses pré-requisitos, são utilizadas juntas de expansão. Durante a fase de projeto do sistema do turboexpansor é determinado o traçado ótimo das linhas conectadas ao turbo. Verifica-se a flexibilidade do sistema e os esforços transmitidos ao turbo, que não podem ultrapassar valores estabelecidos pela norma de projeto da máquina (NEMA SM 23). Dados os baixos limites de esforços nos bocais do turbo são introduzidas no traçado da linha juntas de expansão metálicas preferencialmente do tipo dobradiça e/ou cardânica. Na fase de projeto são definidas às características requeridas para as juntas de expansão, tais como comprimento, material do fole, tipo de junta e coeficientes de rigidez. O cálculo destes coeficientes é realizado com base nos critérios do “Standards of the Expansion Joints Manufacturers Association” (EJMA), estimando-se para o projeto do fole a quantidade e espessura das lâminas bem como o número, altura e passo das suas corrugações. Essa estimativa será a referência inicial para a seleção e projeto de fabricação das juntas de expansão. Dados os limites muito apertados de esforços nos bocais do turboexpansor há um compromisso muito forte entre o bom funcionamento das juntas de expansão e a confiabilidade do sistema, fez-se necessário desenvolver um teste de movimentação das juntas depois de completada sua fabricação. Dessa forma seria possível antecipar possíveis problemas de fabricação das juntas de expansão em tempo para uma ação mitigadora. Esse tipo de teste não é normalmente realizado nesses componentes, tendo sido realizado, na forma atual, a partir do empreendimento para a Refinaria Henrique Laje – Petrobras (REVAP) em parceria com a Teadit® . O objeto de estudo foi verificar a existência de algum tipo de interferência interna oriunda do processo de fabricação, a influência dos componentes do “hardware” e a consistência entre o comportamento real das juntas de expansão sob deslocamento e os valores teóricos calculados utilizando a norma EJMA. 2. Juntas de Expansão Uma junta de expansão é um dispositivo flexível capaz de absorver com pequenas reações os movimentos impostos em um sistema de tubulação sob pressão. Comumente, expansão térmica, movimentação de equipamentos, vibração e pulsação de pressão podem causar movimentos em uma tubulação. A restrição a estes movimentos gera tensões e reações no sistema de tubulações e suas conexões. As juntas de expansão são geralmente classificadas pelo material do fole que pode ser metálico, não-metálico (compósito), elastomérico ou em PTFE. As juntas metálicas são utilizadas para trabalho em alta temperatura e pressão, as não-metálicas para baixas pressões e altas temperaturas e as elastoméricas ou PTFE para sistemas de água e alguns tipos de produto químico a alta pressão e temperaturas limitadas pelo material do fole. O enfoque neste trabalho serão as juntas metálicas. O principal componente de uma junta de expansão metálica é o fole, fabricado a partir de uma ou mais lâminas por conformação mecânica ou hidráulica e composta de corrugações (convoluções) de parede muito delgada que se deforma sob baixos esforços comportando-se como uma mola. Por isso mesmo, é fabricado em material muito nobre, para não ser deteriorado pelo meio fluído. Além disso, para o adequado funcionamento do fole, a junta de expansão é composta de componentes estruturais (o “hardware”), cujas principais funções são suportar o peso próprio dos componentes, resistir aos esforços axiais devidos a pressão interna (empuxo axial), limitar movimentos indesejáveis e proteger o fole de sobrecargas. Existem quatro tipos de movimentos básicos que podem ser aplicados ao fole. São eles (Figura 1): axial, lateral, angular e torção, este último deve ser evitado, pois o fole tem comportamento instável sob torção. Os foles se
  • 3. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 3 comportam como molas, quando são comprimidos resistem ao movimento da mesma forma que uma mola. A constante de mola de um fole depende da sua geometria e das propriedades de material. (a) (b) (c) (d) Figura 1 – Ilustração de Tipos de Movimentos da Junta de Expansão. (a) Movimento Axial, (b) Movimento Angular, (c) Movimento Lateral e (d) Movimento de Torção A junta de expansão mais simples é a do tipo axial, que consiste somente de um fole, utilizada para absorver movimentos de tração ou compressão. Por absorverem os movimentos axiais, acabam por transmitir os esforços de empuxo devido a pressão interna, que podem ser muito elevados. Numa junta de 20” com fole de diâmetro interno igual a 508 mm (Db), construído com duas lâminas de 1.27 mm (t) cada e 25 mm de altura de corrugação, submetida a uma pressão interna de 5 kgf/cm2 (Pd), a Equação 1 mostra a correspondência desta força. kgfPAF deax 11260=×= Equação 1 4 2 m e D A × = π Equação 2 ( ) mmtnwDD bm 54,535=×++= Equação 3 Onde, w = altura das corrugações = 50 mm n = número de lâminas do fole = 2 Ou seja, um valor elevado de cargas que será transmitido aos bocais de equipamentos conectados ao sistema de tubulação. Por esse motivo, juntas axiais simples não são utilizadas em sistemas de tubulação conectadas a equipamentos críticos. Quando dois foles são utilizados temos uma junta universal, esta configuração permite absorver movimentos axiais, laterais e angulares maiores que na junta axial. Da mesma forma que na junta axial, o esforço de empuxo deve ser considerado. Para minimizar esse esforço são introduzidos tirantes rígidos que, no entanto, restringem os movimentos axiais. A junta rotulada simples ou dobradiça permite a rotação em apenas um plano e, devido aos braços de rotação não transmitem empuxo ao sistema. Normalmente são utilizadas em conjuntos de duas ou três de forma a absorver melhor a movimentação do sistema. Por fim, a junta bi-rotulada ou cardânica é capaz de absorver rotação em qualquer plano e, como no caso da junta rotulada, não transmitem empuxo nem torção ao sistema de tubulações. Por esse motivo, juntas rotuladas simples ou cardânicas são preferidas para uso em sistemas ligados aos turboexpansores.
  • 4. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 4 (a) (b) (c) (d) Figura 2 – Tipos de Junta de Expansão. (a) Junta Atirantada Simples, (b) Junta Universal Atirantada, (c) Junta Rotulada Simples ou dobradiça, (d) Junta Bi-Rotulada ou Cardânica 3. Mecanismo de Teste Um mecanismo de teste foi desenvolvido para realizar os ensaios nas juntas de expansão do tipo cardânica. O teste consiste na colocação da JE sobre um sistema de sustentação e posicionamento na vertical. As extremidades da JE são fechadas com um tampo soldado. O dispositivo consiste numa viga I soldada no tampo superior com um braço de alavanca de 2 m (Figura 3), correntes, talha e dinamômetro digital para aquisição da carga. A influência da angulação do braço de carregamento no valor das reações da JE foi calculada, porém não teve influência significativa nos resultados. (a) (b) Figura 3 – Junta de Expansão em Posição de Teste. (a) Dispositivo real, (b) Esquema do Dispositivo
  • 5. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 5 O dinamômetro, Figura 4 (a), tem capacidade para até 10 toneladas. A angulação dada foi verificada com um dispositivo fixado a junta mostrado na Figura 4 (b). A aplicação da carga foi dada por um operador (Figura 4 (c)). (a) (b) (c) Figura 4 – Mecanismo de Teste. (a) Dinamômetro Utilizado Durante o Teste, (b) Dispositivo de Medição de Grau, (c) Aplicação de Carga Na condição de carregamento a talha foi acionada gradativamente para que a junta movimentasse angularmente a partir da posição neutra. Na condição de descarregamento a talha foi aliviada gradativamente para que a junta movimentasse angularmente retornando à posição neutra pela reação de mola da junta (Figura 5). (a) (b) Figura 5 – Esquema de Carregamento e Descarregamento do Ensaio Os ensaios foram realizados em juntas de expansão do tipo cardânica com diâmetros apresentados na Tabela 1. As JE serão instaladas na linha de entrada do turboexpansor de uma unidade da Petrobras. O ensaio foi realizado movimentando as JE do ângulo para o qual foram projetadas, uma JE com movimentação de 3° (n° 20) e duas JE com movimentação de 6° (n° 16 e 17). As reações correspondentes a cada passo de movimentação foram registradas durante o processo de carregamento (angulação crescente) e posteriormente durante o descarregamento (angulação decrescente). Cada teste de carregamento e descarregamento foi realizado nas condições de pressão de projeto, de operação e na condição sem pressão interna (pressão atmosférica). Todos os testes foram realizados a temperatura ambiente. As
  • 6. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 6 juntas foram pressurizadas com água para a realização do teste. Os testes foram realizados para a JE de n° 20 uma única vez e para as JE n° 16 e 17 foram repetidos duas vezes, tanto no carregamento como no descarregamento. Tabela 1 – JE e suas Características Número Diâmetro (mm) Pressão de Projeto (kgf/cm2 ) Pressão de Operação (kgf/cm2 ) Ângulo de Projeto (°) Ângulo de Teste (°) 16 6,2 6,0 17 6,2 6,0 20 1 670 3,6 2,3 3,3 3,0 A Figura 6 mostra a JE n° 20 durante o ensaio de carregamento. Pode-se observar a existência de certo ângulo de movimentação no topo da mesma. (a) (b) Figura 6 – Imagens da JE durante ensaio de movimento angular 4. Análise e Discussão dos Resultados Figuras 7 a 9 apresentam os momentos aplicados de meio em meio grau para as juntas 20, 16 e 17 respectivamente. Nota-se que para os testes sob pressão a junta só inicia o movimento depois de aplicado um valor inicial de carga (ver Tabela 2). A inclinação das curvas representa o coeficiente de rigidez à flexão da junta, cujo valor médio característico para cada condição de teste é apresentado na Tabela 3. Observa-se que o coeficiente aumenta com o aumento da pressão do teste. O comportamento citado anteriormente é compatível com as expectativas. A carga inicial é explicada pelo efeito de atrito nos componentes estruturais da junta de expansão, em especial nas suas rótulas. Enquanto que o aumento do coeficiente de rigidez à flexão pode ser justificado pelo aumento da rigidez do fole sob efeito da pressão interna atuante, fenômeno este comprovado em outros componentes de tubulação (curvas, por exemplo). Tabela 2 – Momento inicial para vencer a inércia (junta 20) Pressão de teste (kgf/cm2 ) Momento inicial (kgf.m) 3,6 840 2,3 496 0,0 ~0
  • 7. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 7 Tabela 3 – Coeficiente de rigidez à flexão das juntas nas diversas condições de teste y = 1027,5x + 501,57 y = 812,7x - 0,6535 y = 1106,1x + 814,49 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 Ângulo (°) Momento(Kgfxm) Projeto 1 - 20 Operação 1 - 20 Sem Pressão 1 - 20 Linear (Operação 1 - 20) Linear (Sem Pressão 1 - 20) Linear (Projeto 1 - 20) Figura 7 – Momento aplicado na junta 20 a cada meio grau de movimento – Carregamento y = 1096x + 192,45 y = 1022,8x - 9,1421 y = 801,81x - 3,4585 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 Ângulo (°) Momento(Kgfxm) Projeto 2 -16 Operação 2 - 16 Sem Pressão 2 - 16 Linear (Projeto 2 -16) Linear (Operação 2 - 16) Linear (Sem Pressão 2 - 16) Figura 8 – Momentos aplicados na junta 16 a cada meio grau de movimento - Carregamento Coeficiente de rigidez à flexão (kgf.m/°) Médio Pressão de teste (kgf/cm2 ) 16 17 20 Teórico (kgf.m/°) 3,6 1096 1036 1106 2,3 1022 1005 1027 0,0 802 793 813 1116
  • 8. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2008 8 y = 793x - 90 y = 1005x y = 1036x + 36 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 Ângulo (°) Momento(Kgfxm) Projeto 1 - 17 Operação 1 - 17 Sem Pressão 1 - 17 Linear (Sem Pressão 1 - 17) Linear (Operação 1 - 17) Linear (Projeto 1 - 17) Figura 9 – Momentos aplicados na junta 17 a cada meio grau de movimento - Carregamento 5. Conclusões Os testes permitiram confirmar que as juntas testadas não apresentam interferência oriunda do processo de fabricação, constituindo num procedimento adequado de aceitação de fabricação das juntas de expansão. Foi possível constatar a relevância da influência da pressão interna no cálculo das reações durante a movimentação das juntas, fato não considerado nos cálculos teóricos apresentados na EJMA. Comparando-se os esforços medidos nas condições de pressão de projeto, operação e sem pressão, verifica-se que a pressão interna está diretamente ligada ao aumento do momento de movimentação angular da junta. A força de atrito nas articulações é bastante considerável e esta diretamente ligada à força normal no pino, provocada pela pressão interna. A influência do atrito nas rótulas das juntas mostrou-se muito significativo indicando que esse efeito deve ser considerado no projeto de tubulações (normalmente desprezado) e que deve ser mitigado utilizando dispositivos de redução de atrito, normalmente não utilizados nesses componentes. Como as equações do EJMA não levam em consideração o atrito nas articulações, pode-se afirmar que o valor do esforço calculado é satisfatório e tende para a segurança do sistema, pois é ligeiramente maior que o valor real. Na realidade os esforços provocados pelas deflexões angulares na junta de expansão são maiores do que os esforços calculados com as equações indicadas no EJMA, devido ao atrito provocado pelas articulações. Com os resultados deste teste executado é possível efetuar os cálculos de flexibilidade com maior veracidade nas informações características de cada junta de expansão. 7. Agradecimentos Os autores gostariam de agradecer à Petrobras e Teadit, cujo apoio tem sido indispensável para o desenvolvimento deste trabalho. 8. Referências NEMA SM 23. “Steam turbines for mechanical drive service”. 1991. EJMA. “Standards of the expansion joint manufacturers association”. Eighth edition, 2003.