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POESIAS III Solange Rech Clique para avançar
Q UO  V ADIS ? Eu jamais pediria alguma graça Que fosse privilégio imerecido. Nem mesmo a alcançaria, pois duvido Que exista um prêmio à minha fé escassa. Se Deus nesses pedidos me rechaça, De nada o culpo e até o convalido. Não sou santo nem mesmo um convertido, Como posso ser luz e não fumaça? E já que não terei um céu eterno, Todo feito de ambientes bem quentinhos, Sigo pensando aqui, no meu inverno. Sem ter assento junto aos anjos vários, Talvez me caiba o céu dos passarinhos Onde ouvirei o canto dos canários. ———————————————— In:  Sacerdócio Poético . p. 118.
C ONSTRUÇÃO Aos poucos, meu amor, vou te tecendo. E tão sem pressa teço, e tão suave o faço que me contenho, e apenas te argamasso quando me sinto límpido e estupendo. Para que sejas pura como o linho e brilhes, faça dia, faça escuro, só com raras essências te esculturo, nada menos que luz, amor, carinho. Tu terás os encantos dos arranjos, que tudo está previsto em meu projeto. E tão divinamente te arquiteto, que inveja vais fazer aos pobres anjos. És obra em construção, não te teci. Mas sei que tua divinal figura fará do teu criador uma criatura, pois, louco, vou me apaixonar por ti. ————————————————— In:  Sacerdócio Poético . p. 119.
S ONHO Quero sonhar meu sonho pessoalmente, Sem dar procuração, sem ter preposto. Sabê-lo crível já me põe contente, Sabê-lo real já me ilumina o rosto.. Todo humano, por menos que aparente, Cultiva sonho oculto ou sonho exposto. É o sonho que empurra e impele a gente A ver a vida com encanto e gosto. Só abre mão do sonho a alma falida. Meu sonho é meu calor, é minha lenha Combustível que aquece a minha vida. Ao corpo e à mente um equilíbrio imponho E, para que a igualdade se mantenha, Eu, pessoalmente, vou sonhar meu sonho. —————————————— In: Sacerdócio Poético. p. 145
M ENTIROSOS Mentir ao ser amado banaliza A relação que existe entre dois seres. Quem mente fere, mas também se pisa Por ter sido incorreto nos deveres. Temos a mesma culpa, não precisa Que finjas ter vantagens ou poderes. A vida, essa inclemente e alta juíza, Vai fazer-me sofrer o que sofreres. A dor de ter mentido ninguém tira. Para escondê-la, a gente às vezes ri ―   Outra maneira de não ser sincero. Tu, fingindo que me amas, que mentira! E eu,tomado de um louco amor por ti, Passo a vida a dizer que não te quero! ———————————— In: Serões na Rede. p. 88.
Textos:  Enviados por Fátima Irene Pinto. Imagem: Getty Images (editada). Música: Whisperings.- Kevin Kern. Formatação: José Carlos Abreu Teixeira.  O PPS “Poesias III” termina aqui. A seguir são apresentados alguns dados biográficos de  SOLANGE RECH. Caso esses dados não sejam de seu interesse, aperte para sair  a tecla “Esc”, a primeira de cima para baixo do lado esquerdo  do teclado. Para prosseguir, continue a clicar.
SOLANGE RECH   Um catarinense  alcança a unanimidade poética.
Solange Rech é escritor e poeta catarinense.  Reside em Florianópolis. Acumulou diversos prêmios em concursos nacionais e internacionais de poesia. Recentemente, obteve o 2º lugar no grande Concurso Nacional de Sonetos promovido pela Fundação Roberto Marinho e Canal Futura, em homenagem aos 90 anos do nascimento de Vinícius de Moraes, com  o soneto  "Imenso Amor O Meu“ o que lhe rendeu uma crítica literária no Jornal do Brasil – Rio de Janeiro - RJ, na edição de 27/01/2004. Seu nome é verbete na Enciclopédia de Literatura Brasileira  ( Afrânio Coutinho / co-edição da ABL, 2º edição,2001). Tem publicações em vários países e faz parte de dezenas de antologias literárias, assim como é membro das mais expressivas Academias de Letras em todo o Brasil, inclusive dos Funcionários do Banco do Brasil (onde trabalhou chegando ao cargo de Diretor)
OBRAS PUBLICADAS AABB - Florianópolis -  Meio Século de História Trovões Dolentes Para Matar a Noite De Amor Também se Vive Os Espartanos de Deus Serões na Rede Sacerdócio Poético Meus Sonetos Premiados,  entre outros.   Saiba mais sobre o autor visitando os endereços:: http://geocities.yahoo.com.br/poemaspoemas/poemas_autor.html http://an.uol.com.br/2000/fev/01/0ane.htm    
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  • 3. Q UO V ADIS ? Eu jamais pediria alguma graça Que fosse privilégio imerecido. Nem mesmo a alcançaria, pois duvido Que exista um prêmio à minha fé escassa. Se Deus nesses pedidos me rechaça, De nada o culpo e até o convalido. Não sou santo nem mesmo um convertido, Como posso ser luz e não fumaça? E já que não terei um céu eterno, Todo feito de ambientes bem quentinhos, Sigo pensando aqui, no meu inverno. Sem ter assento junto aos anjos vários, Talvez me caiba o céu dos passarinhos Onde ouvirei o canto dos canários. ———————————————— In: Sacerdócio Poético . p. 118.
  • 4. C ONSTRUÇÃO Aos poucos, meu amor, vou te tecendo. E tão sem pressa teço, e tão suave o faço que me contenho, e apenas te argamasso quando me sinto límpido e estupendo. Para que sejas pura como o linho e brilhes, faça dia, faça escuro, só com raras essências te esculturo, nada menos que luz, amor, carinho. Tu terás os encantos dos arranjos, que tudo está previsto em meu projeto. E tão divinamente te arquiteto, que inveja vais fazer aos pobres anjos. És obra em construção, não te teci. Mas sei que tua divinal figura fará do teu criador uma criatura, pois, louco, vou me apaixonar por ti. ————————————————— In: Sacerdócio Poético . p. 119.
  • 5. S ONHO Quero sonhar meu sonho pessoalmente, Sem dar procuração, sem ter preposto. Sabê-lo crível já me põe contente, Sabê-lo real já me ilumina o rosto.. Todo humano, por menos que aparente, Cultiva sonho oculto ou sonho exposto. É o sonho que empurra e impele a gente A ver a vida com encanto e gosto. Só abre mão do sonho a alma falida. Meu sonho é meu calor, é minha lenha Combustível que aquece a minha vida. Ao corpo e à mente um equilíbrio imponho E, para que a igualdade se mantenha, Eu, pessoalmente, vou sonhar meu sonho. —————————————— In: Sacerdócio Poético. p. 145
  • 6. M ENTIROSOS Mentir ao ser amado banaliza A relação que existe entre dois seres. Quem mente fere, mas também se pisa Por ter sido incorreto nos deveres. Temos a mesma culpa, não precisa Que finjas ter vantagens ou poderes. A vida, essa inclemente e alta juíza, Vai fazer-me sofrer o que sofreres. A dor de ter mentido ninguém tira. Para escondê-la, a gente às vezes ri ― Outra maneira de não ser sincero. Tu, fingindo que me amas, que mentira! E eu,tomado de um louco amor por ti, Passo a vida a dizer que não te quero! ———————————— In: Serões na Rede. p. 88.
  • 7. Textos: Enviados por Fátima Irene Pinto. Imagem: Getty Images (editada). Música: Whisperings.- Kevin Kern. Formatação: José Carlos Abreu Teixeira.  O PPS “Poesias III” termina aqui. A seguir são apresentados alguns dados biográficos de SOLANGE RECH. Caso esses dados não sejam de seu interesse, aperte para sair a tecla “Esc”, a primeira de cima para baixo do lado esquerdo do teclado. Para prosseguir, continue a clicar.
  • 8. SOLANGE RECH   Um catarinense alcança a unanimidade poética.
  • 9. Solange Rech é escritor e poeta catarinense. Reside em Florianópolis. Acumulou diversos prêmios em concursos nacionais e internacionais de poesia. Recentemente, obteve o 2º lugar no grande Concurso Nacional de Sonetos promovido pela Fundação Roberto Marinho e Canal Futura, em homenagem aos 90 anos do nascimento de Vinícius de Moraes, com  o soneto "Imenso Amor O Meu“ o que lhe rendeu uma crítica literária no Jornal do Brasil – Rio de Janeiro - RJ, na edição de 27/01/2004. Seu nome é verbete na Enciclopédia de Literatura Brasileira ( Afrânio Coutinho / co-edição da ABL, 2º edição,2001). Tem publicações em vários países e faz parte de dezenas de antologias literárias, assim como é membro das mais expressivas Academias de Letras em todo o Brasil, inclusive dos Funcionários do Banco do Brasil (onde trabalhou chegando ao cargo de Diretor)
  • 10. OBRAS PUBLICADAS AABB - Florianópolis - Meio Século de História Trovões Dolentes Para Matar a Noite De Amor Também se Vive Os Espartanos de Deus Serões na Rede Sacerdócio Poético Meus Sonetos Premiados, entre outros.   Saiba mais sobre o autor visitando os endereços:: http://geocities.yahoo.com.br/poemaspoemas/poemas_autor.html http://an.uol.com.br/2000/fev/01/0ane.htm  
  • 11. Sair