O documento discute o setor florestal brasileiro e gaúcho, incluindo: (1) a produção de celulose no Brasil e RS, (2) os desafios e oportunidades para a competitividade da celulose brasileira, como aumentar a escala de produção e P&D; (3) o potencial para novas fábricas de celulose no RS, caso o parecer da AGU sobre investimentos estrangeiros seja modificado.
Perspectivas do setor de celulose para a economia gaúcha e brasileira - Walter Lídio Nunes
1. “Perspectivas do setor de celulose
para a economia gaúcha e brasileira”
Dados: IBA – AGEFLOR - POYRY
2. O Setor
Florestal no
Mundo
Produção mundial de
madeira
3,3 bilhões de m3
Produto bruto do cluster
US$ 1 trilhão
Comercio mundial
Mais de US$ 300 bilhões
4. Participação brasileira
no mercado global
celulose
PRINCIPAIS PRODUTORES DE
CELULOSE PARAMERCADO
Consumo mundial de fibra para
papel cresce 1,6 % a.a.
Ate 2025 a demanda por fibra
curta virgem (BHKP) crescerá
mais 15 milhões de ton.
A China dobrará o consumo de
BHKP ate 2025 chegando a 17
milhões de ton.
Em media 3 milhões de ton de
celulose kraft tem sido
desativadas ou integradas por
ano.
fibra curta branqueada
Fibra branqueada curta + longa
6. Elementos de um arranjo de base florestal
TORAS DE MADEIRA
FINS INDUSTRIAIS COMBUSTÍVEL
SERRADOS
PAINÉIS
Madeira Sólida
Reconstituídos
Compensados
Lâminas
Aglomerados
MDF
Chapas
de Fibra
OSB
HDF
POLPA
Pasta de alto
rendimento
Celulose
Lenha
PAPEIS e
EMBALAGENS
P
R
O
D.
E
N
G
E
N
H
E
I
R
A
D
O
S
FATORES ESTRUTURANTES
Logística, energia, água, recursos humanos, legislação, tributação, tecnologia, etc....
Industrias
diversas de
equipamentos,
instalações e
serviços
Outros Arranjos:
Metal mecânico
Químico
Etc...
Plantios
Florestais
M
E
R
C
A
D
O
S
PROD. QUÍMICOS
Biorefinaria
Carvão
Bicombustível
Florestas
Naturais
Químicos derivados
C. solúvel
Tecidos
8. APLICAÇÕES COM CELULOSES MODIFICADAS
Celuloses modificadas, com múltiplas aplicações, por
exemplo substituindo gel super-absorvente em produtos
para higiene pessoal
9. FLORESTAS PLANTADAS
Cenário atual: principais conclusões
• A tendência é a expansão da oferta de fibra curta e em especial eucalipto
(produtividade + propriedades da fibra + tecnologia do papel).
• A expansão ocorrerá no hemisfério sul (produtividade florestal).
• Reformulação no cluster florestal do hemisfério norte (pesquisas de tecnologias -
valor adicionado para as bases florestais existentes).
• Novas tecnologias de biorefinarias para uso da madeira e outras biomassas.
• O impacto da engenharia genética com criação de plantas transgênicas trarão uma
nova etapa de desenvolvimento.
• O Brasil deve liderar a implantação de novas unidades de celulose (existem
entraves que poderiam estimular ainda mais esta tendência).
• Oportunidades com os compromissos da COP 22.
10. • Área Plantada: 7,8 milhões de Há (34% celulose)
• Áreas de preservação: 5,6 milhões de ha
• Ocupação do território nacional: 0,8%
• Receita Bruta: R$ 69 bilhões (6% PIB)
• Tributos Pagos: R$ 11,3 bilhões
• Empregos: 3,8 milhões (diretos/indiretos/efeito renda)
• Exportações: US$ 9 bilhões (4,7 % do Brasil)
• Saldo da Balança Comercial: US$ 7,7 bilhões
• Produção de Celulose: 17,4 milhões de t/ano
• Exportação de Celulose: 9,43 milhões de t/ano (4,7 % export. Brasil)
• Investimentos: R$ 10,5 bilhões
Indústria de base florestal brasileira - 2015
11. • Área Plantada certificada Cerflor/FSC: 5,5 milhões de Há
• Investimento sociais: R$ 285 milhões (2 milhões de pessoas)
• Programas de fomento florestal: 19 mil famílias
• Estoque de carbono: 1,7 bilhão de ton de CO2 equivalente
• Investimentos: R$ 10,5 bilhões
Indústria de base florestal brasileira - 2015
12. 6.4 ton cel/ha.ano
12 ton cel/ha.ano
16 ton cel/ha.ano
início hoje futuro: 2030
Tecnologia e Produtividade florestal :
Evolução do Incremento médio anual (celulose)
Tecnologias de Hibridização Controlada Com Propagação Clonal
13. Competitividade florestal – evolução de 2003 para 2013:
Evolução do Custo Real de Produção de Madeira (U$/m3s)
14.
15. CELULOSE: reposicionamento da competitividade
• Aumentar a escala de produção das plantas industriais e integrar tecnologias
de bio refinarias.
• Incrementar a diferenciação e a inovação através de P & D, em toda a cadeia
de valor (floresta/indústria/mercado);
• Maximizar a produtividade das florestas, através da desenvolvimento
tecnológico e transgenia;
• Foco na redução dos custos ( principalmente da madeira), via excelência
operacional; Reduzir o impacto do “custo Brasil”.
• Viabilizar estratégias para competir com os novos entrantes – mercado
asiático;
• Desenvolver produtos e serviços específicos para os clientes;
16. Plantios florestais no RS
USO ÁREA ( M ha) % do RS
Campo 11,6 41,4
Agricultura 6,3 22,5
Florestas nativas 4,7 16,8
Capoeirão 2,0 7,4
Água 2,0 7,2
Plantios florestais** 1,1 3,4
Afloramentos rochosos, dunas e
banhados
0,4 1,3
TOTAL 28.1 100,0
49,5% = Plantios
51,5% = Áreas de Preservação APP, RL, RPPN)
17.
18. Plantios Florestais no Contexto
Socioeconômico Estadual
Participação no PIB do RS = 3,4%
Faturamento anual = R$ 8,2 bilhões (15,6% do nacional do setor)
Geração anual de empregos = 326 mil (diretos e indiretos, nos
diversos setores da indústria de base florestal)
3 mil indústrias do setor de madeiras
2,7 mil indústrias de móveis
420 estabelecimentos no setor de papel, celulose e artefatos gera
10 mil empregos e representa 1% do PIB gaúcho.
Fonte: Ageflor
20. Parecer da AGU - Consequências das
Limitações Estabelecidas
• Estima‐se que o parecer da AGU para empresas brasileiras de capital
estrangeiro esta represando 60 bilhões de reais que poderiam ser investidos
até 2017 em 3 setores:
Tributos não recolhidos ( 7º. ano ) = R$ 3,5 bilhões
Empregos não gerados = 40.000 empregos
21. a) expansão da fronteira agrícola com o avanço do cultivo em áreas de
proteção ambiental e em unidades de conservação;
b) valorização desarrazoada do preço da terra e incidência da especulação
imobiliária gerando aumento do custo do processo desapropriação
voltada para a reforma agrária, bem como a redução do estoque de
terras disponíveis para esse fim;
c) crescimento da venda ilegal de terras públicas;
d) utilização de recursos oriundos da lavagem de dinheiro, do tráfico de drogas e da
prostituição na aquisição dessas terras;
e) aumento da grilagem de terras;
f) proliferação de "laranjas" na aquisição dessas terras;
g) incremento dos números referentes à biopirataria na Região Amazônica;
h) ampliação, sem a devida regulação, da produção de etanol e biodiesel;
i) aquisição de terras em faixa de fronteira pondo em risco a segurança nacional.
Parecer da AGU – motivação alegada no parecer:
Este é um tema relevante para o BRASIL – alternativas a
serem discutidas
22. Desenvolvimento Cluster de Base Florestal do RS
Modificar o parecer da AGU – atração de fábricas de celulose
Iniciativa de planejar ações segundo conceitos de cluster de base florestal,
como os existentes nos países nórdicos.
Desenvolver ou integrar-se em tecnologias de biorefinarias.
Cenários e oportunidades : Green bounds e COP 22.