Este documento discute a análise de dados das redes sociais sobre os protestos de 2013 no Brasil. Resume três pontos principais: 1) Milhões de tweets e outros dados das redes sociais podem ser extraídos e analisados para entender movimentos sociais; 2) Há diferentes perspectivas políticas representadas nas redes, como apoiadores e opositores do governo; 3) Imagens compartilhadas (memes) também representam pontos de vista de grupos e podem ser estudadas.
Análise de Dados de Protestos 2013 e Copa do Mundo
1. Dados da Indignação:
protestos de 2013, redes
sociais e Copa do Mundo
Prof. Dr. Fábio Malini
UFES :: LABIC
http://labic.net
Brasília, fevereiro de
2014
8. QUAL É O PROBLEMA?
COMO DAR SENTIDO A
MILHÕES DE
COMENTÁRIOS?
9. A resposta: fazendo
ciência dos dados
sociais.
É extrair, minerar,
processar e visualizar
grandes volumes
dados públicos da
internet.
10. Na rede, pessoas e
instituições são
nós.
E nós produzem
relações, que são
chamadas de arestas.
Linhas
vermelhas, verdes e
azuis da imagem são
relações (RTs).
12. O Que medir?
Há muitos indicadores,
tais como:
• Centralidade.
• Autoridade.
• Conectividade.
• Mediação.
• Popularidade.
• Intensividade.
• Produção de
comunidades.
13. Onde extrair?
Em redes sociais, como
Twitter, Facebook,
Instagram, Linkedin,
Flickr, Youtube, grupos
de email.
Mas também os dados
que estejam
armazenados em
qualquer banco de
dados.
14. Como extrair?
A partir de ferramentas
que são softwares,
plugins e scripts, como
NodeXL, NetVizz,
Gephi.
15. Mas como
visualizar e
interpretar?
O interessante do
trabalho com big data
é possibilidade de
antecipar tendências e
investigar com
profundidade aspectos
de associações,
padrões de discursos e
fatos sociais.
16. Um exemplo.
O Termo Dilma no
Twitter.
Desde fevereiro de
2013 extraímos dados
sobre a presidenta
Dilma. São cerca de 2,5
milhões de tweets já
armazenados.
17. Dilma e a posição dos
atores sociais
Dia 16 e 17 de junho.
Variedade de tweets é
visualizada.
Dado evidente: não há
bipolaridade política.
18. Dois desafios
Entender quem são os
grupos; os atores com mais
capacidade de dispor
perspectivas de
pensamento/consumo;
e minerar o conteúdo que
dizem, para assim antecipar
tendências.
66. Apesar da Copa do
Mundo ter sedes em
diferentes estdos
brasileiros, é o governo
federal o alvo da
perspectiva (vermelha)
que agita o
#NãoVaiTerCopa
É bom lembrar que a tag
#CopaPraQue mobilizou
milhares de conteúdos
entre junho e 2013. E o
#NãoVaiTerCopa é uma
derivação dos
movimentos, que
continuam indignados
contra os gastos e as
políticas (de remoções)
para que a Copa ocorra.
67. Setores da Imprensa e
governo Dilma são os
alvos principais dos
protestos.
Interessantes como
comunidades de
hashtags se intercruzam
conectando o o
#NaoVaiTerCopa a
protestos na Venezuela e
Ucrânia. Demonstração
de penetração de causas
globais.
81. NESSE CASO, ESSA É UMA OUTRA PERSPECIVA, A RUA É
O LUGAR QUE SE TEM A OCUPAR QUANDO OS CANAIS
DE DIÁLOGO DO ESTADO COM A SOCIEDADE CIVIL ESTÃO
RESTRITOS.
PARA ESSA REDE, VÂNDALO É O ESTADO.
83. Perspectivismo e tecnopolítica:
criações e co-criações no campo
dos memes visuais.
SCRIPT metadados de imagens
Script de Imagens em Links compartilhados
IMAGE CLOUD :: nuvem de imagens compartilhadas
85. As imagens são memes com
ponto de vista de grupos nas
redes.
As imagens produzem
comoção, contendo então um
tempo de atualização.
As imagens demonstram
cenas, que podem ser
estudadas, a partir da noção de
“memetização da cena”..
Image Cloud, ferramenta do Labic para identificação
das imagens que se viralizam em redes de ação
coletiva.