Considerando a necessidade de criar alternativas econômicas cada vez mais sustentáveis e diante da grande dotação natural brasileira, este trabalho buscará demonstrar a importância e viabilidade de aproveitar os conceitos da Geodiversidade e do Termalismo na exploração de recursos naturais, especialmente minerais. Serão compiladas informações sobre os temas e seus correlatos, enumerados exemplos internacionais e nacionais e finalmente efetuados estudos de casos baseando-se na pesquisa e prospecção geológica direcionada à descrição dos recursos naturais e seus metallotectes (guias e controles de ocorrência natural) para os mais diversos usos relacionados aos dois conceitos, visando demonstrar a sua aplicabilidade no país.

1. RECURSOS NATURAIS MINERAIS TURÍSTICOS E TERAPÊUTICOS - DEFINIÇÕES E USOS
FABIO TADEU LAZZERINI1
Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto2
1 Geólogo, Geologia Regional, UNESP/RC, fatal@rc.unesp.br
3 Físico, DPM, IGCE, UNESP/RC, dbonotto@rc.unesp.br
Abstract
Natural environment and mineral, plant or animal resources; belong to the primary surroundings
and assets useful at human beings health and pleasure. Through international overview related
to sustainable development applications of natural capital and resources, was observed common
sense importance to promote your valuation economic, social and environmental.
Here specialty focus to the tourism and health natural mineral (abiotic) resources uses of them,
sectors were admittedly offers minimum or none exploitation (physical material extraction) and
residue waste, local communities sensitive to nature preservation, urban labor opportunities of
good income, political strategically sectors involved (health, wellness, retirement, tourism,
environment).
Sustentabilidade dos Recursos Naturais Minerais
A relação da natureza com o ser humano e seu desenvolvimento vem sendo mais
intensamente avaliada a partir da década de 70, destacando as conferencias e assembléias
da ONU (Organização das Nações Unidas) de Estocolmo 1972, Carta da Terra (Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento) 1982 e 1987, Rio de Janeiro 1992, entre outros (vide http://www.un-
documents.net/unchedec.htm). Desde então, os conceitos sobre o desenvolvimento econômico sustentável vem
evoluindo (Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento CMMAD, 1988; Carta da Terra
UNESCO - Paris 2000; Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas – CDS;
http://www.iied.org/ - IIED-International Institute for Environment and Development, 2002) e a implantação da
economia ou desenvolvimento verde se tornando cada vez mais necessária (http://www.iucn.org – International
Neste contexto, algumas atividades podem ser priorizadas na busca de usos para tais
recursos, por exemplo a conservação e valorização de territórios, segmentos do turismo,
exploração de recursos naturais renováveis e dos de elevado valor agregado (USEPA, 1996;
http://whc.unesco.org/en/sustainabletourism; http://www.iucn.org/what/tpas/greeneconomy/about/; Pedersen, 2002;
Borges, 2008; Carvalho, 2008; Moreira, 2008).
Portanto, para organização de informações básicas para se pesquisar determinadas
ocorrências naturais minerais, como potenciais dotações de recursos naturais minerais
sustentáveis, são sugeridos critérios estabelecidos para áreas de proteção, patrimônios,
geodiversidade, turismo de natureza e turismo de saúde.
Figura 1 – Impactos ambientais dos atuais Recursos Naturais Minerais
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JULIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E CIÊNCIAS EXATAS
Recursos Naturais Minerais Turísticos
Os recursos naturais turísticos podem ser resumidos como os materiais ou elementos da
natureza que possuem atributos capazes de atrair a visitação, recreação, lazer e bem
estar; mas geralmente são representados por locais, meios, sítios, territórios,
patrimônios, unidades de conservação, reservas, parques, monumentos de interesse
turístico, especialmente em seus segmentos: de natureza, geoturismo, ecoturismo, rural,
de aventura, científico e também no turismo de saúde através das termas, estâncias,
balneários, “SPA, wellness e resorts”.
Como exemplos abióticos: paisagens, montanhas, praias, cachoeiras, rios, corredeiras,
lagos, nascentes, grutas, cavernas, ilhas, recifes, gêiseres, piscinas naturais, águas
termais, ecossistemas, geosítios, minas abandonadas, sítios paleontológicos e
arqueológicos, etc.
economia ou desenvolvimento verde se tornando cada vez mais necessária (http://www.iucn.org – International
Union for Conservation of Nature; USEPA-United States Environmental Protection Agency, 1996).
Diante das bibliografias consultadas relacionadas ao desenvolvimento sustentável (CEES-
Center for Energy and Environmental Studies, 1996; ...), sobre suas definições e indicadores, se
pode resumir na existência conjunta e de longo prazo da qualidade e integridade
ambiental, da saúde e igualdade social com a segurança e performance econômica (.Flint,
2007 e Bellen, 2004).
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2004 (in Paulista et ali
2008), a dimensão ambiental trata da atmosfera, da terra, água doce, mares, oceanos, área
costeira, biodiversidade e saneamento; a dimensão social trata do trabalho e rendimento,
saúde, educação, habitação e segurança; a dimensão econômica trata do desempenho
macroeconômico e financeiro e seus impactos no consumo de recursos materiais e uso de
energia primária; e a dimensão institucional trata da orientação política, capacidade e
esforço usado para promover as mudanças necessárias ao desenvolvimento sustentável.
Segundo Wackernagel e Rees, 1996 (in Bellen, 2004); a base do conceito de
sustentabilidade é a utilização dos serviços da natureza dentro do princípio da
manutenção do capital natural, isto é, o aproveitamento dos recursos naturais dentro da
capacidade de carga do sistema. Hubermam, 2008; cita que com a crescente necessidade
dos benefícios e serviços ambientais, o capital natural será discutido entre
explotacionista (exploração extrativa) e conservacionista.
Desta maneira, para melhor atender tais conceitos de sustentabilidade deve-se buscar
usos dos recursos naturais em atividades econômicas que causem o menor volume de
extração, modificação e contaminação do meio ambiente; e ao mesmo tempo possam
proporcionar rendimentos econômicos favoráveis e amplos benefícios sociais.
As definições encontradas sobre recursos naturais também vem evoluindo de uma visão
mais explotacionista de matérias-primas para aproveitamentos e considerações mais
sustentáveis sobre os usos da terra, dos ecossistemas e do meio ambiente (USGS, 1980;
JORC, 2004; CIM, 2005; King et ali, 1995; USEPA, 1995; Borrini-Feyerabend, 2000; EU-European Union, 2003;
UNESCO-United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization e IUGS-International Union of
Geological Sciences, 2006).
Considerando que os recursos naturais são elementos da natureza que podem constituir o
capital natural, podendo possuir valores sob a forma de materiais (matérias-primas),
territórios e componentes do meio ambiente (http://www.tuition.com.hk/dictionary/;
http://www.businessdictionary.com/definition/; http://dicionario.babylon.com/; http://en.wikipedia.org/wiki/;
http://www.encyclopedia.com/; http://www.answers.com/; http://www.rnrf.org/ -RNRF- Renewable Natural
Resources Foundation; USEPA, 2005 e UNESCO-IUGS, 2006).
Novamente pela sustentabilidade, seus valores sendo não só econômicos de mercado,
mas também ambientais, sociais e culturais. Em diversos dos trabalhos já citados, fica
evidente que maiores valorações podem ser obtidas através do incremento dos
conhecimentos sobre os recursos naturais e suas possibilidades de aplicações.
Os usos dos recursos naturais vêm se tornando cada vez mais importantes nos centros
urbanos, uma vez que em 2008 a população mundial urbana ultrapassou pela primeira
vez a população rural e com o rápido crescimento são previstos para 2030 quase cinco
bilhões de habitantes nas cidades e ainda a maioria com precárias condições de
sobrevivência (UN, 2008 e Estatuto das Cidades, 2001)
– Bibliography: please contact fatal@rc.unesp.br
Keys Word
sustaintability, green economy, natural capital, natural mineral abiotic resources, urban
managing, geodiversity, nature tourism, heritage natural excepcional value, , tourism natural
resurces, therapeutic mineral resources, healthy geology, health environmental, medical geology,
health tourism, health resorts, thermalism, thalassoterapie, SPA wellness anti-aging,
complementary medicine, healing water spring clay gas radon sand climate landscape, drinking
bottled nutrition curative skincare pharmacosmetic waters, balneohydrotherapy, fangotherapy,,...
Figura 2 – RNMTur Brasil
Recursos Naturais Minerais Terapêuticos
Os recursos naturais terapêuticos são aqueles que possuem características ou
componentes utilizados em curas, tratamentos, reabilitações e prevenções. Estão
relacionados às origens e fundamentos da terapêutica e atualmente fazem parte de
diversos tipos de terapias e medicinas em todo mundo. Podem ser divididos aos do
meio biótico: plantas, animais, algas, fungos, plânctons, bactérias, óleos, etc. e aos do
meio abiótico: paisagens, percursos, meios ambientes, climas, sol, calor, gases, vapores,
névoas, emanações radioativas, sais, areias, lamas, argilas, águas, minerais, cristais, etc.
Especialmente os minerais, também podem ser encontrados em bibliografia como:
recursos naturais curativos, recursos termais, recursos geotermais, recursos de SPA,
recursos terapêuticos de SPA, recursos saudáveis, recursos medicinais de resorts e
principalmente fontes, águas, lamas (fango), argilas (pelóides) e radônio curativos. As
principais propriedades, classificações e legislações a serem detectadas na avaliação
destes recursos estão relacionadas aos setores de medicina complementar, medicina
hidrológica ou crenologia, medicina preventiva e do bem estar, fisioterapia, terapias
naturais, termalismo, climatismo ou climatoterapia, hidrobalneoterapia, talassoterapia,
radonioterapia, peloterapia, nutrição, água engarrafada, fármacos, cosméticos, estética,
previdência, antienvelhecimento, etc.
Figura 3 – RNMTer exemplos

2. TÍTULO DO TRABALHO (EM LETRAS MAÍUSCULAS)
NOME DO ALUNO (EM LETRAS MAIÚSCULAS)
ORIENTADOR: NOME, CO-ORIENTADOR: NOME
Filiação (mesma que no texto escrito)