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Polo: Agudo – RS
Professor Orientador: Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi
30 de Novembro de 2012
Contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de
Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir
da percepção docente
Some contributions of Information and Communication Technologies (ICT) for the
teaching and learning process of a hydrocephalus child from a teacher’s point of view.
Janaína da Silva Antunes
Graduada em Pedagogia - Habilitação Educação Infantil - UNIFRA
Pós Graduada em Psicopedagogia - UNIFRA
Resumo
Atualmente, o cotidiano do espaço pedagógico e a diversidade de relações existentes diariamente no
ambiente escolar oferecem uma gama de questionamentos que suscitam temáticas de
aprofundamento teórico, os quais levantam indagações e desafios que, aos poucos, devido a
interesses em aprofundá-los, vão se descortinando. Percebe-se um grande avanço em diversas áreas
da tecnologia, demonstrando que a cada dia cresce a acessibilidade desse recurso pelas pessoas,
tornando-se um meio primordial e eficaz para a comunicação e informação e, assim, impulsionando a
inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais nas escolas regulares. Este
artigo versa nos resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que
investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam ao
processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia através da percepção docente, a
fim de contribuir para o aprimoramento desse processo. O trabalho foi desenvolvido através de uma
pesquisa realizada por meio de registros diários observados no Laboratório de Informática de uma
Escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja
coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório
de Informática dessa escola. Após o desenvolvimento da pesquisa, observou-se que, tendo em vista
o avançado crescimento das TIC cotidianamente e no âmbito escolar especialmente, o tema em
estudo precisa ser aprofundado buscando um maior entendimento teórico e sucessivamente prático
para que se garantam melhores condições de acesso aos alunos com necessidades educativas
2
especiais em classes regulares e também, ressignificando a prática docente a partir de uma
capacitação que contemple o uso e domínio das tecnologias.
Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação; Ensino e aprendizagem; Inclusão.
Abstract
Currently, the daily pedagogical space and diversity of relationships in daily school environment, offer
a range of questions that raise issues of theoretical development, which raises questions and
challenges that slowly, due to interest in them will deepen unfolding. It is noticed a great improvement
in many areas of technology, demonstrating that each day grows accessibility of this resource by
people becoming a primary means for communication and effective information and, driving the
inclusion of children with special educational needs in schools regular. This article focuses on the
search results of theoretical support and subsidies of concerns that investigated the contribution that
Information and Communication Technologies to add teaching-learning process of a child with
hydrocephalus awareness through teaching, in order to contribute to the improvement of process. The
study was conducted through a survey of observational nature through observations conducted at the
Laboratory of Informatics of an Elementary School in Santa Maria / RS and through a questionnaire,
which data collection was performed by the teacher responsible practice developed by the Laboratory
of Informatics of the school. After the development of the research, it was observed that in view of the
advanced growth of ICT in the school daily and especially the topic in depth study needs to be seeking
a greater theoretical understanding and practical successively so that it is ensured with greater access
conditions students with special needs in regular classes and also redefines the teaching practice from
a training that addresses the use and mastery of technology.
Key words: Information Technology and Communication, Teaching and learning Inclusion.
1. INTRODUÇÃO
Inúmeras são as questões relacionadas ao uso das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) na educação. A escola aliada a esse processo
torna-se agente de inserção de muitas crianças portadoras de necessidades
educativas especiais ao mundo letrado e também digital.
Nesse contexto de possíveis mudanças que ocorrem atualmente na
sociedade, exige-se fundamentalmente um profissional preparado e aberto aos
novos desafios propostos pelas descobertas e inovações tecnológicas, a partir de
uma proposta de ensino que venha suprir as necessidades dessa perspectiva e um
aluno que adquira conhecimento, habilidades e competências em diferentes modos,
e que em função dessas exigências adquira uma maior capacidade de aprender
agregada a conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva
comprometida com tal formação.
Na crença de que este pensamento deveria ser estabelecido como
comprometimento de todos enquanto cidadãos e profissionais da área da educação
3
e no encontro de um entendimento sobre o tema em questão, o artigo versa nos
resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que
investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação
podem agregar ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com
hidrocefalia a partir de uma pesquisa realizada no Laboratório de Informática de uma
escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria / RS e através de um
questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela
prática desenvolvida nesse Laboratório a fim de contribuir para o embasamento
teórico desse estudo e à prática do educador.
Para tanto, acredita-se que não há como romper as relações estabelecidas
pela formação profissional para que se tenham repercussões positivas no cotidiano
escolar tornando-se agente transformador, uma vez que educador e educando,
caminham com os avanços que a sociedade impõe hoje em dia.
Por acreditar que as tecnologias apontam essa mudança significativa na
educação, acredita-se que o tema a ser descortinado tenha grande importância, uma
vez que envolve as Tecnologias de Comunicação e Informação, como agente de
ressignificação da prática docente e uma melhoria na promoção da prática inclusiva.
2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM BREVE RELATO
DESSE AVANÇO
O cotidiano aponta a diversidade como um dos grandes desafios emergentes
e promotores de igualdade e de oportunidades no meio social e educacional. Nesse
contexto é inevitável desconsiderar os fatores benéficos que as Tecnologias de
Informação e Comunicação acrescentam ao dia-a-dia e, essencialmente, ao âmbito
educacional com o intuito de desenvolver habilidades e competências acerca dos
sujeitos envolvidos.
Miranda (2001, p. 42) traz em seus relatos denominações de nomenclaturas
que se referem às investigações e teorias que estão destinadas às Tecnologias de
Informação e Comunicação, onde entre elas podemos citar os termos mais usados:
Tecnologias Aplicadas à Educação, Tecnologias Educativas, Novas Tecnologias da
Informação entre outras. Porém, esse estudo será referenciado em torno do termo
Tecnologias de Informação e Comunicação onde a ele aliam-se os propósitos no
4
âmbito educacional como promotores de avanços no processo de ensino e
aprendizagem.
Nesse contexto, as Tecnologias de Informação e Comunicação, tornam-se
viés de investigação, buscando estabelecer uma relação ativa com a educação
através do entendimento e da proposta de novos desafios uma vez que Mesquita
(2001, p.32) traz em suas escritas que:
Uma sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao
sistema educativo. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são
um dos fatores mais salientes dessa mudança acelerada, a que este
sistema educativo tem de ser capaz de responder rapidamente, antecipar e
mesmo promover.
Numa sociedade em crescente transformação não há como não relevar as
influências que as Tecnologias de Informação e Comunicação exercem, sendo
instrumento de oportunidades, trazendo novos cenários para que se torne possível a
promoção dos diretos de igualdade, acessibilidade e respeito pela diversidade.
É nessa perspectiva que tais avanços na área das tecnologias têm
proporcionado a busca da igualdade e de oportunidades para todos, através de
estratégias que oportunizem o acesso às ferramentas de informação e comunicação,
como o uso do computador, ressignificando a prática pedagógica nas escolas.
Brandão (1994, p. 23) ressalta que enquanto um instrumento auxiliar, o
computador, busca auxiliar nas atividades de ensino buscando significado a
aprendizagem de conceitos já adquiridos pelos alunos e trazendo novas maneiras
de repensar o papel do educador no processo de ensino e aprendizagem que está
inserido, sendo também um agente mediador de transformações.
As Tecnologias de Informação e Comunicação trazem em seu contexto
ferramentas e recursos que complementam e impulsionam o processo de ensino e
aprendizagem sendo agente transformador, facilitador e estimulador de troca de
experiências tornando-se assim viável a comunicação entre pessoas de diversas
realidades exigindo um profissional qualificado e preparado para mediar essas
ferramentas e recursos, objetivando uma melhor qualidade no processo de ensino e
aprendizagem.
Segundo Moran (1995, p. 06) em relação a essa qualificação:
As tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam
algumas das suas funções. O professor se transforma agora no estimulador
da curiosidade; o aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a
5
informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo
de apresentação dos resultados pelos alunos.
Quando falamos no uso de tecnologias no âmbito educacional faz-se
necessário contextualizarmos e caracterizarmos esse termo.
Conforme Brandão (1994, p.13) independente do tipo de tecnologia e com as
ferramentas e recursos disponíveis, pode-se ampliar os conhecimentos melhorando
a qualidade de vida ou bem estar dos envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem, para que assim possamos atender as necessidades acerca das
inúmeras demandas, como o caso dos alunos portadores de necessidades
educativas especiais tornando-os sujeitos receptivos e flexíveis aos desafios
impostos por tal prática.
Nesse cenário, as Tecnologias de Informação e Comunicação, buscam
desenvolver de um modo geral, quando incorporadas à prática educativa, sujeitos
aptos à aceitações e a adaptação dessa realidade que busca constantemente uma
ressignificação do fazer pedagógico, onde além do seu papel, tornam-se agente de
transformação.
3. INCLUSÃO E HIDROCEFALIA: CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS
Buscar entendimento e compreensão das diferenças existentes na sociedade
torna-se tema relevante que agrega valores aos conhecimentos já existentes
proporcionando um maior interesse sobre o assunto em questão ao mesmo tempo
em que, enquanto profissionais da área de educação podemos estar sensibilizados
e contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com necessidades educativas
especiais na sociedade e no âmbito escolar, promovendo melhoria nas condições de
acolhimento dessa demanda, respeitando as necessidades, capacidades e também
fragilidades, aliados a um contexto que possa constantemente instigar a reflexão
crítica do trabalho que está sendo desenvolvido.
Para melhor embasar esse artigo torna-se pertinente, inicialmente, fazer um
resgate histórico da evolução da educação especial, apresentando resumidamente
como as pessoas foram sendo vistas historicamente.
Genericamente falando, pode-se dizer que a pessoa com deficiência é a que
apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças
físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ ou adquiridos, de
6
caráter permanente e que transportam dificuldades na sua interação com o meio ou
ambiente que as rodeia, físico e social.
Morato e Santos (2002, p. 27) apontam a hidrocefalia como sendo:
(... ) limitações substanciais no funcionamento atual. É caracterizada por um
funcionamento intelectual significativamente abaixo da média associado a
limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas do comportamento
adaptativo: comunicação, autonomia, atividades domésticas, socialização,
autonomia na comunidade, responsabilidade, saúde e segurança,
habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.
Nesse entendimento, com o passar do tempo, a sociedade foi ressignificando
a maneira de encarar e lidar com as pessoas com deficiência.
Assim, o acentuado avanço na área da informática tem proporcionado
inúmeros benefícios ao cotidiano da sociedade essencialmente no que tange a
educação, pois, acredita-se que os indivíduos adquiram conhecimento, habilidades e
competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências e
integrados nesse processo adquiram uma maior capacidade de aprender agregada
a conhecimentos prévios já existentes.
Nesse contexto, o ambiente educacional ajusta-se na tentativa de suprir
necessidades e exigências individuais viabilizando a eficácia do processo de
inclusão, sendo assim, é necessário fazermos um breve histórico do processo de
educação inclusiva, uma vez que esse tema também subsidiará essa pesquisa.
Mesquita (2001) expõe em sua escrita que a educação especial,
historicamente teve seu início no século XVI, onde profissionais das áreas de
educação e médica, ao contrário dos princípios da época, apostaram em indivíduos
com necessidades especiais que até então eram segregados, oportunizando a
esses sujeitos condições que almejavam uma sociedade para todos.
No final do século XIX, o que até então estava sendo almejado sofreu um
declínio e, todos os esforços relacionados à Inclusão foram institucionalizados e os
indivíduos tratados em locais como asilos e manicômios. Somente no século XX,
práticas voltam a apostar em uma educação para todos, assim, investem em
propostas e métodos de ensino voltados ao viés da educação, onde há a inclusão de
crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais em salas de aula
de ensino regular.
Palhares (2002), afirma que a Declaração de Salamanca, foi de extrema
importância, pois a partir dela metas primordiais foram estabelecidas objetivando
7
melhorias para o ensino através da discussão de teorias e práticas que
fundamentaram diretrizes e princípios, uniformizando o ensino de qualidade para
todos.
Estudar a Inclusão torna-se pertinente ao tema pesquisado, uma vez que a
Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 (BRASIL, 1996) dispõe que todos os alunos com
necessidades especiais devem ser atendidos, ou incluídos, nas classes regulares do
ensino comum.
Mantoan (2003) contempla em suas escritas que a inclusão escolar necessita
ser vista e entendida como uma realidade e assim incorporada ao contexto
educacional de forma que venha agregar conhecimentos, habilidades e
competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências adquira
uma maior capacidade de aprende, promovendo uma prática pedagógica
comprometida com a acessibilidade de crianças portadoras de necessidades
educativas especiais.
Assim, nesse contexto atual e de diversidade, a escola torna-se agente
promotor de igualdade de oportunidades educativas onde o todo, elemento de
heterogeneidade, abre um leque de possibilidades que podem e devem ser
trabalhadas na prática educativa.
Dentre as necessidades educativas especiais, a hidrocefalia, patologia de
inúmeras potencialidades e fragilidades torna-se instigante tema de estudos. Assim
é preciso contextualizá-la para que possamos entender suas características.
Para Zieguel (1985), a hidrocefalia é usada enquanto terminologia médica
desde a Antiguidade, onde ficou conhecida como uma deformação craniana aquosa,
daí o significado popularmente conhecido como “água na cabeça”, a qual
primeiramente não se sabia o local certo, ser era no cérebro ou no envoltório ósseo.
Esse líquido, por alguma causa, não circula com normalidade na massa encefálica,
assim passa a aumentar o tamanho da caixa craniana, trazendo limitações motoras
e cognitivas que devem ser estimuladas e trabalhadas ao longo da vida do sujeito.
Acredita-se que essa pesquisa venha auxiliar de maneira positiva ao processo
de ensino e aprendizagem permitindo que esse aluno desenvolva suas habilidades e
competências e que através do uso de ferramentas advindas das Tecnologias de
Comunicação e Informação o seu processo de ensino e aprendizagem possa estar
contemplando o processo de inclusão no contexto da escola regular. Mantoan (2000,
p. 02) comenta:
8
Para se tornar inclusivas, acessíveis a todos os seus alunos, as escolas
precisam se organizar como sistemas abertos, em função das trocas entre
seus elementos e com aqueles que lhe são extremos. Os professores
precisam dotar as salas de aula e os demais espaços pedagógicos de
recursos variados, propiciando atividades flexíveis, abragentes em seus
objetivos e conteúdos, nas quais os alunos se encaixam, segundo seus
interesses, inclinações e habilidades.
Nessa forma de pensar, enquanto profissionais da área da educação,
passamos a acreditar numa escola inclusiva onde possa ser constantemente
repensada a prática educativa também, através das ferramentas das Tecnologias de
Informação e Comunicação, contemplando a criança através de sua especificidade,
onde a escola passa a ter o seu verdadeiro sentido, de estar a serviço de todos e
para todos.
4. CONTRIBUIÇÕES DAS TIC PARA O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM HIDROCEFALIA
A evolução e expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação
agregam mudanças repercutidas na Sociedade e desse modo impondo desafios e
estratégias a serem trabalhadas com a heterogeneidade, que gradativamente irão
ressignificar a prática docente, partindo de um espaço que além de regular, torna-se
promotor de uma prática considerada inclusiva, como Mantoan (2000, p.58) expõe:
(...) em uma palavra, precisamos somar competências, produzir tecnologia,
aplicá-la à educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem
definidos e a partir de princípios que recusam toda e qualquer forma de
exclusão social e toda e qualquer atitude que discrimine e segregue as
pessoas, mesmo em se tratando das situações cruciais de apoio às suas
necessidades.
Partindo dessa concepção, compreende-se a necessidade de uma maior
adaptação das práticas sociais, tendo em vista que gradativamente as Tecnologias
de Informação e Comunicação buscam um lugar de ascensão e de valia contribuindo
enquanto recurso educacional, essencialmente a alunos com necessidades
educativas especiais, torna-se uma ferramenta de contribuição e instrumento
colaborativo na prática educacional e social, promovendo uma escola para todos.
Dentre as inúmeras possibilidades oferecidas pelas TIC, enquanto promotora
de inclusão, podemos ressaltar a interação de crianças portadoras de necessidades
educativas nesse caso os portadores de hidrocefalia.
9
Essas crianças apresentam limitações próprias da deficiência que fragilizam
os aspectos motores, auditivos, visual e cognitivo e nesse cenário as Tecnologias de
Informação e Comunicação agregam valores satisfatórios a sua realidade bem como
o possível desenvolvimento de competências e habilidades a esses sujeitos,
minimizando os impactos trazidos por essa patologia.
Acredita-se que a evolução da tecnologia, tanto na área clínica quanto no
âmbito escolar possa oportunizar técnicas e recursos tecnológicos que possam estar
intervindo junto a esses sujeitos desenvolvendo potencialidades e agindo como
promotor de melhorias nos possíveis déficits advindos desse contexto,
desenvolvendo com sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros
atributos que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos
alunos, estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem.
Mantoan (2000), elucida algumas vantagens relacionadas ao uso das
tecnologias para crianças com necessidades educativas especiais, ao qual
referencia a flexibilização de outros recursos que possam estar sendo somados ao
desenvolvimento dessas crianças, possibilitando a superação das dificuldades dos
que têm.
Inúmeras são as contribuições que as Tecnologias de Informação e
Comunicação trazem a prática pedagógica sendo de importância para o processo de
ensino e aprendizagem possibilitando a integração de diferentes saberes. Nessa
perspectiva, Mantoan (2003) relembra a convicção de que a escola deve preparar
para o futuro e se, por parte das crianças houver a valorização, o convívio e o
entendimento de estar com o diferente no contexto educacional, teremos adultos
que serão receptivos a valorização de políticas de inclusão.
5. METODOLOGIA
Partindo do entendimento de que as Tecnologias de Informação e
Comunicação agregam relevante importância ao processo de ensino e
aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais e, que além
desse âmbito o comprometimento com esses sujeitos é também de relevância social
uma vez que se almeja uma perspectiva ao qual o aluno adquira conhecimento,
habilidades e competências em diferentes modos, e que em função desse
desenvolvimento adquira uma maior capacidade de aprender agregada a
10
conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva
comprometida com tal formação.
Deste modo o referido artigo advém da problemática em torno da seguinte
questão: Quais as contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação
(TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a
partir da percepção docente?
Sendo assim, com o intuito de embasar essa investigação, optou-se por uma
metodologia de abordagem qualitativa onde, primeiramente realizou-se uma
pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2002, p.44) “é desenvolvida com material já
elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos”; com base em
literaturas pertinentes ao tema em questão.
Posteriormente desenvolveu-se uma pesquisa de campo, que teve como
objetivo coletar dados sobre um determinado meio, procurando entender com maior
profundidade o tema em estudo, apresentando flexibilidade, podendo assim
favorecer a reformulação dos objetivos no decorrer da pesquisa, a partir de um
contato direto com a situação de estudo. Segundo Gil (2002, p.53), “este tipo de
pesquisa, possibilita ao pesquisador uma maior participação, tornando também
maior a probabilidade dos sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis”.
A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de observações realizadas no
Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da cidade de
Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada
junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de
informática dessa escola.
Quanto ao tratamento dos dados coletados foram tomados alguns cuidados,
seguindo princípios éticos, sendo essas questões relevantes para desenvolver esse
estudo, visando não correr o risco de invalidar a pesquisa, como o consentimento
dos indivíduos (APÊNDICE A), de estarem cientes de que se trata de uma pesquisa
científica, assegurando o sigilo e o anonimato aos sujeitos.
A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semi-aberto
(APÊNDICE B), oportunizando ao respondente, escolher sua resposta ou
acrescentar alternativa a partir do seu ponto de vista e discorrer de questões quando
instigado.
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O questionário semiaberto continha dez questões que oportunizaram o
respondente expressar seu entendimento, possibilitando conhecer a sua percepção
frente ao tema em estudo.
O método de análise adotado para interpretação dos resultados foi à análise
de conteúdo, que Triviños (apud BARDIN, 1987, p.160) caracteriza como:
Um meio para estudar as “comunicações” entre os homens, colocando
ênfase no conteúdo “das mensagens”. Isto é limita o âmbito do método,
privilegiando, mas não excluem outros meios de comunicação, as formas de
linguagem escrita e oral. Verdadeiramente, a intenção é usar o método de
analise de conteúdo nas mensagens escritas, porque podemos voltar todas
as vezes que desejarmos.
Pode-se dizer que, por meio da análise de conteúdo, é possível organizar e refletir
sobre os dados contidos nas comunicações, constituindo-se numa importante ferramenta
para pesquisas de um modo geral.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente faz-se necessário contextualizar o âmbito pesquisado a fim de
darmos subsídios para o desenrolar desse referencial. As observações foram
realizadas no Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da
cidade de Santa Maria / RS no período de 10 de Setembro a 23 de Outubro de 2012,
nas terças – feiras no horário das 14h às 14h e 45 min e através de um questionário,
cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática
desenvolvida nesse Laboratório, o qual é licenciada em Pedagogia, atuante em
classe regular durante 23 anos, pós graduada em Gestão Escolar, sendo que há 02
anos está responsável pelo Laboratório de Informática da Instituição.
Já as observações realizadas tiveram como foco uma turma de 3º ano do
ensino fundamental, constituída de 28 alunos sendo que nesse número 01 aluno é
portador de necessidades educativas especiais, sendo ela a hidrocefalia.
Acredita-se que essas informações sejam relevantes e contribuam para o
embasamento desse estudo, pois, nas atividades observadas no Laboratório de
Informática e pela dinâmica apresentada foi possível verificar que a escola torna-se
um espaço de acesso ao conhecimento e um dos lugares que vai proporcionar
condições aos portadores de necessidades educativas especiais para que os torne
agentes transformadores, conferindo-os oportunidades para uma melhor adaptação
à Sociedade (MANTOAN, 2003).
12
Assim, o ambiente observado, busca diariamente estabelecer ações para que
a escola possa ser um espaço onde todos tenham os mesmos direitos e deveres,
tratando a questão que envolve a diversidade como um viés capaz de garantir a
todos os envolvidos nesse contexto papel ativo e determinante.
Nesse cenário, visualizou-se que constantemente a prática pedagógica deve
ser revista, uma vez que o processo de inclusão propõe essa dinâmica à medida que
são propostas mudanças de paradigmas, onde se parte de um modelo único de
educação para uma proposta onde a ressignificação torna-se constante aliada do
educador para efetivar a política de educação.
Assim, o docente precisa criar condições para construir conhecimentos sobre
as técnicas computacionais, entendendo e dominando essa área para que possa
integrar a sua prática pedagógica, superando barreiras que vão de ordem
administrativas à pedagógicas, voltando-se aos interesses de cada aluno e suas
particularidades (VALENTE, 1991).
É pertinente salientar que frente ao desafio proposto pela inclusão, as
observações e os dados coletados pela entrevistada, entende-se que a formação
continuada e a qualificação relacionada ao tema fazem-se necessárias,
principalmente quando falamos em Tecnologias da Informação e Comunicação, indo
além do domínio e manuseio da máquina e sim, através de conhecimentos teóricos
e práticos e da ressignificação diária do fazer pedagógico, unindo competências que
desenvolvam antes de qualquer ato as capacidades e habilidades do educador no
seu próprio fazer docente.
Em um apanhado do questionário respondido pela educadora regente desse
Laboratório foi possível observar que embora o uso das Tecnologias de Informação
e Comunicação seja contemplado no Projeto Pedagógico da escola, a educadora
utiliza os recursos das TIC através de projetos, facilitando a sua interface com outras
áreas de saberes de forma lúdica e criativa. Também no questionário, foi possível
observar que há uma preocupação no uso desse Laboratório em desenvolver
habilidades e competências aos seus alunos respeitando o ritmo próprio de cada
um, tornando-se agente facilitador do processo de ensino e aprendizagem.
As respostas da educadora apontam que a mesma sente-se despreparada
para a efetivação da prática pedagógica uma vez que relata que os cursos que
realizou trazem somente informações básicas que acabam por ser insuficientes,
pois, ajudaram apenas no domínio técnico dos comandos do computador.
13
No que tange o âmbito da inclusão, a mesma refere-se na questão 7, do
Apêndice B, que:
Entendo que o processo de inclusão é um grande desafio pessoal e em
minha prática, porém traz obstáculos que devo trabalhar todos os dias, uma
vez que o aluno incluso em minha turma apresenta uma necessidade
especial que quase não há teoria para me auxiliar.
Assim é visível que o fenômeno de inclusão existe, porém é necessário que
além de qualificação contínua, a formação inicial também é necessária e requer
grande base para a atuação nessa área de avanços tecnológicos e de comunicação
aliadas as competências e habilidades que resultam na prática inclusiva.
A partir do observado e das questões respondidas pela educadora, em
relação as possíveis contribuições que as Tecnologias de Educação e Informação
podem estar trazendo ao processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso é
viável pontuar; que tendo em vista o engajamento das TIC com uma educação de
qualidade, agrega-se valores a prática pedagógica quando as aulas no Laboratório
de Informática possam estar sendo elaboradas sob um olhar lúdico, prazeroso e
reflexivo, trazendo um leque de possibilidades que podem desafiar experiências e
aprendizagens de uma maneira espontânea e positiva, onde o educador torna-se
mediador desse processo. Nesse sentido a entrevistada descreve, quando responde
a questão 8, do Apêndice B que:
Vejo que ele se sente bem a vontade no laboratório, realiza as atividades
que proponho, um pouco devagar, mas faz, brinca e conversa com os
coleguinhas. O computador acaba sendo um meio fácil que ajuda no
aprendizado no laboratório e em outras situações que poderão surgir até
mesmo na sala de aula.
Dentre as habilidades e competências desenvolvidas pela turma, que
possibilitam o processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso, portador de
hidrocefalia, instigados pela prática pedagógica observada, salienta-se o avanço,
dentro de seu ritmo próprio, obedecendo suas fragilidades e promovendo maiores
potencialidades como por exemplo ao manusear o mouse o que traz benefícios ao
seu desenvolvimento motor, ao gosto por querer desenvolver atividades com a
interação com jogos, a percepção de letras, números e códigos desenvolvendo suas
habilidades para a escrita e leitura, o uso de mídias para assistir um filme, escutar
uma música, realizar desenhos, navegar na internet, demonstrando acima de tudo,
14
embora lentamente, um pensamento estruturado dentro da cultura digital e do fazer
pedagógico e contribuindo de forma favorável a socialização e a inclusão.
Para Valente (1991, p. 13), os recursos que as tecnologias oferecem tornam-
se facilitadores e promotores de mudanças que vão desde o contexto escolar até as
relações estabelecidas pelo dia-a-dia, pois, conforme vão sendo descobertas essas
tecnologias, vão sendo descobertas, também, maneiras de utilizá-las,
proporcionando a troca de experiências e novos saberes.
Nas respostas trazidas pela educadora evidencia-se que há uma busca
constante pelo desenvolvimento de potencialidades relacionadas ao processo de
ensino e aprendizagem do aluno incluso, porém a mesma acredita que o muito que
faz ainda é pouco, tendo em vista a dimensão que o processo de inclusão requer.
Quando indagada a responder sobre as possibilidades das Tecnologias de
Informação e Comunicação estarem contribuindo para o processo de ensino e
aprendizagem de seu aluno com hidrocefalia, refere que as atividades, conteúdos e
ações que busca realizar, desenvolvem potencialidades que contribuem mais para o
desenvolvimento motor do que cognitivo de seu aluno e que necessitaria de
motivação e capacitação constante para assim atingir os pressupostos que a
inclusão e a prática pedagógica propõem. Isso fica evidente quando coloca, na
questão 9 do Apêndice B que:
(...) faço o que posso, vejo que é pouco, aliás, muito pouco. Falta um
preparo maior e um investimento apropriado nessa área como uma
infraestrutura melhorada e uma melhor remuneração. Eu cumpro com o que
a escola pede, mas a maneira como estou fazendo penso que pode ser
melhorada, pois hoje acabo privilegiando somente o lado motor desse
aluno.
Finalizando, acredita-se serem favoráveis e desafiantes as contribuições das
Tecnologias de Informação e Comunicação, quanto ao processo de ensino e
aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir de uma ressignificação do
fazer pedagógico e da capacitação contínua dos profissionais engajados nessa
causa, comprometidos com uma educação de qualidade e mediadores do processo
de construção do conhecimento, oferecendo possibilidades de interação e
comunicação a todos os seus educandos.
Almeja-se um profissional crítico e que tenha o seu respaldo diário, na
pesquisa, na ação e na reflexão como fatores relevantes de crescimento pessoal e
também voltado ao desenvolvimento de possibilidades para o educando na
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construção do conhecimento, preparando-o para conviver numa sociedade que a
cada dia torna-se mais equiparada pela tecnologia. Assim, as palavras de Coscarelli
(2006, p. 25), tornam-se pertinente quando diz que o “valor da tecnologia não está
nela em si mesma, mas depende do uso que dela fazemos”.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como profissionais da área da educação, é intrínseco e essencial preocupar-
se constantemente em buscar um maior entendimento, compreensão e reflexão das
diferenças existentes na sociedade, agregando valores aos conhecimentos e
conceitos já adquiridos, contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com
necessidades educativas especiais, auxiliando na promoção e melhoria das
condições de acolhimento dessa demanda.
Assim considerando o avançado crescimento das Tecnologias de Informação
e Comunicação no cotidiano e também no âmbito escolar enfatizo a importância da
utilização dos recursos e ferramentas aliados ao fazer pedagógico como
complemento ao processo de ensino e aprendizagem, possibilitando a aquisição de
novos conceitos e ressignificações por parte do aluno e do educador, por um viés
onde a escola torna-se parceira essencial ao processo de democratização e
promotora de ações reflexivas e cidadãs, uma vez que a diversidade e
heterogeneidade são desafios considerados emergentes e, a inclusão torna-se real
e pertinente agregada a essas tecnologias.
Entende-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação trazem um
leque de novos horizontes e possibilidades de interação entre as pessoas.
Assim, acredita-se ter contribuído na ampliação dos conhecimentos acerca do
uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em âmbito escolar com o intuito
de aprofundar diálogos e questões que tangem as tecnologias indo de encontro a
novos horizontes que desencadeiam os processos de ensino e aprendizagem
desenvolvendo em sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros atributos
que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos alunos,
estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem e oportunizando ao
educador um leque flexível de possibilidades e estratégias que fomentem a prática
pedagógica.
16
Sabe-se que essa pesquisa é de relevância, bem como o investimento à
capacitação e qualificação dos educadores, uma vez que enquanto profissionais
voltados e comprometidos com a promoção de ações reflexivas e cidadãs deve-se
contemplar a diversidade e a heterogeneidade, considerando-os desafios
emergentes de nosso cotidiano e, assim tornando a inclusão de portadores de
necessidades educativas especiais, real e pertinente agregada à importância dos
recursos que as Tecnologias de Comunicação e Informação dispõem a serviço da
educação.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº. 9394/96.
Brasília: Câmara dos Deputados; 1996.
BRANDÃO, E.J.R. Informática e Educação: uma difícil aliança. Passo Fundo:
UPF, 1994.
COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de
pensar. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Texto publicado em Espaço: Informativo técnico -
cientifico do INES, nº. 13 (janeiro-junho 2000), Rio de Janeiro: INES, 2000.
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? São Paulo:
Moderna; 2003.
MARINS, S.C. e PALHARES, M.S. Escola inclusiva. São Carlos: EDUFCAR, 2002.
MESQUITA, H. (2001). Educação especial em Portugal no último quarto do
Século XX. Dissertação de Doutoramento, Universidad de Salamanca, Faculdad de
Educación, Salamanca.
MIRANDA, J.R.; CARMO, A.A. Metas e estratégias de ações poítico-pedagógicas
voltadas para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais
nas aulas de educação física do sistema regular de ensino. Revista da
SOBAMA, Rio Claro, v.6, n.1, p.47-49, dez. 2001.
MORAN, José Manuel. Internet no ensino. Comunicação e Educação. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
17
MORATO, P., & SANTOS, S. Comportamento Adaptativo. Coleção Educação
Especial. Porto: Porto Editora, 2002.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987.
UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades
Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994.
VALENTE, José Armando (org). Liberando a mente: computadores na educação
especial. Campinas: UNICAMP, 1991.
ZIEGUEL, E.E. Enfermagem obstétrica. 8, ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara,
1985.
Nome do autor: Janaína da Silva Antunes – janatutora@hotmail.com
Nome do orientador: Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi –
reinilda.minuzzi@gmail.com
18
APÊNDICES
APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Pelo presente termo de consentimento, declaro que fui informado (a) de forma
clara, das justificativas, dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa INTITULADA
“Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de
Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção
docente”.
Objetivos da pesquisa: Geral: Investigar as possíveis contribuições das
Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino aprendizagem de
uma criança com hidrocefalia. Objetivos Específicos: Identificar as possíveis
potencialidades de aprendizagem de uma criança com hidrocefalia; Verificar as
ferramentas e recursos das TIC adotadas na prática educativa inclusiva a fim de
contribuir para esse processo acerca da visão do educador.
A coleta de dados será por meio de questionário semi-aberto, oportunizando
ao respondente, escolher sua resposta ou acrescentar alternativa a partir do seu
ponto de vista. Segundo Gil (2002), o questionário é um instrumento que se constrói
a partir de perguntas sem a presença do entrevistador.
A pesquisa observará também a sua adequação no que diz respeito aos
princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder
a incertezas, prevalecendo sempre às probabilidades dos benefícios esperados
sobre os riscos previsíveis, tanto individuais como coletivos.
A necessidade da presente pesquisa justifica-se por entender que, ao fazer
uma escolha profissional o sujeito precisa gostar conhecer e ter afinidade com a
área que pretende atuar. Assim escolha da profissão deve ser tratada com
seriedade, responsabilidade e maturidade. Portanto, segundo Imbernóm (2006, p.
24), “a profissão é um conceito que, no campo das ações, alude a um modo
particular de exercê-la. Não é um termo cujos limites de aplicação encontram-se
definidos. Ele comporta as mais variadas ocupações”.
Neste termo considerando-me livre e esclarecido (a), consinto em participar
da pesquisa proposta, resguardando à autora do projeto a propriedade intelectual.
A especializanda do Curso de Pós Graduação em Tecnologias de Informação
e Comunicação, responsável por este estudo, é Janaína da Silva Antunes e, está
19
sendo desenvolvida sob a orientação da Professora Drª. Reinilda de Fátima
Berguenmayer Minuzzi, que poderão ser contatadas sempre que necessário pelos
telefones: 055- 3217-1734 e 055- 8401-8963.
Data: ____/____/2012.
Nome do responsável: _________________________________________________
Testemunhas:________________________________________________________
Assinatura :__________________________________________________________
Nome da pesquisadora :________________________________________________
Telefone para contato__________________________________________________
Assinatura___________________________________________________________
20
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO
Prezado (a) Participante:
Por meio desta, solicito sua colaboração para a aplicação do presente questionário
que embasará o artigo final para obtenção do título de especialista em Tecnologias
da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação da Universidade Federal de
Santa Maria referente ao desenvolvimento da pesquisa que tem como titulo
“Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de
Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção
docente”.
As informações deste questionário serão confidenciais e, serão divulgadas apenas
em eventos ou publicações cientificas, não havendo identificação dos voluntários,
sendo assegurado o sigilo sobre sua participação.
Sem mais, desde já agradeço por sua participação para o aprendizado pessoal e
aprofundamento do tema em questão.
Janaína da Silva Antunes
Especializanda em Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação
Matricula Institucional 201170398
Universidade Federal de Santa Maria
Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi
Professora Doutora e Orientadora da Pesquisa
Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação
Santa Maria, setembro de 2012.
21
Dados do Entrevistado (a)
Formação:
Tempo de atuação:
Possui formação/ capacitação na área das TIC:
Dados da Escola
Identificação da Escola:
Dados da Turma
Identificação da Turma:
Turno de funcionamento:
Nº. de alunos na turma:
Dados do Laboratório de Informática
Dias e turnos de funcionamento do Laboratório:
Nº. de computadores no Laboratório:
1-Existe algum responsável pelo planejamento/ desenvolvimento de projetos e
ações que contemplem a área de Tecnologias de Comunicação e Informação em
sua escola?
( ) Sim
( ) Não
2- A utilização das TIC está contemplada no plano de ações diárias de sua turma,
respeitando as individualidades e o ritmo próprio de aprendizagem de cada criança,
em particular, os alunos com necessidades educativas especiais?
( ) Sim
( ) Não
( ) Em Parte
22
3- Você sente-se preparado para o trabalho com a diversidade e inclusão de
crianças com necessidades educativas especiais em classe regular?
( ) Sim
( ) Não
( ) Em Parte
4- Você consegue desenvolver um trabalho em conjunto com o professor
responsável pela turma, focado no desenvolvimento das potencialidades e
particularidades dos alunos com necessidades educativas especiais?
( ) Sim
( ) Não
( Em Parte
5- Em sua opinião, você acredita que sua prática colabora para o desenvolvimento
de seus alunos em especial das crianças com necessidades educativas especiais,
oportunizando situações em que todos tenham acesso as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC)?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6- Em sua opinião, você faz uso dos recursos e ferramentas que as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) disponibilizam embasando sua prática e
contribuindo para o avanço do processo de ensino e aprendizagem dos alunos, em
especial das crianças com necessidades educativas especiais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7- Em quais aspectos, em sua opinião, você acredita que esteja colaborando para a
aprendizagem das crianças com necessidades educativas especiais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
23
8- Como você avalia a aprendizagem de seus alunos nas atividades desenvolvidas
no Laboratório de Informática? De que maneira?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9- Em sua opinião, você sente-se preparado para o trabalho com a inclusão de
crianças com necessidades educativas especiais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10 – Você, em sua opinião busca formação e capacitação voltadas à área das
Tecnologias de Informação e Comunicação, de que forma?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Conclusão tics janaina da silva antunes

  • 1. 1 Polo: Agudo – RS Professor Orientador: Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi 30 de Novembro de 2012 Contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção docente Some contributions of Information and Communication Technologies (ICT) for the teaching and learning process of a hydrocephalus child from a teacher’s point of view. Janaína da Silva Antunes Graduada em Pedagogia - Habilitação Educação Infantil - UNIFRA Pós Graduada em Psicopedagogia - UNIFRA Resumo Atualmente, o cotidiano do espaço pedagógico e a diversidade de relações existentes diariamente no ambiente escolar oferecem uma gama de questionamentos que suscitam temáticas de aprofundamento teórico, os quais levantam indagações e desafios que, aos poucos, devido a interesses em aprofundá-los, vão se descortinando. Percebe-se um grande avanço em diversas áreas da tecnologia, demonstrando que a cada dia cresce a acessibilidade desse recurso pelas pessoas, tornando-se um meio primordial e eficaz para a comunicação e informação e, assim, impulsionando a inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais nas escolas regulares. Este artigo versa nos resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia através da percepção docente, a fim de contribuir para o aprimoramento desse processo. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa realizada por meio de registros diários observados no Laboratório de Informática de uma Escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de Informática dessa escola. Após o desenvolvimento da pesquisa, observou-se que, tendo em vista o avançado crescimento das TIC cotidianamente e no âmbito escolar especialmente, o tema em estudo precisa ser aprofundado buscando um maior entendimento teórico e sucessivamente prático para que se garantam melhores condições de acesso aos alunos com necessidades educativas
  • 2. 2 especiais em classes regulares e também, ressignificando a prática docente a partir de uma capacitação que contemple o uso e domínio das tecnologias. Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação; Ensino e aprendizagem; Inclusão. Abstract Currently, the daily pedagogical space and diversity of relationships in daily school environment, offer a range of questions that raise issues of theoretical development, which raises questions and challenges that slowly, due to interest in them will deepen unfolding. It is noticed a great improvement in many areas of technology, demonstrating that each day grows accessibility of this resource by people becoming a primary means for communication and effective information and, driving the inclusion of children with special educational needs in schools regular. This article focuses on the search results of theoretical support and subsidies of concerns that investigated the contribution that Information and Communication Technologies to add teaching-learning process of a child with hydrocephalus awareness through teaching, in order to contribute to the improvement of process. The study was conducted through a survey of observational nature through observations conducted at the Laboratory of Informatics of an Elementary School in Santa Maria / RS and through a questionnaire, which data collection was performed by the teacher responsible practice developed by the Laboratory of Informatics of the school. After the development of the research, it was observed that in view of the advanced growth of ICT in the school daily and especially the topic in depth study needs to be seeking a greater theoretical understanding and practical successively so that it is ensured with greater access conditions students with special needs in regular classes and also redefines the teaching practice from a training that addresses the use and mastery of technology. Key words: Information Technology and Communication, Teaching and learning Inclusion. 1. INTRODUÇÃO Inúmeras são as questões relacionadas ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação. A escola aliada a esse processo torna-se agente de inserção de muitas crianças portadoras de necessidades educativas especiais ao mundo letrado e também digital. Nesse contexto de possíveis mudanças que ocorrem atualmente na sociedade, exige-se fundamentalmente um profissional preparado e aberto aos novos desafios propostos pelas descobertas e inovações tecnológicas, a partir de uma proposta de ensino que venha suprir as necessidades dessa perspectiva e um aluno que adquira conhecimento, habilidades e competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências adquira uma maior capacidade de aprender agregada a conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva comprometida com tal formação. Na crença de que este pensamento deveria ser estabelecido como comprometimento de todos enquanto cidadãos e profissionais da área da educação
  • 3. 3 e no encontro de um entendimento sobre o tema em questão, o artigo versa nos resultados da busca de sustentação teórica e dos subsídios de inquietações que investigaram as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação podem agregar ao processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir de uma pesquisa realizada no Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria / RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida nesse Laboratório a fim de contribuir para o embasamento teórico desse estudo e à prática do educador. Para tanto, acredita-se que não há como romper as relações estabelecidas pela formação profissional para que se tenham repercussões positivas no cotidiano escolar tornando-se agente transformador, uma vez que educador e educando, caminham com os avanços que a sociedade impõe hoje em dia. Por acreditar que as tecnologias apontam essa mudança significativa na educação, acredita-se que o tema a ser descortinado tenha grande importância, uma vez que envolve as Tecnologias de Comunicação e Informação, como agente de ressignificação da prática docente e uma melhoria na promoção da prática inclusiva. 2. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UM BREVE RELATO DESSE AVANÇO O cotidiano aponta a diversidade como um dos grandes desafios emergentes e promotores de igualdade e de oportunidades no meio social e educacional. Nesse contexto é inevitável desconsiderar os fatores benéficos que as Tecnologias de Informação e Comunicação acrescentam ao dia-a-dia e, essencialmente, ao âmbito educacional com o intuito de desenvolver habilidades e competências acerca dos sujeitos envolvidos. Miranda (2001, p. 42) traz em seus relatos denominações de nomenclaturas que se referem às investigações e teorias que estão destinadas às Tecnologias de Informação e Comunicação, onde entre elas podemos citar os termos mais usados: Tecnologias Aplicadas à Educação, Tecnologias Educativas, Novas Tecnologias da Informação entre outras. Porém, esse estudo será referenciado em torno do termo Tecnologias de Informação e Comunicação onde a ele aliam-se os propósitos no
  • 4. 4 âmbito educacional como promotores de avanços no processo de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, as Tecnologias de Informação e Comunicação, tornam-se viés de investigação, buscando estabelecer uma relação ativa com a educação através do entendimento e da proposta de novos desafios uma vez que Mesquita (2001, p.32) traz em suas escritas que: Uma sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao sistema educativo. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são um dos fatores mais salientes dessa mudança acelerada, a que este sistema educativo tem de ser capaz de responder rapidamente, antecipar e mesmo promover. Numa sociedade em crescente transformação não há como não relevar as influências que as Tecnologias de Informação e Comunicação exercem, sendo instrumento de oportunidades, trazendo novos cenários para que se torne possível a promoção dos diretos de igualdade, acessibilidade e respeito pela diversidade. É nessa perspectiva que tais avanços na área das tecnologias têm proporcionado a busca da igualdade e de oportunidades para todos, através de estratégias que oportunizem o acesso às ferramentas de informação e comunicação, como o uso do computador, ressignificando a prática pedagógica nas escolas. Brandão (1994, p. 23) ressalta que enquanto um instrumento auxiliar, o computador, busca auxiliar nas atividades de ensino buscando significado a aprendizagem de conceitos já adquiridos pelos alunos e trazendo novas maneiras de repensar o papel do educador no processo de ensino e aprendizagem que está inserido, sendo também um agente mediador de transformações. As Tecnologias de Informação e Comunicação trazem em seu contexto ferramentas e recursos que complementam e impulsionam o processo de ensino e aprendizagem sendo agente transformador, facilitador e estimulador de troca de experiências tornando-se assim viável a comunicação entre pessoas de diversas realidades exigindo um profissional qualificado e preparado para mediar essas ferramentas e recursos, objetivando uma melhor qualidade no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Moran (1995, p. 06) em relação a essa qualificação: As tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade; o aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a
  • 5. 5 informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos. Quando falamos no uso de tecnologias no âmbito educacional faz-se necessário contextualizarmos e caracterizarmos esse termo. Conforme Brandão (1994, p.13) independente do tipo de tecnologia e com as ferramentas e recursos disponíveis, pode-se ampliar os conhecimentos melhorando a qualidade de vida ou bem estar dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, para que assim possamos atender as necessidades acerca das inúmeras demandas, como o caso dos alunos portadores de necessidades educativas especiais tornando-os sujeitos receptivos e flexíveis aos desafios impostos por tal prática. Nesse cenário, as Tecnologias de Informação e Comunicação, buscam desenvolver de um modo geral, quando incorporadas à prática educativa, sujeitos aptos à aceitações e a adaptação dessa realidade que busca constantemente uma ressignificação do fazer pedagógico, onde além do seu papel, tornam-se agente de transformação. 3. INCLUSÃO E HIDROCEFALIA: CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS Buscar entendimento e compreensão das diferenças existentes na sociedade torna-se tema relevante que agrega valores aos conhecimentos já existentes proporcionando um maior interesse sobre o assunto em questão ao mesmo tempo em que, enquanto profissionais da área de educação podemos estar sensibilizados e contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com necessidades educativas especiais na sociedade e no âmbito escolar, promovendo melhoria nas condições de acolhimento dessa demanda, respeitando as necessidades, capacidades e também fragilidades, aliados a um contexto que possa constantemente instigar a reflexão crítica do trabalho que está sendo desenvolvido. Para melhor embasar esse artigo torna-se pertinente, inicialmente, fazer um resgate histórico da evolução da educação especial, apresentando resumidamente como as pessoas foram sendo vistas historicamente. Genericamente falando, pode-se dizer que a pessoa com deficiência é a que apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ ou adquiridos, de
  • 6. 6 caráter permanente e que transportam dificuldades na sua interação com o meio ou ambiente que as rodeia, físico e social. Morato e Santos (2002, p. 27) apontam a hidrocefalia como sendo: (... ) limitações substanciais no funcionamento atual. É caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média associado a limitações relativas a duas ou mais das seguintes áreas do comportamento adaptativo: comunicação, autonomia, atividades domésticas, socialização, autonomia na comunidade, responsabilidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. Nesse entendimento, com o passar do tempo, a sociedade foi ressignificando a maneira de encarar e lidar com as pessoas com deficiência. Assim, o acentuado avanço na área da informática tem proporcionado inúmeros benefícios ao cotidiano da sociedade essencialmente no que tange a educação, pois, acredita-se que os indivíduos adquiram conhecimento, habilidades e competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências e integrados nesse processo adquiram uma maior capacidade de aprender agregada a conhecimentos prévios já existentes. Nesse contexto, o ambiente educacional ajusta-se na tentativa de suprir necessidades e exigências individuais viabilizando a eficácia do processo de inclusão, sendo assim, é necessário fazermos um breve histórico do processo de educação inclusiva, uma vez que esse tema também subsidiará essa pesquisa. Mesquita (2001) expõe em sua escrita que a educação especial, historicamente teve seu início no século XVI, onde profissionais das áreas de educação e médica, ao contrário dos princípios da época, apostaram em indivíduos com necessidades especiais que até então eram segregados, oportunizando a esses sujeitos condições que almejavam uma sociedade para todos. No final do século XIX, o que até então estava sendo almejado sofreu um declínio e, todos os esforços relacionados à Inclusão foram institucionalizados e os indivíduos tratados em locais como asilos e manicômios. Somente no século XX, práticas voltam a apostar em uma educação para todos, assim, investem em propostas e métodos de ensino voltados ao viés da educação, onde há a inclusão de crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais em salas de aula de ensino regular. Palhares (2002), afirma que a Declaração de Salamanca, foi de extrema importância, pois a partir dela metas primordiais foram estabelecidas objetivando
  • 7. 7 melhorias para o ensino através da discussão de teorias e práticas que fundamentaram diretrizes e princípios, uniformizando o ensino de qualidade para todos. Estudar a Inclusão torna-se pertinente ao tema pesquisado, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 (BRASIL, 1996) dispõe que todos os alunos com necessidades especiais devem ser atendidos, ou incluídos, nas classes regulares do ensino comum. Mantoan (2003) contempla em suas escritas que a inclusão escolar necessita ser vista e entendida como uma realidade e assim incorporada ao contexto educacional de forma que venha agregar conhecimentos, habilidades e competências em diferentes modos, e que em função dessas exigências adquira uma maior capacidade de aprende, promovendo uma prática pedagógica comprometida com a acessibilidade de crianças portadoras de necessidades educativas especiais. Assim, nesse contexto atual e de diversidade, a escola torna-se agente promotor de igualdade de oportunidades educativas onde o todo, elemento de heterogeneidade, abre um leque de possibilidades que podem e devem ser trabalhadas na prática educativa. Dentre as necessidades educativas especiais, a hidrocefalia, patologia de inúmeras potencialidades e fragilidades torna-se instigante tema de estudos. Assim é preciso contextualizá-la para que possamos entender suas características. Para Zieguel (1985), a hidrocefalia é usada enquanto terminologia médica desde a Antiguidade, onde ficou conhecida como uma deformação craniana aquosa, daí o significado popularmente conhecido como “água na cabeça”, a qual primeiramente não se sabia o local certo, ser era no cérebro ou no envoltório ósseo. Esse líquido, por alguma causa, não circula com normalidade na massa encefálica, assim passa a aumentar o tamanho da caixa craniana, trazendo limitações motoras e cognitivas que devem ser estimuladas e trabalhadas ao longo da vida do sujeito. Acredita-se que essa pesquisa venha auxiliar de maneira positiva ao processo de ensino e aprendizagem permitindo que esse aluno desenvolva suas habilidades e competências e que através do uso de ferramentas advindas das Tecnologias de Comunicação e Informação o seu processo de ensino e aprendizagem possa estar contemplando o processo de inclusão no contexto da escola regular. Mantoan (2000, p. 02) comenta:
  • 8. 8 Para se tornar inclusivas, acessíveis a todos os seus alunos, as escolas precisam se organizar como sistemas abertos, em função das trocas entre seus elementos e com aqueles que lhe são extremos. Os professores precisam dotar as salas de aula e os demais espaços pedagógicos de recursos variados, propiciando atividades flexíveis, abragentes em seus objetivos e conteúdos, nas quais os alunos se encaixam, segundo seus interesses, inclinações e habilidades. Nessa forma de pensar, enquanto profissionais da área da educação, passamos a acreditar numa escola inclusiva onde possa ser constantemente repensada a prática educativa também, através das ferramentas das Tecnologias de Informação e Comunicação, contemplando a criança através de sua especificidade, onde a escola passa a ter o seu verdadeiro sentido, de estar a serviço de todos e para todos. 4. CONTRIBUIÇÕES DAS TIC PARA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM HIDROCEFALIA A evolução e expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação agregam mudanças repercutidas na Sociedade e desse modo impondo desafios e estratégias a serem trabalhadas com a heterogeneidade, que gradativamente irão ressignificar a prática docente, partindo de um espaço que além de regular, torna-se promotor de uma prática considerada inclusiva, como Mantoan (2000, p.58) expõe: (...) em uma palavra, precisamos somar competências, produzir tecnologia, aplicá-la à educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem definidos e a partir de princípios que recusam toda e qualquer forma de exclusão social e toda e qualquer atitude que discrimine e segregue as pessoas, mesmo em se tratando das situações cruciais de apoio às suas necessidades. Partindo dessa concepção, compreende-se a necessidade de uma maior adaptação das práticas sociais, tendo em vista que gradativamente as Tecnologias de Informação e Comunicação buscam um lugar de ascensão e de valia contribuindo enquanto recurso educacional, essencialmente a alunos com necessidades educativas especiais, torna-se uma ferramenta de contribuição e instrumento colaborativo na prática educacional e social, promovendo uma escola para todos. Dentre as inúmeras possibilidades oferecidas pelas TIC, enquanto promotora de inclusão, podemos ressaltar a interação de crianças portadoras de necessidades educativas nesse caso os portadores de hidrocefalia.
  • 9. 9 Essas crianças apresentam limitações próprias da deficiência que fragilizam os aspectos motores, auditivos, visual e cognitivo e nesse cenário as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam valores satisfatórios a sua realidade bem como o possível desenvolvimento de competências e habilidades a esses sujeitos, minimizando os impactos trazidos por essa patologia. Acredita-se que a evolução da tecnologia, tanto na área clínica quanto no âmbito escolar possa oportunizar técnicas e recursos tecnológicos que possam estar intervindo junto a esses sujeitos desenvolvendo potencialidades e agindo como promotor de melhorias nos possíveis déficits advindos desse contexto, desenvolvendo com sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros atributos que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos alunos, estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem. Mantoan (2000), elucida algumas vantagens relacionadas ao uso das tecnologias para crianças com necessidades educativas especiais, ao qual referencia a flexibilização de outros recursos que possam estar sendo somados ao desenvolvimento dessas crianças, possibilitando a superação das dificuldades dos que têm. Inúmeras são as contribuições que as Tecnologias de Informação e Comunicação trazem a prática pedagógica sendo de importância para o processo de ensino e aprendizagem possibilitando a integração de diferentes saberes. Nessa perspectiva, Mantoan (2003) relembra a convicção de que a escola deve preparar para o futuro e se, por parte das crianças houver a valorização, o convívio e o entendimento de estar com o diferente no contexto educacional, teremos adultos que serão receptivos a valorização de políticas de inclusão. 5. METODOLOGIA Partindo do entendimento de que as Tecnologias de Informação e Comunicação agregam relevante importância ao processo de ensino e aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais e, que além desse âmbito o comprometimento com esses sujeitos é também de relevância social uma vez que se almeja uma perspectiva ao qual o aluno adquira conhecimento, habilidades e competências em diferentes modos, e que em função desse desenvolvimento adquira uma maior capacidade de aprender agregada a
  • 10. 10 conhecimentos prévios já existentes, promovendo uma prática inclusiva comprometida com tal formação. Deste modo o referido artigo advém da problemática em torno da seguinte questão: Quais as contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção docente? Sendo assim, com o intuito de embasar essa investigação, optou-se por uma metodologia de abordagem qualitativa onde, primeiramente realizou-se uma pesquisa bibliográfica, que, segundo Gil (2002, p.44) “é desenvolvida com material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos”; com base em literaturas pertinentes ao tema em questão. Posteriormente desenvolveu-se uma pesquisa de campo, que teve como objetivo coletar dados sobre um determinado meio, procurando entender com maior profundidade o tema em estudo, apresentando flexibilidade, podendo assim favorecer a reformulação dos objetivos no decorrer da pesquisa, a partir de um contato direto com a situação de estudo. Segundo Gil (2002, p.53), “este tipo de pesquisa, possibilita ao pesquisador uma maior participação, tornando também maior a probabilidade dos sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis”. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio de observações realizadas no Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria/RS e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida no Laboratório de informática dessa escola. Quanto ao tratamento dos dados coletados foram tomados alguns cuidados, seguindo princípios éticos, sendo essas questões relevantes para desenvolver esse estudo, visando não correr o risco de invalidar a pesquisa, como o consentimento dos indivíduos (APÊNDICE A), de estarem cientes de que se trata de uma pesquisa científica, assegurando o sigilo e o anonimato aos sujeitos. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semi-aberto (APÊNDICE B), oportunizando ao respondente, escolher sua resposta ou acrescentar alternativa a partir do seu ponto de vista e discorrer de questões quando instigado.
  • 11. 11 O questionário semiaberto continha dez questões que oportunizaram o respondente expressar seu entendimento, possibilitando conhecer a sua percepção frente ao tema em estudo. O método de análise adotado para interpretação dos resultados foi à análise de conteúdo, que Triviños (apud BARDIN, 1987, p.160) caracteriza como: Um meio para estudar as “comunicações” entre os homens, colocando ênfase no conteúdo “das mensagens”. Isto é limita o âmbito do método, privilegiando, mas não excluem outros meios de comunicação, as formas de linguagem escrita e oral. Verdadeiramente, a intenção é usar o método de analise de conteúdo nas mensagens escritas, porque podemos voltar todas as vezes que desejarmos. Pode-se dizer que, por meio da análise de conteúdo, é possível organizar e refletir sobre os dados contidos nas comunicações, constituindo-se numa importante ferramenta para pesquisas de um modo geral. 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Inicialmente faz-se necessário contextualizar o âmbito pesquisado a fim de darmos subsídios para o desenrolar desse referencial. As observações foram realizadas no Laboratório de Informática de uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria / RS no período de 10 de Setembro a 23 de Outubro de 2012, nas terças – feiras no horário das 14h às 14h e 45 min e através de um questionário, cuja coleta de dados foi realizada junto ao docente responsável pela prática desenvolvida nesse Laboratório, o qual é licenciada em Pedagogia, atuante em classe regular durante 23 anos, pós graduada em Gestão Escolar, sendo que há 02 anos está responsável pelo Laboratório de Informática da Instituição. Já as observações realizadas tiveram como foco uma turma de 3º ano do ensino fundamental, constituída de 28 alunos sendo que nesse número 01 aluno é portador de necessidades educativas especiais, sendo ela a hidrocefalia. Acredita-se que essas informações sejam relevantes e contribuam para o embasamento desse estudo, pois, nas atividades observadas no Laboratório de Informática e pela dinâmica apresentada foi possível verificar que a escola torna-se um espaço de acesso ao conhecimento e um dos lugares que vai proporcionar condições aos portadores de necessidades educativas especiais para que os torne agentes transformadores, conferindo-os oportunidades para uma melhor adaptação à Sociedade (MANTOAN, 2003).
  • 12. 12 Assim, o ambiente observado, busca diariamente estabelecer ações para que a escola possa ser um espaço onde todos tenham os mesmos direitos e deveres, tratando a questão que envolve a diversidade como um viés capaz de garantir a todos os envolvidos nesse contexto papel ativo e determinante. Nesse cenário, visualizou-se que constantemente a prática pedagógica deve ser revista, uma vez que o processo de inclusão propõe essa dinâmica à medida que são propostas mudanças de paradigmas, onde se parte de um modelo único de educação para uma proposta onde a ressignificação torna-se constante aliada do educador para efetivar a política de educação. Assim, o docente precisa criar condições para construir conhecimentos sobre as técnicas computacionais, entendendo e dominando essa área para que possa integrar a sua prática pedagógica, superando barreiras que vão de ordem administrativas à pedagógicas, voltando-se aos interesses de cada aluno e suas particularidades (VALENTE, 1991). É pertinente salientar que frente ao desafio proposto pela inclusão, as observações e os dados coletados pela entrevistada, entende-se que a formação continuada e a qualificação relacionada ao tema fazem-se necessárias, principalmente quando falamos em Tecnologias da Informação e Comunicação, indo além do domínio e manuseio da máquina e sim, através de conhecimentos teóricos e práticos e da ressignificação diária do fazer pedagógico, unindo competências que desenvolvam antes de qualquer ato as capacidades e habilidades do educador no seu próprio fazer docente. Em um apanhado do questionário respondido pela educadora regente desse Laboratório foi possível observar que embora o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação seja contemplado no Projeto Pedagógico da escola, a educadora utiliza os recursos das TIC através de projetos, facilitando a sua interface com outras áreas de saberes de forma lúdica e criativa. Também no questionário, foi possível observar que há uma preocupação no uso desse Laboratório em desenvolver habilidades e competências aos seus alunos respeitando o ritmo próprio de cada um, tornando-se agente facilitador do processo de ensino e aprendizagem. As respostas da educadora apontam que a mesma sente-se despreparada para a efetivação da prática pedagógica uma vez que relata que os cursos que realizou trazem somente informações básicas que acabam por ser insuficientes, pois, ajudaram apenas no domínio técnico dos comandos do computador.
  • 13. 13 No que tange o âmbito da inclusão, a mesma refere-se na questão 7, do Apêndice B, que: Entendo que o processo de inclusão é um grande desafio pessoal e em minha prática, porém traz obstáculos que devo trabalhar todos os dias, uma vez que o aluno incluso em minha turma apresenta uma necessidade especial que quase não há teoria para me auxiliar. Assim é visível que o fenômeno de inclusão existe, porém é necessário que além de qualificação contínua, a formação inicial também é necessária e requer grande base para a atuação nessa área de avanços tecnológicos e de comunicação aliadas as competências e habilidades que resultam na prática inclusiva. A partir do observado e das questões respondidas pela educadora, em relação as possíveis contribuições que as Tecnologias de Educação e Informação podem estar trazendo ao processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso é viável pontuar; que tendo em vista o engajamento das TIC com uma educação de qualidade, agrega-se valores a prática pedagógica quando as aulas no Laboratório de Informática possam estar sendo elaboradas sob um olhar lúdico, prazeroso e reflexivo, trazendo um leque de possibilidades que podem desafiar experiências e aprendizagens de uma maneira espontânea e positiva, onde o educador torna-se mediador desse processo. Nesse sentido a entrevistada descreve, quando responde a questão 8, do Apêndice B que: Vejo que ele se sente bem a vontade no laboratório, realiza as atividades que proponho, um pouco devagar, mas faz, brinca e conversa com os coleguinhas. O computador acaba sendo um meio fácil que ajuda no aprendizado no laboratório e em outras situações que poderão surgir até mesmo na sala de aula. Dentre as habilidades e competências desenvolvidas pela turma, que possibilitam o processo de ensino e aprendizagem desse aluno incluso, portador de hidrocefalia, instigados pela prática pedagógica observada, salienta-se o avanço, dentro de seu ritmo próprio, obedecendo suas fragilidades e promovendo maiores potencialidades como por exemplo ao manusear o mouse o que traz benefícios ao seu desenvolvimento motor, ao gosto por querer desenvolver atividades com a interação com jogos, a percepção de letras, números e códigos desenvolvendo suas habilidades para a escrita e leitura, o uso de mídias para assistir um filme, escutar uma música, realizar desenhos, navegar na internet, demonstrando acima de tudo,
  • 14. 14 embora lentamente, um pensamento estruturado dentro da cultura digital e do fazer pedagógico e contribuindo de forma favorável a socialização e a inclusão. Para Valente (1991, p. 13), os recursos que as tecnologias oferecem tornam- se facilitadores e promotores de mudanças que vão desde o contexto escolar até as relações estabelecidas pelo dia-a-dia, pois, conforme vão sendo descobertas essas tecnologias, vão sendo descobertas, também, maneiras de utilizá-las, proporcionando a troca de experiências e novos saberes. Nas respostas trazidas pela educadora evidencia-se que há uma busca constante pelo desenvolvimento de potencialidades relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem do aluno incluso, porém a mesma acredita que o muito que faz ainda é pouco, tendo em vista a dimensão que o processo de inclusão requer. Quando indagada a responder sobre as possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação estarem contribuindo para o processo de ensino e aprendizagem de seu aluno com hidrocefalia, refere que as atividades, conteúdos e ações que busca realizar, desenvolvem potencialidades que contribuem mais para o desenvolvimento motor do que cognitivo de seu aluno e que necessitaria de motivação e capacitação constante para assim atingir os pressupostos que a inclusão e a prática pedagógica propõem. Isso fica evidente quando coloca, na questão 9 do Apêndice B que: (...) faço o que posso, vejo que é pouco, aliás, muito pouco. Falta um preparo maior e um investimento apropriado nessa área como uma infraestrutura melhorada e uma melhor remuneração. Eu cumpro com o que a escola pede, mas a maneira como estou fazendo penso que pode ser melhorada, pois hoje acabo privilegiando somente o lado motor desse aluno. Finalizando, acredita-se serem favoráveis e desafiantes as contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação, quanto ao processo de ensino e aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir de uma ressignificação do fazer pedagógico e da capacitação contínua dos profissionais engajados nessa causa, comprometidos com uma educação de qualidade e mediadores do processo de construção do conhecimento, oferecendo possibilidades de interação e comunicação a todos os seus educandos. Almeja-se um profissional crítico e que tenha o seu respaldo diário, na pesquisa, na ação e na reflexão como fatores relevantes de crescimento pessoal e também voltado ao desenvolvimento de possibilidades para o educando na
  • 15. 15 construção do conhecimento, preparando-o para conviver numa sociedade que a cada dia torna-se mais equiparada pela tecnologia. Assim, as palavras de Coscarelli (2006, p. 25), tornam-se pertinente quando diz que o “valor da tecnologia não está nela em si mesma, mas depende do uso que dela fazemos”. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como profissionais da área da educação, é intrínseco e essencial preocupar- se constantemente em buscar um maior entendimento, compreensão e reflexão das diferenças existentes na sociedade, agregando valores aos conhecimentos e conceitos já adquiridos, contribuindo para uma melhor inclusão de sujeitos com necessidades educativas especiais, auxiliando na promoção e melhoria das condições de acolhimento dessa demanda. Assim considerando o avançado crescimento das Tecnologias de Informação e Comunicação no cotidiano e também no âmbito escolar enfatizo a importância da utilização dos recursos e ferramentas aliados ao fazer pedagógico como complemento ao processo de ensino e aprendizagem, possibilitando a aquisição de novos conceitos e ressignificações por parte do aluno e do educador, por um viés onde a escola torna-se parceira essencial ao processo de democratização e promotora de ações reflexivas e cidadãs, uma vez que a diversidade e heterogeneidade são desafios considerados emergentes e, a inclusão torna-se real e pertinente agregada a essas tecnologias. Entende-se que as Tecnologias de Informação e Comunicação trazem um leque de novos horizontes e possibilidades de interação entre as pessoas. Assim, acredita-se ter contribuído na ampliação dos conhecimentos acerca do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em âmbito escolar com o intuito de aprofundar diálogos e questões que tangem as tecnologias indo de encontro a novos horizontes que desencadeiam os processos de ensino e aprendizagem desenvolvendo em sua prática, autonomia, motivação, criatividade e outros atributos que possibilitam o desenvolvimento e adequação dos interesses dos alunos, estabelecendo e respeitando ritmos próprios de aprendizagem e oportunizando ao educador um leque flexível de possibilidades e estratégias que fomentem a prática pedagógica.
  • 16. 16 Sabe-se que essa pesquisa é de relevância, bem como o investimento à capacitação e qualificação dos educadores, uma vez que enquanto profissionais voltados e comprometidos com a promoção de ações reflexivas e cidadãs deve-se contemplar a diversidade e a heterogeneidade, considerando-os desafios emergentes de nosso cotidiano e, assim tornando a inclusão de portadores de necessidades educativas especiais, real e pertinente agregada à importância dos recursos que as Tecnologias de Comunicação e Informação dispõem a serviço da educação. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº. 9394/96. Brasília: Câmara dos Deputados; 1996. BRANDÃO, E.J.R. Informática e Educação: uma difícil aliança. Passo Fundo: UPF, 1994. COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Texto publicado em Espaço: Informativo técnico - cientifico do INES, nº. 13 (janeiro-junho 2000), Rio de Janeiro: INES, 2000. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? São Paulo: Moderna; 2003. MARINS, S.C. e PALHARES, M.S. Escola inclusiva. São Carlos: EDUFCAR, 2002. MESQUITA, H. (2001). Educação especial em Portugal no último quarto do Século XX. Dissertação de Doutoramento, Universidad de Salamanca, Faculdad de Educación, Salamanca. MIRANDA, J.R.; CARMO, A.A. Metas e estratégias de ações poítico-pedagógicas voltadas para a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais nas aulas de educação física do sistema regular de ensino. Revista da SOBAMA, Rio Claro, v.6, n.1, p.47-49, dez. 2001. MORAN, José Manuel. Internet no ensino. Comunicação e Educação. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
  • 17. 17 MORATO, P., & SANTOS, S. Comportamento Adaptativo. Coleção Educação Especial. Porto: Porto Editora, 2002. TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987. UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. VALENTE, José Armando (org). Liberando a mente: computadores na educação especial. Campinas: UNICAMP, 1991. ZIEGUEL, E.E. Enfermagem obstétrica. 8, ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1985. Nome do autor: Janaína da Silva Antunes – janatutora@hotmail.com Nome do orientador: Profª. Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi – reinilda.minuzzi@gmail.com
  • 18. 18 APÊNDICES APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Pelo presente termo de consentimento, declaro que fui informado (a) de forma clara, das justificativas, dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa INTITULADA “Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção docente”. Objetivos da pesquisa: Geral: Investigar as possíveis contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo de ensino aprendizagem de uma criança com hidrocefalia. Objetivos Específicos: Identificar as possíveis potencialidades de aprendizagem de uma criança com hidrocefalia; Verificar as ferramentas e recursos das TIC adotadas na prática educativa inclusiva a fim de contribuir para esse processo acerca da visão do educador. A coleta de dados será por meio de questionário semi-aberto, oportunizando ao respondente, escolher sua resposta ou acrescentar alternativa a partir do seu ponto de vista. Segundo Gil (2002), o questionário é um instrumento que se constrói a partir de perguntas sem a presença do entrevistador. A pesquisa observará também a sua adequação no que diz respeito aos princípios científicos que a justifiquem e com possibilidades concretas de responder a incertezas, prevalecendo sempre às probabilidades dos benefícios esperados sobre os riscos previsíveis, tanto individuais como coletivos. A necessidade da presente pesquisa justifica-se por entender que, ao fazer uma escolha profissional o sujeito precisa gostar conhecer e ter afinidade com a área que pretende atuar. Assim escolha da profissão deve ser tratada com seriedade, responsabilidade e maturidade. Portanto, segundo Imbernóm (2006, p. 24), “a profissão é um conceito que, no campo das ações, alude a um modo particular de exercê-la. Não é um termo cujos limites de aplicação encontram-se definidos. Ele comporta as mais variadas ocupações”. Neste termo considerando-me livre e esclarecido (a), consinto em participar da pesquisa proposta, resguardando à autora do projeto a propriedade intelectual. A especializanda do Curso de Pós Graduação em Tecnologias de Informação e Comunicação, responsável por este estudo, é Janaína da Silva Antunes e, está
  • 19. 19 sendo desenvolvida sob a orientação da Professora Drª. Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi, que poderão ser contatadas sempre que necessário pelos telefones: 055- 3217-1734 e 055- 8401-8963. Data: ____/____/2012. Nome do responsável: _________________________________________________ Testemunhas:________________________________________________________ Assinatura :__________________________________________________________ Nome da pesquisadora :________________________________________________ Telefone para contato__________________________________________________ Assinatura___________________________________________________________
  • 20. 20 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO Prezado (a) Participante: Por meio desta, solicito sua colaboração para a aplicação do presente questionário que embasará o artigo final para obtenção do título de especialista em Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação da Universidade Federal de Santa Maria referente ao desenvolvimento da pesquisa que tem como titulo “Contribuições das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) no Processo de Ensino e Aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção docente”. As informações deste questionário serão confidenciais e, serão divulgadas apenas em eventos ou publicações cientificas, não havendo identificação dos voluntários, sendo assegurado o sigilo sobre sua participação. Sem mais, desde já agradeço por sua participação para o aprendizado pessoal e aprofundamento do tema em questão. Janaína da Silva Antunes Especializanda em Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação Matricula Institucional 201170398 Universidade Federal de Santa Maria Reinilda de Fátima Berguenmayer Minuzzi Professora Doutora e Orientadora da Pesquisa Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação Aplicadas à Educação Santa Maria, setembro de 2012.
  • 21. 21 Dados do Entrevistado (a) Formação: Tempo de atuação: Possui formação/ capacitação na área das TIC: Dados da Escola Identificação da Escola: Dados da Turma Identificação da Turma: Turno de funcionamento: Nº. de alunos na turma: Dados do Laboratório de Informática Dias e turnos de funcionamento do Laboratório: Nº. de computadores no Laboratório: 1-Existe algum responsável pelo planejamento/ desenvolvimento de projetos e ações que contemplem a área de Tecnologias de Comunicação e Informação em sua escola? ( ) Sim ( ) Não 2- A utilização das TIC está contemplada no plano de ações diárias de sua turma, respeitando as individualidades e o ritmo próprio de aprendizagem de cada criança, em particular, os alunos com necessidades educativas especiais? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em Parte
  • 22. 22 3- Você sente-se preparado para o trabalho com a diversidade e inclusão de crianças com necessidades educativas especiais em classe regular? ( ) Sim ( ) Não ( ) Em Parte 4- Você consegue desenvolver um trabalho em conjunto com o professor responsável pela turma, focado no desenvolvimento das potencialidades e particularidades dos alunos com necessidades educativas especiais? ( ) Sim ( ) Não ( Em Parte 5- Em sua opinião, você acredita que sua prática colabora para o desenvolvimento de seus alunos em especial das crianças com necessidades educativas especiais, oportunizando situações em que todos tenham acesso as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6- Em sua opinião, você faz uso dos recursos e ferramentas que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) disponibilizam embasando sua prática e contribuindo para o avanço do processo de ensino e aprendizagem dos alunos, em especial das crianças com necessidades educativas especiais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7- Em quais aspectos, em sua opinião, você acredita que esteja colaborando para a aprendizagem das crianças com necessidades educativas especiais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
  • 23. 23 8- Como você avalia a aprendizagem de seus alunos nas atividades desenvolvidas no Laboratório de Informática? De que maneira? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 9- Em sua opinião, você sente-se preparado para o trabalho com a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 10 – Você, em sua opinião busca formação e capacitação voltadas à área das Tecnologias de Informação e Comunicação, de que forma? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________