O documento discute a aprendizagem nas organizações, gestão do conhecimento e gestão de competências. Aborda a inter-relação entre educação, aprendizagem e competência, o desenvolvimento de competências através da prática e aprendizagem colaborativa, e o uso da tecnologia para facilitar a comunicação, interação e disponibilização de informações para apoiar a aprendizagem.
2. Questões a Serem Abordadas
• A inter-relação de importantes conceitos da área da
educação, como o próprio conceito de educação e
os conceitos de aprendizagem e competência, tanto
na escola como na empresa, em ONGs, no governo
• O processo de desenvolvimento de competências
• O desafio da gestão de competências
• O papel da tecnologia no desenvolvimento e na
gestão de competências
4. O Homem: Natureza e Cultura
• Diferentemente de muitas outras espécies animais,
o ser humano nasce incompetente, absolutamente
dependente e incapaz de assumir responsabilidade
• Mas ele nasce com uma enorme capacidade de
aprender
• Por isso, após sua “gestação biológica”, que dura
nove meses no ventre da mãe, ele deve passar por
uma “gestação cultural”, no seio da sociedade, que
dura, digamos, a vida inteira
5. Educação e Aprendizagem
• Esse a esse processo de “gestação cultural” que
damos o nome de educação
• A educação é, portanto, o processo cultural através
do qual o ser humano se desenvolve
• O desenvolvimento cultural do ser humano é bem
diferente de seu desenvolvimento biológico e se dá
através da aprendizagem
• “Aprender é tornar-se capaz de fazer o que antes
não se conseguia fazer” (Peter Senge)
6. A Natureza da Aprendizagem
• Aprender, portanto, não é “absorver saberes” – é
“construir saber-fazeres”, vale dizer: desenvolver
competências
• Nesse desenvolvimento estão envolvidos:
• Habilidades (competências de menor escopo)
• Saberes (informações)
• Procedimentos
• Valores
• Atitudes
7. Competências
• Mas o conceito básico, que ancora todos os demais,
é o de competência
• Competência: capacidade de mobilizar habilidades,
informações, procedimentos, valores, atitudes, etc.
para produzir conhecimentos teóricos ou práticos
• Competência, portanto, é a capacidade de produzir
conhecimentos
• Assim, a chamada “gestão do conhecimento” é, na
verdade, parte integrante do que chamo “gestão de
competências” (e não vice-versa)
9. O Processo
• Competências não se desenvolvem através do
ensino: um instruindo (falando), o outro ouvindo
• Competências se desenvolvem na prática, pela
observação, comunicação, interação, colaboração
• O aprendizado de competências é ativo: aprende-
se fazendo
• Na escola, a melhor maneira de desenvolver
competências é através da metodologia de projetos
de aprendizagem, com a orientação de um mentor
• Na empresa, é através de aprendizado “on the job”,
“hands on”, com a orientação de um “coach”
10. Aprendizagem Colaborativa
• Hoje se reconhece que a forma mais efetiva de
aprendizagem não é passiva e solitária, mas, pelo
contrário, é ativa e colaborativa
• Na escola, a aprendizagem se dá através da
participação em projetos coletivos de aprendizagem
– ou pela discussão coletiva de projetos individuais
• Na empresa, a aprendizagem se dá através do
trabalho em equipe ou através de projetos de
aprendizagem colaborativos
11. Paulo Freire
• Ninguém aprende através do ensino de terceiros –
por outro lado, tampouco alguém aprende por si só,
sozinho
• Aprendemos uns com os outros, na medida em que
nos observamos, nos comunicamos, interagimos e
colaboramos em atividades que significativas para
nós, relacionadas ao viver neste mundo
[Adaptação livre]
12. A Situação Atual
• Se levarmos Paulo Freire a sério – e não há por que
não fazê-lo – o currículo da maioria das escolas
hoje e os diferentes programas de treinamento das
empresas são um total desastre
13. Ambientes de Aprendizagem
• Embora aprendamos uma enorme quantidade
de coisas através de atividades que não foram
planejadas como atividades de aprendizagem,
a forma mais efetiva de aprendizagem envolve
atividades planejadas para produzir a aprendizagem
em ambientes especificamente estruturados para
facilitar e otimizar a aprendizagem
• Esses ambientes integram, hoje, situações formais
e não-formais de aprendizagem, componentes
presenciais e virtuais (mediados pela tecnologia)
15. A Matriz de Competências
• O primeiro passo é a criação de uma matriz que
descreve as competência requeridas para, na
escola, completar o curso, e, na empresa, vir a
exercer, no nível desejado, a função que a pessoa
deve exercer
• Essa matriz deve também especificar, para cada
competência, as habilidades, as informações, os
valores e as atitudes envolvidos
• Para cada competência devem ser especificados
indicadores, critérios, conceitos, instrumentos que
permitam a sua avaliação
16. O Perfil dos Aprendentes
• O segundo passo na gestão de competências é a
criação de uma base de dados que, inicialmente, vai
conter as competências de um aluno ou empregado
ao ingressar na escola ou na empresa (ou seja, o
que eles já sabem fazer ao ingressar na escola ou
na empresa), e que vai sendo com as competências
desenvolvidas em serviço
• A avaliação inicial permite definir um quadro das
competências que o aluno ou o empregado ainda
precisa desenvolver
17. Currículo Personalizado
• O terceiro passo é a especificação das atividades
que podem ajudar o aluno ou o empregado a
desenvolver, num plano de curto, médio e longo
prazo, as competências de que ele ainda carece
para completar o curso ou para exercer, no nível
desejado, a função que lhe cabe
18. Projetos de Aprendizagem
• O quarto passo é o envolvimento dos alunos ou
empregados naquelas atividades que irão ajudá-
los a desenvolver as competências de que ainda
carecem
19. Avaliação Permanente
• O quinto passo envolve a avaliação constante e
permanente do aluno ou do empregado para
verificar em que medida está desenvolvendo as
competências requeridas
• Essa avaliação não se dará sem acompanhamento
e monitoramento das atividades realizadas
21. O Papel da Tecnologia
• Facilitar, no plano interno, a comunicação e a
interação entre as pessoas – e, assim o trabalho e a
aprendizagem colaborativa
• Permitir a criação de um repositório interno de
informações
• Permitir o acesso a repositórios externos de
informações
• Facilitar a disponibilização de informações e a
comunicação e interação com o público externo
22. A Tecnologia: O Essencial
• O essencial, em relação à tecnologia, mais do que
aprender a usá-la, é usá-la para aprender