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Aprendizagem nas Organizações:
Gestão do Conhecimento e
Gestão de Competências
Eduardo O C Chaves
Questões a Serem Abordadas
• A inter-relação de importantes conceitos da área da
educação, como o próprio conceito de educação e
os conceitos de aprendizagem e competência, tanto
na escola como na empresa, em ONGs, no governo
• O processo de desenvolvimento de competências
• O desafio da gestão de competências
• O papel da tecnologia no desenvolvimento e na
gestão de competências
– I –
Educação, Aprendizagem, e
Competências
O Homem: Natureza e Cultura
• Diferentemente de muitas outras espécies animais,
o ser humano nasce incompetente, absolutamente
dependente e incapaz de assumir responsabilidade
• Mas ele nasce com uma enorme capacidade de
aprender
• Por isso, após sua “gestação biológica”, que dura
nove meses no ventre da mãe, ele deve passar por
uma “gestação cultural”, no seio da sociedade, que
dura, digamos, a vida inteira
Educação e Aprendizagem
• Esse a esse processo de “gestação cultural” que
damos o nome de educação
• A educação é, portanto, o processo cultural através
do qual o ser humano se desenvolve
• O desenvolvimento cultural do ser humano é bem
diferente de seu desenvolvimento biológico e se dá
através da aprendizagem
• “Aprender é tornar-se capaz de fazer o que antes
não se conseguia fazer” (Peter Senge)
A Natureza da Aprendizagem
• Aprender, portanto, não é “absorver saberes” – é
“construir saber-fazeres”, vale dizer: desenvolver
competências
• Nesse desenvolvimento estão envolvidos:
• Habilidades (competências de menor escopo)
• Saberes (informações)
• Procedimentos
• Valores
• Atitudes
Competências
• Mas o conceito básico, que ancora todos os demais,
é o de competência
• Competência: capacidade de mobilizar habilidades,
informações, procedimentos, valores, atitudes, etc.
para produzir conhecimentos teóricos ou práticos
• Competência, portanto, é a capacidade de produzir
conhecimentos
• Assim, a chamada “gestão do conhecimento” é, na
verdade, parte integrante do que chamo “gestão de
competências” (e não vice-versa)
– II –
O Desenvolvimento de
Competências
O Processo
• Competências não se desenvolvem através do
ensino: um instruindo (falando), o outro ouvindo
• Competências se desenvolvem na prática, pela
observação, comunicação, interação, colaboração
• O aprendizado de competências é ativo: aprende-
se fazendo
• Na escola, a melhor maneira de desenvolver
competências é através da metodologia de projetos
de aprendizagem, com a orientação de um mentor
• Na empresa, é através de aprendizado “on the job”,
“hands on”, com a orientação de um “coach”
Aprendizagem Colaborativa
• Hoje se reconhece que a forma mais efetiva de
aprendizagem não é passiva e solitária, mas, pelo
contrário, é ativa e colaborativa
• Na escola, a aprendizagem se dá através da
participação em projetos coletivos de aprendizagem
– ou pela discussão coletiva de projetos individuais
• Na empresa, a aprendizagem se dá através do
trabalho em equipe ou através de projetos de
aprendizagem colaborativos
Paulo Freire
• Ninguém aprende através do ensino de terceiros –
por outro lado, tampouco alguém aprende por si só,
sozinho
• Aprendemos uns com os outros, na medida em que
nos observamos, nos comunicamos, interagimos e
colaboramos em atividades que significativas para
nós, relacionadas ao viver neste mundo
[Adaptação livre]
A Situação Atual
• Se levarmos Paulo Freire a sério – e não há por que
não fazê-lo – o currículo da maioria das escolas
hoje e os diferentes programas de treinamento das
empresas são um total desastre
Ambientes de Aprendizagem
• Embora aprendamos uma enorme quantidade
de coisas através de atividades que não foram
planejadas como atividades de aprendizagem,
a forma mais efetiva de aprendizagem envolve
atividades planejadas para produzir a aprendizagem
em ambientes especificamente estruturados para
facilitar e otimizar a aprendizagem
• Esses ambientes integram, hoje, situações formais
e não-formais de aprendizagem, componentes
presenciais e virtuais (mediados pela tecnologia)
– III –
A Gestão de Competências
A Matriz de Competências
• O primeiro passo é a criação de uma matriz que
descreve as competência requeridas para, na
escola, completar o curso, e, na empresa, vir a
exercer, no nível desejado, a função que a pessoa
deve exercer
• Essa matriz deve também especificar, para cada
competência, as habilidades, as informações, os
valores e as atitudes envolvidos
• Para cada competência devem ser especificados
indicadores, critérios, conceitos, instrumentos que
permitam a sua avaliação
O Perfil dos Aprendentes
• O segundo passo na gestão de competências é a
criação de uma base de dados que, inicialmente, vai
conter as competências de um aluno ou empregado
ao ingressar na escola ou na empresa (ou seja, o
que eles já sabem fazer ao ingressar na escola ou
na empresa), e que vai sendo com as competências
desenvolvidas em serviço
• A avaliação inicial permite definir um quadro das
competências que o aluno ou o empregado ainda
precisa desenvolver
Currículo Personalizado
• O terceiro passo é a especificação das atividades
que podem ajudar o aluno ou o empregado a
desenvolver, num plano de curto, médio e longo
prazo, as competências de que ele ainda carece
para completar o curso ou para exercer, no nível
desejado, a função que lhe cabe
Projetos de Aprendizagem
• O quarto passo é o envolvimento dos alunos ou
empregados naquelas atividades que irão ajudá-
los a desenvolver as competências de que ainda
carecem
Avaliação Permanente
• O quinto passo envolve a avaliação constante e
permanente do aluno ou do empregado para
verificar em que medida está desenvolvendo as
competências requeridas
• Essa avaliação não se dará sem acompanhamento
e monitoramento das atividades realizadas
– IV –
O Papel da Tecnologia
O Papel da Tecnologia
• Facilitar, no plano interno, a comunicação e a
interação entre as pessoas – e, assim o trabalho e a
aprendizagem colaborativa
• Permitir a criação de um repositório interno de
informações
• Permitir o acesso a repositórios externos de
informações
• Facilitar a disponibilização de informações e a
comunicação e interação com o público externo
A Tecnologia: O Essencial
• O essencial, em relação à tecnologia, mais do que
aprender a usá-la, é usá-la para aprender
Obrigado!
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  • 1. Aprendizagem nas Organizações: Gestão do Conhecimento e Gestão de Competências Eduardo O C Chaves
  • 2. Questões a Serem Abordadas • A inter-relação de importantes conceitos da área da educação, como o próprio conceito de educação e os conceitos de aprendizagem e competência, tanto na escola como na empresa, em ONGs, no governo • O processo de desenvolvimento de competências • O desafio da gestão de competências • O papel da tecnologia no desenvolvimento e na gestão de competências
  • 3. – I – Educação, Aprendizagem, e Competências
  • 4. O Homem: Natureza e Cultura • Diferentemente de muitas outras espécies animais, o ser humano nasce incompetente, absolutamente dependente e incapaz de assumir responsabilidade • Mas ele nasce com uma enorme capacidade de aprender • Por isso, após sua “gestação biológica”, que dura nove meses no ventre da mãe, ele deve passar por uma “gestação cultural”, no seio da sociedade, que dura, digamos, a vida inteira
  • 5. Educação e Aprendizagem • Esse a esse processo de “gestação cultural” que damos o nome de educação • A educação é, portanto, o processo cultural através do qual o ser humano se desenvolve • O desenvolvimento cultural do ser humano é bem diferente de seu desenvolvimento biológico e se dá através da aprendizagem • “Aprender é tornar-se capaz de fazer o que antes não se conseguia fazer” (Peter Senge)
  • 6. A Natureza da Aprendizagem • Aprender, portanto, não é “absorver saberes” – é “construir saber-fazeres”, vale dizer: desenvolver competências • Nesse desenvolvimento estão envolvidos: • Habilidades (competências de menor escopo) • Saberes (informações) • Procedimentos • Valores • Atitudes
  • 7. Competências • Mas o conceito básico, que ancora todos os demais, é o de competência • Competência: capacidade de mobilizar habilidades, informações, procedimentos, valores, atitudes, etc. para produzir conhecimentos teóricos ou práticos • Competência, portanto, é a capacidade de produzir conhecimentos • Assim, a chamada “gestão do conhecimento” é, na verdade, parte integrante do que chamo “gestão de competências” (e não vice-versa)
  • 8. – II – O Desenvolvimento de Competências
  • 9. O Processo • Competências não se desenvolvem através do ensino: um instruindo (falando), o outro ouvindo • Competências se desenvolvem na prática, pela observação, comunicação, interação, colaboração • O aprendizado de competências é ativo: aprende- se fazendo • Na escola, a melhor maneira de desenvolver competências é através da metodologia de projetos de aprendizagem, com a orientação de um mentor • Na empresa, é através de aprendizado “on the job”, “hands on”, com a orientação de um “coach”
  • 10. Aprendizagem Colaborativa • Hoje se reconhece que a forma mais efetiva de aprendizagem não é passiva e solitária, mas, pelo contrário, é ativa e colaborativa • Na escola, a aprendizagem se dá através da participação em projetos coletivos de aprendizagem – ou pela discussão coletiva de projetos individuais • Na empresa, a aprendizagem se dá através do trabalho em equipe ou através de projetos de aprendizagem colaborativos
  • 11. Paulo Freire • Ninguém aprende através do ensino de terceiros – por outro lado, tampouco alguém aprende por si só, sozinho • Aprendemos uns com os outros, na medida em que nos observamos, nos comunicamos, interagimos e colaboramos em atividades que significativas para nós, relacionadas ao viver neste mundo [Adaptação livre]
  • 12. A Situação Atual • Se levarmos Paulo Freire a sério – e não há por que não fazê-lo – o currículo da maioria das escolas hoje e os diferentes programas de treinamento das empresas são um total desastre
  • 13. Ambientes de Aprendizagem • Embora aprendamos uma enorme quantidade de coisas através de atividades que não foram planejadas como atividades de aprendizagem, a forma mais efetiva de aprendizagem envolve atividades planejadas para produzir a aprendizagem em ambientes especificamente estruturados para facilitar e otimizar a aprendizagem • Esses ambientes integram, hoje, situações formais e não-formais de aprendizagem, componentes presenciais e virtuais (mediados pela tecnologia)
  • 14. – III – A Gestão de Competências
  • 15. A Matriz de Competências • O primeiro passo é a criação de uma matriz que descreve as competência requeridas para, na escola, completar o curso, e, na empresa, vir a exercer, no nível desejado, a função que a pessoa deve exercer • Essa matriz deve também especificar, para cada competência, as habilidades, as informações, os valores e as atitudes envolvidos • Para cada competência devem ser especificados indicadores, critérios, conceitos, instrumentos que permitam a sua avaliação
  • 16. O Perfil dos Aprendentes • O segundo passo na gestão de competências é a criação de uma base de dados que, inicialmente, vai conter as competências de um aluno ou empregado ao ingressar na escola ou na empresa (ou seja, o que eles já sabem fazer ao ingressar na escola ou na empresa), e que vai sendo com as competências desenvolvidas em serviço • A avaliação inicial permite definir um quadro das competências que o aluno ou o empregado ainda precisa desenvolver
  • 17. Currículo Personalizado • O terceiro passo é a especificação das atividades que podem ajudar o aluno ou o empregado a desenvolver, num plano de curto, médio e longo prazo, as competências de que ele ainda carece para completar o curso ou para exercer, no nível desejado, a função que lhe cabe
  • 18. Projetos de Aprendizagem • O quarto passo é o envolvimento dos alunos ou empregados naquelas atividades que irão ajudá- los a desenvolver as competências de que ainda carecem
  • 19. Avaliação Permanente • O quinto passo envolve a avaliação constante e permanente do aluno ou do empregado para verificar em que medida está desenvolvendo as competências requeridas • Essa avaliação não se dará sem acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas
  • 20. – IV – O Papel da Tecnologia
  • 21. O Papel da Tecnologia • Facilitar, no plano interno, a comunicação e a interação entre as pessoas – e, assim o trabalho e a aprendizagem colaborativa • Permitir a criação de um repositório interno de informações • Permitir o acesso a repositórios externos de informações • Facilitar a disponibilização de informações e a comunicação e interação com o público externo
  • 22. A Tecnologia: O Essencial • O essencial, em relação à tecnologia, mais do que aprender a usá-la, é usá-la para aprender