1) O documento apresenta informações sobre a Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista ElShadai no DF em 2012, abordando tópicos como as formas de revelação divina, a inspiração e cânon das Escrituras, e a visão de Jesus sobre o Antigo Testamento.
2) Inclui também princípios de interpretação bíblica, a tarefa do intérprete entre exegese e hermenêutica, e evidências da inspiração da Bíblia.
3) Apresenta ainda detalhes sobre o
6. Princípios de Interpretação
• Geral: A Bíblia é seu próprio intérprete.
• Gramatical: A Bíblia tem sentido um sentido
e é literal.
• Histórica: A Escritura surgiu num contexto
histórico e só pode ser compreendida à luz da
história bíblica.
• Teológica:Uma doutrina não pode ser
considerada bíblica, a não ser que resuma e
inclua tudo o que Escritura diz sobre ela.
7. Tarefa de casa:
Visão de Jesus sobre o AT
• Mt 19:4-5 • Lc 17:28
• Jo 10:34s • Mt 11:21
• Mt 22:32 • Lc 4:26
• Jo 8:56 • Lc 4:25-28
• Mc 12:26 • Jo 3:14
• Lc 11:31 • Mt 5:17
• Lc 11:30 • Mc 10:19
• Mt 23:35 • Lc 24:46, Jo 5:39
• Mt 12:3 • Mt 22:29, Lc 24:25
• Lc 17:26 • Mt 15:3
8. O Antigo Testamento
A Bíblia que Jesus
lia, usava e amava.
“Quanto mais
compreendemos
o Antigo
Testamento,
“Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e, mais
abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: compreendemos
a Jesus”
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que
me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me (Philip Yancey – A
para proclamar libertação aos cativos e Bíblia que Jesus lia
restauração da vista aos cegos, para por em – Ed. Vida)
liberdade os oprimidos, e apregoar o ano
aceitável do Senhor.” Lc 4.17-19”
10. REVELAÇÃO
INSPIRAÇÃO
Evangelho de João
Séc. VII
TRANSMISSÃO
AT - 90dC
Concílio de Jâmnia
CANONIZAÇÃO
NT – 397dC
Concílio de Cartago III
TRADUÇÃO
11. Evidência Externa da
Inspiração da Bíblia
• Historicidade da Bíblia
• Testemunho de Cristo
• Profecia
• Influência da Bíblia no mundo
• Indestrutibilidade da Bíblia
• Integridade do seus autores
12. O Cânon Bíblico
• Grego kanon: regra, medida,
padrão pelo qual se mede
alguma coisa.
• Aplicado à Bíblia significa:
– Os livros canônicos seguem um
padrão de inspiração.
– Os livros canônicos servem de
regra de fé, de padrão ou norma
para julgarmos toda a revelação de
Deus.
13. Princípios de descoberta de
canonicidade
1. O livro é autorizado? Afirma vir da
parte de Deus?
2. É profético? Foi escrito por um
servo de Deus?
3. É digno de confiança? Fala a
verdade?
4. É dinâmico? Possui o poder de
Deus que transforma vidas?
5. É aceito pelo povo de Deus para o
qual foi originariamente escrito?
14. O Cânon do AT
Cânon Judeu (24 livros)
=
Cânon Protestante (39 livros)
Canôn Católico (+7 livros)
(+7
Apócrifos aprovados em 8/4/1546,
para combater Reforma Protestante, que
criticava doutrina do purgatório, oração pelos
mortos, salvação pelas obras, etc
15.
16. Cânon do AT - Jesus
– Deu sua autoridade ao Antigo Testamento
dizendo “A Escritura não pode falhar”
(Jo. 10.35)
– Lc 24.27: “[Jesus]... expunha-lhes o que a seu
respeito contava em todas as Escrituras...”
– Lc 24.44: “A seguir, Jesus lhes disse: São estas
as palavras que eu vos falei, estando ainda
convosco: importava se cumprisse tudo o que
de mim está escrito na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos.
17. Cânon do AT – Escritores do NT
Falam das Escrituras:
– como tendo autoridade: 2 Tm 3.16-17
– como santas: “o qual foi por Deus,
outrora, prometido por intermédio dos
seus profetas nas Sagradas Escrituras”
(Rm 1.2)
– como oráculos de Deus: “... aos judeus
foram confiados os oráculos de Deus”
(Rm 3.2)
18. Cânon do AT – Flávio Josefo
Cerca de 100 d.C.:
– Escreveu o livro História dos Hebreus
– Disse: “Pois não temos um sem
número de livros, que se contradizem
e diferem uns dos outros, mas 22
livros apenas, que contém os registros
de todas as épocas passadas, que com
justiça são tidos por divinos.”
19. OS LIVROS DA BÍBLIA
39 livros do Antigo Testamento 27 livros do Novo Testamento
Poesia Profetas Evange- Epístolas de Profe-
Lei
Sabedoria Menores lhos Paulo cia
Histó- Profetas Epístolas
História
ria Maiores Gerais
Jó
Gênesis Salmos Mateus
Êxodo Provérbios Marcos Hebreus
Levítico Eclesiastes Lucas Tiago
Cântico dos
Números João I Pedro
Cânticos
Deuteronômio Isaías II Pedro
Jeremias I João
Lamentações Atos II João
Josué Ezequiel III João
Juízes Daniel Romanos Judas
Rute Oséias I Coríntios
I Samuel Joel II Coríntios
II Samuel Amós Gálatas
I Reis Obadias Efésios
II Reis Jonas Filipenses
I Crônicas Miquéias Colossenses
II Crônicas Naum I Tessalonicenses Apocalipse
Esdras Habacuque II Tesalonicenses
Neemias Sofonias I Timóteo
Ester Ageu II Timóteo
Zacarias Tito
Malaquias Filemom
20. Por que existem tantas
versões?
Primeiro, em 1881, dois estudiosos britânicos publicaram um NT grego
baseado nos manuscritos mais antigos então disponíveis - mais breve. Não
continham passagens como o final longo do evangelho de Marcos ou a
narrativa da mulher adúltera.
Segundo, muitas descobertas arqueológicas e de manuscritos a partir de
1895. A descoberta pelo pastor Adolf Deissmann de papiros egípcios
enterrados em montões de lixo há uns 2000 anos que continham um grego
bastante similar ao grego do NT. Ele concluiu que o grego do NT foi escrito
na linguagem comum da época. Não era um dialeto só da elite. Desde a
descoberta de Deissmann, os tradutores têm se esforçado para apresentar o
NT numa linguagem que a pessoa comum possa entender.
Terceiro, houve influências filosóficas. Ou seja, a teoria da tradução está
sendo revista atualmente. Os missionários têm dado uma contribuição
significativa para isso – pois estão sempre ansiosos por ver mais uma tribo
lendo a Bíblia em sua própria língua.
21. Pergaminhos do Mar Morto
• O Grande rolo de Isaías foi encontrado
em uma caverna em Qumran perto do
Mar Morto. Ele contém todo o livro de
Isaías. Foi escrito em 17 pedaços de
pele de carneiro costurada para formar
um rolo medindo aproximadamente 7
metros de comprimento.
Ele está no Santuário do Livro. Foi datado pelo
método do carbono 14 e os resultados têm
variado de 335 a 107 a.C. Outras técnicas de
datação (por exemplo, material de escrita e
estilo, associação de artefatos) dataram para
150 a 100 a.C. Assim, esse rolo foi escrito pelo
menos um século antes de Cristo, se não dois
ou três séculos.
22. Até a sensacional
descoberta dos Rolos do
Pergaminhos do Mar Morto Mar Morto em 1947, não
possuíamos cópias do
• O Grande rolo de Isaías foi encontrado em
uma caverna em Qumran perto do Mar A.T. anteriores a 895 DC.
Morto. Ele contém todo o livro de Isaías. Foi
escrito em 17 pedaços de pele de carneiro
costurada para formar um rolo medindo
aproximadamente 7 metros de comprimento.
Ele está no Santuário do Livro, e um fac-símile
realista está em exibição na sala principal. Foi
datado pelo menos quatro vezes pelo método
do carbono 14 e os resultados têm variado de
335 a 107 a.C. Outras técnicas de datação
(por exemplo, material de escrita e estilo,
associação de artefatos) dataram para 150 a
100 a.C. Assim, esse rolo foi escrito pelo
menos um século antes de Cristo, se não dois
ou três séculos.
23. Pergaminhos do Mar Morto
• Todos os livros do Antigo Testamento foram
encontrados no Mar Morto, exceto o livro de
Ester e sessenta a sessenta e cinco por cento
dos pergaminhos que representam o texto
Massorético.
• Isto é surpreendente, pois desde os primeiros
códices hebraicos do texto massorético
usados pelos estudiosos dos séculos 16 e 17
(como o Aleppo) foram escritos mais de mil
anos após o Mar Morto.
24. Evoluçãoprocesso deProcesso
Evolução do
do tradução
de Tradução
•No início do ano 2000, a Bíblia inteira
tinha sido traduzida para 371 línguas ou
dialetos; porções bíblicas alcançaram mais
1862 línguas ou dialetos diferentes.
2500 2233
2000 Até 600 d.C.
Até 1456
1500
Até 1800
1000
No século XIX
400 500
500 Na 1a. Metade do séc. XX
9 33 67
No ano 2000
0
Tradução da Bíblia no todo ou em parte
25. Divisão tradução
Evolução do processo de
em
Capítulos e versículos
Capítulos: professor universitário
parisiense Stephen Langton, em 1227,
que viria a ser eleito bispo de
Cantuária pouco tempo depois.
Versículos: foram os massoretas que
dividiram o texto hebraico entre séc. IX e X.
O impressor parisiense Robert dEthiene, em
1551, fez do NT. Ambas as divisões facilitam
a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita
por todos, incluindo os judeus;
26. Data do Cópia mais
Autor Original Antiga Intervalo Cópias
Novo Testamento 40-100 dC 125 dC 25 24000
Homero (Ilíada) 900 aC 400 aC 500 643
Eurípedes 480-406 aC 1100 dC 1500 200
Demóstenes 383-322 aC 1100 dC 1400 200
Sófocles 496-406 aC 1000 dC 1400 193
Aristóteles 384-322 aC 1100 dC 1400 49
Platão(Tetralogias) 427 - 347 aC 900 dC 1200 20
Tácito (Anais) 100 dC 1100 dC 1000 20
César 100 - 44 aC 900 dC 1000 10
Aristófanes 450-385 aC 900 dC 1200 10
Tucídedes (História) 460-400 aC 900 dC 1300 8
Heródoto (História) 480-425 aC 900 dC 1300 8
A Ilíada de Homero, o livro mais famoso da antiga Grécia, é a segunda melhor
Plínio o Jovem
preservada obra literária de toda a antiguidade, com 643 cópias de manuscritos
(História)
descobertos até à data. Nestas61-113 dC linhas de texto disputadas, 750
cópias, há 764 850 dC 7
comparada com apenas 40 linhas em todos os manuscritos dodC Testamento.
Cátulo 54 aC 1550 Novo 1600 3
Suetônio 40 linhas representam um quarto de um por cento de todo o texto e não afeta
Essas (De Vita
Caesarum) alguma o ensino e a doutrina do Novo Testamento dC
de forma 75-160 dC 950 800?
27. Nas 643 cópias da Ilíada de Homero,
há 764 linhas de texto disputadas,
Nos 24000 manuscritos do NT
temos apenas 40 linhas com
pequenas diferenças!
Essas 40 linhas representam
¼ de 1% do texto e não afeta o
ensino e a doutrina do Novo
Testamento!
28. O manuscrito mais
antigo do NT é o
chamado Papiro 52,
que contém trechos do
Evangelho de João
Jo. 18:31- 36-
(Jo. 18:31-33; 36-37)
e data por volta do ano
125 d.C.
30. Depende...
Pregação: AA e NVI – texto crítico e método de
tradução que combina formal e dinâmica
Comparação: Corrigida e NTLH – estudos, exegese
Questão dos manuscritos gregos
1º - texto crítico: 3 ou 4 mais antigos, séc 3-4
AA, NVI, NTLH
2º - texto majoritário: maioria dos manuscritos
AC, A Fiel, Trinitariana
Questão do Método de Tradução Equivalência
Formal: palavra por palavra - AC
Dinâmica: sentido da frase hoje (paráfrase!) NTLH
NVI – combina as duas
31. Textus Receptus
História resumida do texto grego recebido (Textus Receptus)
Por muitos séculos antes da "Reforma Protestante", o estudo do idioma grego foi
virtualmente inexistente na Europa ocidental, mas em 1453 com a tomada de
Bizâncio, capital da parte oriental do antigo Império Romano, por invasores
muçulmanos, houve uma debandada de eruditos cristãos do oriente para o
ocidente, trazendo consigo cópias de manuscritos das sagradas escrituras em sua
língua original, o grego.
Este fato reavivou o estudo do grego no ocidente, onde até este ponto circulavam
apenas traduções antigas da palavra de Deus feitas a partir de 150 d.C. em
Siríaco, Copta, e Latim. A versão em latim da palavra de Deus, conhecida como
Vulgata, foi por ordem do Papa Damaso I "corrigida" por Jerônimo, passando a
revisão a ser conhecida como a Vulgata de Jerônimo e a ser imposta pelo
romanismo em contrapartida à antiga Vulgata latina, contudo destarte os
esforços dos romanistas, ainda hoje restam cópias desta antiga versão.
32. Textus Receptus
História resumida do texto grego recebido (Textus Receptus)
Na geração seguinte de eruditos em grego estava Erasmo de Roterdã, o qual
preparou uma edição do Novo Testamento tendo como base vários dos melhores
manuscritos gregos trazidos pelos que fugiram de Bizâncio, alguns dos quais
estavam disponíveis no momento da tradução, outros que foram copiados
durante a preparação para o lançamento de sua Bíblia em Latim, também vários
textos dos pais da igreja, os quais faziam referência a textos bíblicos em seus
escritos, além da tradução da Bíblia para o Latim (a Antiga Vulgata) e para o
Copta. Sua primeira edição impressa surgiu em 1516 e foi seguida por outras
quatro edições. Neste meio tempo, tendo início em 1502, foi ordenada pelo
Cardeal Francisco Ximenes de Cisneros a compilação uma Bíblia poliglota, o que
foi levado a cabo por um grupo de eruditos da Universidade de Complutum em
Alcala (Espanha), com base em um outro conjunto de manuscritos bizantinos. O
trabalho resultante foi publicado com o título de "Poliglota Complutensiana" em
1522. Mesmo tendo sido realizado por católicos, este foi um trabalho que teve
grande valor e qualidade por ter-se atido aos manuscritos gregos que formaram
sua base.
Esta edição teve aceitação tão ampla, que se tornou mais tarde a base do Textus
Receptus, ou Texto Recebido, em que se basearam muitas das traduções
posteriores, inclusive a tradução para o português realizada por João Ferreira de
Almeida
33. Manuscrito Massorético
Após a destruição de Jerusalém em 70 d.C, eram os chamados Tannaim (professores),
escribas judeus que guardaram as Escrituras do Antigo Testamento.
Esses escribas "copiaram o texto do Antigo Testamento com grande precisão" (Edward
Hills, The King James Bible Defended, 4th edition, p. 93). Os Tannains foram seguidos
por outros escribas chamados Amorains (expositores). Embora tenham exaltado a
tradição do homem acima da Escritura, na prática diária, veneraram muito a Escritura
e a preservaram de geração em geração. (Foi nessa época que o Talmude foi
produzido, o qual canonizou a tradição rabínica).
No começo do século VI, foram os Massoretas (tradicionalistas), que zelosamente
guardaram o texto hebraico e o passaram de geração em geração.
É a Bíblia Massorética hebraica que foi adotada pelos cristãos e utilizada nas primeiras
Bíblias impressas.
Os massoretas eram famílias de estudiosos hebreus que tinham centros na Palestina,
Tiberíades e Babilônia. O tradicional texto hebraico Massorético recebe o seu nome
desses estudiosos.
Um dos mais famosos foi Ben Asher em Tiberíades, que "trabalhou para produzir uma
cópia correta das Escrituras". Desde o século 12 em diante o texto de Ben Asher foi
recebido como Bíblia Hebraica.
34. Manuscrito Massorético
Os massoretas tinham um grande cuidado na transcrição do Velho Testamento. Eles
desenvolveram regras mais rigorosas para as cópias, a fim de manter o texto puro. As seguintes
regras são da “General Biblical Introduction” por Herbert Miller (1937), com informação adicional
de outras fontes.
- O pergaminho deve ser feito da pele de animais limpos; deve ser elaborado somente por um
único judeu, e as peles devem ser presas por tiras colhidas de animais limpos.
- Cada coluna não deve ter menos de 48 nem mais de 60 linhas. A cópia toda deve ser alinhada
primeiro.
- A tinta não deve ser de outra cor além de preto, e deve ser preparada de acordo com uma
receita especial.
- Nenhuma palavra ou letra pode ser escritas da memória; o escriba deve ter uma cópia autêntica
diante dele, e ele deve ler e pronunciar em voz alta cada palavra antes de escrevê-la.
- Ele deve reverentemente limpar sua pena cada vez antes de escrever a palavra "Deus" (Elohim)
e deve lavá-la inteira antes de escrever o nome "Jeová" para que o Santo Nome não seja
contaminado.
- Cada palavra e cada letra era contada, e se uma letra era omitida, ou uma extra inserida, ou se
uma letra tocasse outra, essa seção do manuscrito era condenada e destruída.
Um manuscrito Massorético hebraico do Gênesis contém 4.395 linhas em 43 colunas, com 27.713
palavras e 78.100 letras.
Miller conclui com esta observação: "Algumas dessas regras podem parecer radicais e absurdas,
mas mostram o quão sagrado era a Palavra de Deus do Antigo Testamento sob a sua custódia, dos
judeus (Rm 3:2), e eles nos dão forte incentivo a acreditar que TEMOS O VERDADEIRO ANTIGO
TESTAMENTO, O MESMO QUE O NOSSO SENHOR TINHA E QUE FOI ORIGINALMENTE DADO POR
INSPIRAÇÃO DE DEUS "(General Biblical Introduction, 1937, p. 185).