O documento descreve a evolução de vários hominídeos na África, incluindo o Homo habilis, Homo ergaster e Paranthropus boisei. Estas espécies surgiram há entre 2,5-1,2 milhões de anos e apresentavam características como maior consumo de proteínas, aumento do cérebro e uso primitivo de ferramentas de pedra.
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Exercícios evolução 2014
1. Os dois textos abaixo, falam sobre o trabalho do paleontólogo. Leia-os com atenção e depois
responda o que se pede.
“(...) Da mesma forma como os detetives de histórias policiais colhem e investigam pistas, assim
procedem os paleontólogos. Suas pistas são os fósseis”.
II. “Lucy foi considerada o mais antigo fóssil dos hominídeos que antecederam o homem (...) Não
é da nossa espécie, mas seu dono tinha postura ereta e mãos como as nossas. Media pouco
mais de um metro de altura”.
A) O QUE O PALEONTÓLOGO ESTUDA?
B) POR QUE NO PRIMEIRO TEXTO AFIRMA-SE QUE OS PALEONTÓLOGOS SÃO COMO
DETETIVES?
C) O QUE SÃO FÓSSEIS?
D) QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS FÓSSEIS?
E) O QUE SÃO “HOMINÍDEOS”?
F) QUEM ERA A “LUCY”? CITE DUAS CARACTERÍSTICAS SUAS QUE SE PARECEM COM AS
NOSSAS.
Leia o texto e faça as atividades.
Até meados do século XIX, era senso comum que a natureza sempre fora do modo como se
apresentava estável e imutável, desde o momento em que foi criada. Mito, tradição e visão do
mundo natural se misturavam, a ponto de a religião influenciar a mentalidade científica. Confiando
na versão bíblica da Criação, calculava-se que a Terra tinha apenas 6 mil anos. E, sendo o
planeta tão jovem, esse tempo não seria suficiente para que as espécies sofressem alguma
transformação.
(Catálogo da exposição. "Darwin: descubra o homem e a teoria revolucionária que mudou o
mundo". São Paulo: Instituto Sangari, 2007. p. 9.)
O tão conhecido naturalista nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o responsável, juntamente com
Alfred Wallace, pela publicação da Teoria da Evolução.
Um dos marcos mais importantes da sua história foi a viagem a bordo no navio Beagle entre 1831
e 1836, na qual visitou diversas regiões do globo terrestre e teve condições de perceber uma
interessante relação entre fósseis e espécies viventes na época e mecanismos de adaptação de
espécies relacionados ao ambiente e modo de vida destes.
Um exemplo destas observações foi entre emas e avestruzes, espécies que, apesar da
semelhança, ocupam regiões geográficas distintas. Os tentilhões de Galápagos, com bicos
adaptados aos tipos alimentícios - e tartarugas gigantes do mesmo arquipélago, com detalhes no
casco característicos para indivíduos de cada ilha - também foram exemplos clássicos quando
nos referimos a Darwin. Inclusive estes foram, além de suas leituras, curiosidade e discussões
com pesquisadores, definitivos para o insight que teve.
Assim, Darwin teve condições de, por mais de 20 anos, relacionar esses fatos e publicar a teoria.
2. Esta demora se refere, principalmente, ao fato de que suas descobertas contrariavam o que
acreditava-se na época: que espécies eram fixas, ou seja: todas as espécies que Deus criou no
início do mundo são as espécies que existem, sem nenhuma a mais ou a menos.
Como quando chegou de viagem já era bastante conhecido, Wallace pediu a ele para que lesse
seus manuscritos acerca de uma descoberta que teve. Surpreendentemente, Wallace havia
escrito justamente o que Darwin estava há décadas escondendo consigo e, como solução,
publicou a teoria em seu nome e de Wallace.
A) QUEM FOI CHARLES DARWIN?
B) EXPLIQUE COMO AS IDEIAS DE CHARLES DARWIN MUDARAM O CENÁRIO DESCRITO
NO TEXTO ACIMA.
Leia o texto:
Os primeiros ancestrais do gênero Homo surgiram nas zonas tropicais e sub-tropicais da África
durante o resfriamento do clima ocorrido no Plioceno Superior (2,5-2 milhões de anos atrás).
Estabeleciam-se em um território, onde exploravam uma área extensa.
Conviviam, então, subespécies de parântropos e subespécies primitivas do gênero Homo.
Os hominídeos, nesse estágio evolutivo, já não se restringiam às florestas e nem mais
viviam em árvores. A exposição maior aos predadores, decorrentes do viver no solo, elevou o
número de mortes no bando e obrigou essas criaturas a adotarem estratégias de proteção do
grupo, principalmente da prole indefesa. Com isso, a vida grupal se intensificou. Aprimorou-se a
repartição do alimento entre os membros do grupo, a divisão de tarefas intragrupal e o surgimento
de unidades familiares. O convívio mais intenso favoreceu o desenvolvimento da comunicação
oral. A sexualidade se tornava progressivamente contínua para aumentar a reposição de
indivíduos e garantir a continuidade da espécie.
Uma característica da evolução dos hominídeos foi o progressivo aumento do volume do
cérebro em relação ao corpo. A relação entre o volume do cérebro e a altura de um indivíduo
moderno é duas vezes maior que a de um australopiteco. Para comportar cérebros maiores, o
crânio lentamente mudou de formato, tornando-se mais alto e perdendo o achatamento frontal.
O aumento relativo do cérebro habilita o exercícios de novas funções, como a
concentração, a retenção na memória, além de controles neuro-musculares mais complexos e
eficientes.
Uma outra alteração importante na conformação óssea dos hominídeos foi introduzida pela
cocção de alimentos, que tornou a mastigação mais fácil, não exigindo dentes tão grandes e
tornando desnecessárias bocas tão proeminentes.
Já separados do Australopitecus Africanus, se desenvolviam três espécies: o Homo
Rudolfensis, o Homo Habilis, o Homo Ergaster e o Homo Erectus.
Há os que consideram tais espécies do gênero Homo como meras variedades regionais
desse gênero.
O Homo Habilis ou Rudolfensis
3. Esta espécie surgiu há 2,5-2,3 milhões de anos na África. Não se sabe se evoluída do A.
Africanus ou do A. Afarensis ou se de alguma linha paralela à dos australopitecos.
Pela análise de seus ossos de animais associados aos humanos, eles viviam num
ambiente bem mais seco e amplo que as florestas onde habitavam as espécies anteriores.
Sua compleição frágil certamente fazia dele presa de
outros carnívoros.
O Homo Habilis, que por algum tempo foi contemporâneo
do Australopithecus Africanus, já era onívoro, como mostram os
restos faunísticos em seus sítios. Ao lado do consumo de
vegetais duros e fibrosos para suprir suas necessidades
energéticas, matava pequenos animais, roedores em geral, além
de consumir carcaças de animais já mortos por outros
predadores ou de causas naturais. Comia a carne e sugava o
tutano dos ossos.
Por substituir parte da dieta vegetal pela caça, seu crânio
perdeu a crista sagital que nos A. Bolsei era necessária para fixar músculos que permitiam
mastigar vegetais duros e fibrosos. Além disso, os dentes do H. Habilis apresentam molares e
pré-molares menores e menos esmaltados, porém dentes incisivos maiores que os dos Bolsei.
Ou seja, necessitavam menos dos molares e mais dos incisivos para mastigação.
O consumo de proteína das carnes resultou no lento aumento da capacidade craniana. O
volume do cérebro do H. Habilis já era de 600-680 cm3 e já apresentava área diferenciada para
comportar uma linguagem pobre em sons, mas articulada. Grande parte desse aumento pode ser
creditado ao maior consumo de proteínas animais.
O cérebro maior fomentou maior eficiência nas caçadas, tanto pelo aprimoramento e
desenvolvimento de ferramentas, quanto pela melhoria na capacidade de comunicação. Um e
outro permitiram a evolução da caçada em grupo e, portanto, a obtenção de proteínas em maior
número e com menor esforço e risco.
Dessa era são os artefatos mais antigos presumidamente feitos
por humanos: ferramentas muito simples, geralmente cortadores de
vegetais e plantas, feitas de pedra lascadas. Entretanto, muitas
vezes, é difícil distinguir os artefatos humanos daqueles produzidos
por fenômenos naturais, tão toscos eram. Por essa razão, ainda há
sérias dúvidas sobre a capacidade do H. Habilis de produzir
ferramentas.
Os mais antigos desses instrumentos foram encontrados em
Taung, Sterkfontein, Swartkrans, Kromdraai, Makapansgat (África do
Sul), na Garganta de Olduvai (Tanzânia), bem como em Koobi Fora,
Lothagam e às margens do lago Omo ou Turkana (Quênia). São datados de 2,5 a 1,8 milhões de
anos atrás. A elaboração de ferramentas, de qualquer modo, indica uma capacidade de abstração
mental necessária ao planejamento da forma futura do utensílio.
4. A coleção de artefatos deles é denominada de indústria olduvaiana, um conjunto de peças
utilitárias obtidas a partir de matéria prima disponível no local: seixos ovóides de obsidiana,
rochas basálticas, sílex, quartzita e material vulcânico, polidos pela
erosão de águas e ventos.
Sua preparação consistia na lascagem por percussão direta ou
indireta sobre uma pedra grande (núcleo), usando uma pedra dura
como marreta e outra como bigorna. Desse modo, produziam três tipos
de artefatos do tamanho de uma laranja. Um deles tinha uma
extremidade naturalmente arredondada e a extremidade oposta
pontiaguda ou com uma borda cortante (talhadeiras ou choppers).
Outra apresentava duas extremidades opostas pontudas ou cortantes
(chopping tool). A terceira era composta de utensílios feitos a partir de lascas poliedrais
toscamente retocadas.
Tais ferramentas eram adaptadas para serem seguras com a palma da mão, sem a
necessidade de dobrar o dedo polegar. Ao lado dos instrumentos de pedregulho, produziam
também lascas retiradas de pedras maiores, chamadas núcleos.
Se essa indústria compreendia também artefatos em madeira ou
outro material orgânico, deles não sobrou traço. A indústria olduvaiana
durou mais de um milhão de anos, mas evoluiu um pouco nesse período.
Na fase inicial da indústria, a padronização era muito baixa. Em
Olduvai, 80% dos artefatos eram produzidos a partir de seixos e o
restante de lascas. Em Koobi Fora, os seixos respondiam apenas por 5%
da indústria, enquanto em Omo, não havia objetos de seixos, mas apenas
de lascas de pequenas dimensões.
Dado que a indústria lítica deixou artefatos duradouros, os
arqueólogos usam-na para a periodização da história do Homem. A tradição olduvaiana inicial
define o chamado Período Arqueolítico (arqueo=antigo, em grego).
O Homo Ergaster
O Homo Ergaster (em grego, ergaster=trabalhador), parente
próximo do Homo Erectus, era anatomicamente assemelhado a ele,
embora pareça mais inteligente, pela comparação do crânio de um
e outro. Era tão alto quanto o homem moderno. Seus restos podem
ser encontrados no nordeste da África (onde viveu entre 1,8 e 1,5
milhões de anos atrás), mas principalmente na Ásia (como a
caverna de Chou-kou-tien, na China e em Java). Daí se moveram
para as zonas temperadas do oeste da Ásia no fim da Idade do
Gelo (cerca de 1,4 milhões de anos atrás).
O mais famoso exemplar da espécie Homo Ergaster é o
Garoto de Turkana, que teria morrido afogado há 1,6 milhões de anos.
5. Mais ou menos na mesma época e na mesma região do sul da África em que vivia o A.
Africanus, coexistia o Paranthropus Æthiopicus, de características semelhantes, porém mais
robusto. Por isso, muitos cientistas consideram que parântropo é apenas um outro nome para o
australopitecos robusto (Australopithecus Africanus), recusando-se a criar uma classificação
específica para eles.
A seguir, a evolução fez surgir no leste da África o Paranthropus Bolsei,
que viveu entre 2,6 e 1,2 milhões de anos atrás. Os primeiros exemplares
foram encontrados na Garganta de Olduvai, na Tanzânia. Ele era bastante
parecido com os Paranthropus Æthiopicus do sul da África. O parântropo
tinha estatura em torno de 1,55 metros. Seu cérebro tinha volume de cerca
de 500 cm3.
Ele vivia em áreas de clima seco e a escassez de alimentos fê-lo
adotar como tática de sobrevivência uma dieta baseada em frutos e raízes, comidas de
mastigação difícil, porém mais abundante na região.
Explique:
A) Faça uma linha do tempo com os hominídeos citados neste arquivo, com suas principais
características e o modo de vida.
Várias espécies fazem parte da história da formação da humanidade. Algumas estão
representadas nos desenhos abaixo. Observe-as. Depois, em seu caderno faça o que se pede.