2. SÉRIE FARMACOLOGIA APLICADA
Formação em Auxiliar de Farmácia Hospitalar
e Drogarias
Volume V - TOMO III
Farmacologia: Farmacocinética e
Página
1798
Farmacodinâmica.
3. 2014. SEXTA EDIÇÃO DA SÉRIEREVISTA
E AUMENTADA.
1ª. Edição do Volume V – TOMO III Editora
Free Virtual. INESPEC – 2014 –
Fortaleza-Ceará. Edição em Janeiro de 2014
Farmacocinética e Farmacodinâmica
Página
1799
1ª. Edição Aumentada.
4. No Volume - tomo II apresentamos aos alunos do autor, a quarta reedição do livro
Tomo II – Anatomia e Fisiologia, aumentada e revisada. As edições encontra-se
assim distribuídas:
1 - (Aula especial tópico ensaio. Published by Cesar Augusto Venâncio Silva. Dec 15,
2013 - Copyright: Attribution Non-commercial - PDF, DOCX, TXT)
http://www.scribd.com/doc/191659914/aula-especial-topico-ensaio
2 - (SÉRIE FARMACOLOGIA APLICADA 2a. EDIÇÃO AULAS PARA O PERÍODO DE
1 A 21 DE DEZEMBRO FARMACOLOGIA CLÍNICA II TOMO II DO VOLUME - Cesar
Augusto Venâncio Silva. SEGUNDA REEDIÇÃO AMPLIADA COM AULAS PARA O
PERÍODO DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013 A 21 DE DEZEMBRO. Dec 16, 2013 Copyright: Attribution Non-commercial)
http://www.scribd.com/doc/191746207/SERIE-FARMACOLOGIA-APLICADA-2aEDICAO-AULAS-PARA-O-PERIODO-DE-1-A-21-DE-DEZEMBRO-FARMACOLOGIACLINICA-II-TOMO-II-DO-VOLUME-V
3 - (Published by Cesar Augusto Venâncio Silva - ANATOMIA DA VIA
Parenteral por injeção ou infusão. LIVRO FARMACOLOGIA TOMO II PROFESSOR
CÉSAR VENÂNCIO ANATOMIA 21122013 - Dec 21, 2013 - Copyright: Attribution
Non-commercial (PDF, DOCX, TXT):
http://www.scribd.com/doc/192841449/ANATOMIA-DA-VIA-Parenteral-por-injecao-ouinfusao-LIVRO-FARMACOLOGIA-TOMO-II-PROFESSOR-CESAR-VENANCIOANATOMIA-21122013
4 - Publicado por Cesar Augusto Venâncio Silva - 2014. QUINTA EDIÇÃO DA SÉRIE
– REVISTA E AUMENTADA. 1ª. Edição do Volume V – TOMO II Editora Free Virtual.
INESPEC – 2012 - Fortaleza-Ceará. Edição em Janeiro de 2014. Anatomia e
PROFESSOR
Reedição
CÉSAR
http://eadfsd.blogspot.com.br/
Aumentada.
VENANCIO
LIVRO
FARMACOLOGIA
ANATOMIA
4a
TOMO
II
REEDIÇÃO.
1800
4ª.
Página
Fisiologia.
5. Especialista Professora Ray Rabelo – Presidente do INESPEC – Gestão 2013-2019.
Jornalista Editora. Reg MTB-Ceará 2892.
Apresentação.
Esse Volume representa o Tomo III do Volume V da Série, e a partir de maio de 2014,
buscaremos interagir com o EAD para ofertar cursos de extensão na área da
Farmacologia Clínica, com fins de propalar a educação básica para a Saúde Coletiva,
reafirmo a posição firmada anteriormente.
O presente livro tem como base de
formação teórica uma visão que se processa através de informações científicas e
atualizadas, dando aos profissionais, no presente e no futuro oportunidades de
revisão e fixação de aprendizagens sobre os fenômenos que classificam a
compreensão da atividade de regulação de medicamentos, anatomia e fisiologia
aplicada, farmacocinética e farmacodinâmica em suas várias dimensões. Essa série
visa atingir os alunos do projeto universidade virtual OCW, onde o autor escreve e
publica material didático para os alunos dos cursos de farmácia, biologia, psicologia e
disciplinas do Curso de Medicina das Universidades que adotam o sistema OCW. O
Consórcio Open Course Ware é uma colaboração de instituições de ensino superior e
organizações associadas de todo o mundo, criando um corpo amplo e profundo de
conteúdo educacional aberto utilizando um modelo compartilhado. Mais detalhe já se
encontra descrito no Tomo I. No link seguinte, você pode acessar a integralidade
desse livro:
http://farmacologiatomo2rdm.blogspot.com.br/
http://farmacologiatomo1rdm.blogspot.com.br/
http://farmacologiav5t1.blogspot.com.br/
Outros livros da série podem ser vistos nos links:
http://inespeceducacaocontinuada.webnode.com/
http://institutoinespec.webnode.com.br/.
Página
A segunda edição está disponível na INTERNET no site:
1801
http://radioinespec2013.yolasite.com/
6. Podendo ser baixado diretamente no link:
http://institutoinespec.webnode.com.br/livro-do-curso-de-farmacia-para-as-turmas-iii-eiv-/
Ou e: http://www.scribd.com/doc/125825298/Livro-Revisado-4-de-Fevereiro
http://institutoinespec.webnode.com.br/livro-do-curso-de-farmacia-para-as-turmas-iii-eiv-/
A gestão do INESPEC agradece ao Professor César Augusto Venâncio da SILVA.
Docente de Farmácia Aplicada e especializando em Farmacologia Clínica pela
Faculdade ATENEU. Fortaleza-Ceará. 2013. Matrícula 0100.120.102201775 o seu
empenho em fortalecer as ações do instituto.
Fortaleza, Janeiro de 2014.
Página
1802
Boa sorte.
7. Epigrafe.
“Ser professor é um privilégio...é semear em terreno sempre fértil e
se encantar com a colheita... é ser condutor de almas e de sonhos, é
lapidar diamantes"
(Gabriel Chalita)
Para obter o máximo de benefícios de seu tratamento com remédios,
é necessário usá-los corretamente. O consumo de remédios, mesmo
quando
prescrito
por
médicos,
deve
seguir
procedimentos
específicos. Além da automedicação, tomar o medicamento de forma
inadequada também oferece riscos à saúde. E, quando não chega a
ser perigoso para a saúde, isso pode, no mínimo, levar a resultados
indesejados, como o medicamento não funcionar como se espera
(perda da eficácia da fórmula). Nos casos mais graves, efeitos
colaterais ou interações medicamentosas inesperados.
Alternativas
Para muitas pessoas, tomar determinados remédios é um “sacrifício”. Ou pelo gosto
desagradável do medicamento, ou pelo seu formato, muitos chegam até a sentir
ânsias de vômito. Nesses casos, não há problema em que a pessoa beba água após
a ingestão deste medicamento. O mais recomendado, no entanto, é buscar formas
diferenciadas de consumo. É o que os laboratórios fazem com os remédios voltados
Página
1803
para as crianças, sempre com essências e sabores mais adocicados.
8. Capítulo I
Aspectos da Farmacologia Geral
1. Divisão e conceito.
18.
Constituintes
2. Divisão.
19.
Propriedades da
3. Conceito.
beladona
4. COMENTÁRIOS.
20.
Indicações.
5. Toxicologia.
21.
Constituintes - Os
6. Toxinologia.
alcaloides.
7. Toxinas.
22.
Nicotina
8. Esquema de receptor
23.
Possibilidade de
transmembrana.
desenvolvimento do câncer.
9. Bacillus thuringiensis
24.
Radical metil.
10.
25.
Em síntese
26.
Referência
REFERENCIA
BIBLIOGRÁFICA
11.
Conclusão.
12.
Veneno.
13.
Atropa beladona.
14.
Família: Solanaceae.
28.
Efeitos secundários
15.
Algumas Espécies do
29.
Contraindicações
30.
Interações.
31.
Preparações à base de
Atropa belladonna L –
beladona
17.
Resumo
RISCOS DE
AUTOMEDICAÇÃO.
beladona
1804
16.
27.
Página
Gênero:
Bibliográfica.
9. 32.
Ponto de vista
toxicológico
33.
Onde cresce a
beladona
46.
A BHE é
semipermeável
47.
Patologias ligadas a
BHE.
34.
Escopolamina.
48.
Meninges
35.
Os perigos de misturar
49.
Três tipos de
36.
O oposto do
antagonista é o agonista.
37.
Antagonistas
38.
O efeito de dois
químicos
hemorragias envolvendo as
meninges
50.
A hemorragia
subaracnóidea
51.
Meninges do
39.
O efeito sinergístico
52.
Meningite.
40.
Sinergismo é a ação
53.
A Neisseria
Um agonista
42.
Um receptor
membranário
43.
A escopolamina –
Farmacologia.
44.
Barreira
hematoencefálica (BHE)
45.
Comentários.
54.
Caso grave de
meningite meningocócica
55.
Meningite e a Punção
lombar
56.
Punção lombar.
57.
Exsudato inflamatório
purulento na base do cérebro
causado por meningite.
1798
41.
meningitidis
Página
combinada
10. 58.
Achados no líquor nas
diferentes formas de
meningite
59.
Vários exames mais
especializados
60.
Serologia
61.
A Haemophilus
influenzae
62.
Conceitos difusos e
conexos
69.
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA.
70.
Com contraste
71.
Esclerose múltipla.
72.
Doença autoimune e
neurodegenerativa
73.
Enfraquecimento da
barreira hematoencefálica.
74.
Doença de Alzheimer.
75.
Outras doenças.
63.
Das Micobactérias.
76.
Hipertensão
64.
Mycobacterium marium
77.
A escopolamina age
e M.ulcerans
65.
Quadro de
hipersensibilidade tardia e de
imunidade celular.
66.
Epiglotite
67.
O tratamento de um
como um antagonista
competitivo
78.
Dois cogumelos
“Amanitas muscaria”.
79.
Dos receptores
nicotínicos.
individua infectado por
80.
Subtipos de receptor.
Haemophilus influenzae
81.
Os receptores
Um relato de caso.
82.
Prática clínica.
1799
68.
nicotínicos
Página
vacinal completo.
11. 83.
Aprender em contexto
de Prática Clínica.
95.
Beber uma quantidade
suficiente de água
84.
NOTA TÉCNICA.
96.
Líquidos.
85.
Vamos primeiro
97.
As propriedades de um
entender o que é a quelação.
86.
DISPENSAÇÃO
MEDICAMENTOSA
87.
Tomar os
medicamentos
88.
Interrompimento do
tratamento medicamentoso
89.
Posologia do
tratamento
90.
Os riscos associados
ao uso de um medicamento.
91.
Riscos de alergias
92.
Cuidado com o álcool
93.
A mistura álcool +
medicamento
94.
Conservação dos
líquido.
98.
Viscosidade
99.
Compressão.
100.
Tensão superficial
101.
Evaporação
102.
A água, em sua fase
líquida.
103.
Uma ligação três
centros dois elétrons (3c-2e)
104.
Ponte de hidrogênio
105.
Caramelo em estado
líquido
106.
Um líquido assume a
forma daquilo que o contém
(2).
107.
A água é um elemento
adequada.
hidrogênio
1800
composto por dois átomos de
Página
medicamentos de maneira
12. 108.
A água é uma
substância química
109.
A água é o líquido mais
indicado
110.
Risco de interações
com o princípio ativo do
medicamento.
111.
Tomar medicamentos
com água ou leite
119.
Podemos associar
remédio
120.
O consumo de
remédios e ou medicamentos
121.
Chás modificam o
movimento estomacal
122.
Consumo de ácido
acetilsalicílico (AAS)
123.
A administração de
112.
Tetraciclina
medicamentos com bebidas
113.
Sucos.
alcoólicas.
114.
DIFERENÇA ENTRE
124.
Calmantes,
MEDICAMENTO E
antidepressivos, ansiolíticos e
REMÉDIO.
anorexígenos.
115.
Medicamento.
125.
Alternativas.
116.
LEI No 5.991, DE 17
126.
Não é recomendado
DE DEZEMBRO DE 1973.
117.
Controle Sanitário do
que paciente tentem dividir
comprimidos pela metade.
Leite.
Medicamentos, Insumos
128.
Lactase.
Farmacêuticos e Correlatos.
129.
Enzimas
130.
Reações enzimáticas
131.
Enzimas digestivas
118.
Disposições
Preliminares
1801
127.
Página
Comércio de Drogas,
13. na compreensão da
Farmacocinética.
133.
Processos de evolução
de novas vias de biossíntese.
134.
Na absorção do leite
135.
Digestão intracelular
136.
Digestão extracelular e
extracorporal
137.
Digestão extra e
intracelular
138.
.A digestão é o
conjunto das transformações
químicas.
139.
Também se denomina
leite o suco de certas plantas
ou frutos
140.
O metabolismo da
glicose e da insulina).
141.
Composição do leite
materno (100ml).
142.
O leite humano
143.
Proliferação dos
Lactobacillus bifidus
144.
As proteínas do leite
145.
São divididas em
caseína e proteínas do soro.
146.
Quantidade de
proteínas do leite de vaca
147.
A caseína
148.
As proteínas do soro do
leite
149.
O teor de eletrólitos do
leite de
150.
Leite produzido pela
mulher
151.
O leite materno é
fundamental
152.
Proteção como
anticorpos
153.
Propriedades anti-
infecciosas
154.
Contra infecções desde
os primeiros dias de vida
1802
Um estudo importante
Página
132.
14. 155.
A composição química
do leite materno
156.
O Leite Artificial x Leite
Materno.
157.
Na Clínica Médica
158.
A questão é qual leite
usar
159.
Erros comuns.
169.
Erros ao tomar
antibióticos
170.
Em relação aos cremes
e às pomadas
171.
As recomendações
para cada medicamento
Regras Práticas para a
Amamentação
160.
168.
Propriedades físicas do
Leite.
172.
Conclusão.
173.
MEDICAMENTOS DE
USO ORAL (PELA BOCA)
174.
Drágea
161.
O leite de bovino
175.
Cápsula
162.
Os glucídios (lactose)
176.
Pó Oral
163.
A composição do leite
177.
Apresentações Orais
de vaca
de Liberação Prolongada
164.
Cuidado com o leite.
178.
Solução Oral, Xarope.
165.
Medicamento na dose
179.
Medidas Utilizadas
Outros fatores que
comprometem a eficiência
medicamentosa.
167.
Anticoncepcional pode
cortar o efeito
Líquidos de Uso Oral
180.
Copo-Medida - Colher-
de-Chá - Seringa Doseadora
181.
ALERTA SOBRE
SERINGA DOSEADORA
1803
166.
para Dosear Medicamentos
Página
certa.
15. 182.
Comprimidos
Sublinguais
195.
MEDICAMENTOS DE
USO ÓTICO (NOS
183.
Sprays para Garganta
184.
MEDICAMENTOS DE
196.
Gotas para Ouvido
USO RETAL (PELO ÂNUS):
197.
MEDICAMENTOS DE
SUPOSITÓRIO ENEMA
OUVIDOS).
USO NA PELE (USO
185.
Supositório
186.
Enema.
198.
Pomada e Creme
187.
Autoadministração
199.
Sprays ou Aerossóis
188.
Administração com
200.
Adesivos
MEDICAMENTOS DE
USO VAGINAL.
190.
Pomada Vaginal
191.
MEDICAMENTOS DE
USO NASAL.
192.
MEDICAMENTOS DE
USO OFTÁLMICO (NOS
OLHOS).
194.
MEDICAMENTOS
PARA INALAÇÃO ORAL.
202.
Referência
Bibliográfica.
Colírio e Pomada
Oftálmica
203.
Uso do Buscopam.
204.
BuscoDuo.
205.
As gotas nasais ou o
spray
193.
201.
A diferença entre
Buscopan®, BuscoDuo e
Buscopan® Composto.
206.
As diferenças entre
Buscopan® e um analgésico.
1804
189.
Transdêrmicos
Página
ajuda de outra pessoa.
TÓPICO).
16. 207.
BUSCOPAN não deve
216.
Procedimento
ser administrado de forma
Complementar Para Dores
contínua
Abdominais.
208.
217.
Flexão pélvica
durante a gravidez ou a
218.
Massagem
lactação.
219.
Técnicas de
209.
Tomar Buscopan®
O que causa as cólicas
e dores abdominais.
relaxamento
220.
Exercícios antiestresse
221.
Exercícios simples
alivia espasmos fora do trato
222.
Ioga antiestresse.
gastrointestinal
223.
Movimentos circulares
210.
211.
O Buscopan® não
A SII não é uma
doença que oferece risco à
vida.
212.
224.
Alongamento do
músculo do pescoço.
Funcionalidade do
Buscopan®.
213.
com os ombros.
Duboisia é um género
botânico pertencente à
família Solanaceae.
225.
Treinamento
abdominal.
226.
Dor e uso de
medicamentos e alimentação.
227.
Receitas.
228.
Minestrone.
215.
Duboisia myoporoides
229.
Bolinhos de maçã e
(em espanhol)
flocos de aveia.
1805
Espécies.
Página
214.
17. 230.
Bolo de especiarias
com frutas secas.
231.
Crumble de Salmão e
abobrinha.
232.
RESUMO DAS
CARACTERÍSTICAS DO
MEDICAMENTO
BUSCOPAN.
234.
INFORMAÇÕES
CLÍNICAS DO BUSCOPAN.
INFORMAÇÕES
FARMACÊUTICAS DO
BUSCOPAN.
243.
Aspectos Científicos e
metódicos do Buscopam.
233.
242.
ESCOPOLAMINA
ANTIESPASMÓDICOS
244.
Farmacocinética: A
Escopolamina apresenta
245.
Ação Farmacológica: A
Escopolamina inibe a ação
246.
Indicações: A
Escopolamina é efetiva na
terapia
235.
Gravidez e aleitamento.
247.
Precauções
236.
Efeitos indesejáveis.
248.
Interações
237.
Sobre dosagem.
Medicamentosas: A
238.
Sintomas.
Escopolamina pode aumentar
239.
As complicações
os efeitos colaterais Reações
cardiovasculares
Informações Adicionais
FARMACOLÓGICAS DO
250.
Posologia
BUSCOPAN.
251.
Medicamento de
Propriedades
farmacocinéticas.
Referência / Medicamento
Genérico
1806
249.
241.
PROPRIEDADES
Página
240.
Adversas e Superdose.
20. Divisão e conceito.
Divisão.
Para fins didáticos podemos aqui estabelecer que a Farmacologia seja subdivida em:
Farmacologia Geral: estuda os conceitos básicos e comuns a todos os grupos de
drogas.
Farmacologia Especial: estuda as drogas em grupos que apresentam ações
farmacológicas semelhantes. Ex.: farmacologia das drogas autonômicas (que atuam
no SNC).
Farmacognosia (farmacognosia é um dos mais antigos ramos da farmacologia. Ela é
praticada por farmacêuticos, e tem como alvo os princípios ativos naturais, sejam
animais ou vegetais. O termo deriva de duas palavras gregas, pharmakon, ou droga,
e gnosis ou conhecimento. A farmacognosia passou a ser obrigatória nas escolas de
farmácia brasileiras a partir de 1920 - Estudo do uso, da produção, da história, do
armazenamento, da comercialização, da identificação, da avaliação e do isolamento
de princípios ativo, inativo ou derivados de animais e vegetais): diz respeito à origem,
métodos de conservação, identificação e análise química dos fármacos de origem
vegetal e animal.
Farmácia: trata da preparação dos medicamentos nas suas diferentes formas
farmacêuticas (compridos, cápsulas, supositórios, etc.), da sua conservação e
análise.
Farmacodinâmica: trata das ações farmacológicas e dos mecanismos pelos quais os
fármacos atuam (em resumo, daquilo que os fármacos fazem ao organismo).
Farmacocinética:
dizem
respeito
aos
processos
de
absorção,
distribuição,
biotransformação (e interações) e excreção dos fármacos (em resumo, daquilo que o
dos indivíduos com relação às drogas específicas. Determinados indivíduos podem
reagir diferentemente ao mesmo tipo de medicamento, dependendo de sua etnia ou
outras variações genéticas. Foi criado por F.Vogel em 1959): área em crescimento
Página
ICONOGRAFIA 1 - Farmacogenética (é a ciência que estuda a variabilidade genética
1799
organismo faz aos fármacos).
21. explosivo, que trata das questões resultantes da influência da constituição genética
nas ações, na biotransformação e na excreção dos fármacos e, inversamente, das
modificações que os fármacos podem produzir nos genes do organismo que os
recebe.
Cronofarmacologia: estudo dos fármacos em relação ao tempo. Sua aplicação se
baseia nos resultados da cronobiologia.
Toxicologia: diz respeito às ações tóxicas não só dos fármacos usados como
medicamentos, mas também de agentes químicos que podem ser causadores de
intoxicações domésticas, ambientais ou industriais.
Conceito.
A farmacologia é uma palavra de origem grega -
ϕάρμακον, fármacon também
designada como droga, e λογία, derivado de - λόγος logos que representa o termo:
"palavra", "discurso", e que em sentido amplo podemos considerar "ciência". Assim, é
a ciência que estuda como as substâncias químicas interagem com os sistemas
biológicos. A Farmacologia é uma ciência que se sugere ter nascida em meados do
século XIX. Se essa substância tem propriedades medicinais, elas são referidas como
"substâncias farmacêuticas". O campo abrange a composição de medicamentos,
propriedades, interações, toxicologia e efeitos desejáveis que pudessem ser usados
no tratamento de doenças. A ciência Farmacologia engloba os aspectos do
conhecimento da história, origem, propriedades físicas e químicas, associações,
efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção, biotransformação e
excreção dos fármacos para seu uso terapêutico, médico ou não.
COMENTÁRIOS.
Toxicologia.
ICONOGRAFIA 2 - Símbolo universal usado de aviso para indicar substâncias ou
adversos das substâncias químicas sobre os organismos. Possui vários ramos, sendo
os principais a toxicologia clínica, que trata dos pacientes intoxicados, diagnosticandoos e instituindo uma terapêutica mais adequada; a toxicologia experimental, que
Página
A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos
1800
ambientes tóxicos.
22. utiliza animais para elucidar o mecanismo de ação, espectro de efeitos tóxicos e
órgão alvos para cada agente tóxico, além de estipular a DL50 e doses tidas como
não tóxicas para o homem através da extrapolação dos dados obtidos com os
modelos
experimentais; e
a
toxicologia
analítica,
que
tem
como
objetivo
identificar/quantificar toxicantes em diversas matrizes, sendo estas biológicas
(sangue, urina, cabelo, saliva, vísceras, etc.) ou não (água, ar, solo). No entanto
existem outras áreas da toxicologia como a ambiental, forense, de medicamentos e
cosméticos, ocupacional, ecotoxicologia, entomotoxicologia, veterinária, etc. Sendo
assim, é importante que o profissional que atue nesta área tenha conhecimentos de
diversas áreas como química farmacocinética e farmacodinâmica, clínica, legislação,
etc. Na formação cientifica ampla, tópicos difusos não podem ser perdidos de vista
quando interage com uma compreensão mais ampla do tema abordado, assim dentro
do conceito Toxicologia se agrega o termo: Toxinologia, como parte da ciência que
estuda as toxinas, dos microorganismos, das plantas e dos animais suas
características, formação, função, metabolismo, e intoxicações ou efeitos nocivos.
Toxinologia.
ICONOGRAFIA 3 - A Toxinologia distingue-se da toxicologia por abordar um
segmento específico dos venenos ou tóxicos, isto é substancias que produzem um
efeito nocivo sobre os organismos vivos. Entre os agentes tóxicos produzidos por
animais podemos destacar: a toxina botulínica produzida pela bactéria Clostridium
botulinum, causadora do botulismo; o veneno de alguns insetos como a Lonomia
obliqua (taturana ou lagarta de fogo); abelhas tipo Apis mellifera; alguns peixes
tetraodontiformes ou baiacus; algumas espécies de anuros em especial o Phyllobates
terribilis, o sapo do veneno de flecha e as conhecidas e temidas serpentes. Observese que todo veneno ou substancia tóxica pode ser mais ou menos nocivo a um
organismo a depender da relação entre a dose e o tamanho do organismo, bem
como, em relação à susceptibilidade alérgica desta associada às experiências
anteriores de exposição. A propriedade tóxica dos venenos animais e vegetais tem
medicamentos a exemplo dos utilizados na apiterapia ou como vacina do sapo, entre
outros.
Página
mas também para se isolar os componentes ativos que podem ser utilizados como
1801
sido pesquisada não só para se desenvolver antídotos ou métodos de tratamento,
23. Toxinas.
Esquema de receptor transmembrana. E:
espaço extracelular; I: espaço intracelular; P: membrana plasmática.
Uma toxina, num contexto científico, é uma substância de origem biológica que
provoca danos à saúde de um ser vivo ao entrar em contato ou através de absorção,
tipicamente por interação com macromoléculas biológicas, tais como enzimas e
receptor. O termo obteve um uso mais alargado, erroneamente, no contexto de
medicina complementar e charlatanice, onde se refere a substâncias prejudiciais
genéricas (por vezes de composição química não provada ou não especificada) que
prejudicam a saúde. Muitas plantas, animais e microorganismos produzem toxinas
naturais com a função de desencorajar ou matar os seus predadores. As toxinas
animais que são aplicadas subcutaneamente (por exemplo, através de picadas ou
mordidas) são chamadas de veneno. As toxinas também são geradas por bactérias,
quer no corpo vivo durante infecções (como, por exemplo, o tétano) ou em material
biológico em decomposição. As exotoxinas são secretadas externamente por uma
bactéria e as endotoxinas formam parte da parede celular. O termo intoxicação
alimentar usa-se para definir um vasto número de doenças que podem ser causadas
pela ingestão de comida imprópria para consumo devido a toxinas bacterianas. A
toxina também tem vindo a ser aplicadas no campo da guerra química.
Venâncio da. Curso Farmacologia VOLUME III – Fortaleza-Ceará. 1ª Edição. Páginas:
194/210(Na primeira edição foram vendidos 3.384. No período entre Jul 24, 2013 e 16 de
fevereiro de 2014). V. Link:
Página
fitoterapia estar desinformado. No livro (do autor): SILVA, Professor César Augusto
1802
Nota Complementar.Não se concebe um profissional de saúde que faz uso da
24. http://pt.scribd.com/doc/155655158/LIVRO-DE-FARMACIA-VOLUME-IIIPROTOCOLO-590588-TURMA-V-1
Apresento uma lista de plantas autorizadas pela ANVISA que são partes da
farmacologia fitoterápica. Agora apresento o caminho inverso, as plantas aqui listadas
são altamente tóxicas, venenosas, levam a óbito.
A falta de informações nos leva a não sentir ou compreender comoalgumas das
plantas que literalmente cresceu por perto, não nos davam o conhecer de que apenas
uma mordida poderia ter lhe matado. Muitas das vítimas dessas plantas são crianças,
pois elas muitas vezes têm aparência de frutas um pouco apetitosas, e os pequenos
são curiosos, além de terem uma tolerância ainda menor para o veneno. Profissional
que é pai ou mãe, atentos para multiplicar as informações a seguir relatadas:
1 – Abundância (Ageratina adenophora).
Essa planta nativa da América do Norte é altamente venenosa. Suas flores são
brancas e, após a floração, pequenas sementes sopram com o vento. Elas têm uma
alta porcentagem da toxina tremetol, que não é conhecida por matar seres humanos
ou bebem esse leite, a toxina entra no corpo e se torna a chamada “doença do leite”,
altamente fatal. Milhares de colonos europeus morreram da doença na América no
início do século 19.
Página
absorvida em seu leite e carne. Quando os seres humanos, então, comem essa carne
1803
diretamente, mas indiretamente. Quando a planta é comida pelo gado, a toxina é
25. 2 – Erva-de-São-Cristóvão (Actaea pachypoda)
Essa planta com flores nativa do leste e norte da América do Norte tem veneno no
seu fruto marcante, de um 1 centímetro de diâmetro, que lembra muito um olho.
Apesar de toda a planta ser declarada tóxica para consumo humano, a parte mais
venenosa é a toxina concentrada no fruto que, infelizmente, foi responsável por tirar
uma série de vidas de crianças, já que também têm um gosto doce. As bagas contêm
uma toxina cancerígena, que tem um efeito sedativo quase imediato em músculos
cardíacos humanos e pode facilmente causar uma morte rápida.
3 – Trompeta de anjo (gênero Datura)
As plantas desse gênero são às vezes chamadas de lírio, pela semelhança. Também
são chamadas de trompeta de anjo, nativas das regiões tropicais da América do Sul,
por causa das flores pendentes em forma de trompete, cobertas de pelos finos, que
pendem da árvore. As flores vêm em uma variedade de tamanhos (14 a 50
centímetros) e em uma variedade de cores, incluindo branco, amarelo, laranja e rosa.
planta para planta, e de parte para parte, é quase impossível saber a quantidade de
toxinas que que o usuário ingeriu. Como resultados disso, muitos usuários têm
overdose e morrem.
Página
chá e ingerida como uma droga alucinógena. Como os níveis de toxicidade variam de
1804
Todas as partes da planta contêm toxinas. A planta é, por vezes, transformada em
26. 4 – Nuz-vômica (Strychnos nux-vomica)
A árvore Estricnina é nativa da Índia e sudeste asiático. As pequenas sementes
dentro do fruto verde para laranja são altamente tóxicas, com alcalóides
venenosos. 30 miligramas dessas toxinas são o suficiente para serem fatais a
um adulto, e levará a uma morte dolorosa de convulsões violentas devido à
estimulação simultânea de gânglios sensoriais da coluna vertebral.
5 – Teixo (Taxus baccata)
Essa árvore é nativa da Europa, norte da África e sudoeste asiático. Ela tem
sementes dentro de sua baga vermelha. Essa é a única parte do fruto que não é
dificuldade respiratória, tremores musculares, convulsões, colapso e, finalmente,
parada cardíaca. Em casos de intoxicação grave, a morte pode ser tão rápida que os
outros sintomas não são sentidos.
Página
dose de cerca de 50 gramas para ser fatal para um ser humano. Os sintomas incluem
1805
venenosa e permite que as aves a comam e espalhem as sementes. É preciso uma
27. 6 – Cicuta (Cicuta maculata)
Cicuta é um grupo de plantas altamente venenosas nativas às regiões
temperadas do hemisfério norte. As plantas têm pequenas flores brancas ou
verdes, dispostas em forma de guarda-chuva. É considerada a planta mais
venenosa da América do Norte: contém uma toxina que provoca convulsões. O
veneno é encontrado em todas as partes da planta, mas é mais concentrado nas
raízes, que por sua vez são mais potentes na primavera. Além das convulsões
quase imediatas, outros sintomas incluem náuseas, vômitos, dores abdominais,
tremores e confusão. A morte geralmente é causada por insuficiência
respiratória ou fibrilação ventricular e podem ocorrer poucas horas após a
ingestão.
ctonos = matar). Curiosamente, também é mencionada na mitologia e folclore de
lobisomem como tanto sendo capaz de repelir lobisomens/licantropos, quanto induzir
o estado de lobo, independentemente da fase da lua. Essas plantas perenes são
Página
O nome lycoctonum se refere ao uso desta planta para matar lobos (luco = lobo e
1806
7 – Erva de lobo (Aconitum lycoctonum)
28. nativas de regiões montanhosas do hemisfério norte. Contêm grandes quantidades de
um veneno que costumava ser usado pelo povo Ainu do Japão como veneno para a
caça nas pontas de suas flechas. Em casos de ingestão, os sintomas incluem
queimação nos membros e abdômen. Com grandes doses, a morte pode ocorrer
dentro de 2 a 6 horas. 20 mililitros são suficientes para matar um humano adulto.
8 – Ervilha do rosário ou jiquiriti (Abrus precatorius)
A planta é nativa da Indonésia, mas cresce em muitas partes do mundo. É mais
conhecida por suas sementes, que são usadas como miçangas, pelo seu vermelho
brilhante com um único ponto preto (não muito diferente de uma viúva negra). O
veneno contido na planta (abrina) é muito semelhante ao veneno ricina, encontrado
em algumas outras plantas venenosas. Há uma diferença principal, entretanto: a
abrina é cerca de 75 vezes mais forte que a ricina. Ou seja, a dose letal é muito
menor e, em alguns casos, tão pouco como 3 microgramas pode matar um humano
adulto. O uso de sementes como enfeite ainda representa uma enorme ameaça;
pessoas já morreram só de furar os dedos na broca usada para perfurar os orifícios
minúsculos nas sementes.
Página
1807
9 – Beladona (Atropa belladonna)
29. Beladona é nativa da Europa, norte da África e Ásia ocidental. É também uma
das plantas mais venenosas do mundo, pois contém toxinas que causam
delírios e alucinações. Outros sintomas de envenenamento incluem perda da
voz, boca seca, dores de cabeça, dificuldade respiratória e convulsões. Toda a
planta é venenosa, mas as bagas costumam ser mais, além de serem doces e
atraírem crianças. 10 a 20 bagas podem matar um adulto, mas só uma folha em
que os venenos estão muito mais concentrados pode matar um homem adulto.
Estranhamente, nossos ancestrais “muito inteligentes” da era elizabetana
(1500) usavam beladona como parte de sua rotina diária de cosméticos. Eles
usavam gotas feitas a partir da planta como colírio, para dilatar as pupilas,
considerado atraente porque dava ao usuário um olhar sonhador. As mulheres
também bebiam cianeto, ou “sangravam” a si mesmas para obter uma cor
pálida e uma pele translúcida. JÁ APRESENTADA NESSE LIVRO SOB OS
ASPECTOS FARMACODINÂMICOS E FARMACOCINÉTICOS.
10 – Mamoma (Ricinus communis)
As mamonas são realmente assassinas; de fato, é a planta mais venenosa do mundo,
segundo o livro dos recordes Guiness. A planta é nativa da bacia do Mediterrâneo,
África oriental e Índia, mas é amplamente cultivada como planta ornamental. A toxina
chamada ricina é encontrada em toda a planta, mas está concentrada nas
sementes/grãos (da qual o óleo de mamona é feito). Uma semente é suficiente para
garganta e na boca, dor abdominal e diarréia com sangue e vômito. O processo é
imparável e a causa final da morte é desidratação. Estranhamente, os humanos são
Página
sintomas vêm dentro de algumas horas e incluem sensação de queimação na
1808
matar um humano em dois dias, em uma morte agonizante e longa. Os primeiros
30. os mais sensíveis a essas sementes: leva 1 a 4 para matar um ser humano
plenamente desenvolvido, 11 para matar um cão e 80 sementes para matar um pato
Interação medicamentosa e comidas venenosas que você adora comer. O meio
ambiente proporciona ao homem grande diversidade de substâncias alimentares, a
fim de compor sua alimentação diária. Os nutrientes importantes representam apenas
parte dos compostos químicos presentes nos alimentos, outras substâncias não
exercem quer efeito negativo quer positivo no organismo. Noentanto, há ainda
substâncias que produzem efeitos indesejáveis, que podem ocasionar desde
moléstias simples até a morte.
Uma observação em relação às sementes
de maçã que contêm vestígios de cianeto. Assim como as amêndoas e as cerejas, as
sementes da maçã também contém cianeto, mas em quantidades muito
menores.Cianureto ou cianeto é um veneno natural que pode ser extraído das
sementes de maçã, ameixa, damasco, cereja, pêssego, amêndoa e pêras, como
também das folhas verdes da cerejeira do mato. A semente da maçã é rica em
Cianureto (ou Cianeto), um tipo de veneno natural.Mas para um humano morrer ele
teria que comer umas 500 sementes de maçã no mesmo dia. Cianureto é o nome
genérico de qualquer composto químico que contém o grupo ciano C≡N, com uma
se tiver contato com qualquer ácido se converte em gás cianídrico (HCN), que se
inalado pode levar à morte. O íon cianeto reage na hemoglobina do sangue fazendo
com que esse não transporte oxigênio aos tecidos, por isso é considerado substância
Página
também chamado de cianeto de potássio, é um composto químico altamente tóxico,
1809
ligação tríplice entre o átomo de carbono e o de nitrogênio. O cianureto de potássio,
31. hematóxica (que intoxica o sangue), acarretando em morte rápida. Converte-se em
gás cianídrico (HCN), que se inalado pode levar à morte. De outro lado, é bom
conhecer a contra face da maçã, no aspecto positivo, digo: REMÉDIO. Não confundir
com medicamento quando da interpretação do texto exposto(*NC).
As amêndoas amargas, apesar de muito populares por seu sabor, possuem um
componente nada saudável: elas são cheias de cianeto (chamado antigamente de
cianureto).
A batata comum, assim como os tomates, contém quantidades consideráveis de
glicoalcalóides nas suas folhas. Essa substância tóxica causa fraqueza,
confusão e pode levar ao coma e à morte. Mas, tudo bem, ninguém come essa parte
das batatas mesmo. O problema é que esse veneno pode estar presente também na
própria batata. Mas há uma maneira fácil de identificar se ela pode ser consumida:
altas concentrações do veneno glicoalcalóide mudam a coloração da batata para
Página
1810
verde.
32. (*NC) A MAÇÃ E SEUS BENEFÍCIOS.
A maçã é uma Planta cercada de misticismo e folclore. Suas partes usadas são:
Frutos, casca e flores. O seu modo de conservar - O pseudofruto é utilizado maduro.
Pode ser seco ao sol, em lugar ventilado e sem umidade. Armazenar em frascos de
vidro ou porcelana. Tem origem na Ásia ocidental, e foi introduzida na Europa. No
Brasil, adaptou-se na região sul, de clima temperado e frio. Descreve-se da forma:
Planta da família das Rosáceas, árvore de porte médio e bastante ramificado, com
tronco curto. As folhas são alternas, dentadas e ovais. As flores brancas e pequenas.
O pseudofruto é a parte branca e comestível e o fruto verdadeiro é a parte interna do
pseudofruto, onde estão contidas as sementes, e que não é aproveitável. Reproduzse por porta-enxertos, que crescem mais rapidamente e com maior produtividade. O
solo, de preferência, deve ser sílico-argiloso, fértil e bem drenado. A macieira é uma
árvore decídua com flores organizadas em cachos simples. A fruta não é na verdade
um fruto e sim um pseudofruto. As macieiras são cultivadas extensamente por todas
as regiões de clima temperado do mundo, e a fruta está disponível amplamente em
mercados comerciais do mundo inteiro. Mais de 1000 cultivas da maçã foram
identificados.
Na Farmacologia Clínica podemos comentar que tem propriedades: Antidiarréica,
laxante, diurética e depurativa. Tem indicações: Reguladora das funções intestinais,
combate artrite, reumatismo, cálculos urinários, diminui o colesterol, tratamentos para
câncer, diabetes, febres, doenças do coração, escorbuto, verrugas, tanto constipação
quanto diarréia, a maçã ajuda a limpar os dentes.
Podemos sugerir que seus princípios ativos descritos em monografias diversas são:
Cianeto de hidrogênio (HCN); Glicosídeo (compreende uma classe de substâncias
químicas formadas pela união de moléculas de glucídio - glicídios, gliconas ou "oses"
(geralmente um monossacarídeo) - e um composto não glucídico, também chamado
de aglicona) cianogênico: amigdalina (sementes) Flonzina: óleo amarelo de semi-
quercetina(é
um
flavonóide
natural
que
possui
propriedades
farmacológicas, tais como Antiinflamatória, anticarcinogênica (pois atua no sistema
imunológico), antiviral, influencia na inibição de cataratas em diabéticos, antihistamínicas (antialérgicas), cardiovascular, entre outras atividades. Grandes
Página
Flavonóides:
1811
secagem (sementes) Pectina 17%; Ácidos pécticos; Taninos; Procianidinas
33. concentrações são encontradas em maçãs, cebolas, chá, brócolis e vinho tinto. É
extraída das plantas com muita facilidade, pois encontra-se em grande quantidade,
proporcionando, consequentemente, a diminuição dos custos de extração); afameseno; Ácidos shikimico e clorogênico.
Contraindicações/cuidados: Devido à presença e a quantidade de HCN, as sementes
da maçã não devem ser ingeridas em grandes quantidades. Porém, uma pequena
(número) quantidade de sementes pode ser ingerida sem sintomas. Grandes
quantidades de sementes podem causar a toxicidade.Um relatório recorrente cita um
caso de morte de um homem, envenenado por cianureto após ter ingerido um copo
cheio de sementes de maçã. Porque o glicósido cianogênico precisa ser hidrolizado
no estômago a fim de liberar o cianureto, diversas horas podem decorrer antes que os
sintomas de envenenamento ocorram.
Posologia indicada no uso(modo de usar):Bronquite: ralar uma maçã e misturar com
mel ou açúcar, deixar em repouso 10 horas. Coar e beber durante o dia. Febre: juntar
a uma maçã picada, sem pelo e sem caroços, 10 gramas de Melissa oficinalis, o
sumo de 1/2 limão, canela e 1/2 litro de água fervendo e 2 colheres de mel. Beber
durante o dia.Digestivo; laxativo, calmante;diurético;depurativo do sangue; protetor da
mucosaintestinal: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de maçã seca e
picada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá,
antes das principais refeições.Antidiarréico;refrescasnte;revigorante: retire a casca de
1 maçã, fatie e coloque para cozinhar em 1/2 litro de água. Deixe cozinhar por 10
minutos. Após, amasse com um garfo os pedaços de maçã juntamente com o líquido
do cozimento. Coe em uma peneira e adicione o suco de 1/2 limão. Deve-se tomar
com moderação, adoçado. Mantenha o preparado em geladeira.
Máscara descongestionante; restauradora da pele; protetora da mucosa: em um
recipiente, coloque 1/2 maçã ralada sem casca e sem sementes, 1 colher de sopa de
farinha dearroz ou de trigo e 1 colher de sopa de iogurte natural. Misture bem até
Pele do rosto e pescoço, tonifica, nutre, revigora, hidrata e aumenta a
elasticidade: coloque 1 maçã picada ou ralada em 1 xícara de café de leite em
Página
morna.
1812
formar uma pasta, deixando agir durante 20 minutos. Logo após, lave com água
34. fervura. Deixe cozinhar até amolecer bem. Espere esfriar e esmague a maçã
misturada ao leite, até formar uma pasta. Lave o rosto e o pescoço e aplique com o
auxílio de um pincel, deixando agir por 20 minutos. Após, lave com água fria.
ATENÇÃO: As instruções apontadas nesse livro não homologadas pela ANVISA. Em
pacientes com prescrição medicamentosa para diabete ou suspeita. Não indicar.
(...) “alimentos funcionais situam-se no limite dos alimentos
comuns
e
dos
fármacos
tradicionais.
Nessa fronteira
em
constante expansão seriamente consagrada ao tratamento das
dislipidemias, a berinjela situar-se-ia melhor como ornamento
culinário de iguarias domingueiras de uso esporádico”.
DOENÇAS NUTRICIONAIS SÃO DEFINIDAS como todas as
síndromes cuja dieta constitui o único, ou principal, recurso
terapêutico, incluindo a obesidade, o diabetes mellitus do tipo
dois, as dislipidemias, dentre outras. Ver nota complementar (*NC). Ressalte-se que perante uma clientela inteligente e ávida
de controlar doenças crônicas – a exemplo das supracitadas – e
cujo
único
(ou
socioeconômico,
principal)
o
empecilho
endocrinologista
é
o
brasileiro
baixo
se
vê
nível
no
permanente dilema de escolher a estratégia terapêutica mais
eficaz, mais barata e menos prejudicial em longo prazo; uma
equação difícil envolvendo maior benefício, menor custo e menor
risco
em
longo
prazo.No
dia-a-dia,
o
tratamento
da
os agentes mais eficazes e melhor tolerados no tratamento das
dislipidemias. No entanto, o alto custo das estatinas permanece
inacessível à maioria dos pacientes brasileiros, subsistindo a
Página
uma estatina. De acordo com Mahley & Bersot, as estatinas são
1813
hipercolesterolemia já deveria ser iniciado com dieta associada a
35. dieta como a única opção terapêutica aparente. Em muitas
situações se busca alternativas para seus males de saúde,
assim, revendo um dos editoriais dos Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia e Metabologia (vol. 48, n° 3, p. 331-34, junho
2004), foi de particular interesse por discutir o uso indevido da
berinjela
no
tratamento
da
hipercolesterolemia,
uso
esse
também relatado por pacientes de Manaus (AM), mas efetuado
de outra forma. Ao invés da berinjela industrializada, os frutos in
natura foram integralmente triturados com água e consumidos
livremente sob a forma de suco.De fato, a berinjela pertence a
uma extensa família botânica (Solanaceae), com largo emprego
na alimentação humana. Destarte, as solanáceas reúnem 94
gêneros e 2.950 espécies, dentre as quais figuram, além da
berinjela (Solanum melongena L.), o tomate (Lycopersicum
esculentum Mill.), o pimentão (Capsicum annuum L.), a batata
(Solanum
tuberosum L.)
e
o
cúbio
(Solanum
sessiliflorum Dunal); este último de consumo mais regional.
Observe que o texto em curso e a seguir fundamenta situações
clínicas a serem estudadas mais a frente, folhas e frutos
(sobretudo imaturos) de quase todas as espécies de solanáceas
contêm glicoalcalóides (ou alcalóides glicosídicos), em especial
os
esteróides
a-solanina
e
a-chaconina,
com
importância
precaução mesmo no uso culinário esporádico - a partir de 20
mg/100g já pode causar risco à saúde – Vejamos a imagem nc1,
Página
em especial). Por isso, essa família botânica deve suscitar
1814
toxicológica atestada (atividades anticolinesterásica e hemolítica
36. assim como estudos que fundamentem seu uso sistemático
diário na qualidade de alimentos funcionais.
Outros autores também ressaltaram que a menor quantidade
de a-solanina é encontrada em frutos maduros, demonstrando
que
há
concordância
quanto
a
esse
aspecto
fisiológico
(maturidade) influenciando o teor de glicoalcalóides dessas
plantas. Fatores (abióticos), a exemplo da radiação intensa e da
temperatura
elevada,
também
aumentam
os
níveis
de
glicoalcalóides das solanáceas.
Com efeito, todos os átomos de carbono do colesterol derivam
diretamente do acetato, e quando um grupo hidroxila (-OH) se
Página
esteróides, a sua via biossintética vai do acetato ao colesterol.
1815
Como os glicoalcalóides são estruturalmente similares aos
37. liga à posição do carbono-3, o colesterol é denominado esterol
(um álcool), sendo o sitosterol – do grego transliterado sîtos,
significando alimentação, e –sterol – o esteróide alimentar mais
abundante das plantas.
Do
ponto
de
vista
filogenético
(evolutivo),
organismos
procarióticos (à parte os micoplasmas), não podem sintetizar o
sistema de quatro anéis hidrocarbônicos interconectados (A-D),
enquanto organismos eucarióticos, como os insetos, perderam a
capacidade de sintetizar esteróis, mas utilizam fontes exógenas
na conversão posterior em importantes hormônios para muda,
como a ecdisona, um derivado oxigenado do colesterol. Já
outros organismos eucarióticos superiores, como as plantas e os
animais, podem sintetizá-lo facilmente.De acordo com Chiesa &
Moyna
foi
demonstrado
em
estudos
de
incorporação
de
precursores marcados, que glicoalcalóides como a tomatidina do
tomate e a solanidina da batata, possuem um esqueleto
esteróide intacto biossintetizado a partir do colesterol. Trabalhos
de
outros
autores
convergiram
nesse
mesmo
sentido.Igualmente, cumpre ressaltar que a maioria dos estudos
sugere que não existe uma relação significativa entre toxicidade
celular e sistêmica, significando que para a maioria dos tóxicos
químicos,
citotoxicidade
direta
não
é
um
determinante
animais na fase pré-clínica antes do uso continuado, até mesmo
de um alimento funcional.Portanto, o fato de a substância
biologicamente ativa ser natural não deveria excluir todo o rigor
Página
necessidade de estudos toxicológicos subagudos ou crônicos em
1816
importante de toxicidade aguda em nível sistêmico; daí a
38. que
antecede
a
comercialização
de
outras
substâncias
rotineiramente utilizadas no tratamento das doenças crônicodegenerativas. No caso das solanáceas, os cuidados deveriam
ser ainda mais precoces, controlando a própria fisiologia de
produção dos frutos (antes e depois da colheita).Enfim, os
alimentos funcionais situam-se no limite dos alimentos comuns e
dos
fármacos
expansão
tradicionais.
seriamente
Nessa
consagrada
fronteira
ao
em
constante
tratamento
das
dislipidemias, a berinjela situar-se-ia melhor como ornamento
culinário de iguarias domingueiras de uso esporádico.
(*NC)
endocrinologista
Amélio
Godoy
De
Matos,
acordo
com
o
ex-presidente
da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e
da Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica (ABESO), a maior parte dos tratamentos inclui um
arsenal de remédios, já que são poucos os casos em que o
paciente consegue reverter o problema apenas com disciplina.
"Isso não significa, entretanto, que o uso de remédios dispense
consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor
usado pelo organismo para sua manutenção e realização das
atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a
Página
acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um
1817
a adoção de hábitos saudáveis", explica.A obesidade é o
39. ingestão
alimentar
é
maior
que
o
gasto
energético
correspondente.A obesidade é determinada pelo Índice de Massa
Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo
quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso
está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado revelando sobrepeso ou obesidade.
Classificação do IMC:
Menor que 18,5 Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal
Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)
Igual ou acima de 30 - Obesidade.
Cálculo do IMC:
IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
Exemplo: João tem 83 kg e sua altura são 1,75 m
Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10
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pelo microrgamismo, mas que ou é parte integrante das estruturas celulares ou é
produzida no interior da célula e libertada apenas aquando da lise celular (como é o
caso da toxina cry do Bacillus thuringiensis). Note que a palavra endotoxina é usada
para indicar o lípido A, constituinte dos lipopolissacarídeos (LPS) presentes no folheto
exterior da membrana externa das bactérias Gram-negativas, que só é libertado após
a destruição da parede celular da bactéria. As endotoxinas são menos potentes e
menos específicas que a maioria das exotoxinas. São também chamadas toxinas
intracelulares. Causam febre e são moderadamente tóxicas. No entanto, quando em
concentrações elevadas, podem tornar-se muito perigosas e levar a choque séptico e
à morte. A condição caracterizada pela presença de endotoxinas no sangue é
chamada de endotoxemia.
Nota Complementar.
Entre os agentes entomopatogênicos de maior utilização destaca-se a bactéria
esporulante Bacillus thuringiensis (Bt), empregada no controle de diversas pragas. O
Bt produz diversas toxinas que possuem atividade com inseticida, por produzirem
cristais em diferentes composições protéicas. Após a ingestão por um inseto
susceptível, o cristal é dissolvido no intestino médio e as pró-toxinas são
Página
intestinal e eventualmente resulta em morte do inseto hospedeiro (V. Imagem nc3).
1826
enzimaticamente quebradas dando origem às toxinas. Tal ação causa a paralisia
48. Imagem nc3 - Etapas de Infecção por Bacillus Thuringiensis em Lepidoptera.
Bacillus thuringiensis é uma espécie microbiológica da família Bacillaceae. É uma
bactéria de solo presente nos mais diversos continentes, gram-positiva, aeróbica, isto
é, necessita de oxigênio para sobreviver e, quando as condições ambientais se
tornam adversas, pode esporular para sobreviver a estas condições. Tanto na sua
fase vegetativa quanto na esporulação, estas bactérias produzem proteínas que têm
efeito inseticida. Destas proteínas, as mais conhecidas são chamadas de proteínas
cristal, com a denominação Cry, que são produzidas durante a fase de esporulação.
Já foram identificadas diversas proteínas que atuam em diferentes ordens de insetos
e até já foram descritas proteínas com potencial de controlar nematóides. São mais
de 50 diferentes famílias descobertas e organizadas por um código numérico. Como
exemplo tem a família Cry1, que atua sobre lepidópteros, a Cry3, que atua sobre
coleópteros e a Cry4, que atua sobre dípteros, inclusive utilizada no controle biológico
de mosquitos vetores de doenças como a dengue.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA - The following review was published in 1998: Revision
D.H. Dean. Microbiology and Molecular Biology Reviews (1998) Vol 62: 807-813. It is
also available online. Due to the fact that the nomenclature is constantly being updating
we also recommend citing this Web Site. The correct format for doing this is:
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Conclusão: A espécie Bacillus thuringiensis é uma bactériagram-positiva, que
normalmente habita os solos, mas também pode ser encontrada no intestino de
lagartas de espécies de borboletas ou ainda sobre a parte escura na superfície de um
vegetal.
Seu uso social é muito comum para o controle de pragas, pois é um potente pesticida.
Mesmo apesar disso, não traz nenhum (ou quase nenhum) malefício aos humanos,
animais pastores ou polinizadores. Portanto, é um pesticida ecologicamente correto.
Porém, expor demais uma plantação a esse recurso por de induzir inicialmente uma
tolerância e mais tarde uma resistência, por parte da praga-alvo. ICONOGRAFIA 4 Hoje os grandes laboratórios já dominam as técnicas de reprodução desta bactéria e
a extração das proteínas (em forma de cristais) que produzem. Com isso
desenvolvem os pesticidas. É um processo de baixo custo, se levar em consideração
a produção dos inseticidas bioquímicos agrícolas, e por isso se torna viável e pode
ser facilmente produzido em larga escala, além de ser eficaz.
Veneno.
Os venenos podem ser de origem: Mineral (arsênico ou mercúrio, por exemplo);
Vegetal (a cicuta ou algumas plantas venenosas, por exemplo; as plantas medicinais,
como a Atropa belladona, contêm substâncias tóxicas que são venenos em
determinadas quantidades); Animal (peçonha de serpentes, abelhas e medusas, por
exemplo); Artificial (muitas das substâncias sintetizadas pelo ser humano na indústria,
por exemplo, como o ácido sulfúrico, ou o monóxido de carbono do escapamento dos
automóveis). A diferença entre uma substância venenosa e uma substância
farmacêutica ou mesmo nutricional é que um veneno é mortal em determinada dose e
indispensável e o flúor um bom fármaco contras as cáries. Um veneno pode ser
definido como qualquer substância tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que
possa produzir qualquer tipo de enfermidade, lesão, ou alterar as funções do
Página
venenosos, mas têm aplicações terapêuticas em mínimas doses, sendo o iodo
1828
não tem qualquer função terapêutica. Flúor e iodo podem ser considerados
50. organismo ao entrar em contato com um ser vivo, por reação química com as
moléculas do organismo.
Atropa beladona.
Atropa L. é um género botânico pertencente à família Solanaceae.
Família: Solanaceae Juss., 1789.
Algumas Espécies do Gênero:
Atropa L., 1753
Atropa acaulis Stokes.
Atropa acuminata Lindl., 1846.
Atropa acuminata Royle.
Atropa ambigua Salisb.
Atropa arborea Dunal, 1852.
Atropa arborescens L., 1756.
Atropa arenaria Roem. & Schult.
Atropa aristata (Aiton) Poir., 1811.
Atropa aspera Ruiz & Pav., 1799.
Atropa baetica Willk., 1852.
Atropa belladonna L., 1753 - BELADONA, bela-dama, erva-envenenada.
Atropa bicolor Ruiz & Pav., 1799.
Atropa caucasica Kreyer.
Atropa contorta (Ruiz & Pav.) Spreng., 1815.
Página
Atropa borealis Pascher, 1959.
1829
Atropa biflora Ruiz & Pav., 1799.
53. Atropa viridiflora Kunth, 1818.
Atropa mairei (H. Lév.) H. Lév., 1915.
Atropa sinensis (Hemsl.) Pascher, 1909.
Atropa rostrata (N. Busch) F. K. Mey.
Atropa zangezura (Tzvel.) F. K. Mey.
Atropa belladonna L., conhecida pelo nome comum de beladona, é uma planta
subarbustiva perene pertencente ao género Atropa da família Solanaceae, com
distribuição natural na Europa, Norte de África e Ásia Ocidental e naturalizada em
partes da América do Norte. A espécie é pouco tolerante à exposição direta à
radiação solar, preferindo habitats sombrios com solos ricos em limo e húmidos,
principalmente à beira de rios, lagos e represas. A espécie A. belladona não deve ser
confundida com a amarílis, a espécie Amaryllis belladonna, uma herbácea bulbosa,
da família das amarilidáceas. Outra planta comumente confundida com a beladona é
a Solanum americanum, popularmente conhecida como maria-pretinha.
ICONOGRAFIA 5 -.
Atropa
belladona(gravura
do
Köhler's
Medizinal-
Pflanzen).http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/referencia/lista_sum.pdf
Resumo: Beladona: Planta Medicinal indicada em caso de problemas do sistema
nervoso ou da digestão bem específicos. É prescrita a vista da supervisão médica e é
geralmente encontrada em forma de gotas.
Nomes: Nome em português: Beladona.
Nome latim: Atropa belladonna (L.).
Nome inglês: belladonna, black cherry, devil's herb.
Nome italiano: belladonna.
Página
Nome alemão: Tollkirsche, Schlafkirsche.
1832
Nome francês: Belladone.
54. Família: Solanaceae (Solanáceas):
Constituintes:Alcalóides (escopolamina, hiosciamina), flavonóides, cumarina.
Partes utilizadas: Folha seca (às vezes com as flores e os frutos).
Propriedades da beladona: Parasimpatolítico, espasmolítico, inibidor da secreção,
analgésico.
Indicações: Tratamento anticolinérgico, cólicas gastrointestinais ou abdominais, asma,
prisão de ventre.
3.1.1.1.1. Constituintes.
ICONOGRAFIA 8 Flor da papoula e suas cápsulas, das quais se extrai a morfina, que é um alcaloide.
Os alcaloides podem ser sintetizados em laboratório, massua origem é vegetal. Hoje,
sabe-se que o gosto amargo das folhas e flores de algumas plantas é decorrente da
presença dessas aminas. Elas eram, inclusive, chamadas antigamente de álcalis
vegetais. Nas plantas, os alcaloides têm função de defesa contra insetos e animais
predadores. Os alcaloides possuem estruturas complexas que permitem seus usos
em medicamentos. Eles normalmente atuam como estimulantes do sistema nervosos
central, no entanto, podem causar dependência física e psíquica, sendo permitido o
seu uso somente com a apresentação de receita médica. Doutrinariamente podemos
conceituar alguns exemplos de alcaloides, as suas origens vegetais e suas fórmulas
químicas:
Nicotina é uma substância alcalóide básica, de natureza líquida e de coloração
amarela, que constitui o princípio ativo do tabaco. O nome nicotina tem origem na
homenagem ao diplomata francês (Embaixador francês em Lisboa) Jean Nicot que
propalou o tabaco na França, a planta foi extraditada de Portugal. O tabaco é
responsável pelo cancro nos pulmões devido à metilização que ocorre no DNA (Se
(3-piridil)-1-butanona
(CETONA)
e
4-(n-metil-n-nitrosamino)-4-(3-piridil)-butanal
(ALDEÍDO). O nitrosamino possui uma forma de ressonância onde um carbocátion é
facilmente doado a uma base nitrogenada do DNA (guanina, citosina, adenina ou
Página
NO+), oxidação e abertura do anel transformando-se em 4-(n-metil-n-nitrosamino)-1-
1833
liga a um radical metila - CH3). A pirrolidina (nicotina) sofre reações metabólicas (com
55. timina),
causando
uma
falha
de
transcrição,
levando
à
possibilidade
de
desenvolvimento do câncer. Outros pesquisadores discordam que a nicotina em si
seja prejudicial à saúde (apontam que os reconhecidos males do consumo do cigarro
são causados pelas demais substâncias tóxicas presentes no produto, como o
monóxido de carbono, alcatrão e elementos).
ICONOGRAFIA 9.
Radical metil.
Em relação à metilação do ADN, caracteriza-se como um tipo de modificação química
do ADN que pode ser herdada e subsequentemente removida sem mudar a
sequência original do ADN. Como tal, é parte do código epigenético e é também o
mais bem caracterizado mecanismo epigenético. A metilação envolve a adição de um
grupo metilo ao ADN; por exemplo, ao carbono número 5 do anel de pirimidina de
citosina; neste caso com o específico efeito de reduzir a expressão genética. A
metilação do ADN na posição 5 da citosina foi encontrada em todos os vertebrados
examinados. Nos tecidos somáticos do adulto, a metilação do ADN tipicamente ocorre
num contexto de um dinucleótido CpG; a metilação não-CpG é prevalente em célulastronco embrionárias. Em plantas, as citosinas são metiladas simetricamente (CpG ou
CpNpG) ou assimetricamente (CpNpNp), onde N pode ser qualquer nucleotídeo sem
ser guanina. Alguns organismos, como as moscas da fruta, não exibem virtualmente
qualquer metilação de ADN.
Em síntese: Metil, metila ou metilo é um radical alcoíla monovalente constituído de
apenas um carbono ligado diretamente com três hidrogênios devido à tetravalência do
carbono. É derivado do metano e apresenta formula CH3-. Devido ao número de
oxidação negativo do carbono que o constitui. Esse radical, quando ligado a um
radical fenil, provoca a perda da característica de ressonância, a fixação dos elétrons,
facilitando a entrada de outros radicais monovalentes. Por isso, o metil é um radical
orto-para dirigente. A metilação é a formação de um composto introduzindo um grupo
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3.1.1.1.2. RISCOS DE AUTOMEDICAÇÃO.
Atenção, nesse e-book o autor alerta para que os profissionais não recomendem o
uso demedicamentos à base de beladona ou a própria planta em automedicação,
estes remédios devem sempre ser prescritos por um médico.
Efeitos secundários: Podem ocorrer vários efeitos secundários. Na compra do
medicamento recomende a leitura da bula e promova a orientação ou indique um
especialista, farmacêutico, médico ou farmacologista clínico.
Contraindicações: Inúmeras contraindicações já foram apresentadas em estudos
Página
Interações: As bulas contemporâneas indicam as interações avaliadas.
1799
clínicos (miastenia, megacólon).
57. Preparações à base de beladona: Tintura de beladona (por ex. em forma de gotas).
Pó de beladona (Belladonae pulvis normatum). Extrato de beladona (Belladonae
extractum siccum normatum).
Do ponto de vista toxicológico recomenda-se que não prescreva ou estimuleinfusões
ou chás de beladona, pois estes podem ser muito tóxicos (venenosos) e até mesmo
mortais!
Onde cresce a beladona: A beladona cresce na Europa.
Quando colher a beladona: Os medicamentos à base de beladona devem sempre ser
prescritos por um médico em caso de patologia bem precisa. Nunca devem ser
tomados por conta própria.
Nicotina: esse alcaloide é encontrado nas plantas de tabaco, usadas para produzir o
fumo, sendo, portanto, produzido também na queima do cigarro.
É o principal
responsável pela dependência que o fumante sente e pela sensação de abstinência
A escopolamina é um fármaco antagonista dos receptores muscarínicos, também
conhecido como uma substância anticolinérgica. É o enantiómero da hioscina, l-
Página
Escopolamina.
1800
quando este para de fumar.
58. hioscina. É obtida a partir de plantas da família Solanaceae. Faz parte dos
metabólitos secundários das plantas. Atua impedindo a passagem de determinados
impulsos nervosos ao S.N.C. (Sistema Nervoso Central) pela inibição da ação
neurotransmissora acetilcolina. É utilizada como antiespasmódico, principalmente em
casos de úlcera do estômago, úlcera duodenal e cólica.
Deve-se ter em atenção os perigos de misturar medicamentos (sem a prescrição de
um médico), pois eles podem interagir entre si. Na presença de antagonismo, a
resposta farmacológica de um medicamento é suprimida ou reduzida na presença de
outro. Antagonismo em farmacologia se refere aos compostos químicos que se ligam
a determinados receptores neurológicos, porém sem ativá-los, impedindo que os
componentes que o ativariam de se ligarem. O oposto do antagonista é o agonista.
Antagonistas
geralmente
atuam
no
sistema nervoso ou glândulas endócrinas. O antagonismo é um fenômeno onde a
exposição a um químico resulta na redução do efeito de outro químico. O termo usado
em bioquímica, toxicologia e farmacologia: a interferência em uma ação fisiológica de
uma substância química por outra que tenha uma estrutura similar que tem afinidade
forte com o receptor sem causar a ativação ou resposta do mesmo. Um receptor (Em
citologia, os termos receptores - AO 1990: receptores ou receptores, designa as
proteínas que permitem a interação de determinadas substâncias com os
mecanismos do metabolismo celular. Os receptores são proteínas ou
chamadas
moléculas
sinalizadoras,
como
os
hormônios
e
os
neurotransmissores. A união de uma molécula sinalizadora a seus receptores
específicos desencadeia uma série de reações no interior das células -
Página
ou no citosol celular, que unem especificamente outras substâncias químicas
1801
glicoproteínas presentes na membrana plasmática, na membrana das organelas
59. transdução de sinal, cujo resultado final depende não só do estímulo recebido,
senão de muitos outros fatores, como o estado celular, a situação metabólica
da célula, a presença de patógenos, o estado metabólico da célula, etc. O
citosol, citossol, hialoplasma, citoplasma fundamental ou matriz citoplasmática,
é o líquido que preenche o citoplasma, espaço entre a membrana plasmática e o
núcleo das células vivas, que suporta o retículo endoplasmático e outras
organelas. É constituído por água, proteínas, sais minerais, íons diversos,
aminoácidos livres e açúcares. É no hialoplasma que ocorre a maioria das
reações químicas da célula. Pode ser encontrado em dois estados: o gel, de
consistência gelatinosa, ocorre pela diminuição da repulsão micelar, tem
aspecto claro e encontra-se na região mais periférica - ectoplasma; e o sol –
mais fluido, forma o endoplasma, onde se encontra a maioria das organelas
citoplasmáticas.
Uma
grande
parte
das
proteínas
são
completamente
sintetizadas no citosol, pela tradução do RNA. O citosol encontra-se em
contínuo movimento denominado ciclose)antagonista é um agente que reduz a
resposta que um ligante produz quando se une a um receptor em uma célula. Ou
seja, o efeito de um químico atenua ou anula o efeito de outro. Este é o fenómeno
oposto do efeito sinergístico.
É provável que o efeito de dois químicos a atuar em conjunto num organismo seja
superior ao efeito de cada um desses químicos individualmente, ou à soma dos seus
efeitos individuais. A presença de um segundo químico potencializa (aumenta) o
efeito do primeiro. Este fenômeno é denominado de efeito sinergístico ou sinergia, e
os químicos são por vezes descritos por exibirem sinergismo. No meio natural, as
toxinas raramente estão presentes isoladas e podem interagir com outras
substâncias. O fenômeno oposto ao efeito sinergístico é denominado efeito
antagonístico ou antagonismo. O efeito combinado de várias substâncias pode ter
diversos resultados:Podem não interagir entre si e os seus efeitos atuarem
separadamente. Uma substância aumentar ou potencializar as consequências de
a aumentar ou magnificar um ou mais dos seus efeitos, ou mesmo os seus efeitos
secundários: É usual adicionar codeína (opiáceo) a alguns analgésicos (como o
ibuprofeno), uma vez que melhora a ação do analgésico (alivia a dor). No uso
Página
outra (antagonismo). O efeito sinergístico ocorre quando drogas interagem de forma
1802
outra (sinergismo). Uma substância atenua, reduz ou mesmo neutraliza o efeito de
60. concomitante do cannabis com LSD, os químicos activos da Cannabis aumentam a
experiência alucinatória do LSD. Quando se usa mais de uma droga que afete o
sistema nervoso central, como com o Valium (calmante) associado ao álcool, o
resultado pode ser muito mais nefasto do que cada droga utilizada separadamente ou
a sua simples soma. A consequência mais perigosa deste sinergismo incide sobre o
sistema respiratório, que pode começar a falhar, podendo ser fatal se não for tratado.
Sinergismo é a ação combinada de dois ou mais medicamentos que produzem um
efeito biológico, cujo resultado pode ser simplesmente a soma dos efeitos de cada
composto ou um efeito total superior a essa soma. Sinergia ou sinergismo (grego
σσνεργία, σσν- syn - união oujunçãoe -εργία -ergía, unidade de trabalho), é definido
como o efeito ativo e retroativo do trabalho ou esforço coordenado de vários
subsistemas na realização de uma tarefa complexa ou função. Quando se tem a
associação concomitante de vários dispositivos executores de determinadas funções
que contribuem para uma ação coordenada, ou seja, o somatório de esforços em prol
do mesmo fim, tem-se sinergia. O efeito resultante da ação de vários agentes que
atuam de forma coordenada para um objetivo comum pode ter um valor superior ao
valor do conjunto desses agentes, se atuassem individualmente sem esse objetivo
comum previamente estabelecido. O mesmo que dizer que "o todo supera a soma das
partes". Sinergia, de forma geral, pode ser definida como uma combinação de dois
elementos de forma que o resultado dessa combinação seja maior do que a soma dos
resultados que esses elementos teriam separadamente.
Um agonista(grego αγωνιστής, translit. Agonistés...), no contexto da farmacologia,
refere-se a uma substância química(Uma substância é qualquer espécie de
matéria formada por átomos de elementos específicos em proporções
específicas. Cada substância possui um conjunto definido de propriedades e
uma composição química. Elas também podem ser inorgânicas - como a água e
os sais minerais, ou orgânicas - como a proteína, carboidratos, lipídeos, ácido
nucleico e vitaminas. A molécula de água é formada por dois elementos
nitrogênio é uma substância simples, já que é formado por um único elemento
químico. A água é uma substância composta, pois é formada pela união de
elementos químicos diferentes, e por isso é um composto binário - bi,do latim
Página
elemento químico . O mesmo vale para o gás oxigênio. Dizemos então que o gás
1803
químicos: o hidrogênio e o oxigênio. Já o gás nitrogênio é composto por um
61. dois. Algumas substâncias compostas são formadas por íons de elementos
químicos diferentes, como é o caso do cloreto de sódio, que tem íons de sódio
e de cloro. Portanto, uma substância pura pode ser simples, quando é formada
por apenas um elemento químico, ou composta, quando em sua fórmula há
mais de um elemento químico)que interage com um receptor membranário,
ativando-o e desencadeando uma resposta que pode ser aumento ou diminuição de
uma manifestação particular da atividade das células às quais os receptores estão
associados. Quando a molécula do agonista interage com os receptores por meio de
forças de Van der Waals ou ligações covalentes, ocasionando alterações celulares,
pode haver ou não uma resposta fisiológica. Os agonistas são geralmente usados em
eletrofisiologia para ativar especificamente uma corrente iônica. Em físico-química,
uma força de van der Waals (ou interação de van der Waals), nome dado em
homenagem ao cientista holandês Johannes Diderik van der Waals, é a soma de
todas forças atrativas ou repulsivas, que não sejam forças devidas a ligações
covalentes entre moléculas (ou entre partes da mesma molécula) ou forças devido à
interação eletroestática de íons. Existem três interações distintas: força entre dois
dipolos permanentes (Força de Keesom), força entre um dipolo permanente e um polo
induzido (Força de Debye) e força entre dois dipolos instantaneamente induzidos
(Força de dispersão London).
A escopolamina – Farmacologia.
Na forma de butilbrometo de escopolamina (que possui ínfima lipossolubilidade) o
fármaco praticamente não atravessa a barreira hematoencefálica. In natura, é uma
droga altamente tóxica. Uma overdose pode causar delírio, paralisia, torpor ou mesmo
morte em doses elevadas. Todavia, os medicamentos produzidos a partir deste
composto são constituídos à base de butilbrometo de escopolamina, o que impede a
sua ação anticolinérgica a nível central e torna o medicamento seguro para uso.
Barreira
hematoencefálica
(BHE)
é
uma
estrutura
membrânica
que
atua
principalmente para proteger o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias
unidas nos capilares cerebrais. Esta densidade aumentada restringe muito a
passagem de substâncias a partir da corrente sanguínea, muito mais do que as
células endoteliais presentes em qualquer lugar do corpo.
Página
normal do cérebro. É composto de células endoteliais, que são agrupadas muito
1804
químicas presentes no sangue, permitindo ao mesmo tempo a função metabólica
62. Comentários.
A BHE é semipermeável, ou seja, ela permite que algumas substâncias atravessem e
outras não. Os capilares (vasos sanguíneos muito finos) ficam alinhados às células
endoteliais. O tecido endotelial tem pequenos espaços entre cada célula para que
substâncias possam se mover de um lado para o outro, entrando e saindo dos
capilares. Porém, no cérebro, as células endoteliais são posicionadas de uma
maneira que apenas as menores substâncias possam entrar no Sistema Nervoso
Central. Moléculas maiores como a glicose só podem entrar através de mecanismos
especiais, específicos para cada molécula.
Patologias ligadas a BHE.
Meninges (singular meninge do Grego
μῆνιγξ,
"membrana") é o sistema das
membranas que revestem e protegem o Sistema nervoso central, medula espinal,
tronco encefálico e o encéfalo. A meninge consiste de três camadas: a Dura-máter, a
Aracnoide, e a Pia-máter. A função primária das meninges e do Líquido
cefalorraquidiano é proteger o Sistema nervoso central.
Mais a frente no texto do livro vai nos encontrar com situações interpretativas que
envolverão o conhecimento da anatomia e fisiologia do SNC. Principalmente no
seguimento medicamentos, assim desde já saiba que existem três tipos de
hemorragias envolvendo as meninges: A hemorragia subaracnóidea é um
sangramento agudo abaixo da aracnoide; pode ocorrer espontaneamente ou como
resultado de um trauma. O hematoma subdural é um hematoma (acúmulo de sangue)
localizado no espaço criado na separação entre a aracnoide e a dura-máter. As
pequenas veias que conectam a dura-máter e a aracnoide são lesionadas,
normalmente durante um acidente, e o sangue pode vazar dentro desta área. Um
hematoma epidural similarmente pode surgir após um acidente ou espontaneamente.
Outras condições médicas que afetam as meninges incluem a meningite (podendo
organismo que sofrem metástase para as meninges.
Página
na meninge) surge nas meninges ou em tumores formados em outra parte do
1805
esta ser causada por infecção fúngica, bacterial, ou virótica) e os meningiomas (tumor
63. Meninges do SNC - Representação diagramática da seção do topo do crânio,
mostrando as meninges, etc.
se agrupa em pares, sendo chamada de diplococo.
Página
A Neisseria meningitidis, conhecida como meningococo,
1806
Meningite.
64. Meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula
espinhal (estas membranas são conhecidas como meninges). Meningite é causada
principalmente por infecções com vários agentes patogênicos, como por exemplo, a
Streptococcus pneumoniae e a Haemophilus influenzae. Quando as meninges estão
inflamadas, a barreira hematoencefálica pode ser rompida. Este rompimento pode
aumentar a penetração de várias substâncias (incluindo toxinas e antibióticos) dentro
do cérebro.
Caso grave de meningite meningocócica em que a erupçãopetequial evoluiu
para gangrena e
tornou
necessária
a amputação de
todos
os
membros.
A
paciente, Charlotte Cleverley-Bisman, sobreviveu à doença e se tornou garota
propaganda
de
uma
campanha
de
vacinação contra
a
meningite
na Nova
Zelândia.Antibióticos usados para tratar meningite podem agravar a resposta
inflamatória do sistema nervoso central liberando neurotoxinas das paredes celulares
Página
Meio de Pesquisa para positivação da meningite.Meningite e a Punção lombar
1807
de bactérias - como lipopolissacarídeo (LPS).
65. Punção lombar.
A punção lombar é feita com o posicionamento adequado do paciente, geralmente
deitado de lado, a aplicação de anestesia local e a inserção de uma agulha através da
dura-máter (a membrana que envolve a medula espinhal) para coletar o líquido
cefalorraquidiano (LCR). No momento em que a agulha chega neste ponto, à pressão
de abertura do líquor é medida através de um manômetro. A pressão normal
encontra-se entre 6 e 18 centímetros de água(cmH2O); na meningite bacteriana, a
pressão é geralmente elevada. A primeira aparição do fluido já pode revelar uma
indicação da natureza da infecção: o líquor turvo indica altos níveis de proteína,
presença de glóbulos vermelhos e brancos e/ou bactérias, e, portanto, sugerem
meningite bacteriana. A análise do LCR é examinada para a presença e os tipos de
glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, proteína e teor de glicose nível. Gram da
amostra pode demonstrar bactérias da meningite bacteriana, mas ausência de
bactérias não exclui meningite bacteriana como só são vistos em 60% dos casos, este
valor é reduzido em mais 20% se os antibióticos foram administrados antes que a
amostra foi colhida, e coloração de Gram também é menos confiável de infecções
específicas, tais como a listeriose. Microbiológica cultura da amostra é mais sensível
(identifica o organismo em 70-85% dos casos), mas os resultados podem demorar até
Página
1808
48 horas para se tornarem disponíveis.
66. Exsudato inflamatório purulento na base do cérebro causado por meningite.
O tipo de glóbulo branco predominantemente presentes (ver tabela) indica se a
meningite é bacteriana (geralmente neutrófilos predominante) ou viral (geralmente de
linfócitos-predominantes), embora no início da doença nem sempre seja um indicador
fiável. Menos comumente, eosinófilos predominam, sugerindo etiologia fúngica ou
parasitária, entre outros. A concentração de glicose no LCR é normalmente acima dos
40% que no sangue. Na meningite bacteriana é geralmente menor, o nível de glicose
no LCR é, portanto, dividido pelo de glicose no sangue (glicose CSF relação ao soro
de glicose). A relação ≤ 0,4 é indicativa de meningite bacteriana; no recém-nascido,
os níveis de glicose no LCR são normalmente mais elevados, e um rácio inferior a 0,6
(60%) é, portanto, considerado anormal. Elevados níveis de lactato no LCR indica
uma maior probabilidade de meningite bacteriana, assim como uma maior contagem
de células brancas do sangue.
Achados no líquor nas diferentes formas de meningite
Bacteriana agudaBaixo
PMNs,
Alto
1809
Células
Página
Tipo de meningite Glicose Proteína
67. frequentemente > 300/mm³
Viral aguda
Normal
Mononuclear,
Normal ou alto
< 300/mm³
Tuberculosa
Baixo
Alto
Fúngica
Baixo
Alto
Maligna
Baixo
Alto
Mononuclear
e
PMNs, < 300/mm³.
< 300/mm³
Geralmente
mononuclear
Vários exames mais especializados podem ser utilizados para distinguir entre vários
tipos de meningite. Um teste de aglutinação em látex pode ser positivo em meningite
por Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae,
Escherichia coli e estreptococos do grupo B, o seu uso rotineiro não é incentivado,
uma vez que raramente leva a mudanças no tratamento, mas pode ser usado se
outros testes não são diagnósticos. Da mesma forma, o teste do lisado limulus pode
ser positivo em meningites causadas por bactérias Gram-negativas, mas é de uso
limitado, a menos que outros testes têm sido inúteis. Reação em cadeia da
polimerase (PCR) é uma técnica utilizada para amplificar pequenos traços de
bactérias DNA, a fim de detectar a presença de DNA viral ou bacteriana no líquido
cefalorraquidiano, que é um teste sensível e específico muito uma vez que apenas
pequenas quantidades de DNA do agente infectante são necessárias. Pode identificar
as bactérias na meningite bacteriana e podem auxiliar na distinção entre as diversas
causas de meningite viral (enterovírus, vírus herpes simplex 2 e caxumba nos não
termo se refere ao diagnóstico e identificação de anticorpos e ou antígenos no
soro. Conhecem atualmente numerosas características sanguíneas hereditárias.
O estudo da sua variação em relação à repartição geográfica, à sobrevivência
Página
Serologia ou Sorologia é o estudo científico do soro sanguíneo. Na prática, o
1810
vacinados para isso). Serologia - identificação de anticorpos contra o vírus (A
68. num dado ambiente e à patologia tem contribuído grandemente para a moderna
antropologia física) pode ser útil em meningite viral. Se a meningite tuberculosa é
suspeita, a amostra é processada por Ziehl-Neelsen, que tem uma baixa sensibilidade
e cultura de tuberculose, o que leva um longo tempo de processo; PCR está sendo
usado cada vez mais. Diagnóstico de meningite criptocócica pode ser feito a baixo
custo usando uma tinta nanquim mancha da LCR, no entanto, testes para o antígeno
cryptococcal no sangue ou no LCR é mais sensível, particularmente em pessoas com
AIDS. Um dilema de diagnóstico e terapêutico é o tratamento parcial da meningite,
onde existem sintomas de meningite após ter recebido antibióticos (como, por
presumível sinusite). Quando isso acontece, os resultados CSF assemelham-se aos
da meningite viral, o tratamento com antibióticos, mas pode precisar ser continuado
até que haja provas definitivas positivo de uma causa viral (por exemplo, um
enterovírus PCR positivo).
Haemophilus influenzae
A Haemophilus influenzae, foi identificada como bacilo de Pfeiffer, é uma bactéria que
provoca meningites e septicemias, ambas geralmente em crianças (menores de 5
anos de idade); infecções no ouvido médio e na garganta; celulite; e, mais raramente,
outras doenças, como pneumonia. É Cocobacilo Gram-negativo. A utilização de
procarionte simples foi o primeiro organismo a ter seu genoma completamente
sequenciado, com aproximadamente 1.740 genes. O Haemophilus influenzae''' é
ainda a principal causa da meningite precedida de otite em crianças de 3 meses a 2
Página
influenzae vão de A a F, predominando o tipo B, o mais virulento deste grupo. Este
1811
vacinas diminuiu drasticamente o número de pessoas infectadas. Os tipos de H.
69. anos. Utiliza-se amostra do liquido cefalorraquidiano (líquor), retirada por punção
lombar, o diagnóstico é feito por esfregaços corados pelo Gram e pela cultura
enriquecida com Fator-X ou Ágar chocolate, precedida de identificação sorológica do
tipo capsular. A coloração de Ziehl - Neelsen também é indicada, pois, nas
preparações de Gram, os fragmentos de muitas amostras clínicas adquirem coloração
vermelha, o que mascara os organismos em vermelho-alaranjados. Pode-se proceder
em conjunto o teste de Quellung, onde se coloca uma gota de antissoro equivalente
ao microrganismo, uma gota do sedimento obtido pela centrifugação e uma gota de
solução aquosa de azul de metileno. Cobrir com lamínula e em 10 minutos observar o
intumescimento da cápsula (mudança no índice de refração), comparando com um
controle negativo. Pode-se também detectar antígenos no líquor com látex
(aglutinação macroscópica). Este cocobacilo também é encontrado em alguns casos
de Bronquite aguda, Bacteremia, Artrite Séptica, Pneumonia e Otite Média Aguda.
Conceitos difusos e conexos:
Bronquite Aguda – A bronquite é a inflamação das
principais passagens de ar para os pulmões. A
bronquite pode ser aguda (curta duração) ou ser
crônica - dura por muito tempo e tem alta recorrência.
Bacteremia – Proliferação hematogênica de bactérias.
Artrite Séptica – O termo artrite séptica refere-se à
infecção bacteriana de uma articulação. Alguns autores
ampliam o uso do termo para incluir micobactérias e
fungos
na
definição.
Representa
a
forma
mais
rapidamente destrutiva de doença articular ou óssea.
Pneumonia – O termo pneumonia inclui qualquer
condição inflamatória pulmonar em que alguns ou
Otite Média Aguda – Obstrução do ouvido médio(do
tímpano a porção externa da cóclea).
Página
hemácias.
1812
todos os alvéolos são preenchidos com líquido e