O documento discute a seleção e produção de sistemas de produção de zebuínos no Brasil. Ele fornece uma breve história da raça zebu no país, destaca a importância dos critérios de seleção e das avaliações genéticas, e enfatiza que o objetivo final deve ser a produção de carne de qualidade.
Artigo - Novos Paradigmas Para a Seleção de Nelore
Seleção e Sistema de Produção
1.
2. SELEÇ
SELEÇÃO E
PRODUÇ
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
William Koury Filho
zootecnista
zootecnista
3. •História;
Histó
Hist
Crité
•Critérios de Seleção;
Crit Seleç
•Importância das Avaliações
Importância Avaliaç
Gené
Genéticas;
•Tudo deve terminar em Carne
Tudo
de qualidade!
4.
5. Cronologia da entrada do Zebu no Brasil
PRIMEIRAS IMPORTAÇÕES: DE 1870 A 1875
ÚLTIMAS IMPORTAÇÕES: 1962
TOTAL DE ANIMAIS IMPORTADOS: 6300 CABEÇAS
CABEÇ
HERD BOOK DA RAÇA ZEBU: 1919
SOCIEDADE RURAL DO TRIÂNGULO MINEIRO: 1934
DELEGAÇÃO DO MAPA E PRIMEIROS REGISTROS: 1938
SRTM SE TRANSFORMA EM ABCZ: 1967
INÍCIO DAS PROVAS ZOOTÉCNICAS: 1968
34. SELEÇ
SELEÇÃO SIGNIFICA ESCOLHA.
SELEÇ
EM MELHORAMENTO A SELEÇÃO IMPLICA
EM DETERMINAR QUAIS INDIVÍDUOS
INDIVÍ
IRÃO PRODUZIR A PRÓXIMA GERAÇÃO,
PRÓ GERAÇ
POR QUANTO TEMPO E EM QUAL
INTENSIDADE ELES IRÃO ATUAR NO
REBANHO.
Luiz Antonio Josahkian -2002
38. Perímetro Escrotal
Critério de seleção utilizado nos 6 maiores
programas de seleção de bovinos de corte do
país.
Maior perímetro em idades jovens ...
... animais sexualmente mais precoces
Maior crescimento testicular e maior variação
fenotípica puderam ser observados em animais
com idade média entre 10 e 16 meses...
...indicando maior variabilidade em medidas de
animais jovens.
54. 2
NECESSÁ
“É NECESSÁRIO QUE O MODELO DO
ANIMAL PREFERIDO NAS PISTAS DE
JULGAMENTO SEJA IGUAL AO MODELO
DO ANIMAL QUE OS PROGRAMAS DE
MELHORAMENTO PERSEGUEM COMO PONTO
DE PARTIDA PARA UMA PECUÁRIA MAIS
PECUÁ
PRODUTIVA NO BRASIL. E É POSSÍVEL
POSSÍ
QUE OS ESCORES VISUAIS SEJAM A
ÚNICA FÓRMULA PARA ENCONTRAR ESTA
FÓ
INTEGRAÇÃO”
INTEGRAÇÃO”
ABCZ (1996)
55. GRANDE CAMPEÃO
STATUS NO CENÁRIO NACIONAL
•VENDE MUITO SÊMEN
•MUITOS GENES PARA POPULAÇÃO
VOLTAM PARA PISTA COBRIR VACADA A CAMPO
60. “Tradicionalmente os programas de
melhoramento dão prioridade às características
ponderais, apesar de Frenkle e Wilham
concluírem que, do ponto de vista econômico, o
desempenho reprodutivo é cinco vezes mais
importante que o crescimento e dez vezes mais
importante que a qualidade de carcaça.”
BERGMANN J.A.G. 1993.
61. O QUE SÃO ESCORES
VISUAIS?
ATRIBUÍ
SÃO NOTAS ATRIBUÍDAS À MEDIDAS
AVALIADAS VISUALMENTE,
UTILIZANDO MÉTODO PARA DETECTAR
DIFERENÇ
DIFERENÇAS EM CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍ
MORFOLÓ
MORFOLÓGICAS ESPECIFICADAS.
KOURY FILHO 2003
67. Estrutura Corporal (E): Prediz visualmente a área
que o animal abrange visto de lado, olhando-se
basicamente para o esqueleto - considerando o
porte, “frame size”.
69. Precocidade (P): Nesta avaliação as
maiores notas recaem sobre animais de maiores
proporções de profundidade de costelas em
relação à altura de seus membros.
84. Aprumos (A): Serão avaliados através das
proporções, direções, angulações e
articulações dos membros anteriores e
posteriores.
85.
86. Sexualidade (S):Busca-se masculinidade nos machos e
feminilidade nas fêmeas, sendo que estas características deverão ser tanto
mais acentuadas quanto maior a idade dos animais avaliados. Avaliam-se
os genitais externos, que devem ser funcionais, de desenvolvimento
condizente com a idade cronológica.
92. Tabela 2. Componentes de variância e parâmetros genéticos obtidos em análise
uni-característica das características Estrutura Corporal (E),
Precocidade (P), Musculosidade (M), altura de posterior (AP) e peso à
coleta (Pcol).
Componentes de variância* Parâmetros genéticos**
Característica σ2d σ2e σ2f h2d e2
E 0,429 1,385 1,814 0,24 ± 0,09 0,76 ± 0,09
P 1,498 0,888 2,386 0,63 ± 0,12 0,37 ± 0,12
M 0,962 1,048 2,009 0,48 ± 0,11 0,52 ± 0,11
AP 4,968 8,465 13,434 0,37 ± 0,08 0,63 ± 0,08
Pcol 230,744 554,915 785,659 0,29 ± 0,07 0,71 ± 0,07
Koury Filho 2005
93. Tabela 3. Estimativas de correlações entre os efeitos aditivos genéticos diretos,
acima da diagonal e, entre os resíduos, abaixo da diagonal entre as
características: Estrutura Corporal (E), Precocidade (P), Musculosidade
(M), altura de posterior (AP) e peso à coleta (Pcol), obtidas em análises
bi-característica.
E P M AP Pcol
E - 0,49±0,17 0,63±0,15 0,57 0,83
P 0,43±0,10 - 0,90±0,05 -0,29 0,42
M 0,44±0,08 0,56±0,10 - -0,33 0,50
AP 0,49 0,22 0,30 - -
Pcol 0,68 0,58 0,62 - -
Koury Filho 2005
94. Escores Visuais e Ultrassonografia
Estimativas de herdabilidade (h2), correlações genéticas (rg), fenotípicas (rf) e residuais (re) das características área de olho de
lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EG), espessura de gordura subcutânea na garupa (EGP8), estrutura (E),
precocidade (P) e musculosidade (M), da raça Nelore.
Característica AOL (cm2) EG (mm) EGP8 (mm) h2
rg re rf rg re rf rg re rf
E 0,54 0,15 0,31 -0,02 0,23 0,11 -0,05 0,19 0,09 0,42
P 0,58 0,02 0,30 0,40 0,02 0,25 0,42 0,03 0,24 0,65
M 0,61 0,16 0,35 0,38 0,10 0,24 0,41 0,09 0,24 0,49
h2 0,37 0,55 0,43
Fonte: Yokoo, 2009
95. O intuito do apresentado
não é apontar para uma
referência de tipo
morfológico. Mas sim
apresentar uma ferramenta
que poderá direcionar o
tamanho e “desenho” dos
rebanhos que a utilizarem
para onde se queira.
96.
97.
98. A metodologia deve ser o mais simples
possível, no sentido de ser exeqüível, e
ao mesmo tempo ser eficiente em gerar
ferramentas que possam modificar o(s)
“desenho(s)” da(s) progênie(s).
99. É necessário promover encontros
técnicos entre os profissionais
envolvidos no programa, visando a
padronização dos critérios de avaliações
visuais para melhorar a qualidade dos
dados coletados.
100. 1º TREINAMENTO E CREDENCIAMENTO DE CONSULTORES SAM
PARA COLETA DE DADOS DE AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA FUNCIONAL EM
BOVINOS DE CORTE
111. O que condiciona o desempenho dos animais?
F = G + A + GA
Nutrição
Instalações Manejo
Qualidade de Manejo
mão-de-obra sanitário
Outros efeitos GxA
de ambiente
Genética
113. Programas de
Melhoramento
Objetivo
Alterar a genética dos zebuínos
114. DEPs: COMO CALCULÁ-LAS?
Dados, muitos dados: pesos, datas de nascimento,
datas de pesagens, medidas de perímetro escrotal,
medidas reprodutivas, etc., etc...
BOA QUALIDADE
CENTRO DE
PROCESSAMENTO EMBRAPA/ABCZ
Gensys
PAINT
USP =DEPs
ANCP
Outros...
115. DEPs: o que são?
DIFERENÇAS ESPERADAS NA PROGÊNIE
SÃO PREDIÇÕES
SÃO SÃO VISUALIZADAS
COMPARAÇÕES NOS FILHOS
116. DEPs: o que são?
COMPARAÇÃO
Peso à desmama
Touro A Touro B
DEP = + 10kg DEP = - 5kg
DIFERENÇA DE 15 kg
117. DEPs: o que são?
VISUALIZADAS NA PROGÊNIE
Touro A Touro B
X X
GRANDE NÚMERO DE VACAS DA POPULAÇÃO
MÉDIAS DOS FILHOS DIFEREM EM 15 kg
118. DEPs: o que são?
SÃO PREDIÇÕES
B A
-5kg +10kg
15 KG
119. Acurácia
Remoção de INCERTEZA na estimativa da
Touro A DEPDEP 10 kg
=+ Touro C
Acu. = 0,90 Acu. = 0,30
A C
+ 10
121. Não existe animal ideal
e sim animal adequado
a um determinado siste-
ma de produção.
Guitou, 1997
122.
123. Não existe solução
única ...
Mas sim, uma genética
mais eficiente para
cada sistema de
produção ...
124.
125.
126.
127.
128.
129.
130.
131.
132.
133.
134.
135.
136.
137.
138.
139.
140.
141.
142. Em níveis elevados de disponibi-
lidade alimentar as raças de maior
porte para tamanho maduro e
potencial para produção leiteira
foram as mais eficientes.
Em condições de restrições alimen-
tares as raças de porte médio e
produção leiteira moderada, foram as
mais eficientes.
Jenkins & Williams (1994)
143.
144.
145.
146. Os interesses da cadeia produtiva
TAXA DE DESMAMA EFETIVA
CRIADOR CRESCIMENTO PRÉ-DESMAMA
PESO/TAMANHO DA VACA
CRESCIMENTO PÓS-DESMAMA
INVERNISTA EFICIÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR
TAMANHO ÓTIMO DE COMERCIALIZAÇÃO
Selecionador
Selecionador RENDIMIENTO DA CARCAÇA
COBERTURA DE GORDURA
FRIGORÍFICO TAMANHO DA ½ CARCAÇA
CATEGORIA/TIPO DE ANIMAL
MACIEZ
CONSUMIDOR: RELAÇÃO MÚSCULO / GORDURA
RELAÇÃO MÚSCULO / GORDURA
RELAÇÃO CUSTO / BENEFÍCIO
Arias in Ortiz, 2000 citado por Pineda
147.
148.
149.
150.
151.
152. Uma mensagem final ...
No momento exato em que um
espermatozóide fecunda um óvulo,
estabelece-se um novo indivíduo com
um determinado grupo de genes.
Não há nada que possamos fazer para
mudar essa constituição genética após esse
momento.
HÁ
MAS HÁ MUITO QUE PODE SER FEITO
ANTES.
Luiz Antonio Josahkian -2002